História da Educação no Brasil - Aula 1 - Introdução à disciplina

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História da Educação no Brasil - Aula 1 - Introdução à disciplina e diferentes concepções sobre Hist...
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Olá como vão eu sou a professora Paula Perim Vicentine da faculdade de educação da USP e estou aqui com as professoras de Cácia Galego e vívia Batista da Silva também da feusp e vamos começar a disciplina de História da Educação eh nesse primeiro encontro com vocês primeiramente eu gostaria Nós gostaríamos de dizer que estamos muito felizes de poder contribuir paraa formação de vocês eh e poder partilhar eh questões relativas à historiografia da educação brasileira eh favorecendo uma percepção mais arguta eh do presente a partir de uma reflexão do passado n né Eh nesse primeiro encontro
Nós gostaríamos de eh dar uma caracterização Geral de diferentes concepções que existem sobre o conhecimento histórico para vocês terem uma compreensão da maneira pela qual a gente organizou as aulas eh então inicialmente a professora Vivi vai vai falar de diferentes concepções que estão em vigor eh na historiografia de modo geral em seguida a a professora Rita vai falar como essas diferentes concepções elas eh repercutem na produção eh da historiografia da educação brasileira para que aí vocês possam ter uma melhor compreensão da maneira pela qual nós organizamos as aulas e propusemos as atividades que realizadas no
decorrer da disciplina então agora a Vivian vai falar para vocês Olá a todos então como a professora Paula já anunciou vale a pena pensar na direção na Perspectiva que a disciplina assume eh ao tratar de história da educação vale a pena assinalar aqui que a história ela pode ser escrita de diversas formas e que houve aqui no curso uma escolha que precisa ficar Clara quando nós estudamos história na escola com os tradicionais livros didáticos nós já entramos em contato com o modo de escrita da história o modo que nos pareceu o modo correto o único
modo muitas vezes de se escrever a história entretanto esse pode ser classificado Como o modo mais tradicional ou seja vocês devem devem se lembrar que quando estudamos história estudamos as grandes datas os grandes heróis e que a história ela aparecia como Aquela disciplina que descreveria os fatos tal como eles aconteceram né de uma maneira objetiva o que nós percebemos também é que essa história é muito contada por uma certa ordem cronológica de fatos e de coisas essa é a história mais comum é a história que nós eh com a qual muitos de Nós entramos em
contato desde criança entretanto esse tipo de história foi criticado já desde o final da década de 20 e é aqui que nós precisamos assinalar um outro movimento que é o movimento da chamada escola dos anales a escola dos anales de uma maneira geral ela se caracteriza por uma Oposição a esse modo tradicional de se escrever a história a a escola dos análises tem algumas linhas Gerais que nos interessa particularmente a ao invés de uma ênfase tão grande nos grandes heróis nas grandes datas a escola dos análises chama atenção para questões mais ligadas ao cotidiano e
a personagens até então pouco conhecidas como é o caso das crianças como é o caso das mulheres como é o caso dos loucos talvez até dos professores que que numa visão tradicional de história não apareciam né a escola dos análises mostra como a história não pode ser contada eh de uma maneira neutra e objetiva há determinadas opções e e abordagens que se tornam mais dinâmicas tanto que a a história ela se articula a outras disciplinas como é o caso da psicologia da sociologia de modo a encontrar explicações como a Paula falou explicações mais arutas acerca
da história e também a própria noção de tempo ela é questionada aquela antiga e tradicional noção de tempo que coloca os fatos um atrás do outro numa visão evolucionista e Que nós conhecemos bem na escola essa visão ela é criticada e vem à tona outros modos de se perceber os acontecimentos que não necessariamente partem do do primitivo pro mais aperfeiçoado essas linhas gerais da escola dos análises é claro que a escola dos análises é é uma escola complexa e que até hoje existe que dentro de eh desse movimento encontramos outras perspectivas mas de uma forma
geral eh nesse sentido que a escola nos anális nos inspira e nos inspira especialmente para falar das questões de história da da educação como a professora Rita vai poder explicar para vocês de uma maneira mais detalhada então agora nós vamos pensar né como que essas perspectivas presentes na história na produção da história né geral elas estiveram presentes na produção da história da educação então na produção historiográfica a gente nota também a história que a gente pode considerar de grandes períodos históricos então na história da educação houve da mesma maneira né dos grandes heróis dos grandes
Marcos dos fatos históricos da mesma maneira na história da educação se produzia a história a partir das leis do que a gente pode dizer de uma história mais oficial com o que a gente pode dizer também de grandes personagens né então autores né que foram eh considerados Marcos d e Anísio Teixeira lenç filho Montessori né então e Paulo Freire então grandes tidos como grandes personagens são diferentes lá do Tiradentes na nossa história geral na história da educação também se estudavam eh pessoas né que se entendia que eram eh Marcos aí pra gente compreender os movimentos
educacionais da mesma maneira né muito comum a história da educação no império a história da educação na colônia né né com Marcos políticos eh dessa maneira a gente tem assim marcas né como se fôssemos e pegar a legislação e ter um retrato da da realidade esses grandes personagens considerados aí como se fossem eh indicar o que que era educação naquele período histórico entretanto quando a gente tem né A influência da escola dos análises a gente pode demarcar aí Eh mais ou menos 1990 como uma chegada né uma produção na história internacional da educação como também
aqui no Brasil a gente começa né as perguntas que foram feitas foram onde estavam Onde estão os professores os alunos e as próprias escolas na história da educação que até então se falava em história da educação entretanto esses atores eles não apareciam então a gente pode considerar que essas abordagens né também na história cultural que estudaram como a professora Vivian disse as mulheres os loucos né no caso Educacional a gente tem novas fontes sendo utilizadas a Fora as fontes tidas como oficiais a legislação mas também escritos de professores escritos de alunos imagens de escola eh
entrevistas com professores assim como um estudo que a gente pode chamar de da cultura escolar com objetos mais presentes do cotidiano como estudo sobre o tempo escolar sobre o espaço é sobre uma determinada instituição então na produção da história a gente começa a perceber também que o cotidiano né passa a ser estudado então a gente sai de uma história com aquelas grandes estatísticas com uma visão geral né a educação num determinado local né educação no Brasil que é bastante difícil de precisar né então falar da Educação do Brasil no século XIX é algo bastante amplo
para uma história que vai estudar a educação no século XIX nos anos 1850 1890 a partir de um objeto específico como o estudo do tempo escolar como o estudo de um manual de ensino né então Eh é importante a gente pensar que essa é uma perspectiva né Eh e que na verdade são formas de entender história e de produzir Então a gente tem por exemplo né Para onde que a gente acha essas Fontes né a gente tem um do Estado por exemplo que reúne né então o historiador da educação ele encontra Fontes escritas dos de
séculos né passados Então a gente tem um acesso restrito né são fontes que são encontradas em latas por exemplo né com eh relatórios escritos por inspetores no já no século XIX no século XX né então a gente tem um acesso né um trabalho com fontes que a gente chama Fontes primárias né que a gente até Você estuda a legislação entretanto no entrecruzamentos com né entrecruzamento com fontes eh escritas e e que retratam mais o que a gente chama aí do cotidiano escolar então eh eh né pra gente compreender como que essa história mais geral né
E essa história né ela elas acontecem aí uma produção que são Marcos aí distintos né na na forma de produzir e entender a história né no nosso caso aqui né a gente pode tomar como exemplo a nossa produção na no âmbito do mestrado e doutorado né a professora Vivian estudou os manuais pedagógicos né então são manuais eh escritos por professores professora Paula teve como fonte nuclear também imprensa grande imprensa né os jornais a imprensa periódica e eu também né estudei relatórios de professores escritos no século XIX estudei revistas de ensino então todas essas Fontes né
livros de escritos para as crianças cartilhas todo esse material do cotidiano ele passa a fazer parte do objeto de interesse dos historiadores da educação né então é importante eh ter em vista essa perspectiva na produção da história para compreender né De que maneira eh isso vai estar presente aqui nas nossas aulas como a professora Paula falou inicialmente obrigada Rita eh bom tendo em vista as considerações feitas pela vivia e pela Rita é importante explicitar para vocês que nós organizamos as aulas tendo em vista essas transformações que o a produção do conhecimento histórico eh passou e
o conteúdo das aulas vai buscar eh situá-los tanto do ponto de vista político quanto estrutural do sistema educacional brasileiro eh mas também vai se voltar para temáticas específicas eh tentando considerar a os principais atores do sistema educativo que são os alunos e os professores e pensando eh a atuação tanto dos alunos quanto dos professores a sua inserção na na escola H considerando questões relativa a raça a gênero a diversidade cultural para que a gente possa ter uma visão vamos dizer mais miúda mais detalhada do que que foi a escola em diferentes tempos e lugares né
então Eh as aulas elas vão eh ter essa essa característica né de ao mesmo tempo D referências de caráter mais eh geral que se que teria uma rela ação aí com uma com a história política com uma dimensão eh mais Ampla também ter um olhar para o pequeno pro miúdo Eh Ou até para eh para o que o certon chamava do homem ordinário Homem Comum né no no nosso caso nós vamos tentar ter um olhar aí pros professores aí nas suas diferentes dimensões de atuação e também pros alunos né ã Por fim eu acho que
eh Nós gostaríamos de desejar a a vocês uma boa sorte na realização das atividades que serão propostas no decorrer da disciplina eh Esperamos que vocês possam eh rever aí a experiências a experiência que vocês tiveram eh como alunos eh e em alguns casos professores e também repensem um pouco as experiências de escolarização eh de seus pais avós e acabem construindo uma outra percepção da escola que nós temos hoje a partir de novos elementos sobre o que foi a escola no passado por fim nós gostaríamos de agradecer a atenção de de vocês e até o próximo
encontro obrigada até a próxima aula Obrigada um bom curso a todos nós C di
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