salve salve pessoal sejam todos muito bem-vindos a mais um episódio do Wesley de lá no Gare podcast Muito obrigado pela sua audiência e pela sua atenção e hoje nós temos um convidado muito especial que vocês provavelmente já conhecem Se vocês me acompanham algum tempo recebo aqui Fábio Perim Fábio psicólogo mestre neurociências especialista em neuropsicologia atuando principalmente a avaliação neuropsicológica e manejo de transtornos como TDAH transtorno de espectro autista mas de uma maneira geral transtornos emocionais e comportamento né Obrigado pela sua presença Fábio obrigada é interessante isso você falou né porque tendo como neuropsicólogo desde o
início dos anos 2000 né Eu terminei a minha especialização acho que foi em 2005 foi da década de 90 né mas depois do mestrado eu fiz a especialização porque como eu era mestre começou a aparecer de paciente neurológico né pacientes de manejo mais difícil aí eu fiz essa essa pós né E naquela época acabava que a gente abraçava tudo né via paciente com diferentes condições características tanto psiquiátricas quanto neurológicas né cara então a gente teve eu diria assim que a gente era Polivalente assim né a gente atendia de transtorno do espectro autista tda demência AVC
pegar uns pacientes mais neurológicos só pra galera entender o paciente neurológico é aquele assim Teoricamente falando todo o paciente neurológico né inclusive o campo da muitos estudos do campo da psiquiatria então começando a migrar para Neurologia muitos estudos anteriormente sobre Alzheimer por exemplo tava na Esfera da psiquiatria e já tá Na neurologia Hoje hoje eu acho que existe uma sobreposição é bastante grandes coisas mas pra galera entender um paciente neurológico quando você fala seria um paciente que sofreu um derrame um AVC e tem uma dificuldade alguma coisa que teve uma alteração do circuito do tecido
cerebral bastante grande né em geral acesso a divisão é meio confusa né e é confusa exatamente pela pela perspectiva do alista de mente corpo que a gente tinha no início da psiquiatria principalmente né cara mas ela de certa maneira a gente poderia pensar que o paciente psiquiátrico é um paciente onde tem sido nervoso ele tá mais ou menos organizado ou a gente tem lesões moleculares certo e aí no paciente neurológico seria um paciente onde a gente encontra uma alteração mais clara mais significativa do sistema nervoso Você consegue identificar onde é que tem a lesão né
o paciente psiquiátrico você certa maneira não tem uma lesão visível você não consegue enxergar ela com os meios tradicionais de imaginariamento ou com os exames tradicionais e Fábio vamos começar no começo o que que é neuropsicologia é especificamente o que são funções executivas E por que que a área da neuropsicologia se ocupa em tentar quantificar uma coisa qualitativa como por exemplo a atenção é interessante isso né bom vamos lá primeira neuropsicologia uma área que se desenvolveu a partir da Neurologia né também conhecido como Neurologia cognitiva é uma área que se ocupa de como que danos
neurológicos comprometem a cognição e o comportamento cognição emoção e comportamento então de uma certa maneira ela já evoluiu ligada a ideia de avaliar e tratar pacientes neurológicos dentro da avaliação neuropsicológica a gente Cost dizer que a gente tem diversas habilidades cognitivas que a gente avalia Então a gente vai avaliar funções intelectuais que são funções intelectuais é o conjunto das habilidades cognitivas do indivíduo é representada num único fator a gente faz isso a partir de um procedimento estatístico que a gente chama de análise fatorial que é o procedimento onde a gente faz múltiplas correlações e a
partir dessas correlações a gente tira um valor e esse valor é representativo da capacidade cognitiva do indivíduo mas ele é sempre feito uma relação com a idade do sujeito e a população geral no caso feito Como é que você sabe que ele ultrapassou ou não Limiar quando a gente fala em em avaliações a gente vai falar em dados nomotéticos e que são Dados referentes a aspectos gerais do comportamento em relação à população e uma avaliação mais específica do indivíduo essa ideia de de fazer duas avaliações uma onde você compara o indivíduo com a população geral
e outra onde você compara o indivíduo com ele mesmo depende dessa avaliação das funções executivas globais ou funções intelectuais ou como o pessoal costuma chamar de QI né o quociente intelectual e a ideia basicamente é que você pega uma grande uma grande amostra da população certo de pessoas digamos assim que não tem nenhuma condição neurológica e psiquiátrica e a partir delas você cria uma média né uma média e um desvio padrão para cada uma para essas habilidades e a partir disso você compare o indivíduo que você tá valendo com a população geral então o cara
tá ali ele teve um desvio padrão da média aí ele já tá com um teste leve se ele tem dois desvios padrões não deve te moderado três desvios padrões de Então essa é uma comparação que a gente faz com o indivíduo dentro da população e aí por que que a gente precisa dessa avaliação do das funções intelectuais ou das habilidades cognitivas globais porque essa análise fatorial que essa múltiplas correlações dos resultados dele em cada subteste eu consigo ver quais que estão no nível de funcionamento dele quais que estão acima do nível de funcionamento dele e
quais que estão abaixo do nível de funcionamento dele então eu comparo primeiro ele com a população depois vou comparar a partir desse índice né que é feito pela análise fatorial como é que as habilidades transitam ali então de uma certa maneira boa parte da avaliação neuropsicológica é estabelecer o funcionamento Global do indivíduo e daí começa a avaliar as funções individualmente então eu vou avaliar a memória para variar atenção vou avaliar a linguagem vou avaliar as funções executivas vou avaliar aviso construção vou valhar é humor pela cidade de processamento de informação e todos esses todos esses
resultados dessa avaliação eu vou comparar com esse nível de funcionamento Global do indivíduo né se vocês tiverem um desvio padrão para baixo então a gente entende que ali tem algo que está deficitário né a partir de um desvio padrão para baixo que a gente entende que tem algo que tá de visitar e aí a gente consegue ter um cenário da onde o indivíduo tá digamos assim com o seu desempenho rebaixado e aí a gente pode a partir disso pensar Quais são as redes ou circuitos que podem estar comprometidos em relação a esse desempenho que a
gente vê né então a ideia da avaliação neuropsicológica antigamente era localizar as lesões cerebrais porque você sabia a partir do comportamento das do das alterações na cognição que regiões o que circuitos tinham sido impactados numa lesão né então isso era muito importante antes da gente ter o imagininhamento né Depois o imaginamento substituiu isso mas a gente continua fazendo avaliação para entender é que grau e como é que de certa maneira as lesões afetam os indivíduos né E como é que a gente vai usar a estratégia de reabilitação ou habilitação certo porque as lesões neurológicas elas
podem ser adquiridas ou inatas certo então a gente trabalha com uma ideia de lesões adquiridas aquela que ocorreu por algum tipo é de evento né então um tumor um AVC um traumatismo crânio-cefálico enfim um quadro infeccioso várias acidentes isso várias condições que podem afetar o funcionamento do sistema nervoso central e aí a gente tem digamos assim as alterações inatas né aquelas que influem no desenvolvimento do indivíduo Então essas mais ligadas a diagnósticos por exemplo de transtorno do espectro do autismo mas também outros outros transtornos para avaliar as competências cognitivas e desenhar um programa de ação
de educação neuropsicológica pegaria por exemplo uma dimensão como a atenção e permitiria por meio de uma série de testes padronizados mensural tamanho da atenção ou deficiência da atenção desse sujeito e consequentemente inferir se ele está com algum déficit ou não o que que seria o por exemplo a atenção que que é um processo o que que é a atenção como que ela é caracterizada circuitos envolvidos e consequentemente o teste consegue ver Teste ali ou não vamos lá atenção é uma coisa muito complexa as pessoas costumam simplificar ela é muito difícil a gente vê o que
que é atenção onde ela começa e onde ela acaba onde começa as funções executivas e onde começa a atenção onde começa a memória operacional e onde começa a atenção né então de uma maneira geral Eu costumo dizer eu gosto desse conceito Apesar de ele ter algumas impressões que a atenção é o direcionamento dos processos cognitivos conscientes são o direcionamento dos processos cognitivos conscientes né então por exemplo agora você tá prestando atenção em mim os processos cognitivos e e teus órgãos sensoriais eles estão captando informações e processando essas essas informações né apesar de dessa desse conceito
ele tem algum alguns problemas Principalmente quando a gente fala de processo cognitivos consciente né eu gosto dele porque ele ajuda a dar um pouquinho da dimensão e da complexidade da tensão né então quando eu tô falando de atenção e eu tô falando de processo sensoriais perceptivos e cognitivos né então se a gente pensar nesses três processos a gente vai ver que a gente vai envolver uma secretaria muito grande e vai de certa maneira é sobrepor alguns circuitos e algumas funções né a segunda coisa é que a própria tensão ela tem características então a gente entende
que a tensão tem por exemplo um aspecto seletivo você não consegue prestar atenção em duas coisas ao mesmo tempo você vai selecionar um objeto atencional do ambiente e você vai melhorar a resolução desse objeto mas como se fosse um foco de uma câmera assim isso imagina que nem se fosse esse esses refletores né então ele ilumina um determinada uma determinada região do ambiente certo e destaca ela é por outro lado a atenção ela também não pode ficar fixa no ponto porque a gente tem uma série de estímulos que se atravessam no ambiente que você às
vezes precisa atender se existimos por conta de uma urgência Então a gente tem a capacidade de o foco adicional né a gente chama esse de alternância ou a característica da alternância Ou atenção alternada a segunda questão é diz respeito a coisa que mais incomoda a maioria das pessoas que a manutenção do foco adicional é Ou seja você conseguir sustentar o teu foco adicional por um tempo até que você consiga findar uma determinada tarefa então eu tô falando de três características essas três características envolvem dois componentes um que é voluntário e o outro que é involuntário
certo então por exemplo a gente se tá aqui agora prestando atenção no que eu tô falando eu diria que você em muitos aspectos está direcionando teu foco voluntariamente para cá mas se se ela cai alguma coisa lá na outra sala e faz um barulhão automaticamente você alterna o teu foco adicional então a gente entende que tem um circuito depois vou falar um pouquinho desse circuito evolutivamente deve ter sido bebendo água e não tá enxergando os Predador que tem em volta né Então tá comendo forrageando e isso é muito interessante assim porque na verdade você vai
ter dois circuitos trabalhando em relação à atenção né um circuito ligado digamos assim atenção endógena é essa que eu tenho algum controle e uma tensão exógena aquela que tá ligada a eventos que rompem no ambiente né então se a gente for pensar só em relação a esses aspectos da atenção Ele já vai ver que a gente tem uma complexidade de conceitos e uma e uma complexidade de circuitos né uma das coisas interessantes aqui é ler antes da gente falar propriamente da avaliação da atenção aí a gente tem que entender uma coisa nem sempre avaliação da
atenção consegue avaliar todos os componentes certo é muitos autores vão falar de atenção dividida Isso é uma discussão bastante interessante né eu digo que atenção dividida ela tem um componente de automatização né então é aquele ou você tá alternando atenção ou um dos componentes está automatizado Então seria como você dirigir o carro e conversar com alguém certo você não consegue dirigir o carro até que você tenha automatizado o processo e não consegue dirigir o cara falar com alguém até que você tenha automatizado o processo então de certa maneira cara quando a gente avalia a atenção
a gente tem que ter alguns cuidados né e eu costumo dizer que a avaliação da atenção Principalmente quando a gente tá falando de TDH ela não tá ligada diretamente as ferramentas psicométricas de avaliação da atenção mas se um conjunto de dados e como você analisa esses dados a partir da avaliação neuropsicológico né então por exemplo a gente tem testes específicos de atenção alguns testes foram desenhados para avaliar a atenção alternada sustentada [Música] seletiva e dividida né apesar do dividida que nem te falei uma um conceito que a gente tem que discutir ainda é esses testes
eles podem te dar resultados interessantes mas não necessariamente eles vão representar o funcionamento da atenção do indivíduo no ambiente né digamos assim atenção ecológica do indivíduo né então o indivíduo pode ter uma performance boa num teste de atenção mas ele pode ainda assim ter deficiência com qualidade de vida de deficiência na atenção nos cotidiano porque porque a situação de teste é uma situação de teste só por isso já recruta mais componentes atencionais então quando a gente olha quando a gente vai fazer avaliação da atenção além desses testes intencionais a gente vai olhar para outras características
que envolvem daí as funções executivas e também um muito relacionado à atenção em funções executivas que é o conceito de memória de trabalho ou memória operacional certo esses conceitos eles de certa forma se desenvolveram mais ou menos juntos inseparádos mas que nem falei Eles tem muita sobreposição tanto de circuitos quanto de funções bom então quando a gente fala da avaliação neuropsicológica a gente tem que pensar que a avaliação neuropsicológica é uma investigação científica você vai coletar dados e você vai analisar esses dados para extrair um significado dele e esses dados são os psicométricos né aqueles
que estão ligados a testes a essas validações que a gente faz na população mas também é dados do cotidiano do indivíduo ou dados vindo por questionários anamneses ou inventários que a gente possa de certa forma avaliar o impacto disso na vida na vida do indivíduo em geral a gente tem tem algumas condições assim que são bem populares as pessoas conhecem bastante em relação à atenção né uma é a m negligência é uma condição bastante conhecida onde o indivíduo de certa forma negligencia informações que estejam geralmente no lado esquerdo dele por uma lesão no córtex parental
posterior direito né A gente vai ver que o córtex para tal posterior direito ele tem uma circuitaria muito importante para atenção e principalmente uma comunicação com córtex pré-frontal dorso lateral em especial né E que a gente vai chamar depois de de via dorsal da atenção então aí a gente tem um conjunto de fibras que suas fibras longe longe demais que conectam córtex pré-frontal concorda e tal posterior então nessa situação ela é muito interessante porque por exemplo eu botei esse copo aqui certo e aí eu pergunto para o paciente né se tem algum copo na mesa
ele vai dizer que não daí eu e agora temos um copo na mesa tem vários testes se o pessoal que tá em casa assistindo colocar síndrome da eminemiligência ou alguma coisa assim no Google e vocês vão ver que se você pedir para o paciente desenhar uma casa ele vai desenhar só a metade de uma casa isso isso se ele for fazer a barba ele só vai fazer a barba fazer metade da barba o rosto é um quadro que geralmente ele reabilitar relativamente rápido né a gente tem alguns testes só para isso só para ver o
grau que que é negligência por exemplo o Bel teste seu teste do Sino que são testes de cancelamento onde você vai onde você tem uma folha com ciúmes e você tem que procurar o sino isso é um teste de atenção seletiva também e cancelar eles né no meio de outro de estímulos de extratores né geralmente esses pacientes se mantém só no lado e a reabilitação ele se daria por conta de uma neuroplasticidade em outras áreas do cérebro assume a função daquela se a gente tem que às vezes ficar chamando atenção do paciente para ele se
lembrar de olhar nesse lado aprendizado tem uma coisa interessante eu acho que eu já te contei essa história mas eu vou aproveitar e contar que adoro essa história eu atendi um paciente muitos anos atrás de acidente de moto com TCE né o TSE dele era uma uma lesão comunicante então ele bateu a cabeça e o cérebro ficou aberto no lado esquerdo é pronto parental então pegou toda essa região pronto parental né paciente veio para avaliação logo depois que ele recebeu alta né mas ele ainda tava na cadeira de de rodas e eu comecei a fazer
a avaliação dele como eu não sabia qual era o grau do paciente eu comecei a fazer a avaliação dele com um teste que se chama o teste ele é um teste patricial né a gente chama de matrizes de Raven E aí você De certa forma tem uma figura e embaixo você tem algumas opções para completar essa figura como se fosse um quebra-cabeça Então você teve que completar essa figura né tem que ter que entender a lógica que tá na matriz e procurar o elemento que completa essa figura eu comecei a avaliar esse esse paciente ele
só ia errando até aí me chamou muita atenção mas até ser um pouquinho longo e de repente eu comecei a olhar as respostas dele e todas as respostas Que ele dava tavam em estímulos que tava à esquerda a esquerda geralmente a gente não vê ele negligência é a direita né E aí eu comecei a conversar um pouquinho para sempre ele falou alguma coisa mas ele como a lesão frontal às vezes deixa o paciente um pouco mais apático nem sempre o paciente verbaliza né comecei a conversar com ele ele compreendendo bem as coisas que eu falava
e falando bem eu disse o pai o paciente tem uma lesão pela extensão que ele não ele deveria ter algum grau de fazer alguma dificuldade na comunicação mas a comunicação dele tava relativamente preservada né linguagem que tava relativamente preservada isso me chamou atenção e aí eu fiz o teste e ele sempre respondendo dos estímulos que tava à esquerda daí eu comecei a mostrar para ele que tinha estímulos a direita também né e ele quando eu comecei a mostrar que tinha estímulo lá direito o que que começa a acontecer com a taxa de acerto deles aumentar
certo isso é muito interessante porque mostra que de certa maneira a organização funcional dele não era típica tava meio que invertido que a gente esperava encontrar no hemisfério esquerdo tava no hemisfério direito e a gente esperava encontrado no hemisfério direito tava no hemisfério esquerdo e aí tem o dado que para mim é muito interessante esse paciente tinha um irmão gêmeo E aí eu fiquei me perguntando como é que será que a organização do irmão porque e isso é pessoal nunca não sei nunca foi pesquisar isso mas gêmeos univitelinos tem um desenvolvimento espelhado [Música] e daí
eu fiquei pensando será que o outro gêmeo tem as funções do Hemisfério correto né Então essa essa é uma questão que até hoje e até nos últimos tempos isso faz mais de 20 anos que eu fiz essa avaliação ou mais isso era uma questão que até hoje fica me dá curiosidade eu nunca tive tempo para parar e pesquisar velho mas eu fiquei pensando pô Será que gêmeos univitelinos tem os seus hemisférios espelhados também né então é uma questão interessante para a gente entender um pouquinho também essa coisa da lateralização hemisférica né que acaba sendo também
uma lateralização motora que acaba repercutindo numa lateralização motora né o Fábio e assim é claro a imigência seria um quadro digamos já neurológico que o sujeito negligencia a metade do mundo e é bastante grave né mas e a pessoa que está assistindo em casa assim que como que funciona por exemplo a neurobiologia do processo atencional de uma pessoa Norma típica antes de falar de um TDAH bom que tem bom vamos imaginar o seguinte cara e a atenção tem esses dois processos um que a gente chamou de voluntário certo e outros que a gente chamou de
involuntário né esse processo voluntário ele tá muito ligado aos meus objetivos e a minha motivação você tá ligado aos objetivos e motivação ele tá um circuito que alimente isso né então por exemplo você tem que estudar a minha atenção de certa forma vai ter que ser direcionada por esse tempo eu tô com vontade de comer sei lá de algum outro estímulo hedônico a minha atenção Vai Me direcionar para as fontes daquele estímulo idônico né então de certa maneira a nossa atenção voluntária ela tá muito ligada com a nossa motivação certo então ela envolve também os
circuitos motivacionais por outro lado a gente tem que pensar que esse tipo de atenção pela circuitaria que ela envolve ela tem um custo muito elevado né então manter a nossa atenção é uma coisa que de certa maneira gasta muito energia por conta do circuitos que nós temos que acionar que são circuitos que tem um custo metabólico mas elevado principalmente os neurônios corticais neurônios piramidais neurônios que tem é uma atividade específica e acabam envolvendo que nem eu falei para vocês um manejo metabólico para funcionar adequadamente se a gente for pensar nessa nesse tipo de atenção em
circuitos isolando algumas coisas né A gente vai ver que a gente tem circuitos subcorticais corticais e circuito cortico corticais esse circuitos ao longo do nosso desenvolvimento eles estão tão prontos de fases de desenvolvimento né Ah então quer dizer que a criança não tem atenção não ela tem atenção mas a forma como a tensão funciona não é igual do adulto porque o adulto tem uma circuitaria mais ela não é nem tão robusta mas mas bem conectada para Essas funções certo então de certa maneira ao longo da vida a gente vai desenvolver a atenção né por isso
que a gente fala que às vezes algumas estimulações elas podem melhorar o nosso foco atencional ao longo do desenvolvimento porque nós temos janelas de oportunidade na conexão desse circuito depois eu vou falar um pouquinho delas também certo estão pensando só nisso só nessa coisa de eu ter um objetivo e ter que direcionar minha atenção para o objetivo eu vou envolver obviamente o córtex pré-frontal depois a gente pode dar uma palhinha sobre o córtex pré-frontal e as funções executivas mas eu vou ver o córtex pré-frontal corta Express frontal é uma região bastante complexa a gente divide
ele geralmente em quatro a grandes áreas né que é o córtex dorso lateral órbito frontal dentro mede dentro Medial inferior e o giro certo essas três grandes áreas essas quatro grandes áreas do córtex pré-frontal elas são muito importantes para atenção e esse circuito essas áreas elas se comunicam com múltiplas regiões do sistema nervoso central por exemplo o giro vai se comunicar com a insula anterior né vai se comunicar também com córtex pré-frontal vai vai se conectar com várias estruturas límbicas né inclusive com amido o córtex vento Medial também se conecta com a estruturas limpas principalmente
a partir do Giro cíngulo é o córtex pré-frontal com estruturas do estriado dorsal É principalmente núcleo caudado dorsal e o córtex Orto frontal também vai fazer conexões com núcleo caudado só que com a região ventral além disso em especial o corte frontal ele vai se conectar com estruturas como o núcleo acumbentes no estreado ventral e a partir disso ele vai direcionar nossas nossa atenção para os objetivos né então é como se é como se corta frontal ele fizesse a segunda seguinte pergunta o que que eu preciso e se eu gosto do que eu preciso certo
o córtex dorso lateral ele vai criar um plano de ação e em cada recrutar os 100 gramas dos comportamentos que a gente precisa para executar esse plano esse plano de ação certo e o córtex vento Medial ele vai de certa forma monitorar essa ação a partir de um de um elemento que para mim é muito importante que é a auto-referência certo então ele vai abre aspas construir Auto referência e vai monitorar As Nossas ações para ver se elas estão indo adequadamente E aí tem um tempero emocional né o vento Medial ele também isso é o
vento Medial o World frontal nas conexões quando o caudado também são conexões que de certa forma manejo um conteúdo emocionais por isso que geralmente a emoção ou o processo emocionais são importantes para aumentar a retenção de uma memória por exemplo por exemplo e também fazem parte do nosso sistema motivacional né então o corte frontal ele ele Pergunta assim eu gosto disso e depois ele pergunta eu preciso disso certo e depois ele faz uma terceira pergunta quanto que eu vou gastar para isso ganhar nesse eu tenho recursos eu tenho recursos Eu costumo pensando nesse circuito Eu
costumo dizer que nossa tomada de decisão tem cinco elementos adoles Adoro falar disso né que é o estado metabólico fisiológico tão nosso organismo certo então o córtex é o córtex vento vento Medial inferior ele tá ali a partir do sistema límbico como é que teve como é que tá o nosso Estado metabólico como é que a gente tá funcionando como é que a gente tá de energia como é que temos em termos metabólicos disponibilidade de glicogênio capacidade de força sistema cardiorrespiratório tudo tudo porque ele tem acesso principalmente isso porque ele tem até acesso a isso
principalmente através de informações que chegam no hipotálamo pelo nervo vago o córtex é pré-frontal não vai dar para falar de todas as conexões Claro é foca com a fala com o fundo da atenção isso mas ele se conecta com várias estruturas do tronco cerebral certo e depois a gente pode falar um pouquinho mais até falaria de marcadores somáticos avalia Como tá o nosso grande Feelings né as Sensações como é que nós começamos né porque a percepção isso é muito importante porque para mim emitir um comportamento a primeira coisa que eu preciso ver e daí a
conexão do Corsa do córtex dorso lateral com o núcleo caudado dorsal é assim eu tenho repertório para isso quer dizer existe repertório para o comportamento que eu tenho para atingir o objetivo né esse repertório é muito complexo porque o grau de complexidade vai dizer o quanto de energia que eu vou gastar para isso certo então ele levaria o estado metabólico fisiológico do organismo se o comportamento é muito complexo para avaliar o custo desse comportamento ao mesmo tempo que ele avalia o custo do comportamento Orto frontal pergunta lá para o núcleo E aí cara se a
gente fizer isso vai ser legal quando clica geralmente meitores mas vai vai vai certo então ele diz opa Isso vai ser reforçado e o segundo elemento que também envolve o córtexdor lateral é assim quanto tempo eu vou demorar para obter esse reforço certo então esses cinco elementos o estado fisiológico metabólico a complexidade do Repertório comportamental obviamente o custo do comportamento quanto reforço eu vou ter pode ser reforço aplicativo ou negativo e o tempo de liberação desse reforço perfeito certo então vamos pensar isso a partir daí ocorre uma tomada de decisão a partir daí vai ter
uma tomada você vai estudar certo você vai estudar mais cedo do meu mal o que que vai acontecer com o teu estado já tem mais adenosina no cérebro já tá mais com fadiga Central às vezes é impossível que já tá pegando começou começou mal certo custo de comportamento para estudar Você vai envolver várias áreas corticais áreas nobres caras altamente Custoso custo é muito grande amplitude do reforço baixa Às vezes você compreende o negócio que é legal alguma coisa que você tá mais envolvendo mas geralmente não é muito alta você fica mais apático depois a gente
pode falar eu não acredito que as pessoas aí né cara eu ouço umas coisas que eu vou te falar um negócio Ah mas Fulano dorme 5 horas passa quatro horas quatro horas Ah mas o guru eu sei das quantas Cara eu não sei porque que as pessoas têm dificuldade de acreditar que o sono é importante mas enfim custo muito baixo certo o custo também o curso não desculpa o reforço muito baixo e o reforço muito baixo e o tempo muito longo para você obter o reforço né ele faz parte de um padrão em cadeado de
comportamento que você só vai ter o reforço lá na frente certo então estudar agora vamos pensar jogar videogame estado metabólico fisiológico o repertório comportamental simples fácil e barato é amplitude do reforço alta significado não importa o quanto que você saiba o quanto é importante estudar Você sempre vai jogar videogame e não adianta cara você dizer não eu tenho força de vontade não existe força de vontade existe esse sim componentes certo então videogame tiver ali disponível se tiver dormindo mal se tiver chateado você tiver um pouco mais adentônico estressado acabou velho você não vai estudar você
vai jogar videogame ou vai ficar no celular certo no sofá ali rodando isso então é interessante porque o processo atencional é guiado que a gente voluntário para a gente fazer alguma coisa ele de fato é quase que se confunde com motivação parece Ele eles estão bastante não só se confunde com a motivação ele tem motivação do governo e é por isso que talvez num processo de Transtorno do Déficit de Atenção por exemplo no TDAH uma das vias neurobiológicas que estão deficitárias isso é bastante demonstrado e um dado bastante robusto são vias que envolvem o neurotransmissor
da motivação que é a doutrina mas em especial o que que acontece no TDH no cérebro de um TDH cara primeira coisa é que TDH como Toda Toda no zoologia psiquiátrica ela é um Balaio Grande Balaio que envolve muitas coisas né mas eu diria de certa maneira assim que o cérebro ele tem menos capacidade para retardar a recompensa ele precisa de mais Recompensas imediatas ou seja ele precisa de certa forma tá buscando no ambiente uma série de recursos que aumentem a liberação de dopamina nele certo essa liberação de dopamina ela é essa busca por essa
liberação de dopamina ela ocorre porque a gente acredita que tem um nível de dopamina ótimo no cérebro que a gente chama de dopamina tônica essa quantidade de dopamina ótima no cérebro não só de dopamina mas de noradrenalina também ela de certa forma estaria ligado a atividade de dois neuroreceptores específicos que é usar Alpha 2A e um dopaminérgico que é o D1 certo é o todos dopaminérgico e o tônus É noradrenérgico adequado ele vai fazer duas vezes duas coisas manter o teu córtex para frontal ativo e a dopamina vai manter ele direcionado né então os receptores
é alfa2 a eles são receptores excitatórios eles vão despolarizar os neurônios então eles deixam esse modulam atividades dos neurônios e deixa eles mais ou menos despolarizados a dopamina como você bem sabe geralmente ela tem um papel hiperpolarizante ou seja ela diminui a atividade dos neurônios ela é inibitória ela tanto é da substância Negra Quanto quanto me fundir Blue todos esses circuitos a dopamina vai ter um papel inibitório certo então o que que acontece essa dopamina ela sintoniza para não para tirar o ruído então eu ativei ativei o meu córtex pré-frontal e diminuir o ruído certo
então a combinação desses dois neurotransmissores ela é muito importante né E aí se você tem uma alteração por exemplo você quer dopamina esteja mais baixa o que que acontece muito ruído Então você fica altamente distraído tô aqui falando contigo daqui a pouco tô mexendo aqui mexendo aqui balançando a cadeira certo então a ideia que a gente tem é efetivamente que a gente precisa um equilíbrio Entre esses dois neurotransmissores e depois se a gente for ver a medicação as medicações usadas no TDH Elas têm efetivamente é esse objetivo né seja ritalina ou as metanfetaminas né adexefetamina
levanfetamina todas elas de certa maneira tão e outros medicamentos porque você dá um psico estimulante por um TDH né cara é contraditório porque o cara já tá hiperativo e você vai dar um estimulante só que na verdade um psico estimulante ele tá aumentando a efetividade do freio isso isso a quantidade né porque eu psico estimulante em especial a dextrofetamina é o que que ela faz assim como a ritalina ela inibe As bombas de recapitação de noradrenalina e dopamina certo às vezes mais adrenalina vai depender aí da da formulação mas em geral o alvo é a
dopamina certo só que embaixo as doses os psicos estimulantes eles não são integrados por citoplasma dos neurônios dopaminérgicos porque quando quando a vitamina ela é liberada quando ela é internalizada dentro do citoplasma dos neurônios dopaminérgicos lá dentro ela vai inibir também a recaptação dos neurotransmissores para dentro da vesícula então eles vão se acumular no citoplasma da célula e extravasar para fenda sináptica E aí vou produzir a hiper estimulação E aí eles vão ativar os receptores B2 do paciente que de uma pessoa que toma estimulante sem indicação isso no episódio passado que o pessoal tá assistindo
aí do Professor Rui é o Professor Rui veio no Episódio Passado aqui ele é um farmacologista da UFSC ele comentou que o paciente com TDH ele tem mais bombas de recaptação de dopamina diz que você tem que inibir só que na medida que um paciente uma pessoa que tá aí que toma ritalina e venvanse para aumentar performance pode acontecer isso vai internalizar e depois extravasa a dopamina para fenda e você começa ansioso e Ocioso ou começa a dar barato Isso é uma droga de abuso isso porque em altas dose né mas uma alta uma alta
dose para alguém que não tem th Exatamente exatamente então o que que acontece né cara é nesse caso essa estravazamento da dopamina vai ativar os receptores D2 principalmente do núcleo de cúmplices E aí vai produzir para ver né E aí aí vira a droga de abuso Mas isso acontece principalmente com altas doses de anfetamina por exemplo como a gente tem nas drogas baseadas em anfetamina né o cocaína certo nos estimulantes a dose é segura porque ela não ela ela não é uma quantidade tão grande que a captação dela vai acumular a dopamina citoplasmática Então ela
é uma dose segura a manutenção dessa dose estável vai fazer com que o funcionamento melhor e muito e é muito interessante isso que você falou porque é isso mesmo se você é uma pessoa que Teoricamente não tem TDH e toma isso a probabilidade existe uma probabilidade muito grande de você ficar ansioso certo mas num paciente com TDH ele vai ficar calmo ele vai ficar calma cara a minha ansiedade acabou certo e isso é uma coisa interessante também porque as pessoas confundem ansiedade tem dois tipos de ansiedade e ansiedade obviamente a gente sabe que tem a
ver com expectativas ruins ou boas então a gente tem dois tipos de ansiedade uma por reforço positivo e a outra por reforço negativo né uma é o que eu chamo de ansiedade catastrofizadora ai meu deus do céu vai dar tudo errado eu vou me ferrar Eu sou um bostas e a outra preciso fazer isso precisa alcançar isso preciso conseguir isso eu quero que chegue logo esse tempo certo então são dois sistemas que nós identificamos como ansiedade mas que tem valor adaptativo diferente né um te Move para busca outro te Move para evitação certo então muitos
pacientes com TDH vão reclamar de ansiedade é importante avaliar e entender que tipo de ansiedade é essa qual que é mais comum no paciente considerado sempre essa ansiedade por reforço positivo querer mais isso performar por tempo por tempo que é que as coisas aconteçam rápido tem dificuldade de esperar é por isso que por exemplo o cara pega um livro e ele muitas vezes não consegue ler uma página porque ele já quer que termine o livro ou qualquer consegue ler uma página não consegue ler um parágrafo ele ele é pela essa inquietação de querer logo o
reforço isso e então assim de uma de uma certa maneira a ideia é que a gente trabalha em relação ao TDH é efetivamente regular esse sistema né E aí a gente pode regular esse sistema farmacologicamente mas a gente também pode ter uma série de recursos ambientais que a gente usa para regular isso por exemplo com crianças a gente usa muito economias de fichas né economia é difícil é um sistema de reforçamento parcial que que a gente faz a gente cria uma série de tarefas ou objetivos para criança que ela tem que atingir no seu dia
a dia ou na escola onde for cada vez que ela atinge ela ganha uma ficha a ficha vale um ponto ela acumula as fichas e depois troca por algum motivo de vantagem Qual é o objetivo disso é de certa forma acostumar a criança fazer retardo de reforçamento né O que que a gente faz a ficha como ela entra numa operação estabelecedora ela ganha valor então quando a criança ela ganha valor de reforço então quando a criança recebe a ficha ela tem uma dopaminazinha ali certo e aí ela consegue se continuar se engajando no comportamento né
então a gente na verdade a gente usa liberações físicas para manter um nível de dopamina que possa promover a manutenção da atenção desse indivíduo neuromodulador altamente é neuroplástico então consequentemente a intervenção quanto mais cedo pelo fato até abrindo já essa pergunta daquelas janelas de oportunidade que você havia comentado isso pode ser explicado agora nessas janelas de oportunidade de um tratamento quando inserido tem já tem o melhor prognóstico isso não só no TDAH né qualquer transtorno de inclusive a gente tem alguns dados apontando que o tratamento de TDH farmacológico pode ter um ótimo prognóstico na vida
do outro ou seja o cara que foi tratado por exemplo com psico estimulantes adequadamente na infância ele pode chegar na idade adulta sem o TDH o Rui comentou que até é altamente protetor contra o desenvolvimento de adicção em alguma outra coisa na adolescência sim porque se você trata ali Digamos que lá no futuro ele não precisa buscar Aquilo num cigarro no álcool o Goldberg fala isso né que a gente vai ver muito mais pessoas aditas com TDH e boa parte dessa dicção tá muito ligada a automedicação certo então ela precisa ela precisa daquela levantadinha e
fumar um cigarrinho para ter um pouquinho de dopamina para poder sentar de novo né E lá pegar o cafezinho para aquele estímulo de dopamina para ela conseguir trabalhar um pouquinho mais né então é muito comum a gente é ter pessoas que têm TDH e envolvimento com substâncias né E aí é uma coisa interessante você falou cara eu vou eu adoro fugir do tema mas a dopamina você fala dopamina ela tem um potencial neuroplástico mas não só nessas janelas de oportunidade a dopamina Ela deixa o nosso cérebro plástico a vida inteira mesmo depois que a plasticidade
natural né biológica ela já acabou o nosso o nosso córtex pré-frontal ele permite que a gente tenha plasticidade até o final da vida isso não é tão intenso em outras espécies Ou seja no caso do ser humano é um cachorro velho aprende truques novos certo explicar é o equivalente um desfecho funcional disso por exemplo você vê como uma criança aprende uma nova língua muito rápido e como um adulto depois 5 30 anos peca e se aprender vai falar tudo meio torto vai falar ele não vai conseguir ter um dialeto natural como de um não como
de um gringot sempre uma questão de dicção ali né mas o porquê que eu lembro que na década de 90 até os anos 2000 era muito discutido dentro da neurociência que chama da Golden era da neurociência Principalmente nos estudos de memória mas neuroplastagem também né neurogênese e tudo mais eu lembro que era muito discutido se existia ou não neurogênese adulta e neuroplasticidade teve um pesquisador chamado merzinic não lembra exatamente o primeiro nome dele Ele publicou um paper na Journal of new Science na época mostrando que o macaco é quando submetido a um experimento onde ele
precisa aprender um barulho isso se você só der o barulho num determinado grau experimental ali parece que se ele não tiver presta atenção Ele não tem neuroplasticidade de sistema auditivo só que se você for dar uma recompensa para ele precisando com que ele foque e saiba distinguir Dois Tons ou seja ele focou na atividade a neuroplastiaidade acontece foi o primeiro evidência robusta mostrando que quando você é adulto você consegue aprender uma nova língua só que você precisa focar isso isso por essas vias dopaminérgicas também e isso é interessante Porque tem uma série de sons que
a gente precisa aprender a ouvir como você bem falou nessa os chimpanzé tem muito sons por exemplo de diferentes dialetos que a gente não tem capacidade de identificar de de discriminar entre eles né eles são parcialmente discrimináveis quando você é bebê até os seis meses mas depois a discriminação deles deixa de ocorrer certo e Mas aí o componente é intencional ele te ajuda a reconhecer isso né Por exemplo tem uma dificuldade com o l e com o r certo para nós Parece duas letras completamente distintas Mas eles têm dificuldade em distinguir e o l inclusive
em falar o L né então mas na medida em que eles treinam que eles lá faz uma fonoaudióloga que ele se concentram nessa diferença e também no contexto da palavra eles vão aprendendo para nós com algum alguma alguns de alguns dialetos com algumas línguas é a mesma coisa né A gente também tem uma série de sons que a gente não consegue discriminar né eles têm frequências tonais diferentes mas para a gente é a mesma coisa né um nativo consegue a gente não né então isso é uma coisa interessante mas é eu gosto de pensar nisso
né cara que as funções executivas do córtex pré-frontal E aí a atenção eles conseguem de certa forma nos manter como uma espécie como um grau muito grande de plasticidade né Eu acho interessante essa discussão da década de 90 porque quando a gente pensa assim neuroplasticidade a gente pensa num ambiente relativamente estável né então a gente sabe que a maior parte das espécies vive a vida toda num território num ambiente que é relativamente estável então ela vai ter um período de desenvolvimento vai desenvolver um conjunto de habilidades para lidar com esse ambiente e depois ela não
precisa vai ser suficiente vai ser salvo se entre um novo Predador ou uma mesa exatamente mas o nosso caso talvez pela nossa natureza nômade enfim né a gente altamente exploratória altamente exploratória Ambientes diferentes Talvez o córtex pré-frontal tenha sido selecionado exatamente com essa condição de de readaptar um ambiente que é um pouco menos estável que é mais mutável né Você tá encontrando relevo diferentes plantas diferentes animais diferentes precisa se adaptar sabe o que come que não come precisa aprender enfim né então a gente é uma uma espécie que tem plasticidade né por isso que eu
digo a gente já sabia disso a gente só não tinha de certa forma um componente neurológico que evidenciasse como que esse processo ocorre no sistema nervoso central né então esse essa é uma coisa interessante mas voltando para a tensão né Depois dessa volta toda é a gente vê que o sistema de atenção é o sistema altamente dependente do sistema motivacional né Por exemplo você sabe que uma criança com transtorno de Déficit de Atenção na verdade ela não tem um déficit de atenção ela consegue sustentar atenção desde que essa tensão esteja relacionado a um estímulo que
ela tem muito interesse que gasta pouca energia o repertório é compatível muitas vezes é um videogame né é o videogame mas às vezes ela vão ter essas áreas restritas de interesse onde elas colocam hiperfoco né uma criança com TDH vai ter um hiper fo alguma coisa Às vezes coisas que são úteis para caramba né E aí no relato dos Pais vem aquele tradicional não ele é uma criança inteligente para caramba Ele é super bonzinho super querido mas ai não presta atenção em nada tem dificuldade na escola e tal tal tal tal tem uma reclamação assim
que é mais ou menos frequente nessas situações né então é hoje a gente já tem evidência a gente já conhece esse circuito como que eles estão relacionados a gente tem esse modelo de tomada de decisão né então a gente entende que não é um déficit de atenção mas sim um déficit de funções executivas né E aí de novo eu falo um pouquinho dessa sobreposição entre o sistema intencional e as funções executivas né muitos modelos de funções executivas como o sistema atencional supervisor surgiram uma tentativa de explicar como que funcionava a atenção né Depois migraram para
modelos de funções executivas né é um modelo que foi criado pela Chalice outros outros modelos de memória operacional também né a gente vai falar um pouquinho da memória operacional Mas elas também se sobrepõe também tem uma uma relação muito íntima com as funções executivas e muito desses modelos se sobrepõe aos modelos de funções executivas E então a gente tem que pensar o transtorno de Déficit de Atenção O componente atencional ou seja o direcionamento do sistema cognitivos para uma determinada ação ela tá funcionando o que que não funciona a capacidade de manter a atenção em situações
de baixa motivação ou dizendo de forma diferente de manter a atenção em situações de retardo de reforçamento Ou seja eu deixar de ganhar alguma coisa legal agora para buscar uma coisa legal lá no futuro então de certa maneira a questão é como que se dá esse manejo entre a inibição de alguns elementos motivacionais para você alcançar outros que você que estão muito lá na frente então não é um problema da atenção a criança é que ela não tenha atenção ela tem atenção a atenção funciona bacana seleciona direciona e processos estímulos de forma Impecável mas na
hora de manter a atenção de sustentar atenção principalmente para atividade pouco reforçadoras ou de reforços de longo prazo ela vai ter um déficit muito grande né E daí envolve atividades relacionadas à academia trabalho relacionamento obviamente que a gente tem um componente da hiperatividade também né esse componente a gente acredita que tem uma relação muito grande também com um sistema na hora adrenérgico né que é um sistema pneu disse ele é aumenta atividade do córtex pré-frontal deixa a gente abre aspas mais Alerta e mais em busca de informações e estímulos que possibilitem de alguma forma ele
obter um pouquinho de dopamina né mas a característica da hiperatividade que geralmente está associada a impulsividade ela é muito mais frequente em crianças do que adultos a gente sabe também que o TDH é muito mais prevalecente na infância do que na idade adulta é isso e isso é interessante em alguns aspectos porque porque a gente entende que na passagem da infância para idade adulta talvez algum circuitos a maturação de alguns circuitos consigam compensar ou regular isso de uma forma relativamente natural ou mesmo dentro de um processo terapêutico e quando não é total é pelo menos
a parte da impulsividade de forma parte dos pacientes bem significativa ainda aí normalmente em vez do paciente apresentar o h do TDAH que é a hiperatividade ele vai ele apresente ansiedade muitas vezes né ansiedade ou impulsividade ou impulsividade ou as duas juntos que sobe em árvore e ficando voando mas essa ansiedade Aquela ansiedade de reforço positivo quando eu falo que predomina eu tô isolando o modelo ideal de TDH né na verdade pessoas com TDH também tem ansiedade por reforço negativo né a ansiedade catastrófica que eu falei mas existe predomínio na maior parte das vezes que
a pessoa tá se referindo a ansiedade vai você vai ela vai dizer assim eu tenho dificuldade de esperar ah quando eu quero alguma coisa eu tenho que conseguir aquilo mais rápido possível a minha cabeça tá sempre começando tá sempre buscando alguma coisa e então é de uma maneira geral cara a gente tem que olhar por TDH nessa relação com o sistema motivacional e com o retardo de reforçamento né É na maioria das vezes é por aí que a gente que a gente faz o manejo então o que que a gente pode mudar nesse manejo né
primeiro o estado é o estado fisiológico e metabólico do indivíduo ajustar agenda previsibilidade o pessoal que tem ideia não eu sou eu não gosto de rotina não tô bem incompatível e cara você tem que entender uma coisa não é que você não gosta de rotina você não gosta de organização porque rotina Você tem o cérebro é uma atividade serve uma estrutura que é utilizada para marcar tempo e espaço e determinar o comportamento então para fazer isso ele vai estabelecer rotina certo Às vezes a rotina não é facilmente detectável né mas em geral você vai estabelecer
uma rotina fazer Ah mas eu não durmo no mesmo horário mas você começa a monitorar o horário que o cara dormir você vai ver que tem dias que ele vai vai até mais tarde tem dias que ele vai mais cedo mas você vai ver um ciclo ali uma coisa mais ou menos rotineira né porque ela não tá sistematizada e organizada quando você começa de certa forma monitorar mapear as atividades você vai ver que tem alguns padrões que se repetem talvez não diariamente mas que se repetem com uma certa com uma certa frequência como ele tem
dificuldade de ver o longo prazo ele nem consegue ele não consegue perceber isso né porque ele não consegue analisar isso isso de uma forma extensa assim né fazer uma análise mais mais extenso Então cara É de uma maneira geral a gente Primeiro vai ser sabe isso né cara você é um cara que fala bastante disso sempre cara a gente tem que olhar a base da pirâmide e qual é a base da pirâmide é a fisiologia metabolismo então ah não não gosto de fazer atividade física Cara você não tem que gostar eu falo assim você não
tem gostar velho é que nem remédio não tem que gostar você tem que tomar quem gosta de tomar uma injeção ninguém gosta velho você precisa você tem que fazer certo ah mas eu não consigo regular o meu sono cara se regular o sono fosse fácil todo mundo dormia bem Se for ver a maior parte das pessoas vai ter algum problema com sono não vai dormir adequadamente e não sabe aliás pessoal se vocês não sabiam eu tenho uma clínica é com 35 psicoterapeutas que trabalham com muito inclusive foram alunos do Fábio trabalham muitos alunos trabalhando com
ela como psicoterapia baseado em evidência Se você precisar de alguma ajuda em algum sentido você pode clicar no link aqui na descrição na Bi Health a gente tem a gente rodou tem mais de 1.400 ativos na clínica Fábio que legal então a gente quer começar até trazer tudo eu acho faz alguns protocolos contratar alguns estatísticos Independentes para rodar alguns protocolos ali de análise porque os estatísticos mais para te dizer como roda isso porque olha que legal a gente rodou uns formulários para população e mais de mil ativos e apenas três por cento 35% falaram que
tem problema de sono as pessoas não sabem não sabe aí você vai tratar eles no dia a dia é uma inundação de problemas de sono cara inundação Deixa eu te mostrar um negócio rapidinho deixa eu te mostrar um negócio rapidinho meu sono hoje Quando que você dormiu dá uma olhada de 7:33 na cama o sono laranjinha O Tempo Acordado aqui na cama há tempo na cama Olha o Tempo Acordado ali em laranja 5:32 sabe o que é aquele aqueles Laranjeiras no final do meu sono meu filho que foi para minha cama ah olha só que
é inclusive uma reclamação bastante frequente né meu filho tem 6 anos 16 anos agora mano [Música] é muito muito louco isso mas aí dentro do manejo do TDH esse seria então o primeiro ali dos cinco itens que você comentou isso um ajuste da base da pirâmide e tal e os outros itens Como é que os outros itens Então esse é o primeiro melhorou esse daqui daí depois a gente vai olhar para o reforço certo então ele vai trabalhar com técnicas de retardo de reforçamento para quem não sabe a recompensa né isso mas é que às
vezes não é só recompensa né às vezes é se livrar de alguma coisa também é isso né mas aqui a gente também vai trabalhar e mudando o valor do reforço certo porque o que que acontece né cara eh a gente no behaviorismo a gente vai ter um termo o reforço não é uma coisa por si a gente vai fazer mais para frente um episódio só sobre a gente vai fazer eu vou falar eu vou falar sobre behaviorismo ninguém nunca falou sobre isso cara mas é um assunto Fantástico Mas essa é uma outra discussão lá pra
frente mas é a gente uma ideia de reforço né as coisas não tem valor implícito nela em si o valor ele vai vai ser construído então de certa maneira tem a gente chama isso de operação estabelecedor é a operação que estabelece o valor de reforço em alguma coisa sempre dentro de um contexto sempre vai estar dentro sempre no contexto porque porque a gente tem dois tipos de operações estabelecedores eu não tentar em detalhes aqui sobre as operações estabelecedores mas a gente tem basicamente dois tipos certo uma que é incondicionada e a outra que é condicionada
certo essa condicionada a gente tem dois tipos mas eu vou falar só por cima de algumas e no outro momento a gente discutir isso melhor água água vai ter valor de reforço dependendo da tua sede né então se você tiver privado de água o teu comportamento cada vez vai estar mais direcionado a buscar água sono certo não vai aumentando cada vez mais você vai procurar um lugar para poder descansar dormir fome o sexo também entra de certa maneira então são condições onde o valor do reforço tá muito ligado à privação quanto mais você privada daquilo
mas mais caso seria para a galera entender uma operação estabelecedora operações estabelecedora quer dizer o que que o que que estabelece o valor de reforço para a água você tá com sede uma uma condição uma um combinado social que a água valesse igual ouro esse combinado social seria numa sociedade isolada seria a operação estabelecedora eu diria o seguinte se você tivesse no deserto e se você tiver aqui quanto é que faz uma garrafinha d'água dessas 13 reais perfeito agora se você tiver no meio do deserto Quando é que você vai vender uma garrafinha d'água certo
então e quanto é que você tá disposto a pagar por uma garrafa d'água vai depender da tua sede sei lá você tá num show os cara tá cobrando 15 pila garrafa d'água ou você tem que ir lá no outro lado comprar na banquinha que custa 5 mas você tem vai ter que perder duas horas vai te fazer pagar os r$ 15 você vai reclamar vai dizer que eu roubo que é uma afronta que eu não sei o que mais vai pagar o pessoal tá rindo porque você já passaram por isso né ficaram reclamando vai tomar
agora olha só estabelecedor certo então mas a gente tem um outro conjunto de operações estabelecedoras que elas são é condicionadas ou seja As coisas elas estão elas vão ganhar valor porque elas estão associadas a alguma coisa ou dentro de uma cadeia de comportamento uma vez [Música] lembra que que foi mas ele tirou o cartão dele meu cartão Black eu digo para cartão Black E aí qual é não cartão Black é legal para caramba porque ele dá uma te dar o status na frente das Gurias e tal ou seja acordo o cartão fez com que ele
se tornasse desejável certo não pelo quanto que ele pode comprar mas pela distinção social que ele te traz vou operação estabelecedor entendi certo então ela tá dentro de uma dentro de uma série de comportamentos encadeados e ela de certa forma é um um estímulo para ela se torna um estímulo para você passar para a próxima fase do comportamento então de uma certa maneira é Nossa seres humanos a gente consegue mudar o valor das coisas pra gente agora é assim ah vou mudar o valor dessa garrafa d'água agora ela vale muito pra mim assim ela tem
que ter um contexto para isso né cada pessoa vai ter um contexto diferente onde a gente consegue mudar ou estabelecer Novos Valores de reforço para as consequências de alguns comportamentos né então tem uma coisa que os professores odeiam quando eu falo né que aquela coisa de você dar dinheiro para criança para ela Ele tá mal no colégio Então senta aqui vou te dar 10 pilas se você resolver esses problemas uma parte dos professores ou muitos professores fica de cabelo em pé quando eu falo isso desse não mas você vai mercantilizar a educação né mas as
pessoas querem que estudar tem um valor intrínseco em si mesmo vai estudar é bom é legal é nobre obra essas regras ajudam mas se você não tiver uma função Clara porque aquilo ali por uma criança né cara mas daí o que que acontece velho quando você estimula a criança dessa forma com reforço arbitrário né ela pode entrar em contato com os reforçadores naturais então é pô ela começa a tirar nota boa sua Professor Começa a dar distinção para ela eu acho que isso é só um parente só perdão cara é só pra galera entender isso
acontece pessoal quando você por exemplo usar droga muitas vezes a galera que usa droga ela não o valor da droga em si o valor o recompensa da droga em si porque ela nunca usou então ela não teve contato com o reforçador natural da droga com a recompensa natural da droga mas a sua comunidade verbal Isto é o grupo de pessoas que convive com você fica falando que a droga é legal até que você Experimenta a droga e aí por si só a Comunidade verbal pode sair do contexto ali a comunidade verbal Pode se retirar daquele
contexto porque não é mais necessário o essa operação estabelecedora a própria droga vai te reforçar continuar ali dentro seria o equivalente é isso né seria equivalente assim você arbitrariamente ensina a criança e coloca uma consequência reforçador entrariamente você entre muitas aspas força a criança a engajar no processo de tudo aí depois ela vai melhora Prof elogio e os pais fica feliz sozinho só para a galera entender que isso também serve para que serve a gente tem um exemplo ótimo aqui né imagina você na faculdade no início da faculdade estudando e no final ou seja exatamente
alguma coisa até o contexto mudou que fez estudar e as consequências de estudar tem um valor para você certo então de uma certa maneira a gente vai trabalhar com o valor do reforço e outra coisa com a liberação E aí a gamificação da vida certo Carícia muito legal as pessoas porque as pessoas não se dão conta que aderência a um game não tem a ver com a imersão na década de 90 a gente achava que a imersão era que não tecnologia não tem a ver tem a ver com algoritmo que é baseado em análise Experimental
do comportamento você quer ver o que tem atrás da porta você quer passar para a próxima fase certo e passar para próxima fase se você for lá ver Atividade no núcleo com bens quando você passa para a próxima fase A dopamina do núcleo com mentes ela baixa mas a do córtex pré-frontal sobe certo é engraçado isso porque a gente fala de dopamina mas são dois circuitos diferentes o circuito e o circuito meso-cortical e ele não eles não são necessariamente sinéricos enquanto um tá muito ativo o outro pode estar pouco ativo né a gente sabe E
o videogame Fábio ele faz reforçamento intermitente também que é muito poderoso que os cassinos fazem porque tem períodos do videogame que o jogo não tem nada é um jogo que muitas vezes você não consegue nem controlar direito o bonequinho tem que ficar assistindo ele fazer umas conversas e ler umas cartas ele acabou a recompensa eu comprei eu comprei o Nintendo Switch para Arthur né agora eu e ele a gente passa horas jogando ali olha não que eu não tenho horas para jogar velho eu vou lá jogar com ele é muito bem pensado né em termos
neurobiológico [Música] é muito bem pensado em termos de controle de comportamento análise comportamental pura pura e aí dentro do paciente com TDH perdão de interromper vai acontecer tá pessoal eu e o Fábio sou muito sinérgico nos assuntos aqui a gente vai acabar se interrompendo muito então uma das coisas que se faz além de mexe operações estabelecedoras você também tenta gameficar a vida do seu jeito para que ele tenha reforços mais constantes e a gente consiga uma liberação não muito com muita amplitude mas fase de dopamina para simular que ela a liberação tônica certo então você
consegue de certa maneira a partir de determinados demarcadores determinados ganhos passar de uma fase terminar essas coisas são exemplos assim ler três páginas de um livro e daí depois sei lá pode comer alguma coisa vai dar uma descansada Vai um vídeo no YouTube que gosta no YouTube aí você vai combinar porque daí tem que ter com os valores de reforço que já estão estabelecidos porque a gente vai usar isso também né cara a gente não vai ficar modificando porque dá muito trabalho a gente combina alguma coisa tipo assim ó então vamos fazer o seguinte você
pode fazer isso depois de três páginas aqui e é muito legal cara porque o cara o cara nunca leu três páginas na vida e as primeiras vezes ele vai se ferrar mas quando ele termina de letras páginas ele começa a abrir uma janela na cabeça dele cara tipo paciente que falou isso né cara me sinto outra pessoa agora eu vi que eu sou capaz para que reforço maior do que isso Auto eficácia aí que eu ia te te interromper de novo a gente começa a entrar no Brainstorm aqui né a gente tem os sintomas principais
do TDH mas a gente tem uma série de sintomas secundários Você sabe qual é o sintoma que mais se mantém ao longo da vida de um paciente com TDH baixa estima é o sintoma mais estável certo por conta dessas consequências funcionalidade também Exatamente exatamente dificuldade de fazer as coisas é você vai você vai eu acho que tem um gráfico no stal que mostra esse bem direitinho ao longo né um livro excelente Adoro ele é paciência ele é muito preciso cara ele coloca cinco resumido isso fácil de entender um livro Fantástico ela é ressignificou os livros
de psicofarmacologia Com certeza né Eu acho que deve ser atualmente o livro acho que assim o livro texto de todas as disciplinas né mas enfim se eu não me engano tem um gráfico que mostra isso de uma forma bem detalhada assim né que ao longo da vida do paciente com TDH abaixa abaixa a autoestima nesse caso baseada em baixa eficácia ela se mantém ao longo da vida toda né cara Então imagina para um cara desses o que quer uma uma conquista dessa né o sentimento de superação a gente fala dos Sentimentos superação pessoal sentimento de
superação é o sentimento de auto eficácia ele é um dos componentes muito importante da autoestima autoestima ela é baseada na alta eficácia e na forma como você acredita que os outros vêm você nos reforços sociais nos reforços aqui recentes né velho então se você tem uma baixa eficácia geralmente você vai depender de reforços sociais né de um contexto mais aqui eficiente para ter uma autoestima minimamente adequada certo então trabalhar para melhorar a percepção de auto eficácia do paciente o negócio Pode parecer meio restrito mas tem um efeito muito vasto na vida de todo o paciente
né então de certa forma eu posso pedir para ele ele ler um livro ou eu posso é ou eu posso dizer para ele por exemplo assim ele precisa estudar né sei lá precisa aí vai fazer um resolveu fazer um concurso né então ele precisa estudar só que cara óbvio que ele não consegue estudar né ele senta para estudar vai pegar um cafezinho de concurso que às vezes tem aquelas estudar informática português que não tem nada a ver nada a ver com que o cara quer ser policial lá tem que estudar português um monte de coisa
e aí cara vai ter muita dificuldade de estudar então o que que a gente O que que a gente entende a fazer assim primeiro é fazer episódios de estudo mais adequados para a capacidade dele caso as pessoas vai ter [ __ ] que vai estudar 15 minutos e vai ter que parar certo depois a gente vai tentando ampliar tem gente que consegue ficar meia hora 40 minutos e depois parar Então a gente estabelece um período mínimo de manutenção do estudo de acordo com a capacidade dele e coloca intervalos nisso daí e nesses intervalos algum algum
tipo de reforçador certo agora muito cuidado com os reforçadores por exemplo comida jogo droga internet não são bons reforçadores de aditividade né então o que você faz cara é colocar algum tipo de reforçador Ah pode descansar ficar na rede tomar tomar um suco até fazer um exercício não cara tem um cliente de escada nisso sei lá faz uma atividade física daí ele vai faz umas barra faz uns apoio e volta para estudar então ele tá ficando fortinho não sei se vai passar do concurso você vai estar ficando forte e obviamente o exercício já traz um
monte de benefício de benefícios então por isso por isso que essa coisa assim Sabe às vezes o pessoal Ah como é que eu faço comida DH como é que eu resolvo isso cara não sei não sei porque precisa analisar a gente precisa analisar o teu contexto a gente precisa analisar os seus reforçadores a gente precisa analisar Quais são as dificuldades que você tem e daí sim a partir disso organizar alguma coisa que seja minimamente customizada para as suas necessidades não tem protocolo pronto para o TDH certo Quer ver temos princípios de tratamento né temos princípios
teóricos que nos dizem o que que a gente pode fazer para chegar em um determinado mas o arranjo disso é contextual né então é pra gente é muito relevante que de certa maneira as pessoas entendem que todo o tratamento é o tratamento costumizado isso não é só para psicoterapia na farmácia terapia também certo o paciente alguns pacientes vão responder para os psicos estimulantes de uma forma fantástica outros vão ter uma resposta terrível né então não tem não tem como a gente evitar um processo onde a gente organiza de acordo com as características e com as
necessidades individuais o Fábio vamos passar um próximo tópico que tem a ver com isso tá que eu queria falar um pouco sobre memória a gente vai ter uma continuidade tanto em termos de comportamento quanto em termos de neurobiologia te explico OK o sujeito com ou sem th agora tá acho que nesse nível de memória a gente pode falar de um nível só sujeito foi lá conseguiu ter uma atenção sustentada direcionada um objetivo né um Gol Direct utiliza na literatura ele conseguiu fazer ali um estudo conseguiu entender aquela informação sintetizar aquela informação assimilar aquela informação Como
que essa informação proveniente de um circuito intencional que está sustentado por um circuito motivacional Como que essa informação ela se transforma em uma memória e por que que algumas informações se transformam em outras não cara é muito legal deixa eu te mostrar um negócio aqui você gosta de desenhar né Eu gosto de desenhar Olha que legal cara aquela ali eu acho que é mais legal circuito da memória na página de trás também tem um desenhozinho [Música] Mas por que que eu te mostrei esses desenhos quando esse episódio aqui sair porque a gente faz gravada né
pessoal Você sabem quando esse episódio aqui sair tu Bate uma foto disso daqui posta lá no seu Instagram pro pessoal que tá assistindo agora legal olha só eu gosto disso porque a gente tem pouca interessante aqui tem uns tópicos a amígdala está desenhada o corte que sensório o motor tá desenhado o córtex para frontal tá desenhado então parece que essas áreas são importantes na memória né isso porque a gente a gente é tão tempo atrás a gente tinha uma visão muito localizada Então falou de memória a gente tá falando de potável desculpa hoje a gente
entende que o circuito da memória ele é mais extenso ele vai envolver para o campo certo ele vai envolver a amígdala ele vai envolver córtex pré-frontal e corta que parental esse circuito quando você fala de funções executivas ele se sobrepõe certo então de certa maneira hoje a gente entende a memória muito mais uma visão de circuito com vários componentes né e antigamente a gente viu o sistema de memória mais ou menos linear com E aí a gente tá falando de memórias episódios Deixa eu fazer um pessoal quando a gente fala de memória a gente está
falando da capacidade da gente adquirir um comportamento e usar esse comportamento numa outra situação certo então a gente tem diversos níveis do que a gente está chamando de memória ou diversos tipos de coisas que a gente chama de memórias a gente tem as memórias que antigamente a gente chamava de implícitas hoje a gente chama de declarativas né o termo declarativo não declarativas predominou e as outras que são declarativas ou explícitas né Geralmente essas ligadas a linguagem que é o que a gente digamos por exemplo qualquer capital do Brasil quando eu te pergunto alguma coisa né
Não declarativa por exemplo a gente poderia pensar coisas que você faz sentimentos hábitos isso né mas também tem aí os condicionamentos associativos não associativos enfim eu vou deixar as memórias implícitas ou não declarativas de ralado e vou me centrar nas memórias declarativas né que envolvem basicamente As Memórias episódios e semântica certo e as memórias frontais né que são a memória imediata e memória operacional esses termos também são termos que estão em discussão ainda na própria neuropsicologia mas eu vou focar nas memórias episódios certo ou seja lembrar o que que eu não sei lembrar o que
que eu fiz episódios da minha vida a memória episódio que ela vai envolver esse circuito que leva em conta o córtex para frontal leva em conta a amida ela amida ela tem se mostrado muito importante para memória e o hipocampo é essa relação nesse circuito eu tô Resumindo um pouquinho no circuito ele tá de certa forma ligado com essa memória que a gente chama de memória operacional uma memória frontal e aí a gente vai ter os processos de armazenamento e de consolidação antigamente a gente achava que era sequencial então é codificou memória operacional passou transferiu
para memória Episódio e da memória episódio que teve a consolidação E aí ela existe por mais tempo hoje a gente sabe que não funciona exatamente assim pode ter processos ali que não são os mesmos e que efetivamente vão depender muito mais de outras estruturas além do hipocampo né então é de uma maneira geral tem uma coisa que para mim é muito importante hoje eu não sei se ela continua valendo mas era o que a gente chamava de 12 horas mágicas da memória né quero é o negócio antigo que é o tempo em que é o
cérebro precisa para identificar duas informações coincidentes e melhorar a conexão nas redes que processam ela então é mais ou menos assim esse copo esse copo tá aqui hoje certo daí amanhã eu venho vejo e vê e veja esse copo aqui de novo pronto você já ficou demarcado porque o cérebro de certa forma entendeu olha esse daqui é um estímulo que vai aparecer com frequência no ambiente certo então ele vai reforçar o circuito que processou essa informação vai melhorar sinapses desse circuito certo então e como é um processo neuroquímico neurobiológico ele tem um tempo né então
por exemplo se eu ver isso aqui agora demora muitos muitos anos depois para ver isso aqui de novo não vai ter muito significado para mim né então a gente acredita que e a gente sabe disso né que a repetição ou ou melhor você se expor ao evento em intervalos isso pode reforçar a memória porque eu de certa maneira o cérebro entende que aquele estímula estímulo mais ou menos frequente o que que vai também ajudar nisso né Além de estar se expondo mais vezes nesse estímulo e vocais de informações né as pessoas me perguntam é melhor
ler ou fazer exercício de cara lá é muito bom mas vai vai ser muito legal porque você vai ter uma dimensão uma compreensão grande de um determinado assunto mas você vai dominar os tópicos na medida em que você utilizar que ele conhecimento Então cara é bom fazer exercício vai te ajudar muito porque porque aí você tá buscando a informação ativamente ativamente né e a consolidação Ela depende da Invocação quanto mais você Voca uma informação mais consolidada ela tá tem um paper na Science que saiu 2018/2016 não lembro ele é um paper já um pouco antigo
Mas ele é muito robusto em termos metodológicos E os autores analisaram em humanos a diferença em métodos de estudo entre um grupo que só lê um grupo que lê e resume em forma de tipo um mapa mental e um grupo que faz justamente isso que é um grupo que faz de um grupo que faz revisão ativa ou seja você lê tipo aquele circuitos ali você fecha e cara tenta buscar aquilo meia hora uma hora tenta buscar e amanhã tentar lembrar ativamente o grupo que fez a revisão ativa foi o que mais aprendeu mas quando você
pergunta para eles Qual dos métodos eles acharam que foi mais eficaz o grupo que leu e fez mapa mental e disse que foi mais eficaz talvez por ter produzido mas não sei porque a revisão fica muito dentro da sua cabeça você fica tentando buscar aquilo né isso mas cara um mapa mental não é maravilhoso Claro principalmente se você se expor ele depois eu costumo dizer que assim para mim um episódio de estudo ideal é ler resumir mapa mental e exercício com intervalo entre eles certo eu desenvolvi um método de estudo na minha vida que funciona
muito bem para mim que de certa forma passa por todos esses itens eu monto a aula cara é eu que eu faço também hoje menos mas minha vida toda foi montando a aula você aprende horrores bicho você tem que organizar aquele conteúdo de um jeito simples que leve uma lógica de explicação porque pensa no seguinte cara você pega um gráfico você tem que explicar aquele gráfico exatamente né Então você vai ter que explorar eles ele já vai ter que ficar criando discurso que você vai ter que fazer para explicar você vai pensar potenciais dúvidas como
é que vai tirar o que que você fica você fica modelando aquele conteúdo muito tempo no teu cérebro né então de certa forma isso ajuda muito a fixar né daí você chega você fala nele as pessoas perguntam você tem que ir lá buscar mais informação e aí acontece um componente que é fantástico maravilhoso e a gente não pode deixar de mencionar que é a formação da memória semântica certo porque olha só pele pensa onde é que nós começamos e onde é que nós estamos então todos esses conteúdos eles estão conectados entre si certo e eles
estão conectados entre si a partir dessa estrutura semântica né Ou seja eu falo eu falo de atenção mas daí a gente já puxa a motivação a gente tá falando de motivação a gente fala da medicação mas daí a gente já fala de droga de abuso então na medida em que a gente vai estudando uma determinada área a gente vai criando a gente eu costumo dizer que eh a especialização é um é um movimento de generalização ampla né as pessoas antigamente falava ai pela especialização cara quando você vai se especializando em alguma coisa o cenário é
o cenário intelectual o cenário de conteúdos que você teve a cada vez expandido mais cara vai ficando mais amplo você vai discutir você tá Você tá estudando a molécula dopamina e daqui a pouco você tá discutindo sociologia completamente de massa e isso e isso então a memória semântica Ou seja a nossa capacidade de organizar esse conhecimento a partir das conexões com horas de conhecimento contra os Episódios com outras coisas reforça muito a nossa memória e a nossa memória principalmente essa memória que a gente usa em concurso no trabalho essa memória mais técnica de conceitos de
procedimentos de sequências essa memória ela vai depender muito dessa rede semântica e essa rede semântica Ela depende da relação do córtex pré-frontal com o hipocampo também mas com áreas de linguagem a linguagem hipertrofia a nossa memória ela melhora a nossa memória certo ela melhora a nossa memória intra indivíduo mas Inter indivíduo também olha por exemplo o banco de memória que eu e tu temos aqui sobre neurociências E olha como que a minha memória provoca a tua né então isso isso é muito importante do ponto de vista das memórias de uma de uma maneira geral mas
a gente tem que lembrar também que a memória um processo bioquímico Né desde os potenciais de longa duração alterações na sinapses existe uma sede neurotransmissores que vão estar envolvidos com isso né acetilcolina dopamina serotonina né existe uma série de processos bioquímicos que vão diferenciar esses processos de memória armazenamento consolidação Evocação e assim por diante né E aí de novo né é uma coisa a gente vai voltar a falar mas o que que pode influenciar na minha aquisição de memória fisiológico certo falta de rotina essa falta de percepção em relação ao ganho no estudo por que
que eu tô enfatizando a coisa do exercício fala pensando assim pessoas que estão estudando mas não necessariamente só elas né porque cara o exercício de certa maneira ele entra num contexto que é mais fácil de você manter a atenção e ele faz com que você esteja constantemente buscando estratégias para armazenar aquela informação certo então de certa forma a Evocação ela tem um potencial muito muito grande é na melhora do armazenamento de informação Então esse esse esses processos eles são bastante importante e quando eu falo de memória semântica tem uma coisa interessante assim na memória semântica
também porque ela vai depender de algumas memórias implícitas a linguagem é uma memória implícita certo a memória a linguagem é uma memória de procedimentos então você não precisa de certa forma pensar no que vai falar você pensa num conteúdo no objetivo e as palavras vão sendo selecionadas automaticamente pelo cérebro e aí era isso que ia falar muitas Memórias de procedimento acabam de certa forma deixando As Memórias semânticas mas também as memórias episódios mais robustas né então eu sempre uso isso mas por exemplo a tua senha Você pode ter uma senha longa para caramba né primeiro
você repete repete repete ela mas depois só teclando Ela ali só o movimento seja vai você já vai armazenando isso tinha os os telefones eu acho que era esse telefone que a senha eram movimentos Androids né não tinha o número era só ali porque porque usa exatamente a memória de procedimento como uma forma então a gente não pode pensar apesar da gente isolar As Memórias em termos de estudo né então quero estudar memória Episódio cara eu vou isolar ela mas o funcionamento da memória é o sistema integrado que vai levar em conta várias estratégias para
manter aquela informação você é dentro desse eu lembro uma vez que a gente dentro desse tópico ainda para quem não sabe pessoal o Fábio tem um módulo um curso dentro do reservatório de dopamina inclusive tá com a camiseta do balãozinho aí onde o módulo é a tensão e memória e em aula lá bem densa sobre os processos atencionais e de memória então aulas bem densas mesmo bem completas assim se vocês quiserem aprender mais sobre isso o link está aqui na descrição e no primeiro comentário do reservatório de dopamina um clube de assinatura mensal que custa
29,90 além de ter mais de 80 aulas comigo lá tem uma aula nova saindo toda semana também tem aula com Fábio tem aula sobre culinária básica em inglês instrumental Finanças empreendedorismo é uma série de aulas lá o RT é um fenômeno né totalmente a dica também um pouquinho para poder conversar e bater boca comigo não e aí para me desautorizado é muito bacana está com 100 mil alunos cara fenômeno sociológico a gente tem que estudar mas é que é um conteúdo muito aplicável cara imagina sem aula minha sobre neurociência dos hábitos neurociência dos vícios aula
como estudar onde eu cito Esse estudo da Nate eu tento explicar isso toda Science aula sobre neurociência da motivação sobre ciúmes sobre toque sobre transtornos de humor [ __ ] é um manual isso só as minhas aulas e tem aula com o Rafa de Finanças tem aula de empreendedorismo aula de marketing aula de inglês instrumental Como ler um artigo científico para quem não sabe que todas tudo isso no lugar só tu num lugar só é por 29 pila por mês cara é um iFood um hambúrguer velho talvez um x-salada mas enfim pessoal tá o link
na descrição se vocês tiverem interesse em conhecer mais no seu curso lá na RD você falou um uma frase lá cara que eu participo assim Fábio só para deixar claro eu acho você meu um dos caras mais Geniais na parte de neurociência comportamento que eu já tive a oportunidade de ouvir falar não só conversar pessoalmente assim digo com muita tranquilidade acho que no Brasil eu de verdade cara eu acho que no Brasil eu não conheço todos e não falo não tô falando nem termos de pesquisa eu digo em termos de entendimento sobre os processos biopsicológicos
que regem o nosso comportamento eu acho que você é um dos top três Com certeza e você falou mano você fala uma frase lá uma você constrói um raciocínio lá que eu acho incrível cara incrível Incrível que assim você diz que beleza O pessoal acabou de entender que a gente tem essas essas memórias formadas só para galera entender uma hora ali você usou um termo chamado em grama em grama seria um pessoal os locais físicos das memórias que não estão numa região do cérebro como hipocampo córtex para frontal elas estão difundidas pelo cérebro e o
engano nada mais é que um conjunto de neurônios que se interconectou e fortaleceu as suas conexões é como se tivesse um quadro gigantesco aqui com vários neurônios o engrama seria alguns desses neurônios bem conectados só que você cita um termo lá cara que você diz assim as nossas memórias elas conseguem criar mais ou menos a percepção de um selfie que é muito difícil dizer o que é o Antônio Damásio tentou várias pessoas tentarem conceituar eu não uso referência exatamente isso que eu ia falar aí depois você usa o termo auto-referência é que você diz que
é um termo mais útil e essa auto-referência permite a gente entender quem nós somos em comparação com o contexto com o ambiente que a gente tem inserido e isso permite com que a gente é metaforicamente durante o nosso processo experiencial na vida cria e eu acho que esse termo é muito genial que você falou não sei se Leu em algum lugar ou você criou que a gente crie camadas sedimentares de experiências neuronais ou seja não é que o cérebro vai ter camadas como como as rochas né mas metaforicamente a gente vai colocando experiência em cima
de experiência criando uma visão de mundo por meio desses em gramas e aí você falou um negócio muito [ __ ] cara essas camadas elas são atravessadas por um tubo um tronco que liga a camada de hoje que é hoje o dia que eu tô aqui isso com as que eu vivi lá embaixo exatamente e eventualmente a gente pode resgatar uma um comportamento que funcionou lá atrás e utilizar hoje como é que é isso cara como é que é essa parada eu acho sensacional essa sua visão sobre isso os processos Eu gosto muito de paleontologia
e a paleontologia é ela de certa maneira você vai ter você consegue ver qual é o período de tempo pela camada geológica perfeito certo então até nas árvores né nos anéis de árvores então eu entendi que a memória é uma marcação é o efeito da ação do ambiente certo então você vai ter lá o período do cretáceo ele vai ter um monte de fósseis daquele ali daí você tem um outro ali só que diferente da da paleontologia eu fiquei pensando tá mas por que que a gente por que que a gente não elimina essas camadas
e constrói novas né porque obviamente o cérebro não vai gastar energia para eliminar uma coisa para construir outra ele vai refazer a que tem ou sobrepor ela certo então eu fui pensando Pô você tem um comportamento ele funcionou agora eu vou tendo outras experiências eu vou generalizando esse comportamento voltando vou usando vou usando ele vai sendo reforçado ele vai se manter certo mas se eu se eu se eu de certa maneira aquele comportamento para de funcionar eu vou ter eu vou aumentar minha variabilidade a topografia do meu comportamento então eu vou modificação natural né você
vai variar a emissão disso de comportamento para ter uma retenção de alguns exemplo que é ótimo todo mundo já passou por isso de uma forma de outro você pegou o controle da televisão certo Qual é o comportamento é apertar o botão Qual é o reforço ligar a televisão certo você foi lá ligar que que você faz você para de 70 o controle da mão Se você bater o controle na mão e ligou o que que vai acontecer na próxima vez que você e ela não ligar eu vou bater de novo o controle na mão selecionou
o comportamento depois de um tempo que você vai ficar você não vai trocar o controle você vai ficar batendo ele lá bate até ele parar até ele destruir então aquele comportamento que existia ele foi sobreposto por comportamento mais eficiente né então ele ele vai sendo aí a gente vai usando de certa maneira e Óbvio Isso é uma alegoria né Mas o comportamento que já existia e vai construindo um comportamento mais completo mas em termos de neuroplasticidade faz todo sentido cara se você tem um neurônio Aonde está o comportamento que ele fez ligação com alguns neurônios
já estabeleceu aquela conexão seria o equivalente assim pô eu já sei andar de bicicleta e o Cérebro vai usar a mesma base para você andar de moto isso agora tem que aprender uma coisa diferente mais pesado Talvez o cerebelo tenha que melhorar alguma coisa ali o córtex motor ou alguma outra mas acho que o 80% do circuito Aquilo é 90 você vai ter que aprender a acelerar com o pé né E aí na sua análise esse essa lógica serviria também para outros comportamentos como por exemplo a forma que eu me relaciono o jeito que eu
lido com comportamento agressivo jeito de regulação emocional Exatamente tudo sensacional E aí é muito bacana porque o que que a gente vê na clínica São padrões de comportamentos que não foram atualizados Ou seja que o contexto onde ele foi criado e ao longo da vida do indivíduo ele foi reforçado mas ele chega num determinado contexto e que a relação custo-benefício é muito ruim o cara tem um custo muito grande com aquele comportamento e um benefício quase nulo certo mas ele tá tão habituado naquele comportamento aquele comportamento é tão automático para ele que ele aciona direto
o que que a gente vai fazer a gente vai enterrar esse circuito com novas conexões né Então essa essa esse conceito que é uma alegoria das camadas de experiência ela é para falar disso que a gente que ao longo do desenvolvimento a gente também atualizando E aí essa alegoria também vem daquela ideia do do Mcqueen do isso porque o cérebro ele se desenvolveu filogenéticamente em camadas aliás isso daí são parentes também para fazer juros a uma Clean essa teoria do cérebro Trino é que a galera muita gente desce o pau nisso mas obviamente ele não
tá falando do ponto de vista na torre isso é funcional não tem reptiliano o cérebro reptiliano se os répteis não tivessem córtex né não é isso não é isso o sistema de reforço e tal o meclinho ele só para você se familiarizarem ele disse que a gente que o cérebro evoluiu em três grandes camadas que seria reptiliana a camada mamífera e nem mamífera mamífera seria dos grandes primatas e o resto seriam os outros mamíferos e animais e a reptiliana dos répteis em geral Cara isso foi em 1950 é muito antigo isso tinha imaginamento não e
a gente tá falando disso agora mas essa ideia o que que o que que o que que é legal dessa ideia é as camadas porque você vai ter diferentes camadas de processamento e quanto mais no cérebro quanto mais externo mais complexo vai sendo esse processamento e ao longo do nosso desenvolvimento a gente vai ver que o cérebro tem surtos de desenvolvimento diferentes então por exemplo recém-nascido ali por volta dos oito meses ele vai ter um surto de desenvolvimento e conexão nos neurônios do tronco cerebral porque ele precisa ter um conjunto de padrão de comportamento que
habilite ele ao Nascimento mas outros circuitos não vão estar completamente desenvolvido e eles vão desenvolver por surtos E aí por exemplo comum né numa época dá um Boom começa a andar começa equilibrar cara e é muito legal isso porque daí tem um conceito que eu acho legal pra gente falar e a gente vai voltar pra atenção a partir desse conceito que eu gosto de chamar é andaime é um conceito que eu li em inglês cara eu achei Fantástico eu só vi num artigo depois é um artigo sobre rede de saliência depois eu vou falar tudo
nesse termo muito em bioquímica bioquímica tem as proteínas andaime isso não deve ser o mesmo o que que é o que que é o desenvolvimento da andaime você desenvolve uma determinada função e ela vai servir de andaime para você construir a outra certo e uma coisa que eu sempre falo por exemplo é o reflexo dos neonatos né os recém-nascidos quando nascem ele tem uma série de reflexo reflexo daviniano pencil babinski de sucção reflexo de moro ele tem um reflexo natatório de andar e o que que esses reflexos são circuitos mais ou menos conectados e coordenados
que respondem a um estímulo ambiental certo se pegar uma criança recém-nascida e botar ela em pé assim ela vai fazer movimentos relativamente coordenados de marcha botar o dedo na mãozinha ela vai fechar isso vai sumir uma criança com três meses já não faz mais isso e tem que sumir porque o que que acontece na medida em que o córtex motor vai se desenvolvendo ele vai inibindo olha só esse circuito certo então os reflexos eles vão subir eles vão sumindo porque estruturas corticais começam a assumir essa função se ele não sumir O que que a gente
presume biológica por isso que tem aqueles efeitos de passar a mão assim isso no pé no pé pacientes neurológicos às vezes voltam até os os reflexos do Leonardo por causa de lesões no cérebro então de certa maneira eu costumo dizer que a gente tem uma influência inibitória de processamento certo seja as camadas de Fora elas vão inibindo as anteriores um reflexo comum também é o da bexiga o nenenzinho quando a bexiga enche ela tem um reflexo de esvazia e o faxina na fralda só que com o tempo o cérebro aprende a não esvaziar reflexo ele
tá ali mas ele tá inibido certo então de certa maneira o que que o que que acontece né cara quando a gente olha o desenvolvimento a gente vai ver que ele é que a criança tá se desenvolvendo regiões cerebrais em tempos diferentes por exemplo depois do Nascimento cerca de três quatro meses a gente três quatro meses a gente começa a ter um surto de desenvolvimento no cerebelo e nas regiões motoras que vai permitir organização do eixo né E se ela falou caudal ele vai começar a coordenar os olhos a sucção os movimento das mãos de
braço dele começa a pegar ele começa a tentar se rolar então e a gente isso é muito fácil de observar no bebê mas a gente não observa isso nas crianças mais velhas Mas isso acontece com elas principalmente no desenvolvimento do córtex pré-frontal córtex pré-frontal Apesar de ele já tá funcional ele vai se desenvolver muito muito ao longo ao longo da vida certo e existe alguns períodos onde ele tem surtos de desenvolvimento um deles onde a gente aumenta muito as conexões é a partir dos seis anos ou seja mais ou menos naquele momento que surge o
pensamento abstrato E no momento onde a gente começa a diagnosticar com mais frequência ou TDAH depois desse surto de desenvolvimento ele vai ter mais lapidação certo então a gente vai começar a perder conexões o cérebro vai ficar mais precisa antes dele tá todo conectado agora ele vai começar a ficar mais preciso a gente acredita que essa precisão é que de certa forma tá ligado uma série de condições psiquiátricas não só o TDH mas a outras condições também E aí cara tem uma coisa que é interessante porque quando você pega o período de desenvolvimento da infância
você vai ver um desenvolvimento muito grande nas regiões subcorticais certo quando você pega Nessa idade a partir do 7 anos até ali o 10 11 12 anos você vai ver um desenvolvimento muito grande do circuitos corticais e subcorticais Mas a partir da adolescência da vida adulta o que você vai ver um desenvolvimento quântico cortical muito grande seja regiões corticais estão se conectando principalmente a partir da adolescência e ali por volta da puberdade a gente vai ter uma organização de um circuito que é muito importante para nós você fala bastante dele que é o circuito que
envolve córtex pré-frontal dentro Medial o Neto e o giro singular posterior né que é o circuito da DMN e esse circuito ele faz duas coisas que você sabe um é voltar a atenção para os processos internos e dois criar o melhor atualizar essa auto-referência a partir dali a gente começa um processo que eu gosto de chamar de identificação onde a gente vai desenvolvendo a nossa identidade você sabe se gosta de uma banda exatamente velho então ali a gente começa a construir a nossa Auto referência consequentemente nessa época os pares importam muito né os pares adolescentes
são muito sensível aos amiguinhos né Muito sensíveis e muito introspectivos Nessa idade a comunicação entre o pré-adolescente o pré-puber e os pais ela vai diminuindo o que ele fala para os pais dele já não fala mais ele já vai então é um período onde eu tô construindo a minha auto-referência certo e esse circuito ele de certa maneira é um circuito Que vai amadurecer antes de outro circuitos código corticais né em especial antes de um circuito que a gente chama de rede dorsal da atenção que envolve o córtex World frontal não córtex dorso lateral e o
córtex parental posterior ou superior e um outro circuito que a gente chama de circuito pronto paretal Central executiva que envolve o córtex dorsolateral e o córtex parietal inferior e um terceiro circuito que a gente chama de rede de saliência que vai vai envolver a insulante anterior e o giro singulado anterior também certo esse circuito que a gente chama de rede de saliência o circuito muito interessante mais bipolar empomania tem ele aumentado mais o transtorno de atenção também porque esse circuito tá ligado diretamente com o nosso sistema límbico e também recebe informações de diversas regiões ligadas
aos comportamentos emocionais e cognitivos certo então esse circuito de saliência esse circuito é pronto temporal Central executiva e o circuito dorsal da atenção eles vão se desenvolver um pouquinho depois certo mas esse circuito da rede saliência ele serve de andaime para esse circuito E aí é isso que eu ia te chamar atenção do porquê que muitas vezes você tem o transtorno de Déficit de Atenção hiperatividade na infância e depois na vida adulta ele some tem uma remissão porque ele tem uma remissão por causa da organização desses circuito código corticais e muitos transtornos na verdade a
maioria dos transtornos que não que não sejam os transtornos do neuro desenvolvimento como TDAH e transtorno de espectro autista os demais transtornos em especial os transtornos de ansiedade e de humor como fobias Pânico ansiedade generalizada no caso depressão etc bipolar eles têm um pico de abertura na vida do sujeito na adolescência porque porque talvez esse cérebro já esteja tendo uma noção de quem eu sou perante a sociedade Às vezes a conclusão que isso ela não é tão agradável e abre direito organiza duas coisas aí ao mesmo tempo na adolescência Você não tem o seu córtex
PR frontal totalmente maduro para tentar dar conta caso a conclusão seja uma porcaria isso exatamente [ __ ] gigantesco uma [ __ ] enorme porque aí você conclui que você é uma pessoa um merda que os outros são melhor que o mundo é horrível mas ao mesmo tempo você não tem uma área de gerenciamento que permita você dá um certo manejo algumas pessoas vão ter obviamente ou procurar informações externas que contradiscam isso certo se você tiver Talvez uma rede de apoio pais que souberam trabalhar a abertura que você pode ter com eles ou amigos e
tal mas esse Bob Talvez isso poderia até no ar difícil porque eu vejo assim eu vejo eu vejo muitas famílias sabe a gente o comportamento humano é muito diversas Mas eu vejo muitas famílias pais com relações boas com as crianças é com uma certa abertura pras crianças mas chega nesse momento a criança se retrai ela chega numa série de conflitos que ela não consegue falar com os pais questões relacionadas à sexualidade a identidade é o que é certo que é errado ela começa a ruminar nisso e olha só que interessante ela começa no período de
ruminação o circuito da ruminação e o circuito que vai tá ligado a formação de auto-referência dela então o que que a gente tem ruminação associada no caso da socialização é o valor pessoal dela cara eu vou te falar o negócio e eu falo muito isso quando a gente está tratando meninas com anorexia nervosa o bulimia nervosa o problema geralmente é a imagem e o valor que ela dá para ela mesmo por isso que coisas que desenvolvam a auto eficácia a percepção de auto eficácia das crianças é muito importante as pessoas não se dão conta mas
para muitas crianças Por incrível que pareça o videogame é onde ela consegue observar um pouco o valor dela porque ela consegue passar fase ela joga com os amigos gosta de jogar ela chama ela para jogar mas não precisa ser videogame qualquer coisa que melhore a percepção de alta eficácia ela vai ser como uma vacina para doenças doenças mentais futuras ela vai ser uma vacina inclusive contra o bullying certo e isso é uma coisa que é que é importante que a gente destaque porque cara porque as pessoas me perguntam assim o que que deixa a gente
mais valnerável para doença mental e eu óbvio que a gente tem uma série de riscos genéticos ambientais mas eu vou dizer o principal componente que nos deixa vulneráveis para doenças mentais ao desenvolvimento certo se você vai for ler os autores falei com a influência do ambiente com a referência o que vai se destacar é o desenvolvimento certo então esse período que vai dar infância até a idade adulta ele é essencial né Ah mas eu tenho eu tenho uma genética que me dispõe para alguma coisa mas é como que essa genética vai ser ativada ao longo
desse período onde a flexibilidade é maior que vai definir o teu destino certo então é genética ou se ela é puramente ambiental ela tem que estar presente no desenvolvimento certo se ela tiver presente se você tiver um ambiente uma genética durante um tempo de exposição no desenvolvimento para que ele Aproveite algumas janelas epigenéticas e Fábio nesse sentido é a formação de uma auto-referência ou seja o sujeito que vai se desenvolvendo até adolescência da de adulto e vai construindo uma percepção de um eu tipo quem que eu sou e tal Não tô dizendo necessariamente de sou
engenheiro sou advogado quem que eu sou quem que isso eu no mundo né Eu sou uma pessoa ruim eu sou uma pessoa boa sou suficiente eu sou incapaz eu sou amado eu não sou isso vai se construindo por meio do armazenamento das experiências naqueles em gramas que são as memórias que depois mais tarde a gente vai chamar de memórias autobiográficas Ok E aí como é que funciona por exemplo uma pessoa que tem memórias aversivas que ela foi formando bullying traumas às vezes até bem agressivos como trauma sexuada a primeira a primeira coisa que essas memórias
vão ser vão ser muito influenciada pelo conteúdo emocional isso certo a segunda coisa é que como essas memórias vão ser influenciadas pelo conteúdo emocional de certa maneira a gente tem um mecanismo que a gente chama de sequestro do hipocampo certo que é um mecanismo onde de certa forma amígdala assume a direção do hipocampo certo e isso vai fazer com que ao longo do desenvolvimento essa criança promova produz a resposta menos elaboradas menos adequadas é mais impulsivas certo do que outras crianças né então é a fase de vulnerabilidade e às vezes isso não aparece na infância
vai aparecer quando na adolescência onde é que a gente tem mais incidência de aparecimento de doença mental pessoal doença mental pode aparecer em qualquer idade da vida mas se você ver um pico é na adolescência e é um pico significativo isso porque você tem a reorganização dos circuitos frontais e tem algumas memórias traumáticas eu não sei se você tem contato com essa literatura tem algumas memórias traumáticas que são tamanhos que o cérebro dissocia isso para fazer com que o quase como Protegendo o eu e tem artigos bem legais mostrando isso que são que seria o
transtorno do espectro transtorno pós-traumático e dissociativo onde o a criança o adolescente tem não sei se pode falar isso no YouTube eu vou falar outro termo para não cair o canal onde a criança sofre um abuso sexual e grave né quando você e fazer uma busca sobre isso você trata paciente com depressão Então você faz um screening clínico entrevista Clínica não sei o quê ela não relata isso para você aí com o tempo construindo e tal você levanta a hipótese pô mas essa pessoa tem uma dificuldade especificamente nessa área se levanta hipótese de abuso sexual
depois isso se confirma e a pessoa pela vida inteira dela achava que era um amigo que tinha sofrido e não ela isso E aí tem vários artigos mostrando tem um que saiu na biológico sai cai muito massa áreas do cérebro envolvido com senso de eu é quase como se ela deslocam a Sua percepção de quem é e você tivesse vendo você como se fosse uma outra pessoa para meio que te proteger daquele trauma porque lembra isso algo muito louco alto referência ela é Ela depende do circuitos frontais Então quando você tem essa esse sequestro do
hipocampo quem tá regendo e organizando as memórias os engramas inclusive não é o córtex pré-frontal é o sistema límbico em especial sobre influência da amígdala cara e aí e aí te falei falei uma observaçãozinha assim cara a gente não tem ideia às estatísticas do meu ponto de vista elas estão equivocadas da quantidade de pessoas que sofrem violência sexual nesse país cara eu vou te falar que eu assim é alarmante ela era irmã de cara principalmente mulheres mas não exclusivamente mulheres certo cara então é um negócio muito alarmante viu cara eu fico de certa maneira assim
impressionado na resiliência de muitas pessoas cara é uma coisa aqui é isso curiosamente tem pessoas que não só não são afetadas como muitas vezes desenvolvem mecanismos compensatórios que fazem com que no caso as pessoas que lembram disso né fazem com que elas consigam usar isso como um promotor de avanço na vida e vencer e tal que se erraram Mas acontece nesse caso dos abusos sexuais que é um trauma mais agressivo Talvez seja menos comum mas em questões por exemplo de deformidades psicológicas o exemplo talvez a pandemia que houve isolamento se tiveram pessoas que acho que
parte delas se afundaram e tiveram problemas psiquiátricos mas muitas pessoas se deram bem naquele contexto se alavancaram diante desse contexto ou seja o cérebro parece ter uma capacidade de em algumas pessoas de ter uma resiliência frente alguns interessantes né cara a psicologia positiva ela se organizou a partir daí a ideia né Hoje tá ligado que esse cara estudava desampara aprendido e depois foi uma área meio diferente é porque a área a área acabou sendo influenciada assim por um movimento new way de desses good vibes e tal mas é uma é uma perspectiva interessante né porque
a base dela é que a gente está sempre estudando os problemas no que deu certo né então ela para ela partiu do estudo da resiliência né então ou seja o que o que garante para nós um desenvolvimento saudável né e eu acho que a abordagem é interessante né talvez tem algumas críticas para fazer alguns alguns aspectos importantes da teoria mas a ideia geral é interessante cara e eu acho que essa coisa da resiliência cara né a nossa capacidade de certa forma de crescer diante da Adversidade de certa maneira Sim ela tá envolvida no ambiente que
é um tanto quanto aversivo né obviamente a gente tem que levar em conta isso é importante é lei que assim né porque uma pessoa sofreu abuso sexual que ela vai ser mais resiliente ela vai ter que desenvolver uma série de padrões adaptativas para isso e isso pode levar ela a ter o maior resiliência mas muito desses padrões compensatórios e infelizmente são padrões que vai um limitar elas certo então é uma coisa que a gente tem que ter cuidado porque às vezes o nosso público você sabe como é que é né não é não pelo amor
de Deus sofrer abuso sexual tem que deixar isso bem claro porque assim obrigado pela ressalva porque senão o pessoal acaba interpretando isso de uma forma completamente enfezada né e Mas é interessante isso né estudar né qual foram os componentes que tornaram essas pessoas mais resilientes né cara isso é um estudo interessante assim eu pelo menos acho né com a psicologia Positiva em certos aspectos porque efetivamente se a gente consegue reproduzir isso talvez a gente consiga uma terapêutica mais adequada principalmente para caso sério esses casos perfeito o Fábio indo para os finais aqui cara cara a
gente a gente fala para caramba eu nem vejo o tempo levando em consideração então fechando o episódio Sim levando em consideração que os processos atencionais fazendo uma breve resumo os processos atencionais são sustentados pelos processos motivacionais que tem ali a sua importância para a formação mnemônica de um circuito de memória que vai ficar no em grama que precisa ser revisitado precisa ser reforçado precisa ser ativo útil precisa ter uma função comportamental Clara para ser perpetuado dentro do Nosso repertório tudo isso que a gente falou um processo psicoterapêutico eu falei isso em 2019 quando ninguém falava
muito sobre neurociência principalmente na internet e que sofri muita chacota na internet na época hoje eu vejo que algumas pessoas reproduzem Eu sempre falei assim cara psicoterapia é um tratamento biológico porque ela vai atuar Principalmente nesse circuitos específicos e na medida que você muda aquele 5 itens por exemplo num paciente com th mas aquilo obviamente serve para outros contextos dadas as proporções você tá alterando o circuitos biológicos no cérebro bioquimicamente falando de uma pessoa cara e é uma resistência muito grande disso por conta da nossa cultura infelizmente a nossa Cultura a filosofia que permeou u
muito desenvolvimento científico é uma filosofia da transcendência né O que que é uma filosofia da transcendência que tem uma influência muito grande de Platão e Aristóteles né é uma filosofia que pensa que a realidade ela não está aqui ela transcende ela ela tá lenha ela tá fora da caverna certo o que foi muito importante em alguns aspectos por desenvolvimento da ciências da filosofia de uma forma geral né mas essa essa ideia que foi raptada sequestrada pelos filósofos da igreja e que chegou até nós principalmente a partir dos filósofos renascentistas mas depois ela criou uma ideia
de essencialidade que tá muito bem destacada no cogito cartesiano penso logo existo né a ideia de penso logo existo é uma ideia interessante porque o Descartes ele faz um jogo para dizer que a nossa essência tá ligada ao pensamento quando ele dispenso logo existo ele oculta o sujeito Pensador que é eu penso logo eu existo Então ela joga o pensamento para uma dimensão que não educação física e nós nos acostumamos com isso a vida toda tanto que o Freud fica Maravilhado com os sintomas conversivos eles não mas pera aí como é que a mente produz
isso produz isso é e o Descartes também fez o ferrou com a nossa vida quando fez o a ideia do alista né foi Ele até hoje isso porque essa ideia socialista vai vai caber Nisso porque o que o Descartes queria era poder de secar cadáveres certo não esse bicho não tem arma gritando o movimento mecânica isso certo então essa separação ela faz tão profunda mas ela vem lá dessa ideia de que existe uma essência né Então a nossa essência ela não seria não estaria no nosso corpo e essa ideia foi tão profundamente arraigada cara que
a gente ficou nos últimos dois séculos preso nisso tentando desconstruir isso O Frade foi um dos cara que não mas espera aí como é que isso acontece E aí ele vai criar um negócio que eu acho ótimo que a psicossomática o cara não existe [ __ ] nenhuma de psicossomática né cara porque não tem divisão entre corpo e mente a gente tem um organismo que funciona então as pessoas demoraram muito tempo e daí a gente vê ah psicologia é o tratamento da alma o psiquiatra trata o cérebro e psicólogo tratamento trata-se a mente é tipo
o pessoal precisa entender a mente é como se fosse a secreção do cérebro Cara depende do autor do autor que vai achar que a gente não tá nem do cérebro no caso para termos populares assim só para galera entender o cérebro produz a mente mas tem correntes filosóficas da ciência importante como por exemplo behaviorismo que nega a existência da mente eles dizem que você falar mente é difícil porque você não sabe onde ela tá Qual que é o tamanho dela qual lugar que ela tá no cérebro é eles dizem que é uma pseudo questão a
questão existe é tipo você inclusive ele é um mal fala isso é tipo você perguntar quantos anjos cabem na cabeça de um alfinete não tem como saber porque a gente não sabe o tamanho do anjo não não não tem como não é uma questão não é uma pergunta não é uma questão não tem como a gente nem querer responder porque a gente não consegue medir o Anjo para saber se ele cabe na cabeça do alfinete E aí tem um componente que é muito importante a gente destacar velho que é o nosso comportamento verbal mente é
uma referência não tá tudo tranquilo a mente é uma referência muito abstrata ela não trata é isso que fala ela não trata de nenhum lugar ela não trata de um processo específico a trata de muitas coisas certo então de uma certa forma a gente tem que pensar que essa que essa relação que essa relação corpo mente Ela enviou a nossa visão sobre o ser humano certo é essa relação a nossa perspectiva do comportamento humano porque jogou numa dimensão que a gente não tem acesso tirou tirou o problema daqui então a gente transcendeu esse problema para
outro lugar e a gente como cientista a gente trabalha com a imanência a gente trabalha com uma coisa que está acontecendo aqui agora com a experiência do indivíduo aqui com como ele recebe como ele transforma como ele processa e como ele emite informações certo então isso é uma dificuldade até hoje cara eu tenho eu recebo muito pouco xingamento nas redes sociais mas quando eu recebo é de alguém essencialista é de alguém que acredita em alma é de alguém e pessoal não tem nenhum problema não tem nenhum problema com religião nenhuma ela só não é um
objeto para mim ela não não transcende da mesma área de conhecimento que eu eu costumo dizer inclusive o seguinte que tanto ciência quanto religião são dois atos de fé A diferença é que aqui você trabalha em comunidade e com evidências certo e aqui não tem Verdade Absoluta aqui tem aqui conhecimento diferente aqui a gente tem a falsa é habilidade ou seja o que o que a gente está falando hoje amanhã a gente pode ser mentira o que o que para nós é verdade hoje amanhã pode ser mentira Certo e a gente tá exposto a isso
né então isso as pessoas têm que entender muito bem o a discussão ela não se cruzam você pode inclusive ser religião religioso e cientista não tem problema não tem problema religioso só que ele nunca colocou Deus nos cálculos dele tá ligado Pois é certo então lembra isso Então são duas coisas diferentes a ciência Deus não é um objeto científico Deus se existe uma coisa que permeia todas as coisas a gente estuda as coisas certo então não é um objeto para ciência não é uma questão para ciência o comportamento religioso é a formação da igreja o
quanto o quanto o quanto o quanto o quanto a religião influencia no humor e na saúde mental isso sim pode ser objeto pra ciência mas essa questão essencialista não é certo a ciência ela é feita de certa maneira construída naqueles fenômenos que não são sensíveis ou a partir de instrumentos que nós evidenciam coisas que depois a gente não seja que a gente não seja sensível mas que a gente sofra as consequências por exemplo raio ultravioleta você acha que o Spinner foi para psicologia o que o Darwin foi para biologia o Darwin de certa forma tira
Deus da jogada o Skinner tira um eu da jogada disse que tirou a vontade da jogada tem um vídeo muito bacana fiquei curiosamente o Skinner utilizou uma base teórica todo Freud né todo Darwin só que para uma esfera comportamental não era filogenética era ontogenético mas o esquina mas a lógica é a mesma é variação de gênero ele falava que não conseguia nem conversar direito com os outros porque de tão inteligente que ele era ele tinha dificuldade de diálogo cara mas é porque deve ser ruim cara até hoje ele não é entendido mas cara a gente
tem que ficar aí é isso que eu fiquei explicando falei para você agora a gente tem que ficar é o básico certo e as pessoas têm dificuldade Elas Pensam sempre termos essenciais E aí tem uma coisa interessante por que que eu penso sempre em termos de eu e por que que eu tô desconsiderando eu porque eu eu é uma referência é uma referência ao conjunto de fenômenos certo eu costumo dizer que o Eu é que nem é visão de profundidade visão de profundidade algum negócio fantástico porque nossa retina é plana tu tem que ter algum
objeto no meio né E no fundo principalmente você você tem dois tipos de dados para desenvolver profundidade e é impressionante cara como como a visão de profundidade é preciso se eu botar esse copo aqui te dar uma bolinha você vai jogar duas três vezes daqui a pouco você vai acertar você vai saber a força de direção tudo certinho mas a visão de profundidade Ela depende de dados pictórios então por exemplo sobreposição luz e sombra as linhas de convergência enfim o tamanho relativo do objeto tudo isso ajuda você a fazer um desenho como perspectiva certo mas
ela depende principalmente da nossa binocularidade porque porque a imagem do olho esquerdo é a imagem do olho direito são levemente diferentes essa diferença tá ligado ao ponto onde a imagem incide o cérebro usa essa diferença entre esses dois pontos para criar profundidade Ou seja a profundidade a percepção de profundidade é uma construção ela não é dada por nenhum reciclagem não tem o receptor de profundidade certo ela é uma construção que o cérebro faz a partir da relação entre as coisas e a auto-referências que o pessoal chama de ego chama de selfie chama sei lá do
diabo 4 é uma referência que o sistema nervoso faz para localizar eventos Ou seja eu sou ponto de referência se a gente pegar ali o circuito do cérebro eles vão estar envolvido com uma região que é uma região que está ligada a localização espacial então a auto-referência ela começa a me localizando no espaço e discriminando eu de outros objetos certo e aí de novo Auto referência e tridimensionalidade cara são coisas que parece completamente Opostas visão de profundidade mas de certa forma eu dependo de áreas incomuns para as duas certo então o que que é auto-referência
cara ela é uma construção do sistema nervoso para organizar o nosso comportamento certo assim como a profundidade ela não é dada em si ela é construída como uma forma de organizar o meu comportamento certo Ah então quer dizer que o nosso ego é uma ilusão é uma ilusão que nem visão de profundidade é uma ilusão extremamente necessária que a gente não consegue viver sem certo porque porque a gente precisa disso para organizar o nosso comportamento ela pode ser abalada pode né a gente dissocia a gente tem despersonalização a gente tem desrealização a gente pode na
ilusão de profundidade você tem ilusões óticas né É fácil é o jeito mais fácil de se você for ver a maioria das ilusões são ilusões relacionadas a profundidade os óculos vai no cinema 3D ele parte disso ele o que que é o óculos o óculos é polarizado e tem duas imagens na tela do cinema então ele mandou uma imagem para um olho e outra imagem para o outro olho e aí você o cérebro junta e dá aquela sensação de profundidade do cinema 3D mas é extremamente necessário tem como superar o ego não não tem tem
como transcender o ego encontrar na verdade referência vai sempre estar presente ela é essencial para nossa organização e para o nosso pro nosso cérebro gerir o comportamento né e isso é muito difícil das pessoas entender cara depois você vai ver que vai ter lá nos comentários vai ter um monte de gente batendo palma com essa ideia cara mas muitas vezes é justamente essa pouca flexibilidade em tentar aceitar essa ideia que culmina nas pessoas sofrerem muito né porque aí elas não tem nem acesso a um contexto onde poderiam lidar com algumas situações que causam sofrimento nelas
e aí entra dentro de um bom manejo psicológico uma [ __ ] psicoeducação você tem que devagar para não machucar e aí o que que você vai fazer velho você vai manipular os 100 gramas dessa pessoa psicoterapia por isso que pessoal não existe nenhum tratamento nenhum tratamento que não seja biológico Ah eu fui tomei um passe e melhorei ótimo passa mudou toda biologia teve algum efeito placebo né o Placebo biológico é ativação do córtex frontal sabe onde é que a galera te acha aí se precisar procurar suas redes sociais cara no Instagram é Perim neuropsicologia
no YouTube Perini neuropsicologia eu tô meio afastadinha no YouTube mas já já eu vou me organizar vou fazer um monte de vídeo bacanaço no YouTube eu quero movimentar eu entro Porque lá é onde eu gosto de passar para passar raiva velho que a gente tem uma rede social tentar divulgar o rd lá mas é inviável eu eu vou eu vou eu sou lá o mais um observador essas vezes eu posto alguma coisa passivo olhando eu gosto de ver briga velho o Twitter e o UFC eu adoro velho é hoje eu vou trabalhar assim a agressividade
e você se o pessoal quiser procurar para atendimento e tal cara aí pode ir direto no Instagram tá tá lotada eu vou fazer uma propaganda da Clínica também mas eu tenho outros outros profissionais que estão atendendo e quem é de Florianópolis ou região se quiser eventualmente tem um filho com ideia com alguma demanda que precisa de avaliação neuropsicológico que é presencial e tal pode ser um espaço isso ah a interpsie certo lá hoje eu tenho feito menos avaliação eu te falei né cara eu tenho trabalhado mais em casa mas eu tenho uma equipe lá que
faz avaliação supervisionada por mim A Serena Mayara elas são super competentes eu acompanho as avaliações dela a gente discute eh quem precisar de avaliação neuropsicológica dá um toque lá no link que eu vou encaminhar para essas duas meninas que já faz um trabalho Fantástico comigo as duas foram Minhas alunas A Serena especial foi treinada por mim desde muito cedo né Foi meio estagiária a Mayara ela não chegou a ser minha estagiária mas ela também tem uma formação psicologia fantástica cara gosto muito de fazer avaliação neuropsicológica mas assim por comodidade como eu tô atendendo mais em
casa a qualidade de vida eu tenho é eu vou ver até quando eu consigo porque eu sinto falta mas eu tenho evitado de fazer as avaliações Mas elas acabam de certa forma absorvendo os meus pacientes e aí eu trabalho mais com supervisão né legal e outra coisa que eu ia falar eu esqueci aqui cara tava na ponta da língua para falar vamos vamos daqui uns alguns 10 15 episódios aí esperar girar um sei lá uns 6 8 meses do podcast para a galera assistir com calma isso é Episódio e daqui uns 10 15 Episódio a
gente vem faz um só sobre behaviorismo legal é curto vídeo Compartilha aí com quem você julga que tem interesse nesse conteúdo ajuda bastante o canal embora isso seja um clichê e nos vemos no próximo episódio que vai ser sobre câncer se tudo der certo eu vou trazer um pesquisador aqui para a gente trocar uma ideia sobre câncer valeu até mais