Confúcio e as relações humanas - INÉDITA PAMONHA #58

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Clóvis de Barros
Neste episódio: Clóvis de Barros Filho explora o pensamento do filósofo chinês que marcou a história...
Video Transcript:
e começa agora elétrica pamonha por instantes felizes virginais e repetíveis [Música] Olá sempre com o patrocínio do Brasil bnp paribas asset Management e profs achei um e o professor Luc ferry costuma dizer que o amor é o que nos distingue se tivéssemos que tem uma definição de homem ela deveria necessariamente compreender a capacidade de amar assim o amor entraria para Lux ferre no lugar daquilo que Aristóteles considerava o próprio do homem animal político dotado de Logos para lhe conferiu o homem portanto seja ele qual for desses que existem agora todos nós mas aqueles que já
existiram e aqueles que existiram todo homem se caracteriza se define se distingue pela sua capacidade de amar Isso portanto nos remete a uma certeza os demais não amam como nós então quando você vê um animal que acabou de parir uma fêmea dando de mamar os seus filhotes o mesmo protegendo esses filhotes de algum Predador pois esse tipo de Conduta Não é esse tipo de protocolo de procedimento não resultaria do amor tal como lucufer entende porque senão nós compartilhar íamos o amor com outros animais e isso portanto não seria próprio do homem muito bem diferente vai
adiante o amor é inseparável do ódio e portanto da mesma maneira que o homem é capaz de amar e isto é o que lhe é próprio o homem também seria capaz de odiar e este ódio pode levar luar fazer a GIA se comportar a impactar de um jeito que nenhum outro sente faz o próprio professor dá o exemplo da guerra da Iugoslávia Quando tivermos notícia de Conduta e como a de soldados obrigar em uma ro comer o fígado do neto enquanto este ainda estava vivo em Itálico Ferreira observa aqui esse tipo de iniciativa nós tipo
de Conduta um animal Jamais jamais jamais faria um animal ele é circunscrito ele é limitado pelo seu instinto assim o tal do amor e o tal do Óleo assim como único fim os entendi seria então uma diferença específica um traço distintivo que nos identificaria em relação a qualquer outro em ti no mundo hoje muito bem essa é uma ideia que tem lá pelos defensores haveria que entender melhor o que é que Luc ferry entende por esse amor o que é que ele entende por esse ódio que nós nos remetermos a Espinosa lembraremos que o amor
é a alegria portanto Gun Oi e essa alegria essa alegria nosso Compartilhamos com um animais porque também eles ganham potência passam para um estado mais potente deles mesmos porém o amor é mais do que alegria é uma alegria acompanhada da ideia da sua causa bem talvez estivesse aí nessa ideia da causa aquilo que é próprio do homem aquilo que é específico do homem não se trataria portanto do tipo de manifestação de corrente do amor ou do ódio mas sim da capacidade da consciência identificar a causa desse amor e desse ódio um há muito que polemizar
a respeito eu queria e é sobre isso na verdade que o inédito a pamonha de hoje Versa tem por objeto é a proposta de um filme nós tamos aí em turno de 500 antes de Cristo agora o e Confúcio procurar de maneira muito clara que uma vida boa é uma vida se caracteriza pelas relações que mantemos com outros humanos portanto perceba que aqui a um a um ponto de tangência deste Confúcio com o like Ferri que eu acabo de destacar portanto Poderíamos dizer que as relações humanas amorosas configurados idealmente em relações familiares onde haja amor
relações entre casais onde haja amor relações entre amante na importante relações entre irmãos e porque não dizer também relações analogamente dos líderes os governantes com os seus súditos com seu povo tudo isso pode evidentemente materializar uma vida boa por indicar a presença do amor nessas relações eu prometi que essa problemática da vida boa Isto é a certeza de que a vida só será boa a julgar pelo que acabei de dizer quando há relações de amor entre viventes portanto indevido com dificuldades para amar ele poderá ter em outros predicados mais ele estará vivendo mal e portanto
ele será Digamos um feio nossa Então temos que aceitar aqui para Confúcio as relações amorosas entre as pessoas são o passaporte para uma certa felicidade a título de comparação Aristóteles por exemplo pro por aqui o passaporte para essa mesma felicidade é a virtude é a excelência assim fazer bem o que se faz tal como o bom flautista que toca bem a sua flauta o bom Escultor que esculpe com excelência e portanto existe aí um uma condição de virtude a excelência para aceder a felicidade a proposta de Confúcio é por assim dizer diferentes por quê Porque
no final das contas esta felicidade requer um tipo particular de relação que mantemos com outras pessoas e portanto não basta ter pessoas por perto mas é preciso a malas é preciso conseguir a mala eu preciso lembrar que para Aristóteles também a philia é imprescindível para alcançar a felicidade que fique claro mais ver já podemos dizer que ar a teoria de Aristóteles em relação a Confúcio é mais exigente no sentido de que eu preciso de mais coisa para poder ser feliz Confúcio centra na questão das relações amorosas e Ah pois muito bem nesse sentido Poderíamos dizer
que o que concurso acaba de nos propor nos leva a uma concepção de humanidade tal como propôs o professor e o Felipe que distingue o homem é a sua capacidade de amar assim também Confúcio procurar que o homem ele se define pelas suas relações e essa é uma concepção antiga e eternamente fascinante o que distingue o homem em outras palavras o que define um homem é a maneira como ele vai se relacionando com o mundo assim por exemplo eu me chamo Clóvis de Barros Mas e a minha identidade na perspectiva de Confúcio é muito mais
importante do que saber onde e quando eu é a minha identidade não quer identificar com quem eu me relacionei com quem eu me relaciono com quem eu me relacionar Ei assim importa saber quem me trouxe o mundo quem cuidou de mim na primeira infância importa saber quem são os meus pais importa saber quem é a minha família com quem eu me relacionava quando era criança que estas relações são a matéria-prima da definição disse portanto essas relações são a matéria-prima da nossa identidade pessoal Ok eu imagino que você possa dizer bom mas é e o que
mais uai eu sou também professor e ao dizer que eu sou professor e isto significa Simplesmente muito mais do que um certo Labor ou agir profissional que isso significa relações relações com colegas professores relações com os alunos relações com os demais funcionários a escola e portanto ser professor é ter um certo tipo de relação com as pessoas da mesma maneira o som autor e naturalmente Isso significa que eu me relaciono com as pessoas que publicam meus artigos os meus livros e meus editores e assim por diante e poderíamos ainda propor que se eu sou o
homo sapiens isso indica um tipo de relação que mantém o com os membros os demais membros da minha mesma espécie Ok então nesse sentido Poderíamos dizer que nós nos relacionamos entre nós e com qualquer outra coisa é indiretamente por conta do Big Bang em outras palavras víamos todos no mesmo lugar talvez sejamos todos os pedaços de uma mesma origem e talvez nos relacionamos entre nós aqui neste planeta por conta da ação da gravidade que lhe é própria e que nos atinge a a mesma maneira em suma todas as nossas qualidades todos os nossos predicados são
predicados de natureza relacional a vida é relacionar-se com o mundo viver é estar em relação com o mundo e o que é mais fascinante é que a nossa identidade para Confúcio vai se construindo vai se definindo ao longo de um processo de relações com o mundo que não termina nunca vi e sim eu poderia acrescentar que esta concepção esse entendimento em relação à Vida do homem a partir das suas relações tem consequências éticas significativas se você imaginar que alguma definição de ética possa nos dar conta de uma arte da convivência a inteligência compartilhada buscando o
aprimoramento da convivência a partir daí a ética passa-se um certo tipo particular de consideração do outro e que encontra toda a sua razão de ser no fato de que o outro está em relação comigo e com outros outros digamos assim e é exatamente por isso que não havendo um eu não completamente independente não havendo um eu discriminado dos demais não havendo um eu isolável mas a vendo sim um conjunto de relações que se costura e os viventes então é claro viver bem implicar relacionar-se bem e por isso um bom professor é aquele que se relaciona
bem com seus alunos em função de um certo propósito e assim Poderíamos dizer que para o resto de toda a vida a vida era boa na medida em que estiverem dignificados as relações do vivente em cenários específicos de finalidade em cenários específicos de expectativas e assim por diante talvez haja mais vida do que simplesmente profissão mas o fato é que talvez a definição de um bom pai tenha que ver com a forma como ele se relaciona com seus filhos um mau pai é um pai que se relaciona de maneira torta com seus filhos e naturalmente
isso acaba por destruir muitas das Barreiras que nós encontramos a filosofar sobre a vida a partir das Fronteiras e dos muros que se estabelecem entre o eu e o resto porque no final das contas a tese das relações de Confúcio nos redefinir o objeto do que merece ser valorado quando vamos atribuir valor a vida nos deslocamos aquilo que nós vamos avaliar para as relações e deslocando para as relações nós de maneira Ampla e completa Perdemos por assim dizer a exclusividade desta avaliação perdemos o controle completo desta avaliação E por quê Porque a vida estará sempre
a merce de uma relação entre o vivente e qualquer outra coisa do universo sendo assim ela será sempre marcada será sempre dependente da presença o outro na relação com o primeiro que nos interessa então sendo assim sendo a vida um conjunto de relações filosofar é refletir sobre as relações que os corpos e mais particularmente os corpos viventes mantém com o mundo atribuindo-lhe valor procurando identificar as peculiaridades e as características das boas relações separando as das más relações e se fossemos no serviço de Jesus de Nazaré separar o joio do trigo é discriminar as relações com
o mundo que são contributivos que são boas que são positivas para uns e para outros e as relações com o mundo que são negativas para uns e para outros perceba que nesse caso desaparece a ideia do egoísmo radical daquilo que é bom para mim daquilo que é ruim para mim porque não havendo esse mim isolável o que é aquilo que é bom para nós aqui e para a relação para aquilo que é bom a tudo aquilo que comigo se relaciona e por isso claro toda a reflexão se desloca para o eu mais o mundo e
o que é bom é o que é bom para o eu mais o mundo e nunca só para o eu nunca só para mim nunca só para qualquer um de nós portanto nosso um convite é um convite máximo para uma reflexão com essas características porque se levarmos a sério o que nos propõe Confúcio uma vida boa é uma vida de relações amorosas e o que nos caracteriza é sempre estarmos em relação com alguma coisa evidentemente nós poderíamos dizer que o nosso inédita pamonha não pode ser avaliado nem em função do que ele a porta para
mim nem o que ele a porta para você não se trata de dar primazia para o eu egoísmo não se trata de dar Prime Oi para o outro altruísmo mas sim de avaliar o que é bom para a relação Isto é o que é bom para esse intercâmbio que mantemos semanalmente entre nós nossa se os casais levassem a sério Confúcio na hora de brigar que realmente quando discutir sem em relação avaliar sem a vida em função do que é bom para a relação que não em função do Estreito e mesquinho egoista em cima exumado do
próprio umbigo evidentemente as relações poderiam ser discutidas num nível muito mais profundo e muito mais eficiente para o seu encaminhamento a e era o que tínhamos para dizer hoje nessa quinta-feira maravilhosa neste que já é o encaminhamento do nosso segundo ano de vida do inédito da Pamonha o nosso podcast de reflexão de reflexão sobre a nossa existência sempre com o patrocínio o patrocínio original o patrocínio o primeiro Patrocínio daqueles que tiveram conosco quando ainda não existe amos estima Chemical do Brasil bem e é sempre Management e profs achei Valeu gente até a semana que vem
cá E aí [Música] se você ouviu o inédito da Pamonha por Clóvis de Barros Filho trazido até você pela revista em inspire-se acesse [Música] www.revistaartesanato.com.br e nos siga nas redes sociais neste podcast Foi editado por radiofobia podcast e multimídia
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