Antropologia & Educação | Etnografia como metodologia para pesquisas em Educação

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Déa Pavão
Aula realizada no dia 28 de novembro na disciplina de Metodologias de pesquisa em educação ministrad...
Video Transcript:
oi Ia entra até a transferência Facebook eu acho que eu acho que foi em razão do de ter começado a gravar vou fechar no microfone aqui é Pronto agora tá legal então assim eu queria começar com tanto para vocês um pouco é um tem um texto do Anísio Teixeira da década de 50 que eu gosto muito ele chama atenção Ele compara a educação com a medicina dizendo que tanto o educação quanto a medicina não são áreas é da ciência não são ciências não produzem conhecimento no sentido científico né E que seriam Art in bom e
que se tornaria mais científicas e é a partir do diálogo e da apropriação dos conhecimentos produzidos nas áreas de conhecimento né Eu gosto de situar isso para dizer porque que a gente se apropria da antropologia da educação né então a gente pensar que a educação é uma arte né que é o um saber fazer com as outras ciências então a gente precisa saber fazer com a sociologia saber fazer psicologia saber fazer uma história né e antropologia então a pergunta que a gente se faz é de que maneira a antropologia pode auxiliar o fazer pedagógico acho
que a pergunta é essa um pouco assim né E aí especificamente em relação à metodologia de pesquisa que é o tema de vocês a gente pensa diretamente na etnografia é como uma metodologia E aí eu sugeri para vocês um texto da perando né que que diz justamente você se você tiver a oportunidade de ler mas se não não tem problema nenhum ficou assim só um texto palmo como sugestão provocação né e o texto da da Mariza peirano de Justamente que time o grafia não é Método né E aí o que quer dizer isso né Isso
é muito interessante porque a a etnografia é o fazer não existe antropologia sem etnografia na e não existe as monografias em antropologia Então os usos EA pedagogia costuma fazer da etnografia são os periféricos e inclusive já foram muito muito criticadas é preciso tomar muito cuidado com isso então o que essa autora chama a atenção é que quando você erra e vai ser uma demografia que se o Rodrigo antes vamos fazer antes uma retrospectiva né quando ele fala que ela tô com vocês o tipos de pesquisa pesquisa quantitativa pesquisa qualitativa né é entrevista questionários enfim vários
observação vários métodos de pesquisa esses métodos eles vão ser escolhidos em função da construção do objeto de pesquisa isso é a primeira coisa que a gente tem que ter muito claro né então por exemplo se semana que vem vamos lá com a Soraia né então se não tem o seguinte metros O seu tem o seguinte projeto de pesquisa é eu quero entender como os negros estão representados na universidade por exemplo né para esse tipo de pergunta de objeto de pesquisa a hidrografia não serve e para esse tipo de objeto eu vou ter que recorrer aos
dados estatísticos a dados numéricos e tal agora se eu quiser construir um outro tipo de objeto a partir desse mesmo tema né Eu quero por exemplo construir o seguinte objeto é como estudantes negros se sentem na universidade não é quais são as estratégias como é que eles vendiam quais são os tipos de sociabilidade que são construídas por essas por essas pessoas na universidade aí é um tipo de objeto esse tipo de objeto é um tipo de objeto que já comportaria uma abordagem etnográfica né E principalmente o quando a gente diz que a demografia tá ligado
a uma teoria indissoluvelmente que a teoria antropológica então a gente precisa também retomar um pouco essa teoria né então ao topo e é uma é uma uma área assim do conhecimento e ela pretende estudar os fenômenos culturais era um pouco prima da sociologia né só que enquanto a sociologia é o método de pesquisa da sociologia é muito mais tô muito mais dos métodos participativos né E que são excelentes para determinados problemas que se tem para determinados objetos antropologia ela o olhar dela preocupação dela é com os aspectos culturais né E aí bem importante da gente
relembrar né ou é o conceito de cultura para a antropologia então é é um tema super vasto que tem vários autores em várias correntes né e a corrente que eu sigo assim é a corrente da o grau é pós-moderna do Clifford para que tem uma uma perspectiva de Cultura semiótica então ele ele pensa a cultura com rede de significados compartilhados por um grupo isso pode parecer uma coisa assim um pouco difícil da gente a gente compreender mas na verdade é muito fácil né se a gente pensa assim é que o sentimento de pertença a um
grupo é uma coisa muito própria do ser humano esta necessidade de ter uma pertença a ela vai poder construir na medida em que o sujeito o indivíduo deles e sujeita a determinadas regras de grupos determinados códigos na é um a gente por exemplo aqui nesse momento a gente está compartilhando juntos uma rede de significados que faz parte da Cultura a ONU ign né é uma cultura própria e não é dominada por todas as pessoas né Tem pessoas que não saberiam como como se comportar numa aula como a gente está fazendo agora desse tipo de encontro
né Tem várias regras de você ter que desligar o microfone Se você quiser falar você falando chato tem vários detalhes e a gente já aprendeu Então essas sutilezas né é o que a gente chama cultura então vocês vejam que é uma uma definição que se afasta mais anti da definição de cultura do senso comum né e normalmente está ligada a alta cultura conhecimentos clássicos né então uma pessoa tem cultura porque conhece sei lá música clássica porque conhece leu muito Leal Machado de Assis dá uma pessoa curta né Então pronto Oncologia Não é isso não é
para trocar hoje o pé formação social qualquer formação de grupo requer é uma um acordo né a cultura seria assim como instinto para os animais é aquilo que norteia o fazer do animal quer ver o animal sabe o que fazer mas é por uma cadela sabe que tem que comer sua placenta quando o bebê nasce né quando os filhotes nascem como é que ela sabe como é que ela sabe como ela deve se comportar ela sabe como deve se comportar porque ela ela é guiada é norteada pelo ensino e os seres humanos Eles não têm
isso é a cola em algum nível de instinto mas o que norteiam a gente é a cultura então por exemplo se a gente fala essa questão do parto né é um fenômeno em princípio natural a gente sabe que na prática ele é completamente cultural o que tem várias formas de você se submeter essa experiência do parto né você pode fazer um parto humanizado você pode fazer um parto em casa com uma doula você pode fazer um quarto o parto de cesariana porque mulheres que optam por isso né porque acham não acham legal é que o
corpo se passa por esse processo no parto natural Enfim então é isso faz parte quando você optar por uma forma de parir ou outra você está criando um sentimento de é um determinado grupo é um grupo cultural daquelas mulheres que curtem o parto natural para exame de cócoras digamos assim ela o exemplo é então então a primeira coisa é essa a gente só vai só deve recorrer aos métodos etnográficos né te o nosso objeto de investigação ele estiver construído em torno da questão cultural isso é fundamental né para a gente ter uma um bom trabalho
etnográfico a Mariza peirano Extra bastante tem vários artigos dela fazendo essa reclamação que nos anos 80 mais ou menos a partir dos anos 70 final dos anos 70 é houve uma uma crítica muito grande as métodos quantitativos né e uma onda de métodos Oi tio você vai pegar comodismo pelos métodos quantitativos e isso é uma bobagem muito grande porque como eu tava dizendo Dependendo do que você quer estudar não faz sentido Não se resolve é uma ferramenta que eu não tinha sol então é importante a gente pensar metodologia como uma caixa de ferramentas né E
aí se eu quero por exemplo pregar um prego na parede eu não vou usar uma chave de fenda porque eu não é boa ideia ela não vai funcionar para de funcionar Mas vai ser meio posto o negócio trabalho vai ficar meio esquisito é o da mesma forma que eu tenho o parafuso para testar eu não vou com o Marcelo Então dependendo do objeto a gente vai usar o método ou não uma vez que eu tenho construído um objeto de pesquisa de investigação de alguma forma bem a cultura as relações culturais a sociabilidade os códigos usos
as representações de um determinado grupo aí faz sentido eu recorrer aos métodos métodos etnográficos tá Que métodos são esses né como é que eles surgiram legal também gente lembrar um pouquinho que antropologia ela ela surge com as grandes navegações né a expansão marítima tá com 16 e esse confronto dos europeus Com ele chamavam de novo mundo não é com esses estrangeiros esses esse mundo exótico tão antropologia ela ela buscas em todo o estudo antropológico ele busca entender algo que é estranho a partir dos próprios termos do outro nessa questão da alteridade Então isso é muito
importante também você a ver no lugar do outro se colocar no lugar do outro tá então antropologia suja assim e a gente tem uma fase que a gente chama de Antropologia de gabinete né que o os Navegantes vinham e a gente poderia até pensar na carta de Pero Vaz de Caminha como o primeiro relato este lo gráfico acima descrição bença né dessa dessa relação do Viajante com uma terra completamente exótica para eles né Se vocês lerem a carta é um relato muito bonito de se ler a carta de Pero Vaz de Caminha é E aí
esses relatos então eles eram passados ou Viajantes que vinham o país exótico digamos assim e eles levavam esse material bruto o Liam dados levavam material bruto para os pesquisadores que tá os gabinetes e esses então é que eu construir os seus escritos depois o malinowski é o primeiro sujeito e errou com isso e ele próprio né Vai lá para as ilhas sobrian e resolve fazer uma um mergulho né ele ele aprende para começar e aprende a língua dos nativos então isso fazendo que aprender a língua dos nativos é uma prática que ficou que a marca
da etnografia Então se você for fazer é ela está disponível Com certeza carta de Pero Vaz de Caminha muito legal é bonito Porque a gente ver como é o é uma carta muito leite no centro e Canela no sentido de que ela ela ela enxerga o outro pela falta né então ela disse eles não tem barba eles não a religião Eles não têm né é um ver o outro não nos seus próprios termos Mas a partir do seu ponto de vista a partir do ponto de vista europeu O índio é alguém que não usa roupa
que não tem barba que não acredita em Deus que não é católico que não tem vergonha e não precisa ser no site da Bíblia a bom não sei acho que acho que é muito fácil de encontrar a casa você bota carta de Pero Vaz de Caminha é super fácil de encontrar eu acho que tem até pessoas lendo ela também no YouTube é bem fácil de encontrar é um texto bem fácil mesmo é puro é divertido de ler é bom então tá falando baile Norte e aí o mais negócio essa coisa de você fazer de entender
a língua do né então por exemplo se você faz eu orei por exemplo trabalho de uma de uma estudante de pedagogia ela já achou e o mais estudante de pedagogia que fez o TCC dela sobre estudantes crianças indisciplinadas né então é o que que o que que o leite em pó Grupo Faz diante de um objeto desses né é o interesse aí é entender o indisciplinado sobre seu próprio ponto de vista que a gente poderia normalmente as pesquisas are ampliar o disciplinar bem disciplinado porque ele não tem uma família estruturada o indisciplinado ensinado porque a
mãe não cuida dele é Nossa porque não tem limite ninguém tá limite para essa criança em São várias teorias assim arte holografia a antropologia ao contrário o que que ela se propõe a fazer ela se propõe a escutar esse outro no caso o indisciplinado que é um outro para gente né é um não existe uma uma alteridade existe um nós e eles né os intencionadas são são outra gente né então entender essa outra agente que a gente continua chamando de nativos é interessante isso na disciplina né você pode estar estudando prostitutas pode ficar estudando os
jovens indisciplinados pode estar estudando jovens traficantes de droga pode está estudando professores universitários pode está estudando que seja a gente continua chamando esses indivíduos que a gente estuda de nativos né E cria essa essa diferença então a ideia foi do trabalho dela foi justamente tentar entender o escutar esses esses estudantes indisciplinadas né E aí só uma coisa Bárbara porque ela descobriu coisas surpreendentes né e por exemplo que a gente sempre Nados tem muito orgulho diferente disciplinados principalmente porque eles são reconhecidos na escola eles são conhecidos eles têm manou eles conquistam uma notoriedade em relação aos
outros né aqueles estudantes que não são disciplinados são bonzinhos em geral ninguém sabe o nome deles ninguém conhece eles então disciplinado se fazem notar por exemplo ele tem uma vontade de se fazer notar esse a chave foi foi engraçado que saiu em várias entrevistas ela entrevistou essas crianças indisciplinadas né E ela dizia assim não aquele até muito bobo e tudo e eu não eu gosto porque eu chego na escola todo mundo me conhece pelo nome não é todo mundo me chama e às vezes me chama no microfone da escola é o máximo da notoriedade né
Ele é chamado pelo fone da escola pulando o pai que brabeza então é uma maneira dele marcar o nome próprio dele esse é um tipo de dado de pesquisa que uma uma pesquisa quantitativa não não carta né isso não quer dizer que é pesquisa quantitativa não seja é importante ela é indispensável tá ela tem que pensar para outro outra coisa que você quiser saber é quanto por cento de crianças é uma escola tem são classificadas as fontes inclinadas né a por exemplo são Dados muito importante da gente ter né a gente saber longitudinalmente por exemplo
saber ao longo do tempo se o número de indisciplinado que tem aumentado ou diminuído Quais são as os determinantes sociológicos para as condições para que haja e belos indisciplinadas né Será que nas escolas menores mas escolas maiores nas escolas mais mais duras e sem Tem várias coisas daí que a pesquisa quantitativa vai ser fundamental mas a pesquisa qualitativa etnográfica ela Traz essa oportunidade que é preciosa e de você escutar o outro nos seus próprios termos A então a pesquisa de geografia tem basicamente três estratégias fundamentais né que são a observação participante a entrevista e dentro
da observação participante a gente tem aquilo que se costuma chamar de declarações espontâneas A então Vamos por partes né quem inventou essa coisa da observação participante coisas também acho Malinois e essa primeira pesquisa que ele faz né nas ilhas tobrian E aí o que que ele faz ele vai para lá eles seus pedra ele ele ele ele monta a barraca dele é e fica vivendo entre os nativos ovário muito tempo né aprende a língua deles e começa a o poder observar de dentro né então no caso dessa menina empresa essa pesquisa sobre os indisciplinadas que
ela fazia antes de fazer entrevistas ela ela ficava fazendo participação observação participante Alô observado e participava dos Recreios das salas de aula ela observou por exemplo é a sala da coordenação da direção para onde irão os indisciplinadas né então a ponte obs a situação todo mundo aqui já já viu e conhece né que a sala da coordenação da direção né ela para onde para onde você vai de castigo levar uma bronca sei lá o quê onde o seu pai é chamado né então tem aquela situação toda o cara é levado para lá e levado pela
pela funcionária né pelo inspetor inspetor leva temos agentes os agentes de controle da disciplina na na escola tem todo um todo esse esquema Então como é que como é que o sujeito é levado pela sala como é que ele se comporta ele chora ele não chora ele em geral não fora não em geral eles estão a uma rente orgulhosos monitor também leva né então você observar o que que as coisas representam que cabe o quê que representa você ir para cuidar nação representa tal para isso e o leite em pó grafo ele precisa passar por
um ritual né é um rito ritual de agregação ritual de aceite a distância é aceito no grupo para poder observar é 16 imagine no caso dela ela era inspetora da escola ela trabalhava como inspetora ou seja ela também era uma Nativa isso é é uma coisa por bem comum também mas pode causar alguns problemas é preciso que a pessoa faça um exercício de estranhar que look é familiar não é porque ela era super familiar para ela o a situação de lidar com a gente sempre pesado então Em alguns momentos hora do trabalho dela ela se
colocou no lugar de O Observador a né então ela ficava nesses espaços observando e anotando e é nessa situação de observação participante você precisa ser aceito no caso para ela se aceita foi mais ou menos Passo mas não completamente fácil porque os estudantes não entendiam que ela ocupasse um outro lugar que ela ocupava o lugar de inspetora ela precisou você bagunceira não não não no caso não né mas às vezes o por exemplo tem uma pesquisa do fut White né que ele vai ele vai pesquisar gangues de imigrantes italianos nos Estados Unidos e ele para
ser aceito no grupo ele só foi a seis ele era forte e era bom de briga né porque o grupo fosse Olha tudo bem E você vai participar da nossa gangue e tal mas se você for um fracote é Não dá entendeu Então ele teve esse rito de aceitação tem sempre um litro né é uma pesquisa por exemplo com o mestres de RPG no Playstation conhece esse jogo eles são os jogos de representação nessas roleplaying Games Oi e aí a minha primeira entrada no campo a gente chamar tampa empírico né lugar onde você vai fazer
a pesquisa foram umas depois de fazer um pouco de pesquisa bibliográfica e tal eu fiz a minha primeira entrada e foi descobrir que tinha um encontro de jogadores de RPG no mar no Sesc Engenho de Dentro aí lá fui eu era final de semana e ao mesmo propus a ficar o final de semana todo frequentando com eles e e o que que aconteceu eram jovens eram muito mais jovens né EA na época tava fazendo meu mestrado e eles não tavam menor bola para mim simplesmente não dava a menor bola e até me achava um bem
estranha e eu andava circulava com caderninho até o Paulo que tem sempre um caderninho né que fica anotando atualmente um com o auxílio muito importante é o próprio celular né porque a gente descobriu que o antropólogo fica mais invisível com anotando coisas no celular do que anotando coisas no caderno é mais estranha mas suspeito né é mais é estranho mesmo né alguém ficar observando práticas sociais e tomando notas no caderno isso é muito estranho causa muito estranhamento da causa muito desconforto nas pessoas observadas agora se você faz para um lugar observando ele fica mexendo no
seu celular é tranquilo você passa completamente desapercebido é uma boa estratégia é essa recomenda-se né E e aí eu fiquei até que chegou o momento a parte mais difícil deve ser jantar no campo né É É isso é uma parte bem difícil mesmo aceder ao campo tem vários trabalhos sobre isso não é o as Oi como é que você faz Inclusive tem pesquisadores que que foram rejeitados nos primeiros momentos né que Tentaram entrar no grupo e não conseguiram até porque tem grupos que estão em frente fazem coisas e legais por exemplo né então você precisa
ganhar confiança do grupo uma coisa importante cima da pesquisa etnográfica é você formalizar a sua entrada no campo né então você tem que formalizar você tem que ter um documento onde você vai explicar os seus objetos de pesquisa você jamais deve fazer uma pesquisa como um espião né como você tem que estar autorizado a fazer essa pesquisa especialmente se for na escola né então você tem que comunicar assim como vocês para fazerem estágio nas escolas você se tem que pedir permissão para fazer pesquisa etnográfica a mesma coisa tá Oi e aí foi interessante que eu
eu fiz esse contato e tal e E nada e ninguém queria me dar bola e eu ficava ali tentando ver os grupos que eu queria era descobrir um grupo que me aceitasse para eu poder o desenho metodológico eu fiz é que eu queria observar o o mesmo grupo um bom tempo por um ano é nas suas sessões de jogos esses era o meu desenho experimental só que ninguém me dava bola até que chegou um grupo que ficou primeiro ficou menininho para caminhando assim pouco e tal pela maneira que eu me vestia ficava com um caderninho
mas o que que você faz isso é o que é por isso que ele tá fazendo ele tá escrevendo um livro não certeza não está fazendo uma pesquisa aí você explica E aí foi muito interessante que no segundo dia teve um grupo que falou assim estavam jogando a Vampire vampiro e eles falaram assim não mas olha só se você quer pesquisar a gente você vai ter que jogar eu tinha acertado com a minha orientadora que eu não deveria jogar né porque porque porque a gente também como pesquisador tem que manter uma certa distância do objeto
investigado Então como é que eu podia jogar mas ali eu avaliei que era o vento o rito de agregação que eu deveria aceitar pelo menos aquela vez eu aceitei né então e foi muito bonito porque uma menina foi bom mas como é que eu vou jogar não sei jogar ele tava não você tem que jogar para dar você tem que jogar jogar uma vez aceitar Tá bom vou jogar uma vez e aí ela me emprestou um personagem dela o personagem que ela gostava muito que tinha sei lá quantos anos né que os personagens que já
tem vários anos tem vida em Store bom hoje vou escrever um caderninho assim e aí ela me emprestou o personagem dela que era uma Vampira tal e eu fiz um Joguei com eles né então foi assim uma coisa importante então isso a primeira coisa bacana o texto que eu dei que o outro texto que eu passei para vocês pelo pelo Rodrigo é um texto delicioso de ler é um texto do William corsaro que é um cara que é que é uma antropólogo especialista em estudo com crianças né que há uma dificuldade a mais né como
é que você vai entrar no campo sendo um pesquisador adulto grande William corsaro Ainda por cima é um cara forte netbook corpulento tablet e E aí ele conta como é que ele chega ele estuda é crianças na pré-escola essa passagem da pré-escola para a cola né do da educação infantil para o primeiro ano e ele conta é as estratégias dele de entrar na caixa de areia com as crianças sabe de ficar ali tentando brincar com elas até que uma criança dá uma pá para ele faz não você também vai passar aí fica lá o pesquisador
acabando também para poder entender quais são os as regras das crianças né porque se você observar a criança Apesar brincadeira de criança mas se você se uma tropologo observa uma brincadeira de criança ele vai descobrir um monte de coisas né monte de relações interessantes de regras tem ó o chefe é que se submete a quem Quais são os arquivos tudo isso tem no jogo né Quais são as representações que está sendo jogado ali naquele jogo A então essa coisa do acesso é importante na observação participante de se você é aceito então a sentei um ritual
né Para você fazer pesquisa etnográfica normalmente são pesquisas que requerem um tempo grande de interação no campo empírico também então se você quer fazer uma pesquisa etnográfica você tempo tem um TCC vai ser um PC desse tipo se o seu objeto Pede esse tipo de metodologia é legal você se organizar muito direitinho um tempo para você fazer pelo menos no mínimo seis meses de pesquisa é o que eu recomendaria assim seja um ano como mínimo né Porque tem toda essa essa stempo para você e entrando e calça não pode chegar e fazendo prevista logo Oi
e aí tem um autor que eu gosto muito que é um outro Paulo brasileiro e que é o Carlos Cardoso de Oliveira que ele vai tem que ser depois da graduação eu acho que dá para se organizar se você organizar direitinho porque no nosso currículo vocês tem dois anos para fazer a monografia né para fazer o pc então dá para se organizar direitinho e esse esse antropólogo ele fala que o Ofício são 4 pc's exatamente o Ofício do antropólogo consiste em ver ouvir e escrever né então a gente precisa construir o olhar antropológico para olhar
as coisas na olhar a realidade a partir desse olhar estranhando né as partes o texto da Marília Pêra ano ela começa a falando sobre a situação que é uma estação super banal o que ela vai para o coisa do eleitoral fazer o cartão novo dela biométrico né E aí pedem para ela fotografia estava achei interessante porque agora para gente estar às vésperas das eleições Americanas e uma coisa que ela fala nesse texto a gente tá vendo acontecer agora nos Estados Unidos né que é questão de você pedir uma comprovação um documento com fotografia para votar
isso é uma coisa que parece que favorece os republicanos né porque entre os Democratas em tem vários trabalhadores como como nos Estados Unidos não tem um documento único de identificação a identificação que eles mostram eles mostram a carteira de motorista né mas se o cara não tem dinheiro não tem carteira de motorista então ele ele ele não pode botar não é uma coisa que a gente o estado Nilson né então o que é que é a construção então se o antropólogo fazendo a carteira dela para de eleitor a carteira biométrica para botar só isso né
o que para todo mundo seria uma coisa completamente normal nem nenhuma questão né mas ela como essa com entra no modo antropólogo e nem ficar velmente e começa a pensar gente quê que representa isso né que identidade é essa que eu me faço eles pegaram a minha foto que que quem sou eu perante a a essa instituição que a instituição eleitoral então e esse isso é um olhar etnográfico né você chegar no Natal por exemplo de família e começar a observar como as coisas funcionam observacional agora vem aquela tia que te dá o presente que
ela ganhou no ano passado eu não sei o que que você representa aí vem o outro que tá chateado com a mãe finge que sei lá o que elas coisas todas de Natal né E aí a gente vai ter que esperar até o último momento o irmão que sempre chega atrasado enfim e a gente só pode tocar na comida quando o pai toca sei lá Quais são as regras que tem cada Família Natal prato cheio né para a gente ir uma porção de regras de sociabilidade ali coisas curiosas que normalmente a gente acha simplesmente familiar
gente olha para aquilo né e outro Paulo Então tem que esperar uma vez investido desse olhar etnográfico vai deixar olhar antropológico você vai fazer sobre servação e vai fazer uma coisa que a gente chama que eu me chama de descrição densa né É você fazer tomar notas no seu caderno ou no seu celular preferivelmente no seu Oi gente é preferível chamar menos atenção você tomar notas Então se vai aparecer vou ver a teoria das fases então né olha ela não tem nenhum registro de que o Piaget tem a tenha se utilizado da etnografia não mas
de fato ele faz o que a gente chamaria de uma etnografia na ativa né porque ele ele observa os próprios filhos né Então seria o leite monografia Nativa que tem tem problemas a mais né Por um lado é fantástico porque você você já tá no campo de galos assim né agora e tem outro problema que você interfere muito nos resultados né imagine mas jantou que o Piaget tenha interferido bastante porque você não pode esperar que seu filho se comporte de maneira espontânea sabendo que tá sendo observado pelo pai né e baixinho que não é uma
Sim Isso é outro ponto também da pesquisa interessante que a questão da neutralidade né a gente na etnografia é difícil de se afastar do objeto exatamente né Tem uma complicação você pode fazer um esforço Mas é difícil mas tem vários autores né a gente tem que por exemplo o Gilberto velho que é foi né faleceu já há algum tempinho ele foi precursor né do que a gente chama de Indiana topologia Urbana no Brasil e mais do que isso mais do que fazer antropologia o banco entrou gente também que os objetos eram isso Cindy e você
da onde né até aqui é a partir de um certo momento nos anos 30 assim mais ou menos vejo metrópoles que começam a crescer e os antropólogos começa a perceber que que a própria cidade é uma complexidade de Cultura esse dia utilidade ela tem muita diversidade no ambiente Urbano para você estudar se eu não precisa buscar o exótico nos quilombos nos índios o outro está ao lado exatamente o outro está ao lado né então tem a utilidade sempre é no fla-flu tem autoridades paga então é mais do que do tempo buscar seus objetos construir seus
objetos na própria vida urbana né então o Gilberto velho vai fazer uma etnografia sobre os usuários de drogas é vai fazer uma etnografia sobre a e vai fazer uma uma etnografia sobre o bairro da zona sul do Rio de Janeiro Copacabana tá vai fazer uma etnografia sobre um edifício de apartamentos tá é essa a iconografia que ele faz sobre o os usuários de drogas ele nova bastante porque ele vai pesquisar os próprios amigos dele né ele vai pesquisar as festas ele vai fazer observação participante das festas do Círculo social que ele próprio apresentava Então qual
é a vantagem vantagem óbvia não é o acesso está garantido você já já é aceito né ser bem que mais ou menos porque você você pai inserido no grupo Mas será que você vai ser aceito como o pesquisador que você muda de lugar Você já vai estar na festa não como mais um um convidado né mas todo mundo vai saber porque você não é o Espião né você não vai fingir que você não tá fazendo não é vou fazer isso mas você tem que avisar acho que eu sou gente olha eu tô aqui mas eu
tô observando tá então já já cria um certo problema mas o maior problema não é esse o maior problema é esse esforço que o Seu Gilberto velho no 6 é de estranhar O que é familiar para é é o caso de você tentar fazer uma etnografia do Natal na sua casa que você frequenta desde que você nasceu né é um de repente você começa a ver aquilo de um outro jeito essas coisas são interessante porque a gente a gente consegue entender pelo expediente contrastivo né então é até a gente não conhecer outras festas de natal
e se você já aconteceu isso com vocês né mas até você não ser convidado para participar da festa de Natal da sua namorada do seu namorado do seu vizinho de uma outra pessoa qualquer você acha Você tem certeza que o modo de Celebrar o natal da sua família é o correto é o único e é universal acho que é sempre a ser né até que você vai no outro natal Oi gente caramba as corridas são diferentes os horários são diferentes eles fazem eles não não fazem não comem à meia-noite Eles comem antes essa tem uma
família que vai ficar assistindo a missa do Galo pela televisão tem outra família que tá todo mundo dormindo aí todo mundo acorda para comer tem outra família está todo mundo brigando pela inteiro enfim tem acordos diferente tem possibilidade de eu gosto dessa palavra alteridade essa palavra em português a gente pode ver chamar de outro idade né porque ao ter é outro em latim né e ao ter também essa raiz ela também serve para fazer a palavra alterar se alterar então a gente alterado pelo outro é o outro nos dá alternativas a gente começa a perceber
que além do modo Deus se lembrar da minha família Celebrar o Natal existem outras o consigas a além do modo de viver o meu casamento se ela monogâmico heterossexual digamos né eu posso descobrir que tem outras formas de viver o casamento casamento aberto casamento sei lá como né ter milhões de formas não existem universais é então esse a outra coisa da antropologia também interessante pra vocês terem uma ideia os antropólogos são tão é vidrados né no particular no singular que em 1950 acho que 52 né que a ONU faz o a carta dos Direitos Humanos
é isso 52 Rodrigo por aí eu acho e depois da segunda guerra deve ser por aí a gente ela se a gente erra erra E aí é muito interessante porque vários antropólogos se insurgiram contra os direitos universais os Direitos Humanos da gente pensa Polo Direitos Humanos é é muito legal né mas é isso não mas eu não posso dizer é que deve respeitar a mulher do outro que não pode matar você que pode ser uma cultura né gente por exemplo tem culturas indígenas no Brasil que tem como como prática cultural né como o valor 1948
bem antes 940 que foi logo logo depois mesmo né do do evento aí da segunda guerra Então é os antropólogos fizeram contra se manifestaram contra os direitos humanos a versão humanos eles eles pretendem eles acreditam que existiriam alguns prefeitos alguns valores que deveriam ser universais para todos ser humano de toda de todo o planeta é isso pronto apólogo é um negócio muito complicado né antropólogo Ele é um não essencialista por natureza né então não existe raça para pronto São Paulo pertence a outro ponto assim importantíssimo né agora a gente tá precisando trocar os está retroagindo
né nesse aspecto não existe raça existem raças Existem os seres humanos na com suas particularidades enfim é uma vez Então o que você é aceito no grupo e você faz observação participante que você faz essa descrição densa né E você escuta isso é outra coisa muito interessante a gente fala muito do e fala né mas antropologia ela defende o lugar de escuta Na então a gente precisa construir um lugar de escuta que não é nada fácil Talvez seja mais fácil rebuscar o lugar de fala do que do esse colocar no lugar de escuta colocar no
lugar de escuta é escutar o outro não importa que outro seja porque é muito fácil escutar o outro quando o outro é próximo né quando o outro é um exótico fica difícil você me dá um exemplo de Imagina você fazer uma uma etnografia sobre o fenômeno do machismo digamos né e vamos que você quer a estudar é como o machismo se desenvolve sexy desenvolve a gente vai para a pesquisa sempre uma pergunta não como a resposta né é entre crianças na pré-escola né existem manifestações o próton machismo ali já na pré-escola na escola infantil A
digamos era você vai para escola tá aí você vai para a escola e reconhece que tem um menininho que se comporta como super marxista a ele diz que as meninas não podem jogar futebol ele bate as meninas e diz que as meninas são bobas burras e Bocas ele não respeita as meninas O que é que são o antropólogo deve fazer diante desta situação o aberta pergunta aí para vocês o quê vocês fariam eles bem o menino se comportando assim aí a menina quer brincar de carrinho com ele ele fala não pode não pode brincar de
carrinho não porque você é menina menina não brinca de carrinho o antropólogo ver isso faz nada exatamente se ele for Professor aí tem uma questão que eu acho fascinante né a antropologia Ela é completamente contrária à pedagogia porque é pedagogia ela é uma prática que Visa transformar o outro ela é colonizadora por princípio tá você quer mostrar para o Joãozinho que isso não é legal você quer dizer para o Joãozinho que não é legal você assim que menina também pode brincar de carrinho que as meninas são legais que não é bacana ele fazer isso que
as meninas também podem jogar futebol isso é ação pedagógica sobre o fenômeno do Joãozinho que tem cinco anos de idade se e já desse jeito né agora o etnógrafo ele não vai se comportar desse jeito ele vai sentar do lado do Joãozinho e tentar entender qual era o Joãozinho nos próprios termos dele entendeu para poder fazer uma descrição disso eu tenho depois que vocês quiserem eu tenho alguns pequenos assim faz esse mografico se tem um que eu fiz ainda jacuecanga num bar que acho que não existe mais que era o bar do bico pode falar
nem me lembro mais o nome do cara eu quero barco só tinha homem e aí eu fiquei fazendo observação participante ali depois super estranho porque era a única mulher no grupo né E aí eu comecei a perceber que as caras eram todos casados e bebiam antes de ir para casa Oi e aí tem julgar eu queria entender essa prática social de beber antes de ir para casa né E aí entende coisas muito interessantes nos termos deles eles falavam assim não eu gosto de beber porque eu já chego em casa mais suave gente genial se você
entende o cara se você faz isso essa você constrói esse lugar de escuta entende isso faz sentido para ele que o cara veio do Estaleiro não é passou o dia inteiro na praia as pérolas aí vai direto para casa ele tá bravo ele tá zangado ele tá bem gente viveu ali conclusão licitações aí para ele para esse grupo específico é importante isso né então é essa essa esse esforço que a gente que o antropólogo tem que fazer né E quanto mais exótico o maior for a autoridade maior o desafio e ma E também o trabalho
tá é na observação participante mais do que na entrevista Acontece uma coisa super bacana que é a é os depoimentos de espontâneos né coisas que você escuta sem sem que você tenha perguntado né na medida em que você cria uma que você foi aceito pelo grupo você foi totalmente Às vezes a totalmente totalmente nunca É mas você tá razoavelmente integrado né É É normal as pessoas soltarem coisas vão soltando coisas que elas não falariam então exemplo que eu vou dar eu tava fazendo uma pesquisa sobre a muitos anos já que eu estudo as práticas de
leitura e de escrita de estudantes de classe popular na universidade especificamente na no nos cursos de pedagogia curso de formação de professores já estão o curso normal universidade pública universidade privada né já olhei esse esse esse objeto de vários sobre vários aspectos E aí eu queria entender eles todos diziam que era muito difícil por exemplo fazer o trabalho de fazer leituras tal e eu tava observando né que que fazia um dos postos de observação você tem que escolher lugares para observar né na universidade então eu resolvi fazer você tinha uns dias na semana que eu
ficava na biblioteca vendo como é que as pessoas circulavam olho na biblioteca como é que elas se moviam elas faziam né e achei que o outro ponto interessante também além dos partes esses lugares óbvios da sala de aula era observar o ponto de xerox não é o lugar que vende oficina de xerox e a gente fala xarope mas não o correto seria fotocópias chama Martha né E aí você tem ali sentadinho vários dias observando tal e aí comecei a colher coisas né e as pessoas me conheciam saber que eu tava Leandra eu não sei que
tal eu tava te esperando né mas sair na intimidade as pessoas vão soltando coisas e aí eu descobri por exemplo eu não sei se vocês conhecem essa prática cultural que eu descobri não retinografia que é a prática de consórcio de trabalho sinais de disciplina que consiste na seguinte coisa se vocês não sabem então fica a dica para desespero do romantismo e o que o seguinte você forma um grupo de preferência no começo da faculdade um grupo que deve ter um número de participantes próximo ao número de disciplinas que você cursa não semestre A então se
você curta seis disciplinas não sei mais você vai ter um grupo de seis estudantes E aí o que que acontece cada estudantes fazem consórcio eles chamavam isso de consórcio cada estudante vai fazer um beijo fazer os seus trabalhos vai fazer um trabalho e mostrar o nome dos outros integrantes em geral né quando que eu ia ter acesso a essa informação numa entrevista muito difícil né numa entrevista formal ou o seu nativo não vai te entregar o negócio dele ela não vai dizer que ele Cola Não vai dizer que ele outra coisa que eu descobri na
época era o tinha um site que eu nem sei se existe mais que era o Zé moleza' e se vocês conhecem esse site onde você baixa trabalhos prontos né eu não sabia de nada disso eu fui fui descobrindo é por depoimentos espontâneos pessoas foram falando descobri isso descobri é compra de descer né As instituições que vende ipcc aí por exemplo descobrir uma conversa escutei uma conversa impressionante que elas tem a menina falando assim então aí eu procurei o uma pessoa que foi muito recomendado não sei qualquer um um lugar muito legal que a gente faz
as pessoas têm bem legais mesmo entendeu Aí eu ia que eu queria fazer Primeiro quer esquecer sobre sobre autismo né mas aí já não tinha mais autismo ela falava se com se fosse uma feira né já tinha acabado os PC já autismo aí eu peguei um de pelado o que que era peguei um dia não tem mais que mesmo eu fico com é assim que funciona né não sabia então esse recurso é muito interessante Agora vocês tem que imaginar aqui para você chegar a ponto de construir esse lugar de escuta né É É um tem
um pingo você tem que passar no campo uma confiança que você tem que passar ali para ouvir as coisas muito bem outro dispositivo de pesquisa de metodologia de pesquisa etnográfica é entrevista né que é um capítulo muito especial dentro da etnografia dentro da antropologia né a pesquisa etnográfica eu não tenho nada a ver com as entrevistas normais e correntes que a gente conhece né então tem vários trabalhos vários pesquisadores falando sobre a entrevista tem um texto precioso do bordier que Tá No Miséria do mundo é um apêndice deste livro é um livro que ele fez
em parceria com outros outros antropólogos e sociólogos e tem um apêndice sobre ele faz uma reflexão sobre a entrevista e ele é conceito entrevista como uma conversa entrevista etnográfica como uma conversa ela não é diretiva né então você não vai não vai montar um questionário não é uma não é um conversa chama humano é uma é O Homem 15 são né uma o interrogatório policial ela não é não é o interrogatório não é não é um conjunto de perguntas nunca faz uma entrevista nessas condições então quê que você pensa tem uma conversa livre e vai
durar aí pelo menos pelo menos uma hora e meia é uma hora e meia a duas horas de conversa onde você tem você vai com que você vai com roteiro semi-estruturado a gente é uma técnica que a gente faz você pega os seus objetivos específicos do seu projeto de pesquisa next e transforma esses objetivos específicos em eixos que vão estruturar o seu roteiro Oi tá diferença entre entrevista questionário questionário é o instrumento normalmente utilizado pelas pesquisas quantitativas né E eles são instrumentos e construídos tem que ser construídos com muita técnica também na é que vou
te dar dado quantitativos em geral want dados quantitativos né a entrevista não entrevista vai te dar dados qualitativos né então por exemplo numa numa pesquisa que eu fiz outra coisa também interessante a gente saber é que dependendo do objeto que a gente tem de investigação é muito bem-vindo é muito bem-vinda a conciliação dos métodos a complementação dos metros então não existe isso só só fácil pesquisa quantitativa né só faço pesquisa qualitativa não a gente compõe né eu eu sempre eu gosto muito da pesquisa quantitativa acho que ajuda muito a você situar o problema né Eu
sempre as minhas pesquisas sempre trazem muitos dados também dados quantitativos então eu fiz uma pesquisa que quer saber por exemplo é eu queria saber se o trans estudantes de pedagogia se opção por pedagogia era a primeira opção una ao então isso você não questionarão você coloca essa pergunta né a pessoa estudou numa escola pública ou privada por exemplo E então eu pude a partir daí fazer gráficos né e ver quanto descobrir que a maioria dos anos pedagogia não tinham a pedagogia como primeira opção em geral eles queriam fazer outros cursos alguns já tinham tido já
tinham feito outras tentativas antes e e acabavam fazendo pedagogia mas ao mesmo tempo olha só que interessante isso é o que aparecia no questionário então dado objetivo né e lá entrevista sai na outra coisa aí a vocação né a pessoa dizia que escolheu pedagogia porque era vocacionada para kilo a quantitativa e qualitativa então as pesquisas quantitativas elas elas trazem números não é basicamente né fazendo dados dados que podem ser comparados e pode ser tratados nos patins ficando é uma ciência então gostam só importante é você tem que pela parte com muito cuidado né para você
pode de análise desses dados exige um outro tratamento de dados os dados produzidos pela pesquisa qualitativa e é são Dados que vão te dar motivações vão te dar são dados qualitativos né então é porque que a pessoa porque que a pessoa escolhe fazendo pedagogia Por exemplo essa é uma pergunta que o método quantitativo também buscar estabelecer relações de causalidade exatamente né relações a gente nas pesquisas qualitativas vai ser buscar isso é então na mais entrevistas saía essa coisa de que a pessoa queria fazer pedagogia porque era apaixonada uma coisa que sai é muito nesse entrevistas
desde pequena gostava de brincar com as bonecas de escolinha isso eu vi muitas e muitas vezes só aqui poder contrastar os dados da pesquisa qualitativa com os dados da pesquisa quantitativa você é fácil é a gente não tem um erro aqui Alguém tá mentindo não é nada de mentir não existe isso não existe mentira né não existe essa posição moral a mentira dos países na verdade existe aqui para certa situação é conveniente dizer uma coisa para outra situação correntes e a outra então é é a mesma coisa que a gente pode como é que a
gente pode interpretar esses dados a gente pode interpretar que é vergonhoso para a pessoa reconhecer que a pedagogia Não é a primeira opção Isso já é um dado de pesquisa interessante tem uma pesquisa do Herald Becker e fez um uma das pesquisas dele muito muito famosos questões sobre estudantes de medicina ele comparava os dois métodos qualitativos mas entrevista individual com grupos focais é um outro método de imprevisto de tratamento É bem interessante é faz um bom e faz aquela entrevista coletiva com determinado grupo dependendo do seu objeto ou seja interessante e aí o que que
ele observou ele observou que em grupo Os estudantes de medicina falavam muito mal da instituição e da faculdade de medicina diziam que era uma droga que era uma zorra que eles falavam mal depreciava uma faculdade de medicina né mas nas entrevistas individuais eles dizer o que sente ficam muito orgulho detalhe sentiu muito orgulho que aquilo era coisa maravilhosa para eles que os pais estavam orgulhosíssimo chão feito uma festa incrível entendeu mas eles tinham vergonha de dizer isso porque socialmente culturalmente construiu isso né então isso é um dado você não vai dizer que o tava mentindo
então qual é a venda não existe isso tá bom então você faz esse roteiro tarde você vai para entrevista você não vai para entrevista para uma conversa assim se você tem seus objetivos específicos de pesquisa as ideia de que a pesquisa qualitativa também é uma bagunça só uma conversa não pensei que cidade nenhuma isso aí tá errado é então você vai quando o seu roteiro só que ela não é diretiva você não faz exatamente perguntas e às vezes você pode ficar várias horas conversando e e não chegar aqueles pontos que você queria né em arranjar
não aconteceu né então você vai ser pensar a entrevista como uma interação uma relação de interação entre entre pessoas né que que também tem que se sentir à vontade de ir aí eu sugiro muito assim para você entender para mim melhor aula de como fazer entrevista antropológica os filmes de Eduardo Coutinho né então Apesar dele não ser dele não ter sido né também faleceu não tecido antropólogo é tem vários trabalhos em revistas antropológicas sobre o trabalho de Eduardo Coutinho tem até uma São Paulo por quê que fala dele como antropólogo selvagem né ele não tem
uma formação de antropólogo mas ele sabia como era fazer uma entrevista então tem assim tem muita coisa dele inclusive bem em entrevistas pessoas entrevistando ele falando sobre entrevista que é Bárbaro está no YouTube Assim vocês colocaram Eduardo Coutinho em entrevista entrevista sobre entrevista nessa lá você vai achar tem muita coisa dele né E aí ele fala uma coisa que é maravilhosa e é você provocar no outro a coisa muito delicada o desejo de falar né então é comum uma entrevista é boa quando sujeira aqui no final da entrevista e diz assim caramba obrigada você faça
obrigada por que você que tá perdendo a entrevista para minha pesquisa né porque você me agradece não porque você me fez pensar coisas que eu nunca tinha pensado né Essa essa é pesquisa ideal assim né então hoje ele vai chamar isso ele vai dizer que o pesquisador contra o pó logo ele tem que funcionar como um PA é uma Parteira ele vai conseguir extrair do outro aquilo que o outro tem um saber que ele tem mas que ele não sabe que tem então por exemplo eu fazendo pesquisas sobre como as pessoas orientam os trabalhos de
TCC né então você vai pergunta se eu perguntar para o Rodrigo para Ligar Rodrigo como é que você faz para essas estratégias para orientar é a primeira coisa Rodrigo Aguiar sei lá sei bem o que que eu faço é uma pergunta a ele se ele sabe fazer mas ele não sabe dizer sobre o que ele sabe tá a gente sabe mas não sabe o que sabe eu se você for perguntar para um pescador como é que ele pesca se você for perguntar para um pronto pequeno delinquente como é que ele bate as carteiras por exemplo
ele Talvez ele tem muita dificuldade de dizer né porque ele faz aquilo automaticamente ele tem um saber-fazer mas ele não sabe então a pesquisa a entrevista ao mesmo tempo ela é uma situação que oferece a oportunidade de reflexão para quem é entrevistado uma bolsa a entrevista né E você tem que também é deixar o sujeito à vontade conquistar essa essa essa condição de segurança ou menos né é diminuir aquilo que eu podia chama de violência simbólica porque é uma violência simbólica existe uma uma desigualdade uma assimetria entre aquele que entrevista aquele entrevistado Então você tem
que ter muito respeito nessa relação para não parecer justamente interrogatório policial né Ah é Mas então como que você faz mas e você mata aula quantas vezes por semana mas porque você mata aula mas sua família estruturada não-estruturada é isso Errou não você não tá consegui nada desse jeito né então você tem que aos pouquinhos Olha tem um exemplo também que o gordinho é da é maravilhoso quando você faz entrevista sobre práticas de leitura né Eu já fez muito na minha vida então você vai perguntar para as pessoas entre jogadores de RPG por exemplo fazer
então se você gosta de ler aí a pessoa diz claro adoro mulher adoro gosto muito dele E aí você perguntou o que que você tem lido ultimamente aí a pessoa começa a eu tenho lido muito Machado de Assis é a Graciliano Ramos vai você pai mesmo o que que você ler esse Carlos e aí você tem descobre rapidamente que o cara tá fazendo a resposta que ele imagina que você queira que líder né então você tem que sair daí não é essa resposta que você quer você quer ouvir a verdade né o algo mais próximo
da Verdade que é verdade mesmo não é inacessível né Mas você quer ver alguma coisa mais próximo para você quer ouvir o cara dizer que não tem saco de ler que ler um pouquinho e cansa e perde a paciência e prefere baixar o resumo do livro na internet do que leu o livro entendeu essas coisas que a gente quer saber né então quando como é que e segue esse grau de intimidade como é que você provoca isso então o que ele fala que tem na situação de entrevista você tem que criar uma espécie de uma
empatia quase Mística né e e um amor então se você entrevista um cara só é machista que acha que tem que bater na mulher você se você não é capaz de naquele momento e aí o Eduardo Coutinho ele comenta isso de uma maneira muito legal e você olha no momento da entrevista Eu amo meu entrevistado seja ele quem for né Mesmo que ele faça coisas que eu desaprovo completamente mas no momento naquela uma hora naquelas duas horas que eu tô escutando aquela pessoa eu amo aquela pessoa e eu não quero eu não quero rivalizar com
ela eu quero concordar com ela eu quero legitimar o que ela fala isso é muito importante também eu Bordieri e o Alex Eduardo Coutinho cita o gordinha quando ele fala isso ele cita esse próprio texto ele dizer aquele livro do gordinho eu joguei tudo fora fiquei só com a parte da entrevista né o Eduardo Coutinho em conta essa negócio tá essa blog né então é depois eu posso odiar o cara vontade mas naquele momento eu tenho que ir legitimar o que ele diz é isso é da maior importância do mundo seja você tem que causar
desejo no outro para o outro dizer coisas que ele próprio não sabe que sabe é uma coisa muito delicada né a entrevista um tropológico Depois disso tudo tem um terceiro momento o neto Cardoso vai chamar de escrever quero que usa antropólogos de gabinete faziam tá mandavam os seus missionários para fazer o trabalho de campo com Liam informações colheram dados e tal e depois eles escreveram seus gabinetes né hoje em dia é o antropólogo faça tudo isso e nesses cria e numa ilha ou num grupo onde uma escola ou no entre o mundo tá cheio depois
você vai chegar o momento que você vai voltar para sua casa ou para o seu gabinete de estudo né na universidade se você tem uma universidade em gabinete E aí você vai sentar ali no seu computador com seus livros você vai rever a teoria e só pesquisa demográfica uma pesquisa antropológica né é uma pesquisa ele não pode você não pode usar só as técnicas e tê-lo gráficas sem usar a teoria antropológica isso é fundamental né senão você não tá fazendo a gente logo aqui tá fazendo outra coisa Qualquer né então tem muita gente que acha
que por fazer entrevista você tá fazendo este geografia não né tem essa pesquisa essa essa forma Skin a fazer tomografia e depois tem um relato etnográfico que também é um gênero próprio e tem características próprias né Se vocês lerem é esse texto que eu mandei para vocês ter delicioso de ler Recomendo muito o texto do Corsário é gostoso dilena que ele conta como é que ele vai e as crianças aí depois ele ele vai para o aí tem uma situação que a professora Manda ele ir para o banheiro e levar as crianças para o banheiro
né e as Crianças começa a fazer bagunça aí como é que ele lida com aquilo ele tem que se manter na posição no lugar de pesquisador e não pode assumir o papel de um adulto típico né Não pode ficar no lugar de dar bronca mas se ele der bronca nas crianças as coisas não vão contar mais nada para ele tá então ao mesmo tempo hoje não pode deixar descansar jogando petardo que chama naquelas bolas de papel e o água no teto guerra digital e aí foi completamente vendido então tem tem um manejo também e isso
é muito interessante o manejo do lugar do pesquisador ele não vai ficar o tempo inteiro como pesquisador né porque ele ele ele não é um nativo ele não é Eu por exemplo quando quando faço para minha pesquisa eu sou professoras orientadora mas no momento em que eu estou entrevistando Eu não eu não posso ser mas eu também não posso deixar de ser é o que que eu faço a gente tem medo a direção que está exatamente foi mais ou menos que ele fez né foi a solução que lhe deu mesmo né ele fez pelo gente
olha vai sujar para a gente vamos ficar aí na bolsa Vai ficar ruim para nós né então eles incluiu no grupo de alguma forma e foi bebe aquela piscadinha para OAB resolve aí meu meu meu meu lado que você só vai ficar ruim né eles esperam que eu faça isso mas me e também a resolver essa história e aí ele conseguiu dessa forma reforçar os laços de confiança que ele tinha conquistado com esse grupo de crianças de pré-primário né entre o cara Conseguiu conseguiu uma ponto das Crianças pedirem para ele sentar na roda com as
crianças entendeu porque na escola chega fazer um aquela rodinha de educação infantil ou de professores ficavam sentados nas cadeiras do lado de fora da roda e as crianças sentavam na roda e as Crianças fazer o questão e O Corsário né eles chamavam ele de grande Bill em casa grande viu tem que tá aqui com a gente né E aí sentava William corsaro grandão lá já não tava na roda do lado das Crianças era o único adulto que tinha se privilégio ele era reconhecido como um de nós né e essa coisa do um de nós gente
acha que eu já falei demais né vou dar uma paradinha aí fazer abrir para perguntas e obrigado Andreia a e conseguiu ser bem mais disciplinada do que eu assim deu Henrique no e-mail mesmo não consigo mesmo eu tenho várias questões assim do da leitura dos textos naquele irmão eu vou aí aproximar um pouco da sua falta também Mas acho que dá para dar e dá mas primeiro quero ver se ele se algum aluno alguma Luna tem tem questões também enfim eu falei tá aberto para vocês já adianto que eu vou perguntar também Oi Oi Andreia
o Rodrigo tudo bem Boa tarde eu queria te perguntar se Numa pesquisa bibliográfica a etnografia também seria a recomendada por exemplo eu pretendo estudar a educação no degase aí eu queria saber eu queria ver os Marcos né da de como a educação passou a fazer parte nem da rotina da instituição e tal e Pesquisar na Bíblia hidrograficamente né mas é aí a gente monografia também poderia ser uma ferramenta para usar a pesquisa bibliográfica É sim para abordar melhor a questão de como a educação entra na recuperação dos jovens né das crianças e jovens internados Sim
aí você pode pode eu fiz por exemplo uma orientei um trabalho esse trabalho bem legal depois você quiser até de pausa de uma de uma aluna do curso normal superior no Instituto de Educação que ela analisou as cartas dois detentos é uma vez é uma vez que eles tinham cumprido a pena na verdade eles escreviam cartas ela conseguiu ter acesso a um conjunto de cartas de ex-detentos interessadas a escola da do presídio né então é era muito interessante porque eles agradeciam né Então a partir dessas cartas análise desse texto Então aí tem um exemplo interessante
porque não tem entrevista não tem observação participante não tem nada disso mas é uma etnografia ainda não é uma etnografia documental e onde ela A partir dessa análise desse material escrito desse conjunto desse acervo de cartas ela conseguiu inferir né o valor o que o qual era a representação social e esses detentos faziam da escola durante o período de Detenção deles trabalho muito muito bonito mesmo da Alexandra tá me escreve Depois manda pega o meu e-mail me escreve aí eu eu mando para você e eu não sei se eu não sei se eu tenho aqui
esse trabalho vou vou olhar na cidade fica nem seja vocês tá em PDF mas é um trabalho bem legal sim Oi e aí Danilo tá terminando o e voltei depois de uma parada né vou fazer tomei aí mais velhinho mas eu experiente também muito bem muito bem eu sou né porque eu também também teve um percurso assim de graduação eu entrei muito novinha abandonei fiquei muito tempo fora com faculdade de vou ter mais velhinha também foi ótimo Se eu mandar sucesso fazendo sucesso esses trabalhos seus aí acho que é melhor mandar para o grupo todo
Andreia é a quem quiser próximo passo para mim que eu coloco no grupo do Zap do curso hahaha E aí Oi e aí mais alguém gente o YouTube vou colocar algumas questões primeiro do texto da Marisa ela ela balança um pouco algumas um 10 que eu tinha sobre o brilho retinografia é porque é democracia exatamente o que eu trabalho né normalmente trabalho mais que o documento né na área mais fora de educação e filosofia basicamente liga o documento né então trabalho pouco urgente com você Hahaha Mas Na graduação nem o normalmente na minha visão a
Oi gente no grafia parou a começa como e como Oi Magda máximo o chamado o chamado provisoriamente de técnica na segunda cedo uma técnica de pesquisa TEC no lo Gia né eu e ao vivo de sinônimo de antropologia é mas com o passar do tempo ela teria deixado meio que de ser algo pertencente nutrologia digamos assim então isso aqui é a educação a procurou datilografia serve eu achei interessante como que é a perspectiva então tanto na etnografia vem antropologia tem que vir gente ligando você não é exatamente esse texto esse texto que eu comento do
Anísio Teixeira é um texto da fundação do iseb é de 1957 ontem que eu adoro esse texto porque ele estão preocupados naquela época né em tornar a educação mais científica né sair do dogmatismo empírico daquelas práticas chegou a vou deixar o menino de de joelho no milho porque porque assim que temos beijo super tem que fazer né Então essa turma tava querendo ir na augurar uma umas práticas pedagógicas embasadas em teorias científicas né você não e depois de interagir não faz mais sentido faz esse tipo de coisa que a gente já comprovou que não é
assim que se aprende né não é enfiando uma coisa de uma receitinha tem fim coisas desse tipo e então ele ele ele fala de do perigo ao mesmo tempo que tem uma uma arte Como a educação tá me dizem que ela vai se apropriando de conhecimentos produzidos em outras áreas essas científicas que ele vai chamar de ciências Point Mas normalmente a educação ela ela ela ela tira a feia entendeu ela ela pega de forma lhe gerada você talvez Veja isso na sua própria ciência né como como eles passam se apropria da história por exemplo né
da Psicologia então por exemplo ele o Anísio dá o exemplo dos Testes de QI e os testes de QI foram produzidos dentro de uma outra área que não a educação e foram apropriados Pela Educação de um modo ruim né eu tenho que fazer usando uma entrevista dependendo sim dependendo do seu tempo a depender sempre dependendo do seu objeto de investigação né então é o então tem uso apropriações que são cartas próximas entendeu que são o que são em geral é muito difícil essa coisa que você arte a gente vê essa poxa é isso ele tá
diminuindo a educação tirando Educação do status de ciência Não ele tá dando um status mais elevado na verdade né porque tem uma outra autora que a Roldão uma autora Portuguesa que ela que ela vai falar da educação como uma prática compósita é só uma sociocrático aqui que usa tudo então é complicado você usar todas essas áreas do saber né então impede um pedagogo deveria conhecer bastante de sociologia bastante de Psicologia bastante de filosofia bastante de Antropologia nossa assim como um médico tem que saber que Tiririca de biologia de Radiologia de um monte de coisas é
difícil né Então seria um informações acesse tem que exigiriam muito da pessoa então o que acontece o que aconteceu neste lo grafia foi uma coisa que quiser Brandão denuncia mesmo como o monismo metodológico né então ficou na moda essa coisa de ti para que você trabalha aqui no gráfico e aí independente do objeto de pesquisa a pessoa meus pais diz que tá fazendo observação para mas não é a Ah pois é tem que ter uma fundamentação teórica né eu não posso te pegar só a etnografia se tem essa construção teórica até porque o próprio olhar
antropológico ele é ele é construído Teoricamente é bom então não tem outro jeito olha só eu tô eu tô com tô dando essa disciplina de antropologia para geografia nesse semestre e todas as aulas estão sendo postadas no meu canal no YouTube que o Deia Pavão Então se vocês quiserem fazer cresça aula do Cardoso ela tá ela tá lá postada que para vocês podem ver quem quiser se interessar não tem largas aulinhas todas as e outra coisa ainda ainda nesse nesse mesmo assim que foi justamente as ideia da etnografia como teoria esse também para mim foi
muito e ela falando pactante 5 e tem dias ver a etnografia como alguma coisa mais prática de 17 no gráfico ela ela é prática é prático assim né Ela é metodologia da antropologia digamos assim só que é um a gente chama de um referencial teórico-metodológico né E tem uma teoria por trás aí a marido ela disse que não na verdade ao fazer ecografia o antropólogo está produzindo teoria diz que ela é remota muito as grandes monografias lembra daqueles anos o colo dos fios o cinema não topologia um da faculdade e falando como e passa né
todos eles vão ter um capítulo lá tem vou falar sobre o quê a cura não entende por uma série de conceitos e vão desenvolvendo é a mesma eles entram no campo né e faz descrição bença no Exatamente exatamente Então essa essa escrita esse produzir porque demografia também é um gênero literário em última instância né é o inverso por exemplo o Gui na ele ele tem um livro maravilhoso onde ele onde ele vai analisar grandes nutrólogos como autores o antropólogo como autor E onde ele chega dizer alguma coisa bem radical bem pós-moderna né onde dele chega
dizer que eu acho que o quiser o único pós-moderno Ao qual eu faço aí uma uma uma concessão não gosto muito de esporte modernas exceção do Gui mas ele faz ele faz uma ele faz chega fazer uma abordagem muito radical quer dizer que o antropólogo é um autor ou seja ele é uma demografia é uma afecção por quê que é uma ficção que quando eu vou ao campo quando malinowski qual é o campo o que ele observou dos tobrian aquele ali é uma é uma interpretação da interpretação é uma interpretação que eles fez a partir
da interpretação dos nativos com os quais ele teve contato agora se o Rodrigo for lá out' o medo na mesma época faria outra entendeu então tem um aspecto que é autoral e não faz muito sentido você dizer quantas entrevistas você fez você você pode dizer a gente não tem muitos metros o Beto do isso tem interessante também dizer os métodos de validação da pesquisa etnográfica a pesquisa etnográfica ela se válida segundo gifts de acordo com a sua capacidade de convencer o outro de que você esteve ali entendeu é a você tem que escrever uma narrativa
né Você leu malinowski se aquilo tudo é mentira eu não sei mas é muito convincente não é muito convincente Ele viveu aquilo para Então isso é suficiente você convenceu tá então a única validação possível é quando um outro cão tropologo vai e diz não pera aí a a a briga de galo eu não vejo assim não briga de galo no balinesa eu eu acho que não é assim que rola não aí não acho que esses meninos indisciplinadas eles querem isso não isso é falta de educação com o mesmo isso eu vi outra coisa eu fui
lá e vi outra coisa OK entendeu Não tem problema nenhum então é é uma disciplina assim que tem essas características é ter uma proximidade muito grande com a literatura com a escrita na então essa parte de escrever é a muito importante é um é um momento né de concluída da etnografia Então você você ver você escuta e você escreve faz parte do Ofício do antropólogo ordenó grafo fazer cuidado essa escrita fazer uma boa escrita um Espírita que seja agradável de ser lida né que a gente alguma forma seja um escrita o que coloque o leitor
naquele ambiente entendeu Você lê e fala assim gente eu sei o que que é o encontro de RPG para ver o sei quê que é um jogo de arrepender eu tô aqui né alguma forma Andreia me pois nesse lugar sabe depois nos banheiros dos de uma escola escrever que é difícil pois é mas olha eu eu tenho um peixe na minha prática e para quem não gosta de escrever é impressionante a escrita etnográfica é uma delícia de se inscrever e eu tenho assim nas minhas disciplinas de Antropologia essas disciplinas que eu dou também de vez
em quando optativa né as pessoas falam isso nossa professora que engraçado para fazer os outros trabalhos as outras disciplinas é tão difícil mas essa aqui sei lá dá vontade de que é uma escrita autoral interessa não tá copiando de nada Você ta observando você tá escrevendo que você ver né então tem tem relatos deliciosos assim relatos por exemplo eu na última último período que eu dei seja um relato que Adorei e depois sobre as práticas de fumar cigarro na universidade nas pessoas que fumam cigarro ok né mas o que que significa como é que o
cigarro pode ser uma oportunidade como é que essa prática pode ser uma oportunidade de se afastar da aula tomar um arzinho paquerar filar o cigarro em várias categorias de fumantes dos fumantes convictos os fumantes esporádicos os fumantes filões aqueles que nunca cobram cigarro e abusam entendeu É tem várias coisas interessantes né então você lendo um relato de se você se vê ali na tenda com os fumantes entendeu você ler o relato você se ver ali Essa é a graça né da escrita é gostoso de escreveu e a gostoso de ler também é muito gostoso de
ler Rodrigo tempo pode teve tempo de ler o texto do Corsário e não é uma delícia e é gostoso é sempre e sempre bem-humorado né são estas muito legais o relato do daquele outro propósito elas vão ser promoção o nome que é eu nunca pensei que é o foi aluno do gordinha que fez pesquisa sobre os os Box seres né hoje o mundo do boxe e vácuo né não me bacana coisa assim não tenho medo de falar o nome dele é aí é muito legal porque você lê você você se vê ali no mundo do
boxe né que é um outro mundo você pensa ai Box que horror as pessoas se machucam que coisa agressiva mas tem toda uma delicadeza ali por trás daquilo que você quer em suspeita né mas que o relato dele te traz isso é gostoso de ler será que esse feito não dá mais a netnografia mais próxima de nós não sei talvez que lembrando esses antropólogos tô Lia né solidão e aos poucos pela janela realmente se você tem um distanciamento um pouco maior assim não dá para manter ser feito o mico né digamos assim hahaha é não
mas mesmo assim tem uns que tá né tô lembrando agora por exemplo o meu Deus como é que é o nome daquele dos rios esqueci ele falando para ele dizer alto do gente esqueci o nome dele é não leva os trolls não é bom levistro também tem Relaxa deliciosos tristes trópicos maravilhosos né Tem um relato por exemplo que ele que ele conta que ele ele eles protegiam uma prática de doação de presentes né e troca esse pau e aí eu é uma passagem muito famosa dos próprios E aí ele é é uma o chefe e
falou assim não eu é que vou distribuir presentes distribuiu e ele pegou um papel ele não sabia escrever né o chefe indígena mas ele pegou um papel e começou a fim de que ele fez uns rabiscos assim e começou a dizer você pega o arco e flecha você pega não sei que ele fez uma encenação em torno do que seria uma prática de leitura e de escrita né é maravilhoso sem ler sem saber ler isso e saber escrever mas ele é as duas deve tá é uma passagem deliciosa Edilene né depois ele ele contando dos
pesadelos que ele tem de noite essa pelada em eu eu sou suspeita mas eu gosto muito assim né Mas é claro que esses mais próximos da gente são tendências mais divertidos né e essa questão da linguagem eu eu passei por isso né não dá falar de tudo há mais de todos os autores clássicos não e pouca ideia de que a linguagem seria dessa forma neutra você conseguiria através do uso da linguagem acessar mais o sai diretamente objeto e sim e a Marisa fala como e a etnografia e fica muito Claro não seja tem clareza do
papel que essa linguagem tem no momento consigo normalmente o associe sou e ao sócio né o fundador da linguística Mas de fato antropologia também tem esse né O senhor já desde o começo essa muito claro né E essa suposta neutralidade da linguagem na linguagem esqueci o tempo utiliza não em Recife mas a água a linguagem interfere meu ensinando é perto por interfere O Bacana da tomografia também é que em relação à neutralidade a gente parte do pressuposto de que não há neutralidade possível né então o que a gente pode fazer é a tal da vigilância
epistemológica nela que a gente pode fazer é um fazer um comos se diz nas ciências biológicas fazer o branco para você dizer da onde que eu tô partindo Olha o meu ponto de partida eu eu falo desse lugar eu sou um etnógrafo que falo desse lugar é um deste lugar eu sou capaz de enxergar e isso nesse mundo né agora o outro antropólogo de outro lugar vai ver outra coisa para a gente não tem problema de dizer da onde que a gente tá falando né a gente parte do princípio de que esse lugar de onde
eu falo interferissem na maneira de interpretar aquela Cultura né leitura e interpretação E aí é interessante que pra chegar a esse lugar multimodo fo precisa ser se tornar nativo nessa usar eu terminar você só consegue pegar esse lugar se você for aceito pelo grupo né eu achei esse cabelo que é um nativo que nunca é nativo completamente né porque não tem um tem um texto e também que é maravilhoso que adoro do Borges né do Jorge Luis Borges que chama o etnografia fofo e é muito história de um de um estudante de Antropologia que vai
para uma tribo fazer uma um trabalho de campo e tal fica Vivendo como os índios Patatá e depois ele tem que voltar para escrever a tese Exatamente isso é depois de ver e ouvir se algum momento de concluir de escrever Oi e aí ele volta para sua universidade e ele tinha que descobrir o mistério lá de um ritual tal e aí o orientador dele falou assim e aí você descobriu o retorno descobrir sim aí ele falou assim Poxa então então conta pra gente né Escreve senão não não não poderia fazer isso eu precisava que você
não entendeu bem porque eu não tenho não eu poderia isso ele em qualquer linho eu sei perfeitamente O que é né Mas por que ele tinha se tornado um nativo ele tinha deixado de ser outro colo né então ele acaba o conto parece que ele acaba sendo um bibliotecário da Universidade de dinheiro e tal mas ele não ele não ele abandona antropologia né porque aquilo ele ele foi de tal forma transformado no trabalho de campo ao formar Operários o risco também né que acontece contra o colo de alguém que está a A alterar-se está aberta
aos efeitos do outro né é alguém princípio muito é isso que ela te Vista né Isso é um problema também se é outro outro assunto não é coisa do relativismo cultural né mas é que também a extremos chegaram problema né com tudo né mas a tendência é essa é você escutar o matador e Ok me conta aí como é que é isso né como é que é assassinar mulheres depois de estuprar você que ai que coisa objeto tá né mas mas tem interesse científico você você conhecer como é que funciona né porque se existe já
tem um amigo meu que me diz negócio que eu adoro senão ao que não haja né não ao que não haja e o antropólogo está interessado em tudo que haja em conta que em tudo que existe que é da manifestação humana é por mais aberrante que esteja por mais estranho que esteja né tem trabalhos assim de que é sobre o quê sobre Matadores tem tem nossa tem de tudo né Deve ter deve ter deve ter Eu particularmente não conheço não mas eu conheço um trabalho por exemplo de uma pó logo aqui pesquisou é é sinistro
que pesquisou atores de filme pornô por exemplo da e bem interessante também então ela ela entrevista sobre sobre o mundo Marginal tem vários né Movimento Funk tráfico entendi tudo assim eu não tenho muita coisa interessante e é legal a gente entender até aí e a progressiva está conversa né É legal a gente entender para quê que isso serve para educação ao passo que o antropólogo enxerga o outro nos seus próprios termos sem fazer nenhum juízo de valor e sem querer mudar o outro sem querer colonizar o outro tem que ler dizer Olha você não deve
ser assim você não deve ser machista você não deve matar você não deve Transar sem camisinha né não quer saber nada disso um propósito só para entender o outro nos seus próprios termos o educador não educador Credo carro ele tem uma o ideal de como seria viver melhor né E é bom isso né não tem nenhum problema com isso a gente quer mesmo eu estou Educadora eu acho mais para agentes educador né mas para que que serve um pouco logia então para a gente educar melhor até né eu eu participei uma vez de um de
um a Dama do Afroreggae em parceria com o Instituto credicard no na favela da do complexo pavão-pavãozinho e Cantagalo aqui no Rio de Janeiro que tinha uma vez das ações que a gente fazia era de prevenção contra doenças SB nas doenças sexualmente transmissíveis e aí era muito engraçado porque ele estava ontem que usar a camisa de notar que E aí eu falo se eu gostei tanto para vocês gente vai ser assim primeiro quero entender porque que eles não usam entendeu para eu poder desenvolver uma ação pedagógica para usar camisinha eu tenho que entender porque que
eles não usam né eu descubro Por que que eles não usam você descubra o que os meninos acham que que é degradante usar camisinha o que ou que talvez tem uma boas razões para não usar camisinha há boas razões para não querer usar camisinha né e respeitadas não a ponto de legitimar que a pessoa não use mas de entender as razões dele né Eu não entendo isso entendo que a camisinha corta o barato entendo ida pastana dizer isso tudo mas apesar disso é preciso usar camisinha então será que a gente chega no meio termo aí
é o trabalho do pedagogo né entendeu eu entender porque que as crianças colam o que que as crianças não fazem dever de casa e interessa para a gente poder desenvolver ações para superar esses problemas né mas para isso a gente precisa ouvir o outro nos teus próprios termos é um desafio tá bom Andreia o novamente aí convidou inteiras fazer algumas alguma questão momento considerando aí essa esse momento a Felicita vivendo de lançamento enfim é e eu não faço muito das duas horas o tempo não passar muito das duas horas vem sanpaku e já são 11
das 14 ou e beneficência para já tá assim caminhando aí por fim mas se alguém mais tiver questão vontade aberto aí é tem compromisso agora também a gente faz quatro É verdade estava mas olha só se você quiser em qualquer mais pergunta pode fazer por e-mail depois passa eu respondo isso ficar assim tá bom beleza Jeane Tudo bem Prazer muito obrigada a você e obrigado Paloma linda obrigada viu adorei Obrigada vocês beijo tchau idade beijo é urgente é isso então ficamos por aqui em relação à conteúdo né digamos assim gala de hoje os meu e-mail
nem dizer é muito bem desenvolvido pela professora Andréia parar de gravar aqui
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