Stress, em pauta de hoje, vai falar sobre esse órgão tão esquecido e tão retirado pela humanidade, que se chama vesícula biliar. Quando nós entendemos a importância da produção da bile e que a relação de um aumento na produção da bile vai acabar ocasionando a formação de pedras biliares, é por isso que nós estamos aqui: para que você estude, que você assista e que você entenda que a decisão de ter uma dieta hipercalórica, hiper gordurosa — isso é produto industrializado, isso é sorvete, isso é brigadeiro, isso é biscoito recheado — quer dizer, se eu estou comendo isso todo dia ou todo final de semana, você está prejudicando a sua vesícula biliar. No Stress em pauta de hoje, falar sobre as pedras biliares é muito importante.
É um tema onde você pode já ter sofrido a retirada dessa chamada vesícula ou está prestes a retirar ou está querendo fazer uma prevenção para que esse órgão continue fazendo parte do seu fígado. Então, de uma forma resumida, para nós entendermos, que estresse do aparelho digestivo e na microbiota intestinal, entender que as estruturas da digestão começam pela cavidade oral. Nós já fizemos esses vídeos; vocês recorrem ao nosso canal no YouTube que vão ver.
Falamos sobre a importância da cavidade oral, o estômago, falamos sobre a gastrite crônica, o porquê dela estar acontecendo e se perpetuando, esse tema muitíssimo importante chamado hipocloridria, que é o resultado de muitos antiácidos, muitas substâncias para aliviar a sua azia. Toda vez que eu vou aliviar uma azia, eu estou provocando um quadro muito complicado que é o baixo nível de suco gástrico. Então, esse vídeo aqui vale a pena você estudar pelo menos duas vezes.
Depois falamos sobre o pâncreas exócrino, o pâncreas que libera as enzimas digestivas. Todo esse sistema está relacionado; tudo se interliga. E, por último, que vai ser hoje, nós vamos falar do fígado e sistema biliar, porque, olha, nesse meu desenhinho aqui, só para vocês compreenderem, o pontilhado é o estômago.
Aí eu venho para o duodeno. Toda vez que eu tenho uma alimentação rica em gordura, eu vou estimular aqui, nessa região, na primeira porção do intestino delgado, a colecistoquinina. A gente abrevia por ser CCK, que vai fazer com que essa vesícula biliar contraia e libere a bile.
Também vão ser liberadas as enzimas pancreáticas. Então, assim, tudo está interligado. Nós separamos em etapas para que você entenda de uma forma mais fácil, mas é claro que, por isso, antes de colocar um alimento na boca, eu preciso ter consciência do que vou colocar, para que aquilo estimule uma cascata de substâncias, de enzimas, e se o resultado for azia ou refluxo, quer dizer que esse sistema não está funcionando.
Falar sobre a bile: nós temos dois processos. A falta de bile no intestino acontece porque nós pegamos a vesícula biliar, assim denominada, e retiramos cirurgicamente — a chamada colecistectomia. Por que retiramos a vesícula?
O excesso de secreção da bile. Toda vez que esse órgão, que é o reservatório de bile, que é a substância que vai emulsificar, que vai fazer com que a gordura seja quebrada, transportada e eliminada, toda vez que a gente faz com que essa bile trabalhe demais, nós vamos acabar ocasionando, hoje, no nosso sistema médico, essa retirada dessa vesícula, ou por barro biliar, ou por pedra biliar, ou por um conteúdo que o médico não consegue decifrar. Toda vez que eu tenho um excesso dessa secreção, eu acabo deixando essa bile, que seria mais viscosa, endurecida.
Então, olha, gente, se eu entendo a causa, a causa é uma comida, um estilo de vida, uma dieta hipercalórica. Quando nós falamos hipercalórica, é para vocês pensarem em pizza, lanche, pastel, macarrão, doces, sorvetes, biscoitos, bolachas recheadas. Biscoito recheado é hipercalórico e hiper gorduroso; chocolates.
Um Bis, né, que a gente não entende que o Bis tem proteína animal — que é o leite — tem glúten e tem uma gordura que é uma gordura ruim. Eu até brinco, que eu falo que gosto de torresmo; o torresmo é uma gordura animal onde o meu corpo reconhece e a gente tem um limite, né, assim, é comer com nobreza. Agora você pega um pacote de uma bolacha recheada e vai, e vai, e vai; quer dizer, enquanto não terminar aquele pacote, você não para.
Então, esse estilo de vida está fazendo com que essa vesícula seja retirada à toa. Como eu sempre falo, nós não somos sashimis para ficar retirando pedacinho por pedacinho. Hoje é muito raro ter uma pessoa que tenha todos os órgãos e será que precisa ser desse jeito?
Então, vamos entender aqui: bom, agora nós vamos entender como é que a gente faz para diminuir a formação dos cálculos biliares e, se você já tem a presença do barro biliar, do pólipo na via biliar ou da pedra biliar, esse vídeo aqui é para você reavaliar tudo que você tem feito. O excesso da secreção de bile acontece, gente, olha, pelo nosso estilo de vida diário, aonde, em resposta a uma dieta hipercalórica, hiper gordurosa — biscoito recheado, aos nossos finais de semana ou no dia a dia, mesmo que a gente ache que aquela comida é boa e não é — nós vamos produzir os ácidos biliares ditos primários, que são formados a partir do ácido cólico e ácido quenodesoxicólico. Essas substâncias vão fazer a sua ação em gorduras e proteínas, só que, se eu acabo tendo um aumento da secreção dessa bile, ela fica em muita quantidade no trânsito intestinal.
E se o paciente ainda comer pouca fibra e tiver um intestino lento, quer dizer, não faz cocô toda vez que come, pelo menos uma vez ao dia! Tanto que a definição de constipação, intestino preso, é uma pessoa que não evacua no mínimo. .
. Uma vez mais, se pensarmos, o intestino saudável é uma máquina de moer carne. Eu comi uma comida bacana; eu tenho que empurrar essa outra comida que estava no trânsito.
Quer dizer, comi duas vezes, duas vezes ao dia. Comi bem três vezes, três vezes ao dia. Tá bom?
Então, essa bile parada em excesso no meu intestino e esse intestino lento vão à sofr ação das bactérias, e uma dieta hipercalórica, hiper gordurosa, vai alimentar bactérias ruins. Essas bactérias, agindo sobre esses ácidos biliares, vão fazer três reações. Esses nomes difíceis aqui, ó: desidroalogenação e desconjuração.
Vão fazer com que esses ácidos biliares primários se convertam nos chamados secundários. Eles sofrem uma transformação bacteriana, tornando-se tóxicos, formando deoxicólico colato. Essas substâncias vão agir no nosso intestino de uma forma não interessante, não boa.
A diminuição da bile no intestino, como consequência da retirada da vesícula, pode ser que você não perceba nos primeiros seis meses – um ano –, mas eu te garanto que, a partir do quinto ano, você vai ter essa distensão abdominal. Isso vai acontecer por quê? Porque toda gordura ingerida, seja vegetal ou animal, 50% vai ser eliminada pelas fezes, e você vai começar a ter dificuldade em absorver as vitaminas lipossolúveis.
É por isso que, quando a gente suplementa, né, a vitamina K, a vitamina A, a vitamina D3 e a vitamina E, é muito importante o recipiente, o produto gorduroso que vai na cápsula, para fazer com que essa gordura realmente seja absorvida. Porque esse paciente, por exemplo, se ele tomar alguma coisa que não tenha esse recipiente oleoso, ele vai perder nas fezes. Um entendimento melhor aqui, ó: se eu tenho muita bile sendo formada no meu intestino e o meu trânsito ainda é lento, eu vou estar com bactérias não boas.
Porque produtos industrializados alimentam bactérias de má qualidade. Um exemplo é a bactéria Clostridium putrefaciens. Essa bactéria produz, a partir do substrato dessa bile primária, um ácido chamado ácido apicólico que estimula uma enzima chamada proteí kinase C celular, que faz uma proliferação de células chamada carcinoide.
Quer dizer, ela tem capacidade de formar tumores, cânceres. Quer dizer, doutora, que o meu estilo de vida, a minha alimentação, é que está fazendo com que meu fígado e a minha bile – né, porque a vesícula tem uma função muito importante na nossa saúde, e a maior parte dos colegas acha que não, mas ela tem – e olha isso: isso é uma das malformações, das mutações que acontecem. O ácido litocólico, ele também, sob ação de bactérias, é mutagênico.
Ele vai fazer uma mutação naquele local, naquela célula. O deoxicólico vem de substâncias criadas no mundo da estética, vem de metabólitos, né, ácidos biliares secundários que o nosso próprio corpo produz. O ciclo entero-hepático é uma forma que o organismo utiliza a bile, que é produzida e liberada a partir da comida gordurosa ou hipercalórica.
Essa bile, no intestino delgado, acaba sendo reabsorvida. Nesse final, chamado íleo, a posição final do intestino delgado, vai acontecer a reabsorção dessa bile que foi eliminada, e isso vai fazer com que o nosso fígado não produza a bile a partir do colesterol. Isso é ruim.
Por isso que, quando nós falamos sempre que fibra, verdura, leguminosas, grãos, as fibras possuem uma capacidade, quando ingeridas, de se ligar à bile. Então, elas acabam eliminando esse colesterol nessa bile, junto com as fibras, pelo cocô. E aí o fígado vai ser obrigado a produzir mais bile através do colesterol dele.
Quer dizer, a circulação entero-hepática faz um reaproveitamento da bile que eu estou estimulando a ser liberada. Se eu não como fibra, esse ciclo entero-hepático vai estar muito aumentado, o fígado vai parar de produzir a bile a partir do colesterol dele, e aí vocês vão falar: “Puxa, eu tenho muito triglicerídeos, estou com colesterol ruim. ” E eu estou com colesterol ruim porque, na minha dieta, não tem as fibras que vão fazer o carreamento, né, vão segurar essa bile para ser eliminada pelas fezes.
Olha como a nossa alimentação interfere em um ciclo que deixa um fígado e uma vesícula saudáveis. O desafio de hoje, já que nós estamos falando sobre a saúde de um fígado e da vesícula biliar, será comer, por uma semana, três maçãs por dia: de manhã, de tarde, de noite. Gente, a maçã tem o ácido málico.
O ácido málico é um quebrador, é um dissolvedor, né? Ele dissolve as pedras biliares. Por isso que ele também é utilizado no método chamado Limpeza do Fígado e Vias Biliares de Andréas Moritz.
Quer dizer, independente disso, é uma fruta muito saudável. Agora, pra gente aprender como diminuir a formação dos cálculos pela diminuição da exigência dessa vesícula biliar em produzir bile, claro, o primeiro item que depende de você, dessa consciência, tá, é até contar quantos alimentos industrializados eu comi nesse dia, no dia de hoje. A gente estava fazendo uma enquete aqui com a Mauren e o Saulo para ver o que a gente fez.
No caso da Maur, ela disse: “Olha, eu tomei uma água com gás e uma batatinha frita industrializada. ” Se eu vou comer uma batatinha, eu estava explicando isso para ela: eu corto a batata, eu faço a batata, eu frito ou na banha, no óleo de coco ou no óleo de girassol, mas que ele seja utilizado uma única vez. Então, são coisas diferentes.
Mas isso daqui, essa dieta baixa em gordura e açúcar nos produtos industrializados, precisa ser observada, gente. Por isso que aquela frase que todo mundo diz: “Ah, desimpacota menos e corta mais, né? Corta com a faca, morde com os dentes.
” Isso vai definir se vocês vão virar um saimi ou arrancar essa vesícula. Claro! Aqui está o texto corrigido com a pontuação adequada: "Ou não, né?
São vão ter as complicações, então isso cabe a vocês. Algo mais simples: aumentar a ingestão de produtos vegetais ricos em fibras. Hoje, no almoço, eu trouxe um monte de rabanete e o povo, 'Nossa, você ama rabanete?
' Não, não amo rabanete! Eu só sei que o rabanete é ótimo para o fígado; ele diminui os colesteróis, dos ruins, né? Que a gente fala tanto dele como ruim, mas ele é um excelente alimento para o meu fígado.
Então eu como para ter esse benefício. Então o alimento precisa ter um benefício para você. E a fibra; toda vez que eu falo em fibra, tem que estar crocante, não pode estar cozida.
Se vocês cozinharem, no máximo, dá um susto. Essa fibra vai ajudar muito na não formação dos cálculos. Aumentar a ingestão de água: aqui é o mínimo de 3 litros de água, um copo de 300 ml, de hora em hora, até às 19 horas.
Um erro bastante frequente de quem faz jejum intermitente é que acaba não contando os copos de água e acaba ficando desidratado. Isso é ruim; a desidratação em jejum prolongado vai fazer mais a formação de cálculos. As pessoas atletas, que têm um hábito de suar muito, fazendo percursos longos, imensos, e não estão vigiando essa água, também vão fazer uma maior formação de cálculos.
O café; a gente começou a falar e escrever sobre o café, até pegamos um café aqui para tomar. O café aumenta os níveis de CCK, a colecistoquinina. Lembram?
Quando eu tenho um alimento gorduroso, ele cai aqui; essa gordura vai estimular a liberação do CCK, que contrai a vesícula biliar e faz com que ela libere a bile, que é a substância que vai fazer a possibilidade de degradar essa gordura e as proteínas. Então, o café faz isso com a gente. Quanto dá para tomar de café?
Eu falo, né? Na minha vivência, que quatro cafés por dia é o suficiente: dois cafés de manhã e dois cafés à tarde. Agora, se você já tem um problema, é claro que esse café tem que ser retirado aos poucos, porque, sem dúvida nenhuma, ele causa uma dor de cabeça se for retirado de uma única vez.
O quinto item, gente, isso aqui. . .
Olha que é por isso que no início do vídeo eu disse: assista ao vídeo sobre hipocloridria, porque, basicamente, 50%, mais de 50% de todos os pacientes que tiraram a vesícula e que possuíam cálculos biliares, eles também tinham essa hipocloridria. Quer dizer, ele comia fritura, comia uma carne gordurosa, uma substância, né? Um mousse, sei lá do que, e ele sentia azia.
Aí ele ia lá, tomava um ENO, um sal. . .
nem sei mais os nomes das substâncias antiácidas, mas mascarava o sintoma e continuava comendo. Quer dizer, não é para a gente; o sintoma é para eu parar e reconhecer o que está faltando em mim. Então, nesse caso aqui, falta suco gástrico.
Assistindo ao vídeo sobre hipocloridria, vocês vão entender que isso aqui é um estudo. Agora que você já compreendeu a importância de se estimular a vesícula biliar de uma forma nobre; quer dizer, nada em excesso vai ser um diferencial na sua vida. Sem dúvida nenhuma.
Pois, se você já retirou a vesícula, o que nos resta? Ah, temos uma ajuda: o sal biliar bovino. Eu começo a suplementar os meus pacientes com 100 mg a cada refeição.
Isso ajuda, sim, a digerir a gordura, a digerir proteína, a fazer uma função que a bile humana iria fazer, mas na ausência dessa vesícula, desse reservatório tão importante. Tomar o comprimido A nas refeições principais vai ser de grande ajuda, mas o mais importante disso tudo é prevenir; é fazer com que você, que tenha pedra, que tenha pólipos, que tenha um barro biliar, possa repensar que a causa está no meu dia a dia. A causa está no meu estilo de vida, com muita caloria, com muita gordura.
Então nós nunca falamos de comida de verdade; nós estamos falando de comida industrializada, produtos alimentícios. E é por isso que tantas e tantas vesículas estão sendo jogadas fora, porque o nosso estilo de vida não está dando espaço suficiente para que essa bile produza, para que essa vesícula biliar produza a bile necessária para fazer aquela quebra, daquela gordura, tão necessária no nosso sistema digestório. Estresse em pauta: compreenda o que causa e mude.