como diferenciar uma cólica biliar de uma cola Cistite Imagina você que chega a paciente hofra Galvão de 46 anos queixando de dor em hipocôndrio direita com início a mais ou menos 2 horas de forte intensidade tipo cólica acompanhada de náuseas e vômitos e mais Ela traz um ultrassom de se meses atrás mostrando Colelitíase pedra na vesícula E agora você tá diante de uma col Cistite ou uma cólica biliar [Música] a presença de pedra na visícula chamada de Colelitíase é uma condição muito frequente na população as estimativas mostram que na população brasileira cerca de 10% das
pessoas apresentam Colelitíase e quando a gente pensa aí no número de mais de 200 milhões de brasileiros Poxa vida 20 milhões apresentam essa condição é claro que nem todos esses pacientes e na verdade a minoria vão apresentar algum sintoma ou alguma complicação as estimativas são meio ruins nesse aspecto mas torno de 30% dos pacientes vão apresentar algum episódio aí de sintoma ao longo da vida e entre esses pacientes sintomáticos até 1/4 deles ou 25% vão apresentar temida colecistite então é muito importante que você médico acadêmico de medicina tem essa condição tem essa consciência para poder
estabelecer logo de cara com o paciente se isso é uma cólica biliar ou se é uma colecistite porque o tratamento Muda então vou passar para você nesse vídeo cinco parâmetros que você vai avaliar diante do seu paciente para fazer essa distinção a condição de Colelitíase ela é ocasionada pela formação de cálculos na grande maioria das vezes por cálculos de colesterol dentro da vesícula isso tem uma série de fatores relacionados como própria obesidade doenças como diabete emagrecimento rápido por exemplo em pacientes submetidos a cirurgia bariátrica e o uso de medicamentos que possam dificultar a motilidade da
vesícula porque na verdade paraa formação dessas Pedrinhas desses cálculos ocorre um desarranjo nesses nesse nesse balanço entre contratilidade motilidade da visícula e supersaturação dos sais biliares ali presente na bile então para esses pacientes que T essa tendência acaba formando e se não for feito nenhuma intervenção que eu vou falar até do uso de medicações para isso por exemplo mas se não for feito nada é muito difícil praticamente impossível que esses cálculos sumam então eles vão acompanhar o paciente ao longo da vida e pensando nisso na presença desses cálculos dentro da vesícula você precisa ter também
em mente cinco possíveis complicações que esse paciente vai pode apresentar eu trouxe aqui o diferencial principal para colecistite mas não é só colecistite que pode Ah desencadear nesse tipo de paciente então cinco problemas da presença da pedra na visícula primeiro delas traz dor que é a cólica biliar segundo inflamação dessa vesícula que é a colecistite terceiro migração do cálculo p pelo ducto biliar trazendo uma condição podendo trazer uma condição muito grave que é a coledocolitíase Porque a partir da coledocolitíase podem surgir outras duas complicações uma delas colangite que é uma situação extremamente grave e uma
outra que é a pancreatite A grande maioria das pancreatites são de origem biliar descida do cálculo passa lá pelo esfincter de ódio faz uma uma inflamação do esfincter Deó desencadeando então pancreatite Então você precisa ter essa consciência dessas cinco possíveis complicações mas eu vou trazer para você hoje as duas principais que é a cólica biliar e a cola cistite para que você consiga fazer essa diferenciação só o adendo é muito importante também você conhecer essas outras complicações como própria pancreatite como coledocolitíase ou até mesmo a colangite que é extremamente grave E para isso se você
quiser um vídeo específico de cada uma dessas condições já deixa aqui no comentá nos comentários qual vídeo você gostaria um vídeo por exemplo para especificar para falar só de pancreatite ou então de coledocolitíase ou até mesmo de colangite que são situações extremamente graves e quando a gente fala ainda também de abdomen Agudo inflamatório a colecistite entra numa dessas condições porque no abdômen agudo inflamatório vem pancreatite colecistite diverticulite apendicite e um diagnóstico diferencial seria DIP que acaba entrando em alguns gad Lines e alguns não mas o fato é que diante então do paciente que chega apresentando
dor e que já tem um diagnóstico prévio de Colelitíase é muito importante você avaliar cinco parâmetros sendo o primeiro deles tipo de dor na cólica biliar a dor é de caráter intermitente vem aquela cólica Aperta Aperta Aperta depois alivia um pouco vem Aperta Aperta Aperta Então ela tem esse caráter intermitente enquanto que na colecistite por ser uma inflamação na parede da vesícula a dor é constante Então ela pode ter também episódios de um pouquinho mais de pior ou melhora mas geralmente ela fica constante Esse é o primeiro parâmetro segundo parâmetro duração da dor na cólica
biliar classicamente a dor dura até menos de 4 horas porque quando a gente pensa nas duas condições Colelitíase e cola Cistite na Colelitíase a dor surge por conta de uma migração desse cálculo e que impacta no infundíbulo e no momento que o paciente faz ingesta de algum alimento principalmente alimentos mais gordurosos a vesícula entra na jogada para poder fazer a contração e liberar sais biliares no duodeno para que esses sais biliares atuem na emulsificação dessa gordura que o paciente fez a ingesta até para poder fazer absorção no trato gastrointestinal mais baixo então nessa condição o
indivíduo vai lá come uma quantidade de gordura exagerado a feijoada por exemplo esse cálculo impacta no infundíbulo e nesse momento que a vesícula contrai é justamente o momento que traz a dor porque ele não consegue vencer esse cálculo a vesícula contrai aumenta a pressão ali dentro e traz a dor pro paciente mas olha como que na cólica biliar é isso que é acontece ó a dor tá relacionada com esses movimentos de contração da vesícula já na cola Cistite não é uma condição em que houve então uma inflamação dessa vesícula por conta do cálculo que conforme
a vesícula vai fazendo esses movimentos ao longo de um tempo essa parede da vesícula pode sofrer pequenas isquemias causando um processo inflamatório local que geralmente vai ser associado com um bloqueio sempre que possível o organismo tenta bloquear uma área de inflamação e pode Pode surgir por exemplo no plastrão ali no local né que é aquela massa palpável ao redor da vesícula justamente pelo epip ali de dentro o aento tentando cobrir tentando bloquear essa vesícula até para que ela não perfure mas nessa condição quando ela inflama totalmente a dor fica constante porque ela está inflamada é
diferente da cólica biliar que ocorre por conta do movimento de contração da vesícula então nesses casos a duração da cólica biliar geralmente menos de 4 horas já na cola Cistite não a dor vai durar mais de 4 a 6 horas porque esse processo inflamatório demora para que o organismo resolva e às vezes Dias isso sem contar que o paciente pode ter complicações como formação de Ema fazer peritonite enfim mas o organismo então fazendo esse processo inflamatório essa dor fica durante várias horas a dias então por isso que esse é o segundo parâmetro terceiro parâmetro no
seu exame físico você vai identificar o famoso sinal de murph que é aquela dor que o paciente vai ter no hip contro direito quando ele fizer a inspiração profunda você pede pro paciente expirar soltar todo o ar você vem com a sua mão debaixo do rebordo costal direito e hora que o paciente soltar todo o ar você pressiona em sentido cranial nesse momento pede pro paciente inspirar profundamente e quando ele inspirar ele para a inspiração no meio é bem característico você que já fez isso já fez esse teste já teve essa oportunidade a hora que
o paciente faz aquela inspiração hum ele para por causa da dor porque é só você imag Imar você tá aqui com a mão pressionando o rebordo costal a vesícula toda inflamada tá aqui quando ele faz a inspiração profunda que o diafragma com abaixa empurrando o fígado para baixo é literalmente sua mão indo a vesícula indo de encontro com a sua mão e nesse momento quando bate na mão paciente sente a dor Então esse é o sinal de murph que vai est presente na colecistite já na cólica biliar não mas aqui vale um apendo imagina o
paciente que tá no momento da dor no auge da sua cólica se você fizer o exame Muito provavelmente vai dar um falso positivo porque ele já tá com dor ali naquele local e você vai e aperta a mão ali ele vai falar que tá doendo sem dúvida alguma Então tem que tomar cuidado na hora do exame para poder fazer essa diferenciação Então esse é o terceiro parâmetro o exame físico presença do sinal de murph que no caso da cola Cistite vai est presente e na cólica biliar não vai est presente o quarto e o quinto
parâmetros estão relacionados com resposta sistêmica na cólica biliar o paciente não vai apresentar febre e também não vai ter leucocitose que são o parâmetro quatro e cinco que eu trago para você já na colecistite paciente pode e grande parte das vezes apresenta febre vamos lembrar que no trato gastrointestinal tem uma quantidade enorme de bactérias então aquele processo inflamatório Inicial acaba ocorrendo essa contaminação pacientes com comorbidades pacientes diabéticos isso aumenta ainda a chance de acontecer então é comum que surjam pela liberação dos pró-inflamatórios e também pela presença de germes ali é comum que surja febre que
é o quarto parâmetro e por último paciente por conta desse processo apresentando leucocitose Então a partir de hoje você com esses cinco parâmetros vai conseguir diferenciar muito bem se o paciente tá tendo uma cólica biliar ou se ele tá tendo uma col Cistite E aí então pro paciente que tá com uma cólica biliar que esse é o foco do vídeo de hoje você vai passar sintomáticos observar a melhora completa desses sintomas e então encaminhar pro ambulatório para que esse paciente seja discutido mas boa parte das vezes vai ser submetido da cistectomia Quais os principais medicamentos
para esse tipo de situação analgésico antiinflamatório antispasmodic E se o paciente estiver com náuseas vômitos pode passar um antiemético também então um esquema aqui de sugestão para você DI pirona 1 g para você prescrever associado a um anti-inflamatório não esteroidal mas aqui muito cuidado atenção ao seu paciente avaliar muito bem se tem comorbidades se o paciente não tem problema em fazer antiinflamatório mais uma sugestão Cetoprofeno 100 mg diluído num soro f biológico de 100 ml infundido em 20 minutos e ainda pode fazer associação de por exemplo ou Metoclopramida ou Dan Zetron dependendo se o paciente
tiver apresentando náuseas e vômitos e opioide pode fazer uso de opioide para esse tipo de paciente porque tem aquela história Ah fazer uso de morfina por exemplo pode fazer contração do sfincter diode agravando ali a situação isso é muito mais eh temeroso nos casos de pancreatite mas e na cólica biliar tem problema fazer opioide e a resposta é não Não tem problema pode associar se a dor foi for muito intensa pode associar sim fazer Tramadol pro paciente de 50 a 100 mg diluído também num soro fisiológico de de 100 ml por exemplo infundido em 20
minutos e aí nesses casos Lembrar de fazer Metoclopramida associado ao Tramadol porque ele causa muita náusea e só que vale um adendo não é específico sobre isso o vídeo mas no caso de Tramadol evitar fazer um danz etrona não quer dizer que não possa mas evite faça Metoclopramida o Bromoprida junto tá legal Então a partir daí seu paciente teve melhora não tá tendo febre não tá tendo repercussão sistêmica não tem calafrios você não precisa sair pedindo hemograma para todo paciente mas se eventualmente pediu não tem leucocitose assim que tiver melhora da dor você orienta esse
paciente a não fazer o ingesta mais de comida gordurosa procurar o ambulatório para então avaliar se vai passar por cirurgia ou não e só para falar aqui também existem alguns medicamentos que ajudam a diminuir a quantidade de de cálculos desfazendo e ou não deixando a progressão com mais cálculos Como por exemplo o ácido urso desoxicólico mas não deve ser prescrito de rotina Na verdade o ácido urso desoxicólico tá indicado naqueles casos em que o paciente não pode ser submetido a uma cirurgia de colostomia E aí em casos selecionados pode ser receitado mas se você ali
no pronto atendimento não vai passar de rotina esse medicamento pro paciente Espero que você tenha aproveitado aproveita para deixar um like aqui nesse vídeo se inscrever no canal ativar as notificações se você não fez isso ainda e eu gostaria de te convidar que no próximo vídeo vai est imperdível eu vou trazer o tratamento atual pra Erisipela uma das infecções cutâneas mais frequentes no dia a dia que você não pode perder essa explicação vou trazer uma visão muito bacana sobre esse tema Então já aproveita Compartilha o vídeo de hoje com seu amigo médico e acadêmico de
medicina Traz ele para cá porque assim ele vai ter a oportunidade de ver o vídeo de hoje assim como o próximo que eu vou falar sobre Erisipela um grande abraço e nos vemos no próximo vídeo