é como se a gente tivesse um sintoma atual que é um compartilhamento inconsciente de um Delírio de hiperpotência que implica então uma energia ilimitada para uma hiper produtividade então agora a gente vai falar de uma queimação né num Burnout que é você colocar uma coisa para queimar que ela queima para fora né que é mais pode que é mais e de alguma maneira é como se a gente tivesse dentro da gente e temos né uma fogueira lembra aquela aquele margem que várias vezes eu eu volto talvez nela cada um ditado acho que asiático talvez chinês
que cada um nasce com uma quantidade de Fogo com uma fogueira que é a energia basal de cada um Talvez um ti e ele vai gastando a gente vai gastar numa pilha né vai gastando gostando gostando tá o final quando a gente vira aquelas Brasas e depois vira aquela poeira se conecta de novo com a terra e quem sabe isso alimenta outras vidas outras pessoas outras ideias ou de qualquer maneira termina isso tem a ver com o nosso ciclo de vida e com manejo então energético que a gente teria que fazer ao longo da nossa
resistência a gente faz isso micro tem a micro manejo da nossa energia é a gente é uma espécie a gente sabe bem ela é uma espécie móvel Diferentemente das árvores que são a priori das plantas em geral uma espécie imóvel como uma casa como essa casa ela é imóvel tanto que você diz quantos Imóveis você tem eu quero comprar o meu primeiro imóvel como a gente é uma espécie móvel a gente gasta muita energia porque a gente se movimenta então a gente faz mais ou menos três quatro vezes por dia o micro manejo tem que
ter o input de energia se come você processa e você enfim gasta você processa esse energia você gasta de duas maneiras um você gasta energia que se produziu né Falando pensando correndo pulando dormindo Processando subjetivamente o maior trabalho mental que demanda energia e o outro pedaço disso e joga fora é fazer o trânsito trabalho de transitar os resíduos resido é xixi cocô toxina lixo Dr coisa que você decide que você não quer mais morre com dor jogar fora tudo que você tá acumulando Parar de carregar peso que tá em cima de você que você tá
carregando chega um dia que você fala para para com tudo isso não preciso levar tudo isso né então por que que eu tô voltando nesse circuito energético no macro e no micro né no cotidiano ou nos últimos cinco anos da vida nos últimos 10 ou porque a gente precisa entender como é que a gente tem essa energia como a gente processa a vida com essa energia que a gente tem os inputs as vivências emocionais cognitiva simbólicas tudo que você tá vivendo e como você dissolva isso como você devolve na forma de trabalho de produções de
relações de amizades de amores de sexualidades né todos os erros laços sociais e como que essas próprias relações elas trazem esses essa essas toxinas ou esse simples efeitos que você pode falar bom tá agora não quero mais carregar esta relação desta maneira eu sou um professora eu sou mãe eu sou mulher sou que eu não quero mais carregar a casa nas costas dessa forma fazendo tudo para meus filhos para meus netos cuidando trocando a fralda fazendo as compras cozinhando levando voltando administrando tudo não não quero mais quero viajar leve né Travel like eu quero decidir
fazer da forma mais leve económica simples não quero mais esse lugar grande material quero agora viajar sozinha vou deixar marido filhos e netos vou ficar uma semana num detox vou ficar um mês na minha viagem para Índia por que que eu tô abrindo com tudo isso porque são maneiras de você se proteger de esquentar demais esse motor ele te fala né É isso que é o Burnout é quando sabe quando você dá uma esquentada literal na máquina e queimou queimou o motor foi até o talo e você é muitas vezes não se dá conta disso
porque a gente trabalha a gente opera com uma ideia de que a nossa energia é infinita de que nosso tempo é infinito que que é isso é uma fantasia que não leva em conta Justamente a castração que não leva em conta o limite ou pouco que somos e o pouco que temos que não é tão pouco mas certamente não é tanto quanto a gente imagina certamente a gente é mais limitado do que a nossa fantasia gostaria de trabalhar com a ideia Imaginário do eu e sobretudo no mundo contemporâneo é de um super né a gente
cola inclusive e imperativo Super egóico Sim ideais de exigência de produtividade de efetividade de eficiência eficácia Qualquer que seja a textura que você queira dar precisão que você queira dar a gente trabalha com um super eu e não é nenhum superei o super ego a gente trabalha como imagem de uma alta potência do eu e uma alta potência egoica inclusive dos coletivos inclusive dos grupos e das empresas e do dos estados e dos governos e dos lucros familiares é como se fosse alta queimação muita potência do que a gente tem que ser do que a
gente tem que produzir aqui como coletivo seja a família perfeita ideal as fotos os eventos as viagens as vezes experimentações os sabores né aí a festinha de um mês de dois meses a roupa conjunto passeio abalada né uma relação afetiva é gente quantas imagens quantas legendas quantas né quantas fotos quantos filtros o tempo todo a gente desenhando essa sobrevivência Até que a gente se dá conta que Opa espera né sete fins de semana que eu já tô fazendo essa produção já tô fazendo a gincana já tô indo em sete eventos A cada fim de semana
que começa na quinta e vai até segunda noite que pode ser um dia até de fazer o evento Então como é que eu tô nessa produção como é que eu tô nessa produção nesse trabalho que me exige e que eu também desejo para fazer fácil isso como se eu tivesse o tempo todo que dá conta de uma essa imagem de alta produção dois um comboio inconsciente com o outro de que não ninguém é castrado aqui ninguém é limitado aqui e a nossa energia infinita o nosso espaço infinito no nosso desejo infinito e não é que
eu tenho que ficar equalizando essa força é uma hiper potência é um Delírio é como se a gente tivesse um sintoma atual que é um compartilhamento inconsciente Dom Delírio de Hiper potência que implica então uma energia limitada para uma hiper produtividade E aí fica todo mundo nadando nesse caldo viscoso e aí se atropelando aí ó engasgando engaio caldo ó aí a lama né pode ser Dourada é uma mama Dourada sedutora que você pode pera aí 24 horas porque não vamos lá vamos rodar mais um pouco vamos rodar a máquina vamos filmar Vamos fazer uma diurna
uma noturna né como se fosse vamos dobrar de área de gravação um diário de gravação Já é 12 horas é porque enfim montar tudo desmontar é caro enfim já que então vamos fazer 12 horas 24:36 porque não né como a gente falou também a gente tem a competição aí você vai numa régua fálica e você vai fazer a competição quem trabalha mais quem aguenta mais a gente faz um curso de quem bebe mais whisky quem faz mais horas de sexo camesex com mais ou menos química e quem vai conseguir na empresa completar por exemplo fetiche
da senhoras e a gente tem grandes consultorias grandes corporações que competem quem é que aguenta mais porque vamos vamos lá fazer e eu sou superior a você eu sou mais inteligente mais interessante e conseguiria fazer isso até que a gente explode até que derrete até queima até que as peças queimam e se comem as outras E aí eu queria fechar com isso mas enfim e aí se você minimamente analitizado minimamente autoconsciente depois da debacro depois do desastre depois do Caos precipício você fala quando eu não percebi como eu me deixei levar como eu me deixei
seduzir por que que eu fiz isso que cegueira qual o limite como eu não vi e aí você tem a segunda faz ser do Burnout que é a culpa de ter perdido o limite de ter pedido aí você vai fazer a culpa disso tudo e quer sabe não é feito é bem né o efeito de abismo o reflexo do outro você depois vai ter a culpa de ter sentido culpa porque aí você não deveria ter se culpado assim mesmo porque afinal a culpa não alegria a sua a culpa também é do outro que faz um
jogo de manipulação de chantagem e de exploração que é próprio do mundo que a gente vive e que te vai fazer produzir mais e se não consegue se culpo de não ter produzido e de ter produzido e derretido E aí você neurotizou adoeceu fraquejou e ainda assim como você se submeteu a todo esse percurso E aí você pode ficar numa espiral infinita que Aliás a gente observa tanto no Burnout né nessa síndrome do Burnout ou como uma síndrome de pânico de ansiedade crise de ansiedade síndrome do pânico também a gente tem o medo do medo
a gente tem o medo do Pânico medo de se ver nessa posição de vulnerabilidade então a gente já fica tenso ao entrar ali assim como a gente fica tenso ao se ver numa situação em que você não pode funcionar e produzir Ou seja a gente ainda faz uma porção né como se fosse uma torção usando bacana numa garrafa de clarão a gente faz uma nova torção nesse universo em que a gente vive que é tão cada cada giro né Cada giro vai buscar apontar a seta da responsabilidade entre o eu o outro é minha culpa
é culpa do Chefe culpa do trabalho é culpa do cônjuge do parceiro do filho sem a gente poder juntos talvez e quando for o caso numa mesa de conflito de negociação sem fugir do conflito para buscar compreender as estruturas que levam a isso os vetores as forças que então cada vez mais fazendo altíssima exigência aliada a uma fantasia de máxima potência destruindo e fazendo a gente queimar é na base gastando então para voltar a imagem de início né como é que a gente se vê na armadilha de gastar muito agudamente violentamente aquela energia com a
qual fomos honrados no início das nossas vidas