transexuais e travestis são pessoas que merecem não apenas respeito mas o acesso e garantia de todos os direitos de cidadania no entanto as pessoas trans como nos referiremos daqui pra frente sofrem diariamente com o preconceito ea discriminação têm seus direitos humanos básicos subtraídos e são tratadas como portadoras de doença até hoje pelas ciências e pelos sistemas de saúde eles e elas são submetidos ao preconceito nos atendimentos das instituições têm acesso restrito e negado à educação ao trabalho e à saúde integral sobre os problemas que transmitem nesse contexto de apartar de gênero que nós vemos é
bem objetivo são problemas que vão além da teoria é no dia a dia não têm acesso a espaços públicos e mesmo alguns espaços privados principalmente o uso de banheiro é muito comum é cada vez mais a uma consciência maior da na da necessidade humana básica do direito humano fundamental das pessoas traz acesso ao espaço o uso do banheiro por exemplo conforme gênero com o qual se identificam mas é uma luta ainda é a principal luta que que se tem hoje é a luta pela retificação do registro civil que com seu nome eo sexo um documento
o governo brasileiro ainda o conceito de fé kso effect como biologia não gênero como a gente trabalha com tecnologia como que tem como a gente busca trabalhar nem entender o gênero como uma construção social como eixo estruturante da sociedade não apenas como uma variável então o desafio da psicologia mesmo e as pessoas transitem cinema não ter acesso a um espaço educacional na educação que são expulsado das escolas a sede social do movimento já detalhou foi muito bem esse processo de exclusão trans e quando ela sem qualificação elas não conseguem ter acesso ao mercado de trabalho
qualificado pela discriminação que sofrem então é uma violência muito grande que se expressa de forma mais agressiva na sociedade com medo de assassinatos de pessoas trans um problema comum que as travestis e transexuais enfrentam é tanto em relação à família em relação à escola em relação ao trabalho em relação ao sistema de saúde é a aceitação dessa nova identidade pleiteada por elas e por eles a cidade tem muita dificuldade de aceitar esse deslocamento de gênero nessa em parte do pressuposto que se nasce uma em financiar mulher e é assim que tem que ser a vida
como se a sexualidade se restringe se a uma genitália e ela não é muito maior do que isso os processos de estigma os processos de violência simbólica os processos de éter notícias permanentemente de violência inclusive que chega às vias de fato homicida com pessoas transexuais é evidente que isso coloca as pessoas transexuais numa situação de sofrimento nem eu diria que isso é comum entre as pessoas transexuais né é comum o sofrimento decorrente de ter que negociar junto à as variadas instituições da sociedade que veja bem vamos ter que convencer as instituições de que elas têm
que levar a sério de que elas deveriam respeitar o meu modo de entender a mim mesma né que essa é a reivindicação trans a transexualidade é uma questão de identidade de gênero é a maneira como alguém se sente se entende e se apresenta para si e para as demais pessoas como o masculino eo feminino ou ainda de forma não binária independentemente dos genitais ou da orientação sexual a construção social das identidades de gênero sempre se dá pelas relações sociais pelas identificações processuais em vez das várias tecnologias e biotecnologias da cultura e do tempo histórico algumas
experiências de travestilidade e transexualidade se utilizam das tecnologias e biotecnologias para modificações corporais seja através de vestimentas adereços aquisições hormonais intervenções corporais cirúrgicas variadas ou outras no brasil as tecnologias biomédicas para esta transição são oferecidas pelo sistema único de saúde é muito comum as pessoas dizerem que elas nasceram no corpo errado então é o desejo da cirurgia muitas vezes claro que a gente não pode generalizar mas muitas vezes ele é no sentido de uma adequação é que eu acho que a gente não botar entre aspas desse corpo ao que a pessoa sente né e ela
tem um corpo de homem mas ela sente mulher no corpo de mulher estava sem sono eu acho que dá pra gente pensar em várias questões em relação a isso né uma delas é a maneira como a gente consegue hoje em itália identidade sexual ou orientação sexual e identidade de gênero eu acho que às vezes a gente contribui pouco no sentido de mostrar que isso é uma autoridade então a gente tem combinações diferentes que não existe a genitália uma determinada sanitária tem que colar com uma determinada atividade sexual como determinada prática desejo ou orientação sexual e
identidade de gênero então acho que a gente explora pouco essa pluralidade essa diversidade e as pessoas muitas vezes elas acabam encaixando essas necessidades num formato que ela imagina que os cabelos que se entendo nem seja psiquiatria seja psicologia não estou dizendo com isso que as pessoas não sintam as vezes que ela nasceu com pms mas o que ela queria uma página não desconsiderando a singularidade o desejo do sujeito mas eu acho uma coisa que a psicologia tem que parar para pensar e do desejo de sujeito está muito marcado e atravessado por essa compreensão social mais
geral que o imaginário social de que existe uma cola entre gente orientação sexual identidade de gênero corpo essa questão da taã a autonomia das pessoas de direito ao próprio corpo nós não temos do ponto de vista legal plena autonomia em relação aos nossos corpos né mas o que eu acho interessante da gente refletir é que em relação às modificações corporais do sexo implicando genitália e caracteres sexuais secundários né é essa tecnologia biomédica é bastante acessada eo brasil ele é agora e líder mundial no ranking dos países que mais fazem cirurgias plásticas e aí as pessoas
só nossa mas isso é tão radical isso é irreversível sim as plásticas que as mulheres fazem elas também são radicais elas também são reversíveis elas também modificam genitália anos também né fazem modificações é que são invasivas do ponto de vista da adequação de seus corpos sexuados as normas de gênero né porque uma mulher que coloca uma prótese de silicone ela faz um pacto com a medicina de que dali por diante pelo menos de dez em dez anos ela vai fazer uma nova cirurgia nós as pessoas não trans pessoas dominadas desvenda um de nós não exigiu
nenhuma autenticidade nenhuma idéia de verdade sobre o nosso couro nós não temos que comprovar o tempo inteiro que nós somos isso que nós apresentamos o somos reconhecidos como não é exigido de nox uma idéia de autenticidade mas das pessoas trans todo o processo como ele pensado sobretudo no brasil e como que a ciência em trair os profissionais da psiquiatria psicologia participam aí é exigindo a idéia de uma autenticidade ele corpo não contém uma verdade contém um certo engano então as pessoas precisam pagar não é pra gente às vezes com pedaços do seu próprio corpo para
medicina e da psicologia com pedaços da sua própria história para tentar nos agradar de que ele tem uma opção ao cliente que ele tem um movimento autêntico ele tem uma verdade sobre sua transição e no fundo não a verdade sobre as posições de gênero todos nós somos assim estamos mais ou menos posicionado de alguma maneira sem nenhuma verdade nenhuma autenticidade completa a classificação internacional de doenças cid produzida pela organização mundial de saúde aborda transexualidade como transtorno de identidade de gênero já o manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais dsm aponta a transexualidade como disforia de
gênero para garantir o acesso à terapia hormonal e as variadas cirurgias corporais o sistema de saúde brasileiro baseia em resolução do conselho federal de medicina que considera ou a transexual portador portadora de transtorno psicológico permanente de identidade sexual o engajamento da psicologia nas questões que envolvem o direito ao próprio corpo e as identidades de gênero se dá entre outros pela despatologização dessas experiências uma vez que elas não constituem do ponto de vista psíquico nenhum tipo de transtorno a organização significa na verdade a negação da autonomia dessas pessoas me dizem o modo que preferem viver isso
significa a gente diz qualificar qualquer deslocamento de gênero como se eles não fossem adequados como se eles não fossem saudáveis dá pra ficar foi de de transtornos mentais as identidades trans travestis ainda constam lá dentro do conceito de floria não foi mais convocado como transtornos mas ainda tenha um pouco essa marca dodô não adequado com sede de faria de gênero é que a insatisfação com ela segundo o engenheiro quando na verdade a insatisfação das pessoas é que não há discriminação que sofrem na sociedade fazendo um paralelo por exemplo com a questão racial que eu acho
importante fazer seria como dizer que as pessoas se identificam como negras porque sofrem disse que não foi tem sofrimento em serem negros nessa sociedade porque são negras na verdade as pessoas sofrem de sofrem com racismo negra sofre com a firma mais diretamente na sociedade não porque sejam negras essencialmente mas porque a sociedade a fita e não reconhece o direito à identidade e o espaço das pessoas negras na sociedade nós pessoas no navio enfileira mal hoje né de serem vistas como aquelas que têm a sua vida o seu sucessor direito à identidade pautado por uma patologia
por uma patologização grande parte das narrativas teóricas que nós tivemos sobre a transexualidade durante algum tempo foi uma narrativa psicanalítica e uma narrativa que entendia a transexualidade ora como perversão ora como psicose quando eu fiz meu doutorado em psicologia e eu estudo dessas narrativas e eu atendia pessoas transexuais né no serviço público de saúde o que eu tenho a dizer sobre isso bom do ponto de vista da minha formação psicanalítica não a maior parte das pessoas transexuais que eu escutei foram muitas delas não se enquadravam na dinâmica perversa nem psicótica pra mim era a neurose
ea castração assim o angustia de castração sendo anunciada pelo sujeito não tinha recurso da castração e nem a não estou percebendo que não existe diferença sexual não tinha nada disso né então assim as nativas muito precárias e assim essa tecnologia psicose perversão contribuem no imaginário coletivo para uma concepção patologias ator em 1997 o conselho federal de medicina autorizou as chamas as cirurgias de transgenitalização para o tratamento de transexuais no brasil e as tecnologias biomédicas para estas transições começaram a ser oferecidas em 2008 pelo sistema único de saúde esta grande conquista no entanto condicionou assistência médica
e psicológica às pessoas trans ao diagnóstico psiquiátrico e ao processo terapêutico compulsório por dois anos onde estudar psicologia um dos grandes desafios são os profissionais de psicologia se pautarem em preceitos do próprio campo de conhecimento porque o que a gente tem grande parte profissionais de psicologia que se pautou na própria terminologia médica psiquiátrica na condução dos seus trabalhos então do ponto de vista da regulação da dados dos processos de assistência à saúde de pessoas transexuais qual é a problemática que a psicologia tem na normativa do conselho federal de medicina eles nos mencionam que eles vão
dizer que para que a pessoa transexual faça uma mudança na genitália por exemplo que precisa do diagnóstico de transexualismo que na verdade está dentro de uma matriz discursiva médica não é a matriz discursiva da psicologia né mas que nós tentaríamos que já notificaram com base numa tecnologia de outra categoria profissional que é porque médica nós não precisamos trabalhar com o smn consente na verdade e além disso a obrigatoriedade da do acompanhamento psicológico por dois anos pelo menos a medicina nos disse como atuar com transexuais e o que a medicina disse que nós faríamos era diagnóstico
de transtornos mentais e psicoterapia compulsória ou no mínimo dois anos para o cfp o acesso à saúde é um direito de todos e todas e assistência médica e psicológica às pessoas trans o tratamento hormonal e cirúrgico pelos serviços públicos de saúde não devem estar condicionados a um diagnóstico psiquiátrico nem tão pouco a uma avaliação psicológica como dória na qual 11 às usuárias não possuam direitos e dignidade de escolha em 2013 o conselho divulgou nota técnica com orientações ao atendimento de pessoas trans e que dá orientações aos psicólogos do que diz respeito ao processo transexualizador a
nota afirma que a transexualidade a travestilidade não constituem condição psicopatológica ainda que não reproduzam a concepção normativa de que deve haver uma coerência entre o sexo biológico gênero e desejo sexual no entanto ainda de acordo com a portaria vigente do ministério da saúde os profissionais psicólogos e psicólogas devem dar assistência obrigatória de dois anos de psicoterapia e fornecer laudos a equipe psiquiátrica da atenção especializada no processo transexualizador tecnologia tem que ter uma postura um pouco mais reflexiva em relação ao processo sexualizada dor à medida que a gente pensa uma portaria fortemente influenciada pelo conselho de
medicina que não é a psicologia afirmando qual é o papel que ela tem ela está ali presente como parte da equipe mas ela a gente tem que dizer qual é o papel do psicólogo na equipe e não apenas seguir os critérios internacionais o cid acho que tem uma postura crítica em relação a isto porque senão que a psicologia acaba fazendo é contribuindo por uma situação de opressão em relação é o debate sobre a vivência da transexualidade nós temos que fazer autocrítica né com que muitas pessoas transexuais se sentirão violadas parte de profissionais de psicologia esses
movimentos sociais em academia passar um ano e já há décadas cantando de scola sexualidade e reprodução a orientação sexual e identidade de gênero quando a gente faz essa junção para falar da necessidade da adequação entre o corpo eo gênio mas parece um grande troféu possivelmente tem mais produzir conhecimento no mundo e hoje não temporalidade acho que isso é muito claro sobre as experiências transformar as próprias pessoas trans é que precisam falar publicamente que vão ser ouvidas com a mesma legitimidade dos especialistas por isso que eu acho que a gente tem que repensar esse processo que
todos nós estamos envolvidos na produção dos autos