e agora vamos conversar né com o Dr solo né com Caio Dias nosso convidado aí nosso amigo aí de longa data né Caio e poder entender um pouco mais um grande especialista em solos em adubações né E aí poderia falar um pouquinho aí como é que tá essa questão dessas primeiras adubações né desse momento que nós estamos vivendo agora no sul de mina em relação à nutrição de planta qual que é esse Panorama que você faz assim como os nossos correspondentes fizeram nas outras regiões Qual que é a sua visão perfeito Gustavo interessante a gente
observar que a gente tem dentro do Brasil diversas CAF culturas né então toda a resposta padrão muito prontinha ela tá muito sujeita a erros Então acho que a gente entender a especificidade de cada região cafeeira no Brasil é bem importante para trazer um Panorama com relação a sul de Minas assim como no Brasil inteiro o produtor ele estava muito apreensivo pelas chuvas a gente teve aí em diversas regiões aí mais de 150 160 170 dias sem chuva e agora retomando as chuvas o produtor ele passa a acelerar sua tomada de decisão verificando aí o que
qual rumo que ele vai tomar nas adubações a gente sabe que a caficultura do Sul de Minas Ela é ainda um pouco tradicionalista e as decisões muitas vez À vezes elas não acontecem com a antecedência devida primeiro ponto o produtor já tem que tá com isso planejado já tem que tá com o resultado da análise de solo na mão que vai ser o ponto de partida para uma adubação bem feita para um uso racional de fertilizantes e corretivos dizendo assim o que que seria essa adubação bem feita né O que que seria e a pessoa
que faz as coisas certinha né como deve ser feita a base seria primeiro entender a necessidade do solo e a necessidade da planta combinados para você fornecer o mais próximo possível daquela necessidade a gente sabe que a a exatidão ela é muito difícil na agricultura mas quando a gente parte do ponto de uma análise solo de um diagnóstico bem feito de entender a lavoura entender o histórico dessa lavoura e se jogar aquilo que a planta precisa você tem uma chance de acerto maior vou dar um exemplo os colegas bem trouxeram o Léo trouxe né os
nossos solos mais de 40% olhando para Brasil tem teores Altos de potássio então muitas vezes é um nutriente que você poderia economizar um pouco com base na análise de solo no diagnóstico e investir em outros nutrientes como a gente pode lembrar aqui a lei do barrilzinho a lei do mínimo que mostra que o rendimento das culturas é limitado por aquele nutriente que se encontra em menor disponibilidade então não adianta nada eu jogar um caminhão de npk 2020 25 20 19 04 19 seja qual for se faltar um boro Se faltar um zinco aquilo que vai
limitar e como que a gente sabe o que que tá faltando com base no nóstico análise de solo análise de folha histórico da lavoura entender a a especificidade de cada cultivar a gente sabe que cultivares mais novos muitas vezes T exigências maiores em alguns nutrientes Então esse entendimento e o diagnóstico bem feito é a base para uma duba bem feita se fosse para numerar assim o maior problema que você enxerga né dentro da CAF Cultura em questão nutricional é qual que seria esse problema se foros só um eu eu falaria assim o desequilíbrio nutricional agora
se eu puder Abrir isso EMS três pelo menos para facilitar eu diria que é excesso primeira coisa falta de Correção do solo Essa é a base que a gente vê que a caficultura ainda peca na implantação das lavouras correção que você fala cálcio magnésio correção da acidez do solo de modo geral fornecendo cálcio magnésio no perfil neutralizando alumínio hidrogênio tóxicos quando o café cutor vai implantar uma lavoura muitas vezes ele enxerga muitos impedimentos físicos Ah se tem pedra se tem cascalho se tem uma camada denada do solo mas os impedimentos químicos que ele não enxerga
que trava raiz tanto quanto os físicos que é presença de muito alumínio presença de hidrogênio falta de cálcio principalmente no perfil falta de boro isso vai impedir a raiz então o que que uma correção em profundidade nesse solo vai fazer vai melhorar esses aspectos para primeiro eu ter uma condição pro sistema radicular descer numa condição igual a gente teve de défice hídrico muito prolongado se a minha raiz tá lá no fundo ela vai conseguir absorver água e nutrientes mais profundo então Então essa eu acho que é a base para qualquer cultivo é você dar condição
pro sistema radicular descer e depois o desequilíbrio potássio Magnésio e principalmente deficiência de boro e Zinco se fosse elencar algumas coisas seria isso mas óbvio que cada lavoura tem a sua condição específica sobre essa relação desequilíbrio entre potássio e magnésio como é que seria isso quando você tem a altas doses de potássio ele compete com o magnésio em três níveis um ele vai competir na CTC que é a carga do solo então o solo é como se fosse um ímã pros nossos colegas aí entenderem bem né tendo cargas o solo é cheio de cargas positivas
e negativas as cargas negativas do solo retém nutrientes de carga positiva cálcio Magnésio e potássio Quando você joga muito potássio potássio tira magnésio magnésio vai paraa solução do solo e isso pode ser lix a porta de entrada na planta que a gente chama de sítios de absorção de nutrientes é a mesma para cálcio Magnésio e potássio só que o magnésio ele tem um raio iônico hidratado maior Ou seja digamos assim na na linguagem Nossa ele é mais molengão e o potássio tem um Rai ôn hidratado menor ele entra mais rápido então potássio ganha Nessa entrada
e magnésio fica para fora e até dentro de xilema eles competem pela mobilidade tanto é dentro da planta dentro da planta tanto é que é muito comum da gente ver após adubações pesadas de potássio aquela clorose internerval na folha que é clássica de deficiência de magnésio que na realidade foi uma quantidade muito grande de potássio que atrapalhou asa absorção de magnésio exato Então esse equilíbrio de bases né quanto que você tem na CTC de cálcio magnésio potássio é muito importante para que a sua planta consiga absorver esses três nutrientes em quantidades equilibradas e se lembrando
né que teve um trabalho da fundação proc café ano passado né que levantou o maior problema de nutrição que tem foi a falta de Magnésio e eu sempre todo lugar que eu vou n é que eu converso com os agrônomos eu faço questão de perguntar como é que é o magnésio aí em todos os lugares do Espírito Santo Rondônia da Bahia Paraná todos todos eu não vi uma região que falasse assim ó aqui é F lógic deve ter mas aqui é difícil você ter o problema sempre a o problema de magnésio ele é muito constante
e É engraçado como que muitas vezes a a informação ela demora um pouco para sair da lá da pesquisa e chegar no cafeicultor E aí da importância desse trabalho que você faz eu faço nas redes sociais também de tentar acelerar essa informação e munir os nossos amigos caficultores de informação sólida de qualidade e eu dou um exemplo do magnésio eu fiz o meu doutorado em magnésio em café correlacionando com escaldadura nutrição defendi em 2015 fui palestrar no ipni em 2015 meados de 2015 e agora que a gente vê um movimento mais acelerado de preocupar com
magnésio com Cácio como nutrientes não só como carona nos corretivos muitas vezes só o corretivo calcário não vai consir conseguir suprir a quantidade que você precisa Então se preocupar com eles também como nutrientes é muito importante n e você falou de uma outra relação aí que era se não me engano bor zinco não é relação entre os entre cálcio Magnésio e potássio na CTC né Isso é bem importante E aí vai depender de cada solo mas a gente buscar 40 a 60% de ccio na CTC 15 a 20% de Magnésio e a c de potássio
você já tá tendo um equilíbrio adequado e o outro problema que a gente mencionou é realmente os dois micronutrientes que mais limitam a produção da caficultura são boro e Zinco é isso E para isso né como é que é o manejo para poder ser melhorado se a gente viu né César cor né Falando que lá no sul do Espírito Santo né Por lavoras adensada não se faz foliar né é nutricional né faz só via solo a gente no sul de Minas Olha isso daí fala assim como é possível fazer só Bora zinco via sola Bora
até que dá para entender um pouco mais mas zinco via sola né Então essa relação essa são culturas diferentes são maneiras diferentes de ser trabalhado né e e realmente não deixa de ser um um elemento que limita né então como é que você acha uma maneira interessante né uma maneira inteligente de suprir essas deficiênci desses dois micronutrientes que realmente limita a produtividade de café eu acho que que vale a pena separar os dois e aí se a minha resposta estiver sendo muito longa você me corrige porque Professor muitas tem essa coisa de querer explicar muito
eu não sei a dinâmica aqui do programa mas quando a gente fala de zinco ele tem uma ótima eficiência na duação Via folha no solo primeiro se o PH tiver muito alto a gente tem visto algumas práticas de altas doses de calagem se o PH tiver muito alto a a disponibilidade de Ferro cobre zinco e manganês ele ele cai muito se você tem uma duba de altas doses de fósforo ele também diminui a eficiência da duba de zinco no solo então zinco ferro cobre manganês todos esses nutrientes tem boa eficiência de adubação via folha não
sendo a única forma de fornecer a gente sempre o manejo complementar é o melhor aplica no solo suplementa na folha já o boro se você fizer só na folha a eficiência dessa duba com boro na folha ela é Baixa porque o boro ele tem uma mobilidade muito boa via xilema que é um encanamento central da planta que pega água e nutrientes do solo e leva pra parte aérea e e tem uma mobilidade muito restrita via floema que é quem redistribui isso dentro da planta então se você jogar na folha ele vai parar e não vai
conseguir movimentar muito então o ideal de agora é você fazer via solo e os amigos aí responderam bem fazer ele todos os anos de uma forma constante de fontes de melhor eficiência que não vão lixiviar Tanto para você dar maiores condições pra sua planta capturar esse boro Não não é um trabalho fácil mas você tem que fazer um trabalho constante todos os anos V pontos de melhoria vai atacando para você elevar os níveis aí e de produtividade da lavoura