Hoje eu vou te explicar as sete leis da estupidez. E para isso eu vou me basear nas ciências que estudam o cérebro, a mente e o comportamento dos seres humanos, só que em uma linguagem simples que qualquer um consegue entender. E a ideia desse roteiro aqui veio quando eu me deparei com o vídeo de uma influenciadora brasileira que viralizou recentemente nas redes sociais.
A princípio, esse vídeo dela parece inocente. É uma influenciadora dando dicas de beleza, passando alguma coisa no rosto. A questão é que isso que ela estava passando no rosto eram fezes.
Para ser mais preciso, as feses dela mesma. Ela passou o próprio cocô na cara, dizendo pras pessoas que aquilo era bom pra pele. Esse vídeo foi até parar na mídia internacional com médicos criticando e alertando para os perigos de você passar fezes no seu rosto.
Se você entra nos comentários do vídeo, praticamente todos são de pessoas criticando, mas o fato é que essa moça tem centenas de milhares de seguidores. Eis então o mundo em que nós vivemos, minha gente. Uma pessoa passa bosta na cara dizendo pro mundo que isso é bom pra pele e essa pessoa é influente e tem uma horda de seguidores.
E uma coisa é fato. É raro você encontrar um dermatologista sério que publica conteúdos de qualidade sobre cuidados com a pele e com esse número de seguidores na internet. E, portanto, é raro ver profissionais sérios com esse alcance e esse impacto nas redes sociais.
É isso, meus amigos, esse é o mundo em que nós vivemos. Talvez essa seja uma fotografia muito representativa do nosso mundo e especialmente das redes sociais. Nós vivemos em um mundo onde passar fezes na cara torna você uma pessoa influente e interessante para centenas de milhares de seres humanos.
E já que o assunto é passar coisas no rosto, isso me lembra de uma outra história que eu até já contei para vocês aqui no canal em outro vídeo. 30 anos atrás, no ano de 1995, um homem de 44 anos de idade chamado Macarthur Wheeler decidiu roubar um banco na cidade de Pittsburg, lá nos Estados Unidos. Só que ele resolveu desenvolver um plano para não ser pego e para isso ele usou os conhecimentos de química que ele tinha.
Quando ele era mais novo, ele tinha aprendido na escola que suco de limão pode ser usado como tinta invisível. Talvez você conheça essa brincadeira. Eu lembro de ter feito isso quando eu mesmo era moleque.
Você pega um palito de dente ou um cotonete e molha no suco de limão e aí você escreve uma folha de papel em branco. Espera o suco secar. A folha continua em branco depois que o suco seca completamente.
Mas se você aproximar essa folha de uma fonte de calor, por exemplo, se você aproximar a folha de uma lâmpada incandescente, daquelas amarelas que ficam quentes, ou se você aproximar de fogo, de uma chama, como em uma vela, ou no fogão, ou se você passar a folha com um ferro de passar roupa quente, eis que aquilo que você escreveu aparece na folha, ou seja, o suco de limão funciona como uma espécie de tinta invisível. Pois bem, o Macarthur Willer lembrou dessa lição de química que ele tinha aprendido na escola e ele resolveu aplicar essa lição para roubar um banco. E aí, sabe o que ele fez?
Ele passou o suco de limão na cara porque ele estava convicto de que isso ia tornar o rosto dele invisível para as câmeras de segurança do banco. Ele assaltou um banco, conseguiu escapar, não satisfeito, resolveu assaltar um segundo banco, também conseguiu escapar e depois dos assaltos, ele tava felizão porque o plano dele tinha funcionado. Acontece que a primeira coisa que a polícia fez foi olhar as câmeras de segurança dos bancos.
E essa aí que você tá vendo é uma imagem de uma Carthur Wheeler assaltando um dos bancos, uma imagem da câmera de segurança do banco. A polícia pegou a imagem dele e soltou na televisão. Uma hora depois de que a foto dele apareceu no noticiário, a polícia recebeu uma denúncia anônima.
Os policiais foram atrás dele e prenderam o Macarthur Wheeler rapidamente. Quando ele foi preso, ele disse pros policiais: "Impossível vocês terem visto meu rosto. Eu usei o suco".
Quando você ouve essas duas histórias, você provavelmente pensa: "Como pode alguém ser tão ignorante ao ponto de passar fezes no rosto e achar que isso é bom? " Ao que tudo indica, os conteúdos dessa influenciadora são feitos para polemizar e gerar engajamento. Tanto que ela fixou esse vídeo no topo do perfil dela.
Afinal, é um vídeo que viralizou. Mas ainda assim nós podemos fazer outra pergunta mais importante. Como podem centenas de milhares de pessoas se interessar por alguém que passa fezes na cara e que posta conteúdos assim?
Como pode tamanha ignorância? Como pode um homem adulto achar que passando suco de limão no rosto, ele ficaria invisível pras câmeras? E é sobre isso que eu quero falar com você hoje, sobre ignorância e estupidez.
Mais precisamente, eu quero te explicar as sete leis da estupidez humana e como essas leis podem ajudar você a evitar os prejuízos da estupidez na sua vida e na sociedade de maneira geral. A estupidez custa muito caro para todos nós, mas é o tipo de coisa que se você não entende como funciona, você acha que não tem nada demais. e não percebe os males disso na sua vida, na sua família e na sociedade.
[Música] No ano de 1976, o historiador econômico italiano Carlo Típola publicou um livro chamado As leis básicas da estupidez humana, que infelizmente não tem tradução para o português, mas que você encontra no original em inglês, The Basic Laws of Human Stupidity. Apesar dele ser italiano, ele escreveu esse livro originalmente em inglês. É um livro muito pequeno, ao mesmo tempo sério, sarcástico e engraçado, que você consegue ler em poucas horas.
E uma das bases que eu vou usar para tudo isso que eu vou te explicar aqui neste vídeo é esse livro. Mas o Carlo Típola era um historiador econômico. Então eu quero trazer um olhar psicológico e neurocientífico para as ideias dele.
No livro ele fala das cinco leis básicas da estupidez. Eu reformulei essas cinco leis de acordo com o conhecimento científico para sete leis que eu vou te apresentar aqui hoje. Se você ler esse livro do Tippola, você vai ver que a minha abordagem é muito diferente da dele, porque o meu foco é muito mais comportamental.
Na verdade, são abordagens complementares. E ao longo do vídeo de hoje, nós, eu e você, vamos analisar juntos se essa influenciadora e esse ladrão de banco que eu falei no começo do vídeo e outros casos que eu vou te falar aqui, se são ignorantes, estúpidos ou simplesmente canalhas ou quem sabe uma mistura disso tudo. Vamos começar a entender a estupidez humana.
E para isso eu quero que você pense em você mesmo fazendo alguma coisa. Imagina você agindo, fazendo alguma coisa e pensa no impacto que isso que você está fazendo pode ter. Existem quatro possibilidades aqui que eu vou te explicar em um gráfico super simples de entender.
Nós temos, em primeiro lugar, o impacto que a sua ação causa em você mesmo. Aquilo que você faz pode trazer um benefício para você. Esse benefício pode ser material, financeiro, pessoal, emocional, enfim.
No gráfico, quanto mais à direita, maior é o benefício gerado por uma ação. Mas aquilo que você faz pode causar um prejuízo para você mesmo. Da mesma forma, esse prejuízo pode ser material, financeiro, pessoal, emocional, etc.
Quanto mais pra esquerda no gráfico, maior é o prejuízo daquilo que você fez. Acontece que as nossas ações costumam ter impacto não somente sobre nós mesmos. Nossas ações têm impacto sobre os outros também.
Aquilo que você faz pode gerar benefícios para outras pessoas. E no gráfico, quanto mais para cima, maior é o benefício da sua ação para os outros. Só que aquilo que você faz também pode gerar prejuízos para as outras pessoas.
Quanto mais para baixo no gráfico, maior é o prejuízo que a sua ação causou para as outras pessoas. E agora você consegue facilmente ver que existem quatro tipos de impacto que as suas ações podem causar no mundo. Imagina que você fez alguma coisa.
Pode ter sido uma escolha, uma conversa, uma ação, enfim, qualquer coisa que você possa fazer. Se aquilo que você fez causou benefícios para você e para as outras pessoas, você agiu de forma perspicaz. O quadrante azul aí no gráfico.
Esse é o melhor tipo de ação que existe, quando aquilo que nós fazemos beneficia a nós mesmos e também beneficia os outros. O segundo tipo de impacto é quando aquilo que você faz traz benefícios para os outros, mas causa prejuízos para você mesmo. Nesse caso, você agiu de forma ingênua, que é o quadrante verde aí no gráfico.
A sua ação também pode gerar benefícios para você, só que causando prejuízos para as outras pessoas. E neste caso, você agiu como canalha. E esse é o quadrante amarelo aí no gráfico.
E finalmente nós temos o pior tipo de ação que existe, quando aquilo que você faz causa prejuízos pros outros, mas não traz benefícios para você, podendo até causar prejuízos para você mesmo. E neste caso, você agiu de forma estúpida e isso é representado no quadrante vermelho do gráfico. Agora que você entendeu os quatro possíveis impactos das ações humanas, nós podemos falar da primeira grande lei da estupidez.
Essa é a lei de ouro, a lei que rege todas as outras. E nada mais é do que a definição de estupidez. Uma pessoa age de forma estúpida quando sua ação causa prejuízos para os outros, sem nenhum benefício para ela mesma ou possivelmente causando prejuízos inclusive para ela mesma.
Nós, seres humanos, somos complexos. É muito raro você encontrar uma pessoa que se encaixa em um dos quadrantes 100% do tempo. Uma pessoa que em absolutamente tudo que ela faz é perspicaz ou ingênua ou canalha ou estúpida.
Isso até existe, tá? Mas é muito raro. Pra maioria das pessoas, nós fazemos coisas que às vezes são perspicazes, às vezes ingênuas, às vezes canáhas, às vezes estúpidas.
Sim, nossa vida costuma ser uma mistura desses quatro tipos de impacto. O que então é uma pessoa estúpida? Ora, uma pessoa estúpida é aquela que na média das coisas que ela faz, ela causa prejuízos pros outros, sem benefícios para ela mesma ou causando prejuízos para ela mesma.
E a mesma coisa se aplica a uma pessoa canalha. Canalha é a pessoa que, na média das ações dela, ao longo da vida, ela age de forma canálha. Isso também vale pra pessoa ingênua ou pra pessoa perspicaz.
O tipo de pessoa que você é definido pela média do impacto das suas ações ao longo da sua vida. Para pensar no caso do Macarthur Wheeler que eu te contei no começo do vídeo. Esse cara tentou ser canalha.
Ele tentou agir de forma a se beneficiar enquanto ele prejudicava outras pessoas roubando aqueles bancos. Mas por causa da ignorância dele sobre química, ele agiu de forma estúpida. Ele prejudicou os outros.
Afinal, ele causou prejuízos emocionais para as pessoas, colocando uma arma na cara delas. Ele causou prejuízos materiais pra sociedade, porque a polícia teve que gastar recursos para encontrar ele, devolveu dinheiro e agora o estado tem que gastar dinheiro para manter ele preso. Mas ele não conseguiu o dinheiro que ele queria, ele não conseguiu aquele benefício e acabou preso.
Ou seja, ele saiu bastante prejudicado disso que ele fez. Veja que o caso do MacArthur Willer é a perfeita definição de alguém que agiu de maneira estúpida. Outro exemplo de alguém que tentou ser canalha, mas agiu de forma estúpida foi aquele caso bizarro do tio Paulo no Rio de Janeiro.
Lembra? Uma mulher levou o tio dela até o banco para tentar fazer um empréstimo no valor de R$ 17. 000.
Acontece que o tio dela estava morto. Ela levou um cadáver e os agentes bancários perceberam isso e chamaram a polícia. Ela foi presa, mas depois foi liberada por ser ré primária, mas agora ela responde pelos crimes de vilipendio de cadáver e estelionato.
E por falar em Rio de Janeiro, outro dia, faz pouco tempo, aconteceu um belo exemplo de estupidez. Um rapaz britânico de 22 anos de idade estava na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e resolveu cavar um buraco na areia para se divertir. Só que ele ficou entalado no buraco e não conseguia sair.
E um monte de gente, incluindo bombeiros, teve que se mobilizar para conseguir tirar o sujeito do buraco. Levou mais de 2 horas para eles conseguirem tirar o rapaz do buraco. E nas palavras dele, eu achei que eu iria morrer.
Os exemplos de estupidez, gente, são praticamente infinitos. E nós vamos entender daqui a pouco porquê, mas eu acho que você já compreendeu o conceito e você deve ter percebido que existe um elemento central no comportamento de todas essas pessoas, que é a ignorância. E isso nos leva à segunda lei da estupidez.
A ignorância é o único fator que aumenta a probabilidade de alguém agir de maneira estúpida. Se você se aventurasse pelos becos escuros da internet uns 10 anos atrás, talvez você se deparasse com um sujeito chamado Carry. O Carry era muito ativo, tanto no site dele quanto em fóruns de discussão na internet.
E segundo ele mesmo, ele possuía conhecimentos ocultos que ninguém sabia e que poderiam transformar a ordem mundial. Ele nasceu nos Estados Unidos e acreditava que tinha sido abduzido por alienígenas perto do rio Navarro, na Califórnia, quando ele era jovem. Mas os aliens só conseguiram sequestrar o Carry porque ele foi seduzido por um guachinim brilhante que emanava uma luz e que tinha olhos enganadores.
Palavras dele, tá? Não minhas. O Carry acreditava que a síndrome da imunodeficiência adquirida, a doença conhecida como a ides, não é causada pelo vírus HIV.
Na verdade, segundo ele, a doença seria resultado de uma conspiração governamental. Ele também acreditava que o buraco na camada de ozônio da Terra nunca existiu e que isso também seria uma conspiração do governo. E você que está ouvindo tudo isso deve imaginar que o carry é uma dessas pessoas que não tiveram escolarização, sabe?
Uma pessoa não instruída ou que ele talvez sofra de algum distúrbio psiquiátrico ou de algum tipo de deficiência intelectual. Acontece que o nome completo dele é Carry Mulles. Ele foi um bioquímico com doutorado PhD pela prestigiosa Universidade de Berkley, nos Estados Unidos.
Em 1993, ele ganhou o prêmio Nobel de química pela invenção de um processo químico chamado reação em cadeia da polimeras, a famosa PCR. Essa é uma técnica de laboratório que permite amplificar um pequeno fragmento de DNA, produzindo milhões ou bilhões de cópias dele. Sem a PCR, não teria sido possível finalizar o mapeamento do genoma humano.
Isso é só um pedacinho da importância dessa invenção. A PCR é conhecida como Magiver do laboratório porque ela é tão versátil, ela é útil para muita coisa nas ciências bioquímicas. É indiscutível que o Carry Mulis era um cara muito inteligente.
Quando o assunto era bioquímica genética, poucos cientistas foram tão inteligentes como ele. Mas também é indiscutível que ele era ignorante. Ele era muito ignorante em virologia, por exemplo, e por isso ele acreditava que o vírus HIV não era responsável pela AIDS.
Ele era muito ignorante em química atmosférica e por isso ele acreditava que o buraco na camada de ozônio era uma conspiração do governo. O caso do Carry Mul é um perfeito exemplo de que pessoas muito inteligentes podem também ser muito ignorantes e agir de forma estúpida. Uma coisa não exclui a outra.
Isso acontece porque se você tem conhecimento profundo em uma área, isso não significa que esse mesmo conhecimento pode ser aplicado às outras áreas da vida. Ou seja, você pode ser muito inteligente, você pode ter muito conhecimento sobre uma área e ao mesmo tempo ser completamente ignorante sobre outras. Mas para que isso fique mais claro, vamos definir tecnicamente o que é a ignorância aqui.
Ignorância é o estado em que uma pessoa não sabe algo importante, mas dadas as informações disponíveis, ela poderia e deveria saber disso para lidar bem com a situação na frente dela. Não é a mera falta de dados, mas é a ausência de um conhecimento relevante, esperado e acessível. para tomar boas decisões.
Veja que a ignorância depende da situação, da área da vida em questão. Você pode ter muito conhecimento em uma área, mas ser completamente ignorante em várias outras. Aliás, a inteligência e o conhecimento em uma área podem criar uma ilusão na cabeça da pessoa.
A pessoa pode cair na armadilha de achar que por ser inteligente, por ter muito conhecimento, ela sabe de coisas que na verdade ela não sabe. E aqui está o grande perigo. O problema não é a completa ignorância.
Se eu perguntar a sua opinião, você aí sobre a reação de cadeia da polimerase no mapeamento do genoma humano, a não ser que você tenha algum conhecimento de bioquímica, você provavelmente admite que você não sabe nada sobre isso. O perigo está enquando você sabe um pouquinho sobre alguma coisa. Você é ignorante, mas você sabe um pouquinho sobre isso.
Quem não sabe nada geralmente admite que não sabe nada. Porque quando você não sabe nada sobre algo, você sabe que não sabe nada. Agora, quando você sabe um pouquinho, você sabe que sabe esse pouquinho, só que você ainda não sabe quanta coisa você ainda não sabe sobre aquilo.
Você não sabe o tamanho da sua ignorância. Porque para você conhecer o tamanho da sua ignorância, você precisa saber bastante a respeito de um assunto. É só quando você sabe muito sobre algo que você tem plena consciência do quanto você não sabe sobre aquilo.
E é por isso que as pessoas ignorantes, que sabem um pouquinho, costumam achar que sabem muito mais do que elas de fato sabem e elas costumam ser arrogantes. A ignorância faz você ser ignorante sobre a sua própria ignorância. Na ciência, esse fenômeno tem um nome muito conhecido, é o efeito Dning Krueger, em homenagem aos dois pesquisadores que descreveram esse efeito pela primeira vez.
E eu tenho um vídeo inteiro aqui no canal sobre isso chamado A arrogância dos idiotas. E você pode tocar aqui agora caso você queira assistir. Se você chegou até aqui nesse vídeo, é porque autoconhecimento é importante para você.
É porque você gosta de entender sobre o seu cérebro, suas emoções, sua mente. E é isso que eu faço aqui no canal Neurovox. Eu trago neurociências e ciência psicológica numa linguagem simples que todo mundo consegue entender, mas sempre com o rigor da ciência mais atual.
Eu sou professor, é isso que eu faço. E se você considera esse um nobre objetivo, eu faço um pedido para você que não vai te custar nada, vai levar 2 segundos da sua vida, que é você se inscrever aqui no canal se você puder e se você quiser. É claro, isso ajuda esse canal a crescer e esse conhecimento a chegar a mais pessoas.
E se você já for inscrito, você pode tocar no sininho que fica ao lado do botão de inscrição para você receber notificações quando nós postarmos vídeos novos. Isso não acontece sempre. Nós não postamos com muita frequência aqui no canal.
Os vídeos são longos e profundos. E por isso é importante você ser notificado quando aparecer vídeo novo por aqui. E já que você vai se inscrever e ativar a notificação, se você puder e se você quiser, toca no joinha, o botão de curtir aí embaixo, que isso também ajuda demais, que esse vídeo e esse conhecimento chegue a mais pessoas através do algoritmo do YouTube.
Mas bora voltar pro tema do nosso vídeo. A única variável que existe, que aumenta a probabilidade de você agir de forma estúpida é a ignorância. Quanto mais ignorante você é em relação a um assunto, mais provável é que você aja de forma estúpida em alguma área relacionada a esse assunto.
Se você é ignorante sobre finanças, é mais provável que você tome decisões estúpidas sobre dinheiro. Se você é ignorante sobre saúde, é mais provável que você tome decisões estúpidas sobre saúde. Enfim, eu creio que você entendeu.
Só que todos esses exemplos que eu dei são de ignorância intelectual, mas existe um tipo de ignorância muito grave que está por trás de muitas decisões estúpidas, a ignorância emocional. Um ótimo exemplo disso é o caso de um sujeito chamado Bernie Medoff. Esse cara é um dos maiores golpistas da história.
Ele foi condenado a 150 anos de prisão. O motivo? Ele comandou o maior esquema de pirâmide financeira já registrado.
Ele simplesmente queimou o dinheiro de milhares de pessoas, totalizando mais de 18 bilhões de dólares em prejuízos. Bilhões com B de bola. Teve gente que perdeu todas as economias, idosos que perderam tudo que tinham guardado ao longo da vida.
E sabe como funcionava o esquema dele? Muito simples, como todo esquema de pirâmide. Ele dizia para as pessoas que era um grande investidor e ele falava que se você investisse o seu dinheiro com ele, você teria ganhos muito acima do mercado.
Ou seja, ele prometia para você retornos altíssimos, muito acima da média do mercado. E aí algumas pessoas resolvem apostar e investem um pouquinho. Depois de um tempo, ele aparece dizendo que você ganhou muito dinheiro e pergunta se você quer sacar ou se você quer continuar investindo.
Alguns pedem para sacar, é claro. Daí o que ele faz? Ele pega o dinheiro dos outros e te paga.
Quando ele faz isso, você ganha confiança e muitas vezes você investe mais. Só que muita gente simplesmente não saca, acredita nos números no papel, continua investindo, olhando aqueles números maravilhosos lá no extrato. Aos poucos começa a acontecer uma propaganda boca a boca.
Você começa a contar pros seus amigos e familiares sobre os seus ganhos incríveis e aí o que eles fazem? Investem junto com você. E assim o esquema segue crescendo.
Enquanto isso, o Bernie Molf torrava o dinheiro dessas pessoas para pagar o estilo de vida milionário dele. Mansão, vários carros, viagens e por aí vai. E outra parte do dinheiro ele usava para continuar mantendo o esquema ativo e crescendo cada vez mais.
Mas uma hora a casa cai, é claro. Só que aí, meu amigo, já era. Ele torrou tudo.
Não tem como você reaver esse dinheiro. Essa história é muito triste. Quando você vê as entrevistas das pessoas que foram prejudicadas, dói o coração.
Tem uma série documental na Netflix que relata esse caso chamada Bernie Mdof, o monstro de Wall Street. Vale muito a pena você assistir. Essa história é um belo exemplo de ignorância emocional, levando a decisões estúpidas.
Primeiro, nós temos a estupidez do próprio Bernie Maddof. No começo, é claro, ele agiu como canalha. Pro benefício dele próprio, ele prejudicou outras pessoas.
Mas ele acabou preso sozinho. Os filhos nunca mais olharam na cara dele, a esposa também não. E ele morreu sozinho na prisão em 2021.
Ou seja, o que ele fez prejudicou milhares de pessoas e prejudicou muito ele mesmo também e a família dele. Enfim, ele foi estúpido. Mas nós temos que pensar tecnicamente nas pessoas que investiram dinheiro nesse esquema do Bernie Mad.
Ele prometeu ganhos enormes, muito acima do mercado, e essas pessoas acreditaram. Elas decidiram investir esse dinheiro esperando ganhos exorbitantes e perderam tudo. O Bernie Mad torrou o dinheiro, morreu na prisão sozinho e será eternamente lembrado como um bandido pilantra.
Nós podemos analisar a decisão dessas pessoas que investiram no esquema dele. Talvez nós possamos considerar que elas foram ingénuas. Elas beneficiaram o Bernov prejudicando a si mesmas.
Mas considerando o desfecho do caso e o fim da vida do MOF, nós também podemos interpretar que a decisão de investir com ele foi estúpida, porque todo mundo saiu prejudicado. Aqui, mais uma vez nós temos a ignorância como raiz do problema. Muitas dessas pessoas que investiram com ele, provavelmente eram ignorantes no mundo dos investimentos, um tipo de ignorância que é intelectual, só que esse é um perfeito exemplo também de ignorância emocional.
Essas pessoas foram levadas pela ganância, pelo desejo de ganhos rápidos, de uma mudança de vida rápida. Se você parar para observar os golpes que existem por aí, grande parte deles capitaliza em cima da ganância das pessoas. A minha definição de ganância é a seguinte: ganância é todo desejo de obter vantagens ou de mudar de vida de forma intensa, rápida, fácil e irracional.
Esse desejo é muito forte e a única forma de você frear esse desejo é desenvolvendo uma competência comportamental, o autocontrole emocional. Isso não é uma competência intelectual, é uma competência comportamental, diretamente associada à inteligência emocional. Isso que o Bernie Mow fez acontece todos os dias, em maior ou menor grau, nas redes sociais.
Um monte de gente prometendo para você mudança de vida rápida, fácil, intensa e irracional. É promessa de emagrecimento rápido, fórmula para você enriquecer e ganhar milhares de reais em poucos meses, método para você aprender inglês em alguns meses, mudança de hábito em 21 dias e por aí vai. Tudo mentira, tudo promessa mentirosa, que só muda a vida de quem te promete porque você entrega seu dinheiro para essas pessoas.
Uma das principais razões pelas quais as pessoas tomam decisões ingênuas ou estúpidas é a ignorância. E um dos tipos mais perigosos de ignorância é a ignorância emocional. Não importa quão bem instruído intelectualmente você é, se você não tem uma inteligência emocional bem desenvolvida, você sempre vai correr o risco de agir de maneira estúpida.
Eis então a segunda lei da estupidez. A ignorância é o único fator que aumenta a probabilidade de alguém agir de maneira estúpida. Se você entendeu bem a segunda lei, a terceira fica muito fácil de compreender.
A terceira lei da estupidez é: a estupidez é democrática e bem distribuída. Para pensar, você nunca vai chegar em um lugar, não importa qual seja esse lugar, você nunca vai chegar em um lugar, olhar ao seu redor e pensar assim: "Nossa, não tem ninguém estúpido aqui. Nossa, ninguém aqui faz coisas estúpidas".
Ou seja, isso significa que a estupidez é muito democrática e bem distribuída. Ela está espalhada por todos os lugares, todos os grupos, todos os tipos de pessoa. Se a única variável que aumenta o risco de estupidez é ignorância, isso significa que todas as outras variáveis simplesmente não importam.
Não importa se é um grupo de pessoas muito inteligentes, como por exemplo, ganhadores do Prêmio Nobel, você vai encontrar pessoas e atitudes estúpidas. E o caso do Carry Mull é um ótimo exemplo disso. Não importa inteligência, não importa etnia, não importa escolarização, enfim, nenhuma variável importa, salvo, claro, a ignorância.
Você pode visitar uma empresa de sucesso com grandes executivos de sucesso, uma empresa que faz pesquisas de mercado, que só contrata as pessoas mais competentes, líder de mercado. Mesmo assim vai ter gente estúpida e decisões estúpidas lá dentro, porque a única variável que afeta a estupidez é a ignorância. E sempre existe ignorância em todos os lugares do mundo.
Deixa eu te dar um exemplo prático disso. Nos anos 1980, a marca Pepsi começou a realizar testes cegos com seus consumidores. Teste cego é uma metodologia de pesquisa de marketing.
É super simples. Você oferece dois produtos para um consumidor sem dizer qual é a marca de cada um. E aí você pergunta para esse consumidor qual deles ele prefere.
No caso da Pepsi, eles fizeram teste cego com Pepsi e Coca-Cola. Eles colocavam dois copos de refrigerante na frente do consumidor. Um era Pepsi, o outro era Coca.
Mas o consumidor não sabia qual era qual. Daí depois que o consumidor bebia, eles perguntavam: "Qual você prefere? " Surpreendentemente, no teste cego, entre 50 e 60% dos consumidores diziam que preferiam Pepsi.
Mas quando esses mesmos consumidores sabiam qual era a marca, mais de 90% dizia que preferia a Coca-Cola. A Pepsi começou a usar isso nas suas propagandas, naquilo que ficou conhecido como desafio Pepsi nos anos 80. Basicamente, a propaganda mostrava os consumidores preferindo a Pepsi no teste cego.
A Coca-Cola ficou sabendo disso e resolveu agir. Em 23 de abril de 1985, a Coca-Cola, líder mundial de refrigerantes há quase um século, anunciou que trocaria a fórmula original por uma versão mais doce, batizada de New Coke, a nova Coca-Cola. Essa decisão foi tomada por executivos altamente qualificados.
amparados por mais de 200. 000 testes cegos que indicavam a preferência pelo novo sabor, eles gastaram mais de 30 milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento, logística e marketing para esse novo produto. E sabe o que aconteceu?
Foi um desastre. As vendas caíram, os consumidores odiavam o novo sabor e o resultado foi que 79 dias depois do lançamento, a empresa teve que pedir desculpas em rede nacional e relançar as pressas à Coca-Cola Classic Clássica. Veja só, uma decisão tomada por pessoas altamente qualificadas, mas foi uma decisão estúpida, porque prejudicou a empresa e desagradou os consumidores da marca.
Eu não vou entrar em detalhes de por essa decisão foi estúpida, porque não é o foco deste vídeo, mas ela envolveu ignorância em vários níveis, inclusive emocional. Eu estou preparando um novo canal aqui no YouTube, onde o foco será neurociências e psicologia aplicadas aos negócios. Você já pode acessar esse canal tocando aqui agora se você quiser.
Caso você tenha interesse que eu aprofunde essa história da Coca-Cola, toda a psicologia por trás disso, deixa um comentário aí embaixo. Se muita gente estiver interessada, eu gravo e publico lá no outro canal. O ponto aqui é que mesmo em uma empresa líder, com profissionais competentes e altamente qualificados, ainda assim existem decisões estúpidas.
A estupidez é democrática e bem distribuída. Essa é a nossa terceira lei e isso me leva à quarta lei da estupidez. Nós tendemos a subestimar a quantidade de estupidez em circulação.
A maioria das pessoas tende a achar que a estupidez é setorizada, ou seja, que a estupidez é concentrada em alguns grupos específicos de seres humanos. Geralmente as pessoas acreditam que a estupidez é mais prevalente em pessoas que não tiveram instrução, escolarização, educação formal. Só que como nós vimos, isso não é verdade.
Inclusive, pessoas que são inteligentes e instruídas podem ser mais suscetíveis à estupidez justamente por causa da inteligência e da instrução. Tem um livro interessante sobre isso chamado Por pessoas inteligentes cometem erros idiotas. Nesse livro, o autor defende que pessoas muito inteligentes e instruídas podem correr mais risco de fazer coisas estúpidas, porque elas usam a própria inteligência para justificar suas próprias crenças estúpidas.
Em vez de questionar essas crenças, como elas são inteligentes e instruídas, elas encontram argumentos brilhantes para confirmar aquilo que elas já pensam, ou seja, para reforçar as próprias ideias, mesmo quando essas ideias são estúpidas. Daí o mesmo cérebro que é capaz de resolver problemas complexos acaba defendendo ideias estúpidas com grande eloquência, com grande elegância. E quanto melhor for o motor cognitivo, o cérebro, maior é o estrago quando ele aponta na direção errada.
Mas não para por aí. As pessoas na sociedade tendem a acreditar que alguém é competente a partir da aparência externa da pessoa, sabe? beleza, diploma, cargo, riqueza.
E de fato, essa pessoa pode ser competente em alguma área específica, mas como nós vimos, isso não significa que ela não seja ignorante em outras áreas. Ou seja, as pessoas confundem status, aparência com lucidez e não percebem quantas pessoas cheias de status e aparência agem de forma estúpida por aí. E além disso, nós temos um outro problema que eu também já mencionei, o efeito Ding Krueger.
Se você pergunta para as pessoas pelas ruas aí o seguinte: "Em relação à sua inteligência, você acredita que você está na média, abaixo da média ou acima da média? " Os estudos científicos são claros quanto as respostas. A maioria das pessoas acredita que está acima da média.
E isso cria uma ilusão na cabeça das pessoas. Se tem alguém estúpido, não sou eu, porque eu sou mais inteligente do que a média. Pouca gente tem a humildade de admitir que pode estar agindo de forma estúpida.
Aliás, muita gente nem tem a capacidade de enxergar que está sendo estúpida. E o resultado disso é evidente. Os estúpidos não conseguem perceber a própria estupidez.
Devido a isso, nós tendemos a subestimar muito a quantidade de estupidez que está em circulação na sociedade. Em outras palavras, tem muito mais estupidez no mundo do que você provavelmente imagina. E isso é agravado e aprofundado pela quinta lei da estupidez.
A estupidez é irracional e pode ser imprevisível. Devido a isso, quem não é estúpido subestima o poder destrutivo da estupidez. Esse é um elemento fundamental da estupidez.
Ela é fundamentalmente irracional. Ela sempre flerta com a irracionalidade. A irracionalidade sempre está na base de decisões estúpidas.
E isso não significa que uma decisão estúpida é sempre 100% irracional. Muito pelo contrário, no exemplo da Coca-Cola que eu dei agora, havia sim argumentos racionais paraa decisão que foi tomada, mas vários outros argumentos racionais foram ignorados, ou seja, também havia muita irracionalidade misturada com essa racionalidade. Em caso de golpes, como o caso do Bernie Mad, ou as promessas de enriquecimento rápido, mudança de vida rápida que existem por aí, nesses casos, a irracionalidade é ainda mais acentuada.
Alguém que te promete ganhos muito acima da média do mercado, dizendo que não tem risco envolvido, essa pessoa tá simplesmente mentindo. E qualquer análise racional sobre investimentos ensina isso. Mas sempre, sempre existe um elemento de irracionalidade na estupidez em maior ou menor grau.
E aqui nós reforçamos as leis anteriores. Irracionalidade também é muito democrática e bem distribuída. Nós temos dois prêmios Nobel de economia que demonstraram exatamente isso.
O Daniel Canneman, que ganhou o prêmio em 2002, e o Richard Taylor, que ganhou em 2017. As pesquisas desses caras demonstraram que existe irracionalidade em todos os lugares. Eles demonstraram, por exemplo, que médicos tomam decisões médicas irracionais e estúpidas.
Juízes e advogados tomam decisões profissionais, irracionais e estúpidas. Enfim, não importa o grau de instrução, não importa a profissão, a irracionalidade e a estupidez sempre estão em maior ou menor grau por lá. Muitas vezes, essa irracionalidade é previsível.
O trabalho do Caneman, do Taylor e de muitos outros economistas comportamentais demonstra justamente isso. Existe uma certa lógica por trás da irracionalidade humana. Ela é previsível porque ela segue padrões bem entendidos pela ciência.
Só que nem sempre isso é verdade. Muitas vezes a estupidez é imprevisível, sabe? Aparentemente caótica.
Ora, se eu dissesse para você 20 anos atrás que uma mulher passaria fezes no próprio rosto dizendo que aquilo era uma rotina de beleza e que ela seria influente seguida por centenas de milhares de seres humanos, você imaginaria uma coisa dessa? Você acharia que isso era possível? Eu fiquei surpreso quando eu vi essa notícia.
Eis a questão. Nunca subestime a imprevisibilidade da estupidez. Se você acha que a estupidez não pode te surpreender, se prepara, porque você vai ser surpreendido por ela.
E é exatamente por isso que a maioria das pessoas subestima o poder destrutivo da estupidez. E não existe exemplo melhor desse poder destrutivo do que as eleições num país. As pessoas votam de maneira irracional.
Isso é algo que o Caneman demonstrou décadas atrás. As pessoas votam no candidato que elas gostam e não no melhor candidato pra vida delas. Ou seja, o que leva uma pessoa a votar ou não é emoção.
É gostar ou não gostar, amar ou odiar um candidato. Aliás, é por isso que hoje em dia as pessoas falam de políticos como se falassem de time de futebol. Futebol é paixão nacional, né?
Não é racionalidade nacional. É triste, mas a arena política é decidida por ódios e paixões, emoções, não pela racionalidade de estudar o programa de governo, por exemplo, o histórico do candidato e decidir com base em fatos e dados. Isso é algo muito bem estabelecido na ciência.
Saiba disso. Voto é majoritariamente irracional. E aí eu te pergunto, existe coisa mais estúpida do que isso?
A pessoa não prejudica somente ela mesma, ela prejudica a sociedade inteira fazendo isso. E eu vou te fazer uma pergunta honesta aqui, de coração aberto e sem julgamentos. Quantos de vocês que estão me assistindo agora leram um programa de governo sequer antes de decidir votar numa eleição?
Daí o prejuízo disso é enorme, só que é largamente subestimado. Outro exemplo aqui em menor escala. Para para pensar nessas pessoas que vivem atrás de mutreta, fórmula mágica para mudar de vida rapidamente.
A pessoa gasta o suado dinheiro dela com alguma coisa que promete que vai mudar a vida dela rapidamente, da noite pro dia facilmente. Ela perde esse dinheiro e não muda nada. Ela se endivida, muitas vezes, prejudica a família.
Daí, em vez de abrir os olhos e perceber que fórmulas mágicas não funcionam, ela vai atrás de outra fórmula mágica e o ciclo continua. Eis então a quinta lei na prática. A estupidez é irracional e pode ser imprevisível.
Devido a isso, quem não é estúpido subestima o poder destrutivo da estupidez. No começo do vídeo, nós falamos sobre a ignorância emocional e como ela pode prejudicar a sua vida. A única forma de você combater a ignorância emocional é desenvolvendo a sua inteligência emocional.
Se você chegou até aqui nesse vídeo, você provavelmente sabe que a inteligência emocional é muito importante paraa nossa vida pessoal, paraas nossas relações. Mas o que muita gente não sabe é que inteligência emocional é crucial pro seu crescimento profissional e financeiro. E quem diz isso não sou eu, é a ciência.
Recentemente, o Fórum Econômico Mundial publicou um relatório chamado Future of Jobs Report, o relatório sobre o futuro do trabalho de 2025 a 2030. E como o próprio nome diz, é um estudo sobre o mercado de trabalho daqui até 2030. Nesse relatório, eles apontaram as competências cruciais para que você consiga crescer profissionalmente e financeiramente até 2030.
Acontece que mais da metade dessas competências são competências comportamentais e a base delas é justamente a inteligência emocional. Muita gente não sabe, mas a Neurovox, a minha empresa, já prestou serviços de inteligência comportamental pras maiores empresas nacionais e multinacionais dentro do Brasil. e também em outros países da América Latina.
Toda semana eu estou dentro dessas empresas desenvolvendo competências comportamentais nos colaboradores, nos líderes, nos sócios. Essas empresas investem alto nisso porque esse é um dos maiores diferenciais para que você acelere a sua vida profissional e financeira. Então, é importante que você saiba disso.
Se você deseja acelerar sua vida profissional e financeira sem fórmula mágica, sem ganância, com conhecimento científico sério, você precisa desenvolver as suas competências comportamentais e a sua inteligência emocional. Pensando nisso, eu estou preparando um evento gratuito, online, de quatro aulas ao vivo junto comigo, chamado Inteligência Emocional para Resultados. Nesse evento, eu vou entregar nas suas mãos o mapa para você acelerar seus resultados profissionais e financeiros com ferramentas baseadas nas neurociências e na ciência psicológica.
Se você já participou de algum evento ao vivo nosso, você sabe quão transformadoras são essas aulas. A inscrição é gratuita, mas você precisa se inscrever. O link paraa inscrição tá fixado aí embaixo no topo dos comentários.
É o primeiro comentário de todos e você encontra o mesmo link também na descrição do vídeo aí embaixo. Toca nesse link, cadastra seu e-mail e principalmente entra no grupo de WhatsApp do evento depois que você cadastrar o seu e-mail. Esse evento vai acontecer entre os dias 1 e 6 de julho de 2025, mas fica tranquilo porque quando você se inscrever você vai receber um e-mail com todos os detalhes.
Eu só quero deixar uma coisa clara. Não tem milagre nem mudança rápida e fácil. Nós vamos falar sobre ciência séria.
Então, se você tá esperando algo que vai revolucionar sua vida da noite pro dia, nem precisa se inscrever. Nenhuma mudança profissional e financeira, nenhuma mudança de vida acontece da noite pro dia. Você precisa desenvolver as competências certas do jeito certo e aplicar isso de forma prática na sua vida.
E é isso que eu vou entregar nas suas mãos, um guia prático para que você seja capaz de desenvolver essas competências. Agora vamos para a sexta lei da estupidez. A estupidez é mais perigosa do que a canalice.
Quando nós pensamos nas coisas que mais prejudicam a sociedade, a canalice costuma estar lá no topo. Imediatamente nós pensamos em pessoas que para obter benefícios para elas mesmas prejudicam os outros. E sim, a canalice é um problema grave, mas ela não é tão prevalente quanto as pessoas costumam acreditar.
Casos de canalice extrema que prejudicam muita gente são relativamente raros comparado ao número de casos de estupidez que existem por aí todos os dias. Lembre-se das leis anteriores. Nós subestimamos muito o poder e o alcance da estupidez.
Os estudos científicos demonstram que a canalice é sim bastante comum. A maioria das pessoas quando tem a oportunidade de ser canalha acaba cedendo um pouquinho, mas é importante frisar esse ponto um pouquinho. É muito raro, segundo os estudos científicos, as pessoas serem extremamente canalhas e prejudicarem muito os outros em benefício próprio.
E se você quiser ler sobre a ciência por trás disso, ver as pesquisas sobre isso, eu recomendo muito o livro do Dan Ariellei, professor de psicologia econômica da Duke University. O nome do livro é A honesta verdade sobre a desonestidade. Nesse livro, ele vai te mostrar os estudos científicos que corroboram justamente isso.
Um pouco de canalice é muito comum, mas canalice extrema é relativamente rara. Agora, quando nós pensamos sobre a estupidez, ela está espalhada por todos os lados, em todos os lugares. O exemplo das eleições é perfeito.
Políticos incompetentes e corruptos existem sim, mas eles são colocados no poder por uma maneira estúpida de votar. Ou seja, é o voto que prejudica o eleitor que votou e toda a sociedade. Nas empresas, decisões estúpidas prejudicam os consumidores, a sociedade e a própria empresa.
Todo mundo sai perdendo e isso acontece com muita frequência na sua carreira individualmente. Uma decisão estúpida prejudica você, sua família, a empresa onde você trabalha e até os seus clientes. Na sua vida pessoal, a estupidez prejudica você e muita gente ao seu redor.
Enfim, o impacto da estupidez é maior e mais comum do que o impacto da canalice. E por isso a estupidez é mais perigosa do que a canalice. Até porque é justamente a estupidez muitas vezes que dá poder aos canalhas.
Muitos canalhas não teriam sido capazes de causar dano se não fosse as decisões estúpidas de pessoas que confiaram e acreditaram neles. E finalmente nós temos a última lei da estupidez, a sétima lei. E essa lei é conhecida na ciência como navalha de Henlan.
Nunca atribua à malícia aquilo que pode ser mais facilmente explicado pela estupidez. E se você preferir, nós podemos usar os termos que eu introduzi aqui no vídeo para você. Nunca atribua à canalice aquilo que pode ser mais facilmente explicado pela estupidez.
Como nós vimos, a estupidez é mais comum, mais democrática, bem distribuída e unânime comparada à canalice. Mas nós temos uma tendência emocional a enxergar malícia, canalice nas pessoas que fazem coisas erradas. Acontece que na maioria das vezes não foi canalice, foi estupidez.
A ignorância é o berço da estupidez e é muito mais comum do que a maldade, a malícia, as más intenções. Então, sempre que você se deparar com uma situação, vale refletir: será que isso foi canalice mesmo ou pura estupidez? E principalmente você precisa fazer essa reflexão sobre as suas próprias condutas e decisões, porque depois de um vídeo como esse, talvez você consiga enxergar a estupidez no mundo fora de você, ao seu redor, de maneira mais clara e você vai conseguir se proteger dela.
Mas não esquece que todos nós somos suscetíveis à estupidez, porque todos nós somos mais ou menos ignorantes em algumas áreas da vida. Então, a lição principal que eu quero que você tire desse vídeo não é somente para as outras pessoas, mas é sobre você mesmo. Saiba criticar e duvidar de si mesmo para você evitar que você aja de maneira estúpida ou decida de maneira estúpida.
Eu estou aqui trazendo conhecimento científico para elucidar a estupidez para você, mas saiba, eu mesmo tomo decisões estúpidas na minha vida. E é claro que o conhecimento que eu tenho hoje, a experiência me permitem frear isso com muito mais eficiência. Mas todos nós somos suscetíveis à estupidez.
Reconhecer isso é um importante gesto de humildade e de autoconhecimento. Nós temos um ritual aqui no canal Neurovox para você que chegou até o final. Em um vídeo como esse, cerca de 60 a 70% das pessoas que começaram a assistir não chegaram até aqui ao final.
Então, para estimular os preguiçosos, comenta aí embaixo: "Cheguei até o final e foi incrível". Ou então o final é a melhor parte do vídeo, ou então o final é imperdível. Parece bobo, mas se vocês comentarem isso aí, os dados do YouTube mostram que os preguiçosos eles vão ler seu comentário.
Isso vai aumentar significativamente o número de pessoas que chega até o final. Se você quer se aprofundar na ciência da inteligência emocional para acelerar os seus resultados profissionais e financeiros de perto junto comigo, toca no link que está embaixo na descrição do vídeo e também no topo dos comentários. E se você gostou do vídeo, eu te peço, se você puder e se você quiser, para se inscrever aqui no canal.
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