Oi Hoje é a Magna vai apresentar o caso Júlia Ann Júlia é na verdade é o caso de neurose né não se trata de um caso de Psicose e tal como a gente viu na semana passada e mais se trata de um sintoma anoréxico né E aí vocês de cara podem estar se perguntando Ah mas qual é a diferença de uma anorexia que acontece na Psicose de outra que acontece na neurose então diante mão né a diferença básica é que anorexia que acontece na Psicose pelo menos essa que a gente discutiu a partir do caso
Marina é uma anorexia aqui e nada né estabiliza o sujeito por mais que isso e traga prejuízos né aquela pessoa aí no caso quase a levou à morte né mas era algo que certa forma fazer a função ali de mandamento dos registros no caso da neurose que é o que a gente vai ver não é é uma no icce aqui é enorme é um sujeito permite uma estabilização pelo contrário é aquilo que 19 a um nó prévio se tomar todos os e todas numa boa tarde o caso hoje que eu vou trazer o caso de
Julho né Por se tratar de uma neurose ela se contrapõe ao caso de Marina então o certo e mal Fabiana certo e acho importante destacar essa diferenciação que ela não reconhecia neste caso cumprir como função então Júlia e nos nas primeiras sessões com psicanalista ela vai contando sua história referindo-se a tecido uma gordinha feliz né nos seus primeiros anos infantis ela não se preocupava com as dobrinhas dos seus quilinhos a mais ela era filha única era tida como a alegria dos pais e ela na chamada de o coração do ar pão mundo Júlia entra na
adolescência Então essa felicidade acabou porque ela começou uma restrição alimentar ela começou a contar rigorosamente as calorias fez dietas rigorosas é se obrigava a perder peso por parecer demasiadamente gorda e as imagens a incomodava então Júlia pele peso sucessivamente mas ela vive é né Foi com os seus pares por recomendação sugerem que ela vá aonde fica na lista então nas primeiras não perde entrevistas fica claro que a crise de Júlia se inicia Quando ela começa a namorar e o rapaz lhe propõe a fazer sexo E durante o tempo nesse namoro ela se nega mas finalmente
ela termina acedendo embora com algumas dificuldades e sempre vivendo angustiada por isso ela tinha dificuldade de ficar nua sem ter sido terrivelmente envergonhado a primeira vez que ela tentou tirar a roupa ela disse para você ficar na lista que cor ou vermelha de vergonha impedindo o namorado de de tirar essa roupa dela então ela Vista o psicanalista que faz sexo quase vestida e com as luzes apagadas Por que é a Falabella tortura-me com alguém me ver nua Não suporto tirar minha roupa diante dele as meias no assim não é ela ela sede ela faz mais
ao terminar ficam angústia a vergonha EA anorexia então Júlia não perde peso a ponto de correr risco ou como foi o caso de Marina mas a obrigação dela está contando as calorias e fazer a restituição precisando isso comprando aquilo são preocupantes um dia houve um encontro de Julia inesperado como psicanalista dentro de um supermercado Então esse encontro oferece uma uma virada que marcar a né Realmente o início da máquina de Júlia e não é sem importância esse encontro uma vez um supermercado que ela compra seus produtos da Aids né então a surpresa Oi me passa
por outros onde ela agora né as bochechas de vermelho ficando com vergonha é tenta baixar a cabeça mas existe ainda aquela saudação é do cada um dos dois três se entreolham se cumprimentam mas cada um prossegue com as suas compras então na entrevista próxima ela entra nazis né Na próxima entrevista e é lá e a olhar para o psicanalista ela cora fica vermelha Aí fica parecendo perturbado buscando isso percebe todos esses movimentos né então com um gesto o analista aponta para a Júlia O Divã não é convidando-a a deitar Então ela começa a falar do
seu avô dizendo que ele era um militante desaparecido durante a guerra militar na Argentina que ela chamava meu avô o vermelho né querendo insinuar para buscar na lista que o avô era acidente ficava né com comunista e ele é um pouco Ruivo aí ela ponta sorrindo para as bochechas dela Oi e aí ela fala sabemos pouco dele mas ele foi torturado e ela prossegue no divani Provavelmente em outras sessões seguidas falando da Tortura que foi sofrida pelo avô aí o psicanalista uma dessas numa dessas sessões aponta que ela também foi torturada pelo fato de ter
sido Vista lua pelo namorado então nisso se põe em massa O que é psicanálise chama de trabalho de da associação livre não é onde você vai falar um corrimento associando-o com outras coisas para se chegar são processos inconscientes que vão ali é esse manifestando então é a este da o início da análise de Julian que com o tempo o sintoma anoréxico termina fedendo embora a vergonha e ainda acompanha por algum algum tempo mas agora axia no caso de Júlia finaliza algo que constitui um problema no desencadeamento de sua experiência portanto esse caso é como é
dentro da neurose é uma anorexia sintoma que desencadeia não é uma galáxia Santana que em cadeia estruturalmente o sujeito para solucionar o problema como no caso de Marina então trata-se de indicar que a segunda anorexia né é distinta estruturalmente na primeira então anorexia Lá próximo ela parece com um problema sintomático né um sinal no final desencadeado na estrutura neurótica que no Caso de Julia foi a partir das primeiras relações na Live dessa sol quando ela deixava de funcionar como Aquela gordinha feliz né o salão ameaçam imaginária na época estabilizar a vá nessa estrutura dentro da
neurose ela era feliz galera querida nela nomeações imaginárias em que se busca nessa cadeia significante um encontro com outro significado para que possa representá-la é o Sepe mãe Lúcia no caso de Marina ela o significante que circulou foi ela para o filho de Poseidon né E no caso de Júlia a gordinha feliz e tem os casos de froid né que vocês vão ler esse já não leram que o homem dos Ratos o homem dos lobos Então se o nomeações imaginárias e permeia que marca o sujeito uma land né e essa essa linguagem lá perna que
faz impressão no corpo infantil então todos os sintomas compulsivos procuram nesse significantes de gozo um significante fálico tem um sustento então insignificantes falo com ela linguagem é a sala e dá esse poder de trazer um sentido uma significação então quando não é possível trazer significante da linguagem língua a zero Como foi o caso de Marina e vai além da linguagem então a Marina encontrou o seu Delírio metafórico e não deixa de ser uma linguagem metaforizada no seu São Toma né o seu santo nome que ele sustentou então encontrar um nome real nesse sentido pode ser
é encontrasse com o real da sua fantasia o cinema atravessar no Caso de Julia ou para se sustentar no caso de Marina né papo visto nesses dois casos que isso é de uma trouxe em que o ato analítico provocou uma mudança de sentido ao perguntar para ouvir e Marina o que só ela poderia dizer porque ninguém mais sabia assim como apontar o divã para a Júlia para deixá-la é segura tanto do lugar como do Olhar então o entendimento básico da diferenças entre os sintomas e estampa uma é que o sintoma comum formação do inconsciente ele
traz o compromisso oriundo de uma satisfação também consciente mas que foi recalcada pelo seu recalque ao criar o conflito entre prazer e desprazer com o nosso o caso de Julho enquanto isso é o são tão uma tem função de nomeação e traz um compromisso de sustentação como solução como foi visto no caso de Marina com a sua invenção metafórica né como filha de Poseidon como se fosse uma sereia lugar porque que a gente está fazendo essa diferenciação entre uma anorexia sintoma né da neurose e uma anorexia sintoma com th na Psicose é porque a o
manejo do tratamento não é o mesmo em 1 um e em outro tá então são condutas completamente diferentes a serem tomadas vocês viram no caso passado e quando se trata de uma anorexia que é moda né uma estrutura psicótica se você retira o sintoma anoréxico a pessoa pode passar ao ato falando em português né se você ainda menos sintoma medicando essa pessoa o aplicando uma técnica de de sensibilização né Essa pessoa fica livre dos sintomas Mas em compensação ela desencadeia estrutura isso pode fazer com que ela impulsivamente né o cometa uma violência contra si mesma
ou contra uma outra pessoa é isso aqui é passar ao lado passagem ao ato é uma ação impulsiva né o que você faz contra si mesmo é uma são violenta ou contra alguém seu entorno tá então isso é que é passar ao lado e foi que aconteceu no caso anterior né a jovem foi internada no Hospital Psiquiátrico e lá nesse Hospital Psiquiátrico ela então é foi medicada fez lá as técnicas de modelagem comportamentais voltou sem sintoma para casa e tentou suicídio é porque retiraram dela aquilo que não dava por mais prejudicial que fosse era algo
que não dava tá que causava o sintoma anoréxico na Marina era um Delírio Delírio que ela ia se solidificar e virar pedra se você imagina né ela tinha esse tipo de crença né delirante de que se ela se alimentasse cu os alimentos sólidos ela ia se tornar o alimento que ela tava ingerindo ela e se solidificar ela ia se petrificar não era uma técnica comportamental pode permitir a ela comer o comer né pode fazer mais mal a ela do que o próprio sintoma anoréxico e decorrência de milho Ah é Então a solução de compromisso que
era como Freud falava né Foi um arranjo entre ela e o analista de que ela iria comer dentro da banheira né vocês se lembram disso então ela tomava banhos de banheira durante horas porque ela acreditava que isso a impediria de se solidificar bom então isso era também um Delírio né mas aí é indica análise você não elimina o Delírio que Lírio segundo Freud fala lá no caso schereber né é que foi um dos casos clínicos de Freud tá sobre Psicose ele fala claramente o Delírio é já uma tentativa de cura né de reconstrução e de
restabelecimento então a gente se canales não se tenta eliminar o Delírio assim a Qualquer Custo EA qualquer preço porque eu entendimento não é que o Delírio seja é o sintoma é de uma doença né que precisa ser extirpado que é para ir para que a pessoa fique curada É não a pessoa não vai se curar nunca de uma Psicose porque esse é um fenômeno estrutural e é da estrutura da pessoa não se cura de uma Psicose não a transição de estruturas o que sicótico ele não passa a ser neurótico um neurótico também não passa ser
Psicótico antes que o atacante uma frase muito é e eu acho ela muito legal que ele falava assim não é louco quem quer mas sim quem pode e não o que que ele tá querendo dizer com isso que é loucura né é um fenômeno de estrutura e na é queimar por mais que o neurótico queira é enlouquecer item não vai conseguir né A não ser que Nelle lesioni o cérebro mas aí a gente tá falando de uma psicose orgânica Tá mas assim o hino o crescimento né Isso que é da ordem de uma estrutura psíquica
que se 19 a completamente né E aí surgem os surtos né psicóticos e o senhor acontece numa neurose né é a neurose é uma estrutura mais e mudada do que é a Psicose então é o analista no caso Marina usou o próprio saber da Marina para construir uma solução de compromisso hora então você coma alimentos sólidos tomando banho de banheira bom né então a solução foi essa quer dizer usar do próprio Delírio dela para curá-la Ou pelo menos do sintoma anoréxico né E porque do Delírio ela não vai se curar nunca gente a verdade é
essa é um fenômeno de estrutura né então assim em alguns momentos vai estar mais intensos e outros menos e tal mas o Berilo ele vai estar ali com pano de fundo tem muito como né ser eliminado e né até porque a Psicose é uma outra estrutura enfim é a Psicose como estrutura não é uma doença ela é um modo de ser bom e como modo de ser ela é tão vale né o modo de ser tão válido quanto a neurose né Não dá para gente tentar consertar o chicote para que ele se torna um neurótico
e funcione segundo a norma fálica do nome do pai do senão a gente vai estar funcionando a favor dos dispositivos de normatização né Ah e não é disso que se trata em psicanálise tá aí fica análises e você vai respeitar essa estrutura psicótica e fazer com que o indivíduo encontre uma solução de compromisso que permite a ele mais viver do que morrer né que foi que aconteceu no caso da no caso Marina mas ela não tá curada né eles até porque essa cura no sentido biomédico não existe nesse Campo tá então é um trabalho aí
continua né no a no a cura no sentido de voltar ao estado anterior de normalidade que foi perdido com o advento da doença até porque esse estado de normalidade anterior nunca existiu e você o fenômeno de estrutura da estrutura subjetiva do sujeito né aí vocês falam mas a Psicose então é o que hora para a psicanálise é a fusão Inicial entre mãe-bebê EA não separação né E todos os fenômenos invasivos decorrentes disso Os Delírios né o outro militar Segue o outro que a mistura estuprar o outro que é me prejudicar o outro quer me trair
né ou as alucinações são as vozes que são as imagens né são as Sensações corporais estranhos ruídos que ela escutava né no caso da [Música] quando ela teve a primeira menstruação então reparem no caso da Marina ela teve a primeira menstruação e isso fez com que algo ali se desencadeasse uma estrutura ela começou a ouvir ruídos ela e lá né enfim assim fique algo no próprio corpo ele estava fora do lugar tá isso para gente já comentou na aula passada invasão do real no Imaginário né o Imaginário que apreensão corporal é sempre falho mas no
caso da Psicose é muito falho né então começou a ouvir ruídos eu curioso aqui nesse caso da Júlia o desencadeamento aí da estrutura também se deu quando ela passou a ter relação sexual né então o sexual e geralmente é um gatilho para o desencadeamento da estrutura do sujeito né seja na Psicose ou seja na neurose tá E porque é o que vocês percebam o que que é a infância né psicanaliticamente falando a infância em psicanálise é um período né uma fase na qual você só pode gozar do seu próprio corpo Ah tá é a criança
não está autorizada a gozar do corpo do outro e a criança ela tá autorizada gozar só do plástico o que que é adolescência a adolescência é o período no qual se é autorizada a gozar do corpo do outro né Fazer o que são as festas de 15 anos na nossa Cultura é senão um rito simbólico de passagem é que é institui uma certa autorização aquela pessoa de gozar do corpo de outra pessoa ou seja é a passagem da infância para a adolescência então assim porque que não tem né aí vocês podem perguntar porque que não
tem tanta Psicose infantil assim né a Psicose infantil ainda é Rara Geralmente as psicoses se desencadeiam mais no início da adolescência no final da adolescência e início da idade adulta Entre 16 e 25 anos mais ou menos justamente É raro que se coze na infância porque é na infância você não gosta de um outro corpo o problema surge para Júlia e quando ela precisa encarar esse olhar do outro sobre o corpo dela e o programa para ela não é nem tanto a relação sexual né é o problema para ela é o despir-se na frente do
outro é tirar a roupa né É É que o outro vai me ver né Ou seja é um olhar ela ela tá aí diante de hoje já da pulsão né o olhar é um objeto da pulsão e pelo menos em psicanálise não é muito presente nas psicoses né você já se olhar do outro que me invade né então é o olhar leva o paranoico é aquele que se sente olhado tempo inteiro por exemplo né então é é isso que é invasivo Lu e no caso da Júlia por se tratar de uma neurose não era uma
invasão desse nível assim né que que ocorre na paranoia por exemplo mas a grande A grande questão aí era Amil ver pelo menos um encontro com esse olhar do outro né o olhar do namorado que era esse olhar que a devastava ou melhor dizendo que a torturava né como ela dizia me tortura tirar a roupa na frente dele e ela é sabendo disso O que que fazia né qual era a solução de compromisso que ela inventava é pelo sábio de luz apagada então assim foi o modo como ela inventou foi o modo que ela inventou
de Essa é a pagar também esse olhar do outro sobre ela né mas aí o analista vai atuar justamente no desvio de se olhar né ele vai ele vai desviar esse olhar dela né A partir do momento em que sugere que ela se deite no divã com a todo o olhar né que recairia aí sobre ela e e do qual ela precisava se separar né a gente precisa se separar de seu objeto da pulsão né porque senão Ninguém Vive Psicótico é um exemplo disso ele não vive Porque Ele Vive constantemente devassado pelo olhar do outro
né que o invadir então paranoico ele passa em frente a um bar olham para ele ele acha que tá olhando para ele por algum motivo que geralmente é desagradável e vai lá tomar satisfação o Ou seja é o indivíduo que não têm muito mais dificuldade de fazer lá social porque ele se sente o tempo inteiro atravessado por olhares né das outras pessoas é justamente esse olhar do outro né que é necessário se separar né é necessário se separar E por que que talvez a Júlia é não se separar se tivesse tanta dificuldade se separar de
se olhar do outro hora na infância ela era gordinha feliz né e na infância era o coração do Lar Ou seja todos os olhares e caíram sobre ela né filha única gordinha feliz coração do Lar Ou seja é ela era um objeto o Scoop com ele né Que atraiu o olhar de todos e aquela casa né e é justamente desse desse olhar que ela precisa se separar né para de vir aí como um sujeito desejante a um ponto de virada aí eu encontro contingente com o analista nos supermercados né E aí o shehtman que é
o autor do texto ele vai até. A Isso não foi um lugar qualquer né Poderia ter sido na praça né Poderia ter sido na praia mas foi no supermercado ou é justamente o lugar onde o sintoma dela residia né o sintoma anoréxico morava nos supermercados era lá que ela ia comprar as comidas e dietéticas é velho fazer essa contagem de calorias e tal e aí cada um Messi comprimento e vai para um lado que é como se faz na psicanálise mesmo ninguem da dois beijinhos ninguém né não é algo que se faça na sessão seguinte
então na sessão seguinte é eu acho eu achei bem interessante uma mesmo que o analista teve porque ele percebe então que o olhar dele imagina Em ambos frente a frente né Lembrando que a gente fica análise é um momento inicial no qual a gente faz um revistas preliminares né ou seja a pessoa fica Face a Face né Em algum momento Ela deita né o momento de entrada em análise ao se deitar no divã e como é que foi feito né esse manejo o analista percebeu que olhar dele incomodava sobremaneira né e resolveu sair de cena
então é um analista que sai de cena ou seja ele na transferência Muito provavelmente né é identificado já né a esse olhar a o procurador né do outro sobre ela sai de cena E aí ele convida você não quer se deitar no divã então não a interpretação aí no a pontuação Não há nada e se chama ato analítico né é o momento no qual ele por um ato né um convite você não quer se deitar no divã tenta é agir sobre o sintoma é dela que no caso sintoma que eu tô falando não anoex mais
essa né se sentir torturado pelo olhar do outro né ele então sai de cena né e ah e tem gente que acha assim uma besteira Edivan e etc mas a gente faz toda a diferença seu analista aparece ou não na cena né para o paciente no caso para ela o analista aparecer era uma tortura EA forma de anular isso foi fazer ela deitar né então ele convidou a ela a se deitar no divã ela Então aceita esse convite Isso é que é interessante que ela poderia também ter recusado né Mas ela aceita o convite e
começa então a associar livremente aí por fim né é isso aqui é mais interessante a partir do momento no qual ela deita via Associação livre tá Ela traz então a figura desse avô e na é um avô que era com qual ela acidente ficava né Isso é que é importante as identificação ao avô que ela mal conheceu então quando eu digo que o sujeito em psicanálise ele é e ele existe antes de nascer e persiste depois de morrer eu tô querendo dizer isso é esse avô ela não conheceu contudo é ela o conhecia muito bem
pelo discurso dos outros né provavelmente dos Pais né E então esse avô era alguém muito presente na vida dela apesar de já morto né então isso aqui é o sujeito né o sujeito enfim como símbolo né Ele é pixity depois da morte né a gente não continua ouvindo [Música] os cantores que já morreram em Renato Russo Cazuza volta e meia escuta né Tributo à Legião Urbana ela morreu há mais de 20 anos né e a gente continua enfim isso aqui é o sujeito é tão no caso da Júlia o avô com qual ela se dente
ficava é era um desaparecido político na Argentina e aí a Argentina teve um período do bem Hardcore assim né aqui no Brasil foi de 69 né 68 final de 68 início de 69 até 70 e poucos assim até um 74 mais ou menos 75 foi período Hardcore da ditadura na Argentina foi mais tarde na Argentina foi nos anos 80 né mas o nosso convite dela e tal e General vi dela aqui já não o do Eric na pinochet mochila enfim e e o avô então era um dos desaparecidos políticos por ser comunista né ou vermelho
o temos que a original é Colorado né eu achei interessante assim esse termo né porque a gente não fala Chapolin em vermelho a gente fala Chapolin Colorado né a gente não traduz né o Colorado assim no caso do Chapolin Às vezes a gente nem se dá conta de ficar falando vermelho né a não ser assim tem próximo internacional aí sai é o Colorado né porque uniforme é vermelho mas o avô dela era é um desaparecido político não é um comunista né é vermelho né E aí eu quero e o traço identificatório que traz identificatório conhecir
o esse avô era justamente o a fazer Se Curar né o enrubescimento ou seja as bochechas vermelhas você pode girar uma cadeira de rodas assim e fazer o efeito do divânia não precisa necessariamente ou se colocar atrás de uma cama de uma pessoa acamada Existem várias formas de você simular o efeito de van tá então assim não tem nada a ver com acessibilidade ou não isso que eu tô falando muito pelo contrário tem a ver com a tentativa de neutralização desses objetos olhar e a e para algumas pessoas é muito invasivo assim algumas pessoas não
dá como no caso da Júlia tá e eu acho que era isso né Magna o que mais aí que dá para a gente comentar Oi Rogério o próximo interessante é que esse psicanalista ele quebrou uma uma tradição porque algum existe alguns prefeitos dentro da psicanálise né que o psicanalista coloca o analisante no divã quando ele já tem um bom percurso de análise e eu sempre questionei isso né mas são questionamentos que não foram correspondidos é o porque disso porque era bom deixar o analisante é escolher as já que ali ele é um sujeito quando ele
vai análise ele é um sujeito o objeto é igual analista e esses cá na lista ele não foi com esse a estação alismo não é ele simplesmente todos os dias ou pouco tempo vamos dizer assim é apontou para essa ela sentar no divã diziam se vc olhar então ele Houve essa preocupação ele ele vamos dizer assim que ele quebrou até um preconceito vamos dizer assim né E é porque na verdade é não há um momento assim é padrão a partir do qual a pessoa vai se deitar ou não né então assim você vai se deitar
quando quando sonha com analista quando não não não tenho não tem um padrão que vale a para todos né porque cada pessoa tem um momento único ali na transferência né o vínculo estabelecido com o analista que vai é fazer com que ela acidente ou não né o momento o momento no qual se deita quando você começa a falar de si para o outro é quando você se implica na queixa que você traz né é quando certa forma você se coloca como sujeito no mundo e não como uma vítima né E é porque vou claro todo
mundo tende a fazer isso no início se queixar do mundo a culpa de todos os meus males é do mundo a culpa de todos os meus males são dos outros então é o meu vizinho os meus pais né É São sei lá quem meus professores da lá da Primeira Infância Os meus né os meus tios meus Enfim então a gente tende a ficar nessa queixa arara não enfeitiça isso né agora quando o sujeito começa a se perguntar assim mas também por que que eu eu não fiz nada com isso que fizeram de mim né ou
seja por que que eu me deixei um [Música] e me transformar num objeto de gozo do outro e etc etc etc então é o sujeito que já se coloca ali com o certo que de implicação nisso do que ele se queixa e não ou seja ele sai de uma posição passiva de vítima ele vai para uma posição ativa Olha eu não sou só vítima do outro né Qual é a minha implicação nisso do que eu me queixo e quando se faz esse tipo de transição assim é geralmente se entra em análise o que geralmente isso
abre é o bru inconsciente assim né E aí você vai ter de certa forma acesso aquilo que de certa forma tava lá recalcado e você não queria saber de nada disso né bom E como que se acesso inconsciente hora vocês sabem o inconsciente só é acessado via Associação livre não tem outro jeito a outra coisa que você trouxe nesse instante sobre as marcas né que permeiam nesses pano de ali sobre esse avô uma vez que já existiu umas que ele permanece existindo através da linguagem né É só uma vendo para entender o sentido do que
significa significantes Então esse Senhorzinho vermelho que já que já existiu e que ainda existe né porque está palavreado se chama sujeito do significante o sujeito do significante não é uma pessoa né é um polo de atributos que foi dado para esse sujeito se significados ou braços os jogos indies em nós né pelo grande outro na perna né somos constituídos pela linguagem então o sujeito é esse conjunto de representações que quando encontra uma roupa né o significante se encontra e termina representando aquele Sujeito como foi o caso de Júlia que encontrou-se no desvanco o vermelho das
bochechas com vermelho desse avô que era subversivo é isso e a outra coisa que ele era a costura né sim justamente Rogério bom bom falar né sobre isso porque o vermelho das bochechas dela emitir a tortura o vermelho do avô comunista também remetia a tortura é bem falado E aí a Jéssica para algumas pessoas a relação sexual É uma tortura né e é isso oi e isso é bacana assim da gente pensar porque fica análise do Lacan tem uma frase muito [Música] disseminada que você já devem ter ouvido falar ele diz que a relação sexual
não existe né E aí eu já até brinquei com vocês assim aí então Ah poxa Lacan nunca viu o filme pornô Não não é isso gente na verdade o que que significa não existe relação sexual Esse é o lá que tava querendo dizer que não existe fórmula que Garanta um bom encontro entre duas pessoas então não existe fórmula que vá dá garantias de que é você vai encontrar sexualmente uma outra pessoa que te satisfaça né plenamente você já não há complementaridade né E todos nós temos que nos a ver com isso porque o que o
instinto sexual na espécie humana ele foi desnaturalizado bom Então na verdade é a gente tem que Reinventar o sexo a cada relação né a gente inventa o que é da Ordem do sexual e e o sexo como invenção Só existe na espécie humana e não existe em nenhuma outra espécie animal e tal né então é e quer dizer a a Júlia estava ali tentando inventar né um encontro sexual para ser que fosse minimamente satisfatório é é mas para isso é necessário se desvencilhar de significante tortura né quer dizer se para ela era uma tortura [Música]
estar lá diante do meu parceiro e ou da parceira se ela escolhesse uma parceira pouco importa é diz nua das isso era da Ordem da Tortura hora é porque havia algo aí né que que que dizia de fato é a desaparecer né [Música] E aí foi foi trabalhado é isso que eu falava aqui no início da aula enquanto na enquanto anorexia na Psicose é moda e não é algo que ver para se tirar assim dizer essa anorexia aqui a tentativa era de eliminá-la né subir com ela porque era algo que aqui no caso só atrapalhava
a pessoa né era um sintoma no sentido de algo que atrapalha né que desencadeia aqui e traz angústia aqui né e que e que leva o mal encontro com outro né a inclusive no sentido sexual né então a gente tá falando aí de algo que de fato é eu merecia ser eliminado agora é claro que isso leva tempo né e EA dissolução desse sintoma né pelo que o autor fala foi feita é a partir do que a própria paciente trazendo que a própria Júlia trazia na identificação com esse avô também foi torturado que né então
é havia aí todo enfim 11 em uma dimensão né que tava recalcada que ela diz conhecia né É aquele certa forma determinava o sintoma né E que ao tomar contato Neco associativamente né o esses conteúdos aí que emergiam é o sintoma foi se dissolvendo enfim paulatinamente né e não de uma hora para outra como foi feito naquele caso anterior né até porque também nesse caso aqui no a Júlia não tinha uma anorexia que colocava em vida e colocava em risco a vida dela tal como a Marina né que chegou a pesar 26kg Então são São
Carlos completamente diferentes para casos completamente diferentes manejos também completamente diferentes né