PREGUIÇA: como usá-la a favor da produtividade? | Leandro Karnal | Série 'Pecados e Virtudes' #7

o Olá temos mais uma vez para analisar o teclado capital hoje o último da série do sete pecados capitais trataremos da preguiça o pecado da preguiça talvez tenha sido que mais sofreu transformações ao longo do século porque ele Originalmente era chamado de acede a o ascídia uma palavra que remete a negligência Ou seja a falta de cuidado a falta de um olhar produtivo sobre alguma coisa depois Dominou a palavra melancolia uma espécie de tristeza generalizada e Nação falta de protagonismo e assim por diante apenas na Idade Moderna o termo melancolia ou ter uma sede ascídia

Foi dando lugar ao que nós hoje chamamos de termos preguiça e E a preguiça mudou de lugar mudou de nome Mas continuou sendo um pecado da falta a pecados do excesso como a ira por exemplo ou a gula EA pecados marcados pela falta pela inação A preguiça é uma omissão a incapacidade fazer o certo de fazer o bem de trabalhar pelo plano de Deus e fazer aquilo que se espera de uma pessoa a preguiça é um pecado negativo é regida pelo demônio belfegor que ataca as pessoas em horários muito específicos como o Belzebu o mundo

da Gula Lúcifer demônio da vaidade a preguiça tem demônio do fagote que tem uma estratégia exemplo eu fui agora ataca muito após a principal refeição do dia o nosso caso no Brasil o almoço logo após o almoço no início da tarde o demônio da preguiça se aproxima de nós e insinua para fazer menos dormir ou sabotar o trabalho da tarde ele se aproveita da fraqueza humana para despertar um desejo de um descanso desnecessário na visão tradicional a preguiça melancolia seja Cídia e muito grave porque Deus fez o mundo nele colocou o homem a falta de

entusiasmo com a obra de Deus a falta de entusiasmo com a minha missão de continuar a obra de Deus pelo meu trabalho sim o que eu faço plantando aquilo que eu faço vendendo aquilo que eu faço constituindo uma família é uma continuação da obra de Deus mesmo que eu não seja gerador eu sou um continuador da única fonte de alegria e de criação que é Deus ao trabalhar eu faço parte dessa alegria produtiva de estar inserido no mundo e está colaborando com Deus e eu recebi esse mundo tal como Adão quando abri os olhos e

minha missão e levar adiante a obra de Deus não ser entusiasmado com essa obra não estar imbuído do chamado espírito do evangelho ou seja a Boa Nova não ser uma pessoa totalmente concentrada na beleza e poder trabalhar na beleza de poder atuar na obra de Deus é um sinal Claro de que eu tenho uma preguiça e essa preguiça o mercado grave há muito a ser feito no mundo há muito a ser feito com a trabalho físico há muito a ser feito com trabalho intelectual e não havendo o trabalho físico e intelectual há muito a ser

feito no contrato com as pessoas na disposição para as pessoas quando o Dante Alighieri imagina a preguiça no purgatório coloca por exemplo a imagem da prima Isabel recebendo a visita de Maria Maria também grávida mas vai auxiliar a prima mais velha que está pressa te João Batista mesmo tendo um problema de locomoção como a gravidez já no seu Estágio Final Maria vai ao encontro da prima ainda mais avançada na gravidez e mais velha para poder auxiliar Esse é o sinônimo Hut preguiça ou seja eu ignoro a minha realidade eu ignora minha necessidade vou encontro do

outro por isso que a preguiça seria grave porque a forma de egoísmo uma forma de eu dizer o que importa é o meu problema e não seu problema o que importa é um de eu estou e não onde você está o que importa é minha necessidade a preguiça negativa e por consequência a preguiça também é uma forma de egoísmo ela nasceu como uma opção mas uma mudança enorme a partir do século 16 o calvinismo tornou o trabalho um sinal Claro da eleição Divina Quando Deus ama alguém quando alguém ama a Deus o trabalho é uma

espécie de oração permanente o calvinismo e saltou trabalho como uma condição da minha existência no mundo o ócio não fazer nada é só ser considerada um pecado cada vez mais grave Deus não gostaria de uma vida contemplativa Deus quero na vida de ação o início da idade média São Bento dizia fora é lá fora vamos rezar e vamos trabalhar tá ouvindo vai constituir o trabalho uma forma de oração ou seja ao trabalhar com sentiment ao manter ocupada minha mente minhas mãos eu estou colaborando tanto com a obra de Deus que isso se torna em si

um ato religioso Cristão eleito por Deus é um grande trabalhador o calvinismo dizia ver grande sociólogo alemão Mas lembra é uma das bases para o capitalismo o capitalismo valorizou o trabalho e o calvinismo valorizou a redenção a salvação do homem mediante trabalho assim o trabalho passa a ser uma visão não com o órgão complementar ou apenas um castigo da latam quando Adão pecou Deus disse ganhará o sustento eu tô com suor do teu rosto Eva ganhou o castigo de Paris na Douro e Adão ganhou o castigo do trabalho mas Calvino dar um sentido novo trabalho

não apenas castigo trabalho ou uma redação uma forma de pegar a deu é um sinal Claro de que eu tenho um plano neste mundo e é claro que o capitalismo adorou essa ideia não é à toa que calvinismo e capitalismo prosperar Linhares desenvolvida com suíça com o Países Baixos como regiões das ilhas britânicas porque o calvinismo se associam na visão e empreendedor de uma vida proativa ou seja a base de um capitalismo que acredito que o indivíduo é responsável pelo seu sucesso a pobreza não é mais um plano de Deus mas é fruto de uma

falta de ação e uma preguiça individual o pobre é aquele que o aceitou ter visão de mundo produtiva e empreendedora o pobre realizado na Idade Média pelo Franciscano a pobreza absoluta como sinal de entrega a Deus dá lugar ao trabalho como sinal de entrega a Deus EA pobreza passa a ser culpa do pobre essa é uma visão que existe no calvinismo existe também certas Vertentes liberais do capitalismo não é à toa que cresce durante o capitalismo a individualização da preguiça preguiça não é mais fruto de uma influência de Saturno como era vista a melancolia a

preguiça não é mais fruto de um plano a preguiça não é mais apenas um pecado mas é uma escolha individual eu decidi não me esforçar não ser empreendedor não ser protagonista no levar adiante um plano de transformação do e eu decidi que minha vida vai ser de menor produção sem buscar inovação em buscar uma transformação que seria do indivíduo proativo e assim é uma escolha minha e eu sou o culpado por isso não devo receber auxílio das pessoas ou do Estado porque o erro é meu o erro equívoco o é meu a melancolia aquela imagem

aquela gravura que a obra este Ilha fez com uma pessoa entristecida com Saturno com tudo rebaixado e com tudo que o samba para tristeza dá lugar a uma espécie de vagabundagem mental o individo é contar não os astros não deu mas o individo é culpado pela preguiça é ele que não trabalha ele não busca uma melhoria no mundo que nós vivemos a percepção do e foi reforçada Por que nesse mundo a individualização é absoluto e o casamento é bom seu emprego é prósperos suas ideias são interessantes é uma responsabilidade exclusiva sua nós cada vez Lemos

- por elementos estruturantes gerais o seu lógicos cada vez mais como questões individuais de escolhas individuais não é à toa que já no século 19 em plena segunda revolução industrial um militante socialista genro de mapas por lavar lançou Em 1880 o livro direito a preguiça Ele disse claramente na sua obra que a Santificação do trabalho que a ideia de que o trabalho dignifica o homem que a ascensão da preguiça com o pecado é uma criação dos patrões porque os patrões precisam do trabalho do operário o trabalho do colaborador em como existiria sua riqueza então se

diz que o trabalho é o sentido que uma vida tomada pelo trabalho é uma vida boa produtivo Este é o sentido da sociedade quando a falar fala em direito a preguiça é uma crítica dele como um militante socialista contra o capitalismo em caminho completamente diferente o italiano Domenico De Masi está vivo ainda nascer 1938 lançou no fim do século 20 ou seja mais de 110 anos depois da obra de lavar lançou o ócio criativo não é exatamente uma crítica ao capitalismo com uma obra de lá farra mas é a valorização de um equilíbrio maior entre

a produtividade EA capacidade de criar Domenico De Masi diz na obra aqui no Brasil foi conhecida a partir do ano 2000 em que estrutura as atividades em combinação equilibrada de Trabalho estudo e lazer ou seja não posso apenas focar no trabalho eu tenho que valorizar o tempo livre de Domenico De Masi eu tenho que colocar o tempo livre com uma condição que o ter novas ideias para o refletir para eu me tornar uma pessoa melhor uma pessoa mais criativa que se distingue das máquinas eu tenho que aperfeiçoar então processo produtivo para que eu entenda que

sim eu posso dedicar várias hora a promoção dura várias horas a outras atividades mas eu preciso de um período em que meu servo se recupere não esteja inteiramente focado no trabalho para poder das altos e respostas criativas sem isso trabalho se torna apenas uma aceleração infindável de o e de metas em que a gente perde o sentido e perde o propósito enquanto lá facas entrou sua crítica no capitalismo Domenico De Masi que era um aperfeiçoamento da capacidade produtiva através do Ócio criativo ou seja esse conhecimento distribuído de forma equilibrada com maior equilíbrio social inclusive de

Renda ele será fundamental para que as pessoas tenham ideias através da distribuição consciente do tempo que vai evitar essa atividade esse homem tarefeiro quê Mendo uma coisa no outro e não têm visão estratégia valorizam-se necessidades reais de educação e valorizam se acima de tudo a capacidade de um indivíduo crescer EA capacidade de o indivíduo pensa Então essa defesa do osso Domenico o que deu origem a muitas outras obras ela é fundamental em um mundo que foi o brisado o termo uberização se refere à precarização ou seja o trabalho foi precarizado uma aparência da modernidade vai

desaparecendo o emprego mais estável e vai surgindo o trabalho a ideia de sol e não de um emprego a ideia de ideias que surgem na pessoa que produzem uma tarefa específica e depois ganham por isso sem nenhuma ligação Permanente em um mundo com cada vez menos emprego e cada vez mais trabalho e mesmo assim te mandando alta qualificação ou estamos as ideias Domenico De Masi porque hoje mais do que nunca a precarização do Trabalho em países como o Brasil com uma e Oi morg questão sobre a formação do Trabalhador as questões de trabalho de emprego

da precarização da uberização do mundo se tornou ainda mais traumáticas ou seja nossa fraqueza Educacional Nossa fraqueza de preparo técnico para o trabalho Nossa fraqueza de produção de indivíduos pensantes e autônomo vai fazer esse discurso de um empreendedorismo livre aperto e todo mundo com com em condições iguais alvo de um debate muito interessante o que eu quis demonstrar desde o início é que a falta de cuidar séria ascídia ou a tristeza estrutural pecado grave contra alegria do Evangelho a preguiça que mexe na idade moderna como uma resposta que tem diálogo inclusive com a valorização do

trabalho no Calvino bom e como necessidade cada vez maior de uma dedicação ao mundo produtivo na Revolução Industrial faz surgir todo tipo de reação a reação mais à esquerda como lá fá e uma reação dentro da própria dinâmica da estrutura de trabalho como de Domenico de mar discutir preguiça direito ao ócio discutir o pecado capital da preguiça ressignificado com uma oportunidade estratégica de pensar não como inação mas como recusa de ação constante quase Psicótico em torno de atividades que se sucedem como no filme Tempos Modernos de Chaplin que ele ironiza o indivíduo neurotizado pela linha

de produção resgatar a preguiça que de Pecado em atitude e seria produtiva como o ócio de Domenico bom e talvez uma reflexão contemporânea e o pecado da Síria ser tornando melancolia tornando preguiça Pode ser agora ressignificado em um mundo que demanda de novo pessoas que pensem e para pensar que não estejam exaustos que não estejam tomada por meta bater metas e acima de tudo sejam capazes de afastados do processo produtivo da ao direito de olhar para tudo e dizer qual o melhor caminho o que pressupõe o certo exercício de ossos que o calvinismo confira o

pecado e Domenico De Masi considera a paz e qualquer transformação de paradigma de qualquer transformação do nosso mundo tão essa chance para gente pensar de forma objetivo Qual a função do trabalho e o mundo e manda cada vez mais através da em um mundo em que o herói Macunaíma criado em 1928 por Mário de Andrade Inácio dizendo Ai que preguiça e na sua malandragem faz dessa preguiça desse jeitinho essa capacidade de enganar aos outros uma estratégia a estratégia para investir no Mundo injusto a preguiça do Herói Macunaíma é uma estratégia de um dominado sobre dominadores

a preguiça no caso lavar é uma crítica defesa do trabalho como algo que favorece ao grupo dos patrões preguiça no caso Domenico De Masi e a capacidade de enfrentar de forma criativa o mundo que pede que você não pense apenas produz logo com papel do trabalho qual o papel da preguiça comercial Cipó e para seu favor e começa as pausas podem torná-lo ainda mais produtivo pelo menos mais consciente é a nossa capacidade de pensar sobre essas questões que faz com que o último dos sete pecados capitais a preguiça possa então se re-significar você acompanhou na

nossa evolução aqui desde o primeiro grande pecado originador de todos os pecados o orgulho você viu também a avareza ou serviu a Luxúria Você viu a inveja Você viu a ira você viu também acumula e agora você vê finalmente que é preguiça é mais um aspecto do comportamento humano que refletir sobre essas características garante que você possa produzir uma visão mais clara e crítica de toda a humanidade e seus efeitos nas suas glórias e seus pecados capitais nas suas virtudes do homem real que existe entre pecados e Virtudes entre preguiça e trabalho e a capaz

de significar tudo isso muito obrigado continuem aqui no canal e E aí E aí E aí E aí