[Fuvest] "Marília de Dirceu" lembra a liberdade de amar

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Canal USP
O livro "Marília de Dirceu", do poeta luso-brasileiro Tomás Antônio Gonzaga, está entre as leituras ...
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[Música] a gente vai falar hoje sobre uma edição do tomato António Gonzaga que foi um poeta nascido em Portugal 744 que veio para o Brasil o estado do Brasil ainda Apenas quando a criança 10 11 anos de idade com o pai dele chefe já falecido a mãe chegando naquele fica alguns anos ali volta para Lisboa vai fazer direito e Coimbra a retorna para o Brasil só em 82 e aqui ele fica sete anos mas depois é preso porque ele é acusado de participar da famosa Inconfidência Mineira quando ele é preso lá na antiga Vila Rica
atual Ouro Preto ele vai para o Rio de Janeiro fica três anos preso na fortaleza da Ilha das Cobras lá a pena dele é comutada de para degredo e ele é enviado entre aspas mandado para Moçambique chegando em Moçambique Nossa Antônio Gonzaga ele se torna um cara super poderoso mais do que ele já era aqui no estado do Brasil ele se casa com a Juliana Mascarenhas que era filha de um grande escravista lá de Moçambique e vai falecer em 1910 ou seja ele ficou apenas nem 20 anos no total no Brasil e Nós aprendemos na
escola que é um poeta brasileiro é um poeta nacionalista nativista quando na verdade nós sabemos que ele ficou muito mais tempo em Portugal ou em outras partes do reino aqui no Brasil mas isso é uma questão curiosa para entender como é que esse livro foi concebido Então a primeira coisa a dizer é essa este livro foi escrito provavelmente antes de ser preso durante a prisão dele na Ilha das Cobras e é publicada a primeira parte do livro ele tem três partes a primeira parte sai em 792 não foi ele que publicou só em Portugal esse
livro alguém deve ter levado a gente não sabe quem foi ser irmão dele né enfim o livro é publicado em 92 em Portugal e a segunda parte do livro sai em 99 do século 18 7 anos depois e já está em Moçambique também não foi ele que publicou esse livro mas se atribui a ele disponhamos a primeira segunda parte porque existem né o manuscritos existem as impressões que tem o nome dele então a gente supõe que são Auto Gonzaga a terceira parte é mais controversa de atribuir alguns Zaga porque ele reúne poemas de vários gêneros
espécies de assuntos que não são esses que constam da primeira e segunda parte são muito variado tem sonetos tem eclogas tem rimas Tem vários tipos de poema e não dá para saber se são de fato dele ou se alguém imitando o estilo dele reunir um conjunto de poemas de outros poetas e publicou tanto é que essa terceira parte só foi publicada em 1812 ele já tinha morrido a gente não sabe mas atração diz a gente pode considerar que a terceira parte do Tomás Gonzaga essas coisas enfim do que trata este livro reúne poemas líricos né
reuni poemas líricos que falam portanto desse amor supostamente por Maria Dorotéia Seixas que não é a mulher biografada aqui no livro mas que é uma um retrato que ele faz dela neste livro que é Maria Dirceu obviamente é tudo lá meio inventado um livro não é autobiográfico como a gente quer pensar que seja muitas coisas ali não são biográficas então por isso que não é muito produtivo ler esse livro Como Se Fosse autobiografia fidedigna sincera do poeta Tomaz Antônio Gonzaga Na verdade tomado Gonzaga foi um homem um magistrado super poderoso que vende Portugal já empregado
e vem trabalhar aqui no estado do Brasil e este homem magistrado exercia como vários letrados escrevia de vez em poesias né lírica escreveu epopeia escolher o sátira né e o que é curioso que a nossa crítica costuma sempre ver esses poemas com muito autobiográficos e eu sempre tô dizendo para os alunos que não a gente precisa pensar os poemas Sim há um elemento autobiográfico Sem dúvida Maria Dorotéia de fato existiu mas não é a única coisa que explica a leitura dos poemas se não tiver reduzir o nível decalque biográfico ele não é só isso né
ao interesse estético no livro porque os poemas são muito bonitos tratam de um tema que interessará os alunos que é o amor né quem que não gosta de ler sobre o amor né a gente sabe que nós temos as grandes temas que a gente discurso da vida até a morte o Amor e a morte e os seus derivados o amor a gente pode pensar no que nos dá prazer relações pessoais que nós gostamos de fazer etc e não se refere a morte pensar a prisão é uma forma de morte o trabalho pode ser mortal para
algumas pessoas ou não amor pode ser a morte [Música] Então os poemas do Tomás especialmente a primeira e a segunda parte eles mostram-se contraste entre o cultivo do amor que ele convida o tempo inteiro né o pastor Dirceu com vida que a Marília essa Persona que ela Aproveite Bosque sente com ele a margem do rio veja as ovelhinhas que ele que ele cria enfim eu vejo as flores imagine Cupido atirando certas do amor deles enfim essa coisa super bonitinha bucólica que ele é do lado dos gregos e Romanos Mas de outro lado da segunda parte
é quando ele está preso e ele ensina a prisão dele nos poemas então tem vários problemas interessantes várias líderes interessantes quando por exemplo ele conta que ele está preso está sonhando com a Marília está causando com ela de repente ele acorda com guarda batendo na grade da do calabouço bom eu vou ler a lira 14 da primeira parte que lembra muito Camões né minha bela Marília tudo passa a sorte deste mundo é mau segura se vem depois dos males Aventura vem depois dos Prazeres a desgraça estão os mesmos Deuses sujeitos ao poder do ímpio fado
Apolo já fugiu do céu brilhante já foi pastor de gado poema é muito interessante além de resgatar um lugar comum que o caminho muito utilizava no século 16 ou seja dois séculos antes do Tomás ele também lembra que uma tópica oraciana de que o tempo é fugasse que a gente tem que aproveitar acolher os frutos do dia o cara pediu para né e ele está interessando esse poema a Marília sempre essa pessoa que é Maria Dorotéia representada nos poemas e aqui a ideia que muito forte que percorre toda a primeira parte e em parte a
segunda parte do livro de que é preciso aproveitar a Marília gozar o tempo por aproveitar essa natureza que nós temos esse tempo que nós temos juntos porque isso vai acabar né É claro que o poeta quando escreve o livro ele arquiteta essas partes os poemas para que a disposição deles faça um sentido tem uma coerência interna no livro para que quando nós lermos depois da publicação as partes 1 e 2 pareço uma coisa uma continuação totalmente digamos espontânea Mas não é isso foi planejado pelo poeta o que de fato a gente percebe lendo esses poemas
e Outros tantos e que ele tem Matias fugacidade do tempo é fugir a cidade né cultivar o campo etc né cortar o que é inútil todos aqueles aqueles preceitos do Horácio que poeta Latino lá na antiguidade estão totalmente sintetizados eu li só uma estrofe desse poema dessa lidera 14 e é curioso também que o nome Lira com que ele chama os poemas permite a ele não ficar muito preso aquelas formas fixas como Soneto como é que a canção né ele que ele consegue fazer uns poemas de tamanhos variados de métricas diferentes diversificação e rimas diferentes
é como se o amor tivesse representado aqui permitido essa liberdade para Persona poética né que é muito interessante
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