O que aconteceu com a Igreja após o Concílio Vaticano II?

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Padre Paulo Ricardo
Diminuição na frequência às Missas e aos sacramentos, conventos e seminários esvaziados, famílias ca...
Video Transcript:
[Música] Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém. Inspira, Senhor, as nossas ações; ajudarão a realizá-las. Para que vós, que começas, nós terminamos tudo que fizemos por Cristo, o Senhor.
Nós [Música]. Olá, meus queridos irmãos e irmãs! Estamos aí com o nosso encontro semanal.
Eu, neste momento, em Portugal, mas quero deixar para vocês esta aula e essa oportunidade de vocês se encontrarem aí no chat e conversarem uns com os outros. Sempre é bom entre os alunos do site para o ricardo. org.
Sim, a gente vai se tornando cada vez mais família. O tema do programa de hoje é o magistério do Concílio Vaticano II. Na semana passada, nós falamos do magistério do Papa, não é?
Hoje, vamos falar do magistério do Concílio Vaticano II. Bom, em primeiro lugar, queria recordar para vocês uma analogia que eu fiz na semana passada: o magistério da Igreja é uma realidade, uma função que existe dentro daqueles que são os sucessores dos apóstolos. Ou seja, o magistério da Igreja garante a sucessão apostólica em termos de doutrina, ou seja, que a doutrina em que a Igreja crê e ensina, hoje, no século XXI, é a mesma fé que a Igreja criava e ensinava há dois mil anos atrás, quando Jesus viu esse mundo e deixou os seus apóstolos.
Ou seja, substancialmente, é a mesma coisa. Eu fiz uma comparação, a comparação é daquela corrida de revezamento, de estafetas, como se diz em português de Portugal, em que os corredores passam um bastão para o outro. Então, isso é sucessão, em latim, “successione”, que quer dizer movimento.
Então, o primeiro corredor já está correndo e, quando passa o bastão para o próximo corredor, aquele corredor continua correndo, ou seja, ele mantém o movimento. Então, é evidente que seria absurdo, não é? Que os corredores, de repente, jogassem o bastão no lixo e pegassem uma abóbora para sair correndo.
O que isso quer dizer? Quer dizer manter a mesma fé, a fé dos apóstolos, ao longo dos séculos. Bom, só que o Concílio Vaticano II é um concílio diferente dos demais concílios da Igreja Católica.
Teve 21 concílios ecumênicos; os 20 primeiros eram, na sua grande maioria, concílios doutrinais, ou seja, em que a Igreja queria recordar as balizas do caminho deixado por Jesus. Outra comparação que eu usei na semana passada: Jesus deixa um caminho—ele foi deixado por Jesus e não inventado pelos Papas e nem pelos concílios. O caminho é o mesmo, só que acontece que, na penumbra da fé, ou por causa da maldade dos adversários, ou por causa de nossos próprios desligamentos, as pessoas, às vezes, desviam-se do caminho deixado por Jesus.
Exatamente, existe o magistério para sinalizar como um ato de caridade, dizendo: “Olha aqui, uma curva perigosa! Tem gente que está caindo no imobilismo. ” Então, os papas e os concílios colocam a sinalização para dizer que o caminho é este e não outro.
Então, essa é a finalidade dos pronunciamentos papais a respeito da doutrina, e essa é a finalidade dos pronunciamentos dos cinco médicos a respeito da doutrina. Então, foram 20 concílios ecumênicos antes do Vaticano II, começando por Niceia, em 325, e, ao longo dos séculos, chegamos ao Vaticano I. Muito bem, todos esses concílios foram concílios doutrinais, foram, substancialmente, doutrinais.
Claro que em alguns concílios foram disciplinares, mas, ou doutrinais na sua maioria, ou disciplinares os concílios, e nunca se propuseram uma tarefa como a tarefa que o Concílio Vaticano II se propôs. O que o Concílio Vaticano II se propôs? O Concílio Vaticano II se propôs um novo modo, uma nova forma de apresentar a fé de sempre, a fé de dois mil anos.
Então, seja para quem quer que seja, não tem como negar que os papas João XXIII e Paulo VI, e a própria Assembleia Conciliar do Concílio Vaticano II, está amplamente documentado nas atas e nas discussões conciliares. Os papas não quiseram ensinar nada de diferente; ou seja, não era essa a ideia. A ideia não era ensinar dogmaticamente algo diferente, a ideia era apresentar o ensinamento da Igreja de sempre de uma forma mais convincente, mais palatável, mais eficaz para o homem moderno.
Essa é a tarefa do Concílio. Então, nós podemos medir o Concílio Vaticano II com duas réguas: a primeira régua, a régua da doutrina. Mas o próprio concílio diz que não há nada de novo; os papas dizem que não há nada de novo doutrinalmente.
Então, deixamos um pouco de lado. Tem uma outra régua, que é a régua que o próprio concílio se impôs, que é a régua pastoral. Ou seja, o concílio se propôs uma tarefa pastoral, que quer dizer o seguinte: ele queria uma maior eficácia pastoral da transmissão da mensagem.
Então, a partir do Concílio Vaticano II, do seu método e da sua proposta, o que é que o concílio esperava? Aquilo que Paulo VI colocava na conclusão da Assembleia Conciliar e nos primeiros anos logo após o concílio: esperava uma primavera. Não sejam florescer a, digamos assim, a metáfora da primavera.
Quer dizer o seguinte: é como se tivesse a Igreja com várias potencialidades latentes, e de repente vem o sol, a luz pastoral colocada para o concílio, e aquelas sementes começam a brotar, começam a germinar, e a vida floresce em tudo quanto é lugar. Essa é a expectativa depois do Concílio Vaticano II. O problema é que, estatisticamente falando, sociologicamente falando, por qualquer medida sociológica pastoral que você faça, o período que veio após o Concílio Vaticano II não foi uma primavera.
Foi, usando a linguagem do próprio Paulo VI, um tenebroso inverno. Ou seja, após o concílio, não foram todos os parâmetros que poderiam se aferir. Uma suposta eficácia pastoral.
Todos os parâmetros foram negativos ao extremo. Todos, absolutamente todos: o número de fiéis na missa diminuiu, o número de confissões diminuiu, o número de comunhões diminuiu, o número de batismos diminuiu, as vocações diminuíram e os emails com o seminário se esvaziaram. Milhares de sacerdotes deixaram o ministério e ainda mais milhares deixaram a vida religiosa.
A vida contemplativa diminuiu em número, as famílias se esfacelaram, já não se vive mais a doutrina e o ideal do amor familiar, da moral familiar, como ele é pregado pela Igreja Católica. Um número enorme de católicos que estão nos bancos da igreja todos os domingos têm opiniões contrárias ao ensinamento da Igreja. Então, você vai lá no católico que se senta no banco da igreja e ele tem opiniões absolutamente incompatíveis com o magistério de dois mil anos, resultado da história.
Ou seja, nós temos o Concílio que se propunha à primavera. Você tem, depois do Concílio, o mais tenebroso engodo. Como isso aconteceu?
Duas opiniões que são as mais comuns: a primeira opinião é a opinião do pós-Concílio e a segunda opinião é a opinião do próprio Concílio. Explico: nosso tópico quer dizer o seguinte: o Conselho foi concluído em 65, mas depois do Conselho de Pacha Toca, depois disso — não por causa do Conselho, mas depois do Concílio —, sem que os padres conciliares fossem culpados e a Igreja Católica fosse culpada, sem que ninguém de dentro da Igreja fosse culpado, veio uma onda mundial de revolução. A revolução de 68, em que as revoluções estudantis, a revolução sexual e as revoluções marxistas fizeram com que o mundo atual se transfigurasse.
E isso teve reflexos dentro da Igreja, e isso então anulou aquela expectativa positiva do Concílio Vaticano II. Ou seja, segundo essa primeira opinião, o Concílio Vaticano II fez uma avaliação correta da situação do homem moderno naquele momento de 1965; ele avaliou bem o paciente, e o remédio que seria um sucesso. O problema é que o paciente mudou e contraiu outra doença, e por isso degringolou naquela grande tragédia.
Esta é a primeira opinião: é a opinião do Papa. A segunda opinião é a opinião do próprio Terrópico. Quer dizer o seguinte: a segunda opinião diz que o Concílio Vaticano II quis um remédio para o homem moderno, mas o remédio estava errado.
Por quê? Porque o Concílio Vaticano II, com o que ele fez, foi desligar o sistema imunológico da Igreja, ou seja, na forma como a Igreja vinha combatendo as coisas desde sempre, mas principalmente na, digamos assim, na atitude chamada do de 30. O que é que o Concílio de Trento fez?
Ele começou a usar a linguagem clara, a linguagem da escolástica, adotou Santo Tomás de Aquino como sendo o doutor referencial, não é para ensinar os teólogos a pensar corretamente e para ensinar as pessoas a como a Igreja pensa. E se condenaram as heresias; ou seja, havia um sistema imunológico ativo em que os hereges eram chamados de hereges, eram excomungados e eram expulsos dos quadros da Igreja. Essa é a forma de se agir até o Vaticano II.
Ou seja, João 23 disse: "eu não quero condenações". As pessoas que têm essa posição crítica dizem que, ao fazer isso, João 23 desligou o sistema imunológico da Igreja. Da tomada do magistério, ele não condena mais heresias; uma cisterna agora só dialoga.
Mas essa posição dialogante não é uma posição inerte, porque o mundo finge diálogo enquanto apunhala a Igreja. Ou seja, segundo esta opinião, o mundo moderno vai, apoiada na Igreja, com toda aquela situação de 68, ou seja, a revolução estudantil, a revolução marxista, todas as ideologias subsequentes que venham surgindo, digitais, essas ondas, cada vez um tsunami maior do que o outro. Então, enquanto esses tornados se abatem nas costas do continente chamado Igreja Católica, quando eles nos apunhalaram, a gente vai reagir ao mundo moderno.
"Mas vocês têm que dialogar, vocês não podem ficar condenando a gente. Vocês são evangelhos, vocês têm que ser! " É, vocês se regem pelos parâmetros de Jesus Cristo, da tolerância e do diálogo.
E eles continuam por lá, me matando. Eu posso dialogar, eles podem jogar bomba, eu só posso ser dialogante; os caras acabam. Então fica uma guerra assimétrica.
Por isso a Igreja sangra e por isso a Igreja se perde. Bom, essas são as duas explicações, digamos assim, grosso modo, que surgiram como avaliação do Concílio Vaticano II. O que nós podemos dizer dessas duas avaliações?
Vejo que as duas têm razões. Mas, seja como for, precisamos nos posicionar para tirar uma conclusão, e aqui eu já quero tirar a conclusão, porque essa conclusão, ao invés de dividir os dois grupos, eu acho que vai unificar os dois grupos. Não pretendo ficar com ninguém; só estou ajudando a unidade interna da Igreja.
Espero que com esse programa eu coloque um pouco de tranquilidade dentro de debates intermináveis que a gente vê na internet. E a coisa é a seguinte: seja uma alternativa, seja outra, o fato é que o remédio proposto pelo Vaticano II é um remédio pastoral. Qual é?
Vamos recordar: a história era que a mensagem do Evangelho não estava chegando ao homem moderno; vamos modificar o jeito de apresentar para que o homem moderno compreenda. Embora, seja como for, pelos parâmetros estatísticos da Igreja, nesses últimos 50 anos, o que nós podemos aferir e induzir é o seguinte: o remédio não funcionou. Ou seja, porque o paciente se modificou após um toque, ou seja, porque ele já não era bom para começar.
A conversa, a propósito, é que isto a gente vê também de uma forma muito concreta. Onde as coisas estão dando certo é porque, em maior ou menor medida, as pessoas voltarão a adotar alguns métodos tradicionais da Igreja. Métodos são esses?
Já vou falar, mas quais são os indicadores de que a coisa é? É onde tem vitalidade da igreja. Olha lá, pode olhar onde tem seminários com numerosas vocações.
Olha lá onde tem famílias com filhos numerosos vivendo não a vida familiar católica como deveria ser. Olha onde as pessoas estão se confessando com frequência, mudando de vida, amando mais, buscando a santidade. Onde você vê esses sinais de vitalidade da igreja é porque, em uma medida maior ou menor, alguém adotou os métodos tradicionais.
Quais são os métodos tradicionais? Os métodos tradicionais são os seguintes: primeiro, clareza de ideias, ou seja, o Concílio Vaticano II, doutrinalmente falando, ele assim, o próprio concílio alega, os próprios papas do concílio alega. Ele está ensinando a doutrina de sempre, mas estaria ensinando a doutrina de sempre de um jeito que o homem moderno entende, que tem um maior diálogo com o moderno.
Mas o que a gente vê é que, quando você adota Santo Tomás de Aquino, em uma medida maior ou menor, ou seja, a clareza escolástica no mundo onde todos os gatos são pardos, as pessoas enxergam a verdade e as pessoas mudam de vida. E isso não é uma hipótese, não! Eu vejo isso, né?
No suporte do meu site, todos os dias, todos os dias a gente recebe a notícia de gente que se converteu: protestantes que deixaram de ser protestantes, espíritas deixando seus espíritos, ateus que deixaram de ser ateus e agora são católicos fervorosos, estão buscando a esposa para numerosos filhos e se casar. E são jovens! Jovens!
E quantos estão querendo entrar nos seminários, enquanto antes não queriam ser padres? Que vitalidade! Que força!
Mas de onde vem isso? Vem da força da verdade. Ou seja, segundo o método pastoral preconizado por alguns, não dá pra falar com essa clareza com o moderno, porque uma mulher não aceita 70 abordagens psicológicas.
É retóricas fazer a doce cara, dourar a pílula, e fazer aviõezinhos para que a criança veja a boca num 1 a 1. Como eu? Não, não é isso que a gente vê na prática, na vida do dia a dia.
Se eu não estou aqui teorizando. . .
agentes, se o Concílio Vaticano II é um conselho pastoral, a Igreja não tem falibilidade pastoral. Padre, o senhor está criticando o concílio? Não, estou criticando o concílio?
A doutrina do concílio? A doutrina católica? O que estou dizendo é que nunca a Igreja se arrogou uma infalibilidade pastoral, e o que eu estou vendo é que as pessoas estão matando o paciente com remédio ineficaz e querem mais do mesmo!
Entendeu? Quer dizer, o paciente está com câncer, você está dando aspirina, e aí diz assim: escuta, adotou esse tratamento? Está funcionando?
Não é que não tomou aspirina suficiente, vamos duplicar a dose? Mas do total adiantou nada! Não vamos a uma caixa inteira, um balde!
É mais do mesmo, mais do mesmo, mais do mesmo, mais do mesmo, mais do mesmo. . .
e não está funcionando! Mas não sou eu, para o Ricardo, que está chegando isso. Tem muita gente chegando à Igreja, graças a Deus.
Deixa eu dar um exemplo, um eminente exemplo: o Cardeal Müller, amigo de Gustavo Gutiérrez, né? Que defende a unhas e dentes a ortodoxia, derrotando Gustavo Gutiérrez. Só pra dizer: não estou falando que estou dizendo aqui, quem está falando aqui não é a Febre, é Dom Bernard Filé, não é nada disso.
É o Cardeal alguém erra, Milan. Numa entrevista recente, em 26 de junho de 2018, o Cardeal descreve a seguinte situação da Igreja da Alemanha, e a gente tira as consequências para a Igreja do Brasil, de Portugal, a Igreja dos países lusófonos. Rodrigo, lusófonos, porque estou falando em português aqui e tem muita gente que assiste.
Mas se você estiver em outro país, vai pra você também. Ele diz assim: um grupo de bispos alemães, com o seu presidente na dianteira, ou seja, o presidente da Conferência Episcopal Alemã, se vêem como lançadores de tendências na Igreja Católica em direção à modernidade. Eles consideram a secularização e a descristianização da Europa como um desenvolvimento irreversível.
Então aqui vem a coisa. Ou seja, começa no diagnóstico, ou seja, para eles, a Igreja Católica é um paciente terminal. O que nós podemos fazer são paliativos e esperar o processo de sepultura dela.
Ou seja, a descristianização da Europa é irreversível. Por essa razão, diz o Cardeal Müller, a nova evangelização, programa de João Paulo II e Bento XVI, é, na visão deles, uma batalha contra o curso objetivo da história, se assemelhando à batalha de Dom Quixote contra os moinhos de vento. Ou seja, não adianta vocês quererem, vocês tradicionalistas, conservadores, o que você quiser, o rótulo que você quiser.
Como são João Paulo II com Bento XVI, né? Vocês fazendo uma batalha contra o curso da história. Portanto, todas as doutrinas da fé que se opõem ao mainstream, ou seja, à corrente principal, ao consenso social, devem ser reformadas.
Então quer dizer o seguinte: a solução para os bispos alemães da Igreja Católica é a seguinte: não adianta, secularizou-se, nós temos que nos adaptar ao mundo moderno. E o que isso quer dizer concretamente? Continuou o Cardeal Müller, em consequência disso, é a demanda pela sagrada comunhão mesmo das pessoas sem fé católica e também por aqueles católicos que não estão em estado de graça santificante.
Também está na agenda deles a bênção dos casais homossexuais, a intercomunhão com protestantes, a relativização da indissolubilidade do matrimônio, a introdução dos "viri probati" e a abolição do celibato sacerdotal. "Viri probati", ou seja, homens já comprovados, maturidade, homens mais velhos, casados, que serão ordenados padres; homens casados, padres; a aprovação de relações sexuais antes e fora do casamento. Essas são as metas e, para alcançá-las, eles estão dispostos a aceitar até a divisão da Conferência Episcopal.
Os fiéis, como nós. . .
Eu, como você, que leva a doutrina da Igreja a sério, sou rotulado como conservador e sou empurrado para fora da Igreja, disposto à campanha de falatório de mídia liberal e anticatólica. Vejam, eu não poderia dizer melhor. Eu tentei o chapéu pra cá, já o Milan também descrito, ou seja, não somente o remédio de uma linguagem de adaptação pastoral não funcionou, e agora até os próprios fautores desta linguagem estão dizendo que o paciente está terminal.
E eles dizem: "É irreversível. " Minha opinião não é irreversível porque não é irreversível. Porque nós temos uma promessa: as portas do inferno não prevalecerão.
No fim, o meu imaculado coração triunfará. Não é esse? Então, assim, me desculpe, mas numa coisa não é: nós nos mundanizamos.
Jesus disse: "Ide e evangelizai. " E, quando você com clareza evangeliza, que é converter as pessoas, vejam, funciona. Mas não funciona somente por questão de método.
O método, sim, é importante, mas funciona por outra coisa: pela força da verdade de nosso Senhor Jesus Cristo, que é quem converte as pessoas. A nossa pregação não converte com ninguém, mas quem converte é Jesus. Mas acontece que nós precisamos ser instrumentos disso.
Então, para nós, é entendermos o que está acontecendo. Eu gostaria de dar uma esperança para as pessoas que estão nos seguindo, que é o seguinte: muita gente vem desesperada a perguntar: "Padre Paulo, nós estamos no fim dos tempos? É o fim da Igreja?
" Resposta: "Sim, não estamos no fim dos tempos. " Porque, desde 2000 anos atrás, quando foi escrita a carta aos hebreus, o apóstolo nos advertia: "Nestes tempos que são os últimos", já faz dois mil anos que a Igreja sabe que estamos no segundo tempo. Mas eu pergunto: "Padre, está tão ruim assim?
" Resposta: "Não, está tão ruim assim. Não se preocupe, vai piorar. " Não sei se no nosso tempo de vida, mas vai piorar.
Eu não sei se vou estar vivo para ver isso, mas vai piorar. E como eu sei que vai piorar? Porque haverá a última apostasia, apostasia geral.
Nós já estamos vendo apostasia da Igreja, mas vai ficar muito pior. Pegue o Apocalipse, você vai ver a descrição das tragédias que estão lá, né? As taças, o da ilha de Deus, é vital.
E ver que nós ainda não estamos vendo a coisa tão ruim como prescrito lá. Mas, se nós precisamos perseverar, nós podemos ser que estejamos vivendo o pior tempo da história da Igreja. Mas isso é uma eleição, uma escolha divina maravilhosa.
Porque nós fomos escolhidos por Deus para viver o melhor tempo da Igreja. E quando é o melhor tempo da Igreja? Se nós perseverarmos na evangelização, na conversão, corpo a corpo, um por um, como fez São Paulo, como fez o percurso, fizemos após os grandes missionários a vida inteira.
O que a Igreja fez no início? Ela não é protagonista da cultura. Ela não chegou e disse assim: "A Europa não é cristã?
Então, não adianta, nós temos que nos adaptar ao paganismo do Império Romano. " A Igreja não fez isso. A Igreja foi convertendo um por um.
É o que nós vamos fazer de novo. E, convertendo um por um, vai chegar um momento, e essas conversões são feitas pela graça de Deus. Mas vai chegar o momento em que Babilônia vai cair.
Veja o que está escrito no capítulo 17. No capítulo 17, Babilônia cai, e cai de repente. Diz assim: "Três vezes ele diz: Ai!
Ai! Babilônia, a grande mãe das prostitutas e das abominações da terra! " E diz: "Caiu, caiu a grande Babilônia!
" Capítulo 18: "Caiu a grande cidade, vestida com um puro por preço, carlat, enfeitada de ouro, pedras preciosas e pérolas. Uma hora bastou para destruir toda a sua riqueza. " Três vezes diz: Ai!
Ai! Ai! Ai!
, a grande Babilônia. Uma hora bastou para o seu julgamento. Versículo 10: Depois, Ai!
Ai! , uma hora bastou para destruir toda a sua riqueza. E versículo 17: Depois, Ai!
Ai! , né? Bastou uma hora para ficar estagnada.
Versículo 19: Três vezes disso: capítulo 18 vai cair de repente. A gente não quer dizer que nós vamos ficar de braços cruzados. Quer dizer que nós somos o pequeno Davi, X Golias, cairá diante da fraqueza.
Qual é a diferença entre Davi e Golias? A força da vida está na fé. Vê-se apresentar aquele moleque, adolescente, ruivo, de belo aspecto, que foi desprezado por Golias, que riu dele.
Riu! A grande. .
. era uma grande piada, né? "Quem você pensa que eu sou?
Um cachorro? Pra mim, contra mim, com pedras e bastões? " E Davi não vem sozinho; vem com o Deus Altíssimo.
A Igreja pode ser um pequeno resto nessa unidade, mas Golias cairá. A grande prostituta. E nós, que estamos vivendo talvez o pior período da Igreja, lá na frente virá o melhor.
Pois nós não sabemos. Não sou uma bola de cristal. Se é assim, e amanhã chega aqui um século, se daqui a mil anos.
Não estou aqui fazendo previsões futuras. Mas o que nós sabemos é que as portas do inferno não prevalecerão. Não prevalecerão!
E um dia, ou aqui na terra ou do céu, nós iremos ouvir o grande "Aleluia". Capítulo 19, Apocalipse, além do rio. A salvação, a glória e o poder pertencem ao nosso Deus, porque seus julgamentos são verdadeiros e justos.
Sim, Deus jogou a grande prostituta que corrompeu a terra com sua prostituição e vingou nela o sangue dos seus servos. E continuaram: "Aleluia! " A fumaça dela ficará subindo por toda a eternidade.
Louvor ao nosso Deus! Louvai nosso Deus, todos os seus servos e todos os que têm, mais pequenos e grandes. E a multidão aclamava: "Aleluia!
O Senhor nosso Deus, o Deus Todo-Poderoso, passou a reinar! " Ficamos alegres e contentes e demos glória a Deus porque chegou o tempo das. .
. Núpcias do Cordeiro e sua esposa já se preparou, e foi-lhe dado vestir-se com linho brilhante e puro. São João explica que o linho significa as obras justas dos santos.
A Igreja, meus queridos, está preparada com o mais lindo linho puro da santidade, e vamos vivendo aquilo que o Vaticano Segundo colocou: que a nossa vocação universal à santidade, a Constituição Dogmática Lumen Gentium, capítulo 5, é uma das grandes contribuições do Vaticano II. Fantástico que foi esquecida, mas essa lista eficácia pastoral do Vaticano II diz da santidade. O linho significa as obras justas dos santos.
E o anjo me disse: "Escreve: Felizes os convidados para o banquete das núpcias do Cordeiro! " E disse ainda: "Estas são as verdadeiras palavras de Deus. " Inscrito, esse é o nosso Deus, essa é nossa esperança, essa é a nossa certeza.
Então, para concluir, o que eu gostaria de partilhar é uma meditação, partilhar com vocês a respeito do Magistério do Concílio Vaticano II. É o seguinte: vamos amarrar as ideias para ficarem claras. O Concílio Vaticano II, em sua especialidade enquanto ensinamento dogmático e doutrinal, os próprios papas do Concílio Vaticano II, a própria Assembleia Conciliar disse: "Nós não estamos ensinando nada de novo.
O que nós estamos fazendo aqui é pastoral. " Pastoral quer dizer o seguinte: a doutrina mesma é imutável. O que nós estamos querendo é propor um novo método, mais dialogante e mais adaptado aos tempos modernos.
É o homem dos tempos modernos. Portanto, o esforço pastoral, este meu programa, é simplesmente, passados mais de 50 anos da conclusão da Assembleia Conciliar, uma reflexão muito pé no chão, onde nós vemos um efeito positivo de vida, de vitalidade da Igreja. É porque, de alguma forma, se resgatou métodos antigos, métodos mais tradicionais.
Eu não estou aqui propondo a rejeição em bloco do Vaticano II, não estou aqui propondo absolutamente nada disso. Aqui as divergências são muito grandes. Tem gente que quer uma dose maior do remédio que eu estou propondo, tem gente que quer uma dose menor do remédio, mas uma coisa, e aqui tal ponto que eu gostaria de nos trazer a concluir: a enxergar, porque não precisa acreditar em mim, a gente enxerga na realidade.
É o seguinte: existem coisas, métodos pastorais que estão comprovados pelos séculos e que foram retomados. Pessoas estão dando certo. Os métodos são esses: é um método de clareza na catequese doutrinal, é o método de confissão frequente com a recepção da graça do sacramento e formação das consciências, é um método da comunhão frequente, é o método de uma missa celebrada que assim demonstre claramente o mistério, a sacralidade e o sacrifício de Cristo na cruz, é o método do desafio dos leigos à santidade.
E não passamos mãozinha na cabeça deles dizendo: "Não, meu bem, você pode ser egoísta assim, Deus é amor. Você pode ser egoísta, safado, o resto da vida porque Deus é amor. " Não!
É o contrário. Deus é amor e você tem que sair de ciclismo, em seu método, desafiar os leigos e não abaixar o evangelho a um nível da mediocridade ou, pior ainda, do egoísmo abissal do mundo louco em que vivemos. Somente essa reflexão não é uma catenária, um discurso.
Não é contrário ao Vaticano II. Não é uma ajuda àqueles que creem aquilo que o Vaticano II se propunha, que é necessário pensar nos métodos pastorais. Vamos então pensar com parâmetros, aferindo métodos pastorais, e parece que os métodos comprovados pelos séculos e por gerações e gerações de santos missionários ainda estão a funcionar.
É somente essa reflexão, o recado que eu queria colocar: Deus abençoe a todos e a cada um de vocês, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
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