LENDAS QUE O POVO CONTA NA ROÇA - RELATOS REAIS DE TERROR

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Pesadelos de uma Pessoa Qualquer
🔥 LENDAS QUE O POVO CONTA NA ROÇA - RELATOS REAIS DE TERROR 🌙👻 Você já ouviu aquelas histórias q...
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[Música] esse ano resolvi tirar uns dias de folga e fui passar as férias na roça com minha família a gente sempre faz isso quando dá mas dessa vez foi diferente não só porque fazia tempo que eu não ia mas porque foi nessa viagem que eu ouv a história mais macabra da minha vida casa dos meus avós fica numa fazenda afastada dessas que a estrada de terra leva um tempão para chegar de dia é um sossego só o cheiro do mato o barulho dos bichos mas de noite Rapaz é outro mundo o breu toma conta as
árvores fazem sombra estranha e qualquer barulhinho já deixa a gente com a pulga atrás da orelha naquela noite caiu uma tempestade braba relâmpago trovão o vento assobiando no telhado e para completar a energia caiu lá na roça é assim qualquer chuva mais forte e já era fica todo mundo no escuro só com Lampião e vela para ajudar Foi aí que minha avó resolveu acender a lamparina e a gente se juntou na sala Meu pai minha mãe meus tios primos e o vô era o jeito sem luz sem TV sem nada o negócio foi puxar assunto
e contar história aí meu avô que é daqueles que viveu de tudo começou a falar vocês estão achando ruim ficar no escuro pois eu já vi coisa que me fez rezar para nunca mais ver ele ajeitou o chapéu tomou um gole de café frio e olhou pra gente com um olhar que eu nunca tinha visto antes e se eu contar da noiva da estrada na hora minha avó deu um jeito de mudar de assunto deixa disso homem essas coisas só traz coisa ruim mas aí a gente curioso que só pediu para ele contar e ele
contou meu avô disse que isso aconteceu quando ele era mais novo devia ter uns 30 anos na época trabalhava num uma fazenda grande coisa de muito gado terra para todo lado tinha um amigo dele o Zeca que também trabalhava lá e de vez em quando pegava estrada de terra pra cidade de madrugada porque ia buscar mantimento ou resolver alguma coisa numa dessas Zeca saiu de moto quase meia-noite Era longe coisa de uns 40 minutos de viagem tudo estrada de terra sem poste sem nada a única luz era a da lua e do farol da moto
lá pras tantas já Volt Fazenda Zeca viu uma mulher parada na beira da estrada vestida de noiva era branca que nem papel meu avô disse olhando pro chão como se lembrasse de algo que ele preferia esquecer Zeca freou a moto sem acreditar no que tava vendo a mulher estava de pé sozinha segurando o buquê de flores que parecia murcho meio escuro o vestido era velho meio sujo arrastando no chão o vé cobria o rosto dela mas ele jura que dava para ver que ela tava chorando e você acha que ele fez o quê perguntou meu
avô olhando pra gente ninguém respondeu chamou Zeca perguntou se ela tava bem se precisava de ajuda mas a mulher só Ficou ali parada Chorando Baixinho ele desceu da moto e foi chegando mais perto Foi aí que ele viu os pés dela meu avô fez uma pausa olhou pra porta como se estivesse conferindo se tava fechada ela não tinha a gente ficou sem ar a mulher tava flutuando o vestido parecia encostado no chão mas não tinha nada ali Zeca gelou na hora voltou correndo pra moto e tentou ligar mas o motor não pegava e a mulher
começou a rir mas não era um riso normal não era um negócio arrastado ruim de ouvir que gelava o sangue o motor da moto voltou a pegar derrepente e Zeca arrancou dali o mais rápido que pôde mas no retrovisor ele ainda viu a mulher só que agora ela estava mais perto muito mais perto ele jurou que sentiu um peso nas costas como se alguém tivesse subido na garupa A moto ficou mais pesada o motor começou a engasgar foi quando Ele olhou pra frente e viu o rosto dela refletido no farol da moto a pele era
acinzentada os olhos Fundos e a boca ele disse que era grande demais não era boca de gente não a última coisa que ele ouviu foi um grito agudo que pareceu atravessar a cabeça dele a moto tombou e ele apagou quando acordou já era de manhã uns peões da fazenda Acharam ele caído no meio da estrada todo ralado moto virada mas sem nenhum arranhão na máquina ele voltou pra fazenda contou pro meu avô e jurou que nunca mais pegava aquela estrada de noite e não pegou mesmo meu avô disse mas teve gente que pegou ele respirou
fundo e continuou uma semana depois um rapaz que trabalhava na venda da cidade passou pelo mesmo caminho mas diferente do Zeca ele não parou a gente ficou esperando ele continuar só que ele também não chegou no destino meu avô ficou um tempo calado Depois de falar que o rapaz da venda nunca chegou ao destino a lamparina tremulava no canto da sala e a chuva lá fora ainda castigava o telhado todo mundo ficou esperando ele continuar mas parecia que ele estava pensando bem antes de falar o nome dele era Tião trabalhava na na venda do seu
Aristides lá na cidade gente boa vivia rindo brincando mas era teimoso que só quando ouviu o que aconteceu com o Zeca deu risada meu avô imitou a voz de Tião que nada seu Zeca isso aí é cansaço coisa da cabeça eu passo lá direto e nunca vi nada mas o destino é traiçoeiro era uma sexta-feira Tião fechou a venda mais tarde que o normal e resolveu cortar caminho pela mesma estrada de terra onde Zeca tinha visto a noiva O problema é que naquela noite não tinha lua o céu tava carregado de nuvem tudo escuro e
só o farol da bicicleta iluminava a estrada cheia de Barro dizem que foi lá para 2as da manhã que aconteceu Tião tava pedalando meio distraído cantarolando quando viu uma coisa branca no meio da estrada ele contou para alguém perguntei já arrepiado não contou não mas a gente ficou sabendo mesmo assim meu avô Pou e tomou mais um gole do café frio na manhã seguinte o dono da venda estranhou que Tião não apareceu para trabalhar mandaram chamar na casa dele mas ninguém sabia onde ele tava Foi então que resolveram refazer o caminho que ele fazia toda
a noite encontraram a bicicleta jogada no meio da estrada perto da entrada de uma fazenda abandonada o guidão torto o pneu dianteiro estourado parecia que ele tinha batido em alguma coisa mas Tião Nem sinal procuraram por ele o dia todo meu avô disse no mato no rio perguntaram nos sítios vizinhos e nada no terceiro dia de busca resolveram chamar um padre padre por quê perguntei meu avô me olhou de canto de olho porque quem mora na roça sabe que tem coisa que não é desse mundo Naquela tarde um grupo de homens saiu de novo para
procurar por Tião levando o padre junto e foi então que um deles viu alguma coisa no mato alto perto da cerca um pano branco quando chegaram perto perceberam que era um pedaço de vestido de noiva sujo de barro aí foi que todo mundo sentiu um arrepio no espinhaço disse meu avô coçando a barba mas o pior ainda tava por vir há poucos metros do vestido eles encontraram Tião De Joelhos no meio do mato os olhos arregalados a boca aberta num grito silencioso o corpo gelado como se tivesse morrido fazia dias mas ele estava Vivo Vivo
meu primo perguntou assustado vivo mas nunca mais disse uma palavra ele respirava comia olhava pras pessoas mas nunca mais falou nunca mais saiu de casa sozinho nunca mais pedalou uma bicicleta parecia que alguma coisa tinha sugado a alma dele dizem que à noite Ele começava a chorar baixinho E se alguém perguntasse o que tinha acontecido naquela madrugada Ele começava a rir um riso arrastado estranho igual ao que Zec ou viu naquela estrada depois disso ninguém mais duvidou da história da noiva da estrada a essa altura todo mundo na sala tava sem fôlego minha avó rezava
baixo mexendo no terço entre os dedos o silêncio era tanto que dava para ouvir o vento passando pelas frestas da janela mas V falei meio hesitem era essp como pergunta dizem que era uma moça chamada Clara noiva do filho de um fazendeiro iam casar tudo certo igreja arrumada festa marcada mas no dia do casamento o noivo fugiu foi embora com outra deixou a pobre moça esperando no altar ela ficou ali parada vestida de noiva olhando a porta da igreja aberta e quando viu que ele não ia voltar o que aconteceu minha prima perguntou meu Av
olou PR gente e Então disse ela se matou a noiva pegou um lenço de seda que tinha no vestido e se enforcou num pé de árvore bem na beira da estrada e desde então ela ainda espera espera alguém que a leve ao casamento que nunca aconteceu espera uma alma para substituir a dela depois daquela história ninguém mais quis falar Ficamos um tempo em silci ouvindo a chuvaa euem atenção no barulho só conseguia pensar naquela estrada de terra e então a luz voltou minha avó fez o sinal da cruz e se levantou para pegar mais café
eu tentei rir aliviar o clima vô essa estrada aí ainda existe ele demorou para responder existe mas ninguém mais passa por lá depois que escurece naquela noite eu demorei a dormir e no meio da madrugada Acordei com um som estranho lá fora alguém chorando mas mas eu não tive coragem de olhar pela janela porque no fundo eu sabia o que ia encontrar um vestido branco sujo de terra e uma mulher esperando alguém para levá-la ao altar quem já morou na roça sabe que tem coisa que a gente não explica tem história que o povo conta
de geração em geração e por mais que alguém diga que é bobagem ninguém se atreve a pagar para ver isso aconteceu uns anos atrás quando eu ainda era novo e vivia na cidade grande mas todo ano nas férias eu voltava pro sítio dos meus avós num canto de estrada de terra onde só passava caminhão de leite e carroça de boi naquela época eu já dirigia e como meu tio trabalhava na cidade vizinha fiquei responsável por buscar minha prima num povoado um pouco afastado era uma estrada de chão daquelas cheias de buraco cercada de Mato Alto
e com uma Encruzilhada bem no meio eu saí tarde demais naquele dia a lua tava cheia enorme no céu e o rádio do carro só pegava chiado eu tava sozinho só ouvindo o som do motor e o farol iluminando a poeira no caminho e então eu vi lá na frente bem no meio da Encruzilhada tinha alguém sentado eu diminuí a velocidade no começo achei que era era só um velho descansando coisa comum de se ver na roça mas conforme fui chegando perto senti um arrepio gelado subir pela minha espinha o velho usava um chapéu grande
desses de palha bem gasta e uma roupa velha e encardida Mas o pior Foi o olhar ele não tava olhando pra Estrada nem pro chão ele tava olhando diretamente para mim como se já soubesse que eu ia passar por ali meu peito Ficou apertado na hora não sei explicar mas parecia que aquele velho já tava ali me esperando e não era um olhar normal não era olhar de gente os faróis do carro Bateram nele e juro por Deus parecia que os olhos dele refletiam a luz igual olho de bicho no escuro mas não desviou o
olhar continuou ali fixo em mim como se me atravessasse a alma meu instinto foi pisar no acelerador e passar reto mas ao mesmo tempo eu sabia que na roça não se deixa um velho sozinho no meio do caminho de noite Isso é falta de respeito fui chegando mais perto e foi aí que notei outra coisa esquisita o velho não mexia um músculo nem piscava nem respirava parecia uma estátua sentada ali no barranco da estrada parei o carro do outro lado da Encruzilhada e abaixei o vidro Boa noite vô tá tudo bem o senhor precisa de
ajuda minha voz saiu meio embargada senti um arrepio no fundo do estômago e no mesmo instante o rádio do carro ligou sozinho soltando um chiado alto como se alguém tivesse girado o botão do volume no máximo na mesma hora o velho levantou a cabeça um pouco mais e eu vi que ele tava sorrindo Mas era um sorriso errado largo demais esticado demais eu senti meu sangue gelar na roça todo mundo sabe que Encruzilhada não é lugar de gente de bem é onde o povo faz reza braba despacho promessa Tem coisa que acontece ali que É
melhor nem saber e foi aí que eu lembrei de uma história que meu avô contava quando a gente era pequeno diziam que muitos anos atrás Um fazendeiro rico daquela região tinha feito um pacto o homem era dono de terras vastas gado gordo mas a ganância dele não tinha fim o povo falava que numa noite de lua cheia ele foi até aquela mesma Encruzilhada e fez um trato com algo que não era desse mundo depois daquele dia A Fazenda prosperou como nunca mas dizem que quando chegou a hora de pagar a dívida o fazendeiro fugiu ninguém
sabe para onde ele foi mas dizem que a Encruzilhada nunca esqueceu e que de tempos em tempos um velho aparece sentado ali esperando por alguém esperando uma Alma Nova para levar no lugar dele e ali estava eu parado na frente daquele velho que não piscava que Sorria de um jeito errado eu engoli seco meu coração começou a bater tão forte que eu podia ouvir dentro do peito não sei explicar mas era como se o ar ao redor tivesse ficado mais pesado mais grosso o velho continuava ali imóvel só me encarando com aquele sorriso largo demais
o rádio do carro seguia chiando alto um som estranho como se vozes distorcidas tentassem sair dali no meio do ruído eu queria sair dali mas meu corpo parecia travado era como se algo me segurasse o senhor tá precisando de ajuda minha voz saiu meio embargada o sorriso do velho ficou ainda maior e eu juro por tudo que é sagrado que vi os dentes dele eram errados não pareciam dentes normais pareciam finos cumpridos demais e brilharam quando a luz do farol bateu então ele falou foi a voz mais errada que já ouvi grave arrastada como se
viesse de dentro da terra me leva foi isso mas o jeito que ele falou me deu um gelo na espinha Me leva para onde Quem era aquele homem então percebi outra coisa os pés dele não estavam tocando o chão eu não tinha reparado antes mas quando olhei direito vi que ele estava sentado ali no barranco mas as pernas estavam suspensas no ar ele não tinha sombra eu senti o desespero crescer no meu peito foi quando notei o cheiro veio um vento quente carregado com um cheiro de enxofre misturado com terra molhada e bicho morto era
forte pegajoso enfiando no nariz e na garganta aquele negócio na minha frente não era gente meus instintos gritaram liguei o farol alto fechei o vidro e engatei a marcha o velho não se mexeu mas vi sua boca abrir um pouco mais e um som baixo quase como um Ronco vindo do fundo da garganta começou a sair dali na mesma hora todas as luzes do carro o motor tociu e apagou eu tava preso ali meu sangue gelou eu tentava virar a chave e nada o carro simplesmente não pegava o rádio continuava com aquele chiado esquisito e
no meio do som comecei a ouvir uma risada baixa distorcida mas não vinha de dentro do carro vinha de fora dele meu corpo inteiro tremia eu virava a chave com força pisava no acelerador mas o carro não pegava de jeito nenhum e aquele velho aquela coisa continuava ali sentado sorrindo daquele jeito torto com aqueles dentes errados e os olhos brilhando no escuro a risada dele ficava mais forte era baixa rouca parecendo um Eco que vinha debaixo da terra e então devagar ele começou a se levantar não foi um movimento normal parecia que os ossos estalavam
a espinha se dobrava de um jeito esquisito ele era alto muito mais alto do que parecia sentado eu já estava rezando tudo que eu sabia pedindo a Deus aos anjos a qualquer santo que me tirasse dali e então o velho deu o primeiro passo ele não andava como gente era como se deslizasse pelo chão os pés dele mal tocavam a terra e eu finalmente vi ele não tinha sombra o desespero tomou conta de mim comecei a socar o volante pisar no acelerador com toda a força foi quando ouvi um estalo a luz do farol piscou
uma última vez e ele sumiu não andou para trás nem pro lado simplesmente desapareceu como se nunca tivesse estado ali no mesmo instante o carro ligou o motor rugiu alto os faróis voltaram ao normal e o cheiro podre sumiu eu não pensei duas vezes engatei a primeira e saí Dali cantando pneu levantando poeira não olhei pelo retrovisor não quis saber se ele tava ali ainda só fui parar quando cheguei na casa da minha avó entrei correndo branco feito um papel e minha avó nem perguntou nada ela só olhou para mim e disse você viu né
meu coração gelou o quê Ela suspirou pegou um terço e mandou eu sentar seu avô viu quando era moço seu pai também e agora você essa Encruzilhada já levou muita gente mas vocês tê proteção só reza meu filho Reza e nunca mais passa por lá sozinho Eu rezei mas nunca mais fui o mesmo e nunca mais passei por aquela Encruzilhada depois do pôr do sol rapaz eu não sei nem se te conto isso direito porque até hoje me dá um arrepio na espinha só de lembrar mas já que você quer saber vou te dizer só
me promete uma coisa nunca vai mexer com o que tá quieto isso aí aconteceu faz tempo muito tempo antes de luz elétrica chegar nesses cantos o povo ainda vivia de lamparina e de escutar rádio de pilha quando queria notícia do mundo mas o que eu vou te contar não foi coisa que ouvi por aí não eu vi com esses olhos que a terra há de comer aquele Engenho Deus me livre desde menino eu já ouvia falar que tinha coisa ruim ali não era uma história só não era um tanto de gente contando que viu que
ouviu que sentiu um arrepio quando passava perto diziam que era os escravos que morreram lá dentro outros falavam que foi um feitor Cruel que fez um pacto e foi levado o que é verdade eu não sei mas sei o que eu vivi e aconteceu assim se tinha uma coisa que a gente gostava de fazer quando era mais novo era caçar passarinho com bodo Eu sei eu sei hoje eu vejo que era maldade mas menino não pensa n essas coisas né era diversão a gente ia para perto do rio andava no mato voltava só com fome
só que um dia um infeliz teve a ideia de ir pro lado do Engenho Velho é besteira bora logo disse Chico que era o mais abusado da turma a gente bobo que era foi atrás e foi aí que começou a desgraça a primeira coisa que eu senti quando a gente chegou perto foi um calor estranho e olha que já tava entardecendo era para estar mais fresco mas a ali perto daquela ruína o ar parecia parado pesado diferente o mato tinha tomado conta de tudo a roda d'água estava quebrada O Casarão meio caído mas o pior
era o silêncio não tinha passarinho não tinha sapo nem grilo só aquele barulho de nada tão com medo é Chico riu Pois eu vou entrar e entrou a gente besta foi atrás lá dentro Deus me perdoe mas ali não era lugar de Cristão o chão era de pedra mas parecia que tinha uma coisa grudenta nele o cheiro era ruim podre feito carne estragada Mas o pior o pior foi o barulho primeiro parecia longe um rangido depois veio um som de corrente arrastando o frio bateu na gente como se o vento tivesse soprado direto da boca
do inferno e então a gente ouviu um gemido baixo dolorido vindo lá de dentro das partes escuras do Engenho ninguém precisou falar nada corremos feito alma penada tropeçando no mato rasgando a perna nos espinhos Mas Chico Chico não saiu quando a gente percebeu que ele não tava mais atrás já tava longe e aí amigo a gente ouviu ouviu o grito dele mas não era grito de susto não era um grito de quem tava vendo o inferno se abrir na frente rapaz aquele grito até hoje eu ouço na minha cabeça na hora ninguém teve coragem de
voltar o medo foi maior que qualquer amizade e falo isso com vergonha mas é a verdade a gente só correu cada um para um lado tropeçando no mato rasgando a roupa nos espinhos Só parei quando cheguei em casa suado com o coração parecendo que ia arrebentar o peito minha mãe me viu naquele estado e já veio perguntando o que foi mas eu não conseguia falar só tremia com a respiração toda errada e Chico bom o Chico só apareceu no outro dia só que o Chico que voltou não era o mesmo que entrou naquele engenho de
manhã cedo antes do sol nascer direito Bateram na porta lá de casa era o pai do Chico seu Laurentino com a cara fechada esbaforido se estavam com o Chico ontem minha mãe olhou para mim e eu não tive escolha só fiz que sim com a cabeça ele chegou em casa desorientado seu Laurentino continuou tá sujo arranhado os olhos esbugalhado e não fala nada com nada rapaz quando ele disse isso Um frio subiu pela minha espinha fomos lá na casa do Chico e o que eu vi ali Deus me perdoe Chico estava sentado no canto do
quarto abraçado com os joelhos balançando pra frente e para trás os olhos estavam abertos vermelhos inchados Mas o pior o pior era a cara dele que parecia oco era como se tivesse deixado alguma coisa naquele Engenho fala menino o que foi a mãe dele implorava segurando ele pelos ombros nada Chico só murmurava baixinho e eu juro por tudo que é mais sagrado Ele tava dizendo arrastando arrastando ele vem ele vem naquela mesma semana Levaram ele num rezador seu expedido um velho que morava longe lá pros fundos da fazenda e que sabia dessas coisas de quebranto
de mau olhado o homem olhou pro Chico e disse na hora esse menino viu coisa que não devia ele pegou um galho de Arruda começou a rezar e passar na testa dele e aí Chico começou a gritar mas não era um grito de dor não era desespero era como se alguém estivesse ali naquele quarto vendo tudo e rindo da nossa cara seu Expedito parou suspirou e disse baixo o que tá grudado nele não quer soltar ninguém falou nada só tem um jeito ele continuou ele tem que voltar lá a mãe do Chico berrou disse que
não que nunca ia deixar mas o pai ah o pai sabia sabia que se não fizesse aquilo o filho dele ia ficar do jeito que tava ou pior e foi assim que contra toda a lógica e contra todo o medo que eu sentia a gente voltou naquele engenho de noite do jeito que ele foi encontrado rapaz se eu disser que não tremia que nem vara verde eu tô mentindo o caminho parecia mais longo mais escuro o mato fazia barulho de um jeito estranho como se sussurrasse alguma coisa Chico ia na frente segurado pelo pai e
pelo rezador ele estava meio mole arrastado quando pisamos na entrada do Engenho a primeira coisa que a gente ouviu foi um riso baixo vindo do escuro seu Expedito olhou pra gente e murmurou já sabe que a gente tá aqui e Então antes que alguém pudesse reagir o chão tremeu Chico berrou caindo de joelhos ele começou a vomitar um trem Preto Grosso que tinha um cheiro pior que carniça foi quando a gente viu na porta do Engenho encostado na parede como se Esperasse a gente tinha um homem um velho de chapéu mas ele não é era
normal os olhos dele eram dois buracos negros o rosto era enrugado com um sorriso torto como se tivesse sido rasgado de orelha a orelha ele olhava pra gente e ria baixo arrastado o mesmo riso que a gente tinha ouvido antes e então ele deu um passo pra frente as correntes no chão chacoalharam e aí amigo aí eu não lembro mais só sei que quando acordei já era de manhã e deitado na varanda da casa do seu Expedito meu corpo estava gelado Chico ele estava do meu lado dormindo o velho sumiu mas desde aquele dia nunca
mais ninguém teve coragem de pisar naquele Engenho e se me perguntar se ele ainda tá lá sei não mas às vezes de noite quando venta forte eu juro que ainda escuto o barulho daquelas correntes arrastando tem coisa nesse mundo que homem nenhum devia se meter a entender eu falo isso porque se tivesse ouvido os mais velhos se tivesse respeitado os sinais talvez eu não tivesse visto o que vi talvez O Zé ainda estivesse vivo mas antes de contar o que aconteceu naquela mata deixa eu dizer uma coisa Nunca entre sozinho num lugar onde os bos
param de fazer barulho se isso acontecer corre se puder eu não corri e vi ela vi a mãe do mato e vou te contar não era para homem nenhum ver eu e o Zé Sempre fomos meio teimosos criados no interior naquelas bandas de Goiás onde a mata fecha de um jeito que nem a lua consegue atravessar a gente cresceu ouvindo os mais velhos falarem da mãe do mato mas nunca deu muita trela Dizi ela homem sozinho que se você ouvisse um canto vindo do meio da Mata era melhor tampar os ouvidos e sair dali o
mais rápido possível se ela cantar para tu já era a vó do Zé falava cuspindo pro lado como se fosse coisa suja quem escuta nunca mais volta besteira né bom a gente achava que era até o dia que resolvemos entrar na mata sozinhos de noite e aí meu amigo aí a gente viu que algumas histrias são verdadeiras até demais eu sei eu sei pode dizer que fomos burros teimosos o que for mas naquela época a gente achava que era só história para assustar menino o povo da roça tem dessas né sempre inventa um causo pra
gente não se meter onde não deve só que nessa aí nessa aí tinha verdade demais o Zé era meu primo de primeiro grau nascemos quase no mesmo ano criados juntos como irmãos desde moleques vivamos metidos no mato sabíamos cortar caminho no brejo escalar pedra caçar pescar nosso avô dizia que a gente era bicho do mato de tão acostumado que era com aquele mundar de verde mas naquela noite a gente percebeu que não sabia nada foi numa sexta-feira a gente estava ajudando o vô no rancho consertando cerca quando ele comentou não fica tarde aí no mato
não já tão falando que tem coisa estranha paraas bandas do Morro da onça coisa estranha como perguntei o velho olhou pros lados antes de responder como se estivesse com medo que alguma coisa ouvisse o Silveira perdeu uma vaca lá dentro diz que encontrou só os ossos e umas flores que ninguém nunca viu antes o Zé riu Isso é só onça vô o mato tá fechado demais os bichos estão saindo para pegar as criação o vô não riu ele só Cuspiu o fumo levantou a aba do Chapéu e falou pode ser mas eu digo uma coisa
onça não arranca a alma de ninguém ficamos quietos o velho se afastou resmungando e eu e o Zé trocamos um olhar dava para ver no olho dele que estava pensando a mesma coisa que eu vamos lá ver o que tá acontecendo e foi aí que começou o nosso inferno a lua cheia já tava Alta quando pegamos as lanternas e as facas e seguimos pro mato não contamos para ninguém se o vô descobrisse ia dar uma surra de vara daquelas de marcar o lombo cruzamos a estrada de terra e entramos no Morro da Onça de início
Parecia tudo normal o barulho de sapo grilo bicho andando no mato o de sempre mas quanto mais a gente avançava mais estranho ficava o som foi sumindo primeiro os grilos depois os sapos depois os passarinhos até o vento parou a mata ficou muda eu troquei um olhar com o Zé ele estava com a lanterna firme na mão mas o rosto dizia tudo a gente devia ter voltado ali mas não voltou Porque bem no meio daquela escuridão ouvimos um barulho uma mulher cantando Eu e o Zé Paramos na mesma hora o som vinha de dentro da
Mata meio abafado pela folhagem mas a voz era nítida e bonita era um canto Manso baixo quase sussurrado não era música que a gente conhecia não era moda de viola não era reza não era nada que desse para reconhecer mas mexia com a gente parecia que puxava sabe como se a voz não estivesse só no ouvido mas dentro da cabeça quem é que ia tá cantando nesse fim de mundo uma hora dessas o Zé sussurrou eu não respondi só balancei a cabeça porque também não sabia mas ao invés de dar meia volta e meter o
pé dali o Zé fez o que Qualquer cabra teimoso faria apontou a lanterna na direção do som e andou na frente a gente foi pisando devagarinho desviando dos Galhos das raízes tentando não fazer barulho o canto ficava cada vez mais alto mais claro tinha algo errado naquela voz era suave bonita mas não tinha fôlego não tinha pausa para respirar era como se a coisa que estivesse cantando não precisasse de ar eu já tava suando frio foi quando o Zé parou de repente a lanterna tremia na mão dele Olha isso ele murmurou eu olhei no chão
bem no meio da trilha tinha um monte de flores esquisitas eram brancas com as pétalas finas e Compridas e um cheiro forte doce doce demais aquele cheiro parecia Mel mas era enjoado pesado forte a ponto de dar dor de cabeça e o pior no meio das Flores tinha um monte de ossos não eram de vaca nem de onça eram pequenos e humanos a lanterna do Zé tremia mais forte você tá vendo mesmo que eu eu fiz que sim com a cabeça sem conseguir falar nada foi então que a voz parou de repente seca como se
alguém tivesse cortado ela com uma faca a gente prendeu a respiração o mato inteiro estava silêncio puro eu senti um calafrio subindo pelo pescoço e o Zé apertou o meu braço vamos embora agora a gente deu um passo para trás e foi aí que ouvimos um galho quebrando atrás da gente eu não sei como explicar mas de alguma forma Sabia que não estava mais sozinho quando Zé puxou o meu braço e tentava dar a volta para voltar a sensação de estar sendo observado aumentou de uma maneira que Me apertava o peito o barulho do Galho
quebrando não tinha sido coincidência eu não vi ninguém não vi nada mas sentia a presença de algo era uma sensação abafada como se o ar estivesse mais denso mais pesado sombras ao redor pareciam se mover eu não sou de ficar imaginando coisa mas ali no meio do mato com a lua cheia acima e o cheiro daquela flor estranha no ar eu sabia que alguma coisa estava ali Zé não disse mais nada ele sabia assim como eu que tinha algo errado e por mais que tentássemos nossos pés não conseguiam mais se mover rápido era como se
o chão estivesse grudado como se o mato estivesse nos prendendo eu olhei para ele e o rosto do Zé estava pálido os olhos arregalados como quem viu um espírito a boca estava seca a língua mal se mexia Foi então que a voz voltou mas agora o canto já não era mais suave e bonito era uma risada e a risada vinha do fundo da floresta ecoando como se estivesse nos cercando nos invadindo era uma risada de mulher mas não era humana era baixa gutural como se não viesse da boca de uma pess mas sim de algo
dentro da Terra era uma risada que congelava su espinha que fazia o coração bater mais forte que te fazia desejar voltar mas sem saber para onde eu segurei a lanterna com força e Zé olhou para mim com os olhos arregalados ele queria gritar mas a garganta Parecia ter sido fechada por algo invisível vamos embora Zé vamos sair daqui eu disse quase sem voz mas quando dei o primeiro passo eu senti senti que o mato estava me puxando era como se as raízes quisessem me segurar eu tentei me soltar tentei correr mas os galhos se entrelaçaram
nos meus braços me prendendo Olhei pro Zé e ele estava lutando com os galhos os olhos desorbitados ele estava começando a ser arrastado para trás pro centro da floresta Zé eu gritei correndo para tentar puxar ele mas os galhos pareciam ter vida própria Foi então que eu vi eu nunca tinha visto nada igual ela surgiu de dentro da Mata do meio das árvores com o vestido branco balançando como se estivesse flutuando a pele dela estava pálida quase transparente os olhos dela os olhos dela eram profundos negros como se não houvesse fundo nenhum não eram olhos
humanos eram olhos que não pertenciam à aquela terra e o sorriso O sorriso dela era largo demais bizarro distorcida como se estivesse brincando com a gente ela se aproximou e os galhos se afastaram como se o próprio mato a respeitasse eu senti o ar gelar E o Zé coitado só se arrastava no chão como se já tivesse sido derrotado ela se abaixou bem na frente dele e disse com uma voz doce e sussurrante agora você é meu eu vi o Zé tremer seus olhos se fechando lentamente como se o corpo dele já estivesse perdendo a
fora eu tentei eu juro tentei puxá-lo de volta mas era como se ele estivesse preso por correntes invisíveis e então ela olou para mim os olhos negros me encararam e eu soube naquele momento que eu tinha que correr eui cost e não vi mais nada além da minha própria corrida os galhos se arrast no meu rosto raízes tentavam me segurar Mas eu não parei não olhei para trás não pensei eu só corri euri não sei por quanto tempo nem por quanto chão passei minha mente estava turva meus pés pesados e o som daquelas risadas ecoava
atrás de mim como se me seguissem o que eu vi naquela hora Foi um pesadelo uma visão que não era para ser real mas que ficou gravada nos meus olhos para sempre eu não sei como eu escapei não sei como consegui sair daquele maldito mato mas quando dei meu último passo fora da trilha me vi na estrada novamente o céu mais claro a lua brilhando mais forte do que nunca o som as risadas tudo tinha desaparecido mas o peso aquele peso em meu peito parecia que a mata ainda me cercava como se tivesse deixado um
pedaço de mim lá dentro olhei para trás ofegante e vi o Zé ele estava na beira da estrada parado com os olhos vazios não tinha expressão só uma vazio profundo como se ele já não fosse mais o Zé que eu conhecia zé zé eu gritei correndo até ele mas ele não reagiu ele estava ali como uma casca vazia eu gritei seu nome novamente mas não houve resposta era como se ele estivesse ali mas não estivesse como se a alma dele tivesse ficado lá no fundo da floresta eu não sei o que aconteceu com ele depois
disso nunca mais o vi como era não posso explicar o que aconteceu mas quem estava ali não era mais meu amigo dizem que quem se aproxima da mãe do mato não volta mais da mesma maneira eu vi o Zé mudar diante dos meus olhos e sei que ele foi levado levado por algo que não podemos entender ou talvez a própria mãe o tenha levado como ela levou tantos outros Antes de nós os meses se passaram mas a memória daquela noite nunca me deixou eu sei que a mãe do mato está lá esperando por aquele aqueles
que se perdem na floresta esperando por quem se atreve a seguir seus cantos e suas risadas a cada lua cheia eu sinto a presença dela nas sombras observando esperando o próximo encalo Que cruzará seu caminho e não importa o quanto a gente tente negar ou se afastar do que vimos a verdade é que a mãe do mato nunca vai embora ela permanece no coração da floresta nas sombras das árvores e nas Raízes que puxam quem se atreve a olhar para dentro dela por isso Se algum dia você ouvir o canto suave o sussurro doce ou
até mesmo a risada distante no meio do mato não siga não importa o quão tentador seja o que está lá dentro a coisa que habita as sombras da floresta não vai te deixar sair a mãe do mato não deixa ninguém escapar e assim Termina a história eu soube Naquela noite que tem coisas que a gente não pode entender que o mato tem seus próprios segredos que Existem forças que a gente não pode ver mas sentir e quando você sente já é tarde demais então fique esperto meu amigo o mato Pode parecer bonito e acolhedor mas
só até a lua cheia iluminar o caminho errado era um tempo em que as coisas na fazenda estavam começando a ficar estranho eu tinha uns 18 anos era novo sem muita responsabilidade e costumava sair de madrugada pela Mata para caçar não tinha medo de nada e andava pelas matas da minha família como quem caminha por um campo conhecido mas ninguém nunca me avisou sobre as coisas que aconteciam quando a gente desrespeitava o que não devia naquela época morávamos numa fazenda que ficava lá pras bandas de Santa Maria no interior a terra era boa a colheita
era mas sempre ouvimos falar das histórias do povo mais antigo sobre a tal Comadre Fulozinha diziam que ela era a protetora da Mata e que quem a desrespeitasse teria que pagar caro por isso sempre ouvi os mais velhos contando histórias sobre ela mas eu nunca acreditei nessas lendas para mim era tudo Conversa de Gente velha mais medo do que verdade na verdade nunca pensei muito nessas coisas se a história não me afetava eu ignorava mas aí aconteceu que ninguém po prever era uma tarde quente de agosto e eu estava caçando como de costume perto do
Açude que ficava na parte de baixo da propriedade O Açude era um Ponto Central lá da Fazenda uma reserva de água que parecia não ter fim tinha peixe e algumas jacarés velhos mas o principal mesmo era a água que o açude mantinha fonte de vida para tudo na fazenda às vezes ficava sentado à margem olhando aquela água escura ouvindo o som dos peit aves eu gostava de ficar ali tranquilo mas naquela tarde algo estava diferente eu estava deitado na beira do açude com a espingarda ao lado e pensando nas coisas que o pessoal falava sobre
a Comadre Fulozinha dizia-se que ela tinha a aparência de uma mulher de cabelos longos e negros vestindo roupas simples sempre com um sorriso no rosto mas o que ninguém contava era o olhar dela um olhar penetrante essar sua alma e ver os pecados mais profundos não era uma figura que você quisesse encontrar sozinho e o pior ela estava sempre acompanhada de risos infantis que se misturavam com o barulho da Mata eu com minha juventude e desrespeito queria mais era ver de perto a tal da Comadre Fulozinha pensava que seria só mais uma história para assustar
criança então com a espingarda nas costas e a coragem de quem ainda não sabia o que é realmente o medo Decidi ir até o mato e fazer o que o povo sempre disse ver para crer me afastei do Açude e me perdi nas trilhas como não conhecia todos os cantos da fazenda a Mata me parecia até um pouco mais densa e silenciosa do que de costume foi quando a uns 500 m do Açude vi uma figura à distância não deu para ver direito mas o que me chamou a atenção foi o riso aquele som doce
e inocente que se ouvia de vez em quando ecoando no silêncio da tarde Eu segui em direção ao som Sem ligar muito para onde estava indo até que cheguei numa clareira a figura à minha frente não era mais uma mulher comum não Ela tinha algo de Sobrenatural ela estava de pé com um vestido branco simples e cabelos negros que quase tocavam o chão a pele pálida refletia a luz da tarde que já estava começando a se pôr eu não sabia o que fazer algo dentro de mim me dizia para não seguir em frente mas a
ade me arrastava como um iman quando a figura me viu ela sorriu um sorriso que parecia mais uma advertência do que um gesto amigável você não devia estar aqui moço a voz dela tinha uma suavidade Estranha como se estivesse brincando mas ao mesmo tempo soava como uma ameaça não sei explicar direito mas é como se toda a mata o vento e a própria Terra tivessem parado para ouvir aquela sensação de desconforto aumentou ainda mais quando ela olhou para mim como se já soubesse tudo sobre mim sobre os meus pecados sobre o que eu fiz de
errado e o que ainda Faria eu tentei falar alguma coisa mas a voz me faltou ela não era mais só uma mulher ela era algo muito além disso uma presença de repente sem aviso ela deu um passo em minha direção eu queria correr mas as pernas estavam presas como se o próprio solo não me deixasse sair dali e foi então que eu ouvi o riso mas não era o riso dela era o riso de crianças Infelizmente o som não vinha de um lugar qualquer ele vinha de dentro da Mata mas estava perto muito perto quando
eu olhei para trás vi uma sombra se movendo rápido entre as árvores o que aconteceu depois disso eu não sei bem eu senti um peso no peito a sensação de que meu corpo não respondia mais como antes eu tentei correr mas a cada passo que dava parecia que até me puxava mais e mais fundo como se a Comadre Fulozinha estivesse me arrastando de volta para a mata eu não sei como consegui me soltar minha memória dessa parte é confusa como se um borrão tivesse passado por mim e apagado os detalhes só lembro que de repente
o riso infantil ficou mais alto ensurdecedor as sombras na mata pareciam se mover rápidas demais como se estivessem correndo em volta de mim e no meio disso tudo a Comadre Fulozinha não estava mais lá a única coisa que lembro com clareza é a sensação horrível de algo segurando meu braço era pequeno como a mão de uma criança mas a força era impossível eu lutei gritei mas quanto mais eu tentava me soltar mais sentia como se estivesse sendo engolido pela Mata foi só quando me joguei no chão arrancando os espinhos e a lama com as mãos
que a pressão no meu corpo sumiu de repente saí correndo sem olhar para trás não sei quanto tempo corri nem por onde passei o desespero me cegou quando finalmente cheguei de volta à Fazenda meu pai e alguns peões estavam me procurando eu devia estar irreconhecível sujo arranhado e com os olhos arregalados de Puro pavor meu pai me segurou pelos ombros e perguntou onde eu tinha me metido Ele disse que eu tinha saído para caçar há três dias três dias eu só lembro de algumas horas eu tentei explicar mas minha língua travou não adiantava meu pai
já sabia Ele olhou para minha mãe e os dois trocaram Aquele olhar pesado de quem já viu coisa ruim acontecer foi a comadre minha mãe murmurou fazendo o sinal da cruz naquela noite febre me tomou por inteiro eu delirava sentia cheiro de terra molhada dentro do quarto via sombras se mexendo pelos cantos da casa e o pior de tudo ouvia o riso meu pai chamou um velho benzedor daqueles que conhece os segredos da Mata e sabem como afastar o que não pertence a este mundo ele ficou sentado ao meu lado por horas sussurrando rezas em
uma língua que eu não entendia em certo momento ele se calou e colocou a mão no meu peito seu rosto estava pálido ela te marcou menino você mexeu com o que não devia depois disso a vida na fazenda nunca mais foi a mesma O Açude que sempre foi farto começou a secar Sem Explicação os animais adoeciam sem motivo até as plantações que nunca tinham falhado começaram a murchar e as pessoas começaram a ouvir coisas à noite os empregados juravam ouvir risadas infantis perto do Açude alguns diziam ver pegadas pequenas na terra úmida como se um
bando de crianças descalças estivesse andando por lá mas quando iam olhar as pegadas desapareciam Foi então que meu pai tomou uma decisão no meio da madrugada juntou todo mundo pegou oferendas farinha mel e um pedaço de fumo e levou até à beira da Mata lá ele acendeu uma vela e falou alto com voz firme perdoe a ignorância do menino ele não sabia o que fazia não queremos desrespeitar a senhora aceite Nossa oferenda e nos deixe viver em paz o silêncio que veio depois foi sufocante não se ouvia nada nem grilos Nem vento nem bicho nenhum
então do meio da Escuridão da Mata veio uma resposta não em palavras mas num som um riso de criança abafado distante e uma brisa fria passou entre nós levando a vela que meu pai segurava naquela mesma noite choveu forte depois de meses de seca no dia seguinte o açude voltou a encher os bichos pararam de adoecer e os risos Nunca mais foram ouvidos Mas eu ainda tenho pesadelos ainda vejo aquela figura de branco Sorrindo com os olhos negros como um buraco sem fundo eu sei que ela ainda está lá e sei que se eu voltar
aquela mata ela estará me esperando eu cresci ouvindo história sobre ele mas sempre achei que fosse invenção do povo para botar medo na gente meu avô que o tenha sempre dizia para nunca responder quando alguém me chamasse à noite especialmente se viesse de fora de casa se tu escutar teu nome e souber que não tem ninguém ali fica quieto se responder o bicho leva a história sempre foi a mesma um ser alto encurvado de pele escura e ressecada olhos vermelhos como fogo brando e um cheiro de carne podre que anunciava sua presença ele aparecia nos
currais nas casas isoladas nas estradas de terra batida Mas o pior de tudo era a voz diziam que o bicho da garganta podre podia imitar qualquer um um pai chamando o filho um irmão gritando pelo outro até um bebê chorando era assim que ele enganava as pessoas chamava baixinho com um tom familiar às vezes chorava implorava ajuda se a pessoa tivesse pena e respondesse acabava desaparecendo era só história até a noite em que o eu soube que era tudo verdade eu tinha 17 anos quando aconteceu trabalhava na fazenda do Seu Zé um homem velho e
teimoso que não acreditava nessas coisas ele dizia que tudo era bobagem que assombração era coisa de gente preguiçosa que queria desculpa para largar o serviço naquele dia um bezerro sumiu no meio do mato perto do Curral se Zé mandou eu e o Neco outro peão da Fazenda sair de lanterna para procurar já tava escuro o vento soprava forte e a noite estava mais fria que o normal a lua cheia iluminava um pouco mas as sombras das ávores faziam o caminho parecer mais fundo do que era a gente procurou por um tempo mas o bicho não
apareceu O Curral ficava perto de um pedaço de mata mais fechada onde ninguém Gostava de ir depois do anoitecer o vento soprava pelos Galhos fazendo um som esquisito quase um lamento foi quando escutamos Neco cadê você homem era a voz do pai dele um velho que morava na vila a uns bons quilômetros dali Neco parou na hora com a lanterna tremendo na mão Tu escutou isso ele sussurrou eu fiz que sim mas fiquei calado meu avô sempre dizia que quem falava primeiro tava perdido a voz veio de novo Neco me ajuda mas tinha alguma coisa
errada o Tom parecia certo mas as palavras soavam raspadas como como se a garganta de quem falava estivesse machucada Neco começou a dar um passo pra frente mas eu segurei o braço dele com força isso não é teu pai desgraça ele me olhou confuso a voz chamou de novo agora mais perto e então o cheiro veio era um fedor insuportável forte de coisa podre como se um bicho morto estivesse ali perto fazia dias o ar ficou pesado como se tivesse apodrecendo ao nosso redor Neco travou eu ver o suor descendo pelo rosto dele mesmo com
o frio Neco agora a voz vinha detrás dele a lanterna piscou por um segundo no meio da Escuridão eu vi uma sombra esguia alta demais para ser gente o rosto não era um rosto de verdade mas um buraco escuro onde a boca deveria estar escorrendo alguma coisa preta os olhos meu Deus os olhos eram dois buracos Fundos e brilhavam num vermelho fraco como Brasas prestes a apagar eu senti minha garganta fechar a coisa se curvou para perto do Neco e abriu a boca e foi só aí que eu entendi porque chamavam ele de bicho da
garganta podre o som que saiu dali não foi um grito nem um rosnado foi um couro de vozes a voz do pai do Neco da mãe dele de um bebê chorando de uma mulher cantando Uma cantiga de ninar tudo misturado saindo daquela coisa como se alguém tivesse enfiado um monte de gente dentro dela e agora todos estivessem gritando ao mesmo tempo Neco finalmente entendeu ele deu um grito e tentou correr mas a coisa se moveu rápido demais a última coisa que vi foi ele sendo puxado para trás e a lanterna caindo no chão eu corri
eu corri como nunca na vida o cheiro me perseguia o som daquilo ainda ecoava na minha cabeça sentia a coisa de mim o ar gelado me rodeando algo roçando meu pescoço quando cheguei na casa da fazenda travei a porta e desabei no chão chorando feito criança na manhã seguinte o pessoal foi procurar o Neco não encontraram nada nem pegadas Nem sinal de luta nem mesmo a lanterna que ele deixou cair só acharam o boné dele dobrado direitinho em cima do tronco de uma árvore caída como se alguém tivesse deixado ali de propósito Neco nunca mais
foi visto depois daquela noite eu nunca mais fiquei na fazenda depois do pôr do sol não sei se o bicho da garganta podre me viu mas eu sei que ele me sentiu e às vezes quando o vento sopra forte à noite eu escuto meu nome sendo chamado do lado de fora da minha casa eu nunca respondo Capela Velha ficava a uns 4 Km da cidade enfiada no meio do mato perto de um antigo cemitério desativado diziam que tinha sido construída no século XIX por um grupo de missionários mas com o tempo foi abandonada e esquecida
o teto ruiu as paredes ficaram cobertas de trepadeiras e nos dias de chuva o vento passava pelos buracos nas tábuas fazendo um som estranho como um lamento desde moleque eu ouvia falar do padre em rosto os mais velhos juravam que em certas noites era possível ver um vulto de batina preta andando entre os bancos apodrecidos da Capela murmurando orações numa língua que ninguém entendia ele nunca mostrava o rosto alguns diziam que era porque ele não tinha um outros acreditavam que quem visse o rosto dele estaria condenado a uma morte terrível eu sempre achei que era
história para assustar criança até que numa noite a gente resolveu testar tinha chovido o dia inteiro e a terra ainda estava molhada quando eu e meus amigos resolvemos ir até a capela tava tudo escuro só o clarão dos relâmpagos iluminava o caminho o vento soprava gelado e o cheiro de terra molhada misturado com algo meio azedo pairava no ar a ideia era simples entrar lá passar 5 minutos dentro da Capela e sair quem desistisse primeiro pagaria uma caixa de cerveja pro resto o problema foi que a gente não estava sozinho naquela noite assim que pisamos
no terreno da Capela sentimos um peso estranho no ar o mato estava muito mais alto do que lembrávamos como se ninguém esse chegado ali H décadas os grilos e sapos que normalmente faziam a maior algazarra estavam em silêncio absoluto o único som era o das Folhas se mexendo ao vento e então veio o cheiro um cheiro forte úmido e podre como papel Velho Deixado Para apodrecer na água ou talvez carne apodrecida Dudu foi o primeiro a hesitar cara tem alguma coisa errada eu ri tentando esconder o medo tá com medo de fantasma é ele não
respondeu só olhou para dentro da Capela o que vimos ali dentro foi o suficiente para fazer meu sangue gelar bem no fundo da Capela perto do altar uma silhueta de batina preta estava ajoelhada o corpo estava curvado como se estivesse rezando a cabeça inclinada paraa frente e então ele começou a murmurar uma reza em latim baixa arranhada como se a voz dele estivesse seca partida ferida meu coração disparou Bora sair daqui Dudu sussurrou antes que eu pudesse concordar o Felipe sempre O mais idiota do grupo resolveu provocar ô seu padre tá rezando para quem aí
o murmúrio parou na hora e num movimento impossível de rápido figura se levantou a batina flutuava em volta do corpo como se não houvesse carne por baixo a cabeça ainda estava inclinada pra frente escondida pela escuridão até que ele levantou o rosto e foi aí que eu entendi porque ele era chamado de Padre sem rosto onde devia haver olhos boca nariz não havia nada só uma superfície lisa sem traços como uma máscara de Cera derretida Felipe tentou rir mas o som saiu estrangulado Então ele deu um passo à frente o chão tremeu o cheiro de
podridão aumentou corre Dudu sussurrou Felipe ficou parado o padre levantou uma das mãos e apontou para ele os olhos do Felipe viraram para trás e ele caiu no chão se debatendo como se algo invisível estivesse sugando a vida dele eu fiz o que pude peguei Dudu pelo braço e saímos correndo atrás da gente ouvimos os gritos do Felipe e junto deles o murmúrio do Padre como um canto fúnebre amaldiçoado não olhamos para trás fugimos atravessamos o mato e só paramos quando chegamos na cidade Felipe Acharam ele no dia seguinte deitado de costas no altar da
Capela com a pele pálida e os olhos completamente brancos ele estava vivo mas nunca mais falou nada nunca mais reagiu a ninguém ficou daquele jeito até morrer poucos meses depois dizem que na noite em que ele foi enterrado ouviram uma risada baixa vinda da Capela Velha eu nunca mais voltei lá eu sempre fui um cara de cidade acostumado com o barulho dos carros com as luzes dos postes iluminando a rua com o conforto de saber que se alguma coisa desse errado tinha gente por perto mas naquele ano minhas férias foram diferentes meus pais decidiram que
a gente ia passar umas semanas na roça na casa dos meus avós um lugar no meio do nada sem internet sem televisão direito sem nada no começo eu reclamei mas depois até que gostei da ideia era um tempo com a família né a comida da minha avó era boa o ar era puro e a gente dormia cedo sem preocupação só que teve uma noite em especial que eu nunca mais esqueci acontece quando faltou luz a energia já não era lá essas coisas na região então não foi surpresa quando no meio da noite tudo se apagou
de vez a casa ficou num breu só e o único jeito era esperar como ninguém queria dormir cedo daquele jeito minha avó acendeu um Lampião e chamou todo mundo para sentar na varanda foi quando meu avô começou a contar uma história mas não era qualquer história era algo que ele mesmo tinha vivido e até hoje eu me arrep só de lembrar meu avô ajeitou o chapéu de palha coçou o queixo e olhou pra gente com um olhar Sério vocês sabem que tem coisa que a gente não deve mexer né a gente riu mas ele não
tô falando sério tem coisa nesse mundo que não é pra gente entender e se um dia vocês virem luzes Caminhando na estrada fiquem quietos se ouvirem passos na madrugada finjam que não ouviram mas principalmente se uma menina de vestido azul olhar para vocês nunca olhem de volta naquele momento o vento soprou mais forte e o Lampião balançou projetando sombras na parede Meu avô pigarreou e começou a contar o que aconteceu quando ele era jovem na época ele devia ter uns 18 19 anos trabalhava na lavoura e voltava para casa sempre tarde as estradas eram de
terra sem iluminação só com a luz da lua guiando o caminho era uma noite quente sem vento tudo estava quieto demais até os bichos pareciam ter se escondido ele estava indo embora sozinho quando ouviu Passos passos lentos ritmados como se um grupo de pessoas estivesse caminhando juntas meu avô parou no meio da estrada olhou pros lados mas não viu nada só o escuro o silêncio era tão grande que ele ouvia o próprio coração batendo então bem ao longe ele viu luzes velas Muitas delas uma fileira de pequenas chamas se movendo na estrada como se estivessem
sendo carregadas por alguém meu avô franziu a testa quem estaria fazendo uma procissão aquela hora e por que ninguém dizia nada foi aí que ele percebeu as velas não iluminavam ninguém ele piscou várias vezes tentando enxergar melhor mas não adiantava as chamas tremulavam caminhavam lentamente na estrada mas não havia nenhuma mão segurando elas e foi então que ele a viu bem no meio das velas caminhando em silêncio uma menina de vestido azul ela andava devagar como se nem tocasse no chão o cabelo caía sobre os ombros e a pele dela era muito branca Mas o
pior eram os olhos Ela olhava direto para ele fixamente e ele não conseguia desviar o olhar o corpo dele travou ele queria correr gritar fazer qualquer coisa mas não conseguia era como se algo o segurasse ali então a menina sorriu e meu avô sentiu um arrepio subir pela espinha ele sabia o que diziam na Vila quem cruzasse o olhar com a menina da procissão fantasma morreria em S dias foi quando ele sentiu uma mão puxar o braço dele alguém o sacudiu não olha era o velho Samuel um homem que morava perto da estrada ele parecia
apavorado meu avô conseguiu se soltar do Trans e fechou os olhos quando abriu de novo as velas já não estavam mais lá nem a menina ele tentou rir mas a voz saiu falha o que foi isso Samuel só olhou para ele sério você tem sorte rapaz se tivesse olhado por mais tempo não tava mais aqui para contar a história meu avô não dormiu naquela noite e nos sete dias seguintes ele sentiu que algo o observava nos sete dias seguintes meu avô tentou seguir a vida normalmente mas algo estava diferente no primeiro dia ele acordou com
a sensação de que tinha alguém dentro do quarto os galhos das Árvores batiam na janela e a luz da lua fazia sombra se projetarem na parede ele soava frio no segundo dia ele começou a ouvir Passos ao redor da casa era sempre de madrugada o som era leve como se fosse uma criança descalça caminhando na terra úmida no terceiro dia as galinhas da Fazenda apareceram todas mortas sem sangue sem sinal de predador só estavam lá caídas como se algo tivesse sugado a vida delas no quarto dia ele viu pegadas de pés pequenos na terra do
terreiro pegadas que vinham do nada e desapareciam no meio do mato no quinto dia ele ouviu a voz da menina era um sussurro fraco vindo da estrada ela dizia o nome dele chamando convidando no sexto dia Samuel o velho que tinha salvo ele na Estrada foi encontrado morto o corpo dele estava caído na beira do rio com o rosto virado para cima os olhos abertos esbugalhados mas o olhar vazio como se tivesse visto algo que o fez perder a alma antes do corpo no sétimo dia meu avô sabia que seria a vez dele ele passou
o dia quieto nem comeu a noite chegou rápida ele se trancou no quarto rezou pediu proteção mas no meio da madrugada ele ouviu Batidas na porta fracas ritmadas como se fossem dedinhos pequenos tocando na madeira ele não respondeu as batidas ficaram mais fortes então a porta abriu sozinha e lá estava ela a menina do vestido azul o mesmo sorriso o mesmo olhar fixo meu avô sentiu o corpo travar ela levantou a mãozinha apontou para ele e abriu a boca mas antes que qualquer som saísse minha bisavó a mãe do meu avô entrou no quarto segurando
um terço e um ramo de Arruda queimando ela começou a rezar alto sem medo a menina recuou gritou e num piscar de olhos sumiu depois daquela noite meu avô Nunca mais viu a menina se você gostou desses relatos não se esqueça de deixar seu like comentar o que achou e se inscrever no canal para não perder nenhuma história Ah e se você assistiu até o final deix um emoji de fantasma nos comentários assim eu saberei que você é um dos Corajosos que enfrentaram as histórias até o fim e se quiser fazer parte da nossa comunidade
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