Aula 1. História do tempo presente. Parte 2.

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Rodrigo Perez
Video Transcript:
e aí é bom pessoal voltando de onde nós nós paramos né quer dizer é a ideia de um projeto metodológico de uma história do tempo presente como cultura historiográfica como conjunto de convenções compartilhadas pelos historiadores profissionais e ela vai ganhar corpo exatamente exatamente é momento aqui impactado pelos traumas da segunda guerra mundial a cultura ocidental em um sentido amplo começava a aprofundava seus questionamentos em relação as promessas e os ministros ou seja a cultura historiográfica de alguma forma é traduzido em prioridade de heurísticas em métodos de pesquisa em free um trabalho historiográfico aquilo que vinha
sendo discutido na cultura histórica percebe quer dizer é é um pouco disso que a gente vai tentar estourar aqui não se trata exatamente a mais estranho falar em uma história do tempo presente só extra ainda se nós pensarmos o conhecimento histórico e a luz de um regime de historicidade estou insista dentro do qual a própria disciplina foi fundada e quando a história do tem um presente tucho como possibilidade historiográfica e a cultura histórica já não é a cultura história que a giovana já não era esta então quer dizer menos do que uma história do tempo
presente a intenção do presidente como o extrato temporal rigidamente delimitado o que é chorava o tempo presente propõe e é uma a abordagem historiográfica preocupada com as presenças com as presenças do passado no pop presente com o co-presidente com cor presente com presente sincrônicos entre ser nesse sentido por exemplo a gente pode falar hoje o medievalista estou muito também preocupados com esse debate podemos falar em medievalidade podemos falar por exemplo e na represente ficar são de zumbi dos palmares algo muito recente que tá matando muito o debate político brasileiro né a parte lá do de
um negacionismo do centro de camargo na fundação palmares como que a imagem de zumbi foi atualizada e se tornou o tema super presente o clube dos palmares século de 17 final do século 17 quem pertenceriam passado pensado dimensão explícita mas a sua imagem ea sua figura é extremamente contemporânea assim como dá para fazer isabel para ficar aqui nesse canto né de disputas políticos semântica sobre a abolição da escravidão no brasil é tão personagem que estão atualizados o tempo inteiro porque tem sua memória disputada disputada a partir de questões e de prioridade que estão presentes eu
sou pertencentes ao tempo presente dele quer dizer logo o zumbi dos palmares é o personagem da história do tempo presente e a princesa isabel também outros tantos certo gente me aqui no slide eu tento um pouco trabalhar com os autores super precisando melhor alguns conceitos são fundamentais para que a gente possa construir algo aqui vejam só no texto do hartog françois hartog um os regimes de historicidade na página entre as páginas onze doze o afogue definir esse conceito eu vou dar um tempo aí para que vocês é e busquem e aí e as páginas no
pdf que você também tem o slide né que eu procurei fazer três laço eu propus esqueci disso é em desuso hartog regime e a palavra remete ao regime alimentar regime em latim de ai tá em grego ao regime político politeria ao regime dos ventos ao regime de um motor são metáforas que envocam áreas bem diferente mas que compartilham pelo menos o fato de se organizar ii em torno das noções de mais ou menos de grau de mescla de composto e de equilíbrio sempre provisório ou estável assim o regime de historicidade é apenas uma maneira de
engrenar passado presente futuro ou decompor um misto das três categorias justamente como se falava na teoria política grega da constituição mista misturando aristocracia ou liga o e democracia sendo dominante de fato um dos três componentes historicidade porque de hegel a requer tô passando por dilter rider o termo remete uma longo e pesado a história filosófica pode-se enfatizar seja a presença do homem para si mesmo e quando história seja sua finitude seja a sua abertura para o futuro como ser-para-a-morte rider retenhamos aqui que o termo expressa a forma de condição histórica a maneira como indivíduo ou
uma coletividade se instaura e se desenvolve no tempo ou seja o regime de historicidade é uma categoria heurística o pablo hartog desse deixa claro em outros momentos do seu texto que é o que você trata de alguma coisa inerente ao mundo mas é uma categoria holística algo próximo ao tipo ideal weberiano acionado por aqueles que querem compreender como que uma coletividade e se relaciona com o tempo aqueles que querem compreender as percepções de tempo socialmente distribuídas e coletivamente compartilhadas ok então essa é a ideia de regime de historicidade muito útil para gente muito útil para
gente porque ela ela nos ajuda a entender como lá no século 18 e a partir de experiências históricas concretas as chamadas revoluções burguesas criou se aquilo que o arthur me chama de regime de historicidade futurista caracterizado por uma relação e eufórica com o processo histórico caracterizado pela ideia de que a história com h maiúsculo como coletivo singular a gshytt possuiria uma razão própria oi e o movimento impulsionado por forças motoras essa razão própria e esse movimento caminharia sempre em marcha evolutiva das trevas para o iluminado do precário para o desenvolvido do simples para o progresso
da tirania para a libertação então é e essa segundo uma biografia muito extensa rosélia que hannah arendt um mexe esse é o argumento fundador da modernidade ocidental e da modernidade ocidental terceiro a partir da europa na europa e dos estados unidos e imposto de forma violenta as regiões periféricas do mundo esse é o que eu tô tentando mostrar é aquilo mundo na cultura historiográfica o que formulam programa metodológico de história do tempo presente essa cultura histórica eufórica tá estreita tá diluída estreita e diluída por experiências históricas concretas e as revoluções burguesas como experiências históricas concretas
lá do século 18 ao século 19 é provocou a formulação no plano das mentalidades dessa cultura histórica eufórica com o futuro a diferenças históricas concretas dos sa convite guerras mundiais crises econômicas extermínios em massa ditaduras tortura e colo colonização é ensejou uma cultura história e cabelo cólica em relação ao futuro uma cultura histórica muito mais preocupada com presidente do que comprou futuro vejam só o françois hartog na página 148 e é definido e esse regime de historicidade presentismo vejam só o slogan desse regime de historicidade presentismo segundo o hartog seria esquecer o futuro o slogan
esquecer no futuro é provavelmente a contribuição dos fluxos netos dos anos 60 a um fechamento extremo do presente e as utopias revolucionárias progressistas e futuristas e como em seu princípio mas também passa desista e retrospectivas as barricadas revolucionária cê resistências e resistência deveria operar-se a partir de então em um horizonte que não pretendia muito círculo do presente e sobre o calçamento a praia ou tudo rápido proclamavam os muros de paris em maio de 68 e antes que aparecesse logo depois no filme isto não é não mais o presente revolucionário de fato vieram nos anos 70
as desilusões ou fim de uma ilusão a desagregação da ideia revolucionária a crise econômica de 1974 a inexorável escalada do desemprego em massa o enfraquecimento do estado de bem-estar social construída em torno da solidariedade ea partir da ideia de que amanhã será melhor do que hoje e as respostas mais ou menos desesperada sou cínicas que apostam todas no presente e somente ele na da lei e aqui eu dou uma puladinha no texto olá seguindo se tomar toque nessa progressiva invasão do horizonte por um presente cada vez mais inchado hipertrofiado é bem claro que o papel
ou triste foi desempenhado pelo desenvolvimento rápido e pelas exigências cada vez maiores de uma sociedade de consumo na qual as inovações tecnológicas ea busca de benefícios cada vez mais rápidos tornam obsoletos as coisas e os homens cada vez mais depressa produtividade flexibilidade mobilidade tornam-se as palavras-chave dos novos administradores se o tempo é a muito uma mercadoria o consumo atual valoriza o efêmero a mídia cujo é extraordinário desenvolvimento acompanhou esse movimento o que é em sentido próprio sua razão de ser e faz a mesma coisa na corrida cada vez mais acelerada para o ao vivo ela
produz consome recicla cada vez mais as palavras e imagens e comprime o tempo o assunto ou seja o minuto e meio para 30 anos de história o trico turismo é também um poderoso instrumento presentes tanta o mundo inteiro ao alcance da mão em um piscar de olhos e em quadricromia é bom então meu povo eu acho que era as características então da nossa atual cultura histórica desse regime de historicidade presentismo seria aí pela aceleração do tempo quem é oi e o inchamento do presente o e uma relação algo saudosista com o passado e melancólica com
o futuro só não percebo um regime história histórico futurista moderno na categoria açoriana o passado eram as trevas a serem superadas superado ele é treva ele é a tirania ele é um o estágio inferior de desenvolvimento humano e o presente é uma etapa curta rápida que nós ultrapassamos fim de carreira e em função do futuro e do futuro pensado como horizonte tópico mesmo do futuro tratado como o local onde há baixa humana pretende chegar oi mô regime presentes tanta o passado vir uma espécie de objeto de saudade a outra alma tem buscado o artigo não
excluirá muito não mas a gente pode complementar né é o passado então se torna o tempo inteiro o objeto da eu vocação diante de um presente catastrófico e da expectativa de um futuro trágico o passado é o tempo inteiro evocado seja na chave da saudade do saudosismo o que explica por exemplo o sucesso da indústria retrô muito forte entre nós o ou seja na chave do trauma vinda de sujeitos historicamente oprimidos e violentados e o futuro é tido como tragédia o presente então ele é inchado esse é o esqueça o futuro o vivo o presente
o cacimbinha ah entendi quer dizer o presente então ele é tio do nome nos como mais não é mais pensado e na perspectiva as stores ista é como uma experiência temporal rigidamente marcada com fronteiras o presente do com presença onde o tempo inteiro nós atualizamos o passado nas mais diversas perspectivas onde o tempo inteiro not represent ficamos o passado se a chronotopia historicismo filha do iluminismo filha do iluminismo apesar de questionar alguns prefeitos iluministas fica muito claro os historicistas alemãs rank rumores que criticavam a os filósofos da história iluministas que defendiam o método indutivo em
contraponto ao método dedutivo da filosofia iluminista e depois colocadas pode esclarecer se debate no chat bom dia da aula não é encerrar tudo ontem para isso nós temos porchat a ideia da vídeo aula é e não quer dizer sim se na cromoterapia stories pista estava tudo muito claro entendi tava tudo muito pronto o que ela passado que ela presente as fronteiras delimitadas e uma ciência histórica disciplinar é criada como as especializada no passado quer dizer a partir do tempo presente o historiador e empiricamente a partir dos arquivos das fontes interrogar e o passado no atual
regime histórico e nós temos um amplo arco de presenças e onde as bordas as fronteiras não estou muito claras né o rodrigo twin meu colega professor de da unirio tem um texto muito bom na revista arte cultura eu me esqueci agora eu não posso ficar aqui né e aí e o título do texto do rodrigo touring o que ele exatamente mostra e como que essa represente ficar são fiz esse bico nesse texto e com muito cuidado e aqui o título é polifonia do tempo título do artigo do produtor em na revista arte e cultura polifonia
do tempo onde ele vai mostrar como que essa constante represente ficar são da marca por exemplo uma literatura do trauma e aquele pega como estudo de caso os livros do bernardo kucinski o que tem matizou muito a tortura ea ditadura é o título do artigo é a polifonia do tempo ficção trauma infecção trauma e aceleração do brasil contemporâneo e e o trem pega aqui como o estudo de caso os romances eu só que refrescar minha memória não está tanta coisa que a gente ler no kucinski o bernardo kucinski onde ele vai tentar lhe mostrar como
que esses romances muito esses enredos ficcionais em muito marcados pela experiência do trauma da ditadura militar brasileira eles são marcados pela dela constante represente ficação do passado que invade o presente com o trauma como fantasma como fantasma guria entendi essa ideia da invasão um passado que invade o presente porque ele é constantemente represente ficado a ideia de represente ficar são aquela é fundamental que é diferente da representação historicismo entendi que que era representação historicismo o historiador do presente claramente delimitado por fronteiras o objeto fica o passado através da pesquisa do arquivo das fontes produz a
historiografia que representa esse passado a represente ficar são outra coisa não se tá não se trata da representação historicismo mas da represente ficar são presentes que acontece com quando o sérgio camargo evoca a princesa isabel eo movimento negro invoca hora zumbi ou hora abolicionista os negros né do século 19 como louis luiz gama o é é o do ceará e ai gente me perdoe de fortaleza que tem aquele o dragão do mar a gente quer dizer são personagens temos represente ficados a luz de disputas políticas que são inerentes ao tempo presente então fiquem aí também
é sabe boa referência do texto do rodrigo turim é oi e aí o google acho pouco também discutindo isso vai dizer que o seguinte é que eu tô na página entre as páginas 14 e 16 do texto do google earth para nós o futuro não se apresenta mais como horizonte aberto de possibilidade ao invés disso ele é uma dimensão cada vez mais fechada a quaisquer prognósticos o que simultaneamente parece aproximar-se como ameaça e o aquecimento global continuará com todas as consequências que vem sendo previstas algum tempo a questão consiste em saber se a humanidade conseguirá
reunir crédito suficiente para mais alguns anos antes que cheguem os mais catastróficos resultados desta situação percebe a ideia do futuro como catástrofe filho o aquecimento global a falta da água as em todas as minhas virais tens muito diferente daquele futuro como progresso eufórico o tópico lá dos iluministas e da filosofia estudar da história herdeiras do organismo apesar de todo o discurso sobre como supostamente perdemos o passado outro problema que o novo cronótopo quer dizer o que o arthur me chama de regime de historicidade presentismo google me chama de um novo cronótopo que o novo promotor
pospõe é que deixamos de ser capazes de levar seja o que for para a posteridade em vez de deixarem de oferecer ponto de orientação os passados iludam o nosso presente os sistemas eletrônicos automatizados de memória tem um papel fundamental nesse processo e em que os passados queluz engolem e o futuro ameaçador o presente transformou-se numa dimensão de simultaneidade que se escondem a todos os passados da memória recente fazem parte deste presente em um criação é cada dia mais difícil excluímos do tempo de agora qualquer tipo de moda ou música das últimas décadas o outro presente
os seus mundos simultâneos ofereceu sempre já demasiado as possibilidades por isso a identidade que possui se possui alguma não tem contornos definidos ao mesmo tempo o fechamento da futilidade ao menos stricto sensu torna impossível agir pois nenhuma ação poderá ocorrer onde não houver lugar para projetar a sua realização e o presente é expansão da espaço para o movimento em direção ao futuro e ao passado é mas esses esforços parecem resultar redondado regresso ao movimento do regresso ao ponto de partida é a que produzem a impressão de uma mobilização e transitiva tomando emprestada a metáfora de
derrotar tão movimento imóvel frequentemente revela estar estagnado revelo fim do propósito dirigido então se o presente estreito da história era o habitat epistemológico do sujeito propósito era o habitat epistemológico do sujeito cartesiano então se o presente estreito da história era o habitat epistemológico do sujeito cartesiano deverá emergir uma outra figura de referência e de auto-referência no presente entanto poderá essa figura explicar a razão pela qual de uns anos para cá sentimos a pressão intelectual que com o passar do tempo só se intensifica de mais uma vez o pectus de sua fiz em parte do modo
como imaginamos e conceito alisamos os seres humanos que é mais ou menos isso enfim a gente já discutiu aqui como que no atual cronótopo ou no atual regime de historicidade é e o presente se estreita perdão presentes eu ia em cima regime de historicidade moderno futurista o presente era amplo agora ele se o presente era perdão era estreito era um momento de passagem para ficar claro é um regime de historicidade futurista moderno iluminista e todas as os seus perdemos e o presente é estreito é um momento rápido que nós atravessamos e que somos legítimos até
para sacrificar na marcha para o futuro de entendido como o progresso no atual cronótopo esse presente é amplo e é marcado por simultaneidade já que o passado um tempo o tempo inteiro invadir esse presente quem é oi e aí aqui ó eu isso ele também esse vídeo porque os vídeos tão parece que eu não tablet só sustenta o meia hora e aí eu volto para tratar a gente compra gente dá seguimento na aula a partir do tal dei e do mateus já já volto gente
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