DICAS PARA SUA APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO I EP.: 55

11.23k views2172 WordsCopy TextShare
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
Na Neurociência, assim como na Medicina e em toda a área da saúde, apresentar casos clínicos é uma h...
Video Transcript:
fazer uma boa apresentação de casos clínicos falarem público para uma plateia é uma habilidade muito importante quando a gente atua trocando conhecimentos na neurociência na medicina e nas áreas da saúde em geral vamos ver algumas dicas importantes para fazer isso da melhor forma possível aqui no Episódio 55 do conexão neural [Música] durante os primeiros anos já da nossa graduação na área da saúde no internato onde a gente participa de sessões clínicas sessões científicas apresentações de caso enquanto a gente vai rodando nos estágios depois que a gente se forma já na residência nas especializações nos mestrado
nos doutorados e para toda a duração da nossa carreira se a gente quiser continuar trocando conhecimentos aprendendo ensinando o que o caminho já mostrou para a gente é preciso sim dominar essa capacidade de fazer boas apresentações de casos clínicos Mas isso não pode ser feito de qualquer jeito precisa cumprir alguns requisitos para que a sua mensagem chegue da melhor forma possível para quem está escutando para que susite a discussão para que conhecimento seja construído e quem mais se beneficia disso são os nossos pacientes quem mais ganha com a interação entre os médicos em todas as
etapas de Formação entre todos os profissionais da área da saúde são os nossos pacientes Então faz parte sim das nossas profissões aprender a fazer uma boa apresentação de caso clínico e eu separei aqui algumas dicas importantes para que a gente faça isso da melhor forma possível Lembrando que a gente vai aprendendo essas dicas ao longo da estrada ao longo de muito tempo fazendo a mesma coisa e testando o que é que funciona o que que não funciona em termos de passar a mensagem passar a informação então de maneira muito objetiva vamos lá para a primeira
dica na apresentação de caso Clínico a primeira dica tem a ver com a forma o conteúdo é muito importante mas a forma também a neurociência explica que o nosso cérebro avalia O entorno daquela informação que está sendo passada para poder absorver com mais ou menos facilidade então é importante que os slides sejam de fácil entendimento que eles sejam Claros Então quando você vai escolher o que a gente chama de template quer dizer o formato padrão daquele slide precisa escolher um que seja Claro que não tenha muitos elementos de poluição visual porque o seu objetivo é
passar bem a mensagem e é importante que haja um contraste adequado entre as letras e o fundo aqui nos nossos slides que a gente utiliza em boa parte das apresentações do Conexão neural por exemplo as letras são aqui brancas em um fundo azul escuro isso dá o contraste necessário para que você possa ver meu slide que isso Facilite a passagem da informação é importante também que você verifique se naquela instituição em que você está fazendo a apresentação Existe algum padrão exigido dos slides que você devo obedecer existe também uma regra que em apresentações mais formais
uma defesa de trabalho de conclusão de curso famoso TCC ou em um mestrado defesa de doutorado que você utilize o fundo branco com as letras pretas Isso é uma espécie de padrão mais formal quando foge um pouco dessa formalidade você pode inclusive variar um pouco e em alguns casos utilizar a sua identidade visual se você tiver a gente tem uma identidade visual aqui no nosso canal e nas nossas artes de redes sociais então é ela que a gente obedece mas essas dicas Gerais ficam aí que haja um contraste entre as letras e o fundo por
exemplo você não pode usar um fundo azul e a letra azul claro que vá prejudicar esse contraste o cérebro fica incomodado fica mais difícil de ler e isso desvia a atenção e a compreensão e na verdade hoje em dia a gente precisa batalhar bastante pela atenção da nossa plateia porque a gente tem cada um de nós um computador ao alcance da mão que a gente ainda chama de telefone celular mas talvez o que ele menos faça hoje em dia é servir como telefone fazer ligações porque ele traz para a gente todas as informações do mundo
em tempo real que a gente quiser então e quando eu tô fazendo a apresentação de um caso de qualquer outro assunto eu tenho que disputar a atenção daquele que está me ouvindo com o computador de bordo que ele tem ali na mão que é o celular então preciso ter sim o design o dos slides adequados para facilitar a minha exposição na segunda dica a gente já começa a entrar no conteúdo Mas também de certa forma uma relação com o formato e essa dica é muito importante o conteúdo tem que vir em tópicos sem conteúdo em
textos longos Às vezes a gente vem apresentações as pessoas colocando parágrafos inteiros às vezes copiados de um texto que ela mesmo produziu ou tirada de alguma fonte bibliográfica colocando no slide um grande texto gente me acredita em o cérebro não para para ler esse texto que tá no slide se você colocar um texto grande no slide presta atenção na plateia muita gente vai desviar o olhar vai olhar para cima vai olhar para o celular porque o cérebro não capta E aí muitas vezes o apresentador começa a ler esse texto longo que está slide e a
consequência imediata é a perda da atenção da sua audiência então o que você quiser apresentar como conteúdo no seu slide em tópicos curtos que chamem a atenção da plateia que atuem como facilitador da comunicação E não texto longo que sirva somente para você se guiar e fazer a leitura porque isso com certeza vai dispersar a sua plateia a dica número 3 é muito importante e já tem mais a ver especificamente com a nossa área da saúde é que a gente obedeça o método Clínico o método Clínico que vai sendo por etapas eu identifico um paciente
o quanto a história da doença dele os antecedentes o contexto familiar social passo para relato do exame físico geral ou específico daquele aparelho que eu estou enfo no nosso caso é mais frequentemente o exame neurológico do sistema nervoso mas isso se aplica para qualquer aparelho do corpo humano e o relato dos exames complementares e isso aqui gente alguma coisa que eu estou vendo um pouco se perderem um pouco falhar em apresentações a apresentação na área da saúde a apresentação do caso Clínico ela é estruturada ela não pode ser uma contação de história a esmo ao
acaso em que eu vou me lembrando dos elementos da história e falando sem uma organização não porque isso prejudica o raciocínio Clínico prejudica que eu atinge os diagnósticos e que Estabeleça os tratamentos adequados Então eu preciso sim organizar a minha apresentação nessa sequência na sequência do método Clínico E aí algumas observações importantes na educação eu não utilizo mais está fora de moda eu colocar aquelas siglas lá que são o nome do paciente paciente abcd feminino 42 anos não precisa mais isso aí tá em desuso eu passo logo a dizer paciente feminino 42 anos e aí
vai relatando o resto da história dele a sigla não tem mais interesse uma outra dica bem importante é que quando eu mostrar os exames complementares é importante que eu mostre as imagens e não só o relato do laudo o laudo é um elemento importante em qualquer exame de imagem Mas na nossa área da neurociência e eu sei que em outras áreas também da Medicina e da área da saúde em geral é importante que a gente tem o espírito crítico de olhar o exame e de poder interpretar até o ponto em que a gente tenha capacidade
então tomografias de crânio ressonâncias aquelas aquisições que tem mais interesse para a solução do caso específico eu preciso colocar aqui as fotos dos cortes desses exames ou se eu conseguir um filminho do exame passando aqui no meu slide isso ajuda muito a você visualizar a imagem e fazer a relação com o quadro clínico agrega muito valor a sua apresentação e outra coisa importantíssima é que a gente se atenha aos dados clínicos são aqueles que realmente trazem valor para sua história para o relato do caso e eu tenho visto muito no ambulatório na passagem de caso
na enfermaria muitas vezes as pessoas poluírem a história Clínica com dados que não interessam por exemplo esse paciente aqui ele foi transferido de ambulância do hospital para o hospital b e ali foi pedida a avaliação tá entendendo coisas que não trazem carga de informação Clínica eu preciso me ter sobretudo a manifestações de sinais de sintomas de queixas o que que mudou na vida daquele paciente e também de preferência não começar já pelo diagnóstico imagina chegar e dizer Esse paciente acompanha aqui no serviço por um astro se toma pilocítico E aí ele foi submetido a uma
cirurgia por uma recidiva e depois ele foi acompanhado encaminhado para determinado setor eu não tô conseguindo enxergar como a vida dessa pessoa foi afetada como ele era antes da doença como passou a manifestar um quadro clínico sinais sintomas Então eu preciso enxergar como é que a vida do paciente foi afetada por aquela doença e as informações que vão se somando no nosso método Clínico então Valorize as informações clínicas e vai deixando de lado aquelas informações que parecem mais relato de um romance policial que não vão acrescentando muita coisa em termos de solução do caso de
proposta terapêutica de Alucinação diagnóstica Então isso é um apelo que a gente faz para que a gente mantenha aquilo que mais atrativo na nossa profissão que é realmente a história clínica para próxima dica a gente entra mais no processo diagnóstico e aqui é o ponto que quem tá apresentando precisa estimular a discussão e uma forma boa de começar e de orientar essa discussão é por meio das etapas do diagnóstico o diagnóstico sindômico agrupando as manifestações clínicas em grandes síndromes síndrome do neurônio motor superior síndrome do neurônio motor inferior síndrome e extrapiramidal síndrome demencial síndrome de
hipertensão intracraniana aqui da neurocirurgia Talvez seja mais importante então eu preciso pegar os sinais os sintomas e agrupando em grandes síndromes que vão facilitar o meu caminho diagnóstico depois o diagnóstico topográfico quer dizer em que região em que área do sistema nervoso ou de outros lugares do corpo isso aqui também serve para a área da saúde em geral em que lugar está o problema está a doença diagnóstico no zoológico quer dizer grande grupos de doenças é uma doença inflamatória é uma doença infecciosa é uma doença autoimune é uma doença traumática uma doença congênita isso também
vai caminhando ao longo do diagnóstico e finalmente o último lá e talvez o que se tenha menos esse interesse de chegar rápido é o diagnóstico etiológico que a causa da doença eu percebo muitas vezes em grupos de apresentação de casos de discussão que o apresentador Faça a sua exposição e que já pergunte o que vocês acham que é e as pessoas ficam tentando adivinhar a causa que é o diagnóstico etiológico sem passar pelo raciocínio as etapas do diagnóstico eu acho que aprende muito menos do que contribui muito menos então a ansiedade não é chegar logo
a causa a ansiedade é construir um raciocínio em cima que nos ajude a resolver não só esse caso como também outros casos semelhantes Então essa é uma boa forma de conduzindo a discussão sobre o diagnóstico como uma última dica eu vou colocar aqui essa recomendação para que as referências bibliográficas que você queira colocar depois na sua discussão depois da parte diagnóstica colocando ali o embasamento teórico que as suas referências sejam apresentadas ao longo dos slides logo que a informação é dada então tô apresentando ali um caso sobre hidrocefalia depois eu vou fazer uma discussão vou
apresentar dados informações na hora que eu apresentar naquele slide eu já coloco a referência em baixo Essa é a forma mais adequada porque eu já sei a fonte daquela informação na medida em que eu falo e Quem se interessar por aquela referência por se aprofundar vai atrás depois daquela referência porque mais uma vez o cérebro não capta aquele slide final cheio de referências que você utilizou ao longo da apresentação ninguém vai parar para ver cada uma daquelas referências uma por uma até porque aquele último slide vai passando rápido então A melhor forma de você apresentar
referências bibliográficas é colocar no slide em que está a informação correspondente então gente Essas eram algumas dicas para aumentar a qualidade da sua apresentação de caso Clínico se você ficou com alguma dúvida ou tem algum comentário deixa aqui nesse vídeo ou então vamos interagir por meio das nossas outras redes sociais também e vamos nos encontrar aqui de novo na semana que vem mais uma vez em conexão neural [Música]
Related Videos
MIELOMENINGOCELE I  EP.: 54
16:42
MIELOMENINGOCELE I EP.: 54
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
9,156 views
Como TREINAR sua apresentação de TCC com 6 DICAS | #Comunica
11:01
Como TREINAR sua apresentação de TCC com 6...
Cá me disse
209,912 views
Como fazer diagnósticos NANDA na prática! | Caso Clínico
22:57
Como fazer diagnósticos NANDA na prática! ...
Enfermagem Total
4,375 views
O CÉREBRO QUE APRENDE | EP.: 84
20:01
O CÉREBRO QUE APRENDE | EP.: 84
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
7,445 views
O NERVO VAGO I EP.: 58
14:00
O NERVO VAGO I EP.: 58
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
30,889 views
Jon Stewart on Elon Musk's Black-Eyed Exit & Trump's Insane New Biden Conspiracy | The Daily Show
20:53
Jon Stewart on Elon Musk's Black-Eyed Exit...
The Daily Show
4,571,539 views
COMO PASSAR UM CASO?
10:03
COMO PASSAR UM CASO?
PS Zerado
4,946 views
CRIANÇAS X TELAS I EP.: 56
15:35
CRIANÇAS X TELAS I EP.: 56
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
9,476 views
NEUROPLASTICIDADE E APRENDIZAGEM I EP.: 43
21:26
NEUROPLASTICIDADE E APRENDIZAGEM I EP.: 43
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
39,345 views
Apresentação de TCC - Como fazer um TCC passo a passo - Roteiro de apresentação de TCC
13:27
Apresentação de TCC - Como fazer um TCC pa...
TCC Prático
1,081,968 views
CAUSAS E TIPOS DE HIDROCEFALIA NA INFÂNCIA | EP. 18
24:12
CAUSAS E TIPOS DE HIDROCEFALIA NA INFÂNCIA...
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
14,561 views
Pneumonia em 4 Passos: do Diagnóstico ao Tratamento
55:08
Pneumonia em 4 Passos: do Diagnóstico ao T...
Médico na Prática
26,391 views
NERVOS CRANIANOS: ESQUEMA GERAL
23:05
NERVOS CRANIANOS: ESQUEMA GERAL
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
6,211 views
CASOS CLÍNICOS - COMO seria o SEU ATENDIMENTO nessa SITUAÇÃO?
9:29
CASOS CLÍNICOS - COMO seria o SEU ATENDIME...
Prática Enfermagem
9,377 views
PARALISIA CEREBRAL:  DEFINIÇÃO
20:36
PARALISIA CEREBRAL: DEFINIÇÃO
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
9,906 views
Como passar um caso de MÉDICO pra MÉDICO: a minha forma!
20:18
Como passar um caso de MÉDICO pra MÉDICO: ...
Thiago C Amorim
8,911 views
COMO FAZER APRESENTAÇÃO DE SLIDES | ARTIGO, TCC, DISSERTAÇÃO E TESE
15:57
COMO FAZER APRESENTAÇÃO DE SLIDES | ARTIGO...
Pesquisa na Prática
67,052 views
O NERVO FACIAL I EP.: 45
23:07
O NERVO FACIAL I EP.: 45
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
10,041 views
NEUROCIÊNCIA E ATENÇÃO
16:36
NEUROCIÊNCIA E ATENÇÃO
Conexão Neural com Dr. Eduardo Jucá
23,842 views
Como começar uma apresentação | Fernanda de Morais
5:13
Como começar uma apresentação | Fernanda d...
POSICIONE-SE
170,507 views
Copyright © 2025. Made with ♥ in London by YTScribe.com