Caminhos da Reportagem | Ecos da Escravidão

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TV Brasil
Fosse nos engenhos de açúcar, nas lavouras de café ou na mineração, o serviço pesado estava nas mãos...
Video Transcript:
[Música] [Música] [Aplausos] [Música] [Música] [Música] é um carrinho que os escravos percorreram do cativeiro a liberdade quem foram os negros escravos livros que lutaram pelo escravidão e como é possível reparar a desvantagem social do negro no brasil é o que você vai ver agora no caminho da reportagem a escravidão marcou na forma de maliki na história do brasil o processo histórico é muito complexo a escravidão não escapa isso eu vejo uma história de um crime contra a humanidade imagine ser arrancado de sua família acorrentado trancafiado privado de luz água e comida imagine ser negociado jogado
no porão quente úmido e superlotado por semanas sem ter a mínima noção do seu destino e chegou à conclusão de que a pior invenção da humanidade foi foi navio negreiro uma viagem durava há cerca de dois meses com alimentação extremamente precária várias doenças você não conseguia se levantar você passava dois meses sentado vários mortos na violência sexual violência física ao mesmo tempo que se sabe que isso houve sabe se também que houve preocupação por parte dos traficantes dos comerciantes em perder - a carga durante todo o período do tráfico negreiro brasil recebeu quase 5 milhões
de africanos o que representa 46 por cento de todo o comércio de escravos das américas estamos a quase um terço da população africana a força do tráfico no oceano atlântico nem precisava entrar no continente africano para capturar os escravizadas as constantes guerras entre as diversas tribos fazia um número alto de prisioneiros que eram logo levados para a costa começa aqui já existia um tipo de escravidão na áfrica entre tribos que lutavam que aprisionava mas isso era uma coisa que era feita lá e tinha seus mecanismos de contenção a na costa da áfrica na ilha de
cabo verde funcionavam dos postos de receptação desses prisioneiros que vinham do interior do continente velha europa [Música] o brasil começou em pernambuco e essa província de pernambuco tem vergonha de ser um dos pouquíssimos lugares do mundo que recebeu gente da áfrica permanentemente sem interrupção desde o século 16 6 até o século 19 a escravidão africana no brasil começou aqui a turística ilha de itamaracá em pernambuco servia de porto clandestino para desembarque de cativos foi ali por volta de 1845 um africano muito especial desembarcou na roma a 4 bilhão único o único dos 12 milhões e
meio do fpm que deixam um livro de memórias o único comprovadamente é ele ele embarcou na qual sabia ler escrever e contar que deixou um livro publicado em 1854 no haiti contando tudo que sofreu desde a captura em benin até a liberdade [Música] chega aqui no norte de pernambuco e é vendido para um padeiro provavelmente em olinda ele trabalhava inicialmente como o carregador de pedras era um trabalho muito duro ele coloca que em certa ocasião ele tenta suicídio mais uma vez inclusive e antes que ele conseguisse se matar como colocar assim o seu senhor vende
para um comerciante da praça do rio de janeiro o rio de janeiro foi a cidade que mais recebeu navios negreiros no mundo 2 milhões de escravos africanos podem ter desembarcado nessas pedras que hoje fazem parte das ruínas do antigo cais do valongo na área portuária o animal tinha os casos de engorda se você chegava muito magrinho doente se você não era jogado na vala para morrer de fome e acaba de morrer de doença do que fosse já tivesse trazido nave de engorda né é como um animal teria matado fim do ano não existiu respeito de
ser humano para ser humano né nas proximidades do cais do valongo encontrou um sítio arqueológico quando comprou a casa em 1996 foi uma surpresa muito grande as primeiras escavações apareceu ossadas humanas é inclusive ossada de criança aquilo me deixou muito apreensiva porque a princípio imaginava que alguém matou a família daquela cada mas havia lhe bem mais que a ossada de uma família e um morador sabia que existe um cemitério de escravos aqui né e ver a prefeitura veio pesquisadores e aí eles chegaram à conclusão que aqui era o cemitério dos pretos novos os recém chegados
de áfrica o cemitério dos pretos novos recebeu esse nome porque nessa área foram enterrados milhares de escravos que não resistiram à longa jornada da áfrica até o brasil eles saíram forçado de sua terra para trabalhar mas nem chegaram a ser vendidos por que encerraram sua viagem jogado numa vala comum as valas ficarão abertas entre 1779 e 1830 e é provável que embaixo da casa de dona mês e tem sido jogadas bem mais que 50 mil corpos isso aqui é o holocausto carioca no local xto negro carioca [Música] quem morria era exposto no mercado e logo
vendido para algum senhor no século 18 com a descoberta do ouro nas regiões das minas gerais houve uma verdadeira corrida por mão de obra escrava especializada e onde eles vão buscar essa mão de obra especializada eles vão para a áfrica para a região da costa da mina são escravos que já tem uma tradição de saber minerar é que geralmente são utilizados nas áreas de mineração e se escravo evidentemente especializado custa muito mais ouro preto a capital das minas gerais na época chamava-se vila rica chegou a ter no auge da mineração uma população de 50 mil
pessoas a maioria negra foi com a mão de obra escrava que vila rica prosperou eles escavaram minas extraíram riquezas naturais enriqueceram ainda mais a coroa portuguesa sua mina de chico rei produziu 25 mil quilos de ouro recorrer do congo belga do norte da capital foi comprado na mão de joão de deus pelos portugueses exatamente o que ele já tinha o normal de exploração de ouro e diamante ele jurou preço de três deles se você permanecer centena mesma obediência que tinha o meu pai lá no congo chegando nesse país desconhecido e vou lutar pela nossa liberdade
toninho é hoje o dono da antiga mina de chico rei não encontrar pepitas mas explora o turismo graças a essa história que mistura a lenda com realidade do escravo que enriqueceu libertou sua tribo e foi coroado em plena vila rica o próprio dono da mina para concorrer você não merece escravo eu vou te alforriar apoiou francisco e daí para frente o francês foi pagando uma jogos e pois ocorriam na tribo dele por hierarquia até por uma comunidade negra totalmente independente no brasil e aí entra a parte fictícia né que é a lenda sem comprovação documental
que descobre uma quantidade muito grande de ouro dentro dessa mina mas ele não conta ele vai tirando um pouquinho vai pagando assim quando consegue pagar a seu favor ele propõe a compra da mina para o seu senhor apaixonado ele compra a mina ele vai também comprando a liberdade de seus escravos com o ouro que ele traz lá era interessante para o governo ter um representante negro aqui em ouro preto ou em minas gerais porque a maioria negra se eles se revoltassem ele essa é uma tragédia os brancos então o chico rei libertar os escravos com
essa garantia não têem baderna se revolta e também proteger os negros documentalmente falando nada se conhece que comprove a existência desse chico rei ou de qualquer outro escravo nesse perfil que tenha detido essa história polêmico chico rei com toda a riqueza extraída da mina que ele teria construído a igreja de santa efigênia e dançado com gado em frente a ela no dia 6 de janeiro justamente o dia de rede mas se ele não existiu quem teria aqui do tempo certamente uma irmandade inteira de homens negros alforriados o que já nasceram livres muito grande então o
que você teve que você não teve explosão de terrenos que você teve na bahia teve a constituição de irmandades negras aqui hoje por exemplo está na igreja de santa efigênia rosária da cruz que é uma igreja que a irmandade foi essencialmente negra [Música] a igreja de santa efigênia não era a única dos negros de vila rica mais imponente ainda era a igreja de nossa senhora do rosário dos homens pretos dentro dela estão os quatro santos negros do catolicismo são elesbão santo antónio de cartagena zona são benedito ea própria santa efigênia tem um santo negro a
igreja quer dizer que eles não estavam tanto perdida assim eles tinham um ponto de apoio ele não era uma raça amaldiçoado como muito dizia durante a construção os escravos conseguiram auxílio financeiro os seus próprios senhores nos livros da irmandade nós encontramos muito todas as pessoas eminentes da capitania inclusive os governadores do andu dinheiro para a festa do rosário alguns como protetores foi esse senhor precisava da irmandade que na hora que o negro ficava pobre doente quando ele não dava mais conta de trabalhar que encampar a ele no serviço da irmandade há lá visitar o doente
quando ele morria era irmandade que encerrava se na antiga vila rica ouro ocorreu o fato para a construção e ornamentação da igreja de nossa senhora do rosário o mesmo não se pode dizer de outra cidade mineira de sabará durante 120 anos escravos alforriados da irmandade nossa senhora do rosário dos pretos da barra de sabará trabalharam na construção desta que seria a maior igreja da cidade como se pode ver a obra nunca foi concluída seja pelo fim do ciclo do ouro seja pela falta de dinheiro seja até mesmo pela falta de mão de obra o fato
é que a construção foi definitivamente interrompida em 1888 com a chegada por aqui da notícia da abolição da escravatura construir uma igreja era fundamental para cada irmandade além da proteção ela era o único espaço de convivência que os negros escravos ou libertos tinham naqueles tempos por negro não era considerado gente não tenha considerado que tinha alma uma vez que era escravo diante disto ele não podia freqüentar a mesma o mesmo lugar que o seu patrão com o passar do tempo ea quantidade de negros aumentando no brasil então foi os brancos perceber que era preciso colocar
algo para eles o negro ea missa mas mantinha fenos rituais que trazia da áfrica ele não guarda nada de toda essa crença dele e ele faz um faz de conta ele ia para a igreja ele prestava o culto mas da forma dele batizada de receber nome nome cristão é trocado o nome de like o nome que ele tinha na áfrica por um nome adquirido aqui para os senhores a religiosidade perdoar os pecados para os escravos a igreja é um refúgio numa época em que muitas atrocidades eram cometidas contra os cativos a pior delas o martírio
em praça pública todos os dias entre 9 e 10 horas da manhã era possível ver a fila de escravos que iriam ser castigados tenham eles de dois em dois amarrados pelo braço e sob escolta da polícia até o local determinado pois era muito comum que nas praças principais de cada cidade existissem pelo ourinhos com o intuito de mostrar para a população os escravos que vão ser castigados é o pelourinho é uma punição às pessoas levavam chibatadas quem conhece as punições da inquisição então é uma sociedade que está funcionando numa outra lógica ética que o castigo
exemplar era bem visto o placar ficou no excessivo que não poderia trocar de dono desde que você sofresse castigos abusivos e ajustes de relatar o fato que era averiguado mas você teria que ter um interlocutor o ciclo do ouro acabou as meninas já não produziam mais vila rica começou a esvaziar mas a escravidão estava longe do fim o novo ciclo do pau-brasil ciclo da cana de açúcar o ciclo do ouro ciclo do café todos esses ciclos estavam dentro do ciclo da escravidão os comerciantes as pessoas mais ricas do país eram traficantes de escravos a partir
de 1828 o brasil descobre outra fonte de riqueza passa a ser o maior produtor e exportador mundial de café as terras altas o clima do vale do paraíba favoreceram a produção de café no século 19 e foi nas grandes propriedades com mão de obra escrava que as lavouras se desenvolveram neste momento exatamente é que está havendo a ascensão do café transformando uma uma nova classe dominante de lavradores envolvidos no café gente muito poderosa os barões do vale do paraíba entendeu barões como comendador manuel antónio esteves que tinha em torno de 700 escravos todos eles registrados
em um livro guardado na fazenda santo antônio do paiol em valença no rio de janeiro para o trabalho a profissão escravo trabalhava que trabalhava na lavoura dos 42 anos geralmente ele não passava era muito judiado 8 sugado mesmo mafu que poderia dar trabalho não é um produto barato exatamente por isso não era um pouco um produto tão descartável quanto às vezes a gente lê e escuta não é alguns dizendo nem sempre um escravo homem jovem e forte custava em minas gerais na primeira metade do século 18 algo em torno de entre 250 e 350 mil
réis com esses mesmos 250 e 350 mil réis se poderia comprar talvez dez cabeças de de vaca o valor de um sobrado de dois andares uma das fazendas mais preservadas do vale do paraíba ela começou a ser construída no século 18 e ainda mantém boa parte da estrutura daquela época mas não é uma fazenda qualquer aqui funcionou um grande centro clandestino de reprodução de escravos além de serem tratados como reprodutores ali os negros viveram um dos maiores calvário da escravidão era embaixo da casa grande que ficava a masmorra para onde eram levados os escravos considerados
desobediente expresar vaduz até hoje os troncos de tortura ainda guardam as marcas de sangue do período mais cruel da história do brasil a bela aquelas manchas escuras na madeira a gente já fez pouco já mandou ver é sangue realmente isso aqui nunca ficava vazio que sempre tinha preso então era uma turma já presa há outra que tinha saído daqui muito machucado estava do lado de cá curando com sal grosso as costas o outro já estava chegando aqui para quando vagar se ele poderia entrar [Música] será que haveria uma luz no fim do túnel para o
sofrimento de tantos escravos quando as idéias liberais o ministro se ganhar um corpo em todo o mundo ocidental o brasil junto com alguns outros países foi paulatinamente transformando numa espécie de aberração em relação ao a comunidade internacional é só a partir do século 19 que as mentalidades começam a mudar a escravidão passa a ser ilegal os ideais abolicionista se espalhou mas a derrubada definitiva de todo o sistema é um processo bastante lento é o que você vai ver no próximo bloco [Música] onde a escravidão a fuga em busca de liberdade os escravos cantavam e fugiram
o sinal vindo do próprio batuque era um aviso para os escravos eles podiam correr que o capataz estava distraído o candongueiro no quilombo é usado como dedo duro e o candongueiro ele bate um ritmo diferente do tambo e o cânon ele era que marcava a hora ea posição e quando a pessoa podia sim sair na fuga que quando também a fuga fosse descoberto o candongueiro licença a utilidade de mudar de toca nem de toque sem prejudicar o ritmo aí muda o toque dele os caras sabia que tinha que esconder que tinha sido descoberta fundo [Música]
numa época em que a escravidão estava longe de acabar a fuga é a forma mais rápida de liberdade era um fenômeno muito intenso muito intenso mesmo provavelmente poucos escravos não tinham no seu currículo uma fuga pelo menos seguindo pelas matas ou pelos rios os escravos se refugiavam em pontos distantes das fazendas e formavam os quilombos o quilombo de um modo geral é uma resistência de trincheira podemos dizer uma coisa que as pessoas buscavam uma local para se refugiar se proteger na serra da beleza interior do estado do rio de janeiro está o quilombo são josé
da serra é provável que os primeiros negros tenham ido para lá por volta de 1830 fugindo das fazendas de café nós somos a região do clube veio da bahia para o rio de janeiro [Música] meu pai é de lá meu deus com o tempo vê rafa liberdade e mel seu manoel 96 anos é o patriarca da comunidade foi filho de escravo e ouviu histórias que o tempo não apaga a memória tão marcantes para os negros que as gerações passa e ninguém para fugir do sistema opressor além dos quilombos os escravos organizaram rebeliões o maior palco
de revolta de escravos no brasil foi à bahia isso se explica pela origem dos escravos aqui os escravos vinham da chamada costa da mina que é no golfo do benim que atualmente está localizado entre togo república do benin ea nigéria esses escravos que vinham daí não todos eles mas um número muito grande eram vítimas de guerra era um prisioneiro de guerra então eram escravos que saíram da guerra foram capturados trazidos para para a venda e deportados para paquetá bahia e foi no fim da ladeira da praça no centro histórico de salvador que teve início a
maior rebelião urbana de escravos do século 19 a revolta dos malês liderada por africanos de origem muçulmana o plano de fuga foi registrada em papéis árabes cerca de 600 escravos saíram pelas ruas de salvador mas foram pegos no caminho alguns foram executados na área conhecida como campo da pólvora [Música] fugindo da cidade encontraram pela frente à cavalaria e foi aí que houve realmente nós a batalha campal mas na qual os rebeldes estavam absolutamente despreparados que eles estavam com armas brancas arco e flecha entendeu e os soldados além da cavalaria não tinha armas de fogo e
se calcula em torno de 60 70 entre os que morreram lá mesmo que foram depois morrer diferimento adquirida durante o movimento a revolta acabou mas o desejo de liberdade é a eterna tanto que os escravos que viviam nas cidades podiam negociar diretamente com os seus senhores uma alforria alforria significa liberdade e essa liberdade podia ser concedida gratuitamente pelo senhor de escravos e mediante a compra então um patrono estabelecia um preço pela liberdade e esse escravo tinha que me olhar esse dinheiro para que ele pudesse comprar essa liberdade que nós conseguimos identificar uma forma que foi
muito comum durante todo 18 do século 18 minas gerais é uma espécie de crediário da alforria o escravo pagava em parcelas durante quatro cinco seis anos ele pagava parcelas da sua liberdade parcelas da sua alforria e principalmente as mulheres recorreram muito a essa essa forma de libertar se e libertar os seus descendentes seus filhos mesmo nos anos finais a escravidão não era fácil conseguir a ocorria na província de minas gerais a que possui o maior número de cativos apenas um entre 18 tinha dinheiro suficiente para comprar sua liberdade para a maioria dos escravos a perspectiva
de morrer na senzala era muito maior do que terminar a vida em liberdade a negociação direta que se fazem ter proprietário escravo é muito mais freqüente nas áreas urbanas do que nas áreas rurais avião um direito difuso informal é costumeiro de que o escravo quando tivesse o dinheiro pro foi ao senhor foi a vá isso realmente existia isso funcionou muito bem só que funcionava sob tutela do senhor o senhor podia sempre a ameaçava não consigo comportou não vai se apoiar alforria era um acordo entre senhores e cativos afinal naquele século 19 era difícil esperar do
governo imperial alguma atitude rápida e definitiva contra o tráfico após a independência o brasil começou a sofrer forte pressão internacional principalmente na inglaterra para abolir de vez o tráfico negreiro por isso o parlamento brasileiro aprovou em 1831 uma lei que impedia a compra de novos escravos na áfrica a lei como se sabe não saiu do papel e ficou conhecida como lei só para inglês ver há uma tentativa de fazer a lei ser cumprida no início mas de fato ela começa a ser burlada por todos os lados e finalmente os próprios grupos é que predominantes na
política brasileira vão fechar os olhos uma lei para inglês ver houve realmente uma corrida ou por parte dos dois senhores de escravos 11 pra mais dessa mão de obra já que o medo é que a possibilidade de trazer gente da áfrica para trabalhar como escravos acabasse os traficantes fizeram abastecer o mercado intensamente para poder ficar com a mercadoria disponível para o momento em que o tráfego terminasse na esperança de que os preços iriam para cima pelo menos 750 mil escravos africanos entraram de forma ilegal no país depois dessa lei até o ano chave de 1850
1950 foi foi criada uma lei foi batizada como a lei eusébio de queiroz que proibiu também além dessa outra anterior que a gente falou de 1.131 que proibiu definitivamente o tráfico de escravos no brasil então a questão é por que é de 31 foi uma lei para uma lei para inglês ver como foi o jogo novamente apelidada e de 50 a gente considera na fotografia como a lei mais eficiente quando termino tráfego está o preço dos carros começa a crescer as cidades estão se organizando e então essas pessoas começam a perceber você vendeu escreve comprar
uma casa por exemplo não podia mais trazer escravos da áfrica era melhor cuidar daqueles que já estavam por aqui como aconteceu nesta antiga fazenda de café no vale do paraíba a farmácia ela vai marcar é uma lei de eusébio de queiroz que proíbe o tráfico negreiro no brasil então foi uma iniciativa dos dos fazendeiros para poder cuidar melhor dos escravos que eles tinham porque não podia trazer outros escravos outra lei para escravos só veio em 1871 a lei do ventre livre assinada pela princesa isabel libertava todo filho de escrava nascido a partir daquela data a
chamada lei do ventre livre que não apenas aboliu o ventre da escrava e que mesmo assim aboliu meia boca porque a criança escrava serviria ao senhor até 21 anos de idade portanto em termos práticos ele podia ser usado como escravo é uma tentativa dele acabar com a escravidão de forma gradativa de uma forma suave enfim sem um enfrentamento da questão na verdade eram forma de justificativa para a pressão abolicionista que já estava acontecendo nas grandes potências mundiais da época em 1871 quando se faz o censo entre a população negra 70 entre 65% e 70% já
vivia legalmente na liberdade formalmente na liberdade mais de 15 anos antes da escravidão acabar pressões de todos os lados fizeram o império do brasil libertar todos os escravos que já tinham mais de 65 anos em 1885 era lei do sexo cenário a lei do sexagenário ela vai liberar a classe oreal de tomar cuidado de cuidar do idoso do escravo e do uso não é como ele iria sobreviver era muito pequeno número de ativos que conseguiam é chegar a essa idade 65 anos a grande maioria morria bem antes por conta do trabalho estafante é nesse cenário
que o movimento abolicionista ganha força entre os principais ativistas estavam advogado luiz gama o engenheiro andré rebouças o escritor machado de assis e jornalista josé do patrocínio todos homens de cor como se dizia na época todos com enorme projeção na sociedade o fato dias desses abolicionista terem conquistado a adesão de uma ampla parcela da população me dá garantia de que sem a atuação de sujeitos à escravidão poderia ter durado por muito mais tempo para a posteridade no entanto a luta dos vários abolicionista os negros acabou reduzida a um só nome a dedicação que o que
o josé do patrocínio deu a luta abolicionista dava a ele uma visibilidade sobretudo também porque ele era proprietário de um jornal ele formava um grupo que inclusive era constituído por vários outros abolicionista os negros que com o passar do tempo foram sendo apagados e favorecendo assim o mito do josé do patrocínio como o maior e talvez o único negro abolicionista coincidentemente era nesta igreja de irmandade de homens negros no centro do rio que o abolicionista se reuniam muitas decisões foram tomadas daqui por pessoas importantes como joaquim nabuco joaquim nabuco era um dos jovens brancos que
lutavam pela abolição passou sua infância este génio de cana-de-açúcar em pernambuco uma propriedade que tinha pelo menos 50 cativos e logo entendeu a escravidão não podia continuar na boca estava sentado na frente da casa na escadaria da tam entre sete e oito anos enxergou estava muito machucado e pedindo ajuda para que joaquim nabuco convencesse a madrinha dele é comprá lo porque sabe que é que os escravos eram bem tratadas já adulto nabo foi advogado de um escravo condenado à morte por matar seu senhor e conseguiu algo inimaginável para aquela época ele realmente é um grande
orador impressiona na época ele consegue evitar o a coordenação a morte claro que o escravo é condenado a trabalhos forçados nos navios necas é um trabalho árduo mas naquele cenário era uma uma pena muito mais suave é comparada a própria morte em partir daí ele vai se consolidando como é ser líder abolicionista movimento abolicionista se espalhou pelo brasil as províncias do norte foram os primeiros a aderirem à causa se bem que por um motivo tem particular houve um verdadeiro tráfico interno e várias províncias do norte e nordeste do brasil vendendo seus escravos para são paulo
houve uma um decréscimo de escravos do piauí de pernambuco da paraíba é inclusive da bahia também eram vendidos a altos preços para são paulo e região cafeeira do rio de janeiro que era dono de escravos em 1848 e 870 ele já não é mais dono de escravos também deu né então todo mundo vira abolicionista a propriedade escrava deixa de ser pulverizado e passa a ser mais concentrada inclusive regionalmente então fica mais fácil aquelas bancadas do nordeste escravagistas racista nem enfim tudo que a gente pode imaginar ser a favor da abolição redenção pequeno município do ceará
a 55 quilômetros de fortaleza se orgulha de ter sido o primeiro local no brasil a libertar todos os seus escravos ainda em 1884 e para onde se olhe a uma referência ao pioneirismo na cidade à falta de romantismo a abolição do brasil no rio nessa época uma mudança de mentalidade é a mudança de mentalidade acompanhou a questão demográfica momento que o valor do escarro cresce muito esse pequeno proprietário de escravos passo a mais e mais negócio para vender as pessoas foram deixando de ser dono de escravos até que chegou um ponto que pode não haver
dona escala no ceará um atraso monumental em relação ao resto do mundo o brasil finalmente libertou todos os escravos no dia 13 de maio de 1888 na famosa lei áurea assinada pela princesa isabel brasil foi o último país a abolir a escravidão os caras assim lamentando como é que esses escravos ingratos nesses negros que eu tratei também abandonou a minha fazenda nem àquela altura a escravidão como um projecto estava totalmente desmoralizada mas quando vi a abolição existiam 17 em torno de 700 a 750 mil escravos no brasil é muita gente a demografia da época ainda
era muita gente é machado de assis que nos dá idéia da festa que aconteceu na cidade após a assinatura da lei áurea houve sol e grande sol naquele domingo de 1888 em que o senado aprovou a lei que a regente sancionou e todos saímos às ruas sem eu também saí às ruas eu também entrei no préstito em carruagem aberta todos respiraram felicidade tudo era delírio leão machado de assis que você vai perceber que ele falou sobre as mazelas da escravidão sobre os impasses gerados pela escravidão sobre as possibilidades de de ação de pessoas negras livres
libertas escravizados em vários momentos da obra dele o funcionário público do ministério responsável pela aplicação da legislação abolicionista é provável que machado de assis tem andado rápido encaminhamento para essas questões dentro da burocracia o governo imperial quando você chega em 1888 que os jornais passam a homenagear a quem contribuiu para o fim da escravidão o machado de assis é um dos primeiros nomes para quem se agradece a atuação realizada a partir do ministério da agricultura as homenagens e as festas causadas pela lei áurea acabaram muito rápido então quando a abolição da escravatura acontece eles não
pensarem da moradia eles não pensarem da educação eles vão pensar em nada para este povo que estava ganhando a liberdade a partir da chegada da notícia nas mais distantes fazemos no brasil todos os negros estavam livres que eles iam fazer a partir de então parecia não ter mais responsabilidade do estado brasileiro por mais que em 1888 tem toda essa questão da liberdade do fim da escravidão mas esses casos aonde eles não têm terra e não tem casa sem trabalho você ter comida precisa de alguma forma produzir se você vai analisar o que foi a experiência
da liberdade entre pessoas negras ao longo do século 19 você vai ter o que uma história da precariedade da cidadania no brasil dos dias de hoje será que é possível reparar os males deixados pela escravidão políticas afirmativas e sistemas de cotas atende às reivindicações da população negra brasileira é o que você vai ver no próximo bloco [Música] [Música] nos primeiros anos após a abolição não havia uma fronteira clara entre escravidão e liberdade porque como você falar de direitos se mantinha escravidão e depois da escravidão nós passamos muita fome ainda na na fazenda abolição veio manu
libertou nenê sem ter para onde ir era comum que o negro liberto voltasse a trabalhar para o seu senhor quando fala libertação foi pior momento do negro que na nossa região porque o que aconteceu eles pegaram um negro e colocado na estrada onde não tinha comida onde não tinha a bebida né então ele ficava o dia todo na porta de novo tá porteira da fazenda tentando voltar o que é que faz um negro não vai andar do senhor eo senhor me mandou embora porque cônego voltou-se 11 mandou embora voltou dentro da fazenda o castigo quero
couro era senzala' ela açoitado ea estrada era fome ea sede com algumas poucas exceções patrocínio também que falava em alguma forma de indenização por último e escravizadas em terra a grande discussão na hora da abolição foi a indenização dos senhores porque os senhores foram indenizados na inglaterra foram organizados na rússia no brasil a chamada lei de terras em vigor no momento da abolição dificultava o acesso dos escravos a terra onde moravam e trabalhavam uma mudança na legislação eram o que defendiam alguns abolicionista como joaquim nabuco para nabuco não bastava somente a abolição liberdade simplesmente verdade
simplesmente a liberdade não era precisa uma visita foi à sede da unidade para as pessoas e essa dignidade passava pela terra que seu país poderia crescer se a lei agrária fosse efetivada ainda hoje as comunidades quilombolas e lutam pelo direito de permanecer na terra onde construíram a sua história hoje graças a deus e hoje nós estamos no processo de titulação da terra é parte da terra já é da comunidade está nós só tomo com a partir de um pequeno pedaço aqui tá tá em questão isso que se deu assim a liberdade por pilon mais de
120 anos após a abolição o brasil é marcado pelo racismo e pela desigualdade social uma pesquisa das nações unidas mostra que o índice de desenvolvimento humano aquele que mede o nível de renda e acesso à saúde educação entre outras políticas é menor entre os negros do que entre os brancos podiam sair da lavoura do café flor pra favela mas não sendo massacrada ter o dia de hoje então é óbvio que essa questão da cidadania da população afrodescendente era um problema no século 19 com todas as evoluções que vieram percorrendo ao longo do século 20 continuam
sendo um problema também no século 21 o racismo e infelizmente continua a ser uma surgido comparado ao período da escravidão vivem hoje os jovens negros brasileiros morrendo na mão do estado o tempo todo comparado o período da escravidão vive hoje domésticas sem seus 100% dos seus direitos garantidos não temos condições sociais econômicas políticas e comparado o período da escravidão somos nós que ainda não temos um ótimo congresso nacional a desvantagem social do negro na sociedade brasileira levantou o polêmico debate sobre a possibilidade de reparação aos descendentes de escravos o estado brasileiro não está dando nada
a ver os brasileiros o estado brasileiro devolvendo tardiamente e muito pouco da dívida que ele tem com o povo negro então não é esmola entende é muito pouco é uma dívida de checo luz o estado brasileiro tem uma dívida com a população negra no estado fundado na escravidão e constituído a partir da exploração do trabalho não pago de gerações e gerações de pessoas e que não criou medidas para que reparasse esse histórico de desvantagens ele precisa ser questionada ainda bate complexo se for relacionado uma relação direta de causa e efeito reparação com algum benefício pecuniário
nos dias atuais a particularmente acho que essa conta é impossível de ser feita por um dos macs tecnicamente contabilmente politicamente acho que não há muito como é impossível é impossível certo de países ou certas nações pagarem a dívida que tem para o continente africano porque isso numa perspectiva demográfica estamos a falar de um de um continente que tem menos dois séculos foi completamente desanimado porque a gente está querendo dizer com a reparação rtp reparar memória história a presença dos símbolos das personalidades dc dessa vivência negra que vem até hoje para discutir as possíveis formas de
reparação a ordem dos advogados do brasil a oab criou recentemente a comissão da verdade sobre a escravidão negra vamos discutir a reparação e vamos discutir a verdade da escravidão da mesma forma como foi feita na comissão da verdade sobre a ditadura qual é o crime é quem cometeu o crime e quem trabalhou para construir esse brasil sem receber um tostão em troca é a sociedade como um todo que tem que reparar no sentido de que o estado tem que coordenar uma reparação e isso está acontecendo de certa maneira através das cotas para a educação das
cotas para o funcionário público programa de saúde especificamente dirigidos pra população afro-brasileira qual seria o preço a pagar pelos pelos escravos africanos que morreram na travessia do atlântico enquanto carga nunca teríamos o preço justo desta competição na verdade o retorno devia ser pagar em dinheiro esses anos trabalhados por esse grupo mas nós sabemos que isso não vai acontecer para isso acontecer é necessário reconhecer que a escravidão foi um crime reconhecer simbolicamente é muito simples faça uma das formas de reparação aos danos causados pelo longo período de escravidão é a lei de cotas criado em 2003
incentivar o ingresso de estudantes negros nas universidades públicas do país nós consideramos a política de cotas como uma das possibilidades de uma das estratégias de tentar recuperar o prejuízo foi ocasionado este segmento social mas jamais ela dá conta de ser o pagamento dessa dívida como um todo adilson realizou uma pesquisa sobre o desempenho de alunos cotistas nos cursos de medicina direito engenharia civil e serviço social da universidade federal de ouro preto em minas gerais os estudantes que ingressaram nesses três cursos eles não teriam possibilidade de ingressar na universidade naquele ano o ano de 2009 caso
eles não fossem beneficiados por uma política de acesso diferenciada e passado um ano de permanência no curso examinei os históricos nos currículos escolares deles e conseguir perceber que o nosso estudante desses cursos existe um desempenho acadêmico igual ou semelhante aos dos seus colegas que não entraram por essa política de cotas então as políticas de inclusão às políticas de reparação elas são extremamente necessárias as pessoas precisam se dar conta disso porque todo mundo vai viver melhor se nós tivermos a sociedade mais igual no conjunto das políticas que vêm sendo empreendidos neste sentido a outras como a
a lei que traz para dentro da escola a obrigatoriedade do ensino de história e cultura africana e seria muito importantes que essa história fosse realmente ensinado em sala de aula da sua verdadeira história porque eu acho que será a partir daí queremos conseguir sanar um pouco desse racismo que está e foi em sala de aula que victor começou a mudar sua história ele é o primeiro membro da família que chegou ao ensino superior o pai do meu amor não te dou o meu avô não estudou a minha mãe não estudou qual é a geração que
está conseguido estudar é minha geração a então quer dizer que são quatro gerações agora você procura um jovem branco com a família toda branca e pede para ele dar uma olhada para quatro gerações atrás e ver como está precisa é produzir políticas públicas para que esse cara aqui que já está sofrendo esse processo há quatro gerações possa ter acesso aquilo que já tem gente tendo a muito tempo então tá ciências sociais em uma universidade privada e se mantém o curso com bolsa de estudo a educação ela mudou minha vida no sentido de que primeiro ela
me mostrou que eu tenho direito me tira um patamar de de alguém que está alienado em relação ao contexto sobretudo aquilo que eu passei que me mostra quem eu sou e me conta minha história e me projeta para o futuro para que eu possa me defender me salvaguardados os direitos visto como igual e tratado com igualdade [Música] a educação também marcou a história de dona zica ela foi empregada doméstica dos 8 aos 65 anos de idade seu primeiro trabalho foi para os descendentes da família para quem sua avó trabalhou nos tempos da escravidão primeiro momento
os nove anos eu cuidava de duas crianças cozinhava a fazer todo serviço da casa eu estudava ela fez questão eu fui a primeira pessoa da família a entrar no grupo escolar quando o tempo passa parte toma consciência que vejo que eu percebo eu fazia um trabalho ainda criança quando os patrões atrasar o pagamento dona zica fez a sua primeira reivindicação por direitos trabalhistas a bagagem que eu fui para casa e não vou trabalhar mais dois dias depois ele foi atrás de mim e minha mãe é assim que você fosse propriedade deles né eu vim buscar
física conversar e conversar a minha mãe desse e chamou seus realmente buscar diz mas eu não vou sou muito criança de 11 anos esse entendimento você não vai não volta mas de uma forma muito muito complicado o trabalho de receber e eu coloquei na minha cabeça ele vai me pagar de qualquer jeito eu não vou deixar que eu cheguei e falei hoje vai cumprir tudo tudo tudo que eu precisava caderno lápis de cor borracha lindo que os lápis de cor grande pilha possui não tinha então tudo aquilo que eu sei eu comprei só de material
de escola quando a pagar a dívida ele está crescendo e deve investigar quem investiga da lista descobriu que tinha sido eu tinha feito essa conta foi na minha casa e eu negando como criança chorava muito legal eu não fui eu não fui eu quem olhe me impressionou tanto diz fui eu sim mas só gastei dinheiro 30 mil rege que o filme deve foi isso mesmo faltava para conter a os 30 reais hoje 30 reais para treinar no corpo a corpo [Música] diante disso a minha mãe disse pra mim pra ele foi além disso passou de
cedência dessa quantia era linguagem dela né este não foi 30 mil reais que ela gastou no entanto elas por elas e não deve nada ela a coragem da infância gerou frutos para o futuro dona zica foi uma das fundadoras do sindicato de trabalhadores domésticos no rio de janeiro e ajudou a fazer a chamada pec das domésticas e até virou personagem de documentário pelo seu exemplo de vida [Música] hoje aos 80 anos de idade dona zica é pedagoga e está fazendo a segunda faculdade e trabalha em um centro de cidadania tenho de porque objetivo uma vez
formada o meu conhecimento ele vai ser aplicado nos indicadores domésticos ou serviço doméstico no brasil está diretamente ligado a essa tradição adições cronista um problema de ser empregada doméstica se profissão nobilíssima o problema passa a ser que é uma ocupação que não têm os mesmos direitos sociais dos demais trabalhadores é uma ocupação na qual a pessoa se vê diante de menores remunerações né uma ocupação da costa é uma profissão uma ocupação pouco prestigiada socialmente que envolve inclusive muitas vezes de posição a situações de humilhações e riscos dado o ambiente onde a atividade exercida homens e
mulheres foram igualmente escravizadas mas os danos para a população negra feminina ainda ressoam no presente a gente já vive a princípio uma dupla discriminação que é o fato de sermos mulheres numa sociedade machista e mulheres negras numa sociedade racista desde que a gente acorda liga a televisão já não se vê representada desde que a gente saia à rua escuta piadinhas por conta do nosso cabelo desde que a gente vê as nossas crianças querendo ser brancas porque esse é um referencial de beleza de civilidade até ouvir crianças dizendo isso que pessoas brancas são mais inteligentes enfim
isso é uma questão que mina a nossa autoestima 3d pequena são as próprias mulheres negras que estão resistindo para mudar o estigma da escravidão como as bailarinas do grupo ballet da via barra por meio da arte elas querem construir uma nova imagem da mulher negra e garantir os seus direitos [Música] a memória da escravidão vai além da dor das marcas nas senzalas e dos monumentos construídos pelas mãos dos que foram escravizados está cada vez mais presente na cultura e costumes na beleza e na resistência e seus descendentes ela é tão fortalecido e entrou tanto no
inconsciente coletivo que existe um certo apartamento dela na memória o dinheiro fundaram a liberdade no brasil a fundar a escravidão da escravidão foram os escravizadores estão querendo nada de ninguém está querendo o que é de fato dele quero nem de trabalho muitas construção desse país nossa campanha [Música] ae ai ai ae eu ah [Música]
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