esse aqui será um vídeo perigoso sobre ideias perigosas Eu acho que eu tô ficando maluca se inscreve para me acompanhar descendo a insanidade sobre não se colocar numa posição de vítima marqu sad que escrevia obras eróticas E extremamente violentas isso também me deixou em muitos momentos ressentida com essa sensação de que o mundo é injusto então o niet inverte a ordem e Ele defende o forte do ressentimento covarde dos Fracos alguém que é Virtuoso por medo ou por fraqueza será maldoso na primeira oportunidade ao entrar num trans com a repetição de uma palavra de baixo
calão para se referir ao que ele sugere que se faça com a própria mãe tem muita moralização da arte que a vida não é uma tragédia é uma comédia eu tenho muitas ideias e muita vontade de experimentar algumas dessas ideias podem ter potencial e outras podem ser lixo mas é uma aposta Essa é a graça nesse vídeo Eu pretendo levar você num fluxo de consciência que vai de The Doors a niet a poesia romântica William Blake e tudo isso amarrado em torno de uma análise da música The End do The Doors uma análise da letra
e do simbolismo confesso que essas serão ideias provocadoras de uma certa forma então eu não necessariamente espero que haja uma concordância e o incômodo é uma reação válida um conflito que eu vivi eu vivo e eu vejo pessoas da minha geração viverem é o de estar imerso num contexto muito múltiplo e caótico que nos faz ter uma certa abertura A ideias a experiências mas ao mesmo tempo uma rigidez no que tange ao desejo de agradar ao medo de ser julgado um desejo de observar a realidade de uma forma mais Ampla mas um idealismo excessivo que
nos coloca num lugar paradoxal e nisso a gente esbarra num problema que eu identifico como um desejo de ter liberdade mas um desconhecimento sobre a verdadeira natureza dessa Liberdade idealizar o seja você mesmo e o ser autêntico e o ser livre como algo bonito Belo que por trás de todas as camadas dos julgamentos e das regras da sociedade tem algo de puro e inocente mas o que muitas pessoas mais certinhas e rígidas mas também pragmáticas perceberam é que as regrinhas nos protegem da realidade do que é ser livre e do que é ser autêntico o
nosso verdadeiro eu tem muito de mal de obscuro se deixar ser autêntico deve envolver uma aceitação do incomodar o outro e do risco de se desestabilizar de abrir as portas para uma possível loucura autodestruição não é à toa que esse é o destino de muitos grandes artistas e eu também proponho uma forma um pouco diferente de olhar para essa figura mártir do artista sofrido que a gente tanto romantiza e eu não quero dizer que é um absurdo a gente Romantizar isso porque é compreensível a gente Romantizar isso tem uma beleza trágica mas enquanto o meu
lado caótico entende isso O meu lado que busca ali uma certa ordem e uma honra que quer levar a sério o ato de viver tem uma outra perspectiva Esse é um vídeo sobre arte sobre sofrimento mas também sobre aceitação da realidade sobre não se colocar numa posição de vítima e sobre tomar as próprias decisões viver exige tomar decisões difíceis e para quem é mais excêntrico esse caminho pode ser menos Óbvio então é interessante tentar falar sobre isso sem querer dar lição de moral sem dizer o que que é o certo o que que é o
errado uh vem comigo no universo existem as coisas conhecidas e as coisas desconhecidas e entre elas há as portas The Doors essa é uma citação do poeta William Blake que influenciou profundamente o Jan Morrison e o livro portas da percepção que serviu de origem pro nome da banda do ele não era só um poeta mas também um pintor e Um tipógrafo associado ao período romântico sua obra é uma das mais simbolicamente ricas e atribuem um valor elevado transcendental a imaginação como uma força Ele foi uma figura de muita individualidade Mas também de espiritualidade desvinculada do
que ele percebia como uma opressão da instituição religiosa ele tinha fortes ideais libertários e esse mesmo Espírito está presente nas letras na poesia do Jim Morrison eu definiria the end como um tipo de hino de aceitação da realidade e de aceitação do Caos muito do que eu trago aqui no canal tem uma influência da maneira como certas ideias foram exploradas por figuras como o Jung o Freud mas também por figuras Como o próprio William Blake tem uma outra citação dele que diz que sem os contrários não há progressão atração e repulsa razão e energia Amor
e Ódio são necessários pra existência humana e isso é do casamento do céu e do inferno e isso também tá presente num outro autor que que influenciou profundamente o Jim Morrison que é o niet no modo como ele explora a ordem e o caos o apolínio e o dionisíaco inclusive o Jim Morrison recebeu esse apelido de Dionísio do Roque justamente por essa sua Associação exploração do Caos como uma força Ele se influenciou também pelo existencialismo de uma forma mais Ampla pelo camu por exemplo e ele ele era um ávido consumidor de literatura então ele Lia
muito tinha muitas referências o que incluía esse obscurantismo romântico mas também um simbolismo francês por exemplo que também tem essas raízes literárias românticas em oposição ao racionalismo ao naturalismo então o rambau o bodler e também as influências mais próximas da geração Beat o os bit poets que também celebravam uma criatividade espontânea inconformismo e é considerado meio que um embrião de influência pro movimento hip mas ao contrário de uma tendência que a gente pode encontrar bastante dentro do movimento hip em algumas linhas do Romantismo em the end e na poesia do Jim Morrison a realidade a
natureza humana e até o o princípio da transcendência não está ligado a uma figura idealizada de um tipo de natureza Maternal que promove segurança cuidado e conforto uma ideia de que se a gente se livrar das leis opressor da sociedade a gente vai encontrar uma essência humana bondosa pura caridosa um estado de solidariedade onde todos cooperarios um tipo de realidade utópica a defesa romântica do J Morrison por um estado de pura criatividade imaginação e liberdade de ser você mesmo não ignora uma realidade am moral Cruel da natureza mas ainda assim ele acha que é isso
que devemos buscar mas vamos entender melhor o que isso quer dizer explorando essa música O Morrison é responsável pela parte poética lírica das músicas do The Doors ele não tem tanto envolvimento com aspecto instrumental Geralmente os instrumentistas da banda promovem esse ambiente favorável para que o de Morrison entre nesse estado meio hipnótico durante por exemplo as sessões nas apresentações da banda Por exemplo essa música foi apresentada durante um período de tempo no qual qual ela foi crescendo se ampliando e se desenvolvendo Teve muita improvisação envolvida e o que começou como uma música de término de
namoro foi se transformando numa coisa muito maior justamente pela riqueza simbólica que aparece nas letras do Jim Morrison justamente por conta dessas influências dele tanto que ele afirma que essa música Pode ser sobre o que Você Quiser de um certo modo ela pode significar muitas coisas isso tem muito a ver com o que eu tava abordando ao falar sobre algumas coisas que trazem alma as músicas e no caso das Letras é essa riqueza imagética e permite muitas releituras muitas reinterpretações ela não se esgota na primeira vez que você ouve e mantendo aqui o fluxo das
citações William Blake novamente Ver um mundo em um grão de areia e um paraíso numa flor selvagem segure um infinito na palma da sua mão e a eternidade em uma hora nesse núcleo por exemplo do um relacionamento a gente pode entender também um tipo de estrutura e nesse fim nesse término o fim dessa estrutura ou a queda dessa organização é um contrato que nos mantém limitados nessa nossa forma de nos relacionar um com o outro e que que limita a nossa possibilidade de interação com outras pessoas mas também nos traz uma segurança um senso de
que a gente tem um lar para onde voltar e se a gente for ampliar isso para pensar na existência em si a gente pode enxergar em termos de opostos a ordem e o caos ou também a sociedade e a natureza e o fim é sobre a queda de uma ordem de uma estrutura civilizada e o retorno ao caos essencial Esse é o fim dos nossos planos elaborados de tudo que se ergue sem salvação ou surpresa isso também se trata da nossa própria experiência como um ser humano de desenvolvimento e de crescimento então para se renovar
e para continuar evoluindo a gente precisa passar por esses lutos de aceitação do fim de um eu atual uma forma de pensar sobre as coisas uma ideia de quem nós somos quando a gente amplia essas noções a gente precisa lidar com um tipo de Limbo um estado de caos entre essa estrutura e a recriação de uma nova estrutura Passei pela estrada do Oeste Possivelmente uma referência ao pôr do sol a um tipo de direção ligada a uma evolução espiritual e a uma transcendência cavalgue a serpente a serpente me faz pensar por exemplo no ourobolos que
é aquela imagem da cobra comendo a própria calda ou seja ligada também à ideia do espiral que é o inconsciente em si mas também o ciclo de morte e Renascimento o ciclo de crescimento o aceitar o fim é o se render ao fluxo e se permitir evoluir cavalgue a serpente até o antigo Lago e essa simbologia é paralela a do Ônibus Azul motorista aonde está nos levando por mais que essas ideias já tenham sido muito Teoricamente exploradas é algo com o qual o ser humano sempre precisa lidar parece que a gente nunca consegue estar completamente
em paz com essa realidade então é algo que sempre precisa ser dito de novas e novas formas com uma linguagem viva a gente sempre mantém certas contradições para pensar sobre as coisas para se proteger o ser humano ao mesmo tempo em que deseja a liberdade se ilude quanto à natureza da própria liberdade então quando Jan Morrison canta você pode imaginar o que será tão sem limites e livre parece algo tão bom mas você está desesperadamente precisando de alguma mão estranha numa Terra desesperada perdido numa selvageria Romana de dor talvez remetendo a própria queda do império
romano e do caos da histeria que se segue e é a ideia também de que um contato com o espiritual e com o transcendental é doloroso e entra em contato com o perigos há perigo nos arredores da cidade cenas estranhas dentro da de ouro isso até me remete aquela frase do Joseph cempel na caverna que você tem medo de entrar está o tesouro que você procura Talvez as crianças insanas esperando pela chuva de verão seja justamente essa expectativa de uma transcendência pura limpa uma vez o Jim Morrison disse que o estilo de vida hip é
um fenômeno de classe média e que não poderia existir em outra sociedade senão a nossa que tem tanta segurança tanto conforto e talvez ele esteja se referindo aqui Justamente a essa ilusão a essa ingenuidade da perspectiva hiip que talvez não se deem conta totalmente de que abraçar uma liberdade envolve abrir mão também da proteção paternalista da própria sociedade das leis do conforto da sua casa da sua família muito M se diz que certos eventos trágicos ali nos anos 60 tiveram um impacto pra quebra dessa visão eh romântica muito Idealista é também pensando na história da
arte essa ideia de que com o romantismo se segue a decadência o romantismo obscuro Então quando você solta a imaginação logo os aspectos mais obscuros dessa imaginação começam a aparecer a violência o terror como aquele evento dos Rolling Stones onde uma pessoa foi esfaqueada e que teve um clima completamente oposto ao de paz e amor de Woodstock então talvez por isso mesmo seja muito difícil paraa maioria das pessoas se manter Rebelde por muito tempo ou de se manter revoltado contra a sociedade por muito tempo Principalmente quando ela entra em contato com uma certa dureza da
realidade da vida mas o o ser humano tem uma capacidade boa de manter contradições internas no próprio pensamento então de qualquer forma na prática a gente tende a se colocar em defesa de algum tipo de ordem muitas vezes num âmbito moral então num idealismo humanista por exemplo de defesa de direitos de limitação do ser humano para nos proteger porque na visão do Jim Morrison Assim como na visão do niet na visão do SAD a natureza não é um lugar tão moral e puro Assim na verdade esse caos apresenta muita crueldade e se a gente for
ler sad por exemplo Marquis sad que escrevia obras eróticas E libertinas extremamente violentas e de revirar o estômago mas também filosóficas e de contestação a um idealismo presente nos da Revolução Francesa Por Exemplo foi ele que escreveu 120 dias de Sodoma leitura difícil essa e Justine que para mim foi uma experiência transformadora ler esse livro Principalmente eu como alguém que tem fortes tendências idealistas um apego muito grande ao meu senso de moral fui um pouco rígida comigo mesma ao longo da minha vida mas também com a forma como eu julgava os outros isso também me
deixou em muitos momentos ressentida com essa sensação de que o mundo é injusto as pessoas são Malvadas e eu me vi parodiada pela figura da Justine e não só eu muitos de nós são parodiados nessa obra do SAD que tem muito senso de humor também por Mais Cruel que ela seja nessa obra ele coloca essa natureza como um estado de sobrevivência do mais forte A Hierarquia e as prisões da Liberdade São são muito mais cruéis porque ela não tem uma estrutura social que protege o mais vulnerável é a lei da selva digamos assim e é
interessante porque o sad na linha argumentativa dele defende que esse é o melhor estado possível que não limita os nossos desejos e as nossas potencialidades e isso remete muito ao que o niet falava por mais que as filosofias deles tenham muitas diferenças a visão de moralidade do niet pode ser muito contraintuitiva pra gente porque ele remete a fraqueza humana o próprio desenvolvimento de um senso de moral e ele é contra a auto enganação um tipo de Contorcionismo mental que a gente faz para se enganar sobre a real motivação de agirmos como pessoas boas que na
verdade é pra gente se proteger por conta das nossas próprias fraquezas e não por uma superioridade Nossa é como essa citação do SAD de que a beneficência é sobretudo um vício do orgulho e não uma virtude da Alma meu Deus que heresia mas é muito forte a gente explorar essa como uma faceta da realidade e um incentivo para que a gente se olhe com mais honestidade mesmo que no fim a gente não Concorde com a ideia de que a moral deve sair da sua posição elevada num tipo de hierarquia de valor na existência então mesmo
que a gente Mantenha o nosso idealismo e o nosso senso de moral assim como eu mantenho nos permitir investigar mais a fundo quando é a fraqueza a Gerar essa nossa superioridade moral e essa nossa necessidade de se apegar a uma racionalidade que nos proteja da pot dos outros e quando a gente é informado pelo ressentimento para nos estagnar nos convencendo de que a gente tá fazendo isso por um tipo de virtude superior isso pode transformar a forma como a gente lida com a vida lida com o outro e com a gente mesmo então o niet
inverte a ordem e Ele defende o forte do ressentimento covarde dos fracos que através da lei da Ordem social da própria moralidade desenvolve um sistema que limita a ação daqueles que têm um enorme potencial criador através do que ele chamaria de força reativa limita a força ativa então por exemplo alguém que não consegue a riqueza usa a culpabilização como uma arma e volta isso para aquele que tem o potencial de atingir esse objetivo que ele mesmo não consegue e mesmo mesmo que a gente ainda assim atribui um valor elevado à moralidade É no mínimo válido
a gente se questionar sobre as nossas verdadeiras intenções quando a gente tá julgando o outro eu só tive a ganhar ao me permitir entrar em contato com essas filosofias terríveis cruéis mas que capturaram muito bem um aspecto inescapável da realidade da nossa própria Essência humana novamente em palavras do William Blake quem restringe o desejo o faz porque o seu é fraco o suficiente para ser restrito então nessas perspectivas o excesso é uma necessidade pra espiritualização e não o se restringir Mas você não precisa entender isso como uma Regra geral mas sim como uma etapa por
exemplo o fim como uma etapa um ponto da espiral que vai voltar a girar que vai retornar à ordem e depois ao caos e a ordem e ao caos uma leitura atual muito limpinha higienizada de algo como uma obra do Jim Morrison ou de um poeta romântico como o William Blake pode tender a ignorar Esse aspecto da amoralidade até da maldade da violência presente nessas obras e que na defesa da Imaginação e do ser você mesmo tudo isso está incluso não não é aceite você mesmo porque no fundo você é bonzinho é aceite você mesmo
apesar de no fundo você ser muito cruel mas como disse o marid sad para conhecer a virtude devemos estar primeiro familiarizados com o vício porque alguém que é Virtuoso por medo ou por fraqueza será maldoso na primeira oportunidade na primeira circunstância em que ele estiver ameaçado Essa é a parte mais poderosa Dessa letra O Assassino acordou antes do amanhecer e pôs suas botas ele pegou um rosto da antiga galeria o que para mim remete a um tipo de arquétipo um padrão presente na na própria existência do ser humano desde sempre e andou pelo corredor ele
entrou no quarto onde sua irmã vivia e então ele visitou o seu irmão e então ele andou pelo corredor e chegou até uma porta e Ele olhou dentro pai sim filho eu quero te matar Mãe eu quero isso o rendeu uma expulsão do local onde eles se apresentavam Principalmente ao entrar num trans com a repetição de uma palavra de baixo calão para se referir ao que ele sugere que se faça com a própria mãe e é claro que ele não está sendo literal aqui com o seu conselho mas sim remetendo ao mito de edpo e
ao Complexo de edipo matar o pai é matar a ordem a estrutura a civilização no caso do ser humano do indivíduo pode ser simplesmente matar um tipo de autoridade isso remete bastante ao que eu tava falando sobre no vídeo de Taxi Driver mas matar essa autoridade internalizada que nos define e que não nos permite criar a nossa própria identidade ou seja sermos nós mesmos como o Jim Morrison expressaria e se relacionar com a mãe é abraçar o caos a liberdade é o estado de natureza para mim o tipo de afirmação que mais reflete essa nossa
contradição de pensamento na nossa visão do que seria a liberdade é de querer a liberdade de estar Seguro ou a liberdade de não sofrer algo é algo que eu ouço no discurso social muitas vezes isso é um paradoxo até o Freud coloca a civilização como o irmão da liberdade para se obter segurança a segurança é a prisão na qual a gente se coloca para evitar a insegurança natural do estado de liberdade os perigos a lei da selva mas faz sentido essa confusão porque no fim das contas o que a gente percebe é que não existe
liberdade de verdade né a gente até tenta criar um sistema no qual a gente Maximize a liberdade sem que a gente viva num constante an estado de insegurança no qual a gente vai morrer em do segundos e nem adianta ser livre ou adianta aí depende da sua perspectiva e Depende se você é uma pessoa forte ou fraca na visão do niet porque uma pessoa forte não vai ter esse problema ela vai dominar entendendo que a civilização é o refúgio dos Fracos de nós fracos C entre nós que coloca o homem num estado de passividade de
reatividade niet diz que o ambiente no qual essa força ativa floresce o único ambiente onde ela floresce livremente é na arte e eu me identifico muito com a perspectiva e a forma como ela é expressa da Perry Smith Ela tava ali Nesse contexto de anos 60 70 e o livro dela Just Kids que é um livro autobiográfico dessa experiência dela nesse ambiente ali entre os artistas como o próprio Jim Morrison Jimmy Hendrix A Janice Joplin nesse ambiente boêmio e de riqueza individual ista e criativa dessas figuras do rock que também estavam imersas num caos da
própria vida mas a per Smith Ela tinha essa perspectiva muito interessante de conseguir separar isso de não misturar o fazer dela e o eu dela na arte do eu dela Como uma cidadã por assim dizer na vida dela então ela nunca se entregou com as pessoas ao redor dela inclusive Esse namorado dela o Robert Maple Thorn que era um artista também muito talentoso ela nunca se entregou a essa experiência de apostar com a própria vida para ter essa intensidade emocional imediata então do uso de drogas da sexualidade livre mas que também aprisiona né porque a
liberdade aprisiona e de um caminho autodestrutivo que a gente pode acabar romantizando por fazer essa ligação desse estilo de vida com o próprio fazer artístico com a figura individualista do artista como diz o Oscar Wilde a arte é a forma mais intensa de individualismo que o mundo conhece e essa mentalidade estava muito presente nesse período e isso também é um dos motivos que eu acho que gerou Essa era de ouro da expressão artística na música popular Mas essa não é uma Filosofia de vida sustentável a um nível amplo e a todas as áreas da nossa
vida pode sim fazer com que a gente tenha mais criatividade tem um contato mais intenso com essa com esse estado de criação mas uma chama como a do Jim Morrison se apagou muito rapidamente o que é muito triste porque a gente não conseguiu acompanhar um um amadurecimento da própria criação artística dele ao longo do resto da vida dele né e a Peris Smith Ela traz esse foco do profissionalismo na arte de você ver a arte como uma missão a sua expressão como uma missão e você ter responsabilidade com isso ela tem esse background mais de
classe trabalhadora por exemplo a mãe dela uma figura que ela admirava esse ímpeto de acordar e fazer as coisas essa resiliência de simplesmente fazer o que tem que ser feito que eu acho que é algo que um jovem mais individualista e também mais romântico mais Idealista mais sensível e criativo pode aprender a gente pode eu me incluo nisso a gente pode se inspirar nisso Se permitir olhar um pouco para fora para não acabar justificando e romantizando a nossa própria autodestruição movida não necessariamente pela força dos nossos valores idealistas mas sim por uma fraqueza uma incapacidade
de encarar as nossas próprias questões internas mas ninguém aqui é juiz do outro ninguém pode olhar para uma figura como de Morrison e definir que ele foi fraco ou que ele foi corajoso a única coisa que a gente pode concordar é que o ideal de uma vida autodestrutiva não é muito sustentável a um nível de sociedade de do coletivo a Peris Smith disse que como cidadã ela é uma humanista mas na arte ela é livre por isso que eu acho que esse senso de amoralidade e de aceitação da violência e da nuance do Caos é
perfeito como uma Filosofia de produção artística e até de interpretação artística então eu como cidadã tô entrando um pouco aqui na minha própria noção moral de como a gente deve levar a nossa vida mas para interpretar e avaliar uma obra como the end do The Doors não se trata de restringir a obra com essa minha força reativa de moralizar o que tá sendo dito de dizer não essa mensagem aqui tá errada o que eu tenho que avaliar é a força expressiva do que tá sendo dito o quão efetivamente aquilo tá sendo Expresso e se tem
uma verdade uma realidade ali independente dela ser boa ou ruim para mim é se desligar um pouco do Ego e isso eu acho que é uma coisa que também falta no nosso contato com a arte nos dias atuais tem muita moralização da arte seja por uma defesa moral os bons costumes ou uma defesa de um tipo de justiça social a gente tem que tomar cuidado com quanto a gente tá limitando o potencial criativo da nossa própria cultura e o nosso né então a Peris smi já falou sobre como não se deve admirar um artista como
Jim Morrison pelas condições trágicas da sua morte por exemplo ou seu estilo de vida autodestrutivo ou mesmo com Jimmy handrick Kurt colb a gente pode tentar entender o que levou a isso empa ar com a experiência emocional dessas figuras mas a admiração deve ser direcionada ao trabalho a arte e trabalho envolve comprometimento envolve o próprio princípio da ordem a ordem que nos permite esse contato menos destrutivo com o caos por assim dizer mas sempre há um perigo aquele que escala as montanhas mais altas R de todas as tragédias reais ou imaginárias eu acho que foi
a Camel Pag que disse que a vida não é uma tragédia é uma comédia viver assim pode tornar as coisas mais leves e para fechar com uma do marqu Sade felicidade é uma abstração é um produto da imaginação é um jeito de ser movido que depende inteiramente na nossa maneira de ver e de sentir então se você busca felicidade Organize a sua vida em torno desse princípio Não se perca nos labirintos da complexidade da sua propriamente na medida do possível The End