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[Música] h R educativa e aog TV completam mais um ano de história e Uma História incrível a nossa missão ao longo desse tempo foi compartilhar todo o conhecimento produzido pela Universidade Estadual de Goiás gerado em seus Campos e unidades paraa Nossa comunidade mas também pra sociedade a gente leva para o público conteúdos que fazem a diferença desde temas educativos e culturais até questões científicas e ambientais é mais do que entretenimento é conhecimento levado de forma leve e relevante fazer parte da equipe da Rádio UEG educativa e da UEG TV tem sido de um crescimento constante
aqui a gente cresce profissionalmente e ajuda a levar todo o conhecimento para fora dos muros da Universidade com muita luta a universidade tem conseguido estruturar a rádio e ATV com equipamento de ponta isso permite uma melhor qualidade técnica e um conteúdo que sempre teve qualidade em informação educação irrelevância social agora conseguimos levar essas mensagens com ainda mais clareza e profissionalismo e acreditamos que isso é só o [Música] com no objetivo é ampliar cada vez mais o conhecimento produzido pela UEG os conteúdos que nós produzimos aqui na TV e na Rádio Universitária estão disponíveis na internet
e por meio dos nossos sites também do nosso canal no YouTube os podcasts que nós produzimos também estão disponíveis para serem ouvidos em todas as plataformas de streaming de áudio a rádio eg educativa muito em breve estará disponível e na FM em Anápolis e estamos trabalhando muito para que daqui pouco tempo nós tenhamos também a egtv operando em sinal aberto de televisão para que nós possamos ter uma comunicação pública de qualidade valorizando o conhecimento científico a ação e a cultura feita em [Música] Goiás e o que não falta é conteúdo e informação de qualidade pra
gente colocar no ar e ficar ainda mais perto de você por isso Siga a gente no Instagram @radio oeg e @u GTV e Fique por dentro do nosso conteúdo e das novidades também queremos ouvir você por lá mesmo você pode mandar mensagem com sugestões vem fazer parte dessa história rádio UEG educativa 7 anos e UEG TV 6 anos [Música] Olá boa noite sejam bem-vindos e bem-vindas a nosso primeiro congresso interdisciplinar de Gestão e Logística aqui então fazemos esse momento momento da abertura quero chamar então para participar da mesa de abertura o professor Rodrigo Messias que
é o nosso diretor do Instituto de Ciências Sociais replicadas da Universidade Estadual de Goiás a professora rosir Gonçalves que é a coordenadora Central dos cursos de Tecnologia da UEG a o professor Cristiano que é nosso colega e coordenador do curso de tecnologia e Logística em Senador Canedo e o professor cleito de Almeida também que é coordenador do curso setorial do curso aqui em Senador caneto sou professor Raimundo Márcio coordenador da unidade universitária de Senador Canedo esse Congresso é uma ativa do curso de superior de tecnologia e Logística da unidade Universitária do Senador Canedo em parceria
com a unidade universitária de Jataí então desde já agradecemos aos a a coordenação do da unidade Jataí também a coordenação do curso de logística por terem também conosco entrado nesse nesse empreendimento de fazer com que o conhecimento chegasse a mais pessoas e alcançasse o número maior de pessoas Então nesse momento eu quero passar a palavra Prof para que ele então possa dar as boas-vindas e iniciar oficialmente o nosso congresso boa noite boa noite a todas Boa noite a todos que nos acompanham pela UEG TV na abertura do primeiro congresso interdisciplinar Gestão e Logística um evento
que nasceu do esforço e e da colaboração de muitas unidades né em especial da unidade universitária de Senador Canedo e da unidade universitária de Jataí da nossa Universidade Estadual de Goiás do sonho e da do dos esforços coletivos eh dos dois cursos superiores de tecnologia em logística né dos profissionais professores né da nossa comunidade acadêmica né Eh em meu nome em nome do do Instituto acadêmico de Ciências Sociais aplicadas eu parabenizo todos os envolvidos por concretizarem essa iniciativa tão importante que no ano passado ainda era um projeto né que da construção desse projeto se torna
uma realidade e abrange eh tantas regiões do Estado ele como eu disse foi planejado né na soma de esfor de contribuições para das duas unidades universitárias né de Senador caned já tá aí mas abrange outras unidades universitárias que pode nos acompanhar pela transmissão da UEG TV e nós recebemos participantes de muitas outras cidades e também egressos dos nossos cursos eu tenho certeza que a programação desses qu dias Ela é Rica diversificadas eh palestras em formato híbrido né temas e discussões fundamentais paraa formação do nosso eh egresso para formação do nosso aluno né a se transformar
aí num profissional da logística né envolvendo sustentabilidade empreendedorismo no contexto da Inteligência Artificial eh sei que também haverão oficinas né que pode permitir aí uma prática eh mais aprofundada de todos os participantes tem iniciativas e participativas e desculpa iniciativas e participações né de alunos da comunidade acadêmica de professores de muitas instituições de um auxílio do sebrai né e eu tenho certeza que é um momento muito rico para completar para além da sala de aula para além das atividades de ensino né uma oportunidade de integração uma oportunidade que a tecnologia nos permite aproximar estudantes da da
mesma formação né egressos e a comunidade acadêmica que se interessa pelo pelo tema e pelos pelos aqui eh temas abordados e trabalhados na no evento bem acho que e assim eu encerro minhas palavras desejando um evento eh forte inspirador né que não só fomente o conhecimento mas que possibilite a tra a desculpa a troca de de experiências o debate né a a força né de se construir em conjunto E por que não construir conhecimento em conjunto e aproveitar de todas as experiências e conceitos aqui trabalhados espero que esse evento ele se torne e marque o
início de muitas outras iniciativas eh de modo interdisciplinar e possam contribuir aí ricamente paraa formação dos nossos alunos eh sejam todos muito bem-vindos e um bom evento a todos meu boa noite e muito obrigado Obrigado Professor Rodrigo passo a palavra Então à nossa coordenadora Central dos cursos de Tecnologia professora Rosimere Gonçalves Boa noite a todas as pessoas que nos assistem estão participando do primeiro congresso interdisciplinar de Gestão e Logística é uma grande alegria estar aqui agora fazendo essa junto com os professores fazendo essa abertura e eu gostaria de dizer que estou muito orgulhosa mesmo da
do evento e como ele foi construído agradecemos a demais a egtv que está conosco nessa parceria e eu acredito que será enriquecedor para todos que vão participar e principalmente porque há essa integração não somente de unidades mas de unidades da universidade e isso nos fortalece tanto como curso né E como Universidade Então parabéns ao responsáveis estou muito feliz e orgulhosa mesmo e tenho certeza que esses esses dias serão de muito proveito para todos que estão participando para as oficinas que vão para os alunos que vão participar das oficinas presencial Então essa iniciativa híbrida é muito
interessante espero que outras unidades né e cursos também tenham essas iniciativas que realmente fortaleça a nossa universidade obrigada passo a palavra também agradeço a professora rosim Meira e passo a palavra ao professor Cristiano Silva o coordenador setorial do curso de logística na unidade universitária de Jataí bom boa noite a todos todos os nossos acadêmicos professores os técnicos administrativos que com certeza nos ajudou né a a a unidade de Senador Canedo a nos proporcionar essa oportunidade agradecer oo Professor Rodrigo eh Com certeza deu todo o apoio assim como a professora Rose e Professor Raimundo Esse é
um Desafio que com certeza vai contribuir e muito até pelos temas atuais eh essa nova modalidade que vai proporcionar não só o conhecimento mas eh os alunos poder cumprir com algumas eh obrigatoriedades de componentes curriculares então eu tenho certeza que ao final do nosso encontro do nosso evento eh eh estaremos bem mais ricos né do que o dia de hoje agradecer aí aos palestrantes que aceitaram o convite e mais uma vez o professor cleito professor Raimundo muito obrigado pelo apoio agradecer aos nossos alunos aqui que Ao serem convidados inclusive neste momento estão em sala de
aula assistindo na coletividade eh porque depois inclusive daremos continuidade as nossas aulas mas enfim Parabéns a todos por Esse grande evento ao egtv também e que Deus nos abençoe então muito bem então Mais uma vez agradeço aos participantes da banca oficialmente então está aberto o primeiro congresso interdisciplinar de Gestão e Logística em parceria da unidade universitária de Senador Canedo com a unidade universitária de Jataí eh aproveito para ressaltar o apoio Incondicional do professor Marcelo né e toda a equipe da egtv que nos possibilitou então chegar a lugares que a gente não pensou chegar nesse primeiro
momento pensávamos fazer um evento pequeno local e tivemos aí inscritos de vários locais do Estado de Goiás né Eh pessoas que não estão e que não são da Universidade né pessoas que trabalham nas empresas e que né militam na área da logística e essas pessoas também tiveram oportunidade de fazer inscrição ah agradecer também né eh a ao sebrai que nos apoiou com as palestras e dizer então da nossa gratidão também por esse apoio que vai ser muito importante fundamental nos Demais dias e desde já também agradecer a todos aqueles que contribuíram Professor Cristiano professora arqu
Dânia que aceitaram o desafio e o convite de estar conosco e é nosso diretor do Instituto e a coordenadora Central também né por terem apoiado essa iniciativa então nosso Muito obrigado e a agora então nós vamos passar ao nosso primeiro momento da nossa atividade da noite que é a uma mesa redonda onde nós temos a oportunidade de refletir sobre a questão de sustentabilidade né que é um dos temas centrais do nosso eh do nosso evento Então quero chamar inicialmente que para fazer o a a exposição do tema a professora professora Débora Naia hof a professora
Débora ela é graduada em ciências econômicas da pela Unipac é mestre em economia pela Universidade Federal de São Carlos Doutora em Agronegócios pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul é professora no magistério superior eh Federal da unipampa no Campus Santana do Livramento e também coordenadora do grupo de pesquisa eh de Estudos em Organizações e desenvolvimento então professora a Débora inicialmente nosso Muito obrigado desde já e uma alegria poder também fazer conexão com vocês aí no sul do país Pois é saudações do Pampa muito bem eh para também compor Essa Mesa Redonda a primeira atividade
então que nós temos hoje eu quero chamar também eh uma pessoa que me é muito cara é um amigo de muito tempo de longas datas né Eh que é o professor Daniel Caixeta Andrade né Professor Daniel eh é professor da Universidade Federal de Uberlândia né Doutor e e também pesquisador na área da da sustentabilidade um grande parceiro que a gente tem que aceitou também esse desafio né em participar daí do Triângulo Mineiro estar conosco aqui nesta noite para fazer então o debate com a professora Débora né nesse momento sobre as questões referentes à atualidade da
sustentabilidade principalmente o esg então Professor Daniel também nosso cumprimento nosso agradecimento pela participação nesse evento e saiba que a sua contribuição nós é muito cara né e a gente agradece imensamente sua participação conosco Obrigado Márcio Débora satisfação em revela ainda que virtualmente né Eu acredito que vai ser um evento muito bom muito obrigado só para não cometer nenhuma injustiça né o professor Daniel é doutor em desenvolvimento econômico pela Universidade Estadual de Campinas é professor associado do Instituto de de economia e relação internacional da Universidade Federal de de Uberlândia onde ele lona e orienta nos cursos
de graduação em economia e mestrado e doutorado também em economia ele é expresidente da Sociedade Brasileira de Economia ecológica realiza pesquisa na área de desenvolvimento e ambiente usando principalmente o arcabouo teórico metodológico da economia ecológica então Eh para essa dinâmica né para esse momento nós vamos eh a professora Débora será expositora do tema O professor Daniel será o debatedor e eu vou ficar na mediação né trazendo a vocês também as perguntas dos nossos participantes daqueles que nos acompanham pela egtv eh antes de iniciarmos o debate em si gostaria de dar apenas algumas instruções aos nossos
participantes Principalmente aqueles que estão inscritos no evento eh ao final do evento nós vamos fixar já quase no finalzinho do evento nós vamos fixar aí no no chat a lista de presença onde vocês poderão então confirmar a presença de vocês fazer o chequinho de vocês para que vocês obtenham a presença nessa noite de participação no evento certo então somente ao final da da palestra inicialmente então eu gostaria que aqueles que estão participando conosco pelo chat que eles pudessem né dizer de que unidade eles fazem parte né de que momento eh de que lugar que eles
estão participando conosco nesse evento Então professora Débora Professor Daniel Muito obrigado desde já pela participação e vamos ao debate né a exposição que nós estamos então aguardando com muita ansiedade márci você pode colocar paraa gente aí os slides Eu acho que eu consigo comandar daqui depois né sim eu o aí só testando OK bom eh Boa noite a todos eh eu gostaria de começar falando da minha honra por esse convite sendo a primeira atividade do primeiro evento eh do congresso interdisciplinar de de gestão logística eh eh para mim é muito bom ter esses espaços onde
a gente pode trocar ideias né e eu acho que as tecnologias de informação e comunicação elas nos permitem tornar o mundo menor no sentido de proximidade né eu tô falando de uma região que fica no extremo sul do Rio Grande do Sul então para quem tiver curiosidade procurem a cidade de Santana do Livramento no Rio Grande do Sul eu aqui tô enxergando Uruguai do outro lado da rua então isso dá para vocês uma noção de distâncias geográficas que estamos mas que eh pela tecnologia nos aproxima bom eu tentei preparar eh um conjunto de informações bem
como ponto de partida para uma conversa Talvez um pouco mais Ampla mas que desse para vocês um pouco o fio histórico né de como que a gente chega nessas discussões sobre organizações sustentáveis sobre investimentos esg sobre mudanças em padrões de consumo mudanças em padrões de produção então eu vou tentar apresentar para vocês de uma forma que vocês enxerguem os vários caminhos que vão se cruzando no tempo eh para criar esse ambiente onde a gente eh espera né que emerja uma mudança do sistema econômico para algo mais sustentável bom então Eh o percurso da conversa vai
passar pela pelo desenvolvimento sustentável em si né como é que nós chegamos a esse conceito a essa noção de desenvolvimento vou falar um pouco como isso respinga então para criar a ideia de organizações sustentáveis e eh a relação dessas organizações sustentáveis com questões tecnológicas né em especial ecoinovação e a partir disso então apresento eh a forma como os investimentos esg aparecem nesse cenário e podem contribuir para acelerar Talvez um processo de mudança ou talvez até para conturbar um pouco esse processo eh das empresas que buscam se tornar mais sustentáveis eh o primeiro aspecto que a
gente precisa considerar é justamente De onde veio a ideia de desenvolvimento sustentável então se nós retomamos retornamos no tempo as primeiras discussões mais sérias sobre impactos ambientais ocasionados pelos processos produtivos elas vão permear tanto movimentos sociais como Greenpeace wwf e outros que T essa vibe de Ecologia de preservação ambiental Como o próprio conhecimento científico e esses dois ambientes se alimentando no tempo enquanto reforço de uma ideia que é o quanto a ação humana impacta o meio ambiente natural e o quanto o meio ambiente natural impacta a vida em sociedade então talvez os primeiros grandes movimentos
são justamente de preocupações ambientais né de perceber que o fazer humano de alguma forma provoca mudanças na realidade da natureza e que essa as escassez que vão sendo criadas pelo nosso fazer produtivo pelo nosso consumo pela nossa forma de interação com o meio ambiente natural tem um um efeito reverso paraa própria sociedade né Eh paralelo a isso avanços científicos vão confirmando essa percepção que num primeiro momento é intuitiva tá eh eu destaco ali alguns eh livros né que materializam essa esse conhecimento científico e uma tentativa de vulgarização desse conhecimento paraa sociedade como um todo e
o primeiro desses livros que é impactante é justamente o livro Primavera silenciosa da Raquel Carson que é de meados da década de 50 e que vai falar dos impactos do uso de um inseticida né O pesticida que é o DDT eh na realidade da natureza e o quanto isso poderia afetar ou envenenar os seres humanos né esse livro vai ser transformado num documentário esse documentário vai ser assistido por todos os Estados Unidos e e na história da discussão de desenvolvimento sustentável vai ser um dos primeiros momentos onde a gente consegue enxergar o movimento da sociedade
pressionando por uma mudança na regulamentação que dizia respeito ao uso de inseticidas pesticidas para controlar o uso do DDT que acaba sendo proibido Dep depois do uso no ambiente agropecuário eh existem outros documentos que são importantes nessa discussão né como o livro do Schumacher o small is beautiful o ser pequeno é bonito que vai dar sinais aí de um Resgate eh da discussão de Economia estacionária no sentido de que olha é complicado pensarmos um sistema econômico que cresce ao infinito no momento em que nós estamos num ambiente onde existem recursos limitados né então Eh já
sinalizações que nós precisávamos pensar um sistema econômico em outras bases eh talvez com fechamento de ciclo talvez pens pensando em emular natureza os primeiros rudimentos dessas preocupações que depois vão fundamentar inclusive o surgimento de novas áreas na economia como é o caso da economia ecológica vão aparecer nesse livro do Schumacher eh já pensando nas mobilizações institucionais uma das primeiras pesquisas que vai lidar com esses assuntos e vai fundamentar uma reunião eh organizada pela ONU eh os limites ao crescimento eh que também é conhecido como relatório Med e que vai estimar eh quanto tempo duraria o
crescimento econômico da humanidade como um todo se nós mantivéssemos os padrões de consumo na década de 50 e 60 e aí os primeiros grandes sinais de que olha não dá paraa gente pensar a economia nessa forma né sem um limite ou pensando que os recursos são ilimitados né então Eh esse documento ele vai dar sustentação para primeira reunião feita pela ono a respeito do meio ambiente humano e aí o nome é muito próprio meio ambiente humano ou seja o as coisas ao entorno da humanidade e não a humanidade inserida no meio ambiente natural mostra um
pouco o espírito da época em relação a essa discussão esse encontro vai acontecer em 1972 em Estocolmo e é uma das primeiras iniciativas de se eh criar ambientes globais de discussão a respeito da natureza E e essa é uma pegada interessante né Eh tudo que acontece no meio ambiente natural ele não vai respeitar fronteiras né Então essas mudanças que nós vamos perceber na natureza elas não vão ficar confinadas ao ambiente aonde o consumo onde o impacto ambiental aconteceu portanto qualquer ação que diga respeito a uma mobilização em prol de mudanças ela precisa ser pensada em
âmbito global e o encontro de Estocolmo é uma primeira sinalização dessa compreensão uma primeira iniciativa nesse sentido eh dessas eh mobilizações institucionais outros encontros ocorrerão então talvez um que é bastante significativo para nós brasileiros é Rio 92 que vai acontecer no Rio de Janeiro eh e ela vai ser o ponto de partida de várias questões interessantes eh de iniciativas para mudar a relação o sistema econômico o meio ambiente natural e aí nesse bojo tentar também mudar a forma como a economia poderia atender os anseios da sociedade como um todo eh e É nesse escopo que
nós vamos ter o primeiro conceito de desenvolvimento sustentável que é mundialmente conhecido eh não é mundialmente aceito né ele tem uma série de críticas acerca dele mas é o primeiro mundialmente conhecido até por conta da metodologia que foi usada para organizar eh esse evento do Rio de Janeiro eh que parte então de um documento que é chamado relatório brutel ou o relatório nosso futuro comum eh Aonde então vai se dizer que o desenvolvimento sustentável é aquele no qual se atendem as necessidades do presente sem comprometer a habilidade das Gerações futuras em atender as próprias necessidades
eh Por que que esse conceito é muito criticado Talvez o grande ponto é justamente como é que a gente implementa isso e a ideia em si é interessante né que tem compromisso Eh intrageracional Ou seja enquanto nós pessoas que estamos no planeta nesse momento do tempo eh vamos distribuir aquilo que produzimos para que todos tenham um nível de consumo adequado para viverem bem né ninguém passe fome ninguém faz frio ninguém more ninguém fique sem teto quer dizer essas discussões estão dentro desse conceito ao mesmo tempo que tá preocupado com o impacto que nós causamos no
meio ambiente natural no sentido desse esse Impacto não comprometer as gerações que virão no sentido delas poderem gerar as próprias condições de desenvolvimento então aí seria uma ética eh intergeracional né de uma geração para outra então esses elementos eles vão permanecer presentes nos conceitos que depois são tentados né para eh desenvolvimento sustentável Mas mesmo com todas as críticas que se tem a esse conceito me parece que ele é um sinalizador interessante do que que a gente busca quando a gente fala de desenvol desv volvimento sustentável quer dizer eh não é só o pensar eh crescimento
econômico acumulação de riqueza geração de possibilidades de emprego e de renda para as pessoas mas é em como fazer isso para que a natureza o meio ambiente natural sobrevivam e para que a gente tenha como resultado o processo não apenas geração de riqueza mas melhoria de qualidade de vida em todos os aspectos que isso pode eh ser entendido né e e também com o respeito O que que significa qualidade de vida dependendo da cultura com a qual a gente tá conversando eh esse conceito depois ele vai evoluir tem tem várias eh pegadas diferentes acerca dele
mas um que eu particularmente gosto e que ele vai permear muitas das ações voltadas paraa implementação do desenvolvimento sustentável é o conceito proposto pelo inac sax que a gente normalmente chama de conceito de Pilares e aí o inci vai dizer pra gente o seguinte olha desenvolvimento Genuíno quer soluções que atendam a três frentes eles precisam ser socialmente responsáveis ambientalmente prudentes e economicamente viáveis eh vocês vão encontrar esse conceito de Pilares com com com desdobramentos distintos tá com sete Pilares 12 Pilares mas eu eu gosto desse porque ele é muito sintético e ele Já sinaliza a
necessidade da gente ter Claro de que esses obj objetivos ou essas frentes elas não podem ser vistas como uma sobreposta a outra elas deveriam ter o mesmo grau de importância no processo de decisão de todos aqueles que estão envolvidos no desenvolvimento sustentável ou na na criação desse processo de desenvolvimento que se quer sustentável eh e uma das coisas que a gente vê quando estuda desenvolvimento sustentável é que quando as coisas estão bem ée a administração dos tradeoffs entre as três frentes ela acontece de uma forma interessante mas quando o sistema econômico entra em crise Geralmente
os aspectos sociais e ambientais eles são deixados de lado e é o aspecto econômico que toma à frente enquanto preocupação isso é um sinal no meu entendimento Claro de que apesar dos esforços que vê sendo feitos desde a década de 70 em especial desde a década de 1990 até agora para criar caminhos paraa emergência desse desenvolvimento sustentável nós ainda temos uma um paradigma econômico muito forte ou seja normalmente os processos que dizem respeito ao lucro e acumulação de Capital acabam se sobrepondo aos demais objetivos e talvez esse seja o grande desafio quando a gente discute
desenvolvimento sustentável e quando a gente discute desenvolvimento sustentável e sua pressão sobre as organizações para que elas mudem né E esse é o próximo aspecto que que eu quero discutir ou seja por que que a gente olha tanto paraas organizações para as empresas quando a gente discute desenvolvimento sustentável E aí eu vou chamar essas empresas que se orientam pelo desenvolvimento sustentável de organizações sustentáveis ou seja elas teriam que ter no seu íntimo na sua forma de atuar na sua forma de produzir eh preocupações no atendimento das três frentes ou seja tem que ser economicamente vi
tem que ser ambientalmente Prudente e tem que ser socialmente responsável se a gente quiser dar então um conceito para organizações sustentáveis a gente pode dizer que são empresas que se orientam por premissas relacionadas ao desenvolvimento sustentável seria a forma mais fácil da gente entender o que que são organizações sustentáveis E essas organizações sustentáveis elas funcionam num ambiente capitalista então isso vai justificar porque que eu falei olha quando dá crise é o objetivo econômico que toma a frente de tudo porque isso ainda é da realidade do sistema econômico onde essas empresas funcionam tá em qualquer mudança
de paradigma seja esse ideia de mudança paradigmática ser usada para um ambiente econômico pro ambiente científico o novo paradigma é construído com as ferramentas do velho Então esse é o desafio que tá posto como é que a gente faz dentro de um ambiente capitalista e aí eu iria adiante dentro de um ambiente capitalista né Liberal para que as organizações abracem essa ideia de se transformarem em organizações sustentáveis tá normalmente isso vai acontecer por pressões né a organização muda em função dessas pressões que ela vai sofrendo no tempo essas pressões podem ser pressões de regulação então
quando legislações mudam quando regras do jogo mudam e obrigam as firmas a atuarem em determinado escopo ou em determinado parâmetro isso pode contribuir para um processo de mudança tá então vamos pensar assim legislação ambiental que faz com que as empresas tenham que cuidar da poluição que causa nos rios tá isso é uma pressão de regulação então a empresa vai passar a poluir menos eh não porque ela tomou a decisão sozinha mas porque alguma coisa do ambiente institucional mudou tá uma outra pressão que pode fazer as organizações se tornarem mais sustentáveis é o que a gente
vai chamar de pressão dos stakeholders stakeholders é uma palavra que a gente usa para eh resumir né todos aqueles que afetam ou são afetados pelas organizações tá então aqui são consumidores são sociedades de entorno são governantes quer dizer todo mundo que é afetado pela empresa ou que pode afetar a empresa entra nesse pacotinho aí de stakeholders então e aí o exemplo que eu falei lá da Raquel Carson e o que que o livro dela fez paraa sociedade norte-americana pressionar por mudança de regulação é esse esse tipo de pressão uma pressão de stakeholder Ou seja a
sociedade se organiza para exigir uma mudança E aí isso pode acontecer por vários caminhos pode ser pressões diretas junto à empresa Mas podem ser indiretas quando se buscam Então as representações tá tem várias mudanças que acontecem ao longo do tempo eh paraas empresas que vê dessas pressões do stakeholders algumas vezes inclusive vem por mãos dos consumidores né os consumidores sinalizam que querem um produto que atenda determinados requisitos e obriga as empresas a mudarem as mudanças também podem acontecer de dentro para fora por aquilo que eu tô chamando de valores organizacionais tá E essa é uma
pegada bem Nelson ceriana no sentido de que as empresas são na verdade compostas por pessoas então quando as pessoas mudam quando as pessoas pensam diferente quando as pessoas se preocupam com um novo conjunto de valores isso pode eh ser transpassado para as firmas Principalmente quando isso acontece nas camadas de gestão ou seja quando a gente tá falando do CEO dos diretores dos gerentes como é que essas pessoas vão pensando a empresa e pensando as estratégias da firma as tomadas de decisão o que que é importante nesse processo a gente pode ver então mudanças que são
de dentro para fora e essas mudanças normalmente elas superam as pressões externas então supera a mudança pela pressão de regulação ou a mudança por pressão de stakeholders e passa a ser uma escolha da empresa eh agir dentro de novos padrões tentando encontrar então esse equilíbrio entre questões ambientais sociais e econômicas por último e aqui a gente vê que eu já tenho uma intencionalidade de ligar com os investimentos esg existe uma pressão que pode vir por parte dos investidores ou seja daqueles que vão aportar suas economias nas empresas no intuito de lucrarem com elas né então
essas pressões elas também podem eh se orientadas por valores de desenvolvimento sustentável eh ou por valores éticos ou por valores morais contribuírem nessa mudança das organizações para organizações sustentáveis bom eh juntando um pouco mais essas duas coisas as organizações elas são importantes porque elas são quem faz a transformação de insumos ou recursos naturais em produtos e serviços ou seja grande parte do impacto ambiental que nós temos causado está relacionado aos nossos processos de produção e consumo então a forma como as empresas atuam na sua produção é em grande parte eh responsável por aquilo que nós
ocasionamos de impacto na natureza mais do que isso a forma como as empresas atuam nas suas relações com as pessoas e eu tô pensando em quem trabalha dentro das empresas ou quem consome das empresas faz o impacto social também acontecer então toda a dinâmica eh se não toda ou grande parte da dinâmica que a gente pensa quando a gente precisa imaginar ou moldar um desenvolvimento que se quer sustentável passa por mudanças significativas nos processos de produção nos processos de comercialização nos processos de consumo e mais do que isso na forma como se trabalha com os
subprodutos com os resíduos com o que resta do processo de consumo ao final do processo de consumo isso inclusive bate diretamente nas discussões sobre logística e logística reversa então não tem como nós discutirmos desenvolvimento sustentável sem trazermos à tona a forma como os processos de produção estão sendo pensados eh como que as relações de trabalho estão sendo pensadas como que as pressões das organizações sobre o ambiente institucional ocorre né os lobis por exemplo para determinadas regulamentações não serem aprovadas ou serem modificadas para atender determinados interesses de acumulação eh de renda ou aumento de lucratividade eh
tudo isso entra nesse escopo da discussão de organizações e desenvolvimento sustentável então elas são nos seus processos elas geram impactos sociais e ambientais ao mesmo tempo que elas vão responder às pressões recebidas do meio Onde elas estão inseridas e tem capacidade de influenciar esse ambiente onde elas se insegue eu eu sempre falo muito pros meus alunos né olha é uma dinâmica recíproca tá então as empresas elas recebem pressão Mas elas também fazem pressão as empresas podem mudar em função do que a sociedade ou a regulação tá tá lhes impondo os investidores estão lhes solicitando mas
ela também pode influenciar esses comportamentos de consumo eh o próprio processo de estabelecimento de regulação ou os interesses dos investidores uma vez que elas também são investidoras em outras empresas Então veja que a gente tá falando de um ambiente muito muito complexo né não existe uma linearidade eh na forma como as interações Entre esses agentes eh ocorrem no ambiente de desenvolvimento sustentável E aí sabendo que elas estão inserida No sistema capitalista Eh toda a solução de problemas que serão propostas pelas firmas vão depender de algumas coisas que estão à disposição das empresas naquele momento do
tempo tá então a gente não pode deixar de levar em consideração os aspectos legais né aquilo que é imposto para as firmas ou aquilo que as obriga ou não as obriga tomar determinadas decisões Quais são as tecnologias disponíveis tá então a disponibilidade ou não de tecnologia para se fazer um processo de produção com mais ou menos impacto ambiental ela é um limitador E aí a associado às tecnologias disponíveis a questão das Eco inovações que são inovações que intencionalmente ou não reduzem o impacto ambiental das firmas em relação ao seu processo de produção e por último
o conjunto de valores institucionais tá E aí eu deixei entre parênteses ali a questão do Green wash né ou seja lavagem verde né quando que a empresa opta por criar uma imagem eh voltada paraa sustentabilidade voltada para preservação ambiental ou para preocupação com a sociedade mas que de fato no máximo tá atendendo dispositivos legais tá então eh você faz um esverdeamento da empresa deixar ela bonita né pro consumidor por investidor mas quando você bota a lupa para estudar essa organização os valores institucionais ainda não mudaram para um para essa eh lógica de uma preocupação real
com questões sociais ambientais né E são apenas formas de você atender as questões econômicas usando o que eu vou falar de forma irônica usando o que está na moda né então ah ok os consumidores querem coisas verdes sustentáveis ambientais eu vou oferecer isso para eles mas não necessariamente eu tô fazendo isso de verdade né então isso mostra que essa talvez um dos aspectos mais importantes para mudança das empresas né ou para escolha de soluções que sejam eh coerentes com o desenvolvimento sustentável passa fortemente pelo conjunto de valores institucionais ou seja só vai ser de verdade
né Eh a mudança ou a organização da firma de uma forma mais sustentável se ela tiver incorporado isso no seu modo de fazer a ponto disso ser tão tão tão importante que nem se questiona tomar uma decisão para preservar o meio ambiente ou para cuidar da sociedade em detrimento de lucro tá então essa é um aspecto importante pra gente considerar nessa construção que a gente tá buscando fazer aqui nessa apresentação bom aí aqui a gente vai vai ter um resumo de de algo que é bastante interessante que é como é que as empresas vão respondendo
a essas pressões tá então isso aqui é uma uma tentativa de criar Talvez um um fio condutor assim de o que que eu como pesquisadora da área Espero que as empresas façam ao longo do tempo e que alguns outros pesquisadores identificaram em setores produtivos diversos eh em momentos do tempo diversos Então vamos lá essa cronologia de como é que as firmas vão passando por essas mudanças ela não é igual para todo o setor produtivo tá e muitas vezes vai passar por uma coisa que é muito típica da economia que é qual é o padrão de
concorrência que o setor enfrenta então conforme as pressões vão acontecendo pressões de regulação dos stak holders dos investidores as próprias mudanças internas das firmas isso pode refletir numa outra forma de produzir que funciona melhor tem menos custo dá mais lucro Eh abre outras possibilidades de mercado torna a firma mais competitiva no mercado nacional e internacional e aí ela passa a ser imitada por outras firmas do mesmo setor produtivo e daqui a pouco todas estão fazendo dentro de uma mesma lógica tá isso é o que a gente vai chamar então de padrão de concorrência de modo
geral primeiro passo para uma mudança eh visando o desenvolvimento sustentável seria o que a gente vai chamar de ambientalismo corporativo tá grande parte do ambientalismo corporativo é pressionado por meio regulatório ou seja são legislações que vão mudando e vão fazendo com que a empresa tenha que fazer desta forma e aí fazendo eh as coisas com menor impacto ambiental com menos poluição com novas tecnologias muitas vezes as firmas descobrem que isso dá lucro e aí elas acabam adotando outras mudanças por conta da possibilidade de ter um viés de lucratividade maior e isso é bastante interessante Porque
o fato de entrar na lógica da empresa a preocupação ambiental e a preocupação social às vezes abre oportunidade para mudança de valores tá então às vezes pelo motivo errado a gente acaba chegando naquilo que a gente precisa que é da firma incorporar no seu fazer uma compreensão eh do seu papel né na construção do desenvolvimento sustentável então de um modo geral quando a gente fala de ambientalismo corporativo a gente tá falando de tecnologias que visam reduzir poluição primeiro tipo de tecnologia que as firmas usam nesse sentido é ess que a gente vai chamar de final
de tubo ou End of Pipe né então você bota filtro na chaminé você trata o efluente líquido você trata o efluente sólido tá então você não tá preocupado com os processos que geram aquilo tô só preocupado em não fazer com que aquilo caia daquele jeito no meio ambiente natural tá segunda fase desse ambientalismo corporativo vai ser o que a gente chama de Cleaner production ou produção mais limpa Então você vai encontrar mecanismos para reduzir perdas para reduzir subprodutos para reduzir poluição Então você você muda aspectos ou incrementa aspectos da tecnologia já instalada na empresa e
a próxima fase é o que a gente vai chamar de Clean production que é produção limpa aí você vai realmente mudar a tecnologia para uma outra melhor tá então vejam que aqui a gente tá falando exclusivamente de questões focadas para o meio ambiente impacto da firma no meio ambiente e São coisas que afetam basicamente produto e processo da firma tá então isso seria o primeiro passo aí para uma mudança eh para uma empresa que vai se construir ou que quer se construir como uma organização sustentável uma próxima fase é algo que a gente ouve bastante
que é a responsabilidade social corporativa e inclusive existe todo um uma linha de pesquisa e uma preocupação das empresas com os relatórios que apresentam isso eh pros consumidores pros investidores em especial pros investidores E aí ela é o ambientalismo corporativo adicionado aí de preocupações sociais e ambientais que vão para além do ambientalismo corporativo Ou seja a firma começa a tentar mostrar eh pro seu entorno em especial paraos seus stakeholders pros seus investidores que ela está preocupada em melhorar a sua relação com a sociedade e em reduzir seus impactos ambientais se ela tá fazendo isso porque
ela realmente acredita nisso isso extrapola o ambiente regulatório ou seja ela cumpriu a lei ela tá fazendo tudo certinho e ela ainda tá fazendo mais vejam que aqui a gente vai ter ações que afetam produto processo mas já entra no ambiente da gestão do negócio até porque essa materialização do resultado da responsabilidade social corporativa num relatório começa a tomar uma importância ao longo do tempo quando eu comecei a estudar isso em 2000 e 4 2005 eh ainda se discutia muito metodologias de apresentação dos relatórios hoje em dia se discute como que esses relatórios se tornam
eh informações relevantes para tomada de decisão eh principalmente dos investidores Tá mas também para tomada de decisão interna da empresa então a gente já não fala mais só em relatório financeiro das grandes empresas a gente já fala de relatórios integrados se vocês buscarem por exemplo as empresas que são listadas em bolsa grande parte delas já publicam relatórios integrados tentando mostrar olha Quais são os resultados financeiros da empresa Mas quais são os resultados sociais e ambientais que a empresa tem para eh mostrar paraa sociedade como um todo e as empresas fazem propaganda sobre isso né é
uma forma de criar uma imagem para a empresa de novo Eh quando a empresa tá incumbida de realmente fazer o seu processo de mudança para uma organização sustentável isso é muito interessante e os relatórios são muito interessantes também mas existem muitos relatórios onde a empresa simplesmente relata aquilo que ela faz por obrigação de lei tá então ok eu tô linda bonitinha no relatório Mas isso não significa que já dei como empresa o passo para me tornar uma organização sustentável Ah um outro ambiente ligado a isso vai envolver agora arranjos produtivos tá esse é um movimento
interessante que eu venho estudando já há algum tempo que vai passar pela lógica de você não só resolver os problemas de impacto ambiental dentro da empresa mas de fazer combinações eh entre setores produt iOS para reduzir esses impactos ambientais tá então isso a gente pode resumir numa ideia de simbiose industrial e E aí você vai tentar emular o o formato ou o funcionamento da natureza né o formato dessa organização dos sistemas ecológicos onde nada se perde nos processos né todos os resíduos eles alimentam novos processos na natureza então um dos modelos que a gente estuda
em Industrial são os ecossistemas industriais aonde você vai ter ecodesign ou seja você pensa processos de produção para que eles sejam eh passíveis de correção passíveis de reuso passíveis de reciclagem ou seja o produto e o processo são pensados para serem eficientes para reduzirem perdas e há uma preocupação com o ciclo de vida dos produtos né o que que eu faço com aquilo que sobra dos processos de produção como é que isso Volta para dentro do processo de produção como matériaprima E aí a máxima nessa discussão é a ideia de do berço ao berço A
ideia é não ter lixo A ideia é não ter resíduo A ideia é não ter nada que você devolva paraa natureza sem que aquilo pudesse ser usado dentro dos processos industriais E aí você tenta fazer a redução do impacto da firma por dois caminhos né você reduz a busca de materiais naturais na natureza e você reduz a deposição de resíduos na natureza tenta fazer o fechamento de ciclo no meio dessa discussão toda a desmaterialização também passa eh por dentro das lógicas de estabelecimento de processos e produtos Então veja que aqui a gente tá falando de
mudanças que afetam produto processo arranjo produtivo gestão do negócio uma das coisas que que é importante Principalmente nesse nesse ambiente onde temos uma preocupação cada vez maior com a acumulação de renda e riqueza na sociedade moderna diz respeito a Como que você eh faz as negociações as compras e vendas ao longo das cadeias produtivas tá uma das soluções voltadas para desenvolvimento sustentável que trata disso é o que a gente vai chamar de fair trade E aí A grande preocupação é o preço justo como é que você distribui a lucratividade ao longo das cadeias produtivas para
que nenhuma etapa do processo de produção acumule eh riqueza eh explorando outras etapas do processo de produção tá eh na Europa Fair trade ela vem sendo desenvolvida desde o início dos anos 2000 no Brasil o movimento é mais recente Mas tem já eh a identificação de produtos nacionais que trabalham na lógica de fair trade tentando reduzir então eh a exploração dentro das cadeias produtivas em especial a exploração de pessoas né então se a Ecologia Industrial tem uma preocupação muito com o meio ambiente Fair trade tá preocupado muito com pessoas como é que a gente eh
faz com que a lucratividade que se acumula os accidentes que se acumulam dentro de uma cadeia produtiva ou dentro dos processos de produção eh remuner bem todos os esforços eh feitos para que os processos produtivos aconteçam E aí o último bloco de discussão diz respeito justamente ao final do ciclo né OK consumimos E agora o que que a gente faz com o que sobra tá então essas preocupações com o que sobra dos processos de consumo também estão nesse bojo eh do desenvolvimento mento sustentável E aí é algo que perpassa por um lado as organizações que
precisam pensar nisso né como é que você pensa um ciclo de vida de produto de modo que aquilo que sobra do processo de consumo volte para dentro do processo de produção tá eu chamo atenção o papel de logística aí nesse ambiente ele é fundamental para que as firmas tenham acesso àquilo que foi eh consumido e que gerou algum tipo de resíduo tá aí discussões ligadas à reciclagem tanto Dal cycling quanto upcycling a necessidade de de produtos pensados para reparo para reuso a ideia de consumo sustentável no sentido de de nós indivíduos reduzirmos nosso consumo e
aí veja não é só o papel da empresa tem o papel também dos consumidores né de um consumo mais consciente né daquilo que realmente nós precisamos para sobreviver e não no sentido de acumular E aí tratamento correto de lixos e afluentes que podem surgir nesses processos Então veja quando a gente tá falando de organizações sustentáveis a gente tá falando dessas coisas aqui né então Eh para além só eh daquilo que é do ambiente regulatório várias dessas coisas podem ser decisões estratégicas das firmas para que elas se tornem mais viáveis né no ambiente competitivo que elas
enfrentam ou mesmo Para que sejam escolhidas pelos consumidores D os valores que representam tá E aí seguindo a nossa discussão nós vamos agora pegar entendendo né organizações sustentáveis explorar um pouco aquilo que é a pressão vinda dos investidores tá E que eu vou chamar de investimentos esg investimento esg é uma coisa que na atualidade parece novo moderno Olha que legal inventaram algo muito bonito mas quando a gente vai olhar de perto é um nome novo para uma ideia bastante antiga tá então os primos investimentos com uma pegada mais social eles vão surgir nos Estados Unidos
ainda no período colonial quando grupos religiosos se recusavam a investir seus Fundos no comércio de escravos tá esses eram investimentos chamados como orientados por princípios éticos ou investimentos éticos se a gente quiser resumir a terminologia né então a gente tá falando de algo bastante antigo né enquanto preocupação Olha eu eu quero investir o recurso que eu poupei mas alguns tipos de negócio eu não quero colocar meu recurso lá porque eu não concordo com a exploração das pessoas ou com a forma como esse negócio funciona tá esses investimentos orientados por princípios éticos eles vão evoluir para
algo que eu vou chamar de investimento socialmente responsável e aí aqui vale uma chamada de atenção tá eh não é muito harmônico ainda na literatura as nomenclaturas a respeito disso no tempo tá dependendo da referência que a gente busca eles podem chamar de investimentos socialmente responsáveis ou de investimentos responsáveis só eu optei pelo socialmente responsável porque é o que eu mais tenho encontrado naquilo que eu tenho estudado tá esses investimentos socialmente responsáveis eles têm Três Gerações aí ao longo do tempo eh que vão mudando um pouco características de como eles funcionam nessas pressões que vão
fazer sobre as empresas tá então a primeira geração desse tipo de investimento da ainda da década de 1920 ele se caracterizava por uma seleção negativa de empresas Ou seja eu excluo do porfólio de investimento empresas que TM eh princípios éticos ou Morais diferentes dos meus então se eu sou contra a a exploração de mão-deobra eu não vou investir em alguém que tá denunciado por eh mão deobra escrava se eu tenho preocupação com impactos ambientais eu não vou investir numa empresa poluente eh se se eu gosto de que as empresas Não façam mal pra saúde das
pessoas eu não vou investir em empresas de bebida ou de fumo tá então é é bem assim tu tira do portfólio de investimento empresas que tenham características ou valores diferentes dos teus eh independente delas te darem lucro ou não tá Então veja que é um outro nível de decisão uma decisão muito muito muito calcada numa preocupação de como o meu recurso vai alimentar algo que eu sou contra tá então por exemplo indústria de armamento fica fora do rol de investimentos vão ter n n exemplos nesse sentido para esse período do tempo tá a segunda geração
de investimento eh socialmente responsável já é do início dos anos 1990 ela já vem eh na linha do desenvolvimento sustentável que vai sendo sinalizado pela ONU nos eventos que a ONU vai organizando tá então ela tá alinhada com o movimento de desenvolvimento sustentável lá da eco-92 e a aqui a gente vai falar de uma seleção positiva de empresas Ou seja eu busco nas empresas determinadas características com as quais eu concordo E eu então Quero investir nessas empresas para ter lucro com uma empresa que eh produz de uma forma mentalmente Correta que cuida bem eh da
sua equipe de trabalho que tem uma boa relação com a sua sociedade de entorno e aqui eu já coloco um um pontinho de interrogação como é que eu meço isso como é que eu demonstro isso para as pessoas eu firma né então os relatórios de responsabilidade social corporativa eles vêm um pouco nessa linha de Olha tem gente querendo escolher empresas com determinadas características e eu quero mostrar que eu tenho essas características para atrair o investidor tá então isso essas coisas não estão isoladas umas das outras tá elas acontecem juntas né então o investidor procura uma
característica nas firmas as firmas tentam mostrar por esse investidor que possuem Tais características aí nós vamos ter uma terceira geração de investimentos socialmente responsáveis que acontece no final dos anos 1990 para cá que são os best in Class ou seja firmas que se destacam por terem Um Bom desempenho em questões sociais e ambientais e elas acabam então chamando para elas as maiores carteiras de investimento tá E aí acabam tendo um potencial de crescimento maior do que as outras empresas de certa forma elas servem um pouco de exemplo paraas outras firmas ou vão determinar o padrão
de concorrência daquele setor produtivo e aí os investidores tentam buscar quais são as melhores né com aquelas características tá aqui já aparecem eh carteiras definidas por critérios ambientais sociais e de governança porque existem discussões eh capitaneadas pela ONU em específico pela pela UNEP né que é a a a parte da ONU que lida com as discussões de Meio Ambiente né Eh que cria um uma iniciativa financeira para chamar atenção do mercado financeiro para esses aspectos das empresas tentando correlacionar olha mercado financeiro precisamos construir desenvolvimento sustentável e as empresas que tiverem essas características ambientais sociais e
de governança podem ser as mais interessantes nessa construção quem sabe vocês apostam nessas empresas Ou a invés se recursos nessas empresas para que elas cresçam eh mais rápido tá então aqui a gente começa a ter uma ampliação desse leque de de percepção do impacto das firmas na sociedade e por outro lado um momento de pressão sobre as firmas para que elas se responsabilizem por esses impactos eh que elas mesmas causam tá então eh o investimento socialmente responsável é um investimento sustentável responsável de impacto uma influência legítima nos mercados de capital e serviços financeiros Essa é
a lógica original tá então se eu tô pensando no investimento socialmente responsável de verdade eu tô pensando no investimento que é promover mudança e mudança em que sentido mudança para que as organizações tenham um incentivo a mais para fazerem eh esse percurso de se aproximarem da lógica da sustentabilidade E aí nós vamos ter duas coisas que acontecem nesse ambiente dos investimentos socialmente responsáveis um conjunto de investimentos que é baseado em valores e aí eu tô pensando valores éticos mesmo e Morais tá não de retorno financeiro tá nos moldes dos investimentos socialmente responsáveis tradicionais tá eu
tento buscar empresas que TM um conjunto de valores parecidos com o meu ou que eh fazem coisas que me agradam e direcionam o meu recurso para essas empresas Vamos pensar um exemplo hipotético assim eu particularmente gosto da Natura acho que ela é uma empresa que realmente faz coisas interessantes que se preocupa com meu ambiente natural que tenta organizar as comunidades que estão inseridas na Amazônia eh nunca ouvi denúncia de trabalho escravo ou de exploração Então eu tenho um recurso guardado Vou investir em ações da Natura tá então esse é o investimento baseado em valores de
novo são valores ligados à ética e à moral tá E aqui já surge então um segundo braço que são as análises e esg tá esse esg é a sigla em inglês para ambiental social e governança Então são análises que tentam mostrar que a empresa tem preocupações com questões ambientais tem preocupação com questões sociais e luta para ser transparente ou seja aquilo que ela faz ela publica ela luta contra corrupção ela luta contra eh desvios de recursos internos ou com a exploração dos seus fornecedores então todo esse pacote ligado à gestão da empresa Cabe aí nesse
g de governança tá em princípio essas análises elas estariam mais voltadas pro Futuro né então elas são uma iniciativa um pouco mais recente eh Que se esforçam para avaliar a materialidade de dados não tradicionais visando determinar Quais empresas estão melhor Preparadas para competir no mundo com recursos naturais mais escassos cargas regulatórias mais altas população crescente e mudanças climáticas e eu destaquei ali o avaliar materialidade de dados não tradicionais Esse é um super hiper Ultra desafio como é que é começo isso como é que eu consigo indicadores que mostrem que eu estou preocupado com questões ambientais
sociais e de governança tá e como é que eu faço isso de uma forma que seja simples e comparável tá porque essa é uma outra questão a gente tá pensando em orientação de investimento em princípio vocês podem pensar não professora mas aí investimento vem eh dos grandes Fundos eles têm equipe para estudar Tá mas é crescente no mundo e no Brasil muito crescente o investidor individual aquele que entra para investir com o seu CPF como é que esse cara lê essas informações e como é que a gente transforma essas informações em coisas que façam sentido
para quem tá fazendo a análise eh dos impactos que a empresa provoca né positivos ou negativos tá e mais não são Dados tradicionais porque historicamente as firmas estão preocupadas com questões financeiras quando muito estão preocupadas com questões dos relatórios de eh de responsabilidade social corporativa que foram sendo ajustados ao longo do tempo mas que a gente ainda observa uma Miria de de estruturas analíticas e de padrões que podem ser usados num relatório de responsabilidade social eh pouco tempo orientei um TCC na economia aqui em Livramento e a gente descobriu que as empresas estão montando equipes
só para montar relatório de responsabilidade social corporativa porque tem 10 15 padrões diferentes para atender dependendo do mercado que tá procurando mandar informação e nem sempre esses padrões conversam entre si e nem sempre as discussões sobre consolidação disso tão eh olhando para as coisas eh mais importantes tá e a gente pode explorar isso depois no debate sobre eh essa apresentação bom então os investimentos esg eh eles vão ter aparecer com esse nome né investimento SG por vias de uma iniciativa da própria ONU tá vocês viram que a ONU ela aparece né como um fio condutor
de várias coisas aí que a gente viu ao longo da apresentação Então essa iniciativa acontece através do programa das Nações Unidas pro meio ambiente eh que busca ampliar a relação do mercado financeiro com a construção do desenvolvimento sustentável então de novo é você usar quem tá aportando o capital na empresa para que ela cresça para que a empresa se preocupe com determinadas coisas Olha eu consigo buscar esse Capital se eu fizer esse tipo de ação ou se eu me moldar para esse tipo de critério Ah eu consigo atrair recurso do fundo da Noruega se eu
for uma empresa que tenho preocupações sociais e ambientais adequadas né ou que tem projetos de preservação ambiental Então essa iniciativa financeira da do do penuma ela data de 1992 não é por acaso ela vai surgir justamente no escopo da Rio 92 tá e ela cria uma estrutura para integração de práticas sustentáveis e mercado financeiro e ao longo do tempo ela vai construir o quê princípios para um banco sustentável princípios para sustentabilidade em Seguros e o que no nos interessa princípios para investimentos responsáveis tá esses princípios para investimentos responsáveis datam de 2006 E eles vêm na
esteira de uma outra iniciativa da ONU que é um pouco anterior que é o pacto Global tá no pacto Global o cofi anã na época era secretário da ONU chama um conjunto de atores do mercado financeiro e eles meio que estabelecem um código de conduta tá para esse ambiente financeiro tentando sinalizar coisas que seriam importantes cuidar para que se tivesse eh questões ambientais sociais e de governança orientando os investimentos tá esse pacto Global ele vai gerar um documento que é um documento chamado Hook wins que foi publicado em 2004 que é o primeiro documento momento
onde aparece a expressão investimento esg tá Então nesse formato investimento esg é ali que vai aparecer e aí aparece assim o vínculo estudando o documento né com essa história aí dos investimentos éticos investimentos socialmente responsáveis tá eh nesse documento então hooker wins aparecem critérios de para investimento isg que vão conversar com os princípios para investimento responsável eh do que a que o penuma faz tá um pouquinho depois em 2006 então esses documentos estão muito desculpa muito relacionados enquanto a forma de tratar do assunto então as questões ambientais são ações voltadas a mudança climática e riscos
relacionados eh paraas emissões né tóxicas e resíduos a questão da responsabilidade ambiental referente a produtos e serviços transparência responsabilidade e responsividade perante a sociedade desenvolvimento de mercados para serviços ambientais e produtos amigáveis ao meio ambiente Nas questões sociais ações Pró saúde e segurança no local de trabalho boas relações comunitárias respeito a Direitos Humanos na empresa e nas instalações de fornecedores e contratos boas relações com governo e comunidade contexto das operações de países principalmente países em desenvolvimento transparência responsabilidade e responsividade perante a sociedade e nas questões ligadas à govern boa estrutura e responsabilidade do conselho administrativo
boas práticas de contabilidade e divulgação boa estrutura do comitê de auditoria e independência dos auditores e boas práticas na remuneração executiva Então vamos lá isso aqui quer dizer o seguinte Olha se eu quero fazer investimento numa empresa que tem preocupações SG essa empresa tem que provar para mim que ela tá preocupada com essas questões e que o fazer dela tangencia práticas positivas em todos esses aspectos ou seja são organizações sustentáveis se elas seguirem essas lógicas elas necessariamente seriam organizações voltadas pro desenvolvimento sustentá e o grande desafio é justamente como é que essas informações são trabalhadas
pelas firmas pelos investidores e como é que essas coisas se relacionam no tempo e no espaço tá então algumas questões a considerar nesse ambiente dos investimentos esg para organizações sustentáveis tá dificuldade do estabelecimento de indicadores e metodologi de avaliação existem iniciativas tentando fazer uma consolidação disso eh me preocupa no entanto que várias críticas que eu tenho lido sobre essas iniciativas é que as questões que estão relacionadas aos objetivos econômicos elas acabam se tornando preponderantes eh na forma de estabelecer os indicadores Então tá eu tô preocupado no indicador que mostre Se a firma tem algum risco
de impacto ambiental ou social só que isso tá indo na verdade o risco de perder a imagem que pode fazer a ação perder o valor no mercado financeiro que pode fazer o investidor perder dinheiro opa não é bem isso que a gente quer quando a gente tá falando de investimento esg se a gente entender investimento SG como algo ligado aos valores éticos Morais e de impacto ambiental social da empresa tá então esse é um problema tem um outro problema que é que existe um comércio muito grande sobre avaliações esg hoje rolando no mundo inteiro tá
tem várias empresas tentando propor metodologias propor frameworks propor standards eh e vendendo isso para as empresas e vendendo Assessoria Então veja Pode ser que isso Gere um ambiente a gente não é muito interessante padronização tá porque cada uma tenta vender uma solução diferente quando a gente pega indicadores esgs dentro das bolsas de valores que é um pouco uma tentativa assim olha Eh população em geral de investidores se vocês quiserem investir em empresas esg aqui eu tenho um rol de empresas que atendem critérios tá alguns desses índices parecem est mais preocupados com resultados econômicos do que
com aspectos SG e outros são tão opacos que a gente não consegue entender muito bem o que que eles estão medindo tá E esses novos indicadores e metodologias eles têm criado uma sobrecarga paraas empresas que já buscavam atender demandas diversas sobre responsabilidade social corporativa tá então necessidade de algum grau de consolidação desses indicadores e metodologias é necessário mas a gente não sabe para onde isso vai no futuro tá então tá aí o que eu trouxe pra gente começar a conversa agora eu devolvo aí pro Márcio e pro Daniel Caixeta paraa gente bater um papo sobre
essas ideias se faz sentido Não faz sentido o que que mais que a gente precisaria olhar agradeço a atenção de vocês espero que tenha atendido assim essa primeira expectativa né em relação ao que eu preparei Obrigada professora Débora agradeço imensamente as contribuições acho as reflexões extremamente pertinentes e profundas né e agora eu passo então a palavra a Dr Daniel cacheta para que ele possa também nos eh possibilitar um debate sobre a temática bom Márcio Obrigado eh pela palavra mais uma vez Agradecer o convite para participar dessa mesa eh e revendo amigos né você é meu
amigo de longa data a Débora também é Inclusive a Débora foi a minha colega foi minha colega de trabalho aqui na Universidade Federal de Uberlândia e a gente teve Inclusive a felicidade de trabalhar numa mesma disciplina da pós-graduação bom Débora a a sua apresentação ela foi tão completa você foi tão Clara e tão eh didática durante a sua exposição que você dificulta o meu trabalho aqui com como debatedor tá certo mas eu queria não né contrapor o que você diz mas apenas complementar no sentido de tornar a a discussão um pouco mais rica para todos
nós aqui né eu eu tô acompanhando aqui pelo YouTube também e eu tô vendo que mais de 80 pessoas estão acompanhando aqui a transmissão então eu quero parabenizar pelo evento cumprimentar inclusive os professores que antecederam na mesa de abertura e desejar sucesso aí no evento mas vamos lá eh em primeiro lugar eu queria eh abrir a minha fala aqui dizendo o seguinte que a abertura desse evento ela ela coincide com o aniversário de 9 anos do desastre de Mariana que nós tivemos aqui em Minas Gerais Tá certo talvez muitas das pessoas que nos acompanham alunos
são muito jovens ainda talvez não se lembrem exatamente mas no dia 5 de novembro de 2015 nós tivemos o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco e Mariana tá certo foram despejados algo como 40 milhões metos cbic de rejeitos de mineração e esses rejeitos Eles foram pro Rio Doce e depois acabaram né indo pro oceano lá no Espírito Santo eh bom em setembro Passado Me parece que foi feito um novo acordo de reparação entre as vítimas entre as empresas envolvidas e os órgãos de Justiça eh me parece que esse acordo novo de reparação ele tá
beirando algo como 1 170 bilhões de reais tá e o STF ainda tem que homologar esse acordo e me parece que a empresa ela tá satisfeita com esse acordo tá ou seja seja esse é um exemplo Claro do Por que as nossas organizações elas precisam ser sustentáveis Tá certo porque aquele eu eu tô chamando de desastre né se foi crime ou não não me compete dizer ou se foi crime resultou num desastre ambiental que é considerado o maior da história do Brasil tá então Veja por que que eu trouxe isso aqui para mostrar né a
necessidade que as organizações se tornem sustentáveis veja e o meu objetivo aqui Débora e março não é demonizar as empresas tá porque as empresas estão fazendo a sua parte eu quero eh trazer aqui também outro dado interessante que foi publicado agora em setembro que foi uma uma uma pesquisa da pintec que é pesquisa de inovação tecnológica e tal sobre temas eh eh sobre alguns temas né E essa pesquisa mostrou que mais de 90% das empresas de mais de 100 funcionários Elas têm algum tipo de prática ambiental tá certo Então veja as empresas estão respondendo elas
estão procurando se tornar sustentáveis né agora A grande questão que nós temos aqui que a gente não vai saber responder mas que fica a reflexão é será que isso é suficiente dada a demanda que nós temos né Para para com o meio ambiente a Débora aqui representante do Rio Grande do Sul o Rio Grande do Sul viveu um desastre recentemente um um evento extremo Tá certo então como é que as empresas podem contribuir de maneira a tornar esses eventos extremos que vão se tornando cada vez mais frequentes menos frequentes Tá certo então esse é um
exemplo muito claro do Porque que a gente precisa tá debatendo essa questão de organizações sustentáveis e as empresas estão respondendo só que nós não sabemos ainda se a velocidade dessa resposta é compatível com o desafio que nós temos Tá certo então a outra coisa que me chamou muita atenção na sua apresentação Débora é que você muito bem expôs que desde o início da década de 1970 Nós já estamos falando de desenvolvimento sustentável embora o conceito tenha sido formalizado em meados da década de 1980 Talvez o Marco inaugural tenha sido a reunião de Estocolmo e a
publicação daquele relatório limites ao crescimento que você mencionou na sua apresentação Então veja 2 anos atrás em 2022 nós completamos 50 anos de discussões sobre desenvolvimento sustentável Então veja se a gente fizer um balanço Qual que é o balanço desses 50 anos de discussão na minha opinião a gente avançou em temas importantes Tá mas um resultado talvez tenha sido uma sopa de letrinhas que fica incompreensível pra gente a gente fala em desenvolvimento sustentável organizações sustentáveis economia verde economia circular mais recentemente bioeconomia etc Então Débora eu eu queria que você depois falasse um pouquinho sobre essa
sua impressão se essa proliferação de nomes ajuda ou atrapalha tá essa é uma questão a segunda coisa eh ô Má eu não sei como é que é a dinâmica eu eu posso colocar aqui as questões que eu gostaria que a Débora aprofundasse um pouco mais todas ou eu vou por partes como que eu faço a fica à vontade Daniel acho que também a Débora aí pode decidir se fica mais fácil ela fazer um apanhado geral e responder tudo né ou se ela tá Débora como você prefere acho V Vamos por partes que eu acho que
daí até para o público fica mais didático né a discussão Então eu acho que essa primeira desafio aí você me abraçou você me apertou você me abraça né mas tá Ah eu acho Daniel que a gente tem um problema muito grave eh nesses anos sobre desenvolvimento sustentável impacto ambiental Impacto social que é justamente o acirramento do sistema capitalista neoliberal eu vou trazer uma coisa que é muito Nossa do ambiente da economia mas acho que é importante isso ser percebido né Essas coisas elas não estão descoladas né pensar um desenvolvimento mais sustentável pressupõe uma mudança do
próprio sistema econômico a gente precisa pensar um sistema econômico que não esteja pautado em consumismo que não esteja pautado em acumulação que não esteja pautado no lucro sobretudo eh no acirramento de desigualdades sociais econômicas e e coisas tal então a gente tem um por um lado um esforço de levar a sociedade para um desenvolvimento mais sustentável mas que virou um negócio muito confuso pelas próprias coisas que eu fui falando na apresentação a gente pode ver tem várias iniciativas em paralelo isso vai pressionando a empresa de várias formas chega um ponto que a empresa quer fazer
algo ela não sabe por onde pegar o que que realmente é importante fazer para chegar no desenvolvimento sustentável por outro lado a dinâmica Econômica que tá sendo imposta paraa sociedade como um todo ela continua sendo uma dinâmica de acumulação Nós ainda estamos medindo eh sucesso na vida pelo tanto que se tem Ah eu tenho um carro eu tenho uma casa eu vou pra praia né daí Ah isso é um indicador do sucesso das pessoas assim então Eh meu entendimento é que o desenvolvimento sustentável ele passa por uma mudança muito muito grande de Valores em todos
os Agentes do sistema econômico e a gente ainda tá longe disso tá e o engraçado é que se a gente for lembrar nós já fizemos coisas muito interessantes enquanto planetinha na década de 80 o esforço para fechar o buraco na camada de ozônio é um exemplo de algo que foi feito coletivamente globalmente que deu resultado a gente tem como demorado a redução do buraco de ozônio por causa do não uso mais de gases do tipo CFC e que mostra que é possível quando a humanidade quer fazer algo junto fazer né Eh me parece que a
grande questão aqui é será que a gente realmente quer mudar o padrão do sistema econômico ou a gente eu tô falando a gente humanidade tá E aí assim talvez isso nem faça muito sentido porque tem muitas pessoas que talvez não estão nem pensando nisso estão pensando no que que vão jantar ou se vão ter um alimento para dar pro filho né outro nível de de preocupação mas o que que nós enquanto humanidade queremos a gente quer viver enquanto tiver recurso Acabou acabou morreu acabou para todo mundo que é uma visão super pessimista do negócio ou
a gente realmente vai assumir um compromisso de mudança assim né então acho que nós temos problemas a resolver eu acho que o grande problema a resolver é isso essa eh noção de que o planeta é um só de de que a humanidade é uma só de que se der ruim dá ruim para todo mundo e de que as soluções são possíveis elas já Se mostraram possíveis e viáveis Mas elas dependem de um esforço coletivo e de uma simplificação do processo seja paraas empresas seja paraas pessoas seja pros governos a gente talvez tá criando tanta coisa
tanta coisa que a gente se perde no meio de tudo isso eu como pesquisador às vezes paro ass meu Deus S Ah cansei vou de novo aprender uma coisa nova porque aquilo que eu estudei até aqui já não é mais isso já mudou a sigla já mudou o padrão já mudou e aí o efeito disso não é de verdade tá então eu te devolvo a pergunta assim tipo será que é isso mesmo Será que o nosso erro é não eh assumirmos a premência da necessidade de mudança me parece que é isso eh eu eu falei
desse negócio da dessa ploriferação de conceitos desenvolvimento sustentável economia verde economia regenerativa etc porque eu tenho a mesma percepção que você eu acho que essa confusão conceitual ela mais atrapalha do que ajuda e eu falei isso pensando no estudante que tá começando agora bom mas inicialmente era desenvolvimento sustentável agora a economia verde agora é bioeconomia o que que quer dizer isso tudo e no fundo isso tudo quer dizer o seguinte Olha é possível conciliar crescimento econômico preservação ambiental desenvolvimento econômico Tá certo essa é uma resposta para a qual a gente não não tem uma uma
uma essa é uma pergunta para a qual a gente não tem uma resposta definitiva ainda né mas enfim eu quis só levantar essa bola porque para que os alunos que começarem a estudar esses temas eles não se assustarem com essa com essa esse monte de nome de expressão que no fundo no fundo significa a mesma coisa tá certo e outra coisa que eu queria dizer é que na sua apresentação você mencionou isso e bem mencionado Mas eh e você concluiu a sua fala dizendo o seguinte Olha nós temos um desafio metodológico grande aí de construção
de indicadores etc e a a prática do Green washing ela é preocupante né até que ponto as empresas né Elas estão relatando essas práticas esg ou isd de maneira genuína e até que ponto que isso é um aí eu eu sei que você talvez né Eh eh vai dizer o seguinte ó esse é um problema mesmo tá mas eu queria ver o seguinte existe já uma preocupação nessas metodologias que estão sendo desenvolvidas para detectar esse fenômeno do Green washing Na verdade danel o que eu noto assim ó e aí tá eu tem tem duas pesquisas
que eu na verdade tem uma pesquisa que é sobre investimento SG eu abri algumas frentes para poder vasculhar assim Esse aspecto Inicial E aí nós somos justamente para dentro dos relatórios de responsabilidade social corporativa das empresas Ou os relatórios integrados ou os relatórios de sustentabilidade esses nomes mudam Aí dependendo da empresa que você pega ou o setor que você pega então o primeiro problema é que eh elas tentam atender às vezes vários movimentos em paralelo dentro do mesmo documento Então os documentos acabam sendo muito volumosos com muitas informações mas com contantemente a impressão que eu
tenho é o seguinte eh eu não eu não vou chamar de Green washing porque eu não tenho como provar isso mas eu escolho a informação mais bonita para o relatório entendeu então como tem uma Miria de indicadores que eu posso usar tem um monte de informação que eu posso apcar eu escolho para ir pro relatório aquilo que deixa minha foto mais bonita tá então eh não significa que aquilo não tá acontecendo aquilo tá acontecendo mas aquilo que é grave eh não necessariamente aparece no relatório e quando aparece no relatório já aparece com soluções apresentadas tá
então eh a gente fez uma pesquisa sobre risco esg nos relatórios das empresas do setor elétrico é bem legalzinho assim tudo que é risco considerado risco e SG já tem uma ação e a minha pergunta foi Tá mas e aquilo que ainda não tem uma ação Por que que não tá aqui tá então tem isso né que é no Mercado de Ações se chama Cherry picking né Eu escolho a cereja né do o que que eu vou apresentar ah meus trades sempre dão certo mas é porque eu já a priori sei quais são as ações
que são muito muito boas então eu só vou mostrar para quem quer investir no meu fundo aquilo que deu certo que deu errado eu ele não precisa saber entendeu eu deixo de ladinho ali ficou muito muito a impressão até aqui e que e talvez seja Green washing nesse sentido entendeu eu mostro o que melhor a minha imagem junto ao consumidor junto ao investidor aquilo que é grave eu não exento eu posso até tá tratando internamente ter uma equipe ter estrutura mas fica guardadinho para que é para não mexer na imagem da empresa e aí tem
uma coisa que eu acho que fecha com essa ideia que é o seguinte quando você busca eh nas pesquisas que já existem sobre risco esg o que o que que se entende por risco esg se tu perguntar para mim eu vou dizer assim olha é o risco da empresa causar um impacto negativo no meio ambiente ou na sociedade ou de cometer corrupção coisas que firam a transparência de governança da empresa isso é o meu entendimento do que que é um risco SG mas no no que tá sendo publicado de pesquisa sobre grande parte do conceito
passa pelo risco de ferir a imagem da empresa a ponto dela perder valor no mercado financeiro você percebe que é uma diferença importante aí de abordagem que vai refletir na forma como você trata a informação dentro do relatório tá então eh E e essa é uma discussão importante né eh eu vou fazer um indicador esg Para quê Para buscar uma empresa que dá muito lucro ou para buscar uma empresa que causa pouco impacto ambiental pouco Impacto social tá então eu acho que essas são coisas a se considerar quando a gente tá estudando isso e e
no meu entendimento é a a ausência de padrões ou a miríade de coisas que tá à disposição eh possibilita a empresa organizar seu relatório de forma a mostrar o que é bom e de forma a minimizar o O que é ruim ou até não colocar aquilo que é muito ruim tá eh é uma coisa que eu tenho que investigar mais profundamente mas que tem alguns indícios interessantes e a gente até tá eu e o o Daniel meu esposo eh eh também se interessa por essas discussões a gente tá delineando aí uma pesquisa Talvez um estudo
de caso muito específico ligado a Mariana e Brumadinho para dar uma olhada assim será que os relatórios de responsabilidade sinalizavam esse risco de impacto ambiental ou isso é uma coisa que ficou nessa esfera entendeu u tá lá e não olho com tanto cuidado assim então Então veja então e essa necessidade de criar metodologias para detectar essa prática do Green washing ela se complementa a esse desafio metodológico que você fechou a sua fala né né bom por fim ô Márcio eu eu quero deixar espaço aqui para interação com o público mas eu vou só colocar um
ponto aqui que eu acho importante durante a exposição da da Débora ficou muito claro que as empresas né Elas dependem dos investidores do crédito na verdade o sistema capitalista é um sistema viciado em crédito tá certo só que esse crédito ele pode vir do setor privado recursos privados mas também do setor público né então nós temos um BNDS da vida nós temos os grandes públicos aqui no os grandes bancos públicos no Brasil que fazem política pública tá certo concedendo crédito para atividade produtiva Tá certo então eh eu queria um pouco Débora que você falasse o
seguinte da responsabilidade dessas instituições públicas né que concedem crédito no direcionamento desse crédito para empresas eh consideradas organizações sustentáveis eh a gente vai cair no mesmo problema dos relatórios de sustentabilidade eh tem uma ex-aluna minha que trabalha dentro de de um dos bancos públicos aí que que fornece crédito né E ela justamente estava trabalhando em aspectos de estabelecimento de painéis de observação de indicadores de sustentabilidade para ajudar a orientar crédito primeiro que o volume de crédito para isso é bem pequenininho em relação ao volume total de crédito disponibilizado pelo banco o segundo é a meria
de indicadores pega o qu né para para colocar nesses painéis de análise interna então Eh mesmo que os bancos tenham várias orientações Inclusive a ONU né naqueles princípios né para bancos olharem para questões SG tentem dizer olha Eh observem desta forma eh não tá não faz parte do conjunto de valores eu acho que essa é a grande discussão eu coloquei isso um pouco no começo da minha apresentação né de que organizações para se tornarem sustentáveis elas precisam que os seus valores internos estejam eh muito muito amarrados com a ideia de sustentabilidade a ponto de você
fazer o tradeoff Ok eu vou deixar de lado a questão econômica e vou priorizar o social ambiental porque é isso que tem que acontecer agora eh enquanto esse conjunto de valores dos agentes ele não tiver voltado pro novo paradigma o novo paradigma vai ser uma ideia ele até tá aí tá tentando fazer alguma movimentação mas ele não está de fato orientando o sistema econômico e isso é uma preocupação que a gente devia tá tá lutando para mudar né Eu acho que um pouco o papel das Universidades quando promovem esse tipo de discussão passa por isso
né Eh eu ainda acredito que é através da educação que a gente consegue fazer com que esses valores que nós precisamos fazer que eh entrem nas organizações nas instituições e é por aqui que a coisa vai acontecer tá então quando eu vejo por exemplo educação ambiental nas escolas nos anos iniciais o ensino médio quando eu vejo as crianças preocupadas com com discussões que já envolvem eh questão da desigualdade a questão da história africana a questão da escravidão no Brasil vamos discutir sério essas coisas e e vamos eh passar a tratar esses assuntos que são importantes
como importantes né no sentido de Ok eu crio um grupo de pessoas engajado com essa ideia é isso que a gente precisa paraa mudança acontecer acho que ainda somos poucos eh espalhados né então a gente precisa realmente fazer com que a palavra se espalha então Eh promover essas discussões ter disciplinas voltadas para isso ter pesquisas sobre isso eh fazer momentos em que a gente consegue interagir com as empresas né eu sei que tem empresas que tão preocupadas eh efetivamente com a mudança que compreenderam que essas mudanças climáticas e as mudanças ambientais fazem mal para elas
né encarecem produção encarecem eh estrutura produtiva fazem com que as pessoas não estejam bem no trabalho então é é uma compreensão de maior complexidade é isso é isso que a gente precisa é um acho que a gente ainda tem um percurso Grande para lidar mas é de dentro para fora é mudando a forma como as pessoas pensam é fazendo com que essas pessoas cheguem nos espaços de de decisão eh Eu ainda acho que o melhor caminho é por ali apesar de ser né os valores organizacionais sozinho ali fora das outras pressões mas é justamente a
mudança das pessoas que vai mudar as pressões dos stakeholders que vai mudar as pressões regulatórias que vai mudar os valores institucionais e que vai mudar as pressões dos investidores a gente não consegue fazer essa mudança sem pessoas então amigo temos grande trabalho pela frente bom Márcio eu acho que nós podemos eh abrir pro público então tem algumas questões aqui Débora e Daniel que o pessoal aqui tá perguntando né Eh inicialmente tem aqui é quanto a questão das pressões nas que são decorrentes de que circunstâncias aquelas pressões que você falava né dbora Eh de que a
a sociedade em se vai começando a pressionar também essas instituições e o o Marco Lucas também pergunta aqui eh qual é a maior dificuldade que as empresas e sociedade t em colocar as prática em prática as ações sustentáveis e atualidade né Ah então assim Acho que são duas questões que meio que se mesclam aí né Ahã falo eu primeiro Daniel depois tu pode ser gente assim ó ah os stakeholders se acordam para necessidade de fazer pressão sobre as organizações quando eles sentem o problema em si Tá então vamos pensar uma coisa que aqui no Rio
Grande do Sul o Daniel bem lembrou aconteceu esse ano né a gente teve um problema muito sério de Cheias afetou grande parte do Estado felizmente nós aqui na metade Sul Sul não tivemos problemas com enchente a gente vinha de secas históricas então a chuva na verdade Deu uma aliviada eh nas secas históricas aqui da região ampliando os reservatórios mas grande parte do Rio Grande do Sul sofreu muito com com as enchentes e grande parte do processo que afetou as pessoas diz respeito a mudanças regulatórias que ampliaram a pressão das empresas e do agronegócio sobre o
meio ambiente natural então vocês provavelmente acompanharam as notícias né o governo do estado bateu recorde de mudança na regulamentação Ambiental do estado e aí é uma pressão de aumento de produção para cima de nascentes de Rio para cima de encostas para E aí deu ruim porque o solo não tava preparado para ajudar a absorver tanta chuva ou seja a enchente foi muito pior do que poderia ter sido se esses regramentos ambientais tivessem sido cuidados e aí vamos lá ainda tem um histórico anterior né você tem regulamento a você não aplica a regulamentação o pessoal também
faz o que quer né então quando a sociedade consegue é infelizmente assim né sente na pele o impacto causado pelo movimento econômico das empresas sobre o meio ambiente natural e aí você fecha o ciclo né a empresa pressiona o meio ambiente natural que muda esse ambiente natural ele acaba provocando nessa mudança algum efeito ruim sobre a sociedade a sociedade sofre essa sociedade que sofre vai pressionar o poder público para resolver o problema então você vai ter uma outra pressão acontecendo E aí você começa a ter discussão do tipo assim opa pera aí então se esse
formato das organizações da pressão sobre meio ambiente me afeta fazer eu perder qualidade de vida fazer eu perder saúde fazer eu perder família fazer eu perder patrimônio então isso não pode ser assim tem que ser de outra forma tá então normalmente essas pressões que vêm da sociedade elas elas acontecem assim a sociedad sente sofrimento e aí começa a pressionar por mudança essa pressão como eu falei antes na apresentação dois formatos pode ser direta eu vou na organização reclamar eu vou no governo do estado reclamar eu faço passeata eu faço mobilização da sociedade de alguma forma
ou pode ser indireta eu busco o meu Deputado eu busco o meu Vereador eu vou cobrar do prefeito infelizmente algumas cidades parece que não acordaram né que a mudança também passa pelo ambiente de governo o ambiente político também faz parte da mudança né então então algumas reeleições aqui no Rio Grande do Sul de de de prefeitos municipais me pareceram muito estranhas no sentido Poxa como assim mas tá talvez não deu tempo de maturação ainda das pessoas perceberem que olha esse essa decisão essa forma de governar também é responsável por aquilo que tá me afetando na
mudança climática porque não tá alinhada com as preocupações que deve se ter quando a mudança climática já está em curso mas é aquela questão eh como é que essas pressões batem nas pessoas e elas mudam a forma de pensar nem sempre é rápido né às vezes leva um tempo para se dar conta do processo né Então aí me parece que é a a mídia do nome na televisão o tempo todo mais contou a favor do que contra para decisões equivocadas que foram tomando Mas respondendo então resumidamente é isso a pressão é assim que acontece as
pessoas primeiro sofrem na pele depois elas vão tentar resolver isso de alguma forma pressionando os outros agentes do sistema econômico até porque às vezes sabe Débora e Daniel me parece que enquanto não se sofre na pele a coisa é muito distante ela não serve lá é uma ideia né tá lá na China na nossa realidade aqui do município podemos Senador Canedo eh foi o município no último censo que mais cresceu No Brasil se vocês procurarem os dados vocês vão ver lá o nome de Senador Canedo que er num município pequeno e que de repente faz
um Boom eh como eu falei eu moro a 13 km eu pego uma go né uma Rodovia para chegar no trabalho aqui na UEG e essa go antigamente ela era mata para todos os lados era fazendas e matas e tudo mais e agora se descobriu que ali é uma área de de possibilidade de empreendimento imobiliário então a gente tá tendo uma Invasão Total em Senador Canedo de condomínios eh verticais horizontais né E e aí assim se desmatou tudo praticamente então ali tem também nascentes tem coisas e tal e tá tudo bem né Por enquanto tá
tudo bem porque assim não tá afetando ninguém né talvez só no momento que a gente sinta né na pele o que o que realmente as mudanças climáticas proporciona essa ausência da consciência sustentável é que a gente pode talvez começar a eh perceber que a gente precisa mitigar esses danos né Eu acho que uma realidade nossa eu acho que é uma realidade assim de BR é e às vezes a a as pressões elas nascem de outro caminho assim ó eu lembrei de um exemplo daqui que tá acontecendo que tá muito interessante de acompanhar e que que
eu tenho já o proo qual eu tô torcendo né a gente tem aqui na região ao longo dos últimos 20 anos mais ou menos a expansão da produção de uva uva para vinho fino tá então é uma região climática muito propícia paraa produção de alguns tipos de uva e aí essa expansão da produção de uva ela tá sendo prejudicada pela expansão da produção de soja por quê Porque existe alguns esfoliantes que a soja usa que derivam no no no ar e vão para cima das Videiras e mata tudo teve gente aqui que perdeu a produção
inteira deir plantada já há mais de 15 anos por causa de uma deriva de pesticida usado na soja e aí os produtores vinículas estão começando a fazer pressão no estado para mudança de legislação para obrigar uma mudança daquilo que é autorizado ou não a ser usado na produção de soja na região e eu já ouvi assim muito de leve discussões inclusive de zoneamento de produção para tentar Proibir a produção de determinadas coisas em determinadas regiões porque tá fazendo mal pro meio ambiente natural e aí assim ciência usada de de base para ajudar no argumento Esse
é um outro tipo de pressão que acontece Às vezes o stakeholder não é nós consumidor mas é uma outra empresa tá sendo prejudicada por um uso inadequado de pesticida e de outras coisas então isso também provoca mudança no mínimo provoca incômodo né porque aparece na notícia enfim bom eh tem inúmeras outras perguntas agora a gente tá com 8 84 pessoas online né Tem tá oscilando aí já chegamos a quase 100 dá pouco eh e tem uma quantidade enorme aqui de pergunta chegando mas eu vou tentar resumi-los todas né então Ó o Cássio pergunta professora Débora
eh não o Cássio elogia né professora Débora explana com muita Lucidez Parabéns aos envolvidas Ah tem uma questão aqui sobre eh Quais as tendências futuras da logística sustentável que as empresas deveriam ficar atentas Quais são os principais desafios da logística sustentável atualmente né eh qual a mudança a para ser para essa mudança ser cultural acha que o governo deve deve ser responsável por grande mudança o incentivo seja ele eh seja ele pessoal ou institucional é o suficiente para essa mudança a importância de fazer ciência aí tem uma questão aqui que o o black coloca que
diz assim a importância de fazer ciência voltada para a população e fazer com que a mesma seja compreendida é responsabilidade Nossa enquanto futuras e enquanto frutos do sistema da educação pública né acho que é uma é legal a gente ouvir também essa questão da tomada de consciência e aí tem mais outras aqui né Quais os principais desafios para tornar a cadeia de produção sustentável e como uma empresa pode eh superarla para atingir metas da redução de carbono O que fazer para dissociar a ideia de sustentabilidade apenas da autopromoção ou como a professora Débora mencionou está
na moda e pensar a sustentabilidade como meio de mitigar esses impactos ambientais como essas práticas de logística sustentável Lucas Elias pergunta podem contribuir para o desenvolvimento econômico de uma cidade sem comprometer os recursos naturais acho que esse é um Desafio que a gente tem né que a gente que trabalha que pensa um pouco a sustentabilidade a gente bate cabeça e não consegue responder né Essa questão do desafio do crescimento econômico por um lado e da agressão aos recursos naturais por outro como as organizações podem integrar práticas sustentáveis ao longo da sua cadeia de valor ao
mesmo tempo em que equilibra a rentabilidade e o impacto ambiental Positivo e aí uma última pergunta que é do Cleiton meid o professor Cleiton diz assim como a senhora vê o risco da SG no mundo caso trump que é desfavorável a ela seja eleito né fazendo uma qualidade aí da da eleição nor porquanto tá na torcida que ele não seja eleito acho que todo mundo que tá na sustentabilidade tá nessa né que a gente o pessoal diz ah mas é direita deigual mas tem a direita e tem a Extrema direita extrema direita é ruim para
tudo que a gente pensar de bom ela é ruim final né Nós estamos no final gostaria que vocês pudessem fazer uma apanhada para tentar né ô ô Débora você é a protagonista da noite mas eu gostaria só de fazer uma observação que eu achei muito pertinente você falar a questão da Educação Ambiental conscientização ecológica é o seguinte quando a gente tá num evento desse aqui a gente contribui para maior disseminação dessa conscientização ecológica eu acho que nós estamos precisando disso mesmo conscientização ecológica como instrumento de legitimação democrática para adoção de políticas para regulação da atividade
econômica Tá certo Por que que a gente não tem avançado porque a sociedade não tem aceitado ainda um capitalismo ecologicamente regulado a partir do momento em que a a sociedade ficar consciente ela vai começar a aceitar isso então a conscientização ecológica é um instrumento de legitimação democrática alguma pessoa perguntou Ah quem que deve fazer isso essa mudança cultural liderar o governo etc eu acho muito perigoso você falar assim ó Fulano tem que fazer isso isso tem que ser uma transformação endógena democrática Tá certo porque quando você fala assim ah é o governo que tem que
fazer você tá pensando ah o governo tem que impor a gente não tem o governo tem que impor nada o governo tem que auxiliar no processo Tá certo a última coisa que eu que eu eu queria falar é assim eu não entendo muita coisa de logística não vou dizer né É É que o seguinte as soluções elas tê que ser pensadas de acordo com as potencialidades e as especificidades do do local por exemplo eu fico impressionado por exemplo ah carro elétrico vamos eletrificar a frota etc Como assim o Brasil vai esquecer o aprendizado tecnológico em
biocombustíveis Aliás o nosso carro flex Hoje ele já é mais sustentável emite menos do que o carro elétrico europeu Tá certo então o Brasil vai ter outras soluções a Europa vai ter outra o Japão vai ter outra um território pobre e eh populoso como banglades por exemplo vai ter outra Tá certo então as soluções elas TM que ser pensadas endogenamente considerando as especificidades do local tá certo é isso e E aí assim ó eh várias das perguntas eh dariam pra gente ficar aqui dias conversando eu vou Dizer para vocês que eu tenho uma experiência muito
legal aqui na Unipan para livramento eu tenho uma disciplina de desenvolvimento sustentável que Eu ofereço Na graduação é um componente curricular complementar e a gente passa o semestre discutindo coisas ligadas à sustentabilidade coisas mais teóricas coisas mais práticas coisas das empresas governo mas o que é massa assim na na disciplina é que todo aluno tem que ter uma prática ambiental que ele uma prática sustentável que ele tem que adotar no semestre experiência iniciar e apresentar no final do semestre como é que foi a experiência dele em relação a isso tá aí eu vou contar uma
historinha para vocês para vocês verem como é legal isso no sentido de perceber a dificuldade da mudança tá teve uma aluna semestre retrasado Se não me engano que resolveu reciclar o lixo em casa em princípio is é simples né vamos combinar separar as coisinhas o que que é orgânico e que que não é orgânico e levar tem uma cooperativa de reciclagem aqui na cidade a gente ainda não tem coleta seletiva mas a gente consegue como é tudo muito perto a cidade pequenininha a gente separa em casa e leva para eles lá se eles não passam
na Rua da gente para para recolher E aí ela chegou no dia da presente assim professora a senhora não acredita eu arrumei fiz as caixas identifiquei ajudava a separar chegava no final do dia meu pai pegava juntava tudo e levava lá para botar no latão do lixo eu passei 10 semanas do semestre separando o lixo eu não consegui levar uma vez a cooperativa como é que pode ser tão difícil um negócio tão simples Pois é como é que pode ser tão difícil um negócio tão simples então quando a gente Pens assim organização sustentável Nossa é
difícil é difícil é difícil porque você tem que internalizar uma mudança de tudo do que que é importante do que que tu valoriza entende isso não é simplesmente uma escolha isso é um modo de viver que passa a ficar presente então e aí o pessoal que lida com ecologia economia ecológica a sustentabilidade Fica tudo meio verdinho assim né a gente é muito do Bemzinho Porque tudo que a gente faz eh acaba permeado por isso porque os valores já tão aqui já já faz parte do DNA e é isso que a gente precisa Então assim ó
para mim o caminho é esse é educação é discussão é a gente eh criticar avaliar não demonizar porque às vezes a empresa também fica perdida no meio de tanta coisa acho que o governo sozinho não faz eh mas ele pode ter políticas mudam né como eu disse preciso de mudar a estrutura curricular das escolas para esses assuntos fazerem parte da formação é importante mas acho que nós como pessoas temos um um um papel a cumprir assim no momento em que eu faço diferente eu levo esse diferente pro meu dia a dia Eu causo incômodo né
então assim ah eu levo minha sacola retornável pro mercado mesmo que isso não seja a moda aqui desde que eu cheguei em Livramento há 10 anos atrás Ah no começo o pessoal me olhava com o cara atravessada como assim você não vai levar essa colinha plástica para casa não não quero plástico em casa eu quero minha sacola reton agora eu chego no caixa o menino que empacota ou a menina do caixa disse sen suas sacolas trouxe então percebe esse incômodo que a gente causa fazendo diferente também ajuda na mudança Então eu acho que tem um
pouco isso não posso esperar o outro a política pública a empresa o governo eu acho que tem um pouco isso mesmo achando que pode ser meio Poliana assim né ah eu sozinha vou mudar o quê eu vou mudar eu eu Ok mudei e tô incomodando todo mundo que tá em volta agora o que que vocês vão fazer com isso eu não sei e eu vou continuar ensinando e vou continuar provocando essa mudança acho que tem um pouco isso entendeu eh de de ser mais pral para finalizar né Eu trabalho com logística reversa aqui no curso
de logística né sustentabilidade logística reversa e a gente tem grandes desafios na questão da da do lixo principalmente né E aí às vezes o aluno Me Pergunta assim professor Mas e aí a gente não tem coleta seletiva e tudo mais a gente pode separar em casa mas vai pro no mesmo lugar e que acaba no lixão e tudo mais Ah e eu digo olha mas tem outras pequenas atitudes que a gente pode fazer que são atitudes sustentáveis que às vezes a gente pensa que não tem Impacto mas tem né É justamente essa coisa para levar
a sacola retornável eh eliminar o o copo descartável da da Universidade que a gentea não consegiu né então eu digo ó vamos traz traz sua garrafinha entendeu que hoje Praticamente todo mundo anda com garrafinha Então traz sua garrafinha que isso daí você já tá diminuindo o impacto né então são pequenas atitudes que a gente precisa tomar pra gente repensar também os nossos lugares né Eh eh a gente como você falava lá no início né a gente vive ainda numa situação de uma economia capitalista que nós somos muito mais o ter do que o ser E
aí esse O Grande Desafio talvez é nos tornar muito mais ser do que ter né então é isso aí chegamos então às 21:1 minuto eu quero agradecer imensamente professora Débora né foi uma alegria enorme te conhecer né ainda que AD pela tecnologia né que nos permitiu nos conhecer deix agradecer imensamente a contribuição da Universidade Federal do Pampa através da sua pessoa né no no nosso enconro no nosso congresso eh agradecer o professor Daniel pela indicação né são meus colegas também de de labuta aí nessa nessa questão da sustentabilidade do ensino né temos muito ainda a
fazer mas eu acho que esse é um um caminho que a gente tem que eh que galgar devagarzinho e quem sabe talvez a gente não veja mas quem sabe esses frutos possam aparecer para as novas gerações tá então Mais uma vez agradeço imensamente Agradeço a todos os participantes A aos colegas aqui Temos vários lugares aqui de de Goiás né participando inclusive temos gente do Paraná também aqui conosco tem gente de Cascavel de Catalão Goiânia Jataí Porangatu Senador Canedo eh e vários outros lugares aqui né Quirinópolis então agradecer imensamente e saber que também isso agora faz
parte do do do acervo da egtv e que fica disponível também para o público professora Débora Professor Daniel Muito obrigado tenham aí uma boa noite aos nossos participantes também uma boa noite eh amanhã nós teremos uma um segundo dia de Conferência amanhã nós trabalharemos sobre a questão do empreendedorismo né da questão da das oportunidades que surgem hoje na empresa e Desejamos a todos então uma boa noite e o nosso Muito obrigado Valeu gente obrigado obrigado pela confiança abraço Daniel [Música] k
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