Você pertence a alguma tribo? | Episódio 4 | Masterclass Meia Palavra

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Canal GNT
O mundo está polarizado, separado por tribos. Mas e se procurássemos o que temos em comum ao invés d...
Video Transcript:
nós do gnt contamos histórias de pessoas para entreter tirar conversa inspiração reflexão e transformação a maneira como a gente se comunica mudou com a chegada de smartphones e internet computadores agora uma coisa não mudou a nossa comunicação têm falhas que são inevitáveis ao próprio processo pense nas nossas relações pessoais e com as mídias partindo de um estudo feito para desvendar o que há por trás desses ruídos de comunicação do mundo atual nasceu a série meia palavra hoje a gente fala da ilusão de tribo [Música] nas nossas conversas falamos sobre o fato que embora a gente
insiste em acreditar que a comunicação é perfeita são muitas as falhas no processo são as chamadas ilusões de comunicação formamos a nossa opinião com base em apenas um elemento de uma conversa ignorando as informações importantes que nos ajudam a avaliar profundamente as situações que nos rodeiam vivemos uma ilusão de compreensão outro adversário a comunicação é a ilusão de escuta estão sempre prontos para falar e pouco abertos para escutar na verdade nossa impaciência individualismo fazem com que a gente ache que está escutando quando na verdade estamos esperando a nossa vez de falar quando a gente é
criança os pais dizem assim se não pode falar tudo que você pensa você tem que medir o que você vê o que você vai falar não é assim que a gente educa então em toda situação que a gente vai se comunicar você está editando o que você vai falar e evidentemente a gente não pode falar tudo o que pensa tem o outro diante de você você pode ofender existem regras sociais que é aquilo que a gente chama de ética do comportamento aético é um aprendizado qual é o meu espaço qual é a linha divisória que
eu não posso ultrapassar então é isso que faz a diferença que vai da bárbarie persiles a a civilização não é outra coisa senão a aprendizagem da conduta social coletiva para que o coletivo possa funcionar melhor hoje no brasil e no mundo parece que a polarização tomou conta das nossas ideias e relações a gente vive como se estivessem equipes em duelo o imaginário do nóis versus eles formar grupos é parte da natureza humana será que quando a gente se une porque concordamos em relação a um determinado ponto isso é suficiente para que a gente se entenda
como um grupo os grupos que admitem a presença do outro e reconhecem diferenças existem e se sustentam a partir da escuta agora pessoas que se encontram na semelhança e na necessidade de eliminação do outro e na busca por confirmação se iludem com a idéia de grupo na verdade essas pessoas não formam um grupo uma tribo quando as redes sociais apareceram reinava o otimismo enorme agora todo mundo tem um lugar de fala onde você pode se colocar onde você pode fotografar seus momentos felizes e infelizes de dor expressar tudo que você sente que aconteceu o óleo
que virou ninguém aceita o outro respeita o outro porque ninguém pensa exatamente igual nem a pessoa que você ama está com ela 40 anos 20 anos não vai pensar igual a você então fui à ruptura total daquilo que é o mais importante para a comunicação o respeito ao outro o outro pensa diferente de mim ele não tem que pensar e dorme e quanto mais falta à formação educacional para uma população mais os antagonismos a flório e antagonismo desrespeitosos quase para nós a comunicação é um recurso que ajuda as pessoas a se unirem porém há um
tipo de discurso que vai na contramão desse sentido o chamado discurso de ódio essa forma de comunicação é um dos meios mais potentes para criação da ilusão de tribo ou ilusão de pertencimento é só alguém falar em discurso de ódio que na sequência alguém fala em liberdade de expressão a gente precisa entender que palavras que são projetadas para substituir a comunicação pela violência e medo não merecem proteção constitucional essas palavras que apelam para a violência eo medo estão fora do que a lei entende como liberdade de expressão e fingir que essas palavras não existem não
discutir isso dá mais força a elas o que torna esse debate urgente no mundo que eu lido muito bem com essa parada das pessoas têm opinião contrária à minha está ligado não acho que mano meu deus do céu coxinha e o canalha 48 me divirto com essa parada talhado que lançou outra perspectiva não acho que a sua experiência de vida - verdadeira do que a minha tá ligado só é diferente agora quando a gente fala sobre estereótipo o problema pra mim central é quanto as pessoas têm suas vidas colocadas em risco por causa de uma
audição a que é atrelada a um grupo só com esse papel é o problema central mas o que eu acho que o homicida diz que é incrível que joga o debate um lugar muito superior é o estereótipo mata o discurso de ódio o preconceito tudo isso fere o outro ou diminuí lo por ser quem ele é em um país de passado escravocrata como o brasil o racismo está no topo das expressões de ódio 63% das denúncias recebidas em 2017 eram referentes a crimes de ódio quase um terço destas denúncias estavam associadas a racismo em prática
o discurso de ódio abomina aquele que demonstra saber algo capaz de abalar suas crenças daí o impulso de anular o outro na fala e na existência porque ao anular o outro a atenção se volta pra ele a ignorância uma das coisas daquela se remete eu acho é o conceito de sombra foi o ig que cunhou esse termo ele fala sobre algo em mim que eu não aceito que em algum momento aquela expressão daquilo foi reprimido e eu passei a negar que eu não posso sentir não posso entrar em contato não posso manifestar isso vira um
ponto cego então tem uma parte da ignorância que ela é intrínseca todo mundo tem infelizmente o que a gente passa por traumas teoria o obama dando lá fazendo uma palestra numa universidade fez uma pausa dramática disse a ignorância não é uma virtude lembrar todo mundo que ignorância não é virtude é acreditar um momento muito triste né um outro quando fala comigo e se ele fala alguma coisa diferente da que eu penso e aquilo existe para ele independentemente de eu gostar ou concordar e se eu quero manter relação com ele aqui existe pra mim e portanto
eu tenho que fazer aquilo com bianca bin também se eu quero manter relação com ele o que é diferente de dizer ah tá bom tá então você pode ter suas idéias aí pode pensar o que quiser lá falou falou e não toma em relação ao contínuo neste momento estou dizendo eu estou a relação continua até que a gente mude de assunto pra que eu possa voltar a falar contigo esse assunto eu estou em relação ao conjunto quando você o diga o quanto você aqui agora você concorde assim eu penso assim como seu inteligente as pessoas
a maneira como a gente vive na nossa sociedade faz as pessoas acreditarem que podem tudo só que na realidade não é sempre assim e quando as pessoas não conseguem atingir aquilo que acreditam ser um direito vem a frustração eo ressentimento de respeitar o outro dá a sensação de poder que ele acredita que deveria ter mas não tem o outro vira o seu pode espiatório esse tipo de discurso costuma se espalhar quando os ânimos estão exaltados e tem efeito manada 1 começa e todo mundo corre atrás e isso aproxima os ressentidos e dá poder a esse
grupo se o discurso superficial e pouco crítico as relações que se formam a partir dele também são acontece o encontro de percepções em fundadas na realidade ea sensação de que jogam no mesmo time contra o odiado com os meios digitais você pode comentar sem precisar estar frente a frente a ninguém estando anônimo e distante fisicamente a gente deixa o outro - humano e portanto mais odiava eu existem dois caminhos no combate a esse tipo de discurso o primeiro deles é o da regulamentação ou seja na separação mais clara entre o discurso de ódio e liberdade
de expressão outro caminho é aprendermos a humanizar o outro tendemos a diminuir o ódio a partir do momento que vivemos o outro por inteiro com características que respeitamos e outras que não admiramos quando a gente mostra que as pessoas que estão do outro lado são iguais a gente acaba lógica do nóis diversos erros para melhorar a nossa comunicação e deixar o discurso de ódio para trás é preciso empatia estava no teatro assistir um espetáculo de dança mas é aos poucos algumas coisas são difíceis ele perguntava aí o carro do lado e não pra ele pra
você as está quieto aí y ele tem baixa visão por isso a gente tem que conversar durante o espetáculo pra ele cara virou falou ah eu tenho nada depois a gente precisa se colocar no lugar do outro os últimos tempos nos deixaram em pedaços e cá estamos nós colando os parquinhos quebrados graças à polarização não saia justa diversas vezes falamos sobre o que tiramos dessa polarização do benefício que é aprender a discutir o conflito ele é ele é uma oportunidade de crescimento os conflitos são oportunidades de crescimento eu acho acredito assim só que eu acho
que a gente está vivendo uma coisa inédita na história do nosso país na nossa história enquanto o povo até culturalmente falando acho que a gente nunca passou por um momento como esse não é desse jeito que está agora quando não é e é assim é impossível fechar os olhos pra isso né eu acho que a gente tem essa coisa cultural de ser um povo mais passional latino americana não é de de trazer coisa pessoal para discussão enquanto a gente poderia tentar ser um pouco mais assertivo mas eu acho que também é a nossa herança é
uma coisa que a gente vai aprender eu acho que é novo pra gente falar de política do jeito que a gente está falando agora mas tem sido dolorido mas tem sido muito eu acho que a gente tem pessoas morrendo mas acho eu também acho que eu acho confronto gera movimento gera mudança o conflito foi colocado como um grande lixão ou grande problema só que se a gente parar pra pensar ele é uma energia concentrada de desconforto que depois que a gente transpassa ele ele leva para uma outra instância para um outro lugar e geralmente esse
lugar ele é uma evolução de onde a gente está se a gente parar pra pensar que o conflito é uma oportunidade que a gente tem de se ver e se deparar com o diferente e depois que eu me colocar em relação e atravessar isso eu vou ampliar o repertório o conflito só é uma oportunidade de melhoria é muito interessante olhar por essa ótica porque a gente começa a aceitar o conflito como parte do processo e não como um problema porque o conflito nada mais é do que duas pessoas olhando para o mesmo problema por diferentes
perspectivas 1 toledo pelo lado a e outro olhando pelo lado z e aí eles obviamente que não se encontram mas imagina que rico seria se a pessoa que só chegou a enxerga o ar conseguisse enxergar o z olha a amplitude de visão que ela tem até olhando no grande angular e ela consegue ter mais resiliência ela consegue ter mais simpatia ela consegue ter mais humanidade ela minimamente consegue entender um pouco mais a perspectiva do outro a partir do olhar do outro a partir do que ele está vendo e não ela tá vendo a gente precisa
lidar com a diferença porque é através da troca entre as partes diferentes que grupos que sustentam a polarização é apenas a oposição de idéias e se a gente conversa descobre que idéias são apenas idéias e não algo que nos transforma em grupos inimigos na próxima conversa fábio porchat investiga o contexto das mensagens que trocamos e as situações que elas nos colocam algumas engraçadas outras nem tanto ela
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