Você já sentiu um calafrio inexplicável ao conversar com alguém, mesmo quando tudo parecia normal? Já teve essa impressão de estar sendo observado por um olhar que te atravessa, mas não te enxerga? Ou pior, já teve a sensação de estar sendo acusado silenciosamente de algo que nunca fez?
como se sua simples presença despertasse desconfiança, medo ou até ódio. O que não enfrentamos em nós mesmos, encontraremos como destino. Carl Jung, este vídeo não é para os que procuram conforto, é para os que desejam enxergar, mesmo quando a verdade arde.
Carl Young dedicou sua vida a entender o abismo que habita em cada um de nós. E mais perturbador ainda o abismo que se projeta nos outros quando nos recusamos a encará-lo. Imagine o seguinte: você está numa conversa tranquila, talvez até agradável, e de repente algo muda, o tom, o olhar, a energia.
A pessoa à sua frente começa a distorcer seus gestos, suas palavras, suas intenções. Te atribui sentimentos que você não teve, motivações que não são suas, como se num piscar de olhos você tivesse se transformado num vilão dentro da narrativa mental dela. Não é paranoia, é o que Jung chamou de projeção da sombra, o fenômeno mais perigoso e invisível que pode surgir numa relação humana.
Perigoso porque é sutil, invisível porque se esconde por trás de sorrisos, boas intenções e até espiritualidade. O que torna esse sinal tão alarmante é justamente sua dissimulação. A pessoa que projeta não parece um monstro, pelo contrário, pode ser encantadora, inspiradora, até iluminada.
Mas há uma diferença entre quem brilha e quem queima tudo ao redor em nome da luz. E você precisa aprender a reconhecê-la, porque segundo Jung, o verdadeiro perigo não vem de quem mostra sua sombra, vem de quem jura não tê-la. Ao longo deste vídeo, vamos adentrar os corredores mais escuros da psiquana.
Vamos caminhar entre máscaras, delírios e possessões arquetípicas. Vamos visitar o campo minado, onde as aparências são impecáveis, mas o inconsciente clama por sangue. E acima de tudo, vamos tentar entender porque algumas pessoas, ao negarem sua própria escuridão, tornam-se o espelho de tudo o que há de mais perigoso no outro.
Se você já se sentiu manipulado, sem saber como, julgado sem motivo ou esvaziado por alguém que parecia perfeito, este vídeo é para você. Aperte os cintos internos. Estamos prestes a atravessar o véu e do outro lado o que encontraremos pode ser você [Música] mesmo.
Imagine-se em um cenário comum, uma conversa trivial, talvez sobre o clima trabalho, ou até um momento de vulnerabilidade. De repente, algo muda no ar, sutil, quase imperceptível. A expressão do outro se transforma, o tom de voz endurece e você sente que deixou de ser você.
Você virou outra coisa, um inimigo, um símbolo, um espantalho para os demônios que essa pessoa não consegue enfrentar dentro dela. Você está diante da sombra. Segundo Carl Jung, a sombra é tudo aquilo que negamos em nós mesmos.
impulsos, medos, raivas, desejos, ideias que consideramos inaceitáveis e, por isso, relegamos ao porão do inconsciente. Mas nada do que reprimimos desaparece. A psiquê, diferente de um armário, não permite acúmulos eternos sem vazamentos.
E quando essa energia reprimida transborda, ela se projeta não em sonhos, não em quadros, não em palavras, mas em pessoas. Pessoas reais de carne, osso e alma. Pessoas como você, você se torna o espelho em que o outro vê o que não suporta reconhecer.
E isso, meu caro ouvinte, não é uma metáfora literária. É um fenômeno real, visceral, silenciosamente devastador. Jung descreve a projeção da sombra como uma das defesas mais perigosas da mente, porque ela é involuntária.
A pessoa que projeta não está te manipulando intencionalmente. Ela acredita genuinamente que você é arrogante, invejoso, manipulador, perigoso, quando na verdade são essas as qualidades que ela reprimiu em si. Ela não está mentindo, ela está convencida.
E essa convicção nas palavras de Jung é o que torna o fenômeno tão ameaçador. Pior, quanto mais reprimida for a sombra, mais distorcida será sua projeção. A negação transforma pequenas falhas humanas em monstros.
E você, por estar no lugar errado, na hora errada, se torna o portador dessa imagem. Mas aqui vai o alerta. Você não está sendo visto.
Você está sendo usado como palco de um teatro psíquico que começou muito antes de você nascer. "O encontro com o outro é sempre um encontro consigo mesmo", dizia Jung. E nesse espelho invertido, você pode ser acusado de crimes que nunca cometeu, de intenções que nunca teve, de sentimentos que nunca sentiu.
Esse é o momento em que o chão desaparece. Não adianta explicar, não adianta argumentar. A mente que projeta não quer verdade, quer coerência com sua própria fantasia.
E qualquer tentativa sua de se defender será usada como evidência contra você. Esse tipo de relacionamento deixa marcas. Você sai dele com a sensação de estar sujo, confuso, minado por dentro, porque a sombra do outro se infiltra como veneno.
Mas aqui está o segredo que poucos têm coragem de encarar. Todos nós projetamos, sim, inclusive você, inclusive eu. A questão não é se projetamos, mas quando e sobre quem.
A diferença entre o inconsciente e o desperto é o grau de responsabilidade que assumimos. A pessoa verdadeiramente perigosa é aquela que se recusa a reconhecer que está projetando. Ela acredita tanto na ilusão que destrói quem tentar acordá-la.
E o mais trágico, essas pessoas costumam ser encantadoras, vestem a máscara da bondade, falam em empatia, espiritualidade, luz, cura, mas o olhar, ah, o olhar denuncia. Falta calor, falta dúvida, falta humanidade. Jung dizia: "Quanto maior a luz, maior a sombra.
" E você vai aprender a ver nas entrelinhas. Fuja de quem nunca erra, de quem nunca hesita, de quem vê o mal apenas fora de si. São esses que carregam a sombra mais densa e a espalham como um veneno invisível.
Se você já foi ao espelho de alguém e se perdeu no reflexo, saiba, não era você que estava sendo odiado. Era o ódio que o outro sentia por si mesmo e não suportava carregar sozinho. Essa consciência não salva, mas liberta.
E às vezes essa é a única salvação possível. Inflados de luz, o ego espiritual como armadilha perigosa. Há uma forma de loucura que não se manifesta em gritos ou delírios, mas em certezas.
Uma febre da alma que se disfarça de iluminação. Uma doença sorridente que fala de amor, empatia e consciência, enquanto, no fundo, esmaga tudo que escapa à sua régua moral. Carl Jung chamou isso de inflação psíquica.
É quando o ego, frágil, limitado, humano, se identifica com conteúdos arquetípicos grandiosos e passa a acreditar que carrega dentro de si algo divino, inquestionável, superior. A pessoa não diz mais: "Eu penso" ou "Eu acredito". Ela diz: "É a verdade.
" E quem ousa discordar torna-se o inimigo da luz. O problema com essa luz é que ela cega em sua forma mais sutil. Esse fenômeno se manifesta em pessoas que acreditam estar acordadas espiritualmente.
Elas se consideram conscientes, evoluídas, despertas, mas se você prestar atenção, elas não riem de si mesmas, não admitem dúvidas, não reconhecem fraquezas. Jung alertava que esse tipo de identificação com o arquétipo do Salvador, do escolhido, do canal da verdade era uma das formas mais perigosas de dissociação. Não porque essas pessoas são más, mas porque acreditam ser boas demais para errar.
E aí está o verdadeiro perigo. O poeta persa Rumi dizia: "Prefiro estar com quem vê seu próprio erro do que com quem vê apenas o erro dos outros. é que o primeiro mesmo falho ainda é humano.
O segundo já se perdeu na ilusão do absoluto. Essa inflação psíquica não é apenas arrogância, ela é uma posse arquetípica, um estado em que o indivíduo deixa de ser ele mesmo e se torna um porta-voz do divino, mas um divino moldado à imagem de seu ego. E o que é pior?
Essa pessoa convence os outros. Sua fala é firme, seu olhar é magnético, ela exala a convicção e isso, num mundo cheio de dúvidas é quase irresistível. Jung observou como líderes religiosos, políticos e até terapeutas podiam estar inflados por esse ego espiritual e ainda assim conquistar multidões.
Mas escute bem, a verdade não precisa gritar, nem se impor, nem ameaçar. Só quem se sente inseguro precisa convencer os outros de que tem razão o tempo todo. Quando alguém te diz que tem todas as respostas, pergunte se ele é capaz de rir de si mesmo, se é capaz de dizer não sei se consegue ficar em silêncio sem tentar preencher o vazio com certezas.
O ego inflado não suporta silêncio, não suporta contradição, porque todo o seu império interno foi construído sobre areia e basta uma brisa de dúvida para que tudo ameace ruir. Há um teste que pode revelar esse tipo de pessoa com clareza. Observe como ela reage ao ser contrariada.
Se ela interpreta a discordância como ofensa pessoal, se ela transforma crítica em ataque, se ela responde com superioridade moral ou ironia cruel. Você está diante de um ego arquetipicamente inflado e por trás dessa fachada de iluminação há medo. Medo de ser humano, medo de errar, medo de olhar no espelho e encontrar ali não um mestre, mas uma criança ferida.
Cláudio Naranjo, discípulo de Jung e estudioso das tradições espirituais, dizia: "O ego espiritual é a mais perigosa das máscaras, porque ela convence até o portador de que é a própria verdade. Você consegue imaginar o peso que é carregar esse personagem? ser sempre o sábio, o justo, o correto.
Por trás dessa imagem há exaustão, a solidão e muitas vezes um grito abafado de alguém que não sabe mais quem é sem a roupagem da virtude. E é por isso que Jung propôs o antídoto: humildade radical. Não a humildade teatral de quem diz: "Não sou nada", esperando elogios, mas aquela que vem do coração, a que reconhece a própria escuridão com serenidade.
Os verdadeiros mestres, os raros, autênticos, sempre falaram de suas sombras. Teresa Dávila contava seus períodos de aridez espiritual. O Dalailama fala de sua raiva.
Jesus chorava, duvidava, sofria. Rumi dançava entre luz e trevas. Porque a integridade não está em ser puro, está em ser inteiro.
Então, da próxima vez que encontrar alguém que se apresenta como canal da verdade, lembre-se, Deus não precisa de porta-vozes com megafone. A alma fala baixo, sussurra na madrugada, no silêncio, na dúvida. E é nesse silêncio que mora a verdade, aquela que não precisa vencer debates para existir.
Algumas pessoas são perfeitas demais, sabem o que dizer, como se portar, sempre tem o sorriso certo, a palavra exata, o tom adequado. São gentis, educadas, articuladas. E ainda assim algo dentro de você se contrai quando está perto delas.
Uma inquietação sutil, um desconforto que não sabe nomear. Como se sua intuição dissesse cuidado não é exagero, é o seu inconsciente tentando te proteger. K Jung chamou essa fachada de persona, a máscara social que usamos para nos adaptar ao mundo.
É necessária, claro, todos a usamos, mas o perigo começa quando a máscara deixa de ser um instrumento e se torna a própria identidade. Quando a persona domina, o eu desaparece e o que sobra é uma casca impecável, mas vazia. Esse tipo de pessoa se adaptou tão perfeitamente às expectativas alheias que já não sabe o que sente.
Sua espontaneidade foi sacrificada em nome da aceitação. Sua autenticidade morreu sufocada por convenções e o resultado uma perfeição mecânica que não emociona, não conecta, não pulsa. É curioso como o corpo sente o que a mente ainda não entendeu.
Neurônios espelho, como revela a neurociência contemporânea, detectam incongruências sutis entre gestos, expressões e palavras. Quando alguém diz estar feliz, mas o brilho do olhar não acompanha, seu cérebro registra a mentira antes mesmo que você perceba. E essa dissonância gera o que Jung chamaria de sintoma psíquico coletivo.
A sensação de que algo não está certo, mesmo que não haja motivo aparente. Você já esteve com alguém assim? Alguém cuja presença te esvaziava, que parecia estar ali, mas não estava de verdade?
É provável que tenha encontrado alguém fundido à própria persona. E quanto mais rígida a máscara, mais aterradora é a sombra por trás dela, porque tudo o que foi negado, reprimido, esquecido, está ali acumulando energia, esperando um momento de fraqueza, de ruptura para explodir. Marie Luise von Franz, discípula de Jung, dizia que as pessoas que exibem comportamento social impecável são muitas vezes as que mais sofrem em segredo.
E quando não conseguem mais sustentar a máscara, colapsam, explodem em surtos de raiva, sabotagens, traições, atos que parecem vir do nada, mas que na verdade são o grito do eu esquecido. É por isso que a perfeição deve sempre ser questionada, não porque seja falsa, mas porque pode ser inumana. Como escreveu Fernando Pessoa, o perigo não está na máscara, está em esquecer que é uma máscara.
Vivemos numa cultura que valoriza a performance. Ser bom virou sinônimo de agradar, de não incomodar, de ser previsível. Mas a alma, a alma não suporta ser domesticada.
Você já reparou como algumas pessoas, certas demais, nunca admitem que estão tristes, nunca contam algo vergonhoso, nunca se contradizem? Fuja, não porque são más, mas porque estão perdidas. perdidas na própria ilusão de serem aquilo que os outros querem ver.
E pior, essas pessoas exigem que você também use uma máscara. Elas não suportam autenticidade, porque sua presença real ameaça o castelo de vidro que elas construíram com tanto esforço. O filósofo Niets dizia: "Torna-te quem tu és.
" Mas como fazer isso quando o tu foi soterrado sob décadas de encenação? Jung acreditava que o primeiro passo é reconhecer a ferida, olhar para dentro com sinceridade brutal e perguntar: "Quem sou eu quando não estou tentando agradar ninguém? " Talvez no começo você só encontre silêncio, talvez encontre dor, mas é ali, nesse espaço nu e cru, que a verdade começa a emergir.
E essa verdade não é bonita, nem vendável. Ela é selvagem, inconveniente, mas é sua e isso a torna sagrada. A próxima vez que sentir aquela sensação estranha, aquela desconfiança sem razão clara diante de alguém perfeito, não ignore.
É o seu inconsciente sussurrando: "Essa pessoa não está aqui. Ela está representando e nenhuma peça dura para sempre. Quando a cortina cair e ela sempre cai, o que restará?
Alguém quebrado, perdido, sem rosto? Ou alguém que finalmente poderá começar a viver? Algumas pessoas quando caem se despedaçam, outras se descobrem.
Carl Jung dizia: "Prefiro ser inteiro a ser bom". E talvez essa seja uma das frases mais libertadoras e mais perigosas que já foram ditas, porque ela ameaça toda a construção social que nos ensinou a viver como vitrines e não como seres humanos. Mas o que isso quer dizer, afinal?
Significa que a verdadeira cura, a verdadeira integridade não está em sermos sempre corretos, virtuosos ou iluminados, mas em sermos inteiros. E ser inteiro é carregar dentro de si o anjo e o carrasco, a compaixão e a fúria, o amor e a sombra. A redenção para Jung nunca viria pela perfeição.
Viria pelo reconhecimento da própria escuridão e pela escolha de carregá-la com dignidade ao invés de projetá-la nos outros. Esse é o ponto crucial que diferencia alguém perigoso de alguém em transformação. O perigoso nega sua sombra.
Ou em transformação a conhece, a nomeia e a carrega. Essa integração da sombra é um processo silencioso, lento e profundo. Não tem glamur, não rende postagens inspiradoras, não oferece certezas, mas produz um tipo de presença difícil de explicar.
Você sente quando está diante de alguém que fez esse mergulho. A pessoa tem uma espécie de peso, não no sentido de algo sombrio, mas de algo real. Ela não tenta parecer boa.
Ela é alguém que já conheceu o próprio abismo e sobreviveu. Essas pessoas não julgam rápido porque sabem que poderiam ter feito o mesmo erro. não condenam com arrogância porque conhecem os próprios impulsos destrutivos e, por isso, paradoxalmente, são as mais seguras para se estar por perto.
O que elas fazem com seus monstros não os negam, não os alimentam, elas os educam e transformam essa energia bruta em algo construtivo. O budismo tibetano chama isso de transformar veneno em remédio. A alquimia ocidental que Jung tanto estudou falava sobre transmutar o chumbo em ouro, uma metáfora para a conversão do inconsciente bruto em consciência expandida.
A psicologia moderna apenas confirma o que os antigos já sabiam. Não é negando nossas dores que nos curamos, é mergulhando nelas com olhos abertos. A ciência hoje explica isso com outro vocabulário.
A integração de aspectos dissociados do eu, inclusive memórias traumáticas, impulsos sombrios e emoções reprimidas, cria novas conexões neurológicas entre as regiões primitivas do cérebro e os centros de autorregulação emocional. Ou seja, quando você reconhece sua sombra, seu cérebro muda, sua alma muda, você muda. Mas esse processo exige uma coragem silenciosa, porque não há ninguém para aplaudir, não há plateia, é você com você mesmo no escuro, limpando dia após dia o que os outros nunca verão.
E o que você ganha com isso? liberdade, paz, clareza e talvez o mais importante, a capacidade de amar sem invadir, de corrigir sem humilhar, de guiar sem dominar. Porque quem integrou a própria sombra não precisa provar mais nada.
Essa pessoa quando fala não impõe, quando escuta, realmente escuta, quando erra admite. E quando acerta não se exalta. Ela já não busca ser admirada, busca ser verdadeira.
Como disse o mestre Zen Shunr Suzuki, na mente do principiante há muitas possibilidades, na do especialista poucas. A pessoa integrada permanece aprendiz porque sabe que o eu é um processo em movimento e não um troféu a ser exibido. Essa redenção não acontece num altar, nem num retiro espiritual.
Ela acontece em pequenos gestos. No momento em que você segura a raiva, respira fundo e escolhe não reagir. Na hora em que você confessa que sente inveja sem se odiar por isso, na escolha de não repetir a dor que te feriu.
São atos invisíveis, mas cada um deles te reconecta com sua alma e você passa a habitar seu próprio corpo com mais presença, a olhar para os outros com mais compaixão e a aceitar que a vida não se trata de vencer, mas de suportar com graça a tensão entre luz e sombra. Esse é o caminho da verdadeira autoridade. Não a que domina, mas a que irradia.
Porque só quem já tocou o fundo do próprio inferno pode guiar outros com honestidade pela [Música] travessia. Há um padrão que se repete. Você muda de cidade, de parceiro, de trabalho, mas o enredo é o mesmo.
Você se doa e é traído. Você confia e é abandonado. Você começa algo novo e termina da mesma forma, com aquela sensação de estar preso num ciclo invisível.
como um personagem que esqueceu que está preso num roteiro antigo. Carl Jung chamou isso de compulsão, a repetição. E não, isso não é azar, nem karma no sentido simplista.
É algo mais profundo, mais assustador e mais transformador se você tiver coragem de encarar. A compulsão à repetição é o eco de uma ferida não processada. é a tentativa inconsciente de reviver um trauma antigo, esperando que desta vez o desfecho seja diferente, mas quase nunca é.
Imagine um disco riscado tocando a mesma melodia triste, indefinidamente. Assim é a mente quando vive em função de um script que não sabe que existe. Jung dizia: "Aquilo que você não traz a consciência retorna como destino.
E o mais trágico é que o padrão costuma parecer familiar, até confortável. Você reconhece o drama. Mesmo que doa, você se sente em casa ali.
Talvez você tenha crescido com pais emocionalmente distantes e hoje se apaixona por quem nunca está realmente presente. Ou talvez foi punido por expressar raiva e hoje atrai pessoas que fazem isso por você com violência. Ou ainda talvez tenha sido negligenciado e hoje só sente valor quando se sacrifica pelos outros.
O padrão é antigo, arcaico. Talvez nem tenha começado com você. pode ter vindo dos seus pais, dos seus avós, de gerações de dor não elaborada.
É por isso que, segundo Jung, olhar para essas repetições é um ato sagrado, porque rompe com a herança do inconsciente coletivo que nos aprisiona, porque liberta não só a si mesmo, mas também os que vieram antes e os que virão depois. Mas identificar o padrão exige mais do que análise racional. Exige uma disposição radical para enxergar o próprio papel na dor que se vive.
Não para se culpar, mas para retomar o poder. Porque enquanto você acreditar que as situações acontecem com você, vai continuar sendo refém. Mas quando começa a ver que você está recriando essas situações, ainda que sem intenção, então pode começar a criar algo novo.
Jung observou que essas repetições costumam vir acompanhadas de sincronicidades perturbadoras, coincidências cheias de significado, como se o universo estivesse conspirando para que você veja o padrão de uma vez por todas. Você conhece alguém que te trata exatamente como seu pai te tratava. Você muda de emprego e de novo seu chefe te faz sentir invisível.
Você termina uma relação e meses depois conhece alguém que ativa os mesmos gatilhos. É como se a vida estivesse tentando te acordar, mostrando: "Você ainda não aprendeu, então vamos repetir. " Mas há um detalhe sutil e vital.
A repetição não é punição, é convite. Convite para parar de fugir, para olhar para aquela dor antiga com olhos novos, para abraçar a criança ferida que ainda vive em você e dizer a ela: "Agora eu estou aqui. Eu te vejo.
Você não precisa mais recriar isso. Esse é o início da cura. Não há mágica, não há final hollywoodiano, mas há a liberdade.
E quando você começa a quebrar esse espelho partido, algo incrível acontece. Você para de atrair pessoas que te ferem como antes, ou, ao menos começa a enxergá-las com clareza e dizer não. Você para de se ver como vítima e começa a se reconhecer como autor da sua jornada.
Você para de repetir e começa a viver. Esse é o ponto final da compulsão, quando ela deixa de te dominar e passa a ser apenas uma cicatriz, uma lembrança do que te formou, mas não te define mais. No final, a pergunta que fica é: quantas vezes você ainda vai precisar repetir o mesmo drama até perceber que o protagonista sempre foi você?
No fundo, tudo o que dissemos até aqui se resume a uma escolha silenciosa que cada um de nós precisa fazer: viver na superfície ou mergulhar. Porque não há neutralidade diante da sombra. Ou você a integra ou será arrastado por ela.
E nesse arrasto você machuca e será machucado. Julga e será julgado. Condena e será condenado.
Carl Jong não queria te tornar um ser melhor. Ele queria te tornar mais verdadeiro. E talvez, no fim das contas esse seja o gesto mais revolucionário que alguém pode fazer neste mundo de aparências.
Você reconheceu algo de si mesmo ao longo desta jornada? Talvez um relacionamento que drenava a sua energia sem razão clara. Talvez a culpa por ter reagido de forma desproporcional.
Ou talvez o medo de que no fundo você também projete, repita, esconda. Se isso aconteceu, parabéns, você está acordando, porque o perigo real não está em sentir raiva, inveja ou medo. O perigo está em negar essas emoções, empurrá-las para debaixo do tapete da consciência até que se tornem monstros.
Monstros que um dia tomam o volante da sua vida e dizem: "Agora eu guio. " Mas você pode escolher diferente. Pode parar de correr.
Pode olhar no espelho, mesmo que ele esteja trincado, mesmo que doa, mesmo que assuste. E ali, nesse reflexo imperfeito, você vai ver alguém que sobreviveu. E sobreviver neste mundo insano que nos ensinas a performar o tempo todo, já é um ato de resistência.
Mas mais do que isso, é um ponto de partida para integrar, curar e, acima de tudo, transformar. Porque quando você reconhece a própria sombra, você deixa de ser refém do inconsciente e começa enfim a trilhar o caminho de volta para si. Eu lembro de uma conversa que tive anos atrás.
Estava com uma pessoa que admirava, inteligente, carismática, espirituosa, mas algo me incomodava. A cada fala dela, eu me sentia diminuído, como se minhas dúvidas fossem fraquezas, como se minha empatia fosse ingenuidade. Comecei a tentar provar valor, a ajustar meu tom, a esconder minha fragilidade e sem perceber, eu estava me tornando uma persona.
Demorou muito para eu perceber. Ela não me via. Ela via o que não suportava em si mesma e projetava em mim.
Na época eu me senti destruído, mas hoje olhando para trás percebo. Foi ali que começou o meu despertar. Talvez se você chegou até aqui, esteja vivendo algo parecido.
Talvez esteja cansado de se moldar para ser aceito ou de se culpar por dores que não são suas. Então, do fundo do meu coração, eu te digo, você não está sozinho. Esse canal, esses vídeos, essa jornada existem para isso, para acolher quem não aguenta mais fingir sanidade em um mundo que normalizou a desconexão.
Agora quero te oferecer algo que não é para qualquer um, mas é para você, que chegou até aqui em busca de respostas mais profundas sobre quem é para onde está indo a sua vida. Criei algo que vai além de um livro. Construir um mapa para a alma, um manual que une ciência, filosofia e pensamento crítico para te ajudar a romper padrões mentais, questionar sua identidade e se reconstruir desde a raiz.
Isso não é um ebook com frases bonitas, é um guia para quem já não aguenta mais viver no piloto automático. Se você sente que algo dentro de você está pedindo por mudança, evolução, clareza, então este é o seu momento. Clique no comentário fixado e acesse agora o manual da autotransformação.
Não leia por curiosidade, leia porque a sua vida depende disso. E se decidir iniciar esse caminho, você não será a mesma pessoa ao final da jornada. Se essa mensagem te tocou de alguma forma, comenta aqui embaixo.
Eu quero saber de você. Quero que esse espaço seja um espelho, mas um espelho limpo que reflita sua verdade, não a sombra de ninguém. E antes que você volte para a loucura do mundo lá fora, se inscreva no canal, ativa o sino, curte, comenta, compartilha com alguém que precisa ouvir isso.
É o mínimo que você pode fazer para manter esse tipo de conversa viva, porque sinceramente, quem mais vai te dizer isso? E se você for corajoso o suficiente, tem dois vídeos aqui na tela, mas vou te avisar, um deles pode virar sua mente do avesso e o outro, bom, o outro talvez te faça enxergar alguém que você achava que conhecia, inclusive pode ser você. Escolha com cuidado, a jornada continua.