animação sobre fundo verde quinto fórum internacional de educação dos Municípios do alto tit realização das secretarias de educação dos Municípios do alto tit promoção com demate organização executiva do Instituto Brasileiro de sociologia aplicada ibsa e apoio institucional da Unesco Fundação leman Instituto Natura Olá muito boa noite eu sou César Calegari tenho a responsabilidade e a honra de coordenar esta que é a quarta sessão desta quinta edição do fórum internacional de educação dos Municípios do alto TT o fó internacional de educação como estava dizendo já na sua quinta edição 5 anos já de de experiência com
êxito é uma realização dos 11 municípios que formam a região do alto tit que são os municípios de Arujá Ferraz de Vasconcelos Guararema Guarulhos Igaratá Itaquaquecetuba Mairiporã Mogi das Cruzes Salesópolis Santa Branca e Suzano as secretarias de educação desses municípios se reúnem na câmara de educação técnica do consórcio intermunicipal municipal cond demate e tomam todas as decisões a respeito da realização desse fórum inclusive em relação ao tema Este ano não por acaso não atua o tema do fórum internacional de educação é desafios e perspectivas da alfabetização de crianças todo o Brasil né E principalmente todos
os municípios que compõem o a TT estão participando do compromisso Nacional criança alfabetizada né uma grande articulação entre governo estados e municípios com o objetivo de garantir um conjunto de ações que possam levar à concretização num direito fundamental que é o direito da alfabetização de todas as crianças brasileiras num momento adequado na idade certa eh o fórum internacional de educação tem a organização executiva do nosso Instituto Brasileiro de sociologia aplicada e tem o apoio institucional da Unesco da fundação Lema e do Instituto Natura que tem tem nos ajudado inclusive na divulgação eu quero dizer que
além dos professores e profissionais de educação dos Municípios do aut TT que estão estão nos acompanhando estão inscritos no fórum são cerca de 4700 essas edições estão sendo acompanhadas ao vivo por exemplo hoje com profissionais e professores e estudantes que estão se formando para serem professores eh na Universidade Federal de Santa Maria lá no Rio Grande Do do Sul então um grande abraço a todos vocês eh é uma transmissão aberta e os resultados das palestas e debates de hoje ficarão sempre disponíveis no YouTube e também no portal do fórum eu gostaria agora então de dizer
que essa quarta sessão né por decisão dos Municípios ela tem a como tema alfabetização concepções métodos e tecnologias eu logo mais vou apresentar com detalhe né a professora Juliane Russo que vai ser a palestrante dessa noite mas antes eu gostaria de apresentar os integrantes da mesa virtual todas as vezes que nós fazemos esses debates nós fazemos que na mesa virtual agora inclusive aparecendo aqui na nas nossas transmissões nós teremos essa noite a participação da professora Regina Célia fortes que é Secretária de Educação do município de garat tudo bem Regina Célia né todas as semanas participando
com conosco e nos ajudando a organizar né já é acho que a 18ª reunião do comitê organizador do fórum desde o começo do ano também quero agradecer a presença da professora Mariane Prestes da Silva Pena que é Secretária adjunta de Educação do município de Mogi das Cruzes Muito obrigado Mariane Eh quero também agradecer a presença da professora andrine Silva Brito gestor Educacional do município de garat tudo bem andrine e do professor Almeida professor do Município de Mogi das Cruzes Muito obrigado pela participação de vocês eles terão Inclusive a prioridade de fazer as perguntas eu quero
apresentar então agora a vocês a professora eh antes de apresentar a professora Jor Russo vocês me derem licença até em respeito ateles que estão nos acompanhando pela primeira vez como é o caso inclusive da do pessoal lá de Santa Maria no Rio Grande do Sul sempre lembrando que a região do altt uma as regiões mais importantes dentro do Estado de São Paulo até do país são cerca de 3 milhões de habitantes que estão né que vivem moram revisem trabalham e estudam eh nesses municípios né que compõem a região metropolitana de São Paulo os 11 municípios
que este ano participam na organização do fórum internacional eh que eu já anunciei eles têm 275.000 crianças matriculadas na em escolas de Educação Básica escola essas que tem eh estão sobre a responsabilidade de 14.000 professores então é uma região muito importante e tem realizado trabalhos de grande envergadura na área da Educação e muitos desses trabalhos estão publicados são publicados no portal do fórum eles estarão sempre disponíveis para aqueles que queiram pesquisar trocar experiências porque a ideia do fórum sempre é criar conexões cada vez mais fortes entre profissionais de educação redes de ensino e dirigentes de
educação dos municípios que estão se articulando para isso já há 5 anos professora Juliane Russo Muito obrigado pela sua presença eu vou fazer aqui um resuminho do seu currículo a professora Juliane Russo mestra em escritura e alfabetização pela Universidade Nacional de La Plata na Argentina e especialista em alfabetização pelo Centro de Estudos da escola da vila que é uma escola muito importante aqui na capital de São Paulo pedagoga formada pela USP fon audiólogo formada pela pup de São Paulo possui experiência como professora na Educação Infantil nos anos iniciais e como coordenadora pedagógica nesses segmentos é
formadora na área de práticas de linguagem práticas inclusiva autora de diversos artigos capítulos e livros na área de educação e materiais pedagógicos atualmente é assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo no ciclo de alfabetização e em São José de Rio Preto para a equipe dos anos iniciais ela compõe a diretoria da rede latino-americana de alfabetização e possuem um canal no Instagram de conteúdos educacionais @ reescritas blog professora Juliane Russo Muito obrigado pela sua participação Então a partir de agora você tem mais ou menos uns 45 minutos para fazer a sua eh exposição Inicial
sempre lembrando que a todos aqueles que estão nos acompanhando pelo chat que já podem ao longo da da explanação da professora Juliane eh já podem fazer suas perguntas os seus comentários e a nossa equipe aqui vai reunir essas perguntas e eu vou apresentá-las eh paraa professora Juliane mais ou menos umas três rodadas de perguntas e respostas professora Juliane Muito obrigado com a palavra Boa noite a todas Boa noite a todos eh para mim é sempre um prazer enorme participar né de de uma Instância dessa como esse fórum eu gostaria de começar agradecendo ao professor César
e às equipes das secretarias pelo comprometimento em garantir né As crianças os eh garantir às crianças os seus direitos à alfabetização seus direitos de aprender a ler e escrever também queria agradecer aos municípios do alto TT por promoverem ao longo desses 5 anos esse fórum internacional de educação que é uma iniciativa fundamental no enfrentamento dos desafios da Educação no nosso país essas instâncias de encontro de reflexão elas são sempre muito necessárias né e precisam ser constantes na prática educativa e por fim eu queria também agradecer as professoras os professores que estão aqui presentes que vão
assistir agora ou que vão assistir depois eh para mim é sempre uma honra muito grande é um momento muito especial uma responsabilidade muito grande falar diretamente com os professores né que são os grandes agentes da transformação na educação embora a gente saiba que seu grande agente nesse processo não significa que devam ser os únicos responsáveis né Por esse processo Vou colocar aqui os slides Vou compartilhar a tela eh e aí retomando né Eh não significa que os professores sejam os únicos agentes E aí eu queria eh pegar uma fazer menção a uma frase da professora
Emília Ferreiro em que ela diz que os problemas da alfabetização eles começaram eh quando ler e escrever deixaram de ser considerados apenas marcas de Sabedoria e passaram a ser consideradas marcas de cidadania e isso significa que lei escrever né não são luxos mas sim direitos fundamentais são direitos que garantem eh o acesso à informação e mais do que o acesso à informação ao desenvolvimento do pensamento crítico né na internet sobre E aí isso significa que ele escrever n Opa passei aqui O slide eh e aí eh e aí mais uma vez a gente entende que
ler e escrever né eh e aí uma vez que a gente entende que ler escrever uma marca de cidadania a gente compreende então que esse é um dever que não é só ali do professor mas é um dever de toda a sociedade poder assegurar esse direito a todos Seguindo aqui né No próximo eh eu coloquei esse slide em que aparece que a alfabetização é um território de conflitos e de ideologia né eu tava quando eu tava preparando esse encontro eh sobre para que a gente pudesse pensar sobre métodos concepções e tecnologias relacionadas à alfabetização eh
o percurso que eu propus para pro encontro de hoje eh partindo dessa ideia né de que é complicado falar de métodos concepções tecnologias sem essa sem partir dessa compreensão de que a alfabetização tá situada nesse Marco né É O Marco é um território em de muitos conflitos e muitas ideologias eh e e por que isso porque é uma ideia a alfabetização é uma ideia que tá profundamente ligada às diferentes perspectivas que se tem perspectivas políticas perspectivas sociais perspectivas culturais pedagógicas e cada uma dessas visões que se tem sobre o que é alfabetização sobre o que
é o direito de se alfabetizar traz uma ideia diferente né do que é ensinar né como ensinar por que ensinar a leitura e a escrita Ou seja é um campo de disputas entre diferentes formas de Entender esse processo no slide a seguir eh eu coloquei alguns exemplos simples né Eh exemplos assim de como termos que são simples e que parecem consensuados podem ser definidos e interpretados de diferentes maneiras por exemplo né Eh o que é alfabetização parece claro né né Eh o que é alfabetização mas há diferentes concepções né para esse termo é um alfabetização
é um momento pontual em que a criança compreende as relações que regem o sistema de escrita alfabética ou a gente entende que é um processo que possibilita as pessoas a acessarem a compreenderem e a comunicarem diferentes informações por meio da linguagem escrita com diferentes propósitos são ideias dierentes né em uma alfabetização é um momento pontual em que a criança descobre Quantas e quais letras em que ordem utilizar em outro não é o momento né mas sim um processo de apropriação das culturas do escrito que envolve né o funcionamento do sistema de escrita alfabética mas que
não é só isso né É mais do que esse momento específico de apropriação da escrita alfabética outro conceito né que se tem é da Leitura O que é ler né É só oralizar algo que tá escrito ou é compreender é atribuir sentido Por exemplo né No próximo slide eh além de compreender né Eu trouxe aqui alguns exemplos que para ajudar a gente a pensar sobre o que é ler né então além de compreender ler atualmente também é confiar das informações que a gente recebe né Por Escrito é fazer é saber fazer perguntas sobre eh sobre
o que tá escrito antes de acreditar que aquilo se trata da Verdade né Eh ler quando uma pessoa só oraliza sem entender ainda que ela faça essa oralização de forma rápida fluente mas sem entender o que ela tá lendo a gente pode chamar isso de leitura né Há perspectivas que compreendem que isso é leer que é basta você oralizar o que tá escrito né ou o próprio conceito de fluência Há diferentes compreensões para esse conceito uma que entende que a fluência ela é rápido com ritmo e sem hesitar e outras concepções que entendem que a
fluência também envolve a compreensão ativa do texto né onde o leitor ele vai fazendo conexões com aquilo que ele já sabe vai interpretando o significado e responde eh o conte de forma crítica Seguindo aqui né No próximo eh O que que é escrever Qual a concepção que você tem de escrever escrever é só transcrever letras para formar palavras ou é poder se comunicar por escrito com diferentes propósitos para eh diferentes destinatários adequando a linguagem em função do propósito que tem com a comunicação eh basta ter a habilidade de colocar no papel as palavras orais ou
é necessário para saber escrever né Eh conseguir se comunicar por meio da escrita ainda sobre aqui outro termo aprendizagem né como que a gente entende que a aprendizagem ocorre né Há várias formas de compreender né sobre como a aprendizagem ocorre eh por meio da memorização se aprende memorização de informações isso é aprender ou é refletindo e buscando compreender como determinado objeto de conhecimento funciona como esse objeto se organiza para que que ele serve né a própria concepção sobre qual é o papel da criança no processo de aprendizagem né a gente entende que a criança recebe
passivamente a informação né que está sendo transmitida a ela que ela eh incorpora aquela informação que tá sendo transmitida ou que ela busca interpretar e compreender o meio social o meio natural e os objetos eh os objetos tanto objetos concretos quanto objetos de conhecimento né a partir das experiências que ela tem a partir dos seus esquemas de assimilação como que a gente entende aqui outro termo eh o papel do professor nesse processo de aprendizagem ele é um observador passivo é um aplicador de atividades de métodos ou é alguém ou a gente compreende o papel do
professor como alguém que interage ativamente com as crianças que busca conhecer seus pensamentos que vai propor atividades que sejam eh adequadas eh ajustadas as demandas de aprendizagem que a criança tem o professor é como aquele sujeito que garante as condições didáticas para que aquelas situações que ele está propondo levem as Crianças A refletirem sobre o que elas estão estudando que faz intervenção durante esse processo né que acompanha as aprendizagens de cada um pensando repensando e fazendo ajustes naquele percurso que ele planejou inicialmente Tendo sempre em vista né ali o objetivo de que todos avancem e
qual é o papel que a gente tem paraa educação né O que que a gente eh pensa almeja paraa educação a gente quer formar cidadão apenas que sabem ler para seguir ordens ou queremos como tá no próximo slide eh vou ler aqui formar um cidadão crítico conhecedor de seus direitos e deveres autônomo reflexivo responsável e capaz de participar ativamente da sociedade além de contribuir para o desenvolvimento sustentável e democrático né isso nos leva ao próximo ponto Como podemos ver também no próximo slide que hoje em dia poucos né poucos são poucas as pessoas que que
discordam desse propósito de formar cidadãos críticos e participativos eh cientes ali dos seus direitos autônomos reflexivos né Eh poucas pessoas poucos educadores Pou poucas pessoas na sociedade de forma geral des né de que as crianças aprendam de forma ativa e reflexiva né é difícil a gente encontrar e eu na minha experiência como formadora eh como professora também nunca tive a oportunidade de encontrar alguém que fale não as crianças aprendem eh só memorizando a informação ou repetindo eh repetindo informações que não é ativo no processo que não tá sobre né O que tá sendo ensinado todo
mundo né tô generalizando aqui mas de forma geral T de forma geral todo mundo eh concorda que as crianças aprendem de forma ativa e reflexiva e concorda com esse propósito da educação né O Grande Desafio na atualmente no entanto né é garantir a coerência entre esse objetivo que a gente almeja né aquilo que a gente acredita sobre a criança no no processo de aprendizagem e o percurso de aprendizagem que a gente oferece para as crianças eu acho que a grande chave tá aí né Eh na área da Educação e especialmente né no campo da da
alfabetização que é aquele campo né de disputas que que eu trouxe inicialmente a gente tá sempre submetidos aos projetos que cada governante tem de país né e é por isso que a cada mudança de governo a gente tem novas orientações algumas vezes que são orientações divergentes ao que se propunha anteriormente né então Eh por isso embora eu tenha clareza né das concepções de aprendizagem com com as quais eu me identifico eu tenho meu posicionamento o meu objetiva aqui nesse encontro para falar sobre as concepções não é dizer o que o professor tem que fazer ou
em que ele tem que acreditar né mas eh o de poder compartilhar alguns elementos para que a gente possa refletir sobre as nossas práticas seja nos Espaços destinados à formação né na formação continuada de professores ou seja eh diretamente na atuação na sala de aula o meu convite é para que a gente possa eh constantemente eh refletir criticamente sobre sobre a nossa própria prática e poder pensar né o que eu tô propondo as minhas crianças é coerente com a forma como eu acredito que elas aprendem né por isso que eu fui trazendo aqueles contrapontos entre
o os diferentes conceitos né O que acredito que é alfabetização o que acredito que é ler o que eu acredito que é escrever o que eu acredito sobre o papel da criança sobre o processo de aprendizagem sobre o propósito da educação né está alinhado com a formação de sujeito crítico e autônomo né o percurso que eu tô propondo eh determinada proposta trata a leitura e a escrita como habilidade de oralizar e transcrever palavras ou como possibilidade de acessar e compreender diferentes realidades de compreender a própria realidade essa proposta que eu tô levando pros meus alunos
ele ela favorece o quê né Eh a transcrição a oralização a crítica ou eh a possib idade de compreender diferentes realidades compreender a próxima a própria realidade ela está coerente né no sentido de favorecer uma educação emancipadora né Eu mesma quando faço formação quando faço reuniões quando vou fazer alguma proposta Eu sempre faço esse movimento reflexivo né da desse alinhamento né o que eu tô propondo aqui como percurso né pro pros meus sujeitos de aprendizagem sejam eles as crianças se sejam eles os professores tá coerente com esse com esses princípios né aí seguindo no próximo
slide Vou tomar uma alinha pera eh a gente pode analisar as práticas né Eh as diferentes práticas e aqui eu prefiro falar eu prefiro o termo eh práticas do Que métodos porque o termo práticas ele inclui os métodos mas também incluem as inúmeras situações didáticas que ocorrem nas salas de aula para além dos métodos de ensino né então quando é um termo que envolve os métodos mas também as todas as outras situações que que ocorrem nas salas de aula eh e a gente pode analisar essas diferentes práticas a partir de diferentes aspectos né olhar para
uma prática e pensar bom qual é o o sujeito de aprendizado aqui ele é ativo ele é passivo qual como que tá concebendo né tá partindo de qual concepção de sujeito de aprendizagem eh qual concepção do próprio objeto de conhecimento né a língua escrita eh qual o papel do professor né essa proposta tá tá pressupondo eh Enfim eu posso eh analisar a partir de diferentes aspectos mas como hoje né Não não é possível nesse encontro falar de todos esses aspectos o que eu proponho é que a gente Coloque uma lupa no processo de aprendizagem E
aí seguindo eh a minha fala ela se concentrará no processo de aprendizagem aí especificamente da língua escrita né que pode ser eh de forma genérica né Eh dividido em duas duas concepções principais a primeira baseada na memorização de informações sobre sistema de escrita alfabética Então por meio da Cópia por meio da repetição por meio da imitação né Há um há um pressuposto de aprendizagem uma concepção desse processo de aprendizagem que tá baseado nessa ideia de que é importante memorizar as informações por meio da Cópia repetição imitação para que a criança aprenda aquelas informações sobre o
sistema de escrita alfabética né e a segunda aqui no outro slide que é na qual eu me focarei né Eh que considera a aprendizagem como um processo eh de reflexão por isso que eu coloquei aqui aprendizagem processual e reflexiva né onde a criança busca compreender como a escrita funciona suas regras suas funções e nesse processo ela aprende sobre os elementos que constituem o sistema de escrita né o nome a letra os sons eh mas não aprende só o sistema de escrita ela aprende sobre o funcionamento e as funções da escrita a aprendizagem eh nesse caso
ela não tá no professor né ou no material mas na reflexão que a criança pode fazer a partir das situações que o professor propõe né a partir das condições didáticas das intervenções que ele realiza durante o processo né a aprendizagem não tá na memorização das informações porque aqui eh a gente tá entre professores e todo Professor sabe né quem tá lá com as crianças na sala de aula no dia a dia com as crianças sabe que não basta a criança saber traçado nome de letra os sons que saiba juntar em sílaba para Que ela possa
ler e escrever né quem tá na sala de aula percebe isso no seu dia a dia eh E se a gente entende que a refle que a aprendizagem ela tá na reflexão que a criança faz é preciso propor situações que as motivem a refletir que as mobilizem para querer desvendar o o sistema de escrita e aqui um exemplo nesse próximo slide né Em que em que a Luísa ela escreveu uma carta para uma amiga né que ela queria eh dizer que ela gostava muito dessa amiga ou nesse daqui da lousa né em que o Moisés
e A Antonela leem onde está escrito quem tem medo de monstro e qual é o monstro que são dois títulos de livros que eles estão lendo porque eles precisam descobrir onde que tá escrito o título do livro para que eles possam votar na história que eles desejam ler naquele dia né então eles fazem essa proposta de leitura não porque para atender uma demanda da professora de simplesmente encontrar onde tá escrito mas de atender uma demanda que faz interna aí do grupo que é a gente vai fazer uma votação e para votar eu tenho que saber
né no que eu estou votando eh e aí eles vão buscar saber onde que tá escrito o título do livro escolhido ou nesse próximo slide né aqui que eu peguei lá da lá do site né que o professor César comentou em que as crianças dessa escola em Guarulhos elas vão ler a receita para poder descobrir como se prepara o arroz né e depois vão escrever essa receita com o objetivo de poder consultá-la em outros momentos né para guardar uma lembrança né Eh guardar uma lembrança fazer esse registro para poder fazer essa consulta em outras ocasiões
né então dizer que que essas propostas precisam fazer sentido para as crianças né como eu fui trazendo aqui nesses exemplos que as motivem a ler e a escrever não também não não quer dizer que essas propostas precisam ser divertidas para atrair o interesse das crianças né a gente vê que aqui as crianças estão envolvidas nesses três exemplos que eu trouxe porque fazia muito sentido para elas lerem e escreverem né porque ler e escrever faz sentido nesses contextos e faz sentido nesses contextos escolares porque a escrita ela não é um objeto que é da escola ela
é um objeto que é social né E aí elas precisam eh se apropriar da da escrita da leitura e da escrita para poder se comunicar e comunicar-se com outros eh mas dizer que eh e precisa fazer sentido não quer dizer que elas essas propostas precisam ser divertidas e é que a gente precisa ter esse cuidado né de olhar bom então eu tenho que propor algo que as crianças eh se motivem a escrever eu preciso fazer coisas eh prazerosas divertidas lúdicas para atrair o interesse das crianças e a gente já tem muitos autores né hoje em
dia que afirmam que quando uma brincadeira é transformada né com um propósito didático específico ou seja é uma brincadeira e eu vou transformar para ensinar algo ela deixa de ser verdadeiramente lúdica ela deixa de ser uma brincadeira né Eh muitos aparatos tecnológicos né muitos jogos muitos recursos tecnológicos Eles seguem exatamente essa mesma lógica né para atrair o interesse das crianças usam jogos né como subterfúgios para atrair essa atenção e a gente sabe que isso funciona em um primeiro momento mas logo as crianças percebem que não é um jogo de verdade né eh e aí o
interesse muitas vezes né escapa eh mas o que tá por trás de muitos desses jogos né e é que eu tô falando especialmente daqueles que t o propósito de ensinar a ler a escrever é a memorização da de ações sobre o sistema de escrita né Não tá nessa ação nessa construção reflexiva mas na memorização de informações sobre o sistema de escrita e a gente entende que como eu mostrei nesses exemplos que as crianças elas vão se envolver verdadeiramente eh quando a gente as convida a lerem e escreverem em situações reais né em situações que façam
sentido para elas como por exemplo quando a Elas têm que escrever o nome delas para identificar os seus pertences e isso faz muito sentido na escola né então aqui na minha casa com os meus filhos eu não preciso nomear os brinquedos ou nomear as roupas deles para saber qual roupa é da Maju e qual roupa é do Antônio né porque a gente tá nesse âmbito privado mas na escola faz muito sentido colocar o nome nas canecas colocar o nome nos lápis colocar os nomes nos materiais os nomes nas atividades porque se a gente não não
coloca o nome depois a gente não sabe de quem que é né Então faz muito sentido para que eh que eles esse convite para que eles Leiam e escrevam seus nomes com esse propósito de identificar os seus pertences e os pertences dos colegas faz muito sentido Por exemplo ler a rotina escrita na lousa para poder Identificar qual que vai ser a proposta do dia né O que que a gente vai fazer hoje ai o que que tem depois do recreio né Hoje vai ter Sala de Leitura então mais sentido essa esse convite a essa leitura
ou então o convite para que eles Leiam para saber qual que vai ser o título da história que está prevista ali para aquele dia para ser lido naquele dia né Qual a história que tá lá na agenda de leitura que a professora propôs ou que o grupo em um determinado momento eh pactuou a partir de de uma seleção né da qualificada ali do professor eh e aí eles fazem essa leitura ou então escrever para anotar uma informação que não quer escrever como a receita do arroz ou outras receitas ou o como os nomes dos colegas
e os telefones deles numa agenda telefônica ou eh anotar um lanche né que eles não devem esquecer porque Vão trazer pro lanche coletivo ou escrever para indicar as brincadeiras que gostariam de fazer no Recreio ler para para participar de uma votação sobre um objeto que eles desejam colecionar para escrever um convite para uma exposição né que o grupo vai fazer ou um convite para uma brincadeira coletiva entre inúmeros outros exemplos que eu poderia aqui né a gente a gente profess né todos os professores aqui se começarem a escrever no chat todas as situações de leitura
e de escrita que fazem parte desse cotidiano a gente não precisa nem entrar nas situações de leitura escritas relacionadas a projetos a sequências aos temas que as crianças estão eh estudando né mas só das situações do cotidiano são são inúmeras né as situações em que as crianças podem ser convidadas a lerem a escreverem eh com sentido mas aí eh é importante fazer uma ressalva eu sempre lembro de uma professora numa formação que me falava assim né que ela ela ela falava e indignada e certíssima que estava ela fala assim Julia passa o ano inteiro pedindo
paraas crianças escreverem convite escreverem bilhetes Mas isso não faz com que elas se alfabetize né Elas escrevem bilhetes e convites e vários tipos de textos o ano inteiro mas elas não não se alfabetizam né E tá E essa professora tem toda a razão né primeiro né é um parênteses que não não basta pedir que as crianças escrevam convites para que elas aprendam sobre como escreve convite para aprender sobre esse tipo de texto elas precisam escrever um convite Porque de fato né para fazer sentido para elas para com esse propósito de as motivar enfim eh elas
precisam Eh escrever o convite Porque de fato estão convidando alguém para fazer alguma coisa né Eh e também para que aquela situação de escrita pelo estudante ela seja uma situação de reflexão sobre o sistema de escrita né que seja uma situação em que as crianças possam avançar né possam refletir e aí A partir dessa reflexão avançar na compreensão que elas têm sobre o sistema de escrita há uma série de condições didáticas que o professor precisa garantir né Para que aquela escrita possa aquela situação seja uma situação potente reflexiva eh e diversas intervenções que ele pode
fazer ao longo do processo para garantir que as crianças avancem então o professor nessa forma de pensar aqui esse processo ele é uma Peça fundamental né ele não só ele vai pensar em contextos que mobilizem as crianças e o que mobiliza a criança num ano não é o mesmo o que mobiliza a criança No outro ano que mobiliza uma criança não é o mesmo que mobiliza a outra né Eh vai pensar nessas condições e garantir essas condições e pensar nas intervenções considerando né a diversidade de saberes a que é um professor muito ativo e muito
reflexivo também não é só a criança né nessa nessa concepção que é reflexiva e ativa nesse processo eh e aí para que as crianças elas possam eh eh para que elas possam avançar né Para que elas possam aprender a ler e a escrever elas precisam Ana Maria Kaufman né que é uma pesquisadora Argentina e muito importante na nossa na área da alfabetização ela Traz né de que as crianças para que elas possam avançar nesse processo elas precisam ter oportunidades frequentes regulares sistemáticas de lerem e escreverem por si mesmas né Então aquela escrita e aquela leitura
que a criança que a própria criança faz né e lerem e escreverem né terem oportunidades regulares frequentes sistemáticas de lerem e escreverem por meio dos seus professores né eh e aí fazendo um parênteses né a gente né nessa nessa situação didática em que as crianças leem por si mesma escrevem por si mesmas a gente para que seja uma situação em que elas possam avançar na reflexão que fazem sobre o sistema de escrita precisam ter garantidas determinadas condições né não basta ter para uma criança que não lê eh ainda de forma autônoma falar leia aqui né
para ela ler do jeito dela como que ela vai ler do jeito dela e aprender do jeito dela se ela ainda não faz a leitura de forma autônoma então tem toda uma série de condições eh didáticas e de intervenções específicas ali intervenções docentes específicas para que isso eh aconteça não é uma coisa né espontânea como foi mal compreendido por muitos os contextos eh e isso né parte de um princípio didático de que se aprende a ler lendo e se aprende a escrever escrevendo né que as crianças vão precisar eh que elas vão precisar se enfrentar
com o desafio de escrever e de ler né Eh para que elas possam avançar sobre o sistema de escrita vão aprender a ler e a escrever refletindo sobre o sistema de escrita ao enfrentarem o desafio de lerem e escreverem quando elas ainda não conseguem fazer de forma convencional E aí para ilustrar esse ponto né sobre como as crianças podem aprender a escrever escrevendo eu trouxe um videozinho bem curto né do Anthony porque eu acho que nada melhor do que a gente poder olhar né colocar uma lupa na sala de aula e poder eh olhar e
refletir a partir da experiência da própria e da experiência dos colegas né Eu trouxe um videozinho curto do Anthony é uma situação de escrita mas que ele vai articulando outros outros saberes ali relacionados à leitura eh vou fazer uma breve contextualização né desse vídeo para que vocês compreendam bem ele faz um desenho né de um mágico e depois que ele terminou de escrever eh de desenhar o mágico ele tenta escrever ver a palavra mágico O Anthony nesse momento ele ainda não escreve alfabeticamente mas ele utilizou diversas estratégias interessantes para resolver o problema de como escrever
né Então quando vocês estiverem assistindo ao vídeo eu gostaria que vocês observassem algumas coisas né observassem Por exemplo Como como que ele resolve esse problema de escrever antes de saber escrever convencionalmente quais estratégias O Anthony utilizou quais condições que ele teve né ali na sala de aula ali com a professora ali com o colega dele que possibilitaram que ele escrevesse o que ele queria eu vou soltar o vídeo você fez Anthony qu que que você tá procurando ele falando falta fala vamos lá ver se tem algum oi ele tá falando que ele tá precisando do
cooc Coco igual coco que que eu escrevo aqui então vou escrever ó vou escrever tá qual que é qual é Tá bom vai lá mágico você fez o mágico é também bom é um vídeo curtinho eu acho super Engraçadinha essa parte em que eles ficam todos eh eufóricos né a partir da possibilidade de consultar a palavra cocô né a gente sabe que as crianças ficam eh tem algumas palavras que as deixam em suspense né a professora vai escrever isso enfim eh mas é É um videozinho bem curtinho mas que ajuda a gente a refletir sobre
como as crianças vão avançando na compreensão que elas têm né do sistema de escrita alfabético O Anthony né ele sabia o que ele ia escrever né então ele queria escrever mágico e ele se implicou nessa reflexão porque fazia muito sentido para ele né aquela escrita alguns professores às vezes me dizem né quando eu mostro vídeos do Anthony ou eh semelhantes Ah mas e meus alunos não se interessam assim né E aí a gente pode pensar né Eh o que que a gente tá oferecendo para paraas crianças é interessante os convites que a gente tem feito
para que eles escrevam para que eles Leiam é interessante eles estão vendo sentido né nesses convites O que será que os motivariam né eles não não estão Então o que será que os motivariam a leer e escrever eh O Anthony também ele sabe que outras palavras podem ajudá-lo a escrever o que ele quer né que palavras diferentes compartilham partes semelhantes né como quando ele vai fazer o Gi da girafa da o do mágico e ele consulta lá na palavra né na no no quadro que tá na o cartaz que tá na sala de aula a
palavra girafa ele sabe que o Gi do mágico é parecido né com Gi da girafa e faz essa consulta eh ele sabe que pode consultar né diferentes fontes de informação eh disponíveis como cartaz com os nomes dos animais né Eh que fazia sentido pro Anthony eh e fazia sentido para aquele grupo que porque aquele grupo estava investigando né Quais animais botam ovos e quais não botam não é que esse cartaz com mais faz sentido em qualquer situação né então ele sabe que ele pode consultar diferentes Fontes disponíveis na sala de aula e ele faz essa
consulta aos ao cartaz com os nomes de animais ele poderia também ter consultado a lista de nomes das crianças ou a rotina do dia na lousa ou qualquer outro texto e aí seguindo pro próximo né como que a gente pode incentivar a consulta à fontes de informação né alguns professores muitas vezes também me dizem jul mas na minha sala ela na minha sala é forrada de textos mas as crianças não os consultam e essa professora tem né toda a razão e ela nos ajuda a a perceber que ter as fontes de informação sobre a escrita
é uma condição para que as crianças consultem né se não tem não tem como fazer consulta mas ter o material disponível na sala de aula não basta as crianças elas precisam saber o que tá escrito né saber que podem consultar esse material escrito eh e aí cabe nós professores podermos apresentar e discutir né todas essas estratégias com as crianças então por exemplo quando as crianças nos perguntam como que escreve alguma coisa né Por exemplo Como escreve mágico ao invés de eu simplesmente informar as letras ah m a g i c o a gente pode perguntar
né que parte que ela precisa tá precisando de ajuda né a gente poderia imaginar que é o má Mas você ve vejo que no caso do Anthony o que o levou a fazer a consulta foi o Gi né eh e aí a gente pode incentivar que a criança busque a palavra eh essa parte que ela fala que ela tá precisando em palavras conhecidas né então se ele quiser escrever o má a gente poderia falar Tem algum nome de algum colega né que te ajude a pensar eh o nome da Mariana te ajuda o matemática a
palavra matemática te ajuda Vou escrever aqui Maritaca aqui na lousa para que você possa consultar como que é né Eh essa parte que você precisa aí do para escrever mágico assim elas vão percebendo né nesse nessas situações do dia a dia e não só nas aulas de alfabetização nas aulas de língua portuguesa elas vão percebendo que elas podem em consultar outras palavras e perceber também essas relações entre as marcas gráficas e as partes sonoras das palavras eh outra coisa que é muito importante também para garantir né para favorecer essa consulta é a socialização das estratégias
no grupo pedindo que as crianças compartilhem como elas resolveram eh as suas dúvidas eh contem pros colegas quando ela não sabia fazer algo o que que ela fez esse momento de socialização eles ajudam a circular esse conhecimento e a circular essa estratégia entre elas E aí vale destacar também que não é necessário encher a sala de textos né o essencial é que as crianças saibam o que tá escrito e saibam como consultar esses textos de forma eficaz e saibam que podem consultar E aí olhando aqui nos próximos slides eu trouxe exemplos para nos ajudar a
pensar nessa ideia do ambiente alfabetizador né o termo ambiente alfabetizador ele é interessante e é muito difundido né mas ele pode nos levar a uma interpretação equivocada de que é o ambiente que alfabetiza né que o ambiente alfabetizador é aquele eh com presença de textos basta ter textos para ser ambiente alfabetizador e aí no entanto eh no ambiente alfabetizador ele vai além dos materiais escritos né aqui nesse daqui a gente vê a professora ali em Salesópolis lendo em diversos lugares né da escola a rotina escrita na lousa a lista dos nomes há uma criança fazendo
a leitura aqui de uma parlenda que tá fixada para poder fazer a essa consulta no próximo slide eh a gente vê crianças fazendo a consulta aos nomes né Não adianta ter a lista de nomes na sala se as crianças não usam ela não é só decorativa né ela precisa ter uma uma função e as crianças usam essa lista dos nomes para eh obter informações sobre o sistema de escrita fazer aquela consulta como o Anthony mostrou pra gente aqui as crianças escrevendo aqui em Mogi eh seu nome Para sinalizar né qual livro que ele quer ler
naquele dia em qual sessão de leitura ele quer se inscrever ou aqui as crianças procurando no índice né Eh um um animal elas estão pesquisando no próximo a gente pode ver também no próximo aqui também uma situação lá em Guararema que as crianças vão anotando não sei se dá para ver bem né na na projeção para vocês mas tem as capas dos livros e elas vão anotando a suas preferências né aqui em Ferraz elas estão olhando no computador eh sobre o a larva que elas estavam eh pesquisando que estava fazendo um projeto para descobrir qual
que era a diferença entre larva e lava né E aqui eles buscaram fazer a pesquisa no no computador ou eh em Arujá em que a professora faz essa proposta diversificada né então você vê que as crianças estão sentadas em agrupamentos considerando a diversidade né buscando atender a professora buscando atender a diversidade de saberes na na sala eh como a gente pode ver né o ambiente alfabetizador ele vai além dos textos o ambiente envolve a a relação né entre as crianças entre as crianças e os texos as interações entre as crianças entre elas e os materiais
entre elas e o professor também diz respeito a um clima de aprendizagem né em que as crianças se sentem seguras para poder opinar para poder arriscar para poder errar né para que uma criança ela se disponha a escrever antes de dominar a escrita convencional ela precisa saber que a sua forma de pensar escrita também tá certa né E também e será respeitada e valorizada como parte né de um processo isso vale para todos nós né quem se posiciona em uma situação quando sente que vai ser julgado vai ser ridicularizado né E também não vale qualquer
material escrito no ambiente alfabetizador os materiais escritos que compõem esse ambiente precisam ser textos de circulação social né que tenha uma razão para estar disponível na sala de aula não basta colocar textos que não façam sentido para as crianças né se entendemos que ler e escrever é mais do que eh memorizar letras sons e sílabas é preciso que na sala de aula né As crianças aprendam a recorrer né Aos textos que existem socialmente não aqueles textos que só existem na escola eu mostrei uma pequena cena da de sala de aula para exemplificar né uma das
muitas situações em que as As crianças escrevem por si mesmas refletindo sobre o sistema de escrita né e além de consultar as informações como vimos lá no no vídeo elas aprendem muito também quando elas têm oportunidade de Comparar as escritas né aqui como a gente tá vendo nesse nesse slide em que individualmente ou em duplas ou coletivamente as crianças podem comparar diferentes formas como elas escreveram né eu escrevi tartaruga desse jeito no dia depois eu escrevi tartaruga num outro dia dessa forma e eu tenho que analisar essas minhas escritas e pensar né como que é
que se escreve tartaruga né não posso escrever tartaruga de várias formas tem um jeito né Qual é esse jeito e eu vou analisar a minha escrita ou em duplas né então ah uma uma a Luísa escreveu pato desse jeito e o Joaquim escreveu pato desse jeito vocês precisam entrar né num acordo sobre como afinal se escreve pato ou coletivamente como a gente vê nessa imagem que a professora né escreve na lousa diferentes formas como foram escritas a palavra coração e proporciona uma análise coletiva ali com com o grupo a intenção não é chegar escrita Obrigatoriamente
a escrita convencional né mas de oferecer Uma nova oportunidade de reflexão né para que as crianças possam enfrentar um problema real né que é essa diferença entre as grafias elas também aprendem muito quando tem oportunidade como tá aqui no próximo slide de reler e de revisar o que escreveram né Eh aqui eu tenho um eu deixei como pano de fundo esse videozinho da Manuela escrevendo mas eu vou contar para vocês né porque não dava para apresentar esse vídeo inteiro eh nesse momento aqui a Manuela ela tava escrevendo nomes dos animais né ela tava escrevendo o
nome de animais Porque ela tava selecionando figurinhas que ela queria eh colecionar né e ela tava escrevendo inicialmente sem relacionar a pauta sonora com o que ela tava escrevendo eh no entanto dá para reparar aqui na na foto né da da escrita que ela sempre usava uma letra pertinente para representar a primeira sílaba né então cachorro ela PIS o a girafa pois o i borboleta pois o o e assim por diante E aí euo ser convidada e E aí antes de falar isso assim queria dizer quando ela usa essa letra né pertinente para representar a
primeira sílaba vai nos mostrando a possibilidade da de análise que ela já consegue fazer né E aí quando ela é convidada né para ler o que ela tinha escrito então após escrever cachorro ela é convidada para ler o que ela tinha acabado de escrever né E aí a professora insiste para que ela Leia eh a apontando o que ela tá lendo né parte por parte então lê de novo lê lê apontando o que você tá lendo né lê você tá lendo de um determinado jeito vai mostrando como você está lendo né Eh e ao fazer
isso a Manuela se dava conta de que sobravam letras e com a legitimação da professora ela riscava as letras que sobravam por isso que no finalzinho a gente vê esse Riscado no decorrer de toda a situação ela passa a fazer isso com mais autonomia vejam que aqui né em jacaré que tá na segunda coluna A segunda palavra na segunda coluna eh ela consegue controlar o que ela tá escrevendo né E realizar a análise que ela fazia da primeira sílaba ela consegue fazer essa análise paraas demais sílabas né Eh isso não quer dizer que a partir
dessa proposta Proposta Milagrosa não que ela vai começar a ter uma escrita silábica com uso de letra pertinentes isso não quer dizer que a partir disso ela vai escrever desse outro jeito né Eh mas que o convite a escrever e ler o que escreveu interpretar o que escreveu eh possibilitou uma reflexão sobre a organização do sistema de escrita né que aí em conjunto com outras oportunidades vão ajudá-la a avançar né na na compreensão que ela tem E aí eh além de além dessas né situações que eu busquei correr aqui para abordar essas três principais assim
há uma série de intervenções específicas que buscam dialogar né e problematizar com as crianças a partir do que cada uma já sabe sobre o sistema de escrita mas a Isso aí é um assunto para uma outra ocasião E aí por fim eu queria deixar a indicação n aqui no próximo slide desse material ele foi um material publicado eh no início do ano sobre a situações didáticas fundamentais que eu comentei no no início né a leitura pelo estudante a escrita pelo estudante a escrita pelo professor e a leitura pelo professor e as práticas de oralidade ele
foi produzido pelo Instituto Avisa Lá em parceria com a Unicef E aí cada uma de desses faccos eles trazem a caracterização da situação didática trazem diversos exemplos né tanto com crianças de primeiro e segundo ano quanto para terceiro quarto quinto com crianças em situação de de inclusão ele é totalmente gratuito né E aí eh quem tiver interesse pode me mandar uma mensagem lá no pelo Direct que eu passo o o link ou então procurar lá no site da da Unesco bom E aí para encerrar né nossa conversa que eu já me estendi um pouco aqui
no horário eh queria comentar que ao planejar esse encontro ao encerrar aqui esse encontro de hoje eh tudo isso me me leva a pensar né no papel crucial que todos nós educadores temos na Constituição né de de uma educação que seja verdadeiramente antecipadora eh a gente não tá só ensinando letras ou sons a Gente Tá formando cidadãos que por meio da leitura e da escrita vão poder acessar o mundo compreender suas complexidades e principalmente transformá-lo a leitura é complexa é da Ordem do complexo e não tem como acessar simplificando né É entrando em contato com
essa complexidade refletindo sobre como o sistema de escrita se se organiza atuando e vivenciando as práticas sociais de leitura e escrita Cada escolha que a gente faz na sala de aula cada proposta que a gente coloca ela carrega o potencial de incentivar a reflexão a autonomia e o pensamento crítico nas nossas crianças Então o meu convite final é para que a gente possa se perguntar continuamente né Assim como eu faço né Eh e acho que isso me ajuda a seguir né como uma uma professora alfabetizadora uma formadora de professores alfabetizadores eh coerentes né entre a
minha prática e o que eu acredito se o que eu estou oferecendo as crianças hoje promove a curiosidade A reflexão promove a participação ativa no mundo as propostas desse material que eu tenho que escolher ou que eu tenho que encaminhar com as crianças eles são coerentes com os princípios de uma educação que forma sujeitos críticos forma sujeitos autônomos se pudesse se a gente puder responder essas perguntas né e nos ajudarmos sempre que necessário e nos ajustarmos a ao que essa rota a gente vai est no caminho certo para poder formar leitores e escritores capaz de
construir uma sociedade mais justa e democrática como a Emília Ferreiro né nos lembra comecei lá citando ela e quero finalizar citando né ela eh ler escrever não é apenas uma habilidade técnica mas um direito a cidadania e cada professor a interagir com suas crianças diariamente está ajudando a assegurar esse que esse direito seja pleno então que possamos seguir firmes no Nosso propósito ensinar a ler e escrever mas em cima de tudo formar seres humanos livres e capazes de refletir e que façam a diferença muito obrigada muito obrigado Juliane excelente eh todos aqueles que acompanharam inclusive
as sessões anteriores dessa edição do fórum percebem que muitas das questões né que já haviam sido trazidas eh Foram abordadas pela professora Juliane e muitas nós estamos aqui sistematizando várias que também estão sendo trazidas pelo chat mas como nós combinamos agora é o momento em que os integrantes da mesa possam fazer as suas questões e eu queria Então chamar para sua Prime para sua manifestação a secretária de educação do município de garat a nossa querida Regina Célia fortes Regina por favor Boa noite a todos cumprimento o professor César Calegari a palestrante Juliana Russe os educadores
que fazem parte da mesa todos os participantes e e digo que é um prazer muito grande em estar participando do quinto fórum internacional da educação com suas riquíssimas palestras e hoje a honra de ouvir a professora giuliane Russo grande mestra especialista em alfabetização que conduziu sabiamente sua palestra a alfabetização vai muito mais além do que apenas ler e escrever entende-se que uma criança sabe ler e escrever Quando consegue se comunicar por escrito não basta saber codificar e decodificar é preciso ler e compreender o que foi lido isso tudo faz parte do processo de alfabetização o
professor alfabetizador assim como os demais possuem um papel relevante no processo de ensino e aprendizagem dos educandos e suas intervenções pedagógicas são como Pontes entre a aprendizagem e o conhe ento a metodologia utilizada na prática do professor faz toda a diferença no processo de alfabetização Pois é a partir dela que o professor desperta nos alunos o desejo de querer aprender cada vez mais professora Juliane qual a importância da educação infantil para o desenvolvimento das habilidades e atitudes que predizem o bom rendimento da aprendizagem de leitura e escrita no ensino fundamental Obrigada OB excelente Regina eu
vou já passar antes da já encaminhar a pergunta então a manifestação da professora Mariane Prestes da Silva Pena que é secretária adjunta da educação de Mogi das Cruzes Mariana por favor Boa noite a todos Eh boa noite Professor César a todos os presentes aos professores que nos acompanham Que que momento rico esse né com a professora Juliane a gente aqui no município de mji das Cruzes já teve a oportunidade de ouvi-la falar aqui com a nossa rede esse ano e e poder eh partilhar desse momento novamente aqui no fórum é de extrema importância porque a
gente vai eh entendendo que as falas vão se complementando né e pensar a alfabetização num uma perspectiva que assegure um processo de aprendizagem com essa dinâmica processual reflexiva e ainda é Um Desafio no cotidiano das salas de aula né por vezes a preocupação com o resultado final satisfatório n esquisito de alfabetização faz com que o processo se perca né que muitos professores busquem soluções mais chamadas assim mais práticas pautadas nos nos nos recursos e não nas estratégias de ensino e E aí esse planejamento que vá de encontra reflexão ao despertar da curiosidade da Criança e
da percepção da leitura e da escrita como uma importante forma de comunicação da humanidade ao longo da sua existência acaba sendo consumida às vezes pela pressa de entregar o resultado Às vezes a preocupação é chegar com todo mundo naquela linha estipulada E aí o meu questionamento vem um pouco Na Linha Do que a a professora Regina Célia trouxe de que eh em que medida essas essas ações podem estar presentes desde a educação infantil essas propostas mais significativas com a escrita mas que não não eh relacionadas apenas ao decodificar apenas ao ao Reproduzir uma uma escrita
que já vem lá numa folhinha pronta paraa criança preencher mas tornar essa despertar desde os pequenininhos essa curiosidade pela pela língua escrita pela leitura acho que é um pouco nesse nesse sentido Obrigado Mariane professora Juliane você gostaria de então de comentar e responder essas questões que foram trazidas Claro queria agradecer a Mariane e agradecer a professora Célia eh por essa pergunta né As perguntas são muito eh sintonizadas né as duas perguntas eh e queria agradecer porque eu acho que esse é um grande debate um antigo debate sobre o lugar da alfabetização na educação infantil né
Eh e é curioso como é um debate que é muito antigo e que vai se reeditando eh ao longo do tempo parece que a gente não consegue muito superar né Eh essa questão eh e aí eu acredito né que isso dependa muito da do que a gente entende por alfabetização né então vou retomar Aquela minha fala Inicial né na nessa mesma apresentação falando sobre as diferentes concepções que se tem de alfabetização se a gente entende que alfabetizar é o momento preciso em que eu ensino a criança em que a criança compreende as relações que regem
o sistema de escrita que eh determinadas letras representam determinados sons e que determinados sons são representados por determinadas letras eh e que aí eu preciso ensinar essas relações para elas né eu preciso ensinar as letras os sons o traçado eh para que é como um pré-requisito para que ela se alfabetize se eu tenho essa concepção eu acho que esse esse não seria um lugar na educação infantil de pensar a leitura escrita e particularmente acredito que nem no primeiro nem no segundo ano nem em lugar nenhum né porque na alfabetização é muito mais do que isso
a gente não quer E aí voltando também que cidadão que a gente quer formar né a gente quer formar alguém que só seja capaz de ler eh de forma instrumental ou a gente quer formar alguém que saiba se comunicar por escrito que leia que desconfi desenvolva eh um posicionamento crítico frente ao que tá lendo né entendo que é o objetivo nosso né que o nosso objetivo seja esse E aí eh se a gente entende que alfabetização é esse processo de reflexão e de compreensão sobre a escrita sobre o funcionamento da escrita sobre funcionamento da linguagem
escrita não sobre só o sistema de escrita mas o funcionamento da escrita de forma geral pensando o que eh o que ela representa como como funciona eh as as diferentes linguagens que eu emprego em em função do meu objetivo comunicativo então se eu for escrever um um e-mail uma mensagem eh pro secretário de educação eu vou escrever com uma determinada linguagem né com uma certa formalidade eh vou checar se o que eu escrevi né Tá cumprindo o meu propósito comunicativo eu tô comunicando aquilo que eu queria comunicar a princípio eh se eu for escrever uma
mensagem pro meu marido um WhatsApp pro meu marido eu vou usar outra linguagem né e e tudo isso faz parte dessa aprendizagem sobre a escrita né Eh onde eu procuro informações Onde eu busco determinadas informações se eu quero informações eh científicas eu vou procurar num Gibi né eu vou procurar num livro literário eh onde que eu procuro onde que é mais apropriado né vai vai me ajudar mais na minha pesquisa com aquele meu propósito de leitura se eu entendo que todo este processo é alfabetização é estar Alfabetizado eh nessa nossa sociedade que é uma sociedade
que é uma eh em que é escrita ela tem desempenha um papel eh primordial né Eh a Emília usa o termo que é das culturas do escrito eh se a gente entende esse a alfabetização desse ponto de vista isso é a alfabetização ela começa Não no momento que a criança entra na escola ela começa a partir do momento em que a criança nasce né E que ela tá inserida num mundo em que ela vê a escrita mundo em que a escrita é presente e ela assim como ela faz com outros objetos de conhecimento assim como
ela faz com o meio natural com o meio social ela vai também se perguntar sobre a escrita o que é esse objeto né O que que são essas marcas né porque quando a minha mãe fala a partir dessas marcas né como ela lê o jeito dela falar é diferente né a voz dela é diferente né porque sempre que ela lê isso ela diz a mesma coisa né como que isso funciona como se organiza né então São perguntas que as crianças vão fazer antes mesmo de entrarem na escola e que a escola ela é um uma
instituição que é social assim como a escrita é um objeto social né e não eh trabalhar né com as crianças eh a leitura e a escrita na educação infantil é prival de um objeto que elas têm direito que é um objeto que não é da escola é um objeto que é da sociedade né isso não quer dizer que tem que sentar fazer folhinha de atividade ficar fazendo traçado não mas elas têm que ser convidadas a lerem e a escreverem por si mesmas do melhor jeito que elas podem fazer né Eh e por meio do professor
né que por meio da leitura do professor ela vai poder acessar mundos que se não fosse por meio de um adulto né que saiba ler ela não conseguiria acessar de outra forma né por meio da escrita do professor pelo professor ela vai ditar ele e ela vai poder se comunicar né por escrito de uma forma que ela não poderia se não fosse um adulto que é escritor fazendo né fazendo ali por ela e poder pensar Nessas questões relacionadas ao discurso então acho que depende muito né Essa discussão se pode ou não pode alfabetizar na educação
infantil dessa concepção que se tem de alfabetização legal Juliane bom quem acompanha a quinta edição do fórum desde a primeira sessão lembro que esse debate foi muito forte com a presença da professora Rita Coelho e depois mesmo com o professor Alexandro Santos né que tratou das políticas de alfabetização e bom e também né na terceira sessão que nós tratamos das questões da avaliação alfabetização e avaliação com professor Chico Soares mas eu pederia então agora que a professora andrine Silva Brito que é gestora Educacional do município de garat faça sua questão e logo em seguida o
professor MIT Almeida Boa noite César Boa noite professora Juliane Boa noite a todos é um prazer compor essa mesa bom sabendo da responsabilidade de todos na alfabetização e na aprendizagem das Crianças eu venho com uma outra um outro questionamento Como podemos fazer para engajar ainda mais a participação da família no processo de alfabetização juntamente com a escola excelente pergunta Obrigado andrine Professor MIT Almeida Mogi das Cruzes por favor tá sem som sem som liga o seu som Boa noite Juliane Boa noite César é um prazer estar aqui com vocês hoje participando dessa importante reflexão Juliane
hoje logo na abertura da palestra você citou a professora Emília você afirmou o seguinte escrever não é uma profissão mas uma obrigação e que ler não é uma marca de Sabedoria mas de cidadania né segundo as palavras da professora Emília em todos os exemplos que você trouxe o vídeo as fotos isso ficou bastante marcado né As crianças elas utilizavam a leitura e a escrita guiadas por um objetivo ou para resolver um problema sempre de acordo com os usos e funções sociais aí da leitura e da escrita bom posto isso eu queria ouvir um pouquinho de
você Juliane quais pontos você considera que que as políticas públicas voltadas para alfabetização devem ou deveriam considerar eh para garantir né que a leitor é escrita não seja descaracterizada e para que todas as crianças tenham acesso a elas dentro da escola como elas têm acesso fora dela muito obrigada é com você Juliane por favor obrigada andrine e obrigada MIT essa eu vou responder separadamente porque eu acho que elas são são diferentes né então começando pela D andrine Como fazer para engajar as famílias né a para que juntamente com a escola enfrentem aí esse Grande Desafio
relacionado à alfabetização eu andrine acho que assim até por tudo que eu fui trazendo não ten uma fórmula né que vai funcionar em todos os casos em todas as situações mas eu pensando assim na minha experiência como professora e na minha experiência também como na coordenação pedag lógica eh de que a gente precisa eh investir para que essa família esteja perto Esteja dentro da escola ocupe o lugar da escola também né Eh eu percebia muitas vezes logo quando eu comecei a dar aula eu tinha eu tinha medo né quando as famílias questionavam eu ficava agoniada
eu ficava assim ficava com mau humor em relação à família achava que tava querendo brigar comigo né E conforme eu fui também eh me apropriando sobre eh sobre a minha função como docente né E sobre os processos de aprendizagem sobre as didáticas eu fui entendendo que puxa é tão difícil né pra gente Professor entender e se apropriar de tantas coisas que foram diferentes que são diferentes da forma como a maioria foi Alfabetizado né é natural que a família também estranhe também questione né Eh também não não reconheça aquele processo e também se angustie né que
pai e que mãe tá vendo ali se porque uma coisa é eu t faço uma reunião com as famílias conto sobre o processo de aprendizagem como eu entendo e uma coisa é aquela mãe que tá vendo o seu filho avançar né E outra é aquela que não tá vendo É desesperadora eu no lugar de mãe fico né cabelo em pé né então eh e aí muitas vezes as famílias vão endereçar essa queixa para escola do jeito que elas podem fazer né do jeito que elas entendem Ah meu filho não tá aprendendo é culpa é sua
né a escola não tá fazendo então muitas vezes não é a melhor forma para para esse diálogo Mas é uma forma possível E com o tempo eu fui entendendo né que é melhor essa forma do que forma nenhuma e que essa chegada da da família como a gente pode ir acolhendo e contando do nosso projeto e envolvendo essa família nesse processo eh eh compartilhando a responsabilidade né a gente não pode só querer que a família tope o que a gente tá falando né a gente precisa se comprometer com essa formação também das famílias eh em
relação à compreensão desse projeto de educação que é muito difícil da gente né enquanto professor enquanto educador compreender a complexidade desse processo que dirá para profissionais que não são da da da área né Então eu acho que cada vez mais eu aposto assim cada vez mais que as eh nas possibilidades de trazer a família para dentro da escola da gente compartilhar o que a gente tá fazendo seja em reunião de pais né muitas vezes a gente faz reuniões de pais informativas mas é uma super oportunidade de aproveitar que as famílias estão lá para contar do
nosso projeto Olha como a gente faz em relação à alfabetização em relação às outras áreas também né mas eu vou focar aqui no no no meu peixe eh Olha como a gente entende esse processo e como a gente entende dessa forma a gente faz eh de determinado jeito né A questão que muitos professores falam nas formações é ah Julie muito bonito isso que você tá falando mas se eu não corrijo a escrita da criança o pai e a mãe vem brigar comigo depois falando que eu não sei escrever direito porque a escrita foi errada para
no caderno ou que eu falei que tava ok uma escrita que não é convencional né e a natural que o pai e a mãe que não entendam ali aquele processo acha esquisito porque a gente é de uma uma geração que o professor deixava o nosso caderno todo vermelho né Corrigindo o que tava escrito Agora se a gente entende o processo né Eh de aprendizagem o processo evolutivo da escrita a gente entende que uma escrita silábica Ela não é uma escrita errada né é uma escrita fantástica que faz parte de um determinado momento faz parte do
processo então não faz menor sentido ela falar que tá errada ou falar pra criança corrigir porque ela pode até colocar o as letras que faltam mas não porque ela entendeu né E pra gente importa mais essa compreensão e a gente precisa dizer isso para pros pais mostrar pros pais né ajudá-los a se encantar com isso que a gente se encanta eu sei que não é fácil parece que falando ai que romântico né é fácil e o pai lá brigando porque muitas vezes os pais brigam né Eh não é fácil mas eu acho que esse desafio
ele dele é encantador também né você poder contar para alguém que é de outra área eh um pouco desse processo e ajudá-lo a compreender e eu acho que a gente tem que usar essas instâncias reuniões de pais momentos que a gente fez algo legal chama as famílias para ver né vem no começo do dia vem no final do dia ah jul mas só vem uma mãe tá bom vamos começar com essa que vem né E aí vão pensando estratégias para trazer mais acho que que é isso Eh aí compartilhando reflexões né porque soluções assim não
Não elas prisão ser construídas né E experimentadas aí no em cada caso eh bom E aí pensando sobre a pergunta né do do me que vai me ajudando a retomar então um pouco desse ponto que é é algo pra gente assim tão importante né Eh relacionada às práticas sociais de de leitura de escrita eu queria eh retomar a citação que o que o me traz né que ela que Eu mencionei lá no na abertura que escrever não é uma profissão mais uma eh que lê não é uma uma uma profissão né que não é mais
uma obrigação e ler é uma marca de Sabedoria não é uma marca de Sabedoria mas uma marca de cidadania né tô falando aqui de cabeça mas é essa vou pegar até livro né que todos os problemas de alfabetização Começaram quando se decidiu o que escrever não era uma profissão senão uma obrigação e que ler não era uma marca de Sabedoria senão uma marca de cidadania e eh essa citação ela vai refletindo sobre um compromisso fundamental com o papel social da leitura e da escrita né uma vez que para que a gente possa formar eh eh
a gente possa ser cidadão de fato não basta ter a habilidade de transcrever e de oralizar textos e de discursos né escrever e e oralizar discursos produzidos por outros Eh Ou seja tem um entendimento de que a leitura e é escrita como uma possibilidade de comunicação né por meio da linguagem escrita eh com diferentes propósitos que envolve né saber o sistema de escrita mas que não se limita a essa aprendizagem a Emília Ferreira ela defende também que não se um e depois o outro né então primeiro ensino o sistema de escrita e depois eu ensino
a usar a linguagem as práticas eh sociais mas que um aprendizado ele significa e ressignifica o outro né por essa razão é que as crianças elas devem aprender a ler e aprender a escrever guiadas orientadas por pelo pelos usos e pelas funções da linguagem no mundo real n aprender a lei é escrever em situações comunicativas em situações sociais em contato com a língua escrita refletindo sobre a língua escrita em toda sua complexidade e não em partes da língua escrita que seriam supostamente mais simples pras crianças as letras os sons os traçados eles são simples para
nós que somos adultos alfabetizados pra criança eh não não não significa que seja mais simples para a criança né Eh quando a gente pensa aí pensando nessa na nessa outra parte sua da da sua pergunta né quando a gente pensa nas políticas públicas voltadas paraa alfabetização Inicial é fundamental que a gente possa garantir que essas práticas né de sociais de uso da linguagem sejam respeitadas as políticas eh educacionais elas precisavam garantir que todas as crianças independentemente né de sua origem social que elas tivessem acesso equitativo à leitura e a escrita de maneira significativa e que
essas práticas não sejam descaracterizadas né a a Emília Ferreiro ela tem procurei recentemente isso no livro não achei mas eu lembro tenho a memória visual da página do livro que ela vai falando assim que as cri muitas crianças elas vão ver o pai consultando a lista telefônica que ela no no exemplo ela falava da lista telefônica nem existe mais eh para saber onde fica o mecânico e ela vai a criança vai perceber que a escrita serve para informar uma uma coisa que você não sabia você não sabe onde tem mecânico você descobre por meio da
escrita Quando a mãe deixa um bilhete na geladeira para pro tio avisando que vai chegar tarde a criança observa aquilo e percebe que a escrita serve para se comunicar com alguém que não tá presente naquele momento e ela vai trazendo várias várias situações só que algumas crianças não tê essa oportun idade no seu contexto familiar e que a escola é o único lugar em que ela vai ter a oportunidade de ver a escrita né Eh em funcionamento em uso e muitas vezes o que acontece é que ela chega na escola e a escrita que ela
vê também não é uma escrita social que existe socialmente na sua complexidade são partes do sistema de escrita né E aí ela não não não consegue se conectar ou fazer essa relação entre essa escrita social com aquela que ela vai vendo e ela e aí a Emília vai ressaltando essa importância da da escola não só para ensinar né o sistema de escrita mas eh o uso né as práticas de linguagem e aí para isso é essencial que as políticas elas possam eh contemplar eh alguns pontos Chaves né o objetivo e a função da leitura e
da escrita funções sociais da leitura e da escrita Então as práticas de alfabetização elas devem estar conectadas aos usos que se tem aos usos sociais da leitura e da escrita Isso significa que a alfabetização não pode só se resumir a memorização de letras de sons de sílabas mas deve envolver a criança em situações reais onde lei escrever tem função eh as políticas públicas elas precisam garantir que as propostas curriculares e os materiais didáticos oferecidos reflitam esses usos sociais né proporcionando para as crianças experiências de leitura e de escrita que façam sentido e que sejam relacionadas
ao seu contexto cotidiano E aí isso nos leva uma outra questão também que é crucial que é a formação de professores né quando a gente defende que a aprendizagem ela ocorre pela ação reflexiva do sujeito e não por meio de de memorização de informação o mesmo vale para os adultos não é só para criança aprendendo escrita né V vale para outros objetos de conhecimento e vale para a gente adulto aprendendo né então não basta que elas memorizem informações sobre o sistema de escrita para aprender ela a escrever e não basta que o professor memorize e
aplique estratégias didáticas na sala de aula ele precisa eh compreender o seu objeto de ensino Como se ensina né esse objeto específico né a a leitura escrita no nosso caso entender como as crianças aprendem né constróem seu conhecimento desse objeto específico E isso também é um processo que é construtivo ele não é aula eh ele é revelador da de princípios também eh que não eh nessa lógica aplicacionista bastava aplicar atividade né Eh e desenvolver eh a eh que bastava me perdi aqui falei da lógica aplicacionista e me dei uma perdida então aí que o professor
tem questões aqui várias questões sobre a questão de formação de professores talvez até para você tomar esse golinho de água eu vou vou colocar para você e aí você já responde até em Bloco Eh então agora nós estamos dando início a a essa parte de transferir paraa professora Juliane as perguntas e questões levantadas pelo chat ela Estamos fazendo um esforço de sistematização tem muitas quem tá acompanhando no chat vê os vários comentários e depois todos podem retornar então vou fazer Três blocos Sempre dizendo que nós temos agora mais ou menos uns 25 minutos no máximo
de atividades aqui da nossa da nossa reunião então vou pedir paraa professora Julian também ser bem sintética né e depois ela pode até continuar se comunicando quem sabe com com os professores aí das redes mas a professora Zana Andreia eh renzi ela fala o seguinte precisamos garantir que as formas de ensinar sejam pensadas para todas as crianças e para tanto O professor precisa se atualizar né então é uma questão de de formação continuada considerando as diferenças abordagens metodológicas em disputa e considerando as trajetórias heterogêneas dos professores faz sentido ter formações continuadas obrigatórias a todos os
docentes ou seria mais interessante um cardápio de possibilidades formativas diferenciadas Então essa é uma das questões relacionadas a ao tema formação de professores outra pergunta aqui outra que é qual é o papel das Comunidades de práticas entre docentes dentro das escolas e como elas podem funcionar deveríamos no a tit ter também construir comunidades entre docentes de diferentes escolas e talvez mesmo até entre docentes de diferentes municípios Então são essas duas questões que eu pediria aí pelo pelo tempo que já tá ficando já escasso que a professora Juliane no campo né no tema da formação de
professores pudesse também agregar na sua resposta eh pensando aqui no que eu esqueci o nome você falou no início Ana Andreia Ana Andreia eh eu acho que muitas vezes né a gente fala acho que esse eh a gente ouve né muitas perspectivas muitos métodos muitas estratégias né muitas formas de pensar ali o processo né de aprendizagem E aí você sugere né que Ah então fosse tivesse um cardápio E aí o professor ele pudesse escolher aquela formação que mais se se ajusta né mais ele se identifica eu entendo que eh os municípios e o governo e
as escolas elas eh muitas vezes tem essa discussão sobre as estratégias sobre métodos e tudo mais mas o que tá sendo discutido não é um determinado método né não é uma determinada eh concepção eh mas estratégias didáticas né O que o professor faz ali na sala de aula a gente fala de conciliar métodos né de pegar o melhor extrair o melhor de cada método eh fazer essa conciliação só que hoje mesmo né quando eu tava trazendo para vocês a perspectivas que são divergentes né como que eu concilio uma perspectiva em que eh defende né que
a criança aprende el é ativo no processo de aprendizagem e ora eu faço uma uma proposta defendendo que ele é passivo no processo de aprendizagem que ora aprende com memorização or aprende refletindo são perspectivas antagônicas né sobre esse processo Esso eh mas muitas vezes o que a gente tá falando é da Estratégia didática que vai ser encaminhada ali na sala de aula e a estratégia didática ela ela precisa fundamentalmente de eh dialogar com alguns princípios né E esses princípios que é o que eu acho que os municípios o governo as escolas precisam adotar eu acho
que não pode ser opcional na minha na minha forma de pensar pode ser que tenha alguém que pense diferente eh que esses princípios eles sejam comuns tem que ser comum o objetivo de formar um cidadão crítico reflexivo não pode ser o objetivo da professora giuliane isso e a outra professora tem um outro objetivo que é formar eh alguém que só lê eh instrumentalmente né então tem alguns princípios o que que o meu Município O que que a minha escola entende sobre esse processo de aprendizagem né E aí eh se aprende refletindo se aprende pensando né
sobre sobre o determinado objeto né então acho que a gente precisa considerar alguns princípios que são comuns E aí a partir desses princípios que são comuns a gente pensar nas estratégias que serão utilizadas se eu tenho convicção que o meu estudante ele para que ele ele aprenda ele precisa receber determinada informação né eu posso oferecer essa informação para ele né eu mas eu tenho convi todos precisam da mesma informação né todos precisam do mesmo tipo de intervenção o tempo todo do mesmo tipo de Proposta o tempo todo eu acho que são eh é interessante né
quando eu recebo esse convite para pensar no na nas concepções Eu acho que eu trago para vocês esse esse convite Quais são os princípios que norteiam né a Nossa escolha didática Quais são os princípios que precisam ser comum na formação daquele sujeito que a gente né para se atingir a formação daquele sujeito que a gente eh almeja E aí em relação a comunidade né de de aprendizagem e aind ainda só voltando a gente tem que pensar que a educação ele é um projeto que ele é do coletivo um ano o aluno tá comigo né mas
o outro ano ele vai est com outro do sente né então a gente tem que pensar nesse processo coletivamente e não de forma individual então ah eu acho que não é importante alfabetizar eh no primeiro ano eu posso fazer essa escolha não né no meu Município considera tem isso como um valor como um princípio Então eu preciso me ajustar a esse a a Esse princípio a essa a essa perspectiva estudar Isso ver como isso funciona e tudo mais né Não dá para ser eh no plano individual eh e aí isso vem alinhado com a segunda
pergunta sobre as comunidades né de práticas docentes eu acho que cada vez mais a gente tem tem escutado né falar sobre esses termos sobre as comunidades de aprendizagem e que parece um termo que é novo Mas se a gente pensar bem né sobre o o na ideia do processo de aprendizagem que a gente aprende na interação né a criança aprende nessa interação com o colega com os materiais refletindo a gente Professor também né aprende com a a minha colega que que observou a minha sala né observou uma aula que eu dei viu o meu planejamento
e discutiu comigo esse planejamento eh e que traz a a as opiniões delas as considerações delas dela eh isso faz com que eu possa né o olhar do outro ajuda eu olhar a minha prática e eu poder repensar sobre ela Então isso que a gente tem chamado de comunidades né de práticas docentes eu acho que é é um caminho fundamental né é um caminho imprescindível assim para que a gente possa qualificar né as as nossas proposições Muito obrigado então tem mais um bloco aqui de questões eh Juliane como as práticas que estamos falando se alteram
em um contexto em que as crianças chegam na sala de aula com repertório de símbolos em tablet celulares algo tão diferente do papel e da caneta e da lousa a a Milena escreveu as crianças precisam começar eh de alguma forma diferenciar letras números conhecer os sons traçar nesse novo contexto hiper digital a forma de começar também muda e a Line de Freitas está diz o seguinte está cada vez mais difícil competir com as distrações causadas no externo a exposição à telas está trazendo crianças cada vez mais dispersas mas eu vou emendar aqui né se você
tiver condição de anotar professora Juliane a questão trazida pela cleona amim ela diz o seguinte é muito importante ter a rotina do dia na lousa ou por escrito ou por imagem principalmente se tem um aluno com deficiência como você vê os principais desafios e práticas de referência na Perspectiva da educação inclusiva eh e finalmente aqui nessa nesse bloco A Cristiane Matos Juliane Como podemos contribuir com as crianças que ainda não fti Como oferecer fontes de informação para elas que ainda não identificam as letras com você Juliane esse aqui é o penúltimo bloco e daqui a
pouco a gente faz o último e vamos encerrando eu anotei aqui Conforme você foi falando se eu tiver esquecido de alguma depois você me você me ajuda também tá bom bom eh eu acho que a gente tem podido ultimamente refletir sobre essa essa entrada do digital que também não é recente agora a gente tem sentido mais fortemente Mas ela já vem acontecendo a gente tem textos da Emília bem antigos que falam né sobre a essa cultura digital eh e eu fico pensando assim que muitas a gente vive um movimento de ai como vamos refrear isso
como vamos não tem como né impedir isso e não não acho que seria nem bom Faz Parte dessas transformações a a a leitura e a escrita a alfabetização elas são conceitos situados também historicamente né a gente vai ressignificando o que é está Alfabetizado O que é ler o que é escrever em função do momento histórico né hoje em dia como até trouxe aquele Exemplo né na no no slide lá sobre as eh fake News antigamente não se tinha isso e hoje é uma demanda Nossa poder ler algo que chega no nosso WhatsApp falando que e
é seu pai que precisa que você transfira não sei o qu e desconfiar é uma demanda né Eh atual né social atual de leitura e de escrita eh e a gente tem enfrentado agora eh e discutido mais fortemente agora tem uma autora a Julieta jerusal que também tem muitas publicações falando sobre as intoxicações eletrônicas e do mal né que que esse excesso de tela faz e eu fico assim sobre isso eu consigo compartilhar com vocês alguma reflexão a gente vê reflexões assim não tem também uma resposta taxativa a gente vê um movimento de proibição do
da tela na escola né ou o movimento de incentivo do uso da tela na escola eu acredito que a gente eh é essa é uma uma forma né de leitura e de escrita que acontece né socialmente por meio desses equipamentos digitais eh e que uma vez que é uma uma prática social que a gente também tem na escola a oportunidade de ajudar as crianças a serem usuários desses equipamentos porque a gente mesmo não é a gente mesmo usa de um jeito não muito adequado né a gente fica olhando perde tempo nas redes sociais às vezes
está num numa reunião e tá de olho no celular Quantas vezes a gente tá em formação e e os professores estão ali no nos celulares ou a gente mesmo tá numa situação e tá eh navegando ali na internet então eu fico pensando que tem eh dois pontos e que a gente precisa achar esse ponto de equilíbrio que é essa oportunidade que a escola tem E aí eu vejo como uma oportunidade não como mais uma coisa paraa escola né dado que é função da escola ajudar as crianças a se formarem como cidadãos desse mundo dessa sociedade
que é de poder pensar sobre esses usos das das novas não tão novas né tecnologias Quais são os usos Quais são os efeitos como é que não de baixar luz e fazer isso mas fazer essa discussão né mas de trazer essa problematização para que as crianças possam eh eh pensar a gente também não pode tirar né a marca das culturas digitais da escola né porque as crianças precisam aprender a pesquisa com imagina uma pessoa hoje que não sabe pesquisar na internet a gente vai ensinar a pesquisar onde na enciclopédia né não se usa mais então
eh a gente precisa na escola garantir que as práticas de leitura e de escrita também relacionados ao contexto digital aconteça não para ensinar o digital mas porque a gente usa aquilo como uma ferramenta para ler e escrever então eu vou pensar no uso do do Word porque eu tenho que escrever aqui fazer a reescrita de um de um conto e que é mais prático que eu faça digitado do que fazer manuscrito um texto né enorme que eu vou precisar revisar que eu vá eh discutir com as crianças sobre a busca de informações na internet que
palavras chaves eu coloco aqui quando eu quero pesquisar sobre eh alimentação do pinguim imperador né O que que eu vou colocar aqui né nessa busca se eu quero saber esse tipo de informação eu olhando aqui na guia de navegação né que lá na na guia de busca Aquele monte de opções qual que eu seleciono onde eu vou entrar né Eh como eu faço essas essa seleção de Quais páginas eu vou entrar ah Entrei numa página tem uma propaganda de mochila eu vou entrar nessa propaganda de mochila né Eh eh ou não não vou entrar nessa
propaganda porque eu estou com foco nessa outra proposta Então acho que a partir dessas práticas né dessas situações didáticas reais em que as crianças leem escrevem ali por meio do digital pode eh podem surgir essas esses contextos para problematização desse desse uso eh eu acho que enquanto você dá uma olhadinha aí professora Juliane eu vou trazer então algumas outras perguntas porque aí você tem a condição de responder meio em bloco que nós estamos agora então na temos sempre aí a o cuidado de fechar a nossa atividade ao final de 2 horas de atividade então nós
temos na realidade 10 minutos né Para eu colocar as perguntas e você fazer os seus comentários e respostas e então tem aqui algumas a Adriana eh ela fala é uma das questões relacionadas a eu acompanho uma aluna autista não verbal ela acompanha a leitura mas como saber se ela está entendendo o que está lendo e tem aqui outros comentários tem a prancha de comunicação mas sem eh sempre conversando para estimular a fala que a professora Zana André faz um comentário da colega dela aliás uma das coisas muito interessantes aqui do fum que é exatamente esse
compartilha ento de ideias e propostas e tal Aline Freitas né Muitas vezes os livros didáticos e chegam até nós em sala de aula não oferecem desdobramentos atrativos temos que adaptar ou buscar outros caminhos para como tornar a aula dinâmica tendo esse processo em vista a Suzana Félix eh diz o seguinte muitos professores dizem que usam o melhor de cada método Você acabou de falar so a respeito disso né considerando que você trouxe hoje sobre cada um dos métodos a partir de princípios diferentes como conciliar acho que essa é uma questão que você já teve a
condição aí de de perguntar enfim eh são essas as questões se sobrar algum tempo a gente encaminha outras e depois a gente sempre convida né os nossos e as nossas convidadas a darem uma olhadinha no chat né porque ali tem muitas muitas questões muitos comentários e para todos nós inclusive paraos palestrantes é um momento também de aprendizagem então Professor Juliane posso Sua as suas respostas eh eu queria que você também fizesse as suas considerações finais certo Acho que pensando aqui nos desafios né da da educação inclusiva que eu acho que são eh enfim são inúmeros
eu acho que não dá pra gente eh Romantizar acho que a a inclusão ela é necessária é um direito né das Crianças estarem e que elas aprendem tanto as crianças em situação de inclusão quanto as demais né nesse contexto que é heterogêneo mas que a gente Professor tá aprendendo a como fazer a inclusão né teve um momento inicial em que essas crianças não chegavam à escola hoje elas têm esse direito garantido de estar à escola teve um momento que a gente achou que isso estava suficiente e hoje a gente fala bom não é suficiente que
elas estejam de corpo presente ali para que elas estejam verdadeiramente incluídas E aí a gente vai desenvolvendo eh eh estratégias para que essa inclusão ela aconteça seja ajudando essa criança em situação de inclusão para que ela consiga participar dessas situações seja olhando para nossas instituições e pros nossos grupos e tentando eh eliminar ou ajustar ou adaptar as barreiras que este essas instituições esses currículos essas dinâmicas de grupo eh colocam Para ess para que essa inclusão aconteça a gente vai aprendendo a pensar como mobilizar o grupo de crianças também para eh nesse projeto que é inclusivo
né então é difícil falar de estratégias de alfabetização específicas muitas pessoas falam assim ah vem fazer uma uma palestra sobre alfabetização para crianças autistas eu falo não tem como como fazer essa palestra porque quem é essa criança autista eu não faço a gente na escola a gente analfabeti vou falar uma coisa que pode ser estranha mas a gente não alfabetiza autistas a gente alfabetiza os nossos alunos né a gente alfabetiza o Fábio o Pedro a Luana né Eh e não um um diagnóstico então é olhando para aquele sujeito buscando e isso é para qualquer um
né crianças com desenvolvimento típico ou não olhando para aquele sujeito buscando compreender como a professora aqui comentou é que é difícil saber o que a criança já deu conta o que ela já faz se ela já se ela tá acompanhando se ela tá compreendendo mas eh é esse o nosso movimento de buscar compreender aquele sujeito o que ele já sabe como ele aprende o que o motiva o que o inspira a a seguir aprendendo E aí a partir do que eu conheço dele eh buscar estrat né que dialoguem com com aquilo que a gente conheceu
daquele sujeito específico em relação com o nosso currículo em relação com o que as crianças estão estão estudando porque muitas vezes o que a gente vê são propostas eh individuais que tem que ter ajustes flexibilidades ali do do currículo né para para todas as crianças eh mas a gente vê às vezes uma trajetória totalmente individualizada que dialoga com o que as as demais crianças estão fazendo né E aí isso também até incluído né como que a gente propõe dentro daquilo que o grupo tá fazendo né porque tá incluído é tá nessa relação com o outro
e não só pensa assim ah Primeiro vou trabalhar o social a relação e depois o conteúdo de aprendizagem não na escola esse laço social ele se dá por meio ele é atravessado pela aprendizagem né não é fora do circuito ali de aprendizagem então que o grupo tá fazendo o que que tá previsto como eu adapto isso que o grupo tá fazendo Ah vai ter uma excursão por um lugar que só tem escada e tem um aluno que então vamos escolher excurção para outro lugar né Eh se não tem como ser se não tem como todos
participarem então ninguém né participa a gente vai tem tantos lugares né Qual que é o nosso objetivo com aquela proposta Então vamos pensar outro tema Vamos pensar outro assunto né então Eh como tudo aqui na e esse é o difícil dessa perspectiva que eu vou trazendo para vocês não tem uma fórmula é o professor que precisa ali da da da formação que precisa ter essa prática reflexiva precisa ter esse apoio né institucional de estudo eh para poder entrar em contato com com seu estudante com o currículo que tá previsto e poder eh propor Um percurso
de aprendizagem que seja eh significativo E aí eh por isso que eu queria até retomar né porque eh o que eu tava falando ali relacionada à formação docente porque a gente sempre cai nessa nessa questão da da formação docente né Eh é que ela precisa ser a formação docente ela não pode ser episódica né ela precisa ser eh permanente né não é porque só só porque as equipes mudam né de escola ou porque um ano o professor tá no primeiro outro ano tá no terceiro outro ano tá no quinto mas principalmente porque é assim que
a gente aprende né com oportunidades reiteradas de estudo de reflexão de trocas de experiência tanto com os colegas né Eh de turma quanto com a nossa coordenação pedagógica colegas de sala com outros professores como como com profissionais que mais experientes no estudo daquele tema específico né E aí as políticas de Formação elas também eh expressam explícita ou implicitamente os princípios que elas têm sobre aprendizagem quando elas pressupõem que os desafios da alfabetização eles vão ser sanados em quatro ou seis encontros anuais de Formação é melhor isso do que nada sim porque às vezes é é
a única coisa que é possível fazer Claro mas é preciso ter ciência que este é um processo que não não obedece essa lógica aplicacionista né Então não é suficiente para que se aprenda determinado objeto que se Garanta a aprendizagem de determinado objeto de conhecimento né eh e aí pensando no no objeto de ensino e do conhecimento didático ali do professor e que aí é é fundamental considerar o tempo de aprendizagem do outro considerar o que esse outro já sabe as oportunidades que esse professor teve de aprender o percurso por qual ele passou né Então as
políticas públicas de alfabetização eles precisam elas precisam garantir que essa formação eh docente ela seja contínua seja reflexiva seja contextualizada eh e esteja aí ao alcance de todos os professores né para que a prática de sala de aula reflita os princípios que a gente acredita serem eh essenciais para forma para para alfabetização plena Hoje em dia a gente vê muitos professores que são capazes de falar eh muito bem sobre por exemplo o trabalho com os nomes próprios ou sobre a importância de conhecer as hipóteses que as crianças têm as ideias que as crianças têm sobre
a organização do sistema de escrita né mas eh falar sobre as modalidades organizativas as situações didáticas fundamentais mas não traduzem na prática de sala de aula esse conhecimento e e hoje em dia esse é o maior desafio da formação docente né Na Minha experiência como formadora eh foi raro encontrar professores que não concordassem com esses princípios né que eu fui apontando ao longo desse encontro Mas como que a gente pode ajudá-los a fazer essa transposição didática né E aí eu retomo os princípios de aprendizagem né que é um que esse é um processo que ocorre
por aproximações sucessivas ao objeto de conhecimento e aí nesse sentido o professor e todos nós precisamos de oportunidades reiteradas sistemáticas frequentes Assim como as crianças para aprender a língua escrita mas para poder estudar e refletir sobre a nossa própria prática super Obrigado professora Juliane Eh você tá trazendo vários elementos que vão permitir uma reflexão né um ajustamento inclusive de políticas e programas desenvolvidos pelas próprias secretarias e eu fiquei bastante impressionado també com seu cuidado de fazer referências e mostrar até e e se debruçar sobre experiências que são realizadas pelos professores e professoras dos Municípios né
que você citou né aqui até como exemplos dessa acho que esse é o grande sentido inclusive do fórum né o fórum não é um evento isolado né mas ele é um processo que se inaugurou com mais força há 5 anos e que tem levado a uma preocupação de troca de experiências de troca de questionamentos de troca de dúvidas e claro né também de soluções de propostas que estão sendo encaminhadas para que seja a gente possa realizar esse direito que é de todas as crianças de de estarem alfabetizadas bom eh eu te agradeço demais né pela
sua participação tem aqui um pedido também se você puder eh aquela coleção que você coleção de de livros né que que foram você fez referência se nós pudéssemos colocar também no nosso no nosso site né porque o nosso site além das experiências tem um conjunto de materiais de apoio que vão ajudando também os professores não apenas agora mas durante todo o período em atividades formativas em horas de trabalho coletivo e que os profissionais da educação se dedicam à atividade de troca de informações e também e principalmente de formação bom mais uma vez te agradeço agradeço
também aos integrantes da mesa Professora Regina Célia fortes Mariane PR da Silva Pena adrine e o MIT que fizeram parte da nossa mesa virtual e um agradecimento especial a centenas e centenas de professores professoras eh e eh gestores escolares outros profissionais da educação da região do al TT e até de Fora que acompanharam essa sessão ou que vão acompanhar depois a partir do momento em que tiverem acesso pelo YouTube eu ao fechar essa reunião faço o convite para a última eh Sessão do quinto fórum internacional semana que vem nós teremos a presença da professora Sônia
Douglas eh como já tem sido anunciado ela é uma das grandes especialistas Nas questões relacionadas à educação e a o respeito a diversidade cultural né dos seus alunos que chamamos de pedagogias culturalmente relevantes Prof Sena Douglas vai tratar de alfabetização Equidade inclusão e diversidade tivemos uma longa conversa com ela ontem né ela ela mora em Nova York na universidade de Colúmbia é uma das grandes expressões da teach col né na na da Universidade de Colúmbia estará conosco então para fazer o fechamento desse quinto fórum internacional então estão todos super convidados eu eh termino aqui eh
mas preciso fazer um agradecimento faço um agradecimento Então à Equipe técnica que tem proporcionado com muita competência A Equipe técnica de Mogi das Cruzes e com muita competência essas transmissões uma orientação cuidadosa delicada para todos nós o o Fabrício Jeferson Luiz Henrique quero também agradecer o Alan e o Caio né que tá aqui do meu lado e que fazem parte da nossa equipe aqui do Instituto Brasil de sociologia aplicado Agradeço também a competência delicadeza e e muita sensibilidade da Regine e da Emily que fazem a interpretação em libras e enfim eh a partir de agora
os professores que já tão inscritos para participar do fórum internacional de educação já podem encaminhar né o seu produzir encaminhar os seus relatórios de participação relacionados a essa sessão vocês têm até segunda-feira dia 23 à meia-noite para encaminharem esses relatórios aqueles profissionais da educação que tê interesse né de fazer com que todo esse esforço de reflexão e de estudos ele também esteja recepcionado num certificado eh que nós vamos conceder e vamos produzir ao final de todo fó internacional de educação então a todos vocês muito boa noite muito obrigado mais uma vez muito obrigado Juliane pelos
seus ensinamentos Muito obrigado a todos e até a próxima pra terça-feira quinto fórum internacional de educação uma realização dos Municípios da secretaria de educação dos Municípios do alto TT felicidades viva educação C k m