[Música] Eu imagino que vai ver um número razoável de pessoas que é um D estranhar ou até mesmo se indignar com o fato de o Daniel cig ex James Bond e que James Bond seu protagonista de um filme como queer mas primeiro eu duvido que o Daniel Craig esteja perdendo o sono com isso até porque o que ele faz aqui é exatamente aquilo que um ator que leva o Ofício dele é sério deveria deve fazer sempre que é mergulhar dentro de um personagem investigá-lo e tentar encontrar dentro das especificidades dele aquilo que fala a qualquer
pessoa aquilo que é universal dentro desse personagem queer é maravilhosamente dirigido pelo Luca guadino de me chame pelo seu nome com roteiro do Justin kurit que já tinha trabalhado com o guadino no filme anterior dele que eu adoro r e é uma adaptação do romance de mesmo nome escrito em 1951 mas publicado pela primeira vez só lá pelos anos 80 do William S burrows que foi um dos nomes mais importantes um dos expoentes do movimento Beat e é um romance de inspiração altamente autobiográfica o Daniel Craig aqui faz William Lee Lee era um dos sobrenomes
de solteira da mãe do William esps um expatriado que mora no México nos anos 50 e que vive encharcado em tequila chapado de heroína e dolorido daquele tipo de Solidão em que a gente tem várias pessoas por perto Mas elas pouco significam ou Nada até que o William Lee conhece um rapaz americano também bem mais jovem que ele chamado e jein e se apaixona perdidamente Mais até do que uma Paixão o que o Lee vê no eudine é a possibilidade de uma conexão real com uma outra pessoa Quem sabe ele seja alguém que vai significar
de fato alguma coisa curiosamente eu vejo muito do que o Daniel Craig fez e nos filmes dele como James Bond no trabalho dele aqui como William Lee mas o Lee e o Jean são pessoas fundamentalmente diferentes o William Lee parece tá sempre transbordando para fora da pele dele ele transpira ele faz gestos grandes ele fala alto ele ocupa muito espaço enquanto o eugene parece tá sempre perfeitamente totalmente contido dentro da pele dele fresquinho como um pepino ele pouco diz pouco mostra e deix sempr o tentando adivinhar o que ele é quem ele é o que
ele quer e o que ele não quer e é uma interpretação muito muito boa me impressionou demais do Drew Stark que é de uma série Juvenil que acho que não seria grande recomendação que é Outer Banks e é nessa tentativa de conquistar o eugene de trazer ele para perto que toda a história de queer se Desenrola mas eu gosto muito do que o Daniel Craig disse numa entrevista que esse é um caso de amor dessincronizado é um amor éo que tudo indica recíproco mesmo mas são duas pessoas que amam de jeitos diferentes em intensidades diferentes
nunca conseguem vibrar na mesma frequência exceto numa passagem crucial do filme em que eles estão na América do Sul onde o William Lee foi na tentativa de experimentar as propriedades alucinógenas do Yah que hoje a gente conhece como aasc e ali numa cena muito abstrata entre os dois a gente sente que houve de fato aquela conexão que ele procurava e isso é Fatal a razão pela qual eu digo que eu vejo no trabalho do Daniel Craig aqui Muitas das coisas que ele explorou nos vários filmes dele como Bond é que o William Lee é uma
figura Ultra masculina não só ele é masculino na vibe dele como ele reforça essa ideia de masculinidade ele anda armado como se ele fosse um caubói ali pelas ruas do México ele é dominador ele fala mais alto que os outros ele organiza o movimento o Luca guadino filma maravilhosamente a câmera dele sempre sempre é muito sensual muito quente voluptuosa mas aqui ela parece mais embriagada ainda ainda como se ela tivesse roçando a pele dos personagens e eu acho maravilhoso o que ele faz com os elementos arquitetônicos do filme A maneira como ele usa paredes e
os ângulos dela e a maneira como os personagens estão posicionados nessas locações eh tem muito muito mesmo da pintura do Edward Hopper que era o pintor da Solidão urbana da Solidão vivida em companhia de muitos e eu achei maravilhoso como ele usa a trilha sonora dele que é toda anacrônica tem uma sequência linda ao som de comeas you are do Nirvana tem Outra Sequência Bárbara com New Order e usar música que não pertence ao tempo do filme é uma maneira de dizer que você não tá simplesmente recriando uma crônica de algo acontecido você tá olhando
aquilo com uma perspectiva permitida pela distância isso informa toda a atuação do Drew Stark e do Daniel Craig ambas belíssimas isso informa toda maneira também como Ele dirige é à procura das constantes humanas que independem de lugar e de época antes de terminar um fato curioso só tem um sonho do Lee em que ele vê Wi jeene sentado numa cama com um copo na cabeça e ele brinca de William Tell atira no copo só que ele acerta na cabeça do eugene E isso aconteceu de fato com William es burrows Só que quem estava com o
copo na cabeça era a segunda esposa dele os dois e Tod Todo Mundo Em volta completamente embriagados e ele matou el lá na hora e segundo burs isso precipitou ele um abismo do qual ele nunca conseguiu sair a não ser quando ele escrevia se você gostou desse vídeo não se esqueça de curtir inscreva-se no canal e clique no Sininho e a gente se vê no próximo [Música] vídeo i