Zygmunt Bauman e a Pós Modernidade | Clóvis de Barros

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Clóvis de Barros
A identidade pessoal é uma exigência social. E você pode observar que, em outros tempos, essa defini...
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dá uma é ligado a tal pós-modernidade e naturalmente junto com outros também de gênio acabam realmente é reunidos em torno de algumas ideias tidas e a vidas como pós-modernas digamos indicativas de uma nova sociedade e de um novo mundo [Música] Palma era próximo de já borrear era próximo de Michel mafeso-li era próximo de gíria lipovettes que era próximo de Jane vatimo e tantos outros que se reúnem em torno desta desta categoria desta alcunha é de pós-moderno a primeira grande característica de Bauman é ter escrito quase sobretudo né é Porém não tem a pretensão de uma
Filosofia é enquanto sistema é coerente orquestrada e explicativa do todo não dá uma escreveu muito mais escreveu a luz do seu foco a luz do seu interesse no momento e nunca teve a pretensão de explicar o universo como outros daí a sua filiação ao pós-moderno dado que o pensamento moderno Costuma se caracterizar por essa pretensão de explicar de maneira sistêmica o todo talvez a mais conhecida a expressão de Bauman seja mesmo o líquido e assim a modernidade líquida assim a moralidade líquida a identidade líquida o amor líquido e a palavra líquido entrou em muitos momentos
como uma alegoria muito fértil e muito heurística explicativa mesmo é das novas formas de interação social eu infelizmente não tive a oportunidade de vê-lo de conhecê-lo todos os demais que eu citei da pós-modernidade vieram ao Brasil é eu os conheci pessoalmente eu os traduzir em eventos mas bauma não por outro lado é acho que vale aqui valem aqui algumas observações que são comuns aos pensadores pós-modernos qual é qual seria a Primeira ideia importante da onde poderíamos partir é a ideia de que não há uma supremacia da Razão sobre os afetos Eu acho que isso é
muitíssimo importante que às vezes você pega um Pensador moderno como Pascal que colocava a razão de um lado os afetos e as emoções do outro lado como se estivessem num ringue ou se você pegar outros pensadores que dizem que a vida só será boa se houver uma supremacia e uma prevalência da razão em relação aos apetites você imaginará que para alguém como Baumann ou alguém como uma fez o li alguém como lipovette que não funciona bem assim e aí então há uma expressão muito conhecida a Revolução dos valores do Sul a Revolução dos valores de
baixo e o baixo aí tem a ver com o baixo ventre tem a ver com o sensorial o apetitoso dese jante sexual o erótico que teriam de certa maneira é subvertido A Hierarquia moderna inicial de supremacia da razão e teriam se posicionado como prevalentes diante dessa racionalidade então haveria aqui uma revolução mesmo uma inversão de papéis né então quando alguém escreve um livro como a parte do diabo propriamente está indicando uma revolução uma ideia de que no final das contas somos em grande medida regidos pelos nossos apetites pelos nossos desejos Pelas nossas inclinações e assim
por diante que no final das contas o resto que pensamos não passa de justificativa para para as coisas que queremos do fundo das nossas vísceras né Do Fundo do Nosso baixo ventre acho que é só uma ideia importantíssima e eu poderia lembrar de alguma coisa citada por todos que é o nosso verbo ficar né se você imaginar que o verbo ficar no seu sentido primeiro é o único verbo que temos para indicar a permanência ficar ficar é não mudar não se deslocar não ir a lugar nenhum é ficar onde está indica permanência agora o mesmo
verbo ficar é usado e anos atrás foi usado de maneira histérica e alucinada foi usado para indicar o quê foi usado para indicar essa diversificação possível de atrações de encontros de experiências então era possível ficar com 40 pessoas na mesma noitada beijar 40 bocas ou então não né não ficar com ninguém após modernidade tem essa característica ela reúne de A a Z então no final das contas é o verbo ficar no seu segundo sentido ele tem um significado mais ou menos contrário ao do primeiro sentido indica o que o trânsito dos afflexos dos afetos o
fluxo dos afetos E por que não dizer a liquidez dos afetos a sua é digamos pouca solidez e a possibilidade de estarmos em sequência afetados por mundos não é que são por sua vez incoerentes entre si imprevisíveis inéditos e assim por diante Então isso é um elemento importantíssimo um outro ponto que me parece fundamental é a própria questão da identidade eu não sei se já te ocorreu de conhecer alguém pode ser num bar aí numa região Boêmia da cidade você tá sozinho curtindo uma fossa um desagravo amoroso aparece alguém apetecível que pede para sentar né
coisa no meu caso muito Improvável mas que com outros é muito comum e aí então você tem o Marco Zero da relação e as pessoas terão que dizer quem são Você já parou para pensar o que que você costuma dizer para dizer quem você é Você poderia dizer que é um espaço de mitose e meioses não é mentira mas não é o que a pessoa quer saber você poderia dizer que você é intestino que peristalta sangue que circula por mão que respira também não é o que a pessoa quer saber no final que a pessoa
quer saber é o que você fez da sua vida são as suas escolhas são as suas decisões é para onde você quis ir né ante muitas possibilidades como é que você usou a sua autonomia como é que você usou a sua você percebe então que existe uma espécie de demanda demanda intersubjetiva de definição de si mesmo a identidade pessoal é uma exigência social e e você pode observar que em outros tempos né os mais idosos são testemunha disso em outros tempos essa definição era escorada em grandes pertencimentos em grandes permanências eu estou a 40 anos
trabalhando no mesmo banco eu estou há 200 anos casado com a mesma mulher faz 35 anos que eu uso essa mesma caneta faz 250 anos que eu faço esse mesmo caminho para o trabalho e isso era apresentado como uma forma de garantia de garantia a respeito do que a respeito de quem você é havia portanto uma exigência e uma cobrança de solidez identitária Então qual seria o novo traço da nova realidade que estamos vivendo é que é por uma questão de sociedade né a sociedade cobra de nós eu diria um pouco menos em termos de
identidade a sociedade não pune tanto a sociedade não acredita tanto a sociedade não cobra tanto de quem mudou de ideia de quem mudou de vida de quem mudou de parceiro de quem mudou de trabalho de quem mudou de hábitos de consumo de quem mudou enfim de quem mudou [Música]
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