Mulher Negra É A BASE da PIRÂMIDE - Especial Dia internacional da Mulher - Canal Preto

lembrando angela deles quando as mulheres negras se movem a sociedade inteira se move por que somos nós que estamos na base da pirâmide nós não agüentamos mais o peso dessa base no seu show na tabela em qualquer sociedade que se respeite qualquer projeto de desenvolvimento nós queremos que leve o princípio do bem viver como princípio fundamental porque lembrando angela davis quando as mulheres negras se movem a sociedade inteira se movem porque somos nós que estamos na base da pirâmide nós não agüentamos mais o peso dessa base e quando nós estamos falando isso a gente está

dizendo bom pra esse país seguir todas as políticas públicas precisam ter as mulheres negras como prioridade absoluta é se precisa ser o primeiro grupo de investimento o primeiro grupo observado dos anjos foi só porque a moça na rua cel eu me lembro de 2014 com paulina chiziane com angela deles com ana maria gonçalves com tantos de nós no atividades em brasília nós reunimos todas elas nós temos mais duas mil mulheres que lá está representando por exemplo filme david eli vieira o dia gerusa é uma transformação muito importante mas tudo isso não bastou pra gente conter

o feminicídio e as marcas do racismo no feminicídio quem são as mulheres que estão abandonados do ponto de vista da política pública nas comunidades com as suas comunidades que estão abandonadas sem iluminação sem creche sem possibilidade do primeiro emprego sem possibilidade das mulheres realizaram o primeiro exame ginecológico quem são as mulheres que atravessam a gravidez muitas vezes sem ter direito a pelo menos no mínimo é estabelecido pela organização mundial de saúde sobre as quatro visitas para o pré natal pra você não morrer de morte materna são as mulheres negras no brasil e nos chamou muita

atenção olhando pra série de dez anos do mapa da violência as organizações envolvidas na produção do mapa concluiu que naquela década em que a violência recuem 9% em relação às mulheres brancas ea violência avançou e 54% na vida das mulheres negras isso quer dizer muito sobre modelos de desenvolvimento isso quer dizer muito sobre o que está no imaginário sobre desumanização da vida das mulheres negras não foi à toa que nessa década que a gente teve cláudia ferreira arrastada por um camburão com toda a comunidade pedindo que um camburão da polícia parasse e aquela mulher ainda

foi jogado no camburão viva como um deboche na nossas caras em pleno fórum social mundial acontecendo salvador no rio de janeiro mariele franco foi executada barbaramente o que é que vem de saldo para as mulheres negras nós nos tornamos mortas-vivas nesse sistema essa inversão histórica como é que o mais velho tá indo a enterrar o mais novo como é que uma mãe e uma avó ela aguenta e enterrá o primeiro o segundo o terceiro e visitar na cadeia a primeira a segunda a terceira são as mulheres negras enfrentando o mercado da morte e nós precisamos

enfrentar esse mercado porque o mercado da morte quer vender primeiro o custo da violência nos leitos nos hospitais depois desde as funerárias desde o jogo perverso inclusive o sumiço dos jovens têm a ver com o tráfico internacional e tem a ver com o tráfico de órgãos e agora recentemente o parlamentar a ventor que olha vamos definir de forma compulsória que quem morreu em combate com a polícia os jogos serão doados compulsoriamente sem muita invenção da família nós entendemos que esse é um outro tipo de licença para matar para sustentar um outro mercado num país onde

mulheres negras e homens negros morre na fila do transplante porque quem consegue ser transplantado nesse país é um homem branco a mulher negra começa o primeiro exame quando chega no último exame o primeiro exame já perdeu a validade e ela não consegue fazer transplante nós estamos aqui para enfrentar o que o racismo está dizendo e o que ele não está dizendo lembrando amílcar cabral a gente está aqui para fazer a performance do enfrentamento mas também pra gente fazer a performance do que vai fazer a gente viver então a gente também precisa falar de qual é

o modelo de sociedade que nós precisamos e no modelo de sociedade que a gente precisa que a gente quer que nós afirmamos as mulheres negras estão na frente da família santa rosa [Música] a atacante excel quilombo 11 envolvem caminho distingue a sair em transição tem um chá donald foi perfeita a equipe ficou a doença então fez a taxa termine no places um gol exatamente isto estamos num país que as pessoas negras são as últimas a serem admitidas e diante de uma crise são os primeiros e os primeiros a serem demitidos o brasil precisa trabalhar aquilo

que nos estados unidos por exemplo na áfrica do sul já se trabalhou desde 1963 quando se constituiu as comissões para a aplicação das políticas de ações afirmativas como bem nos lembra o professor volta seu velho no seu texto magistral sobre as políticas de ações afirmativas no brasil lembrando a experiência que tá lá emblemática na tese da professora marcilene garcia de souza sobre o que foi a luta para instituição das cotas no serviço público no município de são paulo é importante dizer que de 2013 a 2016 aconteceram coisas muito importantes na cidade de são paulo para

se infiltrar conter a questão da fraude nas cotas no serviço público e garantir presença negra em alguns lugares que são considerados de alto prestígio à nossa ausência desde os espaços do poder executivo do poder legislativo do poder judiciário diz é duca toda a população brasileira porque a nossa ausência é uma espécie de licença para manter um discurso histórico sombra nossa desumanidade num país como o brasil você precisa manter as bancas de verificação seja para garantir a presença negra e indígena em todos os campos nos chamados cursos imperiais o curso de alto prestígio às engenharias as

ciências dicas biológica e o campo do direito e tantas outras e no mundo do trabalho como é que você vai endurecer as repartições públicas na chamado campo de direção de gerência e dos bons empregos empregos como procuradores e procuradores dos municípios nos estados e emprego de defensores e defensoras como aqui que a gente instituiu já desde 2016 30% de cotas e com banca de verificação porque é pra isso que a gente vê esse espaço a gente não veio aqui pra dar uma voltinha a gente vem com a agenda política coletiva do movimento de mulheres negras

em 2017 nós tivemos que a ocupar o tribunal de justiça da bahia para que se cumprisse as bancas de qualificação diante de uma questão de um concurso para procurador de justiça em que algumas marcas eram para pessoas negras as pessoas negras que entram o concurso e que parece tudo igual em verdade é um exemplo no concurso junto com as pessoas leigas e muitas vezes você assistir durante anos as pessoas brancas sendo promovidas ea pessoa negra estagnada no mesmo lugar e elas entraram no mesmo concurso monteiro lobato em 1926 escreveu um livro chamado presidente negro o

choque das raças dizendo que o brasil se tornava branco a ser inviável como nação é importante a gente dizer que monteiro lobato perdeu nós chegamos a 2019 154 por cento país e lembrando a monteiro lobato que tia nastácia está revoltada ratna está revoltada como diz o poeta javani sobrevivente lado o grupo choque cultural do bairro da fazenda grande ii em salvador tia nastácia está revoltada porque o sítio do picapau amarelo está tirando ela como a área ela faz os bolinhos no nome da farinha é dona benta a minha geração está de pé para que o

nome da farinha de trigo seja tia nastácia essa virada histórica que a gente quer provocar nesse país se você constrói a riqueza você tem que ser beneficiada e essa riqueza tem que ser repartida levando em consideração a diversidade étnico-racial do país não é possível mais nós continuarmos dando às nossas costas pra que o racismo desfile com os dentes abertos [Música]