fala pessoal tudo bem esse é mais um episódio do nosso pbcast eu sou o Léo Costa e eu sou lucilla Costa E hoje nós vamos falar sobre uma coisa que todo mundo no planeta Terra já sentiu nós vamos falar hoje sobre dor com Felipe Reis e o Léo Ávila queridos amigos eu tô mega feliz Lu porque a gente está diante de dois amigos em comum dois colegas de profissão duas autoridades no controle da dor na ciência da dor duas pessoas que estudaram dor e estudam dor o tempo todo então hoje a gente está recebendo aqui
o Felipe Reis e o Léo Ávila dois Expert sem dor pra gente bater um papo muito legal mas primeiro Lu bom dia boa tarde boa noite para você como é que você tá Você tá bem Eu tô ótimo muito feliz de estar aqui com os meus amigos eu brinco parece que no momento de um barco que saudade que eu não encontro todos eles ao vivo faz muito tempo então tô muito feliz de estar aqui vocês hoje Aliás a gente está gravando esse podcast numa terça-feira daqui a 48 horas eu vou estar num palco presencial com
Felipe com o Leo no evento aqui em Campinas não vai ficar muito feliz de poder encontrar com esses caras dá um abraço pessoal para se apresentar vamos vamos começar pela pelo quem tá embaixo Aqui na minha tela Felipe isso é presente Fale quem você é de onde você veio para onde você quer ir Ô Léo cara um prazer tá aqui com vocês Léo e Lúcia são grandes amigos né Tem vocês no fundo do coração morrendo de saudade de vocês né Tem mais de um ano que a gente se viu morrendo de saudade de vocês e
dizer que ele tá aqui nesse podcast eu tenho acompanhado trabalho de vocês de trabalho de você está sendo Fantástico tanto no podcast no Instagram no YouTube tem feito um papel aí tanto na divulgação Científica quanto levando informações de qualidade de forma fantástica Então tá aqui para mim é um mega prazer né e junto com Leo poder conversar um pouco sobre dor vai ser vai ser Fantástico bem eu sou fisioterapeuta de Formação atualmente Eu sou professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro né do curso de graduação e Fisioterapia sou professor da pós-graduação da UFRJ no
laboratório de neuroimagem psicofisiologia onde a gente tem como principal linha de pesquisa dor emoção comportamento e cognição Eu também sou professor visitante da praia universo da Bélgica e da Meg University E desde 2018 Léo eu tô como Cher né que seria um cargo equivalente a presidente de um dos braços da IASP né o pessoal poder entender a IASP ela Associação é associação internacional do estudador E aí acho que ela tem subdivisões porque aí acho que ela junta todo mundo que estudadora então vai desde ciência básica vai para o Clínico vai para estudo Clínico então todo
mundo que tem interesse em estudar faz parte da IASP E aí acho que em algum momento achou interessante dividir em subgrupos e esse subgrupos são os chamados grupos de interesses especiais ou Special interest grupos com diversos temas diferentes tem a gente abrevia como sig né então você tem os sigs de dor neuropática Você tem o signo de educação em dor você tem CID de população minoria e eu hoje sou presidente né eu sou thier do bem Eu tô desde 2018 nesse nesse cargo nessa função e vou ficar até 2026 né a gente passa por um
período de transição agora a gente acabou de ter um processo eleitoral vão entrar novas pessoas mas eu fico dando suporte até 2026 para os novos membros Então tá ali dentro para mim é um grande prazer uma grande honra e até porque Léo é legal destacar isso que esse cargo é ocupado pela primeira vez por alguém da América Latina então sempre foi ou a última foi da África do Sul mas nunca ninguém da América Latina tinha ocupado essa posição muito feliz de poder estar ali né representando o Brasil eu acho que o Brasil cresceu muito no
que diz respeito a conhecimento sobre dor e eu acho também que a gente não fica muito distante de países desenvolvidos a gente pode conversar um pouco mais sobre isso no futuro Mas isso é o que eu faço de uma forma geral que legal e novamente prazerzão tá aqui com vocês muito legal Felipe a gente fica muito honrado de ter você nessa posição de IASP porque realmente é muito legal ver brasileiros entrando em locais que antes a gente não via tanto e é muito legal ter um pesquisador brasileiro como tierda então a gente fica muito orgulhoso
assim Parabéns Obrigado Léo Ávila meu querido amigo fala com você explica quem conta com quem você é aí para a galera de conhecer melhor perfeito gente essa mensagem é especial a quem vai nos ouvir ou quem está nos ouvindo acredito que vocês tenham ideia do prazer que é para o Leonardo estar aqui com o Silva Léo Costa e Felipe Reis são três profissionais que ajudaram né direta e indiretamente e me ajudam né a me moldar como profissional e pessoa né ao longo da minha da minha trajetória Então se é um prazer para vocês organizadores né
do podcast nos ter sabe o que o meu prazer acredito que seja muito maior e ter essa essa oportunidade Acredito que muitos um dia né desejam né ter essa oportunidade eu estou eu estou tendo pois bem quem sou eu né comumente eu gosto de falar que antes de do Leonardo profissional da área da saúde eu sou uma pessoa né um ser humano como todos que estão aqui e todos que estão nos ouvindo em relação ao meu lado profissional eu sou fisioterapeuta sim de Formação estudei na Universidade Estadual de Santa Catarina o estado que eu resido
e atua atualmente a mesma instituição que concluiu meu mestrado na área de avaliar a minha área de foi avaliação intervenção em neuro adulto faz dois meses e um dia que concluir o meu doutorado em neurociências pela Universidade Federal do Estado de Santa Catarina basicamente estive nesse laboratório durante 6 anos e meio um laboratório de neurobiologia da dor e da inflamação no centro de ciências fisiológicas é meu orientador Professor Doutor Adair farmacêutico eu orientador Professor nem imediato e atualmente numa nova orientadora professora Morgana por conta de intercorrências né da vida e além desse Pequenino braço acadêmico
eu sou Clínico então eu atendo diariamente pacientes que aos meus olhos são pacientes complexos as mais variadas subcategorias de dor crônica Então esse é um pouquinho do Leonardo Ávila legal Léo que a gente tem muito orgulho eu fiquei muito feliz com seu título de Doutor acho que é importante que pessoas façam um braço de pesquisa dentro das suas carreiras e voltem para a prática Clínica né para tentar aplicar conhecimentos né porque às vezes muitas vezes os acadêmicos e talvez eu e Felipe a luta amanhece mundo é eu tô tendo muita dificuldade de entender porque os
acadêmicos se trancam tanto dentro da Universidade não conversa com as pessoas não conversa com os profissionais não conversa com os pacientes ou não tocam seus pacientes Então você é muito legal ter um clínico aqui com a gente que tá no dia a dia na prática Clínica e mantendo uma vida de pesquisa uma vida de estudos isso é muito legal isso é importante para Profissão Obrigado você tá aqui com a gente eu vou começar com uma pequena Pergunta para o Felipe porque o Felipe sabe que eu tenho uma uma piadinha interna com aliás pi que eu
falo que a cada um ano eles trocam a definição de dor então é muito louco como a IASP que de novo a internet não Association que a maior né é a associação que engloba por exemplo a revista tem ela tá muito ligada a pesquisa ela tá muito preocupada com a dor em todos os seus âmbitos e as atualizações do que a dor eu vim conversando com a Lu agora Felipe Leo no carro a gente foi levar nossos filhos da escola eu falei Lu Quantas aulas você teve de dor na sua vida alguém chegou e falou
hoje eu vou te dar uma aula de dor aluno não lembrou né Lu gente não pode rir da minha cara tá eu acho que a aula de dor que eu tive a sentir dor é um troço que você sente que incomoda e depois nós na nossa formação a gente foi ensinado a tratar uma coisa que era meio o que que é dor a dor é uma coisa subjetiva que te incomoda de causa desconforto e tal não tivemos isso é até engraçado né Léo porque todo mundo já experimentou dor e aí eu fico pensando na época
que a gente já em todo mundo não né mas a grande maioria vão falar assim que a gente Sabe tem pessoas que não sente dor Então eu acho que na época que a gente se formou era muito fácil assim nós vamos falar sobre dor e não precisa falar muito mais além disso e algumas vezes que se aprofundava um pouquinho é que se precisava explicar pequenos mecanismos para continuar falando de outras coisas mas eram coisas muito sutis porque subentendia todo mundo sabe o que é dor a maioria das pessoas já experimentou E vão continuar já falando
como tratar e a gente percebe que graças a Deus isso mudou bastante dos últimos anos para cá Felipão O que é dor vou começar bem do básico Qual que é a melhor definição mais contemporânea você não precisa saber de cabeça mas basicamente os conceitos que aí aspe explica que que é dor Léo eu acho muito legal se você trazer essa essa pergunta à tona né porque a gente fala bastante da definição e é a gente sempre critica a definição de dor né definição de dor ela tem duas linhas Então você fala assim ah será que
a definição de dor ela ela contempla tudo por outro lado ela é uma definição que ela precisa abranger qualquer tipo de dor para qualquer ser vivo então considerando animal considerando humano Considerando o paciente com déficit cognitivo criança Neonato então a dor ela precisa ser definida e abranger todas essas categorias né todas esse público essas populações de fato é a gente pensar sobre definição de dor Léo se a gente for fazer um breve histórico de definição na década de 40 eu lembro de ter lido um trabalho de um autor chamado Lins que ele falava justamente sobre
a definição de dor ele falava assim eu não consigo definir dor e acredito que não teria nenhuma utilidade fazer essa esse momento então isso perdurou Léo até 1964 mais ou menos com a primeira definição do musky que depois ela foi meio que assumida pela IASP Mas até então você observa de 1940 até 1975 praticamente dá 79 quando saiu a definição oficial não se tinha uma definição concreta sobre o que era dor então você poderia escrever o seu trabalho escrever o seu artigo você dizer qual era a sua definição sobre dor o que que você entende
sobre dor e em 1975 teve a fundação da iasco em 79 teve a primeira definição oficial da viagem e nessa definição A ideia era que por é por ter um termo comum por ter uma definição que fosse possível que todo mundo Falasse a mesma língua então a ideia da definição foi essa né Então pegando o teu teu campo né se você fosse pensar assim que que é dor lombar cada um poderia definir dor lombar de uma forma diferente então é preciso que você tenha um starting Point ali né você tipo sair daqui fugiu disso não
é mais dor lombar é a mesma coisa a dor fugiu disso aqui não é mais dor então a gente precisa ter esse ponto de partida para que a gente fale universalmente né a mesma língua e essa definição de 79 a gente pensa assim ah mas a definição ela foi atualizada em 2020 mas ficou de 79 a 2020 sem ninguém olhar para essa definição não pelo contrário essa definição passou por alguns momentos de revisão da década de 90 e a partir do ano de surgiram vários autores sugerindo que era necessário rever porque Considerando o Primeiro Momento
da definição de dor palavras assim a gente precisa entender e considerar a definição de douros conhecimentos atualizados 2020 não faria não fazia muito sentido você ter a mesma definição de 79 quando o conhecimento sobre dor teve um bom enorme e essa definição ela foi atualizada em 2020 mesmo tendo outras sugestões inclusive publicadas na Penha com pessoal debatendo e o movimento muito forte acontecendo a partir de 2016 de praticamente todo ano alguém comentar que precisa mudar e sugerir uma definição Nova em 2020 eles fizeram atualização para definição de dor e para quem não conhece ela é
definida como uma experiência sensitiva e emocional desagradável associado a uma lesão tecidual real ou potencial ou da escrita nos termos de tal lesão ele é o chama atenção alguns pontos dessa definição né A primeira delas que já vem lá da década de 70 é dizer que dor é uma experiência dura uma experiência ela toma um caráter subjetivo Sabe aquela história que você alguém te recomenda pô Léo vai naquele restaurante aquele restaurante é fantástico você pega a luz vai no dia dos namorados pega duas horas de fila garçom te atende mal a comida Vem frio você
fala assim cara esse restaurante foi uma porcaria Então a sua experiência foi totalmente diferente da mesma pessoa que foi naquele restaurante que recomendou trazer a ideia de experiência nadador ela é fundamental para trazer essa ideia de subjetividade e o entendimento que a dor impacta de formas diferentes em cada indivíduo né E ela ela é sensitiva e emocional né É legal a gente trazer essa ideia principalmente porque é o campo que eu estudo né que é a neurociência das emoções porque as pessoas confundem Até porque não existe uma definição de emoção aí novamente é a importância
de se ter uma definição Você tem uma definição universalmente aceita sobre emoção e as pessoas acham que emoção é ansiedade depressão estresse isso tem emoção mas não necessariamente é isso basicamente emoção ela tá diretamente relacionada com a nossa sobrevivência também assim como a dor e a emoção ela serve para que a gente busque pistas no ambiente ou pistas em nós mesmos e que a gente adeco em nosso comportamento né então Sabe aquela resposta de luta e fuga que a gente sempre fala isso é uma resposta emocional você identifica uma pista que é aversível que te
coloque em risco e você adota uma postura de luta e fuga então quando a gente fala de dor e emoção ligadas a gente tá falando que a dor é um sistema que Alerta o seu organismo sobre a integridade do seu corpo então quando a integridade do seu corpo ela está lesada ou ela foi percebida como lesada você tem dor e a emoção ela identifica essas pistas aversivas ou que a gente chama de apetitivas que são pistas que nos e molda o nosso comportamento então não tem como a gente separar a dor de emoção legal e
a outra coisa bem marcada nessa definição ela ser desagradável a dor é desagradável Porque pensa só E aqui as pessoas vão entender bem isso que dor é Totalmente Dependente do contexto tá então Depende de que em que contexto eu estou inserido e ela sendo desagradável eu vou dar um exemplo que eu acho que as pessoas vão entender bem que é um exemplo que eu costumo usar em sala de aula Se você pegar pessoas que fazem sadomasoquismo o que elas sentem no momento da prática abusado masoquismo não é dor né porque ela tem uma sensação de
prazer e essas pessoas se elas recebessem a mesma chicotada andando na rua elas iam sentindo porque estão fora do contexto sexual entende legal o contexto ele tem uma importância muito grande para você perceber dois por isso que a gente fala assim o atleta ele suporta mais dor não mas dentro daquele contexto da competição é justamente a olimpíada da vida dele o cara não vai parar porque ele fez um torce tornozelo cara vai continuar correndo entendeu porque dentro daquele contexto Talvez ele tivesse atravessando a rua ele parasse fazendo aí desmembramento um pouco do histórico sobre definição
de dor sobre a necessidade de se ter uma definição e como é que isso aconteceu Até chegar na versão atualizada né e desmembrar um pouquinho sobre o que que significa cada termo eu acho que faz com que as pessoas entendam né que a gente precisa de olhar mais amplo sobre e essa definição ela veio acompanhada por algumas notas né porque o processo de criação eu vou deixar essas notas que o Léo gosta bastante de falar dessas não vou deixar essas notas para o Léo comentar mas como é que foi esse processo né esse processo ele
aconteceu num Delta tá então um grupo de pessoas fez uma definição de dor e passou essa definição de dor para todos os membros da IASP Então quem era membro dayashi podia ir lá e comentar tipo nossa definição aqui tá errada isso aqui não tá de acordo com o conhecimento atual mudar isso para isso então isso foi possível de ser feito e novamente né a gente vê a falta de participação muitas vezes do Brasil nesse processo os Estados Unidos meio que liderou 70% Dos comentários o Brasil teve três participações então é claro que tenho que teve
um peso ali né de alguns países nessa definição de dor mas o processo é ele foi um processo em que foi proposto uma definição essa proposta foi avaliada por quem queria avaliar dos membros da Iara e também apresentada para paciente e eu também fazer o comentário em relação a essa definição de dor até chegar no consenso e o paper Leo de publicação Ele é lindo porque fala assim durante o processo de desenvolvimento dessa definição foi sugerido isso nós não acatamos isso por causa disso de se diz então ele vai desmembrando porque que certas sugestões não
foram incluídas Tem uma parte da definição que eu acho que você não comentou disse que me chama atenção que a de lesão tecidual ou potencialmente é isso como é que é a parte percebida percebida como percebida como lesão é interessante porque às vezes esse pedacinho final aí foi bom você levantado isso muitas vezes não é explicado para as pessoas as pessoas de fato não entendem bem eu vou usar um exemplo que é mega famoso no estudo da dor foi de um relato de caso publicado na BMG 1995 de um trabalhador da construção civil que Ele
pisou num prego de 12 cm mais ou menos esse prego atravessou a bota né ficou atravessado ali na bota do desse trabalhador e ele morrendo de dor foi para o serviço de emergência no serviço de emergência ele foi medicado ficou 6 horas fazendo medicação intravenosa e a dor não melhorava não melhorava e quando retiraram a bota viram que o prego tinha passado entre os dedos né não tinha tido nenhuma lesão ter sido algo e na verdade foi a percepção de dano né Então essa essa percepção de dano acontece aí tem diversos trabalhos que usam isso
né então por exemplo tem trabalhos que sugeriram alguns pacientes que iriam dar choque na cabeça do paciente e ligava o aparelho o aparelho fazia barulho né e o barulho e aumentando a partir da intensidade do aparelho né mas não que dava choque nenhum e as pessoas reportavam dor mesmo assim Então essa percepção de dano tá diretamente relacionado com essa lesão em potencial quando eu percebo naquilo né que o meu corpo com a integridade do meu corpo está em risco o Felipe deixa eu te interromper um segundinho de novo no carro hoje eu falei para lua
assim eu acho que aquele artigo olha olha que engraçado né o Léo que fala assim cara o estudo de caso é um tipo de artigo científico que só pode ser utilizado em situações raras ou apresentações clínicas muito específicas mas quando ele atinge esse critério ele ajuda muito a compreensão de uma doença de um fenômeno eu tô enganado Esse é o estudo de caso o primeiro foi publicado assim que mostrou que a dor não necessariamente ela é de origem de lesão tecidual ou ele Talvez é o mais famoso Felipe um cara que não estuda Qual a
profundidade que deveria que sou eu e a Lua na hora eu falei falou tem aquele eu sei que o prego eu dava aula e mostrava isso para galera os alunos morrem de rir né e tudo e é muito legal esse experimento e mais muito legal o cara ter escrito um caso sobre o assunto porque isso abriu uma um Horizonte de Investigações e Pensamentos que a gente não pensaria caso Esse estudo não tivesse publicado posso citar um outro também que é bem marcante Léo em 1946 foi publicado um paper eu não lembro em qual jornal mas
era de um autor chamado Henrique ele foi médico no front na Segunda Guerra Mundial e naquele momento havia uma ligação muito grande de que dor e lesão tecidual eram sinônimos e que quanto maior a lesão ter sido All maior a dor e Ele publicou uma série de casos de pessoas feridas né soldados feridos com lesões graves ele falava assim gente tô recebendo aqui uma galera com ferimento grave e eles não reportam dor né E olha começou a questionar que a relação direta de presença de dor e presença de lesão aquilo precisava ser revisto é isso
1946 né e a gente vê que até hoje a gente ainda faz essa Associação de que dor relacionada a lesão tecidual então eu lembro desses dois papeis específico né Eu acho que esse marcou muito porque foi uma mudança uma virada de chave naquele momento aquele mundo acreditava que dor e lesão ter sido aula eram iguais e esse da BMG de 95 do trabalhador sabe o que me encanta essa história é que a ciência ela sempre vai nascer na observação clínica a ciência que vai mudar a vida das pessoas ela vai começar de uma observação que
ela por natureza ela é viciada então tudo que a gente critica a minha experiência funciona essas coisas todas é muito legal quando você fala eu vou aproveitar essa observação e eu vou comunicar cientificamente sobre o que tá acontecendo e vou estimular que as pessoas estudem isso de forma mais controlada menos emotiva menos passional menos enviesada etc entender melhor como isso foi possível Quais são os mecanismos por trás disso porque se observa-se também hoje um aumento muito grande de estudos de mecanismo para entender as características da dor como que várias diferentes classificação da dor que a
gente sabe neuropática centralização Central tem vários vários componentes que são termos que estão sendo utilizados bastante hoje que confunde até o próprio paciente né porque na hora que a gente começa a comunicar sobre isso são termos não que não eram utilizados não são temas frequentes como simplesmente dor simplesmente é mais fácil entender para o grande público a relação com lesão textual e o tamanho e na hora que isso é acrescenta outros componentes através de observação que ela falou né É falta ainda explicações para a gente não falta mas para falar bem comunicar com paciente por
que isso acontece e como acontece legal o Lu vamos colocar o Leo ave lá na jogada o Léo esse era tópico da nossa Live que a gente não conseguiu falar o tópico eu queria muito que você explicasse sobre classificações atuais de dor aonde que a gente pode encaixar essa essa categoria grande que o Felipe definiu como dor muito bem de um histórico maravilhoso colocar ela em duas ou três ou quatro caixinhas para a gente entender para onde vocês estão indo basicamente eu tô te pedindo para falar sobre dor nas plástica e todos esses tipos de
categorias subcategorias do melhor entendimento da dor hoje perfeito é uma questão se vocês me permitem até colocar na sobre a sobre a definição de dor revisada é que tem um espacinho dela ali entre vírgulas uma palavra que surgiu e para quem não leu o estudo original fica um pouco perdido né existe uma palavra chamada associada no meio associado E aí depois em ou semelhante aquela associada e esse ou semelhante aquela associada entra um terceiro mecanismo neurofisiológico da dor reconhecido pela Aspen em 2016 então Teoricamente tem-se aquela lesão tecidual real ou potencial que é a nossa
activa é o neuropática ou aquela que é semelhante né aquela associada a uma lesão tecidual real ou potencial que é a dor não ser plástica em síntese né uma dor menos é uma dor mais associada a um processamento é disfuncional digamos assim do sistema nervoso e menos associada ao estado do tecido onde dói então em síntese é um processamento disfuncional quem sabe talvez uma neuropacidade mal adaptativa é ao longo das vias nós cectivas Léo Lu e Felipe pensando em mecanismos Associados a Gênese da dor reconhecidos pela IASP existem três em ordem de Gênese pensando assim
numa escala de oficialização em 94 Dona neuropática depois 2005 é um mecanismo que é antagônico puramente na definição que é dono aceptiva e um GAP temporal bem grande na literatura né até chegar em 2016 e termos esse terceiro mecanismo que é a dor nesse plástica Então oficialmente reconhecido quando digo reconhecido é pela IASP São esses três na literatura tem utilizado muito a palavra sabe-se que é real que ela existe existem sobreposições de mecanismos mas não é um termo reconhecido tanto é que comumente nos estudos mais contemporâneos observa-se uma tendência a utilizar a palavra né A
dor é predominantemente neuropática ela é predominantemente nós receptiva em síntese três tipos de dor neuropático nosso sectivo e nosso plástico sem civilização Central A gente pode aproveitar a visibilidade do podcast né Para desconstruir que é um tipo de dor é um fenômeno neurofisiológico que pode estar presente por trás desses três mecanismos de dor mas como via de regra é obrigatório estar por trás da dor Nossa plástica É porque ela é um dos mecanismos por trás desse tipo de dor mas pode ser fazer presente nos demais por definição do neuropática é uma dor associada a uma
lesão eu doença do sistema nervoso Existem duas subcategorias ou é uma dor neuropática periférica porque é uma lesão e ou doença no primeiro neurônio da Periferia ou uma dor neuropática predominantemente Central porque é uma lesão é uma doença no segundo neurônio na medula né ou é alguma região do córtex que são regiões subcorticais até inclusive no tronco cerebral a dona asseptiva aí eu vou abrir até as definições aqui para não para ser literal é aquela dor devido a um dano real ou potencial ao tecido não neural proveniente a ativação de nossa setores e aquele destaco
não é reconhecido mas Inclusive tem uma revisão sistemática que foi publicada em 2020 que traz aí subcategorias do nosso afetivo mais comum citadas da literatura são três aí é que a gente desconstrói mais uma uma crença comum dor na nossa activa não se reduz a inflamação então o fato de um paciente apresentar dor predominantemente inaceptiva não se traduz em inflamação Então existe uma subcategoria comum que a química inflamatória uma outra subcategoria comum que a química não inflamatória e uma outra subcategoria que a gente chama de mecânica ou manutenção de celular redformidade de uma proteína que
tem ao redor do nosso setor que se você pegar e tirar o dedo ficar muito tempo na mesma posição pode incomodar não tem lesão não tem informação mas pode doer e por fim a dor Nossa é plástica né que apenas aos que destrincham a definição de forma atenta consegue a identificar as duas subcategorias que tá dentro de uma única definição né que é a primeira parte é dona plástica que Teoricamente pode chamar de verdadeira que é definida como dor em decorrência de alterações na nossa opção apesar da ausência de evidência de dano ter sido ao
real ou potencial causando ativação de nosso receptores periféricos aí vem a partir do ou é o que muita gente se confunde existe torna-se plástica com dano titular detectável e aí é aqui que ela entra ou de evidência de doença ou lesão do sistema nervoso somado sensorial causando dor então não são vocábulos reconhecidos Tá mas a primeira a gente pode chamar de Dona plástica verdadeira e a segunda de aumentar o sobreposta Com base no estudo que foi publicado em 2021 né que são até em termos mesmo com falhas os únicos critérios para tentar discriminar do nosso
plástica na clínica então pode ser uma possível ou provável Dona plástica com base nessa não apenas isso né mas nessa fragmentação você pode o nosso podcast ele tá ele tá passando no momento engraçado ele é jovem e ele tem muitos profissionais saúde mas tem paciente também pessoas curiosas que estão aqui dá um exemplo até tentar é muito legal isso assim porque olha como é a definição ela é complexa ele falou de história muito legal E aí veio o Léo e construiu a subclassificações e por trás disso se o Léo for deixar o tanto Felipe o
Léo falarem existe uma teorias por trás quem ainda explica que são termos que são bastante utilizados mas eu que já é difícil para o Clínico entender porque a gente falou no início que não há formação dos Profissionais de Saúde em relação a esses termos e eu vejo na fala dos dois de alguns termos ser bem recentes né publicados em 2020 21 né 18 19 são termos ainda recentes mas aí agora igual ela falou assim vamos pensar no paciente agora como que a gente explica esse tanto de definição para um paciente como é que a gente
traz esses termos de forma Clara para o paciente sabendo Identificar qual é o tipo de dor que ele tem exemplos básicos do nosso receptiva primeiro ela é detectável parte delas e elas não acometem o sistema nervoso então uma fratura óssea é um exemplo de dor no asseptiva que acomete o sistema somático tá uma dor no asseptível que acomete por exemplo o sistema visceral Porque de fato vir é vísceras também podem doer é Pensa numa isquemia né é uma angina Você tem uma dor no asseptiva visceral por conta de um componente vascular Você pode ter uma
dor também visceral no asseptível por conta de uma pedra no rim isso é um exemplos né de condições no asseptivas pensando em condições neuropáticas Você pode ter uma dor neuropática central por conta de Parkinson esclerose múltipla um acidente vascular hemorrágico ou cerebral hemorrágico isquêmico perdão no talamo ou em qualquer outra região é cortical que pode decorrer uma dor neuropática ou você pode ter que não apresenta causa detectável né o clássico que a dor de uma é um tipo de dogeneralizada fibromialgia é um exemplo parte das Dores de como lombar parte parte não aí seria em
sua totalidade síndrome do intestino irritável dor de cabeça ou ouro facial isso para quem é o público leigo vai ficar relativamente curioso migrania enxaqueca não tem causa detectável tanto é que a vontade é voltada ao sistema nervoso primeira linha de tratamento segundo e terceiro eles são fármacos que comumente atua no sistema nervoso central uma outro tipo de dor de cabeça né é dor de cabeça do tipo tensional parte das Dores na articulação tem por mandibular parte das dores crônicas pélvicas de causa não detectável então esses são exemplos de Dores primárias na Qual o mecanismo é
neurofisiológico predominante é o nosso plástico em síntese não é uma causa prévia detectável contudo é real e não é coisa da cabeça do paciente adoro caro anotei aqui na Minha pauta coisa que mais me irrita no estágio eu sou professor de estágio prático dos alunos e os meus alunos não tô falando dos meus pares não tá não é uma crítica aos meus amigos mas os alunos chegam assim ou a dor fisioterapeuta ou a dor tem causa ou é uma doença psiquiátrica isso é muito louco desconstruir isso e quando você vai conversar com aluno de medicina
ele tem essa mesma coisa você vai começar quando de enfermagem mesma coisa isso é coisa da sua cabeça e eu falo cara você tá achando que ele tá mentindo que ele nem dou porque fica complicado eu brinco muito né nas aulas de pbe ela tem falado muito assim aliás falarem isso quinta-feira na nossa palestra o cuidado precede evidência cuidar do paciente precede a Tríade da prática mais evidências e a primeira coisa que você tem que fazer é olhar para os olhos do paciente acreditar naquilo que tá falando porque se você achar que você tá diante
de um doente psiquiátrico e não levar a sério a dor dele você tá diante de um dilema grave grave ali né E você não vai conseguir entender a dor dele então o que você tá explicando é que grande parte desses pacientes eles têm um componente de dor mais de ordem não se plástica e é por isso e essa dor é real apesar da gente não conseguir detectar muito bem a causa e essa frase né eu fico pensando né Ela deveria ser abolida da prática Clínica né de falar na sua cabeça porque na minha visão começaram
a se identificar novos processos e caminhos e explicações da própria definição do que é dor estudos foram surgindo E aí o pouco conhecimento que a gente já falou e a gente vai voltar a falar sobre a formação não há formação e aí a pouca informação que a gente tem a gente tem que explicar de alguma forma com o paciente e aí sem querer essa frase é muito dita não porque a dor pode estar vindo ao explicar sai essa frase a dor tá vindo da sua cabeça e eu sempre me coloco no lugar do paciente o
ponto é desconfortável vi isso porque a pessoa tá ali realmente com uma dor real e ela falou assim não eu a interpretação disse é dura não é da minha cabeça né Parece que eu estou inventando essa dor e não estou inventando essa dor é realmente dói realmente quando eu faço alguma coisa dói Então seria legal a gente falar um pouquinho como levar isso para o tratamento como que a gente traz esse conhecimento para o tratamento do nossos pacientes Será que tem um conhecimento maior dessas definições dessas classificações ajuda um pouco na decisão Clínica do que
fazer qual o tratamento escolher e como fazer isso com nossos pacientes validar a gente precisa validar o relato do paciente né a terceira nota engano da revisada definição de dono inclusive ela cita isso né que o relato de um de um paciente com dor ele deve ser respeitado acredito que não caiba nós fazemos juízo de valor ali ninguém é é juiz né para estar subestimando menosprezando acho que validar acho não é para quem está eu não devia atualizado né mas a par né de por exemplo é ferramentas de comunicação né para abordar pacientes com dor
validação faz parte do processo Felipe fica muito de você entrar deixa eu dar um Pitaco eu acho que existe uma confusão não é não é maldade é desconhecimento mesmo dos cara a saúde né que a gente sabe o que difere a gente de modelos animais é que provavelmente a dor é modulada por emoções Mas ela é modulada né modular é uma coisa então uma pessoa que talvez tenha dor crônica e seja depressiva ela vai ter um pouco mais de dificuldade do que uma pessoa que tem do crônica Talvez não tenha depressão porque uma coisa modula
a outra o que a gente não pode confundir é a experiência de dor com doença psiquiátrica eu acho que é diferente de falar modular né entre essas duas pontas tem uma coisa no meio e falar que não essa dor é causada por isso O que é problema também então Felipe se você quiser debater um pouquinho né uma vez que a gente colocou nessas três caixinhas se essa descoberta Ela ajudou Os Profissionais de Saúde seja eles Qualquer que seja né que trata paciente com dor como ajudar mais um grupo ou outro essa afinal de contas eu
acho que a classificação só é útil se ela ajudar a tomar de decisão Então o que a gente queria ouvir com vocês um pouquinho sobre exemplos eu queria fazer um parente também para contar um pouquinho de como é que a gente chegou nessa classificação né inicialmente teve o trabalho do Gates Marte ali 2012 2013 e ele trazia uma terceira sugestão baseada em mecanismo e ele classificava né neuropática E sensibiliza na central e isso foi levado durante muito tempo eu tenho alguns peitos publicado que eu classifiquei as pessoas como sensibilização Central sabe então isso foi levado
ao tempo lá em 2016 aí acho que ele falou assim não pera aí vocês estão classificando os pacientes com base em fenômeno neurofisiológico então a gente precisa de um termo e aí surgiu a partir de outras escolhas surgiu o termo dor no nosso plástico né viam havia outras possibilidades também mas é o termo que acabou ficando foi nosso plástico e esse essa classificação que existe Hoje os critérios que existem hoje eles são unânimes assim universalmente aceitos a resposta não ainda não porque Lu é qual é a crítica que você tem nesse mecanismo beleza aí acho
que definiu que tem um novo termo mas como é que a gente identifica esse novo termo e aí foi criado um teste forte esse teste forte falou assim tá vamos criar critérios para definição de dor nas plástico eu participei desse Delf não fui voluntário desse Delphi como é que funcionava esse Delphi a gente recebeu três opções letra a letra B letra c e a resposta era assim quais dessas classificações Você acredita que mais vão ajudar o Clínico na classificação de dor nas plástica e aí você voltava em três opções e uma das críticas é essa
você não tinha para outra possibilidade você votava nas três opções e isso foi publicado como critérios e recentemente a gente publicou Mega estudo junto lá com o pessoal com um aluno do Paul hot o mega estudo que vai desde critérios de exame Laboratorial até achados jogamos isso para os especialistas com todas as possibilidades possíveis falando assim quais desses critérios se encaixam mais para nossa activa nosso plástica e para neuropática e os especialistas votaram Podendo também dar uma sugestão por que que eu tô trazendo isso o Léo falou da dos critérios que nós temos hoje então
se eu sou Clínico eu preciso seguir o que é acho que recomenda se eu vou fazer uma pesquisa e vou classificar os pacientes como dor no nosso plástico eu preciso ficar de acordo com recomendação atual mas já está vendo movimento de que talvez isso precisa ser revista Em algum momento pode ser que dure 10 anos pode ser que dure dois anos a gente não sabe mas já existe alguma discussão de que é preciso talvez você ter outros critérios para fazer essa classificação de dor neuropática sabe dor neuropática você bate os critérios é isso e acabou
né parece que as pessoas ainda não estão muito seguras de que tipo é realmente isso critério aqui mas é o que tenho Então isso é o que tem hoje acaba seguindo Você falou uma coisa que me chamou bastante atenção novamente trazendo para minha linha e as pessoas consideram daqui a dor ela é modulada pelas emoções né É de fato as emoções modulam a intensidade dor né Tem estudos que você você dá estímulos emocionais por exemplo dor e aí odores desagradáveis aumentam a intensidade de dor a gente fez um mostrando imagens de pessoas mutiladas a intensidade
dura aumenta o estímulo emocional ele de fato ele ele tem um papel na modulação de dor mas Léo a emoção ela pode acontecer de forma explícita ou implícita é isso por exemplo as emoções também tem papel de leitura de expressão de Face tá Por que isso porque existe uma teoria chamada teoria da mente em que eu consigo ler pela sua expressão emocional na sua face o que que você pode estar pensando ou sentindo e o ajuste no comportamento em relação a você então isso é muito claro em humanos e uma expressão de medo ela gera
processos neurofisiológicos de resposta de medo em mim também então você observar uma fase de medo eu tenho uma resposta de medo para você ver o que que é uma resposta implícita você tem fizeram alguns estudos com esse esse protocolo chamado de masking que é você apresentar uma Face de expressão neutra tá tipo a sua agora esse momento é neutra tá representa uma imagem neutra para pessoa e atrás você pisca uma imagem de medo de uma Face de medo você pisca e no final eu te pergunto assim não você viu alguma outra coisa que não é
fácil não não vi mas a neuroimagem mostra que amígda que é uma área que identifica ameaça a tua amiga ela acendeu ou seja neurofisiologicamente ela detectou essa esse estímulo emocional as pistas emocionais E essas variações no processamento emocional Léo isso é muito rápido né não é aquilo assim ah o paciente tá 10 minutos pensando o que que ele tá sentindo não é isso entendeu É muito mais rápido do que isso então queria trazer esse ponto aqui e também para contribuir com a discussão que vocês levantaram né que a gente precisa acreditar no que o paciente
fala está na declaração de Montreal que a queixa do paciente precisa ser reconhecida e todo paciente tem direito de receber tratamento adequado para a dor dele não é seguido a gente for pensar Léo último dado que eu vi 150 países não têm acesso ao picoide para você ter ideia o pior de uma medicação extremamente útil por exemplo para você fazer em dobro para tratamento do Câncer por exemplo então paciente com câncer que tem dor muitas vezes usam fazem tratamento de opióide para uma série de outras condições e esses países não têm acesso ao tióide Então
existe de fato uma discrepância na oferta de tratamento na oferta de medicação no mundo então a gente considerar e levar a declaração de Montreal e achar que tudo todo paciente tem direito a ele que não procura um profissional que não é treinado Não é bem assim Acho que o buraco é muito mais embaixo Felipe Léo muito muito legal quer dizer assim é engraçado né a gente dá uma lombar a gente tenta a gente tende a demonizar o pior né demonizar porque parece que ele tem pouco benefício para pacientes contra o lombar e o risco é
horroroso né eu comentei no podcast sobre cannabis medicinal que eu nunca mais esqueço a metanálise de o pior de Pablo lombar ela mostra uma redução de cerca de 12% acima de Placebo vírgula nos pacientes que toleraram o tratamento Tem cada vírgula no artigo científico que ninguém ler né cara os artigos têm 50% em média de perda amostral porque o cara não aguentou o tratamento então do Sobreviventes do estudo você viu um efeito miseravelmente pequeno se a gente conseguisse colocar esses caras tudo dentro de tudo Provavelmente o efeito vai a zero e provavelmente a relação de
risco não vale a pena mas para outras condições aí por isso que a gente não pode demonizar um determinado tratamento o pior pode ser extremamente útil para um tipo específico de paciente e talvez que por isso que é importante ter essas três caixinhas que eu chamei de caixinhas e que são subclassificações que são as melhores que a gente tem no momento porque eu E é isso que eu tô querendo puxar de vocês talvez através dessa identificação você consegue prescrever tratamentos melhores para esses pacientes eu queria que vocês comentasse um pouquinho talvez pediu o Léo para
começar assim porque foi muito legal que eu escutei de você recente né não é o que você fez um estudo recente de tentar se alguma forma de potencial o tratamento do paciente tendo conhecimento de comunicação em dor de como até deixar mais claro para o paciente o que ele tá sentindo trabalhar as limitações que o paciente tem perante a dor eu queria que você comentasse um pouquinho como especificar o tratamento do paciente uma vez que a gente tem esse conhecimento Olha eu falando de tratamento com vocês três aqui né mas vamos lá acho que talvez
a melhor forma de conversarmos sobre esse assunto é pensarmos não sei se vocês concordaram comigo tá é sobre tratamento baseado em mecanismos Contudo não talvez a gente precisa deixar claro para quem está nos ouvindo que quando falamos sobre mecanismos para o tratamento não nos limitamos apenas em mecanismos Associados a Gênese né neuropático nossa exceptivo ou nosso plástico também precisamos olhar para os mecanismos Associados a transição por exemplo entre dores agudas e crônicas aspectos psicológicos cognitivos emocionais sociais dentre outras alterações fisiológicas também próprio sistema daquele indivíduo que está experimentando Então Lu Léo e Felipe agora o
Leonardo pragmático conversando com vocês como os meus vieses acerca de mecanismos aos meus olhos aos meus olhos é a discussão parte da discussão que encontra-se na fronteira do estudo da dor né a identificação do tipo de dor predominante e uma abordagem baseada em mecanismos por que que eu destaco isso eu vou dar exemplos grosseiros tá mas se você pega um paciente né com uma dor Nossa exceptiva Química inflamatória no Linux do pé direito para quem não sabe que é o dedão do pé direito porque tá com uma unha encravada então tem uma inflamação ali é
muito improvável que você vai ver esse paciente tomando doloxetina amitriptilina para esse para essa para essa condição da mesma maneira é muito improvável que você mediante uma avaliação minuciosa que levante uma hipótese é toda aquele paciente seja predominantemente nossa plástica que esse paciente seja tratado com para é um paciente com síndrome do instinto irritável enxaqueca ou fibromialgia esse raciocínio de mecanismos baseado esse raciocínio de tratamento baseado em mecanismo na farmacologia ele já vem de longa data então por exemplo pensando em outras áreas a fisioterapia me parece também ser imprescindível por não fazer pelo menos sentido
né aqui a gente talvez pode por um lado de pausibilidade que também muitas vezes não tem fundamentação mas parece fazer mais sentido você ofertar uma abordagem ao seu paciente baseado em mecanismos né do que digamos assim uma abordagem não pautada em mecanismos e o que que eu poderia trazer apenas um exemplo Com base no meu doutorado né a população né ou uma amostra dessa população né do meu doutorado que são pacientes com Síndrome da falha cirúrgica no próprio processo de triagem é de forma indireta a gente filtram o mecanismo predominante por quê no mínimo ali
nós descartamos dor neuropática porque o tratamento é completamente distinto de do neuropática por exemplo Então esse paciente ele não apresenta do neuropática qual a hipótese mais plausível do mecanismo de dor do nosso do nosso paciente né Eu ouvo lhes falar que quase que unami que aqueles pacientes ali apresentam dor Nossa activa química não inflamatória Felipe pode falar isso com muita propriedade os scores de medo desses pacientes de notas era 10 era 6.3 tá como mentes são pacientes com vias de aprendizagem distintas e etc com medo de se mexer numa avaliação do sistema de movimento esse
paciente apresentam aquela contratação aquele aquele Grace aquela rigidez novamente o Leonardo Clínico falando com vocês mas tenta encontrar aí o braço de vocês durante três horas e ficar assim e depois voltem aqui para conversar conosco no comentário desse podcast uma probabilidade e agora observem que esses pacientes estão assim é dois três quatro cinco dez anos com uma duas três três intervenções cirúrgicas né numa análise indireta da nossa pesquisa quase que é unânime os pacientes Não preenchem critérios para dor Nossa plástica então a hipótese mais plausível é são pacientes com dor na asseptiva Química não inflamatória
porque no próprio exame que eles têm mais recente não tem lesão não tem inflamação ativa mas dói é real Então a nossa abordagem a abordagem que foi proposta construída fundamentada né nos conceitos da terapia cognitiva funcional em parte objetivou digamos assim a desconstrução né de alguns mecanismos Associados à manutenção e a esses escapes de dor medo de movimento catastrofização da dor em especial que está com esses dois desfechos secundários que eram os mais evidentes e que foram os que modificaram mais bem como algo que nós não misturamos mas que eu posso lhe falar aqui de
forma indireta com propriedade são pacientes ou eram pacientes que se moviam diferente e as próprias alterações no sistema de movimento também podem ser são mecanismos que também não deixam a dor ir embora que auxiliam na transição entre dores agudas e crônicas que auxiliam em escapes de dor em escape de perda de função em escapes de aumento da incapacidade E por que não de Sofrimento aí também do espalhamento da dor então para eu não me estender o Leonardo Clínico mas também não fugindo da ciência Eu acredito que estejamos aqui em paralelo acredita que seja válido desde
o processo de estudo a um emprego da ciência na clínica que é o primeiro passo é a avaliação posteriormente para o tratamento né tentar fazer esse screaming detectar os mecanismos né subjacentes A Experiência daquele paciente e aqueles são identificadas e modificáveis a abordagem Deixa eu te dar um complemento aqui deixa eu dar uma posição de quem tá estudando muito sobrevivência não é errado pensar sobre mecanismo eu acho que a gente demonizou de novo a gente demonizou um termo que não deveria ser demonizado na minha cabeça ó eu tô tentando lembrar agora da introdução do meu
doutorado tá eu comecei doutorado em 2005 provavelmente antes de todos vocês aqui na Minha introdução tá escrito assim exercícios de controle motor deveriam ser mais estudados primeiro porque possui uma boa plausibilidade biológica concorda então agora uma vez tendo uma boa plausibilidade biológica temos que colocar sobre prova no estudo para saber se aquele mecanismo de fato está atuando de gente quer que atue e as respostas vendo a forma que ela foi assim a gente tem que tomar muito cuidado quando ela só pensamento mecanicista o pensamento baseado evidência Aí fica parecendo que o pensamento baseado evidência eu
dou um por mecanismo e eu não tô nem aí Aí o cara agora fratura tem uma fratura exposta do fêmur eu não preciso mais unir as pontas dos Ossos estabilizar o foco de fratura porque eu não preciso me preocupar com mecanismo mais e não é bem assim eu acho que você não precisa ter nem um pouco de desconforto Como que você falou você Ele está classificado dentro de caixinhas de categorias que faz total sentido então toda hora que você fala esse cara não inflamatório eu falo bom então talvez um anti-inflamatório não seja um fármaco de
escolha para esse cara diferente do tiozinho da unha encravada que talvez a opção seja talvez tirar né Essa compressão tecidual talvez utilizar mecanismos de redução de inflamação isso não é pensamento mecanicista do ponto de vista do mal ou do ponto de vista pejorativo tá ligado por favor o que eu acho que a gente tem que sempre pensar assim existem coisas que funcionam Mas a gente não sabe o mecanismo ainda aí eu sou um eterno defensor da acupuntura e a gente assume a nossa ignorância e fala assim cara quanto eu boto nisso alguém não conversa para
sempre eu tenho um efeito legal aqui mas eu não faço a menor ideia o que que essas agulhas estão fazendo no corpo dessa pessoa aliás os neurocientista ser uma opinião os asiáticos tem outras então tem assim talvez tem um monte de mecanismo talvez é nenhum deles então cara eu acho que você falou é exatamente que um clínico deve fazer ainda mais Leonardo porque você tem muita bagagem de leitura de ensino clínico e que é meio Óbvio se eu tenho potencial fator de risco um fator prognóstico de piora e que ele é variável Eu acho você
tem que atuar cara então assim eu acho que só uma explicação ela é altamente baseada em evidências e de novo eu tô usando esse termo de Podcast aqui simplesmente para a gente também falar assim cara mecanismo é importante sim cara nós estamos acabando com a convite porque a gente descobriu o vírus a gente descobriu como é que ele funciona a gente criou um fármaco para ele não fazer tanto estrago no nosso corpo isso é tudo mecanicista o que a gente tem que tomar cuidado é que a gente não sabe o mecanismo de tudo e você
de novo Léo como bom clínico e bom cientista você falou por exemplo do nosso plástico a gente sabe que o cérebro desse cara tá com alguma existem neuroplasticidade acontecendo ali a coisa tá meio zoado Mas a gente não sabe entender bem as causas e isso é uma baita lição de humildade de falar eu entendo parcialmente o mecanismo é o pior eu entendo a repercussão disso mas eu não sei por bem porque que isso causou e esse debate é muito gostoso e a gente só tá usando a dor que como exemplo mas ela assim tivesse um
gato enterologista aqui um Pediatra a gente acha um monte de coisa que a gente faz baseado em mecanismo é que faz muito sentido e que os estudos em comprovando que elas podem ser úteis ou não essa é minha opinião assim sabe desculpa eu queria botar porque eu aproveitar esse momento para não podcast é um ótimo momento de falar profundo da gente não ficar demonizando as coisas deixa eu fazer um parênteses aí também contribuir para essa discussão que é o seguinte né a gente se falou condenar né as causas né os mecanismos na verdade e a
gente também Condena de um tempo para cá passou-se a condenar o modelo biomédico no entanto Léo o meu ponto aqui é o seguinte a gente sai de um modelo de uma caixinha tá de modelo biométrico para entrar numa outra caixinha chamado modelo social que as pessoas social tem pouco Bio é isso que você tá querendo dizer não Léo não é nem isso eu estou querendo dizer o seguinte a gente saiu de uma caixinha e começou a falar assim não a gente tem que olhar a dor como dentro do modelo bíblico social no entanto a gente
não sabe o que é o modelo bíblico psicossocial é essa minha questão o tempo todo é isso Beleza talvez fatores biológicas a gente entenda bem né o paciente tem uma fraqueza o paciente tem um processo inflamatório a gente talvez conheça mais porque tem mais tempo estudo sobre isso agora quando a gente olha para o psico Se a gente fosse pensar assim vamos lá vamos enumerar o que que a gente acha que é psico ansiedade depressão já está destrofização com a medo né Mas será que é só isso né percepção de estresse é outras situações que
muitas vezes não são consideradas nem no clínico e nem na pesquisa teve uma pesquisadora da Austrália que levantou esse ponto e falou assim tá o bio nos estudos que se tem sobre se eu não me engano dor lombar ou sobre estudos de dor que falaram de um modelo bem psicossocial os autores falam que eles vão falar do modelo do psicossocial no entanto é extremamente limitado o psico é limitado a este fatores que a gente falou aqui o social quase ninguém sabe por quê social mencionado para você ter uma ideia muitas vezes a relação interpessoal graças
ao trabalho e relação com trabalho sim você tá recebendo benefício Não tá recebendo e acabou social sabe a gente acabou de escrever um paper é o que é uma banca a gente até deixou comentar isso numa banca sobre a influência de Cultura só para você ter uma ideia de que a cultura nenhum momento é vista dentro desse modelo por exemplo a cultura de latinas muitas vezes atribui-se ainda que a dor é uma Penitência que a pessoa tá pagando por Deus Deus quis dar essa dor para essa pessoa para essa pessoa tem que enfrentar né então
algumas culturas ainda trazem isso então a gente desconhece Inclusive a definição de cultura que ela existe uma definição mas quando a gente olha para os estudos cultura significa raça ou país né No entanto cultura ela é um nicho extremamente pequeno e que é modificado não sei da história do Léo lá que na época de adolescente que ele era roqueiro metaleiro hoje em dia não é mais vai ficar legal ele na adolescência ele tinha um tipo de cultura que hoje ele não tem mais ele mudou Galinha Pintadinha e a gente não conhece muito sobre os efeitos
da cultura na dor então é muito ruim e esse é um cuidado que a gente precisa tomar sair de uma caixinha entrar em outra caixinha tá esse é o primeiro ponto e eu costumo falar o seguinte também para os alunos da graduação não pensem que o modelo de psicossocial vai ser aí a solução para vocês eu não quero que vocês pensem dessa forma entendam que dor ela é um fenômeno multifatorial que recebe influência de fatores conhecidos e que a gente não faz a menor ideia esses fatores além de contribuir para dor interagem entre si por
isso que a gente fala que atribui causalidade né até aquele pensamento linear que isso causa dor do paciente raramente a gente consegue essa relação e a gente tem tantos fatores que influenciam o que já foram estudados e não foram estudados um exemplo hoje a gente sabe o papel de fatores genéticos na dor de alguns fatores Qual é o Clínico que avalia fator genético na dor nenhum entendeu então como é que você vai atribuir e dizer que você conhece todos os fatores não tem como né não tem como é melhor você novamente né terá humildade de
reconhecer que a dor ela tem um componente multifatorial naquela é um componente multifatorial e nós desconhecemos as causas e todos os fatores que contribuem para ela então acho que talvez esteja um raciocínio para o Clínico mais humilde que não atribuo a causa para o paciente sabe que não deixa explicações mirabolantes que vai resolver o problema dele nem tava isso na página te escutando Felipe e é engraçado a gente escutar e escutar um pouco os pacientes nós talvez quase todos os profissionais de saúde tem acho que a gente tem uma noção que a dor é multifatorial
sim e que é muito difícil Talvez sim atribuir uma causa principalmente depois de tudo que vocês dois ensinaram para a gente hoje agora vou falar com paciente é muito difícil o paciente ir para casa sem saber a causa ele quer saber a causa eu paciente ele chega e falou tô com dor e você fala assim e a gente tem que explicar muitas vezes a gente tem que explicar né Essa dinâmica Essa é multifatorial que muitas vezes não tem relação com causa que a maioria das vezes não tem nem muitas vezes e isso para cabeça de
um paciente é muito novo na minha visão porque ele fala assim como assim para alguns passos interpretação assim não entendi né Aprendi mas eu acho que para grande maioria dá até insegurança aí eu fui nesse médico hoje e principalmente para em considerando hoje consultas muito rápidas que não dá tempo de conversar com clareza com o nosso paciente o quanto que ele leva essa mensagem para casa da nossa capacidade como profissional da Saúde de não identificar a causa dele porque ele gostaria ele quer chegar em casa financeira eu tô com dor por causa disso e por
causa disso eu vou resolver então a gente podia falar um pouquinho sobre comunicação educação em dor eu acho que é muito importante não sei eu tenho um sonho de em massa de quebrar tabus de trazer essa informação com muita clareza com um público para a gente para que todo mundo Nossa até nós com pacientes que a gente Para de tentar e procurar um profissional para que ele fala causa porque eu tô assim para tudo né e isso é uma mensagem importante e eu sei que você tem até talvez falar também mas é porque eu sei
que você tem um material legal tentando explicar crianças o que é dor tentar explicar para uma população mais leiga que a dor é esse essa coisa multifatorial que a gente não consegue identificar causa e qual é o trabalho de formiguinha que a gente deve fazer para conscientizar uma população maior até quando buscar um tratamento não esperando sair desse tratamento ou de uma consulta que ele vai sair com uma resposta na ponta da língua dor é por causa disso você falou de coisas bem bem legais aí e eu acho que você vai trazer um pouco da
origem do pesquisa em dor né o pesquisador ele é um site que tem como objetivo trazer ferramentas para o clínico e informações para o paciente ele surgiu em 2016 Então esse ano ele faz já seis anos e ele é um meio que acabou virando uma grande referência aí para as pessoas que tanto para paciente quanto para Clínico em termos de material né explicando sobre o que é dor concordo muito com você Lu o paciente espera tem uma explicação e espera tem uma causalidade né espera falar assim olha você tá com dor por causa disso nós
somos assim o nosso cérebro ele gosta de relações lineares ele não aceita muito bem a incerteza né A incerteza para ele é péssima e a gente atribui causa para tudo a gente tá o tempo inteiro tentando identificar causas né então se você vai por exemplo no restaurante Você come uma comida e naquele dia você passa mal você fala assim tá vendo não quer ter comida aquela comida mas Direto você faz a relação né e não necessariamente foi a comida né eu acho que assim eu tenho algumas coisas que a gente pode levar em consideração primeiro
é a questão de você ensinar a população levar informações para a população e isso é extremamente importante temos grandes desafios com isso uma população no Brasil com baixo escolaridade com baixa acesso à internet né acesso bastante limitado a internet mas a gente tem um grande desafio esse pacientes Eles foram o tempo inteiro eles consultaram profissionais desse modelo biomédico né que também atribui causa para tudo ou faz um monte de exame para tentar achar uma explicação de alguma coisa então esse é um modelo predominante por outro lado a gente também tem um sistema de saúde baseado
na cultura do fazer Eu costumo dizer também os meus alunos que não trataram paciente também trataram um paciente você não dar um tratamento que ele não precisa isso também é tratar o paciente Mas nem todo o paciente Aceita isso de boa né porque ele sabe que se ele sair desse profissional que apenas orientou que não tem necessidade ele fazer tratamento e foram outro profissional alguém vai fazer alguma coisa com ele porque a nossa cultura é a cultura do fazer nós fomos treinados seu paciente está na nossa frente eu tenho que fazer qualquer coisa com ele
e isso dá muita abertura achalatões porque eles vão fazer eles vão fazer algo e vai e vai responder com o paciente eu sei a causa é isso exato E aí assim o que que a gente tem hoje no Brasil a gente publicou recentemente a avaliação das informações né um estudo sobre as informações de sites oficiais então sobre dor lombar né a gente entrou no site do Ministério da Saúde site de sociedades médicas sociedades de fisioterapia associações então nos sites oficiais nós identificamos todas as informações fizemos download de tudo fizemos um estudo qualitativo de tudo e
também quantitativo em relação por exemplo se eles estavam se eles aderiram ou não aos guidelines de tratamento para dor lombar Léo o que a gente viu sabe site oficial recomendando erva do diabo repouso sabe uma série de tratamento sem respaldo nenhum com informações que muitas vezes confundem Mais e aí surgiu uma outra dúvida após Esse estudo que a gente viu que a qualidade das informações elas não confiáveis os pacientes não podem confiar nas informações provenientes de órgãos oficiais né então o paciente tem alguma instrução ele fala assim cara eu tô com uma dor lombar aqui
eu vou entrar no site da sociedade de Ortopedia que eles recomendo para dor lombar cara e você vai lá aquilo não segue as recomendações atuais né Então como que acredita no pesquisador então que ele não é nada oficial é difícil E aí a gente pensou assim tá mas a gente viu o site oficial né O que que a população faz ela entra no Google digitador lombar a gente acabou de fazer isso esse trabalho está em revisão na fisioterapia nós olhamos cinco páginas do Google né então assim a gente entrou foi baixando cada um cada um
uma das informações de cinco páginas do Google a gente acreditou que o paciente não iria além de simpático e o que que a gente viu os sites que também não são oficiais são tão ruins quantos sites que são oficiais Então cara não tem produto puxar informação sobre dor lombada sabe ele não tem onde achar uma informação confiável de que eu posso confiar nisso aqui Felipe só dá um parente assim isso me marcou muito porque foi muito quando eu publiquei que eu fiz parte né daquela publicação daquela série dalência de dor lombar aquela série da Lei
se deu uma mídia Mundial muito grande né ela saiu todos os jornais TVs falando sobre os tratamentos inadequados que pacientes quando lombar estavam recebendo e eu tive oportunidade que eu fui representante da parte Latina América né então eu que ajude dá notícia aqui no Brasil e eu fiquei muito feliz de vários canais de comunicação falando dos tratamentos inadequados passaram-se um ano e me marcou que quando eu rede social me relembrou que tinha um ano daquelas publicações que eu repostei na rede social apareceu na mesma mídia tudo aquilo que a mídia tinha falado que era inadequado
fazer que chamou atenção da população eles estavam postando que deveria ser feito depois de um ano Então olha como que isso é confuso sites oficiais não ajudam e os canais de comunicação eles até alertam de vez em quando quando as pesquisas saem Mas eles mesmo ele entra em contradição e publicam de novo assim ai eu preciso de uma pauta fria Então vou publicar para fazer sim cirurgia para fazer sim tomar medicamento em condições que não precisava então assim é muito difícil alguém realmente buscar uma informação precisa aí então assim quando a gente pensa no nível
populacional a gente tem informações de qualidade muito ruim é claro que isso varia de país para país né mas parece que a maior parte dos países não tem informações confiáveis sobre dor lombar no caso dos surdos que eu tenho acompanhado sobre mesmo tema né e uma outra coisa Lu é a gente pensar no nível individual né o Clínico com paciente como é que a gente dá essa notícia que adora ela não tem uma causa que ela é multifatorial é o que que geralmente a gente faz eu faço isso no estágio com os alunos e que
nem sempre significa que você precisa fazer isso para todo o paciente no primeiro momento porque você também em relação à comunicação você precisa saber o quanto esse paciente está aberto a te ouvir se esse paciente ele não tá aberto para te ouvir se você falar que a causa da dor dele não é aquela hérnia de disco você vai perder esse paciente esse paciente já vai te procurar vai te chamar de maluco entendeu vai falar assim tá mas eu tenho hérnia de verdade né então você precisa meio que sentir como esse paciente está aberto para uma
nova informação e eu costumo dizer para os alunos que você só quebra uma crença quando você coloca aquela crença em dúvida quando dá aquele Insight assim cara nunca tinha pensado nisso E aí o cara parece que vira uma chavinha que ele fala assim cara isso aí que você tá falando faz sentido O que que a gente aqui em casa que eu falo assim Léo eu só gosto de conversar com certas pessoas quando eu percebo que o canal está aberto não exato Você pode falar que não vai ser absorvido nada porque assim na nossa na nossa
anamnese a gente costuma identificar fatores que contribuem para dor de uma forma geral o paciente é sedentário paciente dorme mal paciente tem nível de estresse super elevado e você anota isso tá caso esse paciente esteja aberto eu costumo desenhar isso às vezes na mão mesmo ali com ele fala assim Olha tá vendo aqui no centro é a sua dor você dorme mal não dorme durmo isso influencia a sua dor eu boto uma setinha você se sente estressado ah sinto isso aqui influencia a sua dor Ah sei lá eu sou sedentário isso aqui influencia na sua
dor Então vou mostrando para ele que o que ele acreditava que era só um exame na verdade tem várias coisas acontecendo na vida dele que estão contribuindo para dor mas isso é importante de você fazer no momento em que você perceber que esse paciente está aberto esse paciente está aberto porque Léo Léo Lu e Leo a gente a gente vai por mudanças na vida do paciente por exemplo olha a gente vai criar aqui uma estratégia para você melhorar o seu sono esse cara não tiver aberto para melhorar o sono não adianta você querer mudar não
adianta você falar assim você precisa fazer exercício físico também aqui tomando cerveja aqui né aí né quero saber de exercício então ele tem que reconhecer o problema e está motivado para mudar e muitas vezes como eu falei o paciente ele chega para Gente esperando que ele vai deitar na maca e alguém vai resolver o problema dele você vai tirar a dor com a sua mão e aí né Felipe de novo eu comecei isso quando eu conversei com o Léo uma semana atrás no Instagram comportamento são difíceis de mudar isso é uma coisa que a gente
precisa treinar mais às vezes você sabe o que deve ser feito sabe mas a gente não faz eu posso dar uma sugestão o Léo clínico que na realidade eu vou parar de fazer isso porque essa dicotomia não existe né mas é os olhos são os olhos do dia a dia eu tenho visto essa multi dimensionalidade né ou com multifatorial é a dor de fato para quem está tentando se envolver ou entender o estudo do até entender o raciocínio do podcast para quem tem um conhecimento diminuído fica complicado mas existe um passo a passo didático ele
tá que ele ele habita que no meu lado ele é mais ou menos assim isso para profissionais da Saúde mas o até o ser humano na condição momentânea de paciente porque ninguém é paciente a vida inteira né Você pode até ter um rótulo diagnóstico mas você tem o seu momento de paciente Um momento ser humano é para quem tá naquela condição momentária de paciente e para o Clínico existe o primeiro o primeiro degrau que na realidade é o térreo não há degrau você só aborda uma condição se tem no mínimo de conhecimento necessário sobre ela
então requisito mínimo eu não tenho como na realidade a maioria faz isso mas o ideal é abordar uma condição Nesse caso a dor né É na presença de conhecimento mínimo necessário sobre sobre ela a dor na condição de sinal né o sintoma quando aguda ou Doença quando crônica o segundo o primeiro degrau saindo do térreo é uma avaliação Impecável é o que precede qualquer abordagem uma avaliação Impecável na avaliação aos meus olhos entram que o Felipe citou você só detecta um entendimento disfuncional ou qualquer sinônimo que a literatura traga crença disfuncional entendimento antiquado sobre dor
enfim você só detecta isso se você escuta técnicas de escuta existem inúmeras você pode estudar é aquela que você preverá um modelo basicão de questionamento socrático entrevista motivacional enfim vai do teu do teu escopo né então se você escuta o paciente você detecta essas crenças esses entendimentos funcionais bem como também é capaz de detectar pensando em profissionais que lidam com sistema de movimento alterações no sistema de movimento maior adaptativas patológicas disfuncionais O que fazer com essa informação se você não tem domínio sobre elas ainda mais um conhecimento aplicado você tem que saber o que fazer
e como o Felipe venceu e a Lucila também enalteceu você não detecta e imediatamente aborda você deixa portas abertas E no momento oportuno vai lá e traz uma nova formação à tona e essa nova informação à tona pode ou não fazer sentido ao paciente o fazer sentido pessoal é neurofisiológico por incrível que pareça né você é uma frase que eu gosto muito né você não pode perder a oportunidade de ofertar uma primeira Boa Nova experiência para o paciente né ou uma nova boa experiência para o paciente para aquele que não está digamos a par ou
vivenciando aquele movimento aquele entendimento diferente uma atividade do dia a dia um exercício ou algo que seja baseado nos seus valores para quem tá entendendo isso qualquer tipo de dor Óbvio que não eu tô falando aqui de condições endocrônica com altos níveis de incapacidade o pacientes que tem a sua vida em espera que tão necessária né ao invés de ciclo Virtuoso nesse ciclo vicioso né Há muito há muito tempo meu paciente que está com uma pedra no rim tem uma condição aguda que tá precisando né de uma abordagem de imediato então é meu ver esse
é o é o passo a passo né conhecimento prévio escutar o paciente detectar os entendimentos disfuncionais ou por exemplo alterações extrema de movimento num momento oportuno enfrentar uma abordagem e não perder a oportunidade de ofertar uma primeira boa novamente Felipe pode falar com muita propriedade aqui você pode entrar né numa questão neurofisiológica muito grande né em relação a questão de recompensa né vai haver sofrimento ou prazer a gente entra em questões neurofisiológicas que ajudam a modular a dor né vias dopaminérgicas via serotonérgicas então acredito que a abordagem é simples os possíveis mecanismos por trás são
complexos Particularmente eu gosto de tentar achar que estão entendendo porque facilita né o meu raciocínio é no dia no dia a dia essa questão que eu gostaria o que você falou é muito legal cara é o Clínico atento essa coisa da escuta ativa empática ela a gente fala muito dispensando em primeira consulta mas é tá atento com as pistas que você detectou na avaliação e tentar identificar os momentos para utilizar essas pistas Léo Você falou uma palavra que me lembrou de me lembrou de uma questão Felipe lá naqueles critérios de 2021 publicados no bem sobre
uma até que é tem interessante né voltando só um alguns minutos na nossa conversa quando a gente fala em dor neuropática ela tem três níveis de certeza né possível é possível provável ou definitiva a dona cipática por conta de ser uma condição digamos jovem ela é só possível ou provável provável maior nível de certeza que se tem só que o critério número dois da dona ciplástica ele sinaliza técnicas comunicativas por parte do clínico porque sabe o que que ele diz ele diz exatamente assim ó é um critério não obrigatório tá o seu paciente com dor
ele vai sinalizar hipersensibilidade do sistema nervoso só que isso não é teste Clínico não é o critério 4 que você provoca com testes sensoriais quantitativos sabe o que que esse dia ele diz esse critério 2 você vai ter que escutar o seu paciente ouvir que tem hipersensibilidade ao frio ao toque e ainda ao movimento aí ele dá exemplo né estimo o frio inoco movimentos ou atividades do dia a dia inofensivos em blocos ou é aquele paciente que o top incomoda o sutiã incomoda o óculos incomoda a máscara incomoda um toque leve um abraço incomoda muitos
pacientes referem isso inúmeros clínicos não estão atentos percebidos e aí perdem uma informação valiosíssima que inclusive aumenta vou chamar de força de né de uma possível para uma provável dor é nosso plástico Então observem até em critérios atuais mesmo falhos né mas eu sou um veículos que temos que sinalizam a necessidade de você Estar atento na avaliação Full Time legal muito legal Luluzinha Você tem alguma pergunta para finalizar aí como é que a gente vai a gente tem poucos minutos aqui para acabar não tá super satisfeita E se eu for pegar a mensagem de tudo
assim que foi dito é complexo tem muita coisa nova é pelas próprias falas do Felipe não sei se ele dizer isso mas a minha interpretação é que muita coisa ainda é passível de alteração Porque estão sendo investigadas ainda mas finalizando com o resumo com Léo fez agora que foi muito legal assim que sempre foi o meu grito interno que todos escutem mais seus pacientes tenham mais tempo para suas consultas estejam mais atento olhando se colocando no lugar do paciente é muito incômodo ver uma pessoa que está querendo rapidamente de tirar dali para o próximo e
você não consegue falar exatamente aquilo que está sentindo e te incomodando e muitas vezes é onde erramos é onde faz que um paciente pula de uma sala para outra que busca em coisas bastante alternativas e que volte naquilo que eu falei que do charlatões que Eles escutam eles têm tempo eles querem ouvir então se a gente pesquisadores e clínicos a gente queria afastar aquilo que a gente vê que não é legal para o paciente que a gente converte o passo número um que a gente começa a escutar mais ter mais tempo para os nossos pacientes
para que a gente consiga realmente entender o que eles precisam e o que eles querem é não é é falar de dor é complexo e tratar também então eu gostei muito que foi dito aqui não tenho pergunta adicional só uma reflexão mesmo uma rapidinha para os dois o olha vocês têm um compromisso de responder rápido com tudo isso que vem de informação nova de dor na prática você se observa melhor a desses pacientes ou qualquer visão do Futuro talvez Qual a visão do Futuro vocês acham que é implementação desses conhecimentos vai melhorar o cuidar dos
pacientes sim ou não E por quê eu acho que a gente precisa melhorar ainda instrumentos de avaliação entender um pouco mais sobre esses instrumentos Quais são os instrumentos que a gente tem [Música] a influência real de cada um desses fatores na experiência de dor e eu penso que a gente saiu de um modelo que era bem focado para o modelo mais amplo então assim as pessoas treinadas em avaliar pessoas pacientes com dor elas olham paciente com um olhar muito mais amplo elas não são restritas Então acho que essa já é uma grande modificação na prática
tá é isso já muda bastante o que a gente entende sobre dor hoje né o que em termos de tratamento o fato da gente ter pessoas treinadas e que escutam mais esse paciente buscam esses outros fatores não são fatores físicos também Eu acho que isso vai ajudar bastante no futuro por outro lado eu acho que a gente precisa melhorar os instrumentos que a gente tem de avaliação alguns instrumentos eles eles não têm boas propriedades diagnósticas ou prognósticas aí a gente precisa entender um pouco isso mais para frente bom eu tenho a oportunidade de falar algo
aqui e não sei se vocês concordaram comigo ou não eu não gosto eu não leio artigos Eu gosto de estudar um artigo eu prefiro Eu prefiro a qualidade do que a quantidade ótimo E tem muito mais do mesmo que é meu ver é perder tempo eu tento dentro da minha limitação de conhecimentos filtrar os melhores E por incrível que pareça tá Às vezes eu fico uma semana lendo relendo gosto de ver as citações do cara realmente Será que existe isso aí eu vou lá e vejo a referência abro referência eu gosto de ficar namorando um
estudo e Pessoal vocês conhecem ou conheceram talvez aqueles que já possa até ter falecido né os principais estudiosos de dor do mundo vocês têm contato com eles vocês têm Talvez o WhatsApp o e-mail particular eu vejo é um julgamento totalmente superficial meu tá que tem muita muita gente que domina na íntegra a metodologia Mas às vezes não domina a de forma aprofundado fenômeno estudado dor falando de dor estudos impecáveis só que falha no objeto Central o entendimento do fenômeno eu tenho lido todos os estudos que eu particularmente acho bacana atuais novamente o julgamento do Leonardo
tem muita falha básica de conhecimento básico sobre dor muita falha de vez em quando eu chamo Felipe e dá uma se perguntada neles ali porque ele conhece as pessoas Então se o problema tá na formação do conhecimento obviamente lá na frente vai ter alguma alguma repercussão né Então aí vem o passo que o Felipe citou se tem problema na Gênese do conhecimento Obviamente as ferramentas que virão com a curasse delas vai ter algum tipo de algum tipo de prejuízo algum tipo de dificuldade algo que eu vou dar um exemplo que eu conversei com o Felipe
lá quando publicaram aquele até o fim 2022 esse ano em janeiro no pain eu falei pô mas não consideraram aqui subcategorias do nosso sectiva reduziram tudo a mesma coisa um estudo que tem os caras mais espados do mundo né de dor aí eu já fiquei meio reflexivo sobre isso lembra Felipe que a gente a gente a gente conversou Então acho que a questão tá lá na Gênese e eu não faço ideia de como conversar isso com um cara que é renomado sobrou mas independentemente disso Léo Felipe mesmo que existam limitações a implementação ela é nula
na clínica ela ainda existe implementação então mesmo que existam falhas por exemplo as ferramentas ou no conhecimento a implementação é nula E aí eu tenho um chute convicto e mesmo com as limitações se o conhecimento contemporâneo por exemplo uma avaliação baseada com essas ferramentas que apresenta por exemplo acurácia diagnóstica prognóstico atual fossem entregues de fato nós iríamos Minimizar erros muito esdrúxulos textos e de alguma forma né auxiliar numa melhor ou numa menor né incidência aí por exemplo de casos de dor independentemente daqueles que sejam então a meu ver o problema está na Gênese vocês estão
tentando solucionar um que tem existe a produção de ciência existe a divulgação de ciência que é uma ciência que não existe e que inclusive é subjugadas subestimada e mal falada aí vocês estão fazendo então produção divulgação GAP do entendimento que aí é de interesse do ser humano a pessoa tem que sentir essa necessidade para se envolver e estudar e talvez um dos mais difíceis implementação explicar para uma pessoa algo que ela não sabe e que muito menos sabe que precisa é desafiador é desafiador e isso fazer sentido ela ia atrás dedicar tempo porque não é
fácil é para tentar compreender implementar o seu dia a dia é impossível não é possível é difícil sim Aí cabe muito de estratégias para você tentar tocar o próximo Quem é Quem tá na ponta do iceberg o clínico é o cara que suger a mão a meu ver né então gente respondendo a pergunta do Léo eu Léo acredito que sim nós atualmente temos conhecimento ferramentas de avaliação e ferramentas de tratamento passíveis de diminuir ou até estabilizar aqueles dados feios que vocês trazem no de lance né que ao invés de estabilizar ou diminuir com toda essa
panace é informativa só aumenta pelo menos estabilizar ou diminuir Só que talvez a implementação ela inexitária ferramentas a meu ver sim elas não são impregs talvez essas seja Uma das uma das problemáticas né até desacelerar um pouco em produção de ciência e focar mais a implementação de ciências se for usar números geralmente infelizmente é muito infelizmente demoras em torno de uns 16 anos em média para algo sem implementa e é muito tempo isso eu concordo com Léo o desimplementado né nem sei se essa palavra existe na língua portuguesa é inglês implementation demora-se cerca de 16
17 anos em média para uma coisa porcaria parar de ser utilizada e uma coisa boa começar a ser utilizada então a gente precisa acelerar de fato isso não deixa eu trazer um pra gente poder caminhar finalmente deixa eu trazer um algumas informações que eu acho que são legais de trazer aquilo podcast eu acho que uma delas vai muito do que a gente tem falado aqui né o Léo por exemplo é Clínico ele é um Clínico treinado para avaliar tratar pessoas com dor Mas isso não é a realidade né é a maior parte não é treinado
para tratar pessoas com dor e o paciente com dor ele tem ali um estigma do paciente chato reclama de tudo que nunca melhora e ninguém quer ver esse paciente Ah já fiz tudo com esse cara esse cara não melhora como se a culpa de dar não melhor a força do paciente e de fato os dados que a gente tem aqui no Brasil são dados sobre ensino de dor na fisioterapia que a gente publicou em 2016 e a gente viu que 2018 que a gente viu que de praticamente 500 cursos que a gente avaliou 7% de
uma disciplina específica para dor né então assim 24 tinha uma disciplina específica para ensinar sobre dor de considerar aqui na maior parte dos casos fisioterapeuta que trabalha na área músculo esquelética de uma forma geral ele vai lidar em algum momento com pessoas com dor mas aí não tem como ele fugir então o ensino sobre dor no Brasil é extremamente precário e a gente está falando de fisioterapia em que a dor geralmente é uma queixa frequente agora imagine por exemplo na psicologia até na própria medicina em que talvez a dor não seja o carro-chefe Né não
seja a maior parte para algumas profissões a gente psicologia talvez psicologia não pense não Odonto talvez não seja é o carro-chefe então outra coisa interessante a gente os dois anos atrás o Léo até tá nesse paper comigo nessa revisão sistemática com o andar da Tele saúde né a gente começou a gente teve uma dúvida que foi o seguinte tá mas se a gente for pensar assim a gente for pensar numa fila de paciente numa fila de espera de paciente você vai ter um grande número de pessoas com dor que estão esperando atendimento a gente pensou
assim se esses pacientes recebessem um programa online né de acesso sobre informações sobre dor Será que ele iria melhorar e esses paciente não poderiam ter contato com o Clínico Então como é que funcionava né os estudos que a gente incluiu a gente pegava programas de educação e de auto manejo da dor que eram entregues para o paciente esse paciente fazia quatro semanas seis semanas seguindo esse programa e ele não tinha mais nenhum contato com o clínico e o que que a gente viu que programas entregues para esse pacientes de forma online tinha um melhor para
intensidade dor para incapacidade até é Médio prazo então isso muitas vezes pode ser uma estratégia para até para redução de filas de espera tá porque esses pacientes na maior parte dos estudos foram comparados com a fila de espera então recebeu um programa online e receber Nada é melhor receber um programa online que às vezes esse cara que tava na fila de espera ele melhora no Programa Online ele nem volta para o sistema de saúde Então acho que a gente tem muito caminho para andar né Mega desafios e a gente tem fatores que a gente não
vai controlar porque eles fogem da Clínica eles estão fora da porta do consultório fora do hospital e da Clínica eu me lembro muito bem de uma vez que eu tava assistindo uma palestra de uma pesquisadora canadense ela trabalha com crianças estudador em crianças de uma forma geral e ela tava falando que experiências adversas da infância eram fatores de risco para dor quando a criança se tornava adolescente e ela falava que as experiências adversas da infância eram separação dos Pais o pai foi preso eu me lembro de uma colega da África do Sul a Jack a
Jack foi lá no microfone e falou assim mas isso que você tá chamando de experiências adversas no meu país na África do Sul é muito diferente é Tiroteio a pobreza é coisa que você não vê no Canadá e é a realidade que a gente vive aqui a gente não vai conseguir muitas vezes de mudar a realidade social do paciente e isso pode ter um peso Grande para ele na experiência de vida então mais do que o profissional individual lidando com o paciente a gente precisa pensar em políticas de saúde voltada para pessoas com dor crônica
considerando que adorar atrás gastos diretos e indiretos né aposentadoria precoce presenteísmo a gente tem uma série de repercussões que a dor traz Mas se a gente for olhar o programa do governo para até 30 sobre que que ele vai o que que ele pensa em saúde e nenhum momento ele fala sobre dor né fala de mortalidade infantil fala de acidente de trânsito fala de acidente né tiroteio mas no momento ele fala de dor então mega mega sub considerado né pelas políticas públicas de uma forma geral é complicado gente a gente poderia ficar que horas né
porque eu sempre falo assim eu lembro a primeira vez que eu escutei o Felipe palestrar e eu ficava assim não dá vontade de ficar perguntando e horas e horas deixar acabar e a semana passada quando o Léo fez uma live com Léo eu não tava participando mas eu tava aqui escondido com as crianças com foninho de ouvido ouvindo dava vontade de ligar o microfone para entrar na conversa que é um assunto que não tem fim né e batemos o nosso recorde hoje maior podcast e eu tenho certeza que dá uma Sobra para não podia voltar
e falar mais porque esse assunto tem muita coisa legal para se falar é mas que delícia de assunto queria muito muito agradecer o Felipe o Léo para participação pelos conhecimentos divididos eu tenho certeza eu aprendi um monte eu tenho hora que eu abaixo a cabeça começa a notar fazer eu vou anotar que eu quero ler isso depois que foi muito legal muito obrigada mesmo Obrigado Felipe Obrigado Léo deixa eu fazer uma coisa que a gente gosta sempre fazendo final é Léo onde que a gente acha nas redes sociais onde que você gostaria de ser encontrado
Você tem uma formação de clínicos para dor seria legal ser divulgar também coloca aí onde que a gente acha o Léo Ávila perfeito eu estou assíduo no Instagram chama-se tudo sobre dor e já que você me deu oportunidade para quem tem interesse sim eu tenho um curso uma capacitação online sobre dor tem mais de 110 horas disponíveis além de um plano que o nome meio como resenhador né um plano de educação continuada todos os meses eu disponibilizo em torno de duas horas e meia fragmentadas em duas é vídeo aulas para profissionais da Saúde estudos do
mês né que foram no caso publicados eu desenvolvo resenhas transforma em vídeo aulas e oferta para quem nos assina será um prazer né tenho interessados comigo para todos os profissionais de saúde independentemente da graduação graduados ou graduantes nós vamos colocar o link na descrição do vídeo lá nas plataformas de Podcast também tá bom a gente acha querida Léo perfil meu perfil Felipe JJ Reis Mas eu também queria convidar as pessoas a conhecer o pesquisador@pesquisaindor ou site www.pes.com.br porque lá tem muita ferramenta e muita informação para as pessoas que lidam com dor tanto paciente quanto Clínico
ou todas as manhãs do futebol ali no Recreio dos Bandeirantes [Risadas] Vamos marcar isso aí é fácil meu amor vocês me encontra no Instagram se o landerlaine Costa beleza pessoal e se você precisar fala de você também é a gente tem um canal no YouTube Léo Costa PBR e o nosso site www.pb.com.br e o melhor amigos muito obrigado pela atenção pela generosidade e a gente se vê em breve a gente se vê daqui a dois em Campinas um beijo para vocês Muito obrigado obrigada mesmo foi uma delícia