a terra dos Mil povos de Cacá verá história indígena do Brasil contada por um índio escrito pelo escritor Cacá verage com pé Esse livro foi publicado em 2020 e tem como objetivo perceber e refletir sobre saberes milenares transmitidos pela oralidade dos povos originários brasileiros caverá é um autor indígena o caverá pertence ao povo tapuia também conhecido como tu chocar a mãe Guerreiro sem arma o autor da caverá nasceu em São Paulo em 1964 é um apelido ele foi batizado por Carlos Alberto dos Santos e ele cataverá economista ativista social escritor ambientalista e conferencista a mais
de 20 anos que a caverá dirige o Instituto chamado Instituto Arapoti que é uma organização que trabalha com jovens de Itapecerica da Serra na grande São Paulo Então esse autor do livro A Terra dos Mil povos de Kaká verá com o intuito essa organização esse Instituto Arapoti tem o intuito de difundir o saberes das culturas indígenas o caverá também é professor leciona desde 1998 na universidade holística internacional da Paz e na Fundação pierópolis então é sobre esse livro e sobre esse autor que vou falar para você hoje eu vou começar primeiro falando para você o
resumo do livro em Cinco partes e depois eu vou falar do autor fica comigo até o final do vídeo vamos lá então essa obra então a terra dos Mil povos a obra é o primeiro trabalho do autor surgiu de um contexto de militância de Idas e Vindas dentro do Brasil e de pesquisas e outros países das Américas e do velho continente o conhecimento juntado foi adquirido desde a época de 1980 aos últimos anos do Guilherme passado esse recorte de tempo é marcado pela luta do reconhecimento e a inserção dos direitos dos povos indígenas na constituição
federal de 1988 e a unificação desses povos que haverá sentiu a necessidade de empunhar mais uma arma nessa batalha com a publicação desse livro na primeira parte do livro intitulada O que é índio caverá expõe a origem do termo índio ao qual surge com a chegada dos invasores europeus no final do século XV e o início do século 16 e que para os povos nativos que viviam aqui no recorte do tempo apontado era uma denominação desconhecida os povos originários se autodeterminavam através de suas respectivas vivências para Esses povos viver é algo sagrado e o nome
anotado adotado por cada etnia materializa-se em um escudo protetivo entre Esses povos povos que já viviam no Brasil não há uma divisão entre o mundo material e espiritual tudo que nos cerca tem um espírito um sentido são cinco partes do livro A segunda parte a terra dos Mil povos Kaká haverá aborda que os Tupi os Guarani os Tupinambás o Xavantes foram os habitantes originários e desses surgiram outros povos questiona com o termo apropriado para designar cada povo se são raças tribos Nações ou clãs Mas independente do termo Esses povos são provenientes de uma árvore comum
como os G Caribe também explica que a cultura desses povos é Alice nas práticas ritualistas e nas suas filosofias de vida que levam as suas respectivas origens E são essas práticas elas são carregadas de valores de ensinamentos e são fundamentais para a compreensão e surgimento de cada etnia na terceira parte do livro a invenção do tempo então Cinco partes a terceira parte a invenção do tempo o autor conta que a passagem de outros povos de terras Além Mar para nossa região Costeira com objetivos bem diversificados como comercializar efetuar estudos os quais ainda são um mistério
para pesquisadores não configurando nas páginas da história oficial povos como os egípcios os cananeus os tártaros os babilônios os fenícios e os hebreus passaram por aqui a mais de 5.000 anos deixando suas marcas por várias regiões do litoral brasileiro além desses povos existem registros de contatos entre os grandes impérios que surgiram no continente americano como os astecas os maias e sobretudo os incas com os povos situados na Amazônia influenciando-os em vários aspectos Cacá verá declara que quando os portugueses que chegaram aqui com a finalidade de explorar conhecer né E se aproveitar das coisas que tinha
na nossa Terra os Tupis e suas ramificações exerciam uma dominação no litoral escravizando outras etnias criando assim uma rivalidade a qual os colonizadores souberam explorar muito bem a seu favor na quarta parte do livro cacáverá um livro A Terra dos meus povos traz uma pequena síntese cronológica da história indígena brasileira então Kaká verá destaca que o tempo para os povos indígenas é considerado uma divindade Sagrada pelos povos que aqui habitavam pelos povos que originaram o Brasil responsável pela conservação dos ciclos as estações os portugueses quando chegaram aqui impuseram colocaram a sua forma de medição linear
do tempo e por sua visão da história europeia Santa história dos vencedores de quem colonizou de quem invadiu e ficou deixando de Fora a história construída a milhares de anos por milhões de habitantes que aqui viviam A partir dessa forma imposta de medir o tempo o escritor data conhecimentos importantes nos mais de 500 anos de contato começa com a chegada de Cabral em 1500 até o ano de 1998 quando foi denunciado na Universidade de Stanford no estado norte-americano da Califórnia a presença de missões provenientes desse país as quais praticavam roubo de conhecimentos medicinais dos povos
indígenas para serem entregues a multinacionais de medicamentos de cosméticos instalados na Amazônia isto na quarta parte do livro Olha que livro legal para ler na quinta parte traz a contribuição dos filhos da terra a humanidade Então caverá coloca as diversas colaborações deixadas pelos povos indígenas para a sociedade brasileira a catalogação desse legado Foi iniciada nos primeiros anos da década de 1980 por historiadores antropólogos Amando de Laboratórios farmacêuticos internacionais então a quinta parte contribuição dos filhos da Terra para a humanidade que objetivavam lucrar contra o conhecimento além de saber do saber da Medicina da flora agricultura
praticada pelas etnias aqui residentes foi fundamental para sobrevivência dos colonizadores e até hoje a relação entre Esses povos com a fauna e afora exemplo de Equilíbrio e sustenta ele sustentabilidade para a manutenção da espécie humana no planeta conta que as línguas indígenas também contribuíram para a formação cultural brasileira elas compõem o cotidiano do povo brasileiro em especial a língua tupi que se faz presente na nomeação da fauna da flora e também de acidentes do relevo agora eu vou falar um pouquinho mais sobre esse livro então a terra dos Mil povos de Kaká verá agora eu
vou ler e comentar uma entrevista publicada em 12 de novembro de 2020 com Cacá verá na revista da works o nome da revista é jornal da Universidade certo então vou para você ter conhecimento que esse escritor já veio para o Rio Grande do Sul já foi entrevistado a sociedade não está conseguindo dormir Quanto Mais Sonhar então entrevista filho de pais Tapuias ou tu chora mais guerreiros o ambientalista indígena acredita que a privação de sono da sociedade contemporânea e a falta de cuidado com a natureza estamos entre os principais males do nosso tempo e ele responde
o cálculo é que cerca de um terço das nossas vidas passaremos dormindo das 24 horas de um dia o tempo de sono ideal que para a maioria da população nunca chega a este número e é de 8 horas diárias o tempo dormindo representa uma parte significativa do tempo de vida de qualquer ser humano mas nem por isso é um assunto no qual se preste muita atenção a compreensão de que não só dormir mas também sonhar a noite constitui parte essencial de nossa existência e um dos temas trazidos pelo ambientalista o pé em suas obras nascido
em uma aldeia Guarani no litoral paulista cacatua desde a década de 80 na defesa da cultura indígena tendo criado o Instituto Arapoti responsável pela difusão do saberes e projetos dos povos da floresta filho de pais Tapuias em Tupi tapuia significa do interior aquele que fala a língua estranha Kaká é o autor dos livros a terra dos Mil povos história indígena do Brasil contada por um índio em 1998 as Fabulosas Fábulas de 2007 e o trovão e o vento um caminho de evolução pelo xamanismo tupi-guarani de 2016 faz uso da palavra para compartilhar os saberes e
Estudos que realiza a décadas junto a povos como os Guaranis os craó e os Xavante abordando temáticas como sonhos a relação dos povos indígenas com a natureza e as lutas históricas dos povos tradicionais em entrevista concedida para o jornal Universitário chamada de vídeo evoca a importância de sonhar e defende que a palavra seja usada em benefício da preservação da vida humana e não humana então a terra dos Mil povos de cacáverá foi relançado por uma outra Editora em 2020 e pela primeira vez em 1998 certo o que tu aprendeste sobre os sonhos com teus mais
velhos pergunta o jornal Universitário e Kaká responde essa questão de sonho é Central na cultura indígena de modo geral para mim esse aprendizado específico começa a vir de uma relação que eu comecei a ter com o povo craó ele é um povo que vive na região do Tocantins próximo às margens do rio Tocantins no norte do Brasil eu conheci os craó quando eu estava com os Guarani Eles foram visitar os Guarani em São Paulo no início dos anos 90 e a primeira coisa que me chamou atenção foi justamente o fato de que em toda decisão
que aquela comunidade iria tomar antes de tomar era dito assim vamos sonhar e era vamos sonhar literalmente significava ir dormir sonhar e só depois quando era uma decisão importante decidir e isso me chamou muito atenção a partir daí Fui verificar e perguntar querer saber mais e aí foi quando aprendi que para todo o movimento da comunidade seja geográfico físico ou de decisões o sonho era uma coisa muito importante eu fui vendo e aprendendo que o sonho é um portal de outras partes de outras dimensões de outros planos mesmo fui percebendo que isso tinha ressonância com
outros povos também com o povo Xavante em 97 escrevi alguma coisa sobre isso no livro A Terra dos Mil povos este livro que eu estou Resumindo para você Dessa época para cá eu fui não só prestando mais atenção no sonho em si na qualidade dos sonhos pessoais como também fui estudando e verificando determinadas características Dessa arte de sonhar eu descobri que grande parte dos Remédios e alimentos tradicionais não só dos craó mas de outros povos foram todos aprendidos no sonho até mesmo meios de construção modos de construir tudo aprendido pelos sonhos então fui trazendo essa
prática para minha vida primeiro para minha vida pessoal verificando isso depois quando me tornei terapeuta e fui aplicando essa importância de sonhar Resumindo não é uma coisa que só veio partiu de um estudo também e os primeiros velhos que me Trouxeram essas informações foram os velhos craó um deles chamado tenon que era realmente muito velho muito antigo tinha quase 100 anos tinha uma grande sabedoria e foi a partir dessa escuta que se desdobraram estudos pesquisas e vivências o jornal Universitário fez mais uma pergunta para cá verá no livro A Terra dos Mil povos tu contas
sobre o sonho de um avô em 1774 no qual ele visualizou a invasão de uma aldeia Xavante por brancos após o avô compartilhar o sonho com os outros os brancos se perderam e não conseguiram encontrar onde estavam os índios tu enxergas o sonho como um oráculo e Kaká verá escritor de a terra dos Mil povos em a terra dos Mil povos eu narro essa história os Xavantes conseguiram evitar o contato isso fez com que ele se preservassem até os anos 1950 só a partir desse período que eles sonharam que podiam E aí eles tiveram contato
justamente com duas pessoas que são os ícones do indigenismo no Brasil o Rondon que é um Pacificador e Orlando Vilas Boas que também teve uma relação de muito respeito com os povos indígenas continuando Kaká fala mas eu não vejo o sonho como um oráculo não vai depender muito do sentido de oráculo por exemplo eu não consigo associar o sonho a oráculo como uma adivinhação mas o oráculo como uma Premonição como uma captação de uma possibilidade que já está em algum nível em alguma dimensão Daí pode ser o sonho tem muitos níveis e um dos níveis
possíveis que o sonho pode nos levar é um nível do não tempo onde não tenho presente passado e futuro nessa dimensão do não tempo realmente é possível captar possibilidades de situações ou fatos que estão no campo Como foi o caso do Xavantes e se a pessoa ou a cultura tem realmente essa compreensão de níveis que são possíveis atravessar de que a consciência pode atravessar por meio do sonho então ela Traz essa informação antes que necessariamente ela vem acontecer isso também não significa dizer que é inevitável nós temos exemplos até mesmo bíblicos desses sonhos premonitórios Como
o próprio Apocalipse O que é a narrativa do Apocalipse que aconteceu há dois mil anos João entrou em estado de percepção dessa dimensão mas de uma maneira tão Ampla que ele ante viu e captou algo que estava em curso mas que na escala do tempo do aqui agora levaria milênios para manifestar Então não é bem uma espécie de oráculo no sentido de adivinhação mas no sentido de percepção de que já está no campo o jornal Universitário fez outra pergunta para que haverá autor da terra dos Mil povos em 2020 outra história interessante sobre os sonhos
que narras no Livro é chamada roda do sonho do povo craó como é o hábito de compartilhar o que é sonhado o mesmo é feito por outros povos eu vivi essa experiência da roda dos sonhos com os Crawl é uma coisa bem simples pela manhã ao despertar você se reúne com um grupo família amigos pessoas em uma roda e cada um Compartilha o sonho que teve durante a noite nesse momento aquele que compartilha não compartilha com o sonho pessoal mas com um sonho coletivo mesmo que seja algo pessoal e aquele que escuta o faz não
para interpretar mas para se colocar dentro desse sonho e aí se ele também teve um sonho ele vai contar o sonho dele como um complemento desse sonho escutado a resposta que dou para o sonho do outro então é o sonho que eu tive se eu não sonhei fica quieto que percebo ao longo dos anos é que entre povos comunitários os sonhos são comunitários na minha experiência com não indígena mesmo sonhos que envolvem um contexto coletivo são individuais e pessoais Eu costumo fazer a roda dos Sonhos em vivências que realizam seguindo a ideia de que quem
escuta não interpreta só escuta o que acontece é que quando a pessoa narra o seu sonho quando ela verbaliza ela cria uma possibilidade de compreender o sonho quando ela narra ela vai contando e de repente diz a estou entendendo tal coisa porque desentope esse canal o problema do ser humano da pessoa mais da cidade é que esse canal onírico não é exercitado então ele não consegue compreender o sonho o jornal Universitário faz mais uma pergunta para Kaká algo marcante sobre essa pessoa da cidade da sociedade contemporânea de modo geral é a falta de sono uma
sociedade que dorme pouco cada vez menos e antes do sonho vem o sono que tu pensas sobre esse sempre estar ocupado da sociedade contemporânea e Kaká verá autor da terra dos meus povos responde eu vejo a dificuldade do sonho do Sono como nos grandes males da sociedade contemporânea um dos grandes causadores de males é um problema grave tem dois problemas gravíssimos que a sociedade contemporânea realiza a dificuldade de ter sono e a dificuldade de respeitar a natureza os dois são problemas gravíssimos pois geram doenças e distorções terríveis mas com relação ao sono Este é o
estado que nos permite revitalizar o nosso organismo a casa do nosso espírito e se essa casa não é revitalizada ela adoece é basicamente por isso através do sono você Renova suas energias físicas suas células suas energias psíquicas e você ganha uma quantidade de energia que favorece por exemplo o ganho de imunidade as pessoas se desenvolvem no sono Quando você vê o jovem pessoa que sai da fase dos 12 anos esse é o momento em que se começa a esticar a crescer isso é também por causa do Sono Às vezes as pessoas falam meu filho está
dormindo demais mas nesse período eles precisam dormir muito porque é quando a pessoa cresce Mas independente dessa fase todos os dias a nossa pele o nosso organismo precisa do sono a nossa saúde mental também e a sociedade não está conseguindo dormir Quanto Mais Sonhar o sono nos conecta com grande ancestral da humanidade que é o povo pedra o povo mineral a energia do Povo mineral é que revitaliza o nosso organismo você sabe que a gente tem minerais no nosso organismo a mesma quantidade de minerais que tem em todo o planeta terra tem no nosso corpo
proporcionalmente falando no microcosmos então esses minerais precisam ser ativados e curiosamente eles são ativados no sono aquilo que é nativo para a mente é Native para mineral quando você não dorme direito passa a faltar e minerais no seu organismo e isso compromete a sua vitalidade o sono é você respeitar povo pedra tem uma antiga sabedoria que diz o seguinte a consciência dorme no reino mineral sonha no reino vegetal e acorda no reino animal e desperta no reino humano seria umas quatro Estados da consciência mais uma pergunta da revista é interessante que o povo esteja vinculado
ao reino vegetal antes tu havias trazidos a ideia de que ser humano que não dorme é o mesmo que não respeita a natureza poderia falar um pouco mais sobre essa sociedade que não dorme nem sonha nem estabelece uma relação próxima com a terra o ser humano da sociedade contemporânea não consegue perceber que existe uma relação sistêmica entre ele qualquer indivíduo e a natureza que existe uma interrelação não consegue perceber que nós somos um microcosmos da natureza proporcionalmente somos uma extensão de toda a natureza então a medida que eu não cuido de mim eu também não
cuido da natureza e a medida que eu não cuido da natureza Eu também não cuido de mim e esses dois pontos com que você começou a entrevista o sono e o sonho são portais da consciência que nos ajudam a perceber como essa inter-relação se dá o jornal pergunta qual a proximidade entre arte e sonho toda arte é uma expressão que tem qualidade profundidade e técnica o sonho também tem suas qualidades profundidades e suas técnicas estruturantes E se a gente conhece a técnica os princípios o sonho Deixa de ser mais um elemento inconsciente na sua vida
subutilizado e passa a ser um elemento consciente na sua vida uma ferramenta de orientação nós passamos um terço da nossa vida sonhando se você imaginar as 24 horas de um dia 8 horas esse tempo seria para dormir nesse 1/3 que você tem para dormir você passa pelo sono e pelo sonho se você não conhecesse nada sobre sonho então É como se você estivesse desperdiçando um pedaço importante da sua vida continuando a entrevista em sua trajetória fala que as os diversos grupos indígenas a palavra tem espírito e tu escolheste a palavra como forma de compartilhar sabedoria
por meio da escrita dos livros Como foi esse processo então tem três pontos centrais na relação a escolha da palavra o primeiro ponto é que eu realmente aprendi com a tradição Guarani que toda palavra tem um espírito Vivo e cada palavra que a gente expressa tem uma vida própria é poder e todos os poderes o que a gente pensa e o que a gente fala tem vida e tem poder de manifestação esse primeiro ponto me levou a ter uma responsabilidade com relação aquilo que o fale penso o segundo ponto é que mesmo antes de escutar
isso eu já era apaixonado pela palavra enquanto letra enquanto escrita porque desde muito pequena desde antes de aprender a ler eu já gostava de livro e de palavras amava e amo Ler minha felicidade de ir para a escola era de ter a oportunidade de ficar lendo fosse o que fosse o terceiro ponto é que quando eu comecei o meu ativismo na área da ecologia Eu ainda era um estudante estava terminando o colégio e uma das grandes questões que se apresentava era que eu fazia muito o exercício com colegas amigos e líderes indígenas de falar defender
nossos territórios a nossa cultura e daí eu percebi que a gente poderia naquela época multiplicar mais a nossa fala se ela fosse escrita quando eu dou uma palestra eu falo com 20 pessoas quando escrevo um livro um panfleto posso falar com mil por exemplo gostaria que pela escrita algumas das nossas ideias de nossos valores e das nossas questões pudessem ser multiplicadas com qualidade uma das últimas perguntas da revista é a seguinte tu terminas a edição mais recente de a terra dos Mil povos falando justamente sobre estes como tu são multiplicadores então a edição mais recente
ele é review aquela edição de 1997 como tu são multiplicadores dos povos indígenas desde a época das capitanias hereditárias então eles eles estão treinar Sônia Guajajara e Álvaro Tucano por exemplo e todos eles tendem a fazer o uso da palavra tem algo que conecte todos esses multiplicadores e lideranças das lutas indígenas a terra dos Mil povos foi escrita nos anos 90 em um período em que eu e meus colegas líderes indígenas a época como Álvaro Tucano Marcos perena e o próprio Ailton viviamos um período muito efervescente de muita atividade na área cultural na área social
era uma época em que a gente estava conseguindo através dessas atividades conquistar a sensibilidade de uma grande parcela da sociedade para você ser ideia ter ideia foi uma época em que houve um grande evento mundial no Rio de Janeiro chamado eco-92 que trouxe cientistas e líderes políticos do mundo inteiro para o Brasil com uma ideia bem próxima daquilo que as culturas indígenas pensam uma ideia de promoção de um cuidado com a natureza em todos os níveis um pensamento de preservação de Floresta de trabalhar pela não poluição do ar de 1992 até a publicação do livro
em 98 havia naquele momento mas sensibilização muito grande para as nossas causas e nós percebemos que a união de vários líderes de povos totalmente diferentes eram um fator fundamental para determinadas conquistas nessa área em que atuamos no Cuidado com a natureza e o respeito e reconhecimento dos nossos territórios tantos materiais quantos culturais isso como passar do tempo vai se consolidando no início do Século 21 e de uma maneira absurdamente incrível nos últimos dois anos todas as conquistas toda essa sensibilização que foi trabalhada durante esse tempo todo foi posta por terra nos últimos dois anos houve
e está vendo uma diminuição drástica das reservas naturais dos ecossistemas não só da Amazônia mas principalmente também no cerrado do Pantanal e hoje não só a cultura indígena mas a própria ciência sabe o quanto isso caso causam mal para manutenção do equilíbrio da vida como um todo a gente está vivendo um momento em que é um grande ataque essas conquistas inclusive um questionamento a determinados valores e também um questionamento com relação aos territórios indígenas a gente tem sofrido muito sofrido fisicamente em razão de um tipo de visão e ação que vem destruindo culturas e florestas
isso infelizmente está acontecendo é como se a gente tivesse atrasado pelo menos 500 anos porque é um tipo de pensamento da idade média não da população mas do poder político do Brasil hoje é medieval isso está interferindo negativamente não só em relação aos povos indígenas mas a toda a sociedade humana tá gostando do vídeo dá um like se inscreve no canal obrigado você já tá escrito você não tá escrito Assiste mais um vídeo se gostasse escreve e reforço não atinge somente brasileiro mas a sociedade Mundial tanto é que existe um apelo no mundo inteiro para
que o Brasil reveja esse tipo de atitude nunca se fez tão necessário a a utilização de espaços de escrita de discussão de conversa de reflexão para nós tornarmos providências conjuntas em relação a coisas que dizem respeitos a todos nós dizem respeito a direitos conquistados pela humanidade como um todo o direito à qualidade de vida a preservação dessa qualidade de vida em suma Na verdade o direito à continuidade da vida porque sem natureza não existe vida então nesse momento aqui agora nosso cidadãos indígenas e não indígenas temos o dever de colocar a nossa palavra para o
maior número de pessoas para provocar uma reflexão sobre as situações que tem ocorrido e que essa reflexão seja provedora de Atos reequilibrantes não para promover distúrbio mas uma vez a palavra entra com essa missão a de promover uma cultura de paz obrigada você que assistiu o vídeo até o final dá um like se inscreve no canal beijão da professora Ana e até o próximo vídeo