olá pessoas eu sou natasha este é o rei de manhã dando e hoje vamos conversar sobre o livro idéias para adiar o fim do mundo do ailton krenak pela companhia das letras [Música] bom antes de tudo eu vou apresentar o autor pra vocês caso não conheço porque na verdade ele é uma grande liderança indígena do nosso país o youtube e nac nasceu em 1953 na região do vale do rio doce aquele mesmo rio que foi intoxicado pela barragem da da vale da sua marco ele faz parte de um povo chamado krenak e geralmente os povos
indígenas brasileiros utilizam como sobrenome o nome do seu povo então ailton krenak ele é um grande ativista muito combativo a respeito dos direitos dos povos indígenas no brasil da ecologia ele se liga muito na questão do meio ambiente como a maioria das comunidades indígenas o faz nem nós vamos conversar um pouquinho sobre isso ele tem muitos projetos ele dá palestra sensacionais a respeito desses temas e ele foi uma das principais lideranças indígenas na época da constituinte ou seja na época que a constituição de 1988 estava sendo elaborada e os grupos indígenas pediam por demarcação e
pela garantia dos direitos existe um vídeo do ailton krenak um vídeo fortíssimo de um discurso que ele fez durante a constituinte se eu não me engano o vídeo de 1987 e é um discurso de protesto em que ele vai pintando a cara de preto com jenipapo eu vou deixar o link para o vídeo ainda descrição ou seja o cara é fera para não falar outra coisa mas ele é 100 funcional um grande líder e eu comprei este livro uma flip 2009 o esse livro idéia e 10 para zero fim do mundo foi um dos livros
mais vendidos da da flip segundo a folha de são paulo pelo menos ali na livraria oficial que a livraria da travessa em o livro é formado por três textos sendo dois deles palestras palestras feitas em eventos e um deles é um foi uma entrevista transformado em texto esse livro pequenininho olha só o formato de bolso do tamanho da minha mão menor que meu irmão ea diagramações super generosos olha só a letra grande bem tranqüilo de ler e ele tem 81 pouquinhos páginas 83 páginas mais ou menos eu não vou falar de cada texto mas eu
vou falar assim no geral o que eu encontrei de de temas principais aqui nesse livro conseguir um dia a gente muito rapidinho de ler se você quiser se você quiser dá pra ficar um pouco debruçado nele eu li rápido porque eu estava achando muito interessante e eu consegui fazer vários paralelos como com coisas que o estudo é filosofia ocidental é que ele critica bastante então o primeiro ponto que chamou a atenção foi justamente isso de que ele questiona a categoria humanidade que o ocidente estabeleceu então ele questiona essa idéia ocidental de humanidade alegando que é
um conceito muito homogeneizador ou seja que não abarca as diferenças e as subjetividades e o treinar aqui argumenta que essas o subjetividade c em diferenças na adversidades são absolutamente necessárias a gente não pode apagar as diferenças que existem entre as pessoas e colocá las como humanos como se fosse uma coisa só como se isso fosse uma coisa só né e caso isso aconteça ou seja caso as pessoas sejam organizadas como uma coisa só elas deixam de ser cidadãs e passam a ser meros consumidores como as corporações querem né então ele ele já começa com esses
papos na cara da gente como eu falei a questão ambiental é sempre muito entranhada nas próximas revisões indígenas e o campeonato traz isso tempo todo porque pra ele o ambiente o ser humano o ambiente e os seres vivos são inseparáveis então não tem como você falar de humanidade sem falar de meio ambiente e vice versa por isso a reivindicação das terras em dia minas nesta demarcação das terras é urgente e muito necessárias segundo ele ea gente sabe que é pra todas essas culturas porque para as culturas indígenas à terra não é propriedade ela não é
uma coisa que minha né ou seja o sul sei lá ela é uma ela é ancestralidade ela é identidade e ela inclusive participa do próprio conceito de humanidade tem um trecho aqui no livro é que achei é página 40 em que ele diz o seguinte o rio doce que nós os que na que chamamos de um boato nosso favor é uma pessoa e não recurso como dizem os economistas ou seja por esse trecho a gente consegue perceber que para os povos indígenas o que a gente chama de coisas de propriedade de recursos de meio ambiente
pra eles é uma unidade pra eles é ancestral né então o rio é o avô a terra ea mãe e assim por diante são são parentes deles e ainda sobre a questão da demarcação da terra o ailton krenak nesse livro faz uma crítica ao estado brasileiro pela negligência com que tratou a questão indígena no geral neto os povos indígenas quanto às terras indígenas e isso vai desde a colonização até 2019 e provavelmente isso vai se estender mais infelizmente esse desrespeito a essa violência para com os povos nativos e tem um dos textos em que ele
conta especificamente sobre a sobrevivência do povo dele do povo krenak a essa a esse estouro da barragem da samarco é que foi um crime na verdade não foi um acidente então a gente tem o rompimento de uma das barragens da empresa samarco em 2015 e contaminou todo leito do rio doce né e acarretou em prejuízo assim em comensurável para toda a população que vivia em volta que depende daquele rio os povos krenak entre eles e principalmente não é porque a sobrevivência atrelado ao rio era muito direta dele e como eu acabei de ler aqui pra
vocês o rio o rio doce será considerado o avô deles é considerado o avô deles né tanto que o hilton se refere ao rio doce agora como estando em coma como se fosse uma pessoa mesmo em coma ele ainda fala de um de um esvaziamento de sentido do confinamento da vida em nome da razão absoluta como se fosse absoluta né e aí eu gostei é que é que eu pude fazer um paralelo com a filosofia ocidental principalmente a filosofia européia dá pra gente lembrar por exemplo denit que faz uma crítica à predominância radical daquilo que
ele chama de espírito apolíneo que é a razão absoluta entre aspas e dá pra gente pensar também na escola de frankfurt o adorno eo high méxico fazem uma outra crítica radical também a razão que eles chamam de razão instrumental ou seja a razão voltada apenas para aspectos técnicos a aspectos produtivos é a ciência o conhecimento o a economia ocidentais a filosofia ocidentais são muito ligados nessa razão técnica né razão instrumental e é justamente isso que o treinar aqui e o seu povo vão questionar eles vão falar nem tudo é economia nem tudo é racional desse
jeito que vocês estão pensando e gente é um livro muito tranquilo de ler como eu falei em nenhum dia a linguagem é clara direta acessível o ailton tem um poder de usar algumas imagens muito poderosas e bonitas que acabam nos envolvendo na fala dele e aliás por falar em fala é interessante pensar que a tradição dos povos indígenas brasileiros é a gráfica ou seja eles não eles não recorrem tanto a escrita quanto os ocidentais os descendentes europeus por exemplo e por isso a tradição oral entre eles ainda é muito forte tem muitas comunidades indígenas atualmente
que usam o cinema como meio de expressão um dos principais meios de expressão principalmente expressão cultural especial identitária procurei no youtube o bê curtas indígenas vocês vão ver o tanto que tem é muito eles são grandes produtores de filmes e os textos do craque nesse livro eles vêm justamente como eu falei de duas palestras em uma entrevista ou seja eles têm a sua origem oral que é muito cara é muito rica para os povos indígenas esse livro é ele foi gestado numa cultura oral e de fontes orais né e não de fontes escritas e achei
bem interessante pensar nisso talvez por isso que o texto dele seja tão claro e acessível porque de fato parece uma conversa então no geral é um livro simples é um livro curto mas é um livro muito cheio de significado de reflexão e claro traz um olhar que que é diferente daquele que nós estamos acostumados vale a pena ler e principalmente escutar o que ele tem a dizer tá bom gente muito obrigada pela companhia espero que vocês tenham gostado na resenha espero que vocês gostem do livro também é muito bom vamos valorizar os autores indígenas do
nosso país eles precisam ser ouvidos eles precisam ser lindos então se você gostou desse vídeo por favor não se esquece de deixar o joinha se você quiser comprar este livro ou qualquer outro pela amazon o favor utilize meu link que está embaixo no box de descrição comprando por este link você não paga nada mais e colabora com redemunho porque eu recebo uma pequena comissão pela venda do livro está bom me contem os comentários se você já leu alguma coisa de autor indígena se não é uma ótima oportunidade para começar esse livro foi lançado em 2009
faz pouco tempo pela companhia das letras então ele está acessível ou seja ele não faz gostado nem nada disso ele é um livro novo é um livro simples de entender e e tem muita coisa importante sendo dita aqui beijo pra vocês até o próximo vídeo tchau [Música]