o Olá tudo bem sofrendo Oliva só professor universitário quero voltar a falar sobre Michel ficou o meu filósofo Favorito e quero abordar de novo esse volume volume 9 da coleção ditos e escritos cujo título é genealogia da ética subjetividade sexualidade publicado aqui no Brasil pela Editora forense Universitária eu quero explorar o artigo cujo título é sexo poder e política da identidade não é uma entrevista fornecida por ficou em torno desse debate sobre a história da sexualidade é um texto originário de uma entrevista uma entrevista realizada em 1982 ocasião em que ficou esteve na cidade de
Toronto no Canadá é uma entrevista concedida ar Gallagher e o Wilson mas o texto foi publicado em 1984 eu vou em alguns trechos de algumas respostas né algumas coisas que chamam mais atenção e vamos lá Primeiro vamos falar um pouquinho sobre a arte de viver né na página 251 porque eu disse algumas coisas interessantes ele diz o que eu quis dizer é que na minha opinião um movimento homossexual precisa mais hoje de uma arte de viver do que de uma ciência ou de um conhecimento científico ou seu do científico do que é a Sexualidade né
olha que interessante isso né O que está dizendo é o seguinte o primeiro a gente sabe que o cocô pensava é a Sexualidade como uma arte de viver talvez muito mais próximo daquilo que ele havia identificado entre os gregos e Romanos antigos né quando ainda livres de uma ética decore uma moral de pode o caráter Cristão né que a gente aprendeu a partir do cristianismo a normatizar a nossa sexualidade a partir do livro né O que pode o que não pode aquilo que é prevista no livro é permitido aquilo que é proibido pelo livro é
também proibido para nós ele fazendo olha os gregos e os romanos eram muito mais livres do que nós porque a moral deles não eram uma moral é regida por um código e esse permitiram inventar a si mesmo de forma muito mais tranquila vamos assim permitia criar assim mesmo de uma forma muito mais livre do que nós somos no mundo ocidental cristão ele diz Nós não precisamos de saberes sem ti fícus para fazer isso né Mas precisamos de uma árvore vamos de criatividade precisamos de libertar onde conhecimento científico ou Se vocês quiser olha que frase interessante
o sexo é uma fatalidade ele é uma possibilidade de chegar a uma vida criador isso é fantástico né sexo é possibilidade de chegar a uma vida criador naturalmente que nós temos até hoje impera entre nós uma visão do sexo da sexualidade do Prazer como uma fatalidade né no sentido de que as pessoas estão paradas há a um determinado o comportamento sexual em função da biologia ou em função da ética estabelecida né dos valores estabelecidos socialmente fazendo óleo Esquece essa Fatalidade não existe Fatalidade no campo da sexualidade né sexualidade precisa ser pensado como criatividade as possibilidades
da criatividade são as possibilidades estabelecidas pela nossa própria criatividade é interessante na complementar essa ideia não temos de descobrir que somos homossexuais respondendo a indagação né do do entrevistador ele diz devemos antes criar um modo de vida que né mas é quando o que está dizendo aqui quando eles não temos de descobrir que somos homossexuais Ele tá dizendo que é um sujeito que faz essa afirmação estaria remetendo ao mais Essência né que fazer quando um sujeito diz eu sou uma sexual é como se ele tivesse descobrir descoberto algo e ele é que ele é por
natureza é eu que ele tá dizendo Nós não somos nem homossexuais nem heterossexuais naturalmente né O que o que nós somos é aquilo que nós criamos né a possibilidade que nós temos para ser é a possibilidade aquilo que nós podemos criar tá Não ele tá falando da criação de um modo de vida gay né Ou seja é que tá vendo que não é necessário ficar preso a identidades estabelecidas seja por um discurso atrelado ao campo da biologia seja por um discurso atrelado ao campo da religião da psicologia e da psicanálise e da psiquiatria Seja lá
o que for né e não Se vocês quiser nós podemos dizer que ficou é um crítico Severo pelo menos do modo como se compreendia a questão da identidade nos anos sessenta setenta talvez 80 ainda o quê que é uma identidade a necessidade de corresponder aquilo que se é ele mas como nós não somos nada no sentido de que não existe uma identidade não existe algo fixo e assim que se entendiam as identidades nos anos 60 70 80 né como uma essência como desvelamento da essência do sujeito né e até hoje os nossos discurso assim não
é descubra quem você é verdadeiramente ninguém é nada verdadeiramente não estão sendo Estamos nos transformando o tempo todo Estamos nos criando nos recriando sendo moldado seja por forças externas seja por forças internas Então o que eu entendi a identidade com a necessidade a responder um mesmo e a filosofia do focou até hoje vista como uma filosofia Tá diferença e a diferença exatamente a palavra que serve para se opor é um antônimo da palavra identidade então ele diz assim na página 252 é perfeitamente correto que houve um verdadeiro processo de libertação no início dos anos 1970
esse processo foi muito benéfico tanto no que concerne a situação quanto o que consegue as mentalidades mas a situação não se estabilizou definitivamente devemos ainda eu penso dar um passo à frente crente Um dos fatores Essa estabilização será a criação de novas formas de vida né Parece que exatamente isso que a identidade uma política da identidade o concepção de identidade não permite né Se a vida fosse uma questão de desvelar aquilo que e a gente não teria espaço para a criatividade a gente só teria espaço para descobrir aquilo que não somos né e o cocô
tá dizendo é nós não somos nada ninguém a nada ninguém tem Essência nós estamos sendo e no próprio momento que estamos sendo já estamos deixando de ser e nos transformando em algo distinto então nós somos um fluxo a subjetividade é um fluxo é algo permanentemente em transformação Império diz e creio que um dos fatores dessa estabilização ser a criação de novas formas de vida e relações de amizades na sociedade na arte na cultura novas formas The Sims que se instauram através de nossas escolhas sexuais éticas e políticas em uma frase bastante conhecida né devemos não
somente nos defender mas também nos afirmar e nos afirmar não somente como é mas como força criadora né então devemos nos afirmar não como identidade mas como força criadora nosso somos criativos nós somos criadores e aqui o focou tá falando não é de ser criador o criativo no sentido de produzir por exemplo uma obra de arte um quadro né uma pintura imagina que envolve a isso mas ele tá dizendo prioritariamente da criação de si mesmo né então não devemos ficar presos a identidade devemos nos criar ou seja como eu sou um ser quando quando eu
me vejo como um ser em permanente transformação estão livre para deixar de ser o que eu achava que era para me transformar em algo diferente né então é importante a percepção né Por exemplo aí ele pega um exemplo ele diz assim O que se entende por exemplo na página 253 por pintura gay e no entanto estou certo de que a partir de nossas escolhas sexuais a partir de nossas escolhas éticas nós podemos criar um que terá certa relação com a homossexualidade né quando você disse olha aqui está uma pintura gay você tá estabelecendo uma pintura
você tá indicando uma pintura que tem uma relação e identitária com o modo de vida aqui que o que acontecer nós não tem a menor importância o que importa é simplesmente a partir de um estilo de vida gay produzir um estilo de arte que tem a ver com esse modo de vida agora a pintura quem não tem Essência pintura alguém vai ser aquilo que pessoas gays fizerem Ou sentirem vontade de fazer com a sua arte num determinado momento e na cabeça a também a pintura também a arte não tem Essência sem como as identidades sexuais
devem ser superadas as identidades artísticas também devem ser superados para que possam ser recriados a cada momento a página 255 ele tem uma frase dessa diz assim ó mas as relações que devemos manter com nós mesmos não são relações de identidade ela deve ser antes relações de diferenciação de criação e de inovação então identidade e corresponder sempre o mesmo ficou desloca nós não devemos não ter relações com nós mesmos no sentido de criarmos identidade de criarmos essências de criarmos um ser estar ele diz nós devemos pelo contrário devemos criar relações de diferenciação ou seja aquilo
que eu era eu já não sou mais o modo como eu e já não é um modo como eu me vejo agora eu devo então não tem espaço para criar não só criar o mundo externo mas sobretudo criar ali mesmo de uma forma distinta né ficou começava o dos seus livros e não me peçam para permanecer sempre o mesmo né porque eu dizem em uma entrevista vocês reclamam que o mundo Puxa vida mas eu não estudei tanto para continuar sendo a mesma pessoa né você se a gente quiser e além do próprio ficou e e
dizer assim eu não Vivi tanto para continuar sendo a mesma pessoa né fazer a medida que eu vou vivendo eu vou colecionando experiências e eu você não transformado por essas experiências eu não posso ser o mesmo né porque eu agreguei muito valor muito conhecimento muito experiência as coisas ao longo da vida e por isso eu vou me tornando uma pessoa diferente depois um outro trecho desta entrevista ele vai falar um pouco sobre poder a experiência isso É bem interessante né que aquilo ficou expressa uma visão bastante nitiana né ligando no sentido de alguém que admira
a filosofia de freedom Unite né o filósofo alemão do século 19 ele diz assim ó veja se não houvesse resistência não haveria relações de poder porque tudo seria simplesmente uma questão de obediência do instante em que o indivíduo está em situação de não fazer o que ele quer ele deve utilizar relações de poder a resistência vem então em primeiro lugar e ela fica superior a todas as forças do processo ela obriga sobre seu efeito as relações de poder alugar eu considero então que o termo resistência sacando esse erro né é a palavra mais importante a
palavra chave nesta dinâmica se há poder e a também resistência né esse é só uma concepção me tirando né uma de existe uma força existe uma outra força que resiste onde há poder existe um contrapoder existe resistência ao poder por isso existe o tempo todo é essa atenção e ele diz dizer não constitui a forma mínima de resistência mas naturalmente Em alguns momentos é muito importante é preciso dizer não' e fazer de senão uma forma de resistência decisiva na e tal eu posso dizer não para as coisas que eu não gosto eu posso boicotar sistemas
pelos quais um minuto nenhum tipo de Simpatia dizer não dizer não a uma determinada rede social dizer não ao estilo de vida digitalizado a um estilo de vida virtual dizer não a determinadas políticas que identidade e não ao preconceito racial dizer não à homofobia né dizer não à opressão Econômica política dizem não ao neoliberalismo eu posso resistir sozinho posso resistir coletivamente mas é preciso enfrentar e dizer não aquilo que não está produzindo satisfação em nós e por fim eu queria destacar aqui um trecho bem legal pouco fala sobre a espontaneidade política né olha que coisa
legal ele diz assim mas uma das realizações dos anos 1960/1970 que consideram uma realização benéfica é que alguns modelos institucionais foram experimentados sem programa e sem programa não quer dizer certamente sendo cego pensamento na França por exemplo criticou se muito nesses últimos tempos o fato de que os diferentes movimentos políticos em favor da Liberdade sexual das prisões da ecologia Petra não tinha programa mas em minha opinião não ter programa pode ser ao mesmo tempo muito útil muito original e muito criativo se isso não quer dizer não ter reflexão verdadeira sobre o que acontece ou não
se preocupar com o que é impossível né que é legal isso que eu fico trabalho é preciso improvisar é a resistência política Tem que existir em todos os lugares em todos os momentos e até sem planejamento nessa espontaneidade é importante agora espontaneidade não é sinônimo de falta de reflexão de análise de debate né não foi quantas vezes olha a a oportunidade ela pode ser um benefício diante do excesso de programação né A vida é assim né as vezes a gente planeja planeja as coisas não completamente errado e muitas vezes a gente Improvisa minhas coisas dão
dão certo não muito certo então e também fale é para os movimentos políticos pelos movimentos sociais movimentos de resistência né a improvisação é importante porque porque a gente vai se adaptando a gente vai enxergando que tá acontecendo vai lendo o contexto Vai vendo como é que as coisas se desenvolvem e a gente vai reagindo à ela Resistindo a ela Claro que provocou essa espontaneidade deve vir acompanhada de reflexão né vou cortar oferecendo para a gente tem um modo de atuar politicamente no cotidiano e isso me parece uma coisa bastante interessante tá bom Espero ter ajudado
na leitura desses ensaios deste volume de dito sim eu penso que gostam importante que é Michel ficou espero ter conseguido ajudar as pessoas que me acompanha aqui no canal né pois nem sempre é tão simples assim ser desvendado mas um dos objetivos desse canal é conseguir fazer com que o cocô fique acessível amar quantidade possível de pessoas espero ter chegado lá um abraço e até o nosso próximo vídeo