ó viver sem o seu passado andar no escuro nossas memórias são datas um livro são histórias filhos tinha janeiro e fúria a gente está ali a gente mata mais que botar a gente mata mais que a bolívia de mata mais do que muito país em guerra é de mata mata que irá ficar só lhe dizer a década de 90 em termos de história brasileira proporcional à nossa população portanto é a década mais violenta da nossa história foram assassinadas 516 mil pessoas se nós contaram os últimos 20 anos 80 a 2000 foram assassinadas no brasil um
milhão e duzentas mil pessoas a marca está em guerra há muito tempo só que a gente não quer enxergar essa guerra a gente não quer olhar para ela o povo brasileiro é muito violento estatisticamente inclusive está comprovado que é uma das sociedades mais violentas do mundo infelizmente ele usa essa indignação e essa violência contra o lado errado ele usa contra o vizinho usa no bar ele usa no trânsito eu não sei dizer a si essa etiqueta foi criada pra para esconder essas lutas ou se ela corresponde a uma determinada construção que foi feita da nossa
história e sobretudo no século 19 quando a historiografia propriamente dita ela surge ainda no contexto do império brasileiro do recém-fundado estado nacional brasileiro então é importante falar legitimação das elites falar de um país pacífico onde os escravos são tranqüilos não é numa guerra civil como houve nos estados unidos naquela ocasião sabe que eu acho que a gente é tão covarde então talvez a gente seja suficientemente covarde pra também não declarar essa guerra que aí acaba sendo uma guerra subterrânea isso acho que uma mitologia todos os povos sejam bons pacíficos eram só aqueles que afirmam quer
só agressivos né não sei se eu não não qualificaria fazer como passivo pacífico a esses momentos pode ser até passivo e pacífico e outros não ah eu sei é socialmente não é nada pacífico é é eu acho que é pacífico eu acho que o brasileiro ele tem uma ainda de saber o limite das coisas que ele faz an a isso não quer dizer que o povo brasileiro é o povo neutro nas coisas não ou seja o brasileiro em vários momentos você tem na história do brasil várias revoltas em vários estados em um momento histórico que
foram as sagradas você tem canudos que o exemplo possivelmente mais conhecido do povo brasileiro depois você tem 1964 solta solta no brasil todo conflito interno balaiada cabanagem sabe nada a guerra dos farrapos é sempre tratada como uma revolta regencial rebelião interna e nunca como guerra civil quando na verdade todas elas são guerras civis grandes conflitos que resultaram em números enormes de morte nós temos imprecisão que alguns dados mas é possível que a guerra do contestado 1912 16 talvez tenha significado 20 mil pessoas à violência utilizada por exemplo no domínio do quilombo dos palmares por inclusive
bandeirantes de são paulo a violência de bombardeio de população civil ou a violência cotidiana raramente aparece nos livros didáticos porque nós preferimos cultivar uma imagem que têm várias origens várias origens históricas inclusive de povo cordial eu fiquei muito desconfiado dessa idéia essa cordialidade brasileira nós não gostamos de ressaltar a violência e às vezes uma violência que esconde coisas muito curiosas como floriano peixoto mandar matar tantos revoltosos na capital de santa catarina ea cidade hoje em sua homenagem chamar-se florianópolis é serem como impensável para israel chamar sua capital de hitler própolis mas não parece contraditório batizar
o nome de um violento ditador posto que estava ilegal no cargo já que a constituição de 1891 não permitirá que ele ficasse e homenageá lo com o nome de capital nós tendemos a melhorar esta memória que mais do que a prática da violência na nossa linguagem e atenuação da violência na linguagem o eça de queirós e que o português que ele o brasileiro falou falar um português com açúcar nós negociamos a todo o tempo cheguei 15 minutos atrasados não vai deixar entrar você não entregou o relator só mais um minutinho esse diminutivo lembrado inclusive no
raízes do brasil lembrado pelo richard morse é uma característica de reduzir o impacto da linguagem é sempre a tendência a amenizar usar formas subjuntivo se os há formas não diretas criando expressões que são essencialmente brasileiras e causa muito espanto estrangeiros ao estilo você vai passar na minha em casa eu vou ver se dá essa expressão que nada diz não afirma não compromete ela é absolutamente brasileira nós gostamos da mente achar que todo mundo nós brasileiros somos amados pelos quem é que não gosta chamado pelos outros duas frases que foram fundamentais porque eu acho que atrasaram
o brasil está ligado a isso a primeira frase seguinte o brasil país do futuro se você acredita nisso se é assim por que eu vou me incomodar por um prazer pois o futuro eu vou ficar aqui eu vou ficar aqui parado até se atribuem o ex presidente do brasil não sei se é verdade mas se não se numa velha pena provar que é o seguinte que os presentes é o seguinte até 25 os problemas do brasil os insolúveis e os que se resolve sozinho porque eu vou me incomodar ea segunda desgraça que aconteceu em termos
de frase foi dita brasileiro com os modelos disseram só brasileiro como nasceu em belém do pará nós sabemos que jesus nasceu em belém então provavelmente belém do pará ela nasce da mesma representação de que somos uma terra particularmente abençoado a forma como se desenvolveu a forma comum é o brasil se colocou no mundo a forma convencional para si próprio engraçado né no entanto que a pessoa sempre olhou como um coitadinho mas eu tenho confesso de coitadinho que é o que vem de fora é melhor nem falar melhor opção coitado no segmento de fora é sempre
melhor mas ao mesmo tempo tem aquela coisa do berço esplêndido então sempre vai ficando uma boa linguagem também não somos o berço esplêndido evidentemente não é só ver as situações da cidade mas também gente vai aprendendo a lidar com essas questões que o brasil vai o brasil vai no ritmo porque é o que a ideologia tecnologia visão é invertida de com as coisas só se passa em geral não é bom e ele mesmo avisou invertido as pessoas querem ter uma imagem que seja aceitável né essa é a maneira como nós produzimos uma ideia de que
não somos de fato a melhor coisa do mundo mas esse país é especial essa ambigüidade a dupla um pouco esquizofrênica que marca o discurso brasileiro ao mesmo tempo que somos cronicamente em viáveis somos deliciosamente felizes a nossa inviabilidade crônica estágio que revisita a história do brasil é sempre necessário para que não se crie essas essas distorções né em termos de como se qualifica os brasileiros a nossa cultura a nossa sociedade a colonização como um processo de ocupação de dominação é um processo de de violência cotidiana de guerra cotidiana o brasil como brasil nasce capitalista nós
vamos descobertos nós somos invadidos pelo capitalismo europeu comercial que precisava das nossas mercadorias para ganhar lucro eles vieram aqui encontrar o paraíso não criar o paraíso como foi na experiência da américa do norte é uma postura totalmente diferente e imediatista de desfrute é inegável que popular realismo português a presença portuguesa da expansão portuguesa para américa teve um impacto universalmente negativo para as populações indígenas quando chegaram até as caravelas eram mais ou menos 12 mil pessoas e tinha 15 milhões de índios os 12 mil hoje se transformaram em 190 milhões e 15 milhões gente são 500
mil eliminamos um milhão de índios a cada século eo que ficou está marcado profundamente marcado por essa incapacidade de perceber é o índio coluna igual como um ser humano porque é que só os povos indígenas podem ser sacrificado porque são mais temos que ter a nossa terra retalhada nesse caso o supremo hoje de grande causa para os índios vai ser um desastre ela só porque é que só os povos indígenas podem ser sacrificado nós vamos decidir sobre este caso quanto ao passado enquanto o passado é difícil falar dos índios de uma maneira geral são centenas
de de culturas de opções societária línguas e visões de mundo diferentes os povos habitantes do litoral de uma maneira geral os chamados do pina base essa estrutura é um é em sociedades tribais que têm como uma marca constitutiva da sua seu modo de vida a guerra o amor eles eram altamente guerreiros altamente invocados com a questão da alteridade do inimigo o inimigo sendo o outro um outro necessário para a própria constituição da identidade um outro que devia ser sempre devorado é uma violência institucionalizada e ritualizado a boa morte dos tupinambás era uma morte diante de
um inimigo ou você morre morreu alguém vai morrer mas nenhum dos dois vai ficar aqui para ser enterrado e devorado pelos verbos não é esse o destino que nós esperamos não é esse destino passivo a gente quer morrer em guerra quando nós olhamos a sociedade ocidental ea colonização da américa pela sociedade ocidental nós estamos diante de um de um tipo diverso de apropriação da guerra do uso da violência extrema que é o conflito aberto contra o inimigo não há alternativa aos indígenas não é colocado em um modelo antigo ou se evangelizam pô boa vontade então
com isso se mantém livres mas subordinados ao controle do missionário e o controle da vida da aldeia que é um ambiente deletério um ambiente de solução da cultura indígena de dissolução do modo de vida indígena ou se existem podem ser capturados casados ou os terminados a resistência indígena a promessa surgiu no século 17 em função da expansão da da pecuária da ocupação do sertão pelos colonizadores é lida pelo governo geral como uma rebelião dos índios para fazer face a essa rebelião paulista são contratados e um negócio desses é bandeirantes desses paulistas é escravizar os indígenas
primeiro eu vou te ensinar a gente eu vou te ensinar a falar a língua ea gente vai gostar é muito mais bonito que se o rombo de pouco o menino vai começar a entender o que os paulistas eram conhecidos em várias partes do mundo português é exatamente comum é esses desses temidos desbravadores né que cometiam todo tipo de excesso tanto em termos da conquista violenta de covas indígenas quanto na destruição que fizeram é das missões jesuíticas acho que a vendida é tanto na maneira pela qual eles abertamente infringiam as leis do reino enquanto que nós
olhamos os americanos como agressivos imperialistas parece que nosso território se deu porque os bandeiras tinham sede de horizontes e avançavam território dentro é uma representação se a maneira como eu constituí uma leitura do passado e do real paulistas desempenham três atividades importantíssimo todas elas vinculadas à conquista do sertão à escravidão dos indígenas e portanto a construção do domínio português no sertão aqui na região sul no segundo momento a luta contra os indígenas resistentes no sertão e busque o bola eo episódio do quilombo dos palmares o seu mais significativo é conhecido e uma terceira dimensão que
é fundamental é a busca a pesquisa das dos metais e das pedras preciosas agora como isso é traduzido muitos anos depois na época da primeira república depois do final do império em que vários historiadores geógrafos escritores de intelectuais paulistas começam a elaborar é uma outra imagem do bandeirante é como uma figura heróica como uma figura é voltada para o desenho do território nacional é tudo isso acabam digamos marcando inclusive os lugares da memória coletiva é de são paulo o palácio dos bandeirantes do balé teatro em santo amaro a raposo tavares aqui o nosso lado fernão
dias nos lugares onde a história ou estória oficial a história do estado de são paulo das classes dominantes de são paulo são num certo sentido herdeiras não verdadeiras biológicas desses bandeirantes verdadeiras espirituais desses bandeirantes fizeram construir esse mito do bandeirantes como um herói ovos são as culturas organizações sociais bem se os vídeos os descendentes dos índios sobreviveram na missionação então daí né isso tá tá muito bem mas é a sua cultura foi destruído o seu modo de vida foi destruído sua visão do mundo foi destruído a sua língua foi destruído então a sociedade foi destruída
i eu acho interessante a gente pensar que nós colonizadores descendentes de europeus enfim então a gente é assim que aparece com uma cara tão mansa que nós temos dizimado essas populações guerreiras que a nossa história de cordialidade de mansidão de afetividade carta se construa por sobre esse rio caudaloso de muitos corpos de muitas pessoas que foram mortas pessoas que foram mortas é bacana a gente fala que são pessoas que foram mortas e não simplesmente indígenas porque quando a gente fala indígena parece que tem um estigma mas os indígenas que foram mortos são pessoas e coisa
nós que foram mortas e que fazem parte da nossa história mas é claro foram essa história foi um pouco um pouco ou muito apagada é da nossa própria autocompreensão e da construção da nossa identidade nos 500 anos que vieram depois né mas até aqui meu pai chegou aqui há mais de 60 anos são três gerações eu trabalho nessa terra de sol a sol para fazer isso aqui um lugar produtivo eu planto comida o índio é da terra ea terra do índio o iv uma planta do mundo porque o enredo centra pegar uma mata ali já
não tem escrito tem nada mas aonde ele quer sair no lugar que queira pode entrar na moda agora é só ele que é o que então o enredo é uma planta da copa do mundo as pessoas acham que é muito legítimo e muito bom para o brasil ter cinco plantadores de 6 plantadores de arroz grileiros que estão devastando o meio ambiente na fronteira do brasil e que eles ajudariam a manter a soberania nacional de rapunzel de sol mas os 18 mil índios seria o quanto progresso seriam contra a soberania nacional e ainda dizem é muita
terra para pouco índio 18 mil versos seis brasileiros então essa herança essa ancestralidade ela permanece até hoje falar bem a verdade é que eu não tenha justiça à justiça mas os empresários o empresário faz justiça após agora quando ele faz algumas hoje à justiça contra ele olha aqui é especificamente no jaraguá a gente não tem área demarcada com esse espaço está em processo de demarcação em praticamento tinha macro é kaká fará caça kroeff negou foi mais um dia já não ter mais alguns anos atrás é por ocasião dos conflitos é no outros índios yanomami na
amazônia onde eles foram acima houve uma chacina de 19 povo era inteiros é um álbum dos relatos dos ianomâmis trazido por antropólogos era justamente no sentido de dizer olha nós indígenas nosso nome ficamos assustados porque vamos lutar contra os nossos inimigos nos preparamos para essa luta contra os guerreiros inimigos e eles vieram a nossa aldeia e mataram todas as crianças todos os os velhos as mulheres é então eles não são humanos na verdade não são seres humanos são formigas que destroem tudo as populações indígenas e negros são a nossa raiz mais profunda por incrível que
pareça nós negamos arraias e você sabe que acontece com a árvore quando é uma merda raiz op se a gente saía da senzala e à pé na casa grande de trabalhar agora a gente pega um busão vai pra casa grande trabalhar entendeu o centro é a paulista berrini é uma situação da casa grande a gente vem pra nossa cidade dormitório que ela dê dorme e deixa o suor do dilma após ano a gente está fazendo isso é isso ae