Olá, minhas amigas, meus amigos. Muito bom dia. Tá começando mais um papo das 9 al vivaço, direto do meu cafo em Laranjeiras, com um tema palpitante, um tema muito muito atual, interessante do meu ponto de vista, especialmente no país que reúne o maior número de espíritas do planeta e boa parte daqueles que se dizem espíritas ou simpatizantes da doutrina codificada, elaborada por Allan Kardec a partir de conteúdos compartilhados pela espiritualidade maior, se aproximou do Espiritismo a partir do trabalho e da liderança de dois grandes médiuns que já partiram.
Há 23 anos atrás, no dia que o Brasil sagrou-se Penta, campeão mundial no estádio Yokohama, no Japão, e eu estava lá a trabalho, não esqueço esse dia. E lembro da minha mãe ligando, André, temos uma notícia triste. Isso no meio da euforia, da conquista do Penta.
Eh, Chico desencarnou e todos no Brasil se lembraram que Chico havia dito: "Eu gostaria de desencarnar num dia muito feliz pros brasileiros para atenuar ou aplacar a tristeza pela passagem dele. " E foi o que aconteceu, incrível, mas enfim, perdemos Chico Xavier, um médium excepcional, talvez o maior de todos os tempos. Divaldo Pereira Franco, que foi o maior divulgador da doutrina espírita, através de suas palestras, de seus seminários, seus workshops, grande médium e que abraçou como Chico, acúia tarefa da divulgação do Espiritismo através da prática da mediunidade, nos deixou essa semana.
com a idade de 98 anos. E aí, o que hoje nós vamos tentar fazer aqui é uma reflexão sobre como fica o chamado movimento espírita sem a liderança desses dois grandes médiuns. Não é um debate propriamente novo, desde a passagem de Chico e com a progressão da idade de Divaldo.
Esse debate em alguns lugares teve lugar, teve ensejo de acontecer. E nós hoje vamos tentar enfrentar esse tema sempre com o cuidado, eu preciso dizer, com essa humildade de não dizer aqui nada que seja incontestável, que expresse uma verdade absoluta. Não.
A gente vai refletir sobre esse assunto. Como fica no país que reúne o maior número de espíritas no planeta o denominado ou autodenominado movimento espírita sem as lideranças. de Chico e Divaldo.
Então, antes da gente abordar diretamente esse assunto, que eu creio ser do interesse de muita gente, espírita ou simpatizante do espiritismo ou curioso, curioso em relação a esse assunto, a gente vai aqui tentar explicar o que que é a mediunidade, porque esse é o ponto fundamental e matricial aqui da nossa reflexão, posto que o espiritismo não existiria sem reconhe sem que reconhecêssemos a mediunidade como uma ferramenta de comunicação que pode ser utilíssima na comunicação com plano espiritual. A mediunidade existe desde que a humanidade surgiu no planeta, em diferentes conjunturas, circunstâncias. Até hoje, há lugares do mundo, o espiritismo baseado em Kardec, não recomenda isso, mas você vai ver, por exemplo, nos Estados Unidos, os médiuns profissionais cobrando pelo trabalho que realizam enquanto sensitivos até num canal por assinatura aí não tenho visto mais, mas fez sucesso uma série eh, protagonizada por um médium, jovem dos Estados Unidos, que recebia plateia.
Isso tudo ia paraa televisão. E ele eh comunicava assim: "Eu tô sentindo aqui que tem uma pessoa com essas características. é uma senhora que tem tais eh a biografia dela resumida é essa, o nome dela é esse e tá dizendo que o sobrinho dela tá aqui, quem é?
Aí alguém da plateia levanta, ele chamava e começava a entregar os detalhes e pormenores da vida daquela pessoa que tava na plateia e comunicava ali de bate pronto o recado que a tia dele tava dando. Óbvio que isso não era um trabalho propriamente eh de caridade. Ali havia um negócio e esse médium era muito bem remunerado.
O espiritismo cristão, embasado assim nas obras básicas codificadas por Kardec, assinala com muita clareza que o médium ele não deveria mercantilizar a sensibilidade mediúnica que existe apenas e tão somente para promover nele médium a sua evolução ética e moral, servindo à humanidade através dessa desse equipamento, dessa ferramenta. Muito bem. A propósito, Chico e Edivaldo sempre, sempre determinaram a partir das suas comunicações, quer dizer, quando eles se reportavam ao público, eles se autointitulavam apenas e tão somente instrumentos.
Instrumentos, apenas e tão somente instrumentos. e reforçavam a mensagem das obras básicas, dizendo: "Isso não é profissão. Tanto Chico quanto o Divaldo trabalharam.
Tanto Chico quanto o Divaldo foram orientados pela espiritualidade maior a buscar os seus, a sua justa remuneração num com trabalho material para que tocassem a vida como qualquer pessoa e que a mediunidade não fosse em nenhum momento um meio para oferir recursos que não lhes pertencem. Isso é muito importante, é um ponto de partida referencial para nós e que, como disse, citando apenas o exemplo nos Estados Unidos, embora no Brasil existam alguns que façam o caminho da remuneração ilegítima por um trabalho que é da espiritualidade, não é mérito do médium via que aquela comunicação esteja acontecendo. Ele é apenas um instrumento.
Esse é um ponto capital. E tanto Chico quanto Divaldo, eu não conheci pessoalmente Chico, conheci muitos interlocutores, pessoas que compartilharam por bons anos da vida de Chico Xavier. Li pelo menos três biografias sobre Chico e construir, obviamente, a convicção, porque são as evidências, são os fatos que ele definitivamente desencarnou pobre, vivendo com muita simplicidade, muita humildade.
Estive na mansão do caminho a convite de Divaldo Franco anos atrás. Pernoitei na casa dentro da mansão do caminho aonde ele vivia e pude eu testemunhar igualmente um ambiente de simplicidade. Simplicidade.
Então eu tô dando aqui propriamente um testemunho do que eu vi. Eu vou começar aqui resgatando informações que me parecem importantes sobre o que diz o espiritismo a respeito da mediunidade, porque eu já disse que a mediunidade é tão antiga quanto ao primeiro humanoide que apareceu por aqui nesse planeta. Portanto, o espiritismo não inventou a mediunidade.
Qual foi a contribuição da doutrina dos espíritos para o fenômeno mediúnico? orientar o desenvolvimento, a consciência do médium para que ele seja um bom instrumento das informações que vêm de outra dimensão, denunciando o espiritismo, o risco do animismo. Quer dizer, o médium é a persona do médium, o psiquismo do médium que tá interferindo naquela mensagem.
a fraude, a mistificação, a superstição, né? Então o o filme do Wagner de Assis sobre Kardec é muito interessante que mostra como Kardec, que era um homem de ciências ligado à sociedade científica de Paris, a primeira vez que ele viu um fenômeno mediúnico, ele ficou obsecado para tentar revelar a fraude de onde tá vindo essa eh esse tremular. da mesa na minha frente, de onde tá vindo esse som.
E ele não conseguiu, ele ele se debruçou sobre a possibilidade do fenômeno mediúnico ser resultado de fraude, que é como o cientista deve agir. Antes de aderir a esta ou aquela informação que explique o fenômeno, ele tem que investigar. Kardec era um cético, que é o ponto de partida da ciência.
A ciência não pode partir de uma presunção, ela parte da observação. Isso em termos ideais. Livro dos médiuns é um livro inteiro.
Óbvio que eu não vou aqui fazer a leitura do livro, mas eu queria pegar alguns tópicos aqui no capítulo 14 dos médiuns. O que diz Kardec? É interessante.
Todo aquele que sente num grau qualquer a influência dos espíritos é por isso médium. Essa faculdade é inerente ao homem, não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Portanto, não é que um ou outro, não, todos nós em algum grau de sensibilidade.
Kardec, por exemplo, dizia que não sentia nada, nada. Mas nós temos algum recurso. E aqui no livro dos médiuns se diz: "Pode pois dizer-se que todos são mais ou menos médiuns.
Todavia, usualmente assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. Outro trecho que eu queria destacar pra gente ter a clareza o que que a gente tá falando quando reporta mediunidade, o que isso significa? Vamos lá.
Kardec pergunta no capítulo 20 da influência moral do médium, item 226. O desenvolvimento da mediunidade guarda relação com o desenvolvimento moral do médium. Kardec tá perguntando, o camarada que tem uma mediunidade espetacular, a índole, a ética, a moral dele é compatível com o desenvolvimento mediúnico?
A resposta é não. A faculdade propriamente dita se radica no organismo, independe do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom ou mau, conforme as qualidades do médium.
Então essa é uma confusão que muita gente faz. Considera o médium uma celebridade pelo simples fato de ser um instrumento de comunicação com plano espiritual. Só que não.
Eh, ele pode ser uma pessoa ética e moralmente deplorável. segue aqui e e fala que a qualidade da ferramenta depende do organismo. Isso é muito interessante que o espiritismo mostra que a cada encarnação, quando se decide, por exemplo, nessa encarnação, seu suas habilidades mediúnicas estarão bastante afloradas.
você vai fazer eh você vai ser um bom médium de incorporação, você vai ter a possibilidade de ouvir ou o recurso da vidência. Para isso é preciso ter um componente físico no corpo de carne compatível com aquela habilidade que só pode ser efetiva a partir de um ajuste no corpo físico. Aí diz aqui: "Sempre se há dito, Kardec, sempre se dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma graça, um favor.
Por que então não constitui privilégio dos homens de bem? E por que se vem pessoas indignas que a possuem no mais alto grau e que dela usam mal? Resposta dos espíritos.
Todas as faculdades são favores pelos quais deve a criatura render graças a Deus, pois que homens há privados delas? Poderias igualmente perguntar, por que concede Deus vista magnífica a malfeitores, destreza a gatunos, eloquência aos que dela se servem para dizer coisas nocivas. O mesmo se dá com a mediunidade.
Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras para se melhorarem. Isso é muito interessante. Não é a mediunidade, a luz do Espiritismo, um dom de Deus.
Você foi agraciado com uma bênção. Você é um anjo na terra porque consegue se comunicar com os espíritos. Segundo a doutrina espírita, não é isso.
É bem o contrário. Em boa parte dos casos, a habilidade mediúnica, ela vem encaixada num corpo, numa determinada encarnação, para que a pessoa, a partir dessa sensibilidade que gera perturbação, isso vale para Chico e Divaldo, que desde cedo percebiam ser diferentes na habilidade de perceber presenças, enxergar espíritos, conversar com eles. Isso não é motivo de alegria ou regozijo, isso é motivo de sofrimento.
E os dois, Chico claramente, quando vi a mãe desencarnada, a mãe dizia: "Filho, finge que não tá me vendo, ou então não dá bandeira brincando com seu amiguinho invisível, porque senão vão te internar". Os manicômios e hospícios do Brasil, em boa parte da história desse país, foram o endereço de muitos sensitivos que eram tidos por loucos. A habilidade mediúnica, portanto, é ferramenta evolutiva.
Eu preciso, por que que eu tô enxergando espírito? Por que que eu tô ouvindo o espírito? Por que que eu tô sentindo isso ou aquilo?
Vou procurar ajuda. Quantas pessoas no movimento espírita eu tive o prazer de conhecer? Uma delas, a fundadora da instituição que eu frequento, dona Terezinha, que já desencarnou.
Ela era uma médium que não entendia a sensibilidade que possuía, tinha medo dessas coisas. E ela passou maus bocados com a mediunidade dela, sabe, tendo perda de consciência no meio da rua, entre outras questões, até o momento que ela procurou ajuda e entendeu o que ela sentia, por ela sentia e o que deveria fazer com essa ferramenta. Essa é a visão dos espíritas.
Ou seja, a mediunidade é uma enchada que não pode enferrujar encostada na parede. A mediunidade é um instrumento de trabalho que não deve ser objeto de remuneração. Não existe a profissão médium.
Portanto, diz aqui, desculpa, pensas que Deus recusa meios de salvação aos culpados? Ao contrário, multiplica-os no caminho que eles percorrem, põe na mão deles, cabe-lhes aproveitá-los e aí vai embora. Eh, outra questão interessante, Kardec pergunta: "Qual o médium que se poderia qualificar de perfeito?
" Olha a pergunta de Kardec. Qual o médium que se poderia qualificar de perfeito? A resposta é: perfeito.
A, bem sabes que a perfeição não existe na terra, sem o que não estariais nela. Diz, portanto, bom médium e já é muito. Um bom médium já é muito.
Por isso que eles são raros. Médium perfeito seria aquele contra o qual os maus espíritos jamais ousassem uma tentativa de enganá-lo. O melhor é que aquele que, simpatizando somente com os bons espíritos tem sido menos enganado.
Então, gente, eu acabei de reproduzir aqui o que me parece ser um senso comum, que Chico Xavier foi o mais excepcional médium já visto no Brasil, certamente, no mundo, muito provavelmente. Chico foi enganado. Chico foi enganado inclusive por jornalistas da revista Cruzeiro.
Essa história é conhecida, né? Que disseram-se correspondentes estrangeiros, fizeram uma reportagem ampla com Chico e pediram para ele poses, Chico na banheira, eh, entre outras situações vechatórias. E Chico sempre muito assim simples, humilde, constrangido de contrariar um correspondente estrangeiro, levou um susto quando se viu na reportagem de capa da revista Cruzeiro na época, uma publicação impressa, top no Brasil e Chico ficou muito muito confuso, triste, magoado e reclamou com o Emmanuel.
Mano, por que que você não me advertiu que eu estava sendo alvo aqui de um golpe, né? Estavam dando uma volta em mim aqui, não falaram quem eles eram. E Emanuel disse, eu não vou reproduzir aqui as palavras corretas porque eu não fiz a pesquisa antes do Papo das 9, mas disse, você pareceu tão empolgado com essa história.
Ironicamente, Emanuel falou, você se deixou levar pela vaidade. Você pareceu muito à vontade para receber correspondentes estrangeiros. Só que é interessante, no final da reportagem que Chico imaginou estar fazendo com correspondentes estrangeiros, Chico fez uma dedicatória e esses jornalistas quando chegaram em casa e leram a dedicatória, um percebeu e ligou pro outro.
Fulan, você viu o que que tem na dedicatória? Ele falou: "Não tem o nosso nome, não o nome que eles mentirosamente Bom dia, mozinho. Vai trazer um copinho d'argua para mim, calmou.
Tô aqui meio engasgado. Eh, não, o nome que eles disseram pro Chico sendo correspondente estrangeiro, o nome real deles foi Emanuel. A Emanuel deixou o recadinho aí, Janzon.
Toma. Bom, então vamos lá. A perfeição não é desse mundo.
Isso vale pros médiuns. Perfeição não é desse mundo. E a espiritualidade maior diz diz, portanto, bom médium e já é muito.
Por isso é que eles são raros. E vai embora, gente. Esse é o capítulo 20 do livro dos médiuns, acessível na internet.
Tem sem precisar pagar para quem não queira comprar. E vem aqui depois, por muito bom que seja, um médium jamais é tão perfeito que não possa ser atacado por algum lado fraco. Isso lhe deve servir de lição.
As falsas comunicações que de tempos a tempos ele recebe são avisos para que não se considere infalível e não se insoberbeça. Porque o médium que receba as coisas mais notáveis não tem que se gloriar disso, como não o tem o tocador de realejo que obtém belas áreas, movendo a manivela do seu instrumento. Obrigado.
Bom dia. Tava com a garganta sequinha aqui. Obrigado.
Então, ah, veja, e como foi difícil para Chico Edivaldo, eu vou falar isso, mas eu vou falar depois, porque não obstante eles serem os primeiros a se dizerem imperfeitos, falíveis, sou apenas um instrumento, não sou digno de toda essa veneração, porque havia uma idolatria tanto de Chico quanto de Valdo, apesar de tudo que eles disseram no sentido de gente menos, menos, menos a inclinação de boa parte dos espíritas pela idolatria foi patente. Mas eu não vou agora entrar nesse particular, depois eu vou. Eh, aí vem se o Kardec, se o médium, do ponto de vista da execução não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande sobre o aspecto moral, pois que para se comunicar o espírito desencarnado se identifica com o espírito do médium.
Esta identificação não se pode verificar se não havendo entre um e outro simpatia e se assim é lícito dizer-se afinidade. Então, Emanuel em relação a Chico, Joana de Angeles em relação a Edivaldo, notadamente tinham uma história de outras encarnações e o compromisso na última encarnação desses espíritos, Chico e Divaldo, o compromisso de serem seus mentores, aqueles que estariam à frente, digamos, do trabalho. do ponto de vista da espiritualidade.
Então, minha sugestão, livro dos médiuns, nunca é demais, muita informação. Quem é médium e sabe que é médium, não pode descuidar da sintonia. A palavra chave da mediunidade é sintonia.
Num provas e expiações, num período extremamente turbulento de transição planetária, né, a gente precisa se acautelar. Todos nós, mesmo você ou que não somos médiuns sensitivos, que percebemos sutilezas, nós temos anteninhas que com maior ou menor habilidade e sensibilidade capta alguma coisa. Há aqui outro livro que eu reputo como dos mais importantes pro estudioso do fenômeno da mediunidade, uma das obras basilares de Martins Peralv, estudando a mediunidade, muito, muito interessante.
E aqui ele enumera os desafios dos médiuns no mundo da gente aqui, na nossa casa planetária. Então ele vai enumerando os desafios dos médiuns, os problemas materiais, aquela história, daia a César, o que é de César, a Deus o que é de Deus. Disse Jesus, quem tá nesse planeta, não pode virar as costas paraas demandas desse planeta.
Como disse aqui, Chico e Divaldo tiveram que trabalhar. Vai trabalhar, ganhar o teu salário, fazer por merecer a tua condição de pessoa digna, pagando suas contas, seus boletos. Agora não vá pegar dinheiro de quem frequenta um centro espírita, vai numa palestra sua, compra um livro psicografado por você para pagar tuas contas.
Não faça isso. Então, os problemas materiais, os instintos, ainda falando bem alto na intimidade do próprio coração, a inclinação ao personalismo e a vaidade, a prepotência, ao amor próprio, enfim, a condição ainda deficitária de sua individualidade espiritual concorre para que o mais alto encontre nesta altura dos tempos forte obstáculo a livre, plena e espontânea manifestação. Ou seja, os bons médiuns, eles precisam ter, digamos, uma vida mais regrada, na medida do possível, em relação à gestão da própria energia, não se perderem discussões estéreis, debates acalorados, não consumir conteúdos que mexam com seu psiquismo e a sua emoção de uma forma muito turbulenta, baixando a vibração, determinando o estado de ansiedade, angústia, medo, mágoa, ressentimento, o que seja.
Uma alimentação minimamente regrada também ajuda, porque quanto mais, eu diria, inclinação um médium tiver para o modo glutão, eu gosto de comer tudo, como tudo, toda hora. Adoro comer, como de tudo. Eh, a alimentação, ela é objeto de preocupação na medida em que ela vai demandar energia para ser metabolizada, digerida.
E o fluído vital do médium, ele precisa minimamente estar disponível nos dias de trabalho dele. Nos dias de trabalho. Isso vale também pra prática do sexo.
Quer dizer, dependendo do gênero de atividade mediúnica, recomenda-se que na véspera e no dia do trabalho a ativ, o problema não é o sexo. O sexo é do bem. O sexo não é um problema.
O problema ou a questão que tá colocada é para você ter o equipamento mediúnico. Você é ferramenta, você é instrumento, você tá trabalhando no campo sutil das energias. A concentração dessa energia no aparelho genésico representam déficit operacional.
Vamos colocar assim no exercício da função mediúnica, se eu bem entendi. Vamos lá. Segue Martins Peralva no livro Estudando a Mediunidade.
Justo e mesmo necessário será, portanto, que o médium guarde igualmente no coração o desejo de, pelo estudo e pelo trabalho, pelo amor e pela meditação, sobrepor-se ao meio ambiente, ou seja, o ambiente em que ele está inserido, que eventualmente, muito provavelmente não é dos melhores pro exercício pleno das faculdades mediúnicas. Então, sobrepor-se ao meio ambiente e escalar com firmeza e decisão os degraus da evolução consciente e definitiva, convertendo-se assim com redução do tempo em espiritualizado instrumento das vozes do Senhor. Esclarecem os instrutores espirituais que é a mente a base de todos os fenômenos mediúnicos, assim sendo, a natureza dos nossos pensamentos.
O tipo das nossas aspirações e o nosso sistema de vida a se expressarem através de atos e palavras, pensamentos e atitudes determinarão, sem dúvida, a qualidade dos espíritos que, pela lei da afinidade serão compelidos a sintonizarem conosco nas tarefas cotidianas e especificamente nas práticas mediúnicas. Ser médium não é brincadeira. Ser médium é uma tarefa muito, muito importante, promovendo o consolo, promovendo o equilíbrio, a serenidade, promovendo o conhecimento, promovendo o tratamento ou a cura.
Se houver merecimento da pessoa que tá se submetendo a um tratamento espiritual, o médium ali é o medianeiro de fluidos medicamentosos que podem chegar numa hora boa. Quantos casos a gente vai ver de pessoas que estavam em situação deplorável e medicadas e tomando remédio, fazendo as coisas recomendadas pela medicina da Terra, se submetem ao tratamento espiritual e depois os médiuns, os médicos não entendem porque que aquela patologia teve outro encaminhamento. Isso é muito frequente.
Agora quero dizer, e isso era dito por Chico e Divaldo, perdi a conta de quantas vezes Divaldo falava, a medicina da terra, ela não é concorrente da medicina espiritual. A medicina espiritual é complementar a medicina da Terra. É muito importante isso.
A medicina da Terra tem o seu valor. Ela cura, ela trata, ela resolve o problema. Agora, existem males, existem patologias aonde as rotas terapêuticas ligadas a práticas espirituais podem ser um bom complemento seão um elemento chave para desencadear um estado de saúde.
Vamos colocar nesses termos. Agora eu vim pro Consolador. Consolador é uma obra mediúnica.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier, ditada o livro pelo espírito Emanuel, na forma de perguntas e respostas, tem o capítulo aqui da mediunidade que eu vou falar agora. Vamos lá. Questão 379.
Como deverá agir o estudioso para identificar as entidades que se comunicam, que é uma preocupação legítima. Quem começa a apurar as ferramentas de percepção de uma outra dimensão, legitimamente tem essa curiosidade. Como é que eu identifico quem tá se comunicando através de mim?
Os espíritos que se revelam. Agora, veja isso que eu queria chamar atenção e sublinhei aqui. Como Emanuel se refere aos médiuns, tá?
Os espíritos que se revelam através das organizações mediúnicas devem ser identificados por suas ideias e pela essência espiritual das suas palavras. Determinados médiuns com tarefa especializada podem ser auxiliares preciosos à identificação pessoal, seja no fenômeno literário, nas equações da ciência ou satisfazendo a certos requisitos da investigação. Todavia, essa não é a regra geral, salientando-se que as entidades espirituais muitas vezes não encontram senão um material deficiente, que as obrigas tão só indispensável no que se refere à comunicação.
nesses dois parágrafos, olha como Emanuel se refere aos médiuns de uma forma geral, porque médium é instrumento, médium é ferramenta, médium não é santo, não é para ser venerado, idolatrado, salve salvo e colocado no pedestal. Isso não ajuda esse médium, por melhor que seja, a executar suas tarefas. Pelo contrário, Emanuel chama os médiuns de organizações mediúnicas e de material muitas vezes deficiente, porque nós somos imperfeitos.
Nós somos imperfeitos. Depois, questão 382 do livro Consolador, ditado por Emanuel pela psicografia de Francisco Cândido Xavier. Qual a verdadeira definição da mediunidade?
Diz Emanuel. Mediunidade é aquela luz que seria derramada sobre toda a carne e prometida pelo divino mestre aos tempos do Consolador, atualmente em curso na terra. A missão mediúnica.
Aí nós estamos entendendo a mediunidade, não como obra do acaso. De repente eu nessa vida, eu sou uma pessoa que tá sentindo coisas, tô ouvindo vozes, tô vendo espíritos, sempre lembrando que pessoas que sintam coisas, ouçam vozes e vejam vultos, podem ter um diagnóstico de alguma patologia de ordem mental. Isso é muito importante.
Não é todo mundo que diz ver coisas, ouvir coisas, ter sensações, que é médium. É importante dizer isso. É preciso ter um rastreamento.
Se aquilo que a pessoa tá relatando sentir é algo que guarde alguma relação com o animismo dela ou alguma perturbação psíquica. É importante dizer isso. Vamos lá.
A missão mediúnica, se tem os percalços e as suas lutas dolorosas, é uma das mais belas oportunidades de progresso e de redenção concedidas por Deus aos seus filhos miséros. Sendo luz que brilha na carne, a mediunidade é atributo do espírito, patrimônio da alma imortal. elemento renovador da posição moral da criatura terrena, enriquecendo todos os seus valores no capítulo da virtude e da inteligência, sempre que se encontre ligada aos princípios evangélicos na sua trajetória pela face do mundo.
Interessante aqui, Kardec, eu já dei a definição no livro dos médiuns sobre o que seria se todo mundo é médium ou não. A pergunta foi feita também para Emanuel. É justo considerarmos todos como médiuns?
Todo mundo é médium? A resposta: Todos têm o seu grau de mediunidade nas mais variadas posições evolutivas. E esse atributo do espírito representa ainda a alvorada de novas percepções para o homem do futuro, quando pelo avanço da mentalidade do mundo, as criaturas humanas verão alargar-se a janela acanhada dos seus cinco sentidos.
É interessante aqui colocado por Emmanuel o seguinte pensamento. A medida que a gente progride, evolui ética, moral e espiritualmente, nós vamos nos tornando pessoas naturalmente mais sensíveis ao plano espiritual. Então, a mediunidade for assim fortemente assinalada na criatura, no mundo de provas e expiações, predominantemente é achar rua, é trabalho para acelerar processo evolutivo.
Te deram uma oportunidade, aproveita, sirva ao seu irmãozinho, a sua irmãzinha, encarnado ou desencarnada. Faça o teu trabalho de reforma íntima, compreendendo o que é a mediunidade e se disponibilizando pro serviço de caridade, sem amalhar recursos financeiros, sem se autopromover, escorregando na tentação da vaidade e do orgulho, reconhecendo que você é apenas e tão somente uma ferramenta ou um instrumento. Aí diz aqui, mano, na atualidade, porém, temos de reconhecer que no campo imenso das potencialidades psíquicas do homem, homem e humanidade, existem os médiuns com tarefa definida, precursores das novas aquisições humanas.
É certo que essas tarefas reclamam sacrifícios e se constituem muitas vezes de provações ásperas. Todavia, se o operário busca a substância evangélica para a execução dos seus deveres, é ele o trabalhador que faz juiz ao acréscimo de misericórdia prometido pelo mestre a todos os discípulos de boa vontade. Gente, é muito interessante.
Emel também na questão 385 diz que a mulher, mais do que o homem, pela evolução da sua sensibilidade em todos os climas e situações através dos tempos, está na atualidade em esfera superior a do homem para interpretar com mais precisão e sentido de beleza as mensagens dos planos invisíveis. Olha que interessante, isso é pouco falado por aí. Ele diz que não existe um gênero de mediunidade mais precioso do que outro.
também diz que ninguém deve forçar o desenvolvimento dessa ou daquela faculdade. A espontaneidade, diz ele, Emmanuel, é necessária. Observando-se, contudo, a floração mediúnica espontânea, nas expressões mais simples, deve-se aceitar o evento com as melhores disposições de trabalho e boa vontade e que seja essa possibilidade psíquica a mais humilde de todas.
Não deve haver precipitação, não se deve forçar o desenvolvimento de nada. Muita gente se assusta com essa história de desenvolvimento mediúnico. Pessoa já tá assustada dizendo assim: "Meu Deus, eu já eu não quero ouvir, eu não quero ver, eu não quero sentir nada".
Aí chega alguém, diz assim: "Tem que desenvolver. Qual é por lógica a percepção que alguém nessa situação tem? Tão querendo me enlouquecer.
Eu eu já tô com medo, eu não tô entendendo o que que tá acontecendo. Aí o cara diz assim: "Tem que desenvolver. " Não, o que que é desenvolvimento?
Para ficar bem claro, é a compreensão do fenômeno. E a compreensão do fenômeno vem através do estudo. Então, a gente vai entrar aqui na seara da compreensão da mediunidade até chegar novamente em Chico Edivaldo.
Eh, o que que importa? no desenvolvimento mediúnico, a compreensão do fenômeno, o estudo, o estudo do que é a mediunidade, por você tem essa habilidade para perceber de alguma forma o plano espiritual e como isso, na visão da doutrina dos espíritos, é uma ferramenta evolutiva fantástica, porque vai permitir que a pessoa com esse recurso de promover o intercâmbio, espiritual eh se aprimore ética e moralmente servindo ao próximo. Então, o estudo lhe afere melhores condições de se proteger pela lei de sintonia de influências que não são boas, aprender quando e de que maneira haverá o exercício da sua mediunidade.
É preciso haver fatores de proteção. Não é a qualquer hora ou qualquer lugar. Existem lugares aonde o exercício mediúnico estará cercado de cuidados, proteção dos espíritos amigos.
A gente fala muito da pontualidade no meio espírito. Isso é muito interessante. Ora paraa palestra pública, ora pro trabalho de desobsessão, ora pro trabalho da juventude ou da evangelização.
Por que que o horário? É interessante isso. A pontualidade é importante.
O papo das ve eu procuro sempre ser muito pontual aqui. Há mais de 5 anos eu nove em ponto. Pimba.
Porque quando a gente sincroniza, quando a gente tem essa fidelidade ao horário, você dá a chance de no plano espiritual, onde o tempo é contrado de outra maneira, porque é outra dimensão, a relação espaço, tempo é outra, haja sincronicidade. Sincronicidade. Às 9 horas, horário de Brasília, vai começar o papo das 9.
No horário deles lá, eles vão dizer: "Olha, o papo das 9 tá começando às 9 horas, horário de Brasília. Vamos lá. Vamos lá".
Eu sempre peço ajuda dos amigos invisíveis. Pontualidade é fundamental porque é sincronizar. Tudo isso conspira em favor de um bom exercício mediúnico.
Tudo isso ajuda. Eu vou agora fazer comentários, repito, eh, que eu gostaria que fossem bem compreendidos. porque são a expressão apenas da minha opinião e ela é apenas e tão somente uma opinião.
A pergunta chave do Papo das 9 de hoje, depois desse preâmbulo, explicando a mediunidade, o que é a mediunidade? a luz do Espiritismo. E me cerquei aqui no livro dos médiuns, Estudando a Mediunidade, Martins Peralv, o Consolador ditado por Emanuel Francisco Cândido Xavier.
A gente tá aqui com um arsenal doutrinário interessante. Eh, eu vou aqui compartilhar impressões sobre Chico Divão. O Espiritismo nasce na França no século XIX e Kardec jamais exaltou qualquer médium que trabalhou com ele ou para ele na codificação.
Ele não exaltou, ele não idolatrou, ele não colocou num patamar, numa prateleira acima daquela que ele Kardec entendia como sendo a prateleira justa. São ferramentas, são instrumentos, são bons comunicadores, permitem o intercâmbio entre quem está comunicando, que é o espírito imortal, na sua resolução não física. Ele está na outra dimensão, é um desencarnado que se utiliza do médium para dar o recado.
Portanto, na França do século XIX, nós vamos ver a exaltação do estudo, o cuidado de Kardec nas obras básicas, na revista espírita, na organização dos centros, promover debates, reflexões, estudo e a evocação de espíritos, porque era essa esse o propósito do viés científico do espiritismo de Kardec. Nós vamos aqui entender, a partir do contato com os espíritos o que precisamos fazer aqui, compreendendo a nossa resolução espiritual. Somos espíritos imortais.
Vocês que já fizeram a passagem, já estiveram na terra, o que poderiam dizer sobre a vida de vocês hoje aí em função do que vocês passaram aqui? Então, as evocações tiveram lugar no século XIX e essa foi basicamente a dinâmica estudo, instrução, não mistar, não se sujeitar ao risco de fraude e não exaltar a figura dos médiuns no lugar aonde eles não deveriam estar. No Brasil, nós tivemos, como já disse, pelo menos em quase um século, né?
Chico nasceu em 1910 em Pedro Leopoldo, tá? Então a gente vai botar aí pelo menos nos últimos 80 anos, 90 anos, quase 100 anos, quase 100 anos. Grandes médiuns no Brasil, grandes médiuns no Brasil que foram referenciais para a popularização da doutrina dos espíritos, pela credibilidade que esses médiuns possuíram, pela forma como eles se sacrificaram nas suas vidas pessoais em favor desse messianato mediúnico.
Vamos colocar nesses termos. E pela maneira, prestem atenção no que eu vou dizer, com que eles sempre se posicionaram em relação à condição deles. Sou apenas um instrumento, sou apenas uma ferramenta, é o que sou, é o que faço.
E sempre, tanto Chico quanto Divaldo, estudem referenciando Kardec, instruam-se, busquem a informação doutrinária para ter esse cuidado. Para ter esse cuidado. Nós precisamos, portanto, ter esse cuidado de não eh deixar de reparar de sobre como nós no dia a dia aqui no Brasil é uma opinião.
Como nós temos uma inclinação em relação ao país para resolver os problemas do Brasil. A gente não se coloca como parte da solução. A gente precisa de um salvador da pátria, de um grande líder.
Claro que a liderança é importante para organizar as rotinas do formigueiro, mas nenhuma liderança sozinha faz nada. Jesus precisou de 12 apóstolos e ainda teve ajuda do maior de todos na divulgação que não estava entre os 12, que foi Paulo. E ao longo de 2000 anos de história, muitos auxiliares, muitos apóstolos se multiplicando por aí para divulgar a boa nova.
Eh, estudo em Kardec, a importância do estudo. Por mais que Chico e Edivaldo tivessem o empenho sem deixar de exercer a liderança natural que eles tiveram, advertissem as pessoas sobre a necessidade do estudo, a necessidade da reforma íntima, a necessidade de fazerem movimentos delas para com elas, entendendo até onde se vai e de que jeito. Nós tivemos no Brasil em função dessas lideranças que a França não teve e o Brasil teve, turbinadas por uma popularidade enorme.
E boa parte das pessoas que eram devotas, olha a palavra que eu tô usando, tanto de Chico quanto de Divaldo, em boa parte dos casos, não estudar a doutrina. Se dizem espíritas porque tem uma ligação muito forte com este médium ou aquele médium. compram livro, entram na fila para ter um autógrafo, bater uma foto, mas nem leem o livro.
Eu conheci espíritas, espíritas no plural que compram livros para ter uma proximidade ali com aquele médium, com aquela pessoa, mas não estão muito interessadas no que o livro tá trazendo, não é isso? Eu pensei várias vezes em ir a Oberaba ter com Chico, porque não fui eu já era espírita, me tornei espírita em 1987. Chico desencarnou em 2002.
O que me impedia de Uberaba? Nada. Exceto o fato.
E eu tô sendo muito franco com vocês, é a minha opinião. Ninguém precisa pensar como eu. Eu não queria me juntar às milhares e milhares de pessoas que faziam caravanas em direção a Uberaba.
apenas então somente para ver se Chico poderia lhes dizer alguma coisa reveladora e lotavam a instituição onde estava Chico Xavier com ele já com o corpo debilitado, progressivamente debilitado, com uma dificuldade de atender a todo mundo, uma pessoa com aquela sensibilidade, certamente se ressenti sentia dessa absorção de energia, sugar energia do médium é a minha percepção. Eu não fui, eu não queria ser mais um ali sem o motivo claro para procurá-lo. Eu poderia ter perdido um filho, eu poderia ter um momento de muita dor, eu vou falar: "A dor tá me levando para lá, quem sabe esse homem pode me ajudar".
Não é isso que eu tô falando. Eu tô falando de um uma caravana numerosa de pessoas que queria ter uma revelação com o Chico. Quem estuda Kardec, quem estuda o Espiritismo, certamente tem muitos motivos para não realizar turismo medio também percebi em algumas oportunidades Divaldo Franco tendo o cuidado numa fila de autógrafos.
Por vezes viam pessoas assim com a disposição de agarrá-lo, abraçá-lo fortemente. Divaldo, na na sensibilidade mediúnic mediúnica que possuí era muito cuidadoso, porque é a psicosfera dele que tá ali, é o campo eletromagnético sensível dele que tá ali. Portanto, essa, eu diria, proximidade poderia, em certa medida, interferir no equilíbrio do próprio médium.
E veja, isso não significa que Chico e Edivaldo não tivessem sempre a boa vontade, a simpatia, o acolhimento. Eu não tô discutindo isso. Eu tô discutindo o que que nós fizemos com eles em relação a essa retribuição.
Quando a gente idolatra, quando a gente coloca num nível, assim, eu diria, que não é compatível até onde me foi possível entender a doutrina espírita, o lugar dos médiuns na vida da gente. Médium não é superhomem, médium não é perfeito. O médium é uma ferramenta, um médium da grandeza de Chico Divaldo, com certeza fantástica para acelerar processo evolutivo de quem se detém no que eles dizem, no que eles escreveram.
através dele foi escrito para análise. E aí Kardec é implacável dizendo sempre: "Você reconhece o valor do espírito comunicante pelo conteúdo, pelo teorem que ele faz chegar até nós sempre, o tempo todo. Esse exame não deixa de existir nunca.
" Então, façamos aqui uma leitura de consciência. Nesse momento que não temos Chico e Edivaldo. E não há nesse momento, até onde eu sei, no Brasil nenhuma liderança do nível de Chico Edivaldo.
Há alguns que alguns espíritos, eu já vi isso, deixam transparecer uma um sentimento de orfandade. E agora como é que eu fico? E agora como é que ficamos?
Há outros que dizem assim, e não são poucos, tá? Que dizem assim: "Esse é um momento interessante do movimento espírita no Brasil pra gente se perceber caminhando com as próprias pernas, porque o que eles fizeram, Chico, Divaldo, Sueli Caldas, tantos, tantos por aí, Raul Teixeira, tantos. Raul tá com a gente.
Esses conteúdos fantásticos produzidos em escala industrial já não seriam minimamente suficientes pra gente ter alguma noção do que fazer, de que jeito fazer e como fazer. Ah, André, não é para ter mais nenhum médium do nível de Chico, Divaldo, Raul. Não pode ter.
Mas se o acaso não existe, nesse momento, nesse momento temos a oportunidade pela primeira vez, desde que Chico Xavier lá atrás, primeira metade do século passado, ascendeu como grande médium de nos deparar com um movimento espírita sem um grande médium. líder pela credibilidade das mensagens através das das quais por ele chegam a nós. É louvável, legítimo o sentido de orfandade do ponto de vista assim da capacidade do movimento espírita se resolver no dia a dia?
Ou a gente tá adiando o encontro com aquilo que seria o potencial de cada espírita construir solidariamente, coletivamente, absorvendo ao máximo o conhecimento e o legado dos grandes médiuns, o que importa fazer e de que jeito. E sempre com a vacina da não idolatria, amar a pessoa, admirar a pessoa, desejar o máximo de melhor pra pessoa. Não há problema nenhum nisso.
Idolatria é outra coisa. Idolatria não seria compatível com aquilo que se preconiza a partir do espiritismo de Kardec. Máximo respeito, gratidão, amor a todos os médiuns, os mais exponenciais, famosos importantes e os menos conhecidos.
Nossa gratidão a todos os médiuns que permitem o intercâmbio com plano espiritual. Que o legado de Chico Divaldo seja eterno e que permaneça vivo em nossos corações e que saibamos caminhar com as próprias pernas com os recursos que eles e outros nos deixaram como legado, inspirando pensamentos, harmonizando sentimentos, encorajando as ações que precisam ter lugar nas nossas vidas. Fiquem com Deus, tudo de bom.
Até a próxima.