iniciar seja bem-vindo ao desencontros nesse Mateus que é um dos programas mais pedidos todo programa Na verdade a fala eu mais pedido mas esse realmente assim Pode pode se orgulhar por isso porque real assim sempre que a gente falava Ah quem vai chegar quem vai chegar quem vocês querem quem vocês querem Ora thago ora Thiago ora Thiago sempre o chat pind que teve uma pessoa que comentou no YouTube pô quando é que hora thago vai eu falei segunda-feira a pessoa como assim é segunda-feira É sério é sério assim tipo é porque a gente sempre fala
pô gente e a gente já tinha você confirmado mas a gente fala assim pô gente mas assim a gente precisa que seja gente do Rio de Janeiro porque é complicado pra gente chamar a gente de fora e tudo mais mas tava lá já confirmado só só fazendo suspense mas a segunda-feira chegou a segunda-feira chegou porque a gente sempre revela maldita segunda-feira e Bendita agora é é porque agora tem desencontro na segunda-feira então assim eh Mas a gente sempre revela o próximo convidado no programa anterior então assim a gente já sabe nosso próximo convidado Mas a
gente sempre revela um um antes e tudo mais e a gente já tinha você confirmado H algum tempo galera olha Thiago não gente mas olha Thiago é de São Paulo ele tá mora em São Paulo não dá para vir vim e eu vim para isso eu vim para gravar É verdade eu vim para gravar is sa Nossa eu eu tô emocionado tá vendo né ol ol a moral que temos aqui ol aproveitar para antes de de começar nosso papo aqui que a gente já pré começou de alguma forma né Mateus a gente tá aqui é
uma hora conversando né já já conversando aqui uma hora pedi PR vocês antes de qualquer coisa deixe o seu Live pix seu super chat com a pergunta de vocês pro Thiago ou para para mim pro Mateus para qualquer um de nós mas principalmente para Thiago aqui com a gente pro Thiago que no final do nosso programa A gente vai responder a todos vocês então deixa a mensagem aí no Live pix que tá ali embaixo do Mateus ou no super chat Além disso Claro seja membro aqui do canal sendo membro aqui do canal você tem acesso
ao nosso grupo do telegram e lá você tem direito a escolher uma das pautas Nos programas que sou eu e você vai trocar uma ideia com a gente diretamente e vai ajudar sempre a escolher uma [ __ ] do programa de quinta-feira que é quando estamos Eu e Felipe aqui e é isso aí se você já virou membro e não sabe como entrar no canal de telegram é só você chegar na aba comunidade que vai tá uma postagem fixa pros membros com o link do canal mas se não encontrar Manda uma DM no Instagram ou
do Twitter do desencontros que a gente te manda o link seja membro do desencontros thago recentemente T sentindo intimidado agora Ih rapaz a gente a gente teve recentemente uns causos interessantes porque relembra alguns dos seus vídeos e sobretudo um vídeo específico que eu acho que é o seu vídeo de maior repercussão que é o do Imaginário fascista né Isso é é o meu maior vídeo e e curiosamente assim essa semana estreou the boys né o no temporado tá PR é estreou na semana passada sobre a série e reanimou todo o debate com relação a isso
né só que é curioso como somente nessa temporada a gente vê essa galera da Cultura woke né descobrindo que a que a série é na verdade uma sátira com eles então assim e aí que que então toda a temporada na verdade né assim a temporada passada já teve um rel que ficou mais localizado nos Estados Unidos né que tinha um negócio lá do sups lives matter na é daquele personagem que enfrenta o trala então tem isso tô falando porque na verdade eu nem assisto essa série Mas é uma série que tá toda temporada fica essa
discussão circular e eu tô assim eu até falei isso essa semana assim gente não aguento mais essa discussão toda temporada mas ao mesmo tempo toda vez que tem essa discussão as pessoas vão lá assistir meu vídeo pessoal posta meu vídeo discutindo então assim Pode discutir na real é isso espera que só vai ter mais uma temporada né é infelizmente mas acabou que depois desse vídeo e virou meio que talvez a grande pauta do do meu conteúdo que é eh Por que as pessoas não sabem interpretar as coisas por que as pessoas não entendem as coisas
por que não sei o quê e aí esse vídeo era justamente um é né justamente uma exploração de como eh a linguagem Ela também tem um viés a linguagem os códigos que a gente usa o cinema tem um lugar na na no nos processos históricos no cinema não tá isolado do dos processos históricos que ele é resultado de um processo histórico Então a gente tem que ol olar para para para esses fenômenos não apenas como o resultado de um monte de gente burra que não entende o que tá diante da diante delas assim e aí
é muito interessante olhar para isso de diferentes formas porque eu desde que eu postei esse vídeo eh sempre as pessoas me já fui em vários lugares onde as pessoas me perguntaram me perguntavam a fazer Mas e aí o que que faz e é para é para a série ser mais explícita no viagem político dela ser tem que deixar mais claro o viés político dela eu não sei se é o caso de deixar mais claro ou deixar menos claro mas eu acho que é você entender que existe uma experiência ali que é sensorial quando você tá
assistindo quando você tá lendo e que quando a gente faz esse tipo de análise no sentido de olha as pessoas não estão entendendo você tá descartando a experiência sensorial que é a experiência que todo mundo tem e eu até falei sobre isso de novo no meu último vídeo semana passada eu postei um vídeo Machado de Assis Machado de Assis E aí no E aí foi eu acabei Eu lembro que eu tava escrevendo esse roteiro e eu fiz Nossa não acredito que eu vou entrar n nesse assunto de novo porque era justamente isso era justamente essa
questão do na na no vídeo eu tava discutindo a questão do dicionário que tinha muita gente reclamando que pô Machado de Assis eu tenho que olhar o dicionário tempo inteiro mas você precisa olhar o dicionário o tempo inteiro para entender o que que a pessoa tá falando quando você tá lendo um texto você precisa tipo você vai decodificando palavrinha por palavrinha e não você tipo existe um contexto ali que ajuda você a entender melhor e existe a própria experiência sensorial de de de decodificar a palavra de você ler uma palavra existe um ritmo que que
as palavras constróem entre si e aí é a própria construção da frase ela é contextual você se você pega a frase e contextualiza com o parágrafo com o que tá sendo escrito você não precisa entendendo cada uma das palavras que estão ali você vai compreender o texto né E aí eu cheguei num c é um pouco assim também de certa forma é porque aí eu cheguei num ponto da história que era o o rolê da Suzan tag da interpretação né porque ela ela vai lá e fala tipo nem a gente não assiste as cois coisas
meramente pelo significado que elas têm a gente não assiste The Boys meramente porque a está criticando o superhero e a figura do superh na sociedade a gente não assiste Tropa de Elite apenas Porque existe uma crítica à instituição policial tem uma libido ali que tá sendo construída pelo pelo o Capitão Nascimento Ele despertou o alibido de muitas pessoas no Brasil assim então por isso que as pessoas olham para aquilo elas se sentem seduzidas pelo Capitão Nascimento mas essa libido de certa forma ela também eh contribui para uma para um estímulo meio fetichista pela interpretação também
né porque você joga esse espectador por essa libido por essa experiência sensorial mas nós temos uma uma um ímpeto digamos assim pela busca da resposta sobre aquela coisa de alguma de alguma maneira né que é justamente o que a ass Son tag Vai na direção contrária tentar descobrir de certa forma como começou isso ela vai lá em Aristóteles patão e tudo mais para para que essa questão da mimese ETC E aí ela ela ela vai justamente contra a interpretação justamente porque ela nessa na sociedade contemporânea ela acredita que há um estímulo quase fetichista por essa
interpretação né que de alguma forma essa essa construção imagética que o cinema tem eh faz com que a gente tenha tente buscar essa interpretação mas de alguma forma diferente da literatura que você trouxe existe uma uma questão que eu acho interessante porque o cinema mostra de imediato então de certa forma o cinema já mostra a resposta uhum o que faz com que as pessoas tenham a crença de que se elas não entendem tem um problema porque tá mostrando diferente do da literatura Sabe sim a literatura ela tem um tem um aspecto mais eh menos visual
digamos assim e que enfim te faz com que você tenha que buscar essa interpretação de alguma forma mas quando você vai pro cinema onde a coisa é mostrada uhum né né se você não entende o que tá na sua frente [ __ ] tem alguma coisa errada comigo ou então o filme tem alguma coisa errada com ele pessoal adota essa posição de passividade você tá vendo o filme só tá parado assistindo e tipo o que tá vindo Você tá aceitando como resposta e é isso Você não vai querer muitas vezes pensar sobre aquilo para processar
tipo entender Qual é abordagem que que tá dizendo aquilo de verdade Sabe aquilo é uma crítica Aquilo é uma um enaltecimento sabe é aquilo que a gente sempre fala né o cinema ele mostra o imediato frente à câmera e de certa forma uma verdade claro uma verdade manipulada e aí enfim que se faz com isso e o que se constrói enquanto interpretação E aí aquilo que você trouxe a interpretação Ela carrega sempre um viés sim e aí enfim a gente pegar a questão do The Boys mais uma vez né a gente perceber que enfim por
mais que seja um uma série que de certa forma satiriza essa galera aham ela vai ser trazida para essa galera também mas eu acho que a série tem defeito nisso também sabia eu eu vejo a série eh era menos explícito no começo dá assim dá pra gente admitir isso era menos como os criadores eles estão tipo forçando mais para ser mais explícito para ver se eles convencem mas eu acho que eles ainda não convencem tem o e tem o entrevista do do Criador falando assim cara eu tava tipo assim parece quei o fazer eu não
sei mais o que fazer e aí eu acho que esse não saber mais o que fazer é justamente esse desprezo pela forma né que é que é como se a forma fosse uma grande mentira e ela escondesse um véu que que é é o atrás desse vé tá a verdade que é que é esse conteúdo não ah a gente tá dizendo isso aqui estamos dizendo isso aqui é mas a pessoa entende outra coisa porque as pessoas vêm de boys para ver violência [ __ ] e tal os momentos mais doados da série são esses momentos
que é eles Trip pessoa abusando da mulher então tipo acaba que é essa comunicação que a série tá fazendo então eu entendo como é ridículo as pessoas entenderem que tá fazendo um endeusamento do homelander Mas eu também entendo as pessoas que estão achando legal o home ler porque a série de certa forma está sim eh protegendo a figura dele o que tem de mais legal para muita gente na série é o que ele s protagonizando sabe e ele eu não acho que ele é nem desconstruído o suficiente porque os defeitos dele tipo ah ele é
inseguro Ah ele se masturba Ah ele é uma pessoa cruel mas tipo como é que a série aproveita isso eu não acho que há um aproveitamento interessante disso acho que no final das contas a série Está sim de certa forma cultuando a figura dele tá tá E é isso justamente nesse vídeo que eu falei do do imagem fascista É acho que a ideia Central Não sei se tem se essa ideia Central mas assim mas uma ideia que é muito importante paraa construção do vídeo é a ideia de como você consegue esteticamente cultuar uhum um personagem
que você tá tentando criticar que você tá tendo gritar tipo o texto tá dizendo que esse personagem é crítica é o Capitão Nascimento se você assiste ali com mínimo de senso crítico você entende que aquilo ali esse personagem tá sendo criticado Uhum mas ali ele é esteticamente cultuado e ele tá dialogando com ideias que são parte do senso comum então quando o cara Capitão Nascimento Olha para um um cara um ma conhe né que ele fal assim você um maconheiro você que financia isso aqui essa frase isso aqui é exatamente o que o daena diz
exatamente que programas policiais diz a forma é a forma você ainda é guiado por ele pela narração que tem o tempo inteiro ele tá te levando pro pensamento dele então ele tá sendo cultuado assim aí você vai ter o Padilha lá também entrando em parafuso não sei o que que eu faço ele vai lá e faz um segundo filme para ver se conserta o negócio piora mais ainda PED desculpas n a tentativa de PED desculp a a assim acho peso assim esse esse essa essa essa percepção da da forma como uma mentira isso aqui é
uma mentira tem uma verdade atrás da forma que aí sim é que tá se você não entende é porque você é burro é o que a sag traz também né a suposta ideia de que é possível separar forma e conteúdo como se fossem elementos indissociáveis né é e eu eu eu tava estudando umas coisas essa semana e eu acho que tem uma uma uma certa analogia com a forma como a gente fala de tecnologia também assim a tecnologia também não é não é a tecnologia não é apenas o meio onde algo chega até a gente
a tecnologia também é a tecnologia também traz a tecnologia também é ideológica tá forma e o o muhan fala né que a a o meio é a mensagem então existe existe conteúdo na forma existe ideologia na no meio sabe eh e aí se a gente despreza isso eh a gente não vai vai continuar repetindo os m mos erros porque está partindo de uma premissa falsa de que eu Ah não então vamos abrir esse Vel aqui ah as pessoas não estão entendendo o que tá atrás de Vel atrás de Vel vai aí vai tirando Vel tirando
vé tirando Vel e e não sei vai virar um ted talk você vai assim ó então tem um powerp aqui eu vou explicar para ver se as pessoas entender e não vão entender também sabe sim com certeza é o a a forma é a expressão final do conteúdo que a gente sempre fala existe um no caso de Tropa de Elite especificamente é interessante esse estudo de caso digamos assim porque é como você disse é possível a gente enxergar em Tropa de Elite o conteúdo como sendo um conteúdo crítico a todo aquele processo Mas a forma
do filme comunica uma outra coisa e a forma vai ser a expressão final daquele conteúdo Então o que as pessoas vai vão trazer da experiência daquilo o feti sobre aquela coisa então vai replicar todo aquele discurso que se diz né o bandido bom bandido morto a a parada do maconheiro Como que você trouxe por exemplo e vai ser esse discurso que tá muito intrínseco na forma do filme que vai ser replicado por mais que o conteúdo tente ser crítico o o conteúdo Ele só chega através de uma forma através de um meio específico pelo qual
ele vai ser exibido e experienciado e é muito que acontece com com Tropa de Elite agora um outro filme que você cita que a gente já conversou bastante aqui um outro tropa só que o Estelares né que também vai ser um filme que vai ser de certa forma em determinado momento sequestrado pela direita aham eh mas que esse caso complexo é eu acho engraçado esse filme assim pelo menos assim eu eu nunca tinha visto e eu vi na época que eu fiz esse vídeo né eu gosto muito do do pover hoven maravilhoso [ __ ]
e mas eu nunca tinha visto esse filme e eu sempre ouvia falar desse filme e tem o livro aí eu Ten o livro em casa que a editora me mandou e tal e aí eu não lembro como foi que eu associei uma coisa a outra na época que eu tava fazendo como foi que eu foi que eu fui assistir Tropas Estelares e E aí eu li um pedaço li um pouco do livro mas eu não consegui ler o livro tive a mesma a mesma reação que o po roven teve quando ele foi ler o livro
Tropa de estad e ele percebeu isso aqui é um livro fascista tipo que que eu faço com isso aqui agora me contrataram para fazer esse filme para para contar aa história desse livro e essa história fascista claramente Isso aqui é uma narrativa fascista E aí ele vai lá e faz um grande deboche assim e aí eu acho que existe um esforço dele pelo menos essa foi a percepção que eu tive assim ele existe um esforço dele de meio que quebrar o código de meio que vamos usar outro código aqui vamos vamos não colocar esse esses
caras como heróis vamos não colocar Vamos mostrar essas figuras de uma outra forma não vamos vamos cair da mesma marilho Vamos mostrar de outro jeito e aí a reação do público na época foi tipo o que é isso que eu acabei de assistir eu não tô entendendo esse filme parece que é um filme Tosco parece que é parece que é um negócio meio meio Chaves meio Sim e as reações da crítica americana que você até bota no vídeo são maravilhosas as pessoas tipo é um entretenimento aí sem muito valor que não pensa muito então tipo
eu não sei o que que ele quis dizer dizer se ele Tá apoiando ou não gente tá tão na cara parado e é muito e E aí é muito interessante assim acho que para mim o o e eu falei isso do vídeo assim que é você tem é um ano depois do Independence Day né e o Independence Day é o filme que encapsula essa experiência do imperialismo americano do inimigo não sei o qu ele tem todos os códigos estão ali tá lá o presidente dos Estados Unidos falando numa momento super glorioso e tal tá todos
esses códigos aqui então a sensação que eu tenho é que esse público aí americano tava muito habituado a esse a a isso aqui e aí quando chega Tropas Estelares e quebra um pouco esse código parece que é uma versão tsca de Independence Day às vezes eu tenho eu tenho a sensação de que as pessoas pensaram isso é ter sido um filme imediato após pode ter contribuído a ideia da de se tentar assistir ao filme Como se assiste Independence Day né De certa forma né de ISO de ser uma espid imaginando as pessoas tipo ah isso
aí deve ser tipo nbc você mais um fil de navinha é não sei só que é interessante Como o po hoven ele constrói o filme quase como uma novela entre publicidade né então assim é propaganda novela propaganda novela então que é um negócio que ele fez em Robocop também assim só que nossa eu acho sei lá que Robocop é é muito legal de uma outra forma também só que é o jeito como ele faz lá no no tropas tades assim eu acho maravilhoso é aqu o negócio mais Universal né Robocop é muito sobre Estados Unidos
e a cura militar deles e tal mas esse é sobre o fascismo no mundo todo pô tanto aqui não é nem focado nos Estados Unidos o filme os insetos assim ah um inseto bom inseto morto tem um negócio assim cara é bom demais é bom demais que a gente até falou sobre isso é o inseto eles estão aqui nós estamos aqui e eles querem nos destruir são são duas coisas completamente distantes tu nunca vi um inseto fazendo nada no planeta Terra você tudo destruído mas foi incerto mas você não viu nada tipo você não sabe
é tudo propaganda [ __ ] muit propaganda é construção de inimigo comum e tudo mais é é brilhante essa questão Mas é interessante quando você traz lá no início essa perspectiva onde justamente é através da forma a gente Traz essa essa comunicação sobre o que tá sendo dito mais uma vez a forma sendo a expressão final desse conteúdo e como esse Imaginário fascista por mais que ele seja transmitido pela indústria da cultura ele também permeia a sociedade e como essa sociedade interpreta as coisas né Eh é demonstrar de certa forma como a indústria da cultura
ela retroalimenta esse esse Imaginário fascista mas ela ao mesmo tempo que ela retroalimenta ela precisa atender a esse desejo de certa forma na nas pessoas né então se eu construo esse Imaginário nas pessoas eu preciso imediatamente depois atender esse desejo mais uma vez e assim coisa continua girando e é o que eu sinto que acontece com com com the boys com com tropas de alguma forma também tem um debate forte sobre isso com o Roma do quaron né Na época o Roma é um que é uma história da infância dele que era empregado que era
sim mas o debate não o debate era porque tipo ele faz uma escolha que eu acho muito boa que ele ele fotografa em branco mas é um preto e branco digital porque se tivesse o grão se fosse um negócio filme teria uma parada de nostalgia ali então ele tira nostalgia para ser um preto e branco limpo isso é legal só que mesmo assim ainda são imagens da empregada doméstica sofrendo e sendo explorada sabe então ficou esse debate tipo até onde ele tá sendo ético contando a história desse jeito eu não tenho nem opinião formada Porque
eu só vi o filme na época mas foi um debate muito interessante na época eu li muitas boas opiniões dos dois lados não ter gostado muito mas esse debate não não tava por dentro na época não eu passei por uma uma situação interessante envolvendo esse vídeo uma situação que reforça um pouco a ideia do vídeo que apareceu para mim um react de um de um criador eh ele reagiu o vídeo inteiro e aí ele postou um trecho do react no no no Instagram e aí eu assisti o rect e era um trecho que eu falo
sobre questão do individualismo de como que o cinema constrói uma ideia hiper individualista do Herói aquele herói sozinho resolve Então você tem aquelas imagens do de um general sabe tipo aragor na frente do do exército que vai destruir o Exército o exército vizinho e tal e eu tô justamente falando assim olha a o conteúdo a fala do filme Tá dizendo uma coisa mas a estética tá construindo uma outra ideia e aí quando eu falo sobre isso aí eu falo Ah quais ideias a ideia do do indivíduo que se sobrepõe ao coletivo e aí tem várias
imagens falando dessa ideia do indivíduo que se sobrepõe ao coletivo e uma dessas imagens é do aragor com o exército lá em direção a ao negócio é que é uma guerra de todos e no final ele está sendo coroado com o grande rei grande o Senor Dean não é bem exatamente eh o livro pelo menos assim não é e o aragor no livro ele nem é exatamente um protagonista O pagor é um cara sen zanis não é exatamente uma narrativa individualista ele não é e o livro pelo menos assim mas eh você vai ter essa
cena você tem essa e outras cenas o aragor se torna o personagem mais proeminente na adaptação cinematográfica e ele vira meio que um líder e tem essa cena e eu tô mostrando essa cena o aragor na frente do exército falando assim olha a imagem do indivíduo se sobrepõe ao coletivo aí tava lá as pessoas me corrigindo falando assim mas o Senhor dos Anéis não é eh que que desonesto usar uma imagem do Senhor desonest falendo que senhor des Anéis é isso e ass cara mas entenda mas aí Claro era um trecho de um de um
vídeo maior onde não tem o devido contexto s mas o vídeo inteiro uma grande parte do vídeo tá dedicada assim olha a imagem ela tá com você pode até dizer que é outra coisa mas a imagem ela tá contando uma história antes assim então por mais que o Senor Donis não seja é assim que esse cara tá sendo retratado no no momento mais importante da história do é aquela questão que a gente falou por mais que o conteúdo diga uma coisa a forma tá dizendo outra e é através da forma que a gente conta o
conteúdo e aí eu fiquei assim aí eu assim obviamente que eu não não fiquei batendo boca com ninguém assim eu só fiquei com aquela frustração assim meu Deus do céu as pessoas estão aqui comentando Provando o ponto do meu vídeo achando que estão discordando de mim e tem perfeito eh esse caso é interessante porque tem um outro vídeo seu que você lançou recentemente quando você fala sobre vidas passadas Uhum que você trata da da questão do melodrama e tudo mais e do Romantismo que é uma coisa que eu trabalho bastante sim nos nos meus vídeos
e tudo mais porque todo esse individualismo que você trata em em Senhor dos Anéis Na verdade ele não se inicia evidentemente a a a jornada do Herói a história do Herói ela tá lá desde os gregos tá em Shakespeare tá ali mas ela se intensifica nesse contexto do Romantismo que vai ser um um movimento filosófico literário que vai resgatar justamente essas tradições gregas eh shakespearianas também e tudo mais e tem nem uma dessas perspectivas do melodrama primeiro o dilema né a escolha do Herói e tudo mais mas sobretudo a individualização essa perspectiva de que as
dores do mundo são as dores do personagem Central então o o mundo tem problemas mas e os problemas do mundo são os problemas do personagem isso é e isso tá em Senhor dos Anéis sobretudo no filme nos filmes né especificamente por mais que exista uma uma construção coletiva naqueles personagens sobretudo no primeiro filme e ainda assim e até por pelo cinema ser uma arte audiovisual a necessidade de centralizar para você sentir as dores do mundo num personagem Central num personagem eh visível Você já leu os livros do senis alguma vez na vida é bem diferente
assim e aí é muito interessante eu gosto dos filmes e gosto dos livros assim Mas aí tem exatamente isso que você falou assim essa escolha onde você vai ter ai o Frodo ali e aí você vai ter essa coisa essa narrativa que começa de uma pessoa e vai se expandindo para o mundo e tudo mais assim é o escolhido para conseguir ele não é o escolhido ele na o Frodo ele não é o escolhido ele tá ali meio que por acaso ele não tem nenhuma virtude e ele não adquire nenhuma dessas Virtudes no no decorrer
da história não um guerreiro nada do tipo N arte ali claro que ele é um existe um existe um monte de ideias ali né do do que que são as ideias as coisas que o tokem acreditava assim né desse desse Homem Comum né o o então ele coloca o robbit como os robits como eh eles são heróis improváveis é a únnica classa que não é de guerreiros né eles não são guerreiros Eles não estão nem aí assim e é interessante ver isso essa descrição no livros assim os robits eles estão interessados em fumar o be
deles lá e e viver a vida deles que o o bilbo Né que é o tio lá do frod e tal ele é visto com com desprezo pela comunidade porque ele foi o cara que saiu pra aventura que tem um amigo maconheiro que é um Mago que que vai lá e tal e aí e o Senor do Anéis ele é a narrativa é toda descentralizada Então você vai ter o núcleo do Frodo o núcleo de de de rohan o núcleo de não sei o quê então você assiste essa história pelo por diferentes pontos de vista
tem diferentes eh núcleos agindo em torno dessa his história final e eu não sei se eu até diria se o Frodo é protagonista dessa história assim eu nem sei se eu se se dá para dizer porque ele vai tem hora que o aragorn é uma figura mais importante mas o aragor também não é essa figura que que no filme também é mas aí no na hora de adaptar essa história pro pro cinema tem uma série de escolhas bem sutis que vão vão aproximando mais o Senor danés de uma de algo mais parecido de uma jornada
de herói que não é mas assim é o jeito que o que o Peter Jackson escolheu contar a história o jeito que ele escolheu filmar a forma como o os próprios dramas do arog vão surgindo mais no segundo no terceiro fance tem um romance tipo gente mas não tinha nem romance essa mulher aparece o nome dela aparece três vezes no livro inteiro assim mas aí no filme sentiu essa necessidade de ter uma algo um código de romance ali é o melodrama como ferramenta narrativa é important de do aragor a ela é uma Elfa e ela
vai viver muito mais do que ele ele é humano e aí a fam os elfos acham estranho ela ter um um amor humano e E aí vão ser Esses códigos de melodrama que vão sero inseridos na história é o dilema para você se aproximar com personagem você sentir o que se sente por aí e aí é interessante esse estudo de caso assim se você pensar é como que para poder essa história sair desse lugar de fantasia meio esquisito meio fora dessas normas que a gente tá acostumado a gente teve que meio que encaixar essa história
deixar ela mais próxima de uma norma mais próxima desse desses códigos que são mais familiares e isso que deu certo porque se você pensar a a fantasia esse gênero fantasia nesses moldes dos Senhor dos Anéis antes de Senor dos Anéis era eraa um bicho esquisito não tinha um filme PR você pensar Qual é o filme de fantasia que foi indicado ao lógica que chegou nesse nível de de prestígio de prestígio assim a ficção científica até tem já tinha o seu prestígio Então tinha esses grandes autores que tinham né as Imóveis já era uma figura ah
é é coisa de nerd é co ner mas assim tinha existia ainda existia um um mais prestígio da ficção científica do que da fantasia fantasia era coisa de gente que Jor PG sim sim então assim era coisa esquisita então é o Senhor dos Anéis que inaugura a partir dos filmes a fantasia como esse lugar legítimo no cinema com certeza certe e ele inaugura com com essa essa estratégia transformando essa narrativa que era meio esquisita se você pega o livro assim é um negócio as pessoas vão ler quem assiste o filme e vai ler o o
livro você não consegue lero Que diabo é isso Não sei eu não consegui eu não consegui adolescente aí ficou te escrevendo muito a porta do F deu Pô eu sou chato eu defendo muito isso eu defendo muito eu defendo muito essa descrição aí um dia eu pretendo voltar não tão cedo muito é porque assim quando você vai ler eu falei sobre isso no no meu último vídeo assim quando você vai ler se você vai ler ficção científica qualquer coisa você pega duna você não vai dar conta assim tipo você tem que estar meio habituado a
essa algumas coisas para você então eu acho que comparado a algumas algumas obras de ficção fantasia que são mais herméticas eu acho que sen meio de boa é longo assim é um bicho um negócio grande assim mas eu acho uma leitura muito tranquila eu acho muito de boa de L de ler adulto quando você adolescente é o robit é massa o robt é bem de criança mesmo se zanes é um pouquinho mais adulto e aí tem essa coisa de descrever Mas aí tem uma parte ideológica de descrever ele tá a natureza é uma coisa que
ele tá muito preocupado com é o meio ambiente e a natureza é como é é uma coisa que tá em ameaça né então a revolução se você pega lá aquelas cenas de saruman nos filmes dá para ver isso bem claramente assim explorando é como se fosse a Revolução Industrial poluindo os rios Então os elfos eles estão lá Vivendo uma vida pura em harmonia com a natureza o orque nasce da morte de uma árvore é Uhum Então você tem essa essa coisa de descrever a natureza de descrever a montanha Tem uma parte ideológica uma escolha deliberada
ideológica de mostrar isso aqui essa ISS a montanha o rio é um personagem é alo é algo que que merece dignidade tanto quanto uma pessoa porque pessoas dependem dos rios para que as pessoas sobrevivam elas dependem dos rios as pessoas dependem da natureza para sobreviver então a natureza é é ela existe dignidade na natureza então tem Tem essa eu defendo muito Senhor dos Anéis apesar de ter uma posição bem crítica assim também eu ten um vídeo meu que é bem grande assim que é eu gosto falando dos Senhor dos Anéis não falando do livro assim
a questão de e é um dos meus maiores vídeos falando sobre as questões raciais sobre como que que ele não gostava por causa disso né eu não cheguei a ler o que ele falou exatamente masor ele não gostava do não gostava ele chegou ele chegou a falar que é racista misogeno enfim ele deu algumas alguns adjetivos pesados é mas assim é um é dentro é mais um desses livros que é super sequestrado pela direit né é um é até que nem tanto até que nem tanto eu sei porque assim pelo menos a galera lá né
mas a galera é muito protecionista sabe então assim se coloca um ator Negro para fazer porque naquela época não tinha negro a que época pô que época que aí tem umas coisas tem tem umas ideias ali no s anés que é de essa ideia da de proteger de o mundo que merece ser protegido é uma ideia de Pureza também então assim é uma pureza que tem umas coisas meio que a missen nação corrompe tem umas ideias meio meio esquisitos que são ideias que estão localizadas racialmente no no no Imaginário político né fruto do seu tempo
fruto assim ele tinha uma posição eh por exemplo ele tem uma carta que ele escreve pro para o Estado alemão Porque eles estão querendo publicar eh o sen Anéis lá traduzir pro alemão e tal e ele se recusa então ele vai lá e fala assim eu sou contra os ideais do terceiro R ele fala abertamente assim que ele é totalmente contra o nazismo e tudo mais se posiciona muito claramente num momento né crucial ele poderia simplesmente Ah não é pode publicar lá meu meu dinheirinho aqui e tal e ele vai lá e se posiciona ativamente
contra assim então eu não acho que ele era um escroto não acho que ele era um cara merda não acho assim mas ele tá trabalhando com ideias que eram ideias do senso comum na Inglaterra no começo do século XX né o pai dele lutou na primeira guerra assim você vai ter um um ele tá inserido ali num contexto e ele reproduz essas ideias eh sem muita crítica então Eh quando a gente critica a gente não fala tipo vamos tocar fogo em todos os livros do seet porque é racista Mas é você olhar criticamente para essa
história e pensar Eita tem uma ideia aqui que é meio E aí em partes É por isso que você vai ter esse apego tão grande da dessa dessa parte dessa dessa cultura geek dessa coisa assim com com essa ideia de Pureza racial com essa ideia de que não pode não pode ter jamais ter um elfo negro porque o elfo representa uma pureza que é e como que isso vai ser deturpado deturpado não mas assim Isso vai ser elevado exponencialmente Quando essas ideias esse esse Esses códigos todos que oen criou de fantasia vão ser incorporados por
outras pessoas por outros autores e aí eles vão levar isso pro extremo então no RPG Dungeons and Dragons Isso vai ser muito mais assim é é um é muito mais racista quando você pega assim ai os os elfos negros que não é negro de de raça é negro o Dark Elf assim já é um já é uma pegada ainda mais horel super vilanesco é E aí você tem essa ideia de Pureza e essa ideia de raça essa ideia essa própria ideia de raça enquanto meio que substituto pra espécie né ele usa a palavra raça para
definir para ser uma coisa que se refere a é é um é um é uma ideia totalmente lastreada na Biologia então ah eu os anões são assim porque eles são inerentemente assim Eles nasceram assim e não só Eles nasceram assim fisicamente assim mas eles têm uma moral que é inerente essa biologia Então isso é parte de ciência racial que é pseudociência na verdade né então ele tá trabalhando com essas ideias que são ideias erradas são ideias racistas e e isso vai ser potencializado depois com tudo que porque ele cria Esses códigos a real é essa
assim ele cria essa ideia de raça enquanto como substituto de espécie sim ele inventa isso na na na a gente e a gente trabalha com esses paradigmas até hoje assim na ficção científica incorpora isso ah tudo que é raça você vai ver Star Wars Ah é tem o a raça tal e a raça tal e eles estão em guerra o tempo inteiro e aí você vai ter Ah porque eles são moralmente eh piores porque eles são dessa raça eles são uma raça de pessoas egoístas isso em tudo que é coisa tudo que é trabalha com
essa ideia que hoje a gente toma como a gente toma essa ideia Como regra sim na verdade assim existe uma construção que é semelhante aos demais no sentido de essa velha história de você construir inimigo o inimigo que não sou eu né para construir o que sou eu eu digo o que não sou né então existe essa lógica mas nesse caso especificamente ele meio que inaugura essa perspectiva a partir da raça a partir da raça que aí a raça que ele é é é isso como o substituto pra espécie né dentro do as raças ficcionais
né então você vai ter os elfos os anões os homens aí tem os homens do Norte e os homens do Sul os homens do Sul t a pele mais escura e os homens do Sul eles são facilmente corrompidos Então os homens do são os primeiros a serem corrompidos por mordo E aí Ah E aí o reino que tinha que era um reino do passado eles eram os homens Grand os os grandes os homens gloriosos Mas eles começaram a a aenar com homens menores então a a coisa vai decaindo então só essa ideia de no passado
a um lugar sismo reacionarismo fascista aí quando você claro se você vai entrar na história mesmo na mitologia e tal você vai ver que tem vários asterístico em cada coisa mas assim o que fica e ainda mais quando você vai levar pro filme que aí o filme vai meio que vulgarizar algumas coisas e coloca lá vai só fomentar essa ideia e aí é isso quando chega no RPG aí vai vai ao extremo quando chega no no nesses caras do do de banda de metal do leste europeu que eles vão lá e fica incorporando o negócio
ali aí vai no é muito fácil você pegar essa ideia que não é ex não é de todo mal mas ela tá ligada a algumas ideias que são problemáticas e o cara escreve aquilo ali com a melhor das intenções vamos dizer assim não é ele não tava com intenção ruim de escrever aquilo mas é muito fácil você pegar isso e extrapolar para uma ideia mais escrota E aí é é eh é e é mais ou menos o que a gente tava falando assim tem um código ali que tá sendo construído que é ideologicamente localizado sim
o código da fantasia medieval até a própria ideia de de de idade média como esse esse esse esse misticismo em torno da idade média europeia né que é um tanto que as pessoas elas elas elas quando se incomodam com personagens que não tem a etnia que elas esperam elas resgatam o valor da idade média mesmo que o filme não seja sobre Idade Média a própria ideia de idade de de de de uma Europa medieval que é pura que tá que não tem ninguém ah ninguém nunca viajou ninguém nunca ninguém nunca pegou um barco que atravessou
o Rio do norte da África pr pra Europa tipo cara tipo Mas aí tem essa ide da dessa Europa mitificada tá tudo ali assim são são ideias que tão que tão ali que depois vão ser ainda mais eh não é nem deturpada Mas assim vai ser levado para um extremo e vai criar essas essas subculturas de Fan base onde jamais você vai podera pessoa faz um uma pessoa negra faz um cosplay de de um personagem desse essa pessoa vai ser e é encheram um saco com a série né e o elfo negro é o único
personagem que eu achei bom na série é o únic não gostei da série é personagem mas é o personagem que beleza tipo belza é eu consigo imaginar ele no universo Anéis sabe a maioria do outros parece cospay parece muito não a série é pavorosa assim Aquelas imagens de de é um negócio horroroso assim eu eu não consegui assistir até o final nem euá TRS qu episódios assisti três episódios mas eu mas o meu caso foi diferente porque eu sou péssimo para assistir sério então assim eu assisti eu comecei a assistir achando que assim ah vai
ser uma série ali 10 Episódios show de bola beleza aí eu assisti os três primeiros episódios eu sou por alguém que ia ter cinco seis temporadas eu ah tchau é já tem ter S confirmada Se não me engano é um negócio que é o Jeff basos foi lá e e bancou porque ele é muito fã do elou tipo bilhão uma [ __ ] eu acho que não sei se ainda é mas assim acho que na época era tipo a série mais cara da história é é não eu acho que ainda é eu acho que ainda
é deve ser mesmo e que não parece não parece não parece parece não tem esse zelo de construir o mundo parece que parece é que tudo seja assim não não não que seja por isso mas se você pega o Senor dos Anéis os filmes dos anos 2000 tinha muito o mundo é tátil o mundo é tátil então o o Peter Jackson usava muito perspectiva tem aquelas cen tem aqueles making off são muito legais esses making off de mostrar a carroça lá e tal a perspectiva para parecer que que ele é pequenininho mas sem usar um
cgi assim é que tem muito dessa lógica que a gente já conversou aqui algumas vezes né o cinema ele ele começa em estúdio ele vai pr pra rua e ele volta pro estúdio hoje né então em determinado momento se viu a necessidade de ir pro ambiente externo para filmar então a gente pegar desde lá da década de 80 sobretudo Desde da década de 50 se a gente for falar de n Realismo italiano década de 80 a gente tem e 70 80 ali a nova Hollywood o pola indo pro meio da floresta tropical para fazer Apocalipse
sinal Só que a grande questão é que a indústria descobriu entre asos que é caro fazer isso né você pegar toda uma equipe para não só cara questão de segurança Às vezes você controlar melhor espaço seguranç sim e até mesmo o os atores e atrizes né eles ficam ficam presos ao único papel ele não pode fazer mais de um papel ao mesmo tempo que ele tem que ir lá pra floresta tropical em outro país para poder fazer o papel imaginável o Peter Jackson ir pra Nova Zelândia com um elenco Fica dois anos lá filmando S
E aí você hoje tem tem visto cada vez mais Sobretudo com o desenvolvimento tecnológico vendo o retorno PR pros estúdios com com a tela verde tem uma série de outras questões que que aí você a gente vai entrar em questão trabalhista e tudo mais que é o precarização de trabalho precarização de trabalho então você vai ter assim uma série de outras questões que é o eh não US não se usa mais aquela luz de tungsten então por exemplo você tem que usar uma luz de estúdio porque você pode trocar o fundo a qualquer momento porque
vai ter Ah não a gente vai ter que refazer esse take aqui porque na China a a gente não pode ter esse take desse jeito Tem que ser tem que ser um outro take Então a gente vai ter que filmar de um jeito lavado porque aí a gente coloca tudo meio cinza e tudo mais tudo meio cinza e porque a gente pode trocar o fundo tem um lembro no Thor hagnarok é uma coisa que me vem muito à cabeça quando eu lembro disso que no Thor hagnarok o trailer tem a mesma cenas a cena que
aparece no trailer é completamente diferente da cena que é do filme Final a cena do trailer é a noite numa cidade e a cena que aparece no filme é no alto de uma montanha durante o dia e é a mesma cena eles trocaram a batalha que a menina destrói o dele isso aham E aí é isso porque eles vão vai ter cada vez mais a necessidade de você lançar diferentes versões do mesmo filme e às vezes essas versões são Sutilmente diferentes é um ah precisa ser porque lá na na China de um jeito Ah na
Coreia não sei o qu e ah o na televisão disso se você vai ter cada dia tem mais mais versões do mesmo filme então você filma desse jeito para você conseguir ir lá e aí você precariza o profissional de pós-produção sim sim porque aí você manda pra Ásia sim pra galera fazer efeito especial assim é divisão internacional do trabalho a gente tava até falando disso dois programas atrás que teve um cara que ele faz efeito especiais ele fez uma tred no Twitter explicando Por que os efeitos pioraram tanto aí ele fala que tipo pô Antigamente
você tinha um planejamento você recebia O Job com o brif e tal Hoje em dia o produtor muda tudo de dois em dois dias pô aí o cara tem muito menos champo para trabalhar para fazer muito mais coisa recebendo muito menos não tem como ficar bom na Marvel teve aquela série da mulher hul criaram muito a série é ótima inclusive é uma das últimas coisas que a Marvel fez a Sera legal Essa eu assisti é divertida assim é é Marvel assim mas parece mesma ccom é E aí eu achei legal assim ai vamos fazer uma
comédia de de de advogado e tal e aí eu lembro que tinha muito isso assim o hul aparece no primeiro episódio alum coisa assim e aí o hul eh o asset dele já tava já é o asset do dos filmes né então o hul ele aparece ele não é tosco o hul o hul É ele tá lá Tá tudo meio que a textura dele tudo mais assim AES tiveram que fazer a mulher hul do zero mas é isso desse jeito assim é de qualquer jeito com pouquíssimo tempo leva pra Ásia pro sul da Ásia sobretudo
série né sobretudo série E aí eu entendo a pessoa olhar para aquilo e não querer realmente não quero embarcar nisso aqui tipo não não não dei não dou conta de de ver isso aqui assim mas é eu eu lembro que na época que tava discutindo eh uma discussão muito superficial assim nossa como é que eles têm tanto dinheiro e e não e não faz isso assim sim é capitalismo n disso verdade justamente muito dinheiro é sim é porque o capitalismo ele tende justamente é capitalismo é isso gente assim falando de maneira bastante tosca capitalismo é
acumula infinito de riquezas quebra de barreira de acumulação Então você vai fazer de tudo para romper as barreiras de acumulação e o que que é barreira de acumulação é o o que for necessário para que se baixa os custos e se eh rompa ah Barreiras para acumular mais então guerra eh invasão em outro país financiamento de fascismo financiamento de neoliberalismo no terceiro mundo no no sul Global tudo isso é quebra imperialismo e tudo quebra de bar de acumulação para continuar acumulando cada vez mais e eh em divisão internacional do trabalho então você traz o trabalhador
que sup que é mais caro na na sua localidade você faz que que esse trabalho seja realizado em outro lugar barateia o produto mas precariza também seus resultados e vamos embora muitas vezes é mais barato por causa de intervenção externa sabe de golpe de estado financiado por por país imperialista e a questão é essa no capitalismo o desenvolvimento da tecnologia não está à disposição ou servindo aos interesses do da população ele tá servindo a interesse do lucro né E aí qual é a grande questão não importa exatamente se a se o CDI tá bom ou
ruim o que importa é se o a grana tá entrando então assim o custo benefício é melhor ou pior se se o CDI tá mais tá pior o o custo benefício é pior ou melhor se eu tô precarizando o trabalho sim tá valendo tá tá entrando dinheiro no bolso tá o lucro tá indo direitinho [ __ ] é isso não importa desenvolvimento tecnológico série do s a série mais cara da história supostamente assim não sei se ainda é a série mais cara da história mas você compara com os filmes de 20 anos atrás um filme
que pode ter que pode ter um estudo de linguagem que pode pensar assim que o diretor o diretor e a equipe lá pode parar e falar assim como é que a gente filma essa cena de um jeito mais interessante não é simplesmente um feitiche pelo pelo pelo efeito prático é tipo não aqui é melhor efeito prático vai ficar melhor o efeito prático aqui vai ficar mais interessante porque eu quero contar masch quando US efeito de o bog por exemplo pô é incrível a cena é o caso do do Mad Max por exemplo que a galera
tem esse feitice pelo pelo efeito prático ali que na verdade não é exatamente o que a galera tinha na cabeça mas é um diretor que sabe quando usar o prático quando usar o CDA e tudo mais em um outro contexto que a gente vê hoje com Furiosa já é uma outra coisa a galera esperava uma coisa e vi um filme com muito mais CDI do que outro momento eh Enfim então É de fato as as coisas se se é capitalismo tardio né se intensifica as contradições do capitalismo se precariza cada vez mais o trabalho a
divisão internacional do trabalho e tem aquela história né do do Nolan Hum que aí tavam o profissional de de efeitos especiais estavam puto porque os nomes deles não estavam aparecendo el fica escondendo parer para parecer que é tudo feito prático para ele Ah olha olha como eu sou um cine sim e é aquela velha questão do eu sempre falo pra galera e e assim sempre que fala de Nolan vem sempre os Nolan em cima e tudo mais mas assim gente não é por mal eu não conheço o Nolan Não não vou falar mal do Nolan
da pessoa Nolan Tá ligado não conheço mas é fato o Nolan é uma mercadoria da indústria e quando a gente fala isso não é uma crítica especificamente ao Nolan é a indústria que constrói no lolo um produto dessa indústria e que produto e como é que eles constróem no Nolan esse produto ora o Nolan é o cara do efeito prático é verdade isso absolutamente não ele planta lá 200 hectares de de milho ele destrói um BO um boing no no Aeroporto e depois Disfarça a galera de efeitos especiais no nos créditos tá ligado Então assim
tem muito efeito especial ali a construção do mundo é tem muita tela verde ali só que eu escondo essa [ __ ] toda e boto uma cena ou outra ali com muito efeito prático para disfarçar construir essa essa imagem de um grande diretor da indústria que permanece Us e dispara pra imprensa né então assim você vai colocar Você não vai mandar a foto do making off quanto ela ve você vai mandar a foto do negócio explodindo perfeito e aí e aí você constrói esse fetiche pelo efeito prático feitiche pela técnica né É É aquela questão
da técnica pela técnica então é mais importante a forma o o meio usado do que o resultado desses meios que é o negócio lá do do do Senhor do Anéis assim ah eh o Peter Jackson usava muito efeito prático e a série é muito cgi tipo não é porque é isso ou isso sabe não é porque não é porque é muito cgi que é ruim é porque o jeito que usa cgi é é horrível cara é pobre não tem não tem estudo de linguagem não tem o o CDI tá aí para ser usado né agora
a parada é como vai usar n caso do Avatar da Netflix eu não consegui ver eu detestei eu vi 10 minutos e tipo é um monte de ator fazendo cosplay no fundo verde que não tem nada a ver com eles não tem conexão entre personagem fund é um negócio é lavado sabe não tem tem contraste não tem luz e sombra não tem não tem nada não sei se depois tem que eu vi 10 minutos foi que eu aguentei eu vi um episódio mas assim independ Avatar ou não mas outras coisas sabe os anéis porque você
vai ter esse tipo de coisa então você não pode iluminar uma cena de uma maneira muito criativa tem que iluminar daquele jeito que vai ficar melhor pro pro cara CG enfiar qualquer coisa atrás então isso vai cada cada passinho desse vai limitar a possibilidade criativa e você tira completamente eu tenho temho uma cena que rolou no no Twitter eu acho que você compartilhou essa cena inclusive qual que foi uma cena comparando o Halloween do Carpenter com halloween recente já faz um tempo que você compartilhou isso acho que foi acho que foi você mas quase certeza
mas era uma cena comp e eh comparando uma cena do Halloween do Carpenter com o Halloween mais recente uhum e e são cenas muito semelhantes de alguma forma que é a cena da personagem Central em primeiro plano e o e o e o Vilão ao fundo né e na cena do Halloween do carping você vê contraste você vê que existe um contraste no primeiro plano com o segundo plano existe uma profundidade de Campo existe uma profundidade que se dá não só pela pela profundidade da própria pela própria disposição de cada um dos personagens na na
cena Mas pela iluminação mesmo ao fundo tá mais escuro mais penumbra no primeiro plano uma iluminação mais azulada e tudo mais você constrói essa profundidade também pela iluminação pela e pela cor no cinema hoje E aí vai para essa comparação do do filme mais recente do Halloween você vê que é isso Você filma de uma maneira eh estéreo e depois você joga a coloração por cima Uhum E [ __ ] tá ligado que aí você pode botar coloração de de um jeito em um lugar de outro jeito em outro lugar você precariza Justamente esse trabalho
porque cada um vai fazer de um jeito você faz 1 filmes de um né sim enfim Então hoje em dia muitos filmes são filmados até sem saber como vai ficar a cena depois isso depois o próprio acho que é o segundo Vingadores que teve uma história que no final ia ter um vilão que era um monstro gigante e Eles mudaram de ideia na pré-produção na pós-produção porque ia ficar muito caro EA botaram um exército de robôs [ __ ] é isso os caras film assim nem saber como é que vai F época que era um
raio do céu né que todo o filme terminava com um raio do céu assim um um negócio lá doz é um feixe de luz do do céu assim é um negócio aleatório assim não precisa explicação né não precisa um exército de de de de alienígena sem rosto é isso E aí não tem não tem consistência não tem não tem alma parece assim uhum que é meio [ __ ] assim falar nesses termos mas eh tipo de alma ai porque porque parece uma coisa meio fetichista assim mas é você vai tirando essas pequenas coisas que são
é a parte criativa do negócio a parte tipo é o sei lá por que que você gosta de fazer filme À vezes eu fico ver você gosta de fazer ess esses filmes assim você gosta de fazer fil de filmar desse jeito você gosta de fazer isso é porque é o meio atrapalhando tanto que ele prejudica até a concepção da ideia do negócio pô é mas mas A grande questão é assim é é esses artistas muitas vezes eles não TM nem nem espaço PR decidir de fato se ele quer ou se ele gosta cara filma com
dois produtores no cango tipo é a indústria cultura pressionando artista não é cada vez mais né E aí fica o negócio assim Lembro que teve o acho que foi um dos últimos filmes assim da Marvel que eu assisti que foi o doutor estranho que aí foi o o segundo sanheim o sanheim lá e FP assim cara isso aqui parece que é alguém parece que jogou o sanheim na chat GPT sim e assim faz um filme como se fosse o sonheim sim parece que é isso cara porque você é isso você vê um negócio super estério
ali uma coisa que é esse negócio da luz chapada na frente porque ele não teve trabalho de iluminação mas vez o outro você vê que o tava tentando fazer alguma coisa um momento outro ali tipo uma transição de cena às vezes é negócio diferente pô isso é legal isso é interessante isso é uma coisa que o s tava tentando mas a indústria tava aqui ó não não não difente quando você vê ele em homem-aranha doido assim que é um outro momento da indústria um outro momento de fil superh heró e tal sim eu a gente
já contou inclusive aqui a a o caso da Lucrécia Martel não sei se você sabe dessa parada Lucrécia Martel quem não sabe uma uma diretora Argentina maravilhosa diretora de a mulher sem cabeça e tudo mais e ela conta que ela foi convidada para dirigir um dos filmes da Marvel se eu não me engano era não se eu não me engano era o vilva negra vilva negra ah nossa um dos piores el ela foi convidada para filmar o vilva Negra eh e a a a Marvel tava Nessa onda né que de ela era taxada de de
uma pasteurização que de fato existe é é a forma lado Chamaram cisal chamaram coal ol só olha só não nós temos grandes nomes da indústria a você tira todas as possibilidades desse diretor ter uma autoria mas diz que tem um nome lá é só o nome é só o nome e aí ela a a luccia Martel diz que foi convidada para filmar a rva Negra só que é ela contando a história bizarro porque ela conta que foi assim eles vieram até mim e falaram Ah e queríamos te convidar para fazer para filmar a vilva negra
mas assim filma o drama do filme Não se preocupa com as cenas de ação não que a gente faz que espé que trabal Esso aí pagar metade do salário só aí martelo Não não eu quero filmar cenas de ação se eu for fazer parte ela falou que eles nunca mais vieram falar com ela tud mais é tudo segunda unidade P caramba v e é isso é primeiro o quê é uma diretora logo não pode filmar ação só pode fazer o drama da história e tudo mais porque eles queriam diretoras mulheres para fazer os filmes das
heroínas do do do universo deles lá e segundo é é essa perspectiva onde você pega o autor Mas você tira todas as possibilidades de fazer qualquer coisa porque é o estúdio que manda o teu nome no é você pegar e você usar aquilo ali para dizer não a gente tem é o trabalho técnico você contratar um técnico para fazer a coisa não é um artista que tá envolvido Sim ele é um auxiliar do Produtor basicamente Sim ele é quase um assistente de direção assim quase que funciona como todos são assistentes ali para uma ideia maior
que é a ideia do estúdio que depois no final das contas vai pegar todo aquele negócio filmado mizado e mandar pros é uma coisa meio meio quando começou a Marvel tinha eles chamaram muita gente de televisão para fazer né então que na aquele primeiro momento foi uma decisão muito acertada assim o Joss wedon foi o primeiro não foi Joss sedon ele ele ele tava como uma figura de que a Mara de certa forma ela é uma serialização no cinema né É então na televisão você vai ter esse showrunner que muitas vezes é um produtor não
necessariamente é um roteirista E você tem os diretores que vão dirigir Episódio por episódio que é um diretor meio técnico assim o cara tá lá ele não ele pode tem uma visão po tem que seguir o que foi feito nos primeiros Episódios sabe é ele tem que é é uma uma coisa mais técnica assim é é uma direção mais técnica claro que dependendo do da série dependendo de do canal que é da emissora que é se vai ter mais ou menos abertura PR PR para esse tipo de coisa então você vai ter sei lá tipo
true detective true detective na época que estreou é o mesmo roteirista e o mesmo diretor todos os episódios então tem você consegue construir uma uma uma linguagem própria e tal e você tem essa figura do do do showrunner que é o cara que que que coordena essa essa criação toda né e em certa medida a Marvel incorporou um pouco uma estrutura parecida para esses filmes que você colocou lá o Kevin fig E aí tinha o Joss swon que fazia quando não era ele demorou a escrever um roteiro assinar um roteiro mas ele fazia Tipo ele
era meio script Doctor ele fazia ele pegava o roteiro de alguém e ele dava pincelado e ele meio que coordenava as relações entre um filme e outro e tal e era uma pegada era um cara que manja muito de televisão assim um cara que tem uma carreira legal Buff é foi ele e John favr que começaram né foi E aí você você e aí você tem esses profissionais de TV que não eram grandes nomes você gastava o cachê todo lá com Robert dowy Júnior e algum outro algum outro grande nome da indústria da época e
você faz constrói essa coisa que é mais parecido com quadrin acho que era uma coisa meio de Vamos tentar emular essa experiência do quadrinho no filme onde você tem cada quadrinho é uma coisa mas tem um um negócio que é maior mas você pode ter o quadrinho ali vivenciar Aquele quadrinho sozinho mas tem uma coisa ali que é maior do quadrinho a gente pode fazer um vento grande lá era legal assim essa essa perspectiva era legal no começo assim só que aí vai ficando uma coisa foi crescendo muito aí Vem Disney vem não sei o
qu vai o o o lucro as margens de lucro vão ficando vão pro espaço assim e vai vai se tornando um grande problema na indústria hoje né tipo é que a Marvel Ela descobriu nesse processo de serialização do cinema um um projeto mais de certa forma radicalizado da construção de gost então toda essa ideia da fómula Marvel que a gente discute e tudo mais nada mais nada menos é do que o processo de construção de gost que a indústria forma desde sempre só que aqui muito mais radicalizado a gente tá num momento mais avançado digamos
assim da ind da Cultura né então a gente pensar no cinema da Marvel nessa nessa ideia de que de um processo de construção de gosto sempre no que vem em seguida então é o consumo novo é o que importa então sempre o próximo filme da Marvel é o melhor é o mais sombrio ou mais é o mais mais você vai assistir é sempre a mesma coisa que o anterior mas na verdade o próximo que importa tudo mais me incomoda muito nisso que por exemplo cena crédito Tem muito conteúdo sobre o filme Antes do filme sair
quando o filme sai ninguém fala mais nada sim no máximo sei lá explicando a cena prós créditos mas não tem análise não tem uma produção crítica sobre filmes mais que acabou porque eles TM validade é e porque é aquilo que o o Adorno chama de e expropriação do esquematismo né a ideia de que a indústria da cultura ela oferece a coisa e ao mesmo tempo que oferece a coisa Ele oferece também a explicação sobre a coisa então não tem muito o que discutir sobre a coisa porque ela já tá explicada ela já tá posta então
o o todo o processo na verdade é o processo de venda depois que vende vira lucro aquele negócio é imediatamente esquecido porque o que importa é o que você vai vender depois de novo ex é o Dead Book vai sair agora a quantidade de conteúdo que tem sobre isso é absurdo quando filme sair não vai ter um décimo dessa produção quando o filme sair ele vai sair para vender o próximo é essa que essa fórmula já não tá mais né funcionando muito bem né não tá eles estão com problema lá e tal mas assim para
mim ol olhando para trás agora que para mim é meio que olhar para um bicho morto assim olhar pro pro universo Marvel assim mas eu acho que é muito interessante olhar para tem um intervalo de tempo ali que não é nem é antes da clal assim é um ali entre o Capitão América Soldado Invernal e o Vingadores entre O Soldado Invernal e o primeiro guerra infinita assim onde você tinha uma tinha uma coisa de incorporar elementos de gênero então de de gêneros específicos né então Soldado Invernal tem aquele cara de Thriller de de tril de
guerra fria e aí você tem um E aí eu lembro disso assim porque tinha muito think P assim tinha muito texto do New York Times falando sobre isso Olha como a Marvel está fazendo isso aqui e aí matéria sobre bastidores E aí você olha para trás assim é claramente isso tudo era comprado para construir uma relevância igual tudo não tô falando que a Marvel é é apenas e a grande vilã sozinha é a grande vilã sozinha não é assim que funciona assim que funciona que é um é uma tecla que eu bato muito assim por
que que a gente sente que a gente precisa assistir todas as séries da HBO porque a HBO é excelente a HBO é é excelente em construir essa sensação de que se você não tá assistindo uma série da HBO você tá perdendo alguma coisa muito relevante o domingo à noite é um evento né domingo à noite teste casa do Dragão Mas eu vejo porque eu quero participar eu quero falar mal também evento E aí você assim se eu se você não tá vendo você tá Você tá perdendo alguma coisa eu eu não sei se ela continua
assim mas eu acho que é uma das poucas que permanece nessa ideia de de lançamento semanal tudo mais né que é uma coisa meio televisão é bastante então tem tem tem meio que voltado assim essa coisa assim tem dado meio errado essa coisa do Net esse formato Netflix de lançar tudo uma vez porque você o assunto morre quando você lança tudo de uma vez o assunto morre na primeira semana sim el estão deixando agora dividir as temporadas rando bridg dividiram então que é meio que você construir acho que eles são muito resistentes né a Netflix
é muito resistente em em voltar atrás porque isso virou a grande marca da Netflix a lançar a temporada de uma vez mas eles estão vendo que tá dando errado que que não que assim que não tem mais porque a Netflix tem muita concorrência então assim você tem HBO sucession não sei o qu você tem essa construção de dessa ansiedade onde você é nem ansiedade pode ser também ansiedade mas você tem essa expectativa e esse assunto se estendendo por semanas por dois meses as pessoas estão falando daquilo ali e aí quanto mais se fala mais desperta
o interesse em quem não tá assistindo de voltar asstir assinar para poder maratonar e e e ficar em Dia com aquilo aí que tá acontecendo e também acho tem uma questão de a série semanal ela é mais inclusiva PR as pessoas poderem assistir sabe porque Por exemplo saiu uma série nova Saiu todos os episódios se eu não Viro até amanhã todo mundo já vai ter visto eu perdi o evento mas sai semanal pô vai sair esse domingo eu posso ver dois episódios aqui eu vejo esse domingo depois eu continua acompanhando sabe então tem muito mais
eh pega mais no no tranco sabe e é mais inteligente mercadologicamente hoje hoje você vende o mesmo produto várias vezes mas aí tem a Netflix eles T um funcionamento meio próprio assim eles muito mas acho acho que de certa forma funcionou o projeto Netflix pelo menos no a princípio né porque a lógica deles parece ser uma lógica de produção em massa né você lançar o negócio inteiro e realmente não importa realmente não importa o depois que acabou sei lá sai beber Ren acabou ah uma semana eu tenho muito problema com isso por causa do meu
conteúdo porque eu demoro para fazer as coisas aí quando eu ah eu acho que eu tive um ensite interessante sobre essa série aqui mas quando o vídeo esver Pronto já vai acabar o assunto já não é mais e aí você tem esse espectador bem mais ansioso né porque E cria uma lógica de produção bem ansiosa porque se pela lógica Netflix se uma série não atinge números Absurdos de audiência na Primeiro final de semana já é considerado um fracasso você não constrói o uma relação com aquela coisa onde você você descobre que aquilo ali existe E
aí por causa você descobriu a você continua assistindo Ah que bacana E aí que legal que esse personagem agora é assim e tal tem o new gan chegou a pedir PR as pessoas assistirem send na primeira semana porque Para garantir que teria uma segunda temporada né É foi eu lembro muito disso assim e e tem sido assim tem sido assim com tem sido assim com tudo e cria essa essa ansiedade de consumo que a gente vai ver em outros ambientes da cultura pop na L atura tem muito isso né que é um um setor muito
precarizado e tudo mais mas você tem essa ansiedade essas pessoas que fazem cobertura de de livro book Talk Book não sei o quê Tipo a pessoa lê não se Quantos livros essa pessoa lê por mês para fazer um conteúdo e aí próximo próximo próximo próximo para poder comprar para comprar o próximo então é sempre a expectativa pelo que vem em seguida nunca o você é o que eu sempre falo com a graça que ela essa parada do espectador ancioso é justamente essa perspectiva galera tá mais importada com o número de filmes que você tá assistindo
do que com que você tá assistindo de Fato né então e e a indústria da cultura ela ela reproduz essa ansiedade no espectador né a própria Marvel é justamente isso você assistir é um filme Mas o que importa não é o filme que você tá assistindo é o próximo filme A a cena PS crédito nos diz isso que todo aquele filme só existiu porque vai ter o próximo para você consumir o filme ele imediatamente morre é ele é uma barriga da cena po cré é uma op é e dialogo com e dialogo com aquilo que
a gente tava conversando antes que é essa coisa da interpretação porque você vai ter esse pacote que é vendido para você o filme que é vendido para você e a Interpretação semi-pronta que vai movimentar uma cadeira de de conteúdo e de o influenciador que fala sobre aquilo ali e o Jornalismo e a mídia e tudo mais que vai dizer olha isso aqui é isso aqui essa coisa que você assistiu significa isso e agora que você tem essa interpretação aqui pronta você pode assistir a próxima coisa para que a gente te dê a resposta pronta depois
em seguida e é por isso que eu digo quando que a Netflix determinado momento funcionou isso hoje pode est indo um pouco para trás é justamente nessa perspectiva porque o me parece que a que a que o projeto deles era Justamente esse essa produção de larga escala Então você lança uma série aqui você faz as pessoas assistirem imediatamente porque semana que vem vai lançar outra né Outra temporada de uma outra série e você fica diferentes nichos né então tem esses dramas coreanos aí tem o animação você vai fica tem cara todo fim de semana tem
alguma co para vários grupos diferentes de pessoas tem coisas que eu nunca nem ouvi eu não sei nem que existe e tá lá é alguém que meu primo que eu fui visitar no fim de semana vai lá e fala assim Ah tem um negócio lá na Netflix tá todo mundo assistindo e você fica preso a todos esses universos porque o tempo inteiro tem uma nova série sendo lançada só que para você começar out você tem que ter terminado a outra anterior então essa obsolescência da série que vai se construindo imediatamente para consumir para criar consumo
novo né E tem esse trabalho assim que eu acho que essa construção de como é que você constrói relevância nesse nesse nesse ecossistema inteiro tem que ter muito dinheiro eu acho para você tipo criar essa ansiedade para você criar essa necessidade de assistir e e e criar essa sensação de que eu preciso disso aqui para eu poder ter para poder conversar com o cara que trabalha comigo na hora do café eu preciso ter isso aqui things é 100% isess feno é 100% isso assim e aí quando eu penso nessas discussões sobre cota de tela e
tudo mais assim e de construção de gosto e construção de relevância assim além além de ter a cota de tela que é uma coisa que é importante que historicamente é importante que tem sua sua importância comprovada historicamente eh a gente tem esse novo momento onde a gente precisa ter se a gente quer sobreviver uma indústria audiovisual brasileira quer sobreviver tem que construir essa relevância aí entrar nessa lógica Netflix de alguma forma que precisa de dinheiro para isso então a gente precisa pensar em política pública para poder incentivar para poder criar essa pessoa criar nessa nessas
pessoas essa essa ansiedade E aí é meio insano você pensar não a gente precisa para poder o cinema brasileiro sobreviver a gente precisa construir uma ansiedade nas pessoas sobre o cinema brasileiro isso é maluco cara é maluco sim é e e até que eu falo a galera ela tem uma uma quase um ímpeto imediato de de renegar a comédia brasileira por exemplo que historicamente também como você bem trouxe essa porque é isso pra gente construir uma indústria relevante a gente você olhar pra história dessa indústria também sobretudo a nossa indústria porque não adianta a gente
querer comparar a indústria brasileira com a indústria rolana Porque o mercado dos Estados Unidos é mundo o mercado do Brasil é Brasil então não adianta a gente falar ah vamos comparar com o Hollywood porque enfim olha só a indústria que eles são e tudo mais só que eles vendem para pra Europa eles vendem pra América Latina eles vendem pro mundo inteiro e nós vendemos para Brasil só o dinheiro que o exército americano bota no cinema é um negócio impossível de ser aplicado no Brasil e como é que a gente pensa na possibilidade não não proteger
cinema sob essas condições e todos os países protegem o próprio cinema todos Ah isso é coisa de terceiro mundo não primeiro mundo faz isso para [ __ ] [ __ ] todos eles protegem Total total é a França o que mais tem na França é cota de telas e nos Estados Unidos o que mais tem é é o exército americano investindo no cinema porque gente cinema é ideologia e sim é domínio territorial ele é acompanhado do domínio ideológico não tem não tem essa então assim isso historicamente você na história nos mostra os Estados Unidos entram
com a guerra e em seguida vem o quê ideologia isso na segunda guerra mundial com o plano Marshall por exemplo na Europa a a a Europa foi palco da segunda guerra mundial a enfim destruiu essa indústria da cultura dentro daquele contexto o que que a gente faz Olha só vamos recuperar a a indústria do seu país do do continente vamos recuperar economicamente mas a minha indústria vai entar Air porque você tem tinha toda a ameaça do Leste que tava chegando e tudo mais então bota a tocha cinema eu até falo pra galera por exemplo por
que que o cinema noar se chama noar porque quem deu esse nome foi a França porque o que tava passando no cinema francês naquele contexto era cinema americano porque tava lá o plano Marshall que atou filme americano na Europa sobretudo na França que tinha um contexto de crítica cinematográfica enorme que tipificou um cinema que é americano que deu nome a um a um estilo propriamente americano que nem mesmo eles americanos diziam que faziam uhum eles só vão reconhecer o cinema no ar como uma prática americana lá na década de 60 que eles vão chamar de
black cinema de uma maneira Totalmente torta porque não faz nem sentido chamar cinema no ar de black cinema porque é outra coisa e somente aí de verdade eles só vão reconhecer o cinema no ar na década de 70 quando chega a nova Hollywood eles começa a discutir o pós no ar só que para ter pós no ar precisa ter no ar né E aí foi quando eles de fato voltam pro passado e falam olha essa prática aqui que os franceses já estavam falando de fato é o que a gente estava fazendo mas é isso para
eh dominar um determinado território a ideologia é um prato é um prato cheio para para isso sim é o que a din tá fazendo agora com divertidamente né Que tipo de 10 salas nove são divertidamente dois [ __ ] Amigo eu nem eu nem vi ó que fil vai ser um sucesso por eu vi que você falou que no Twitter tem enrolado bastante isso a galera tá falando que é a galera Abre o aplicativo ingresso.com e mostra lá sessões sei lá farofeiros três um exemplo aí uma sala terça-feira 3 horas divertidamente oito salas em todos
os horários [ __ ] [ __ ] é competir com isso é muito cara Eu lembro que ano passado eu tava muito afim de ver um filme é um filme que chama propriedade não sei se vocês já viram sim sim bom E aí eu gostei muito Eu tava tipo esse filme já ele já tava passando em festival desde 2022 E aí ele estrelou cinema em 2023 e foi uma época que eu tava viajando e tal eu tava meio enrolado e eu tava assim eu preciso assistir esse filme eu quero assistir esse filme Quando eu voltei
de viagem o filme tava em cartaz ainda era tipo uma sessão quarta-feira 3 horas da tarde é sempre isso é sempre isso E aí fiz cara eu quero assistir esse filme eu moro em São Paulo eu moro na maior cidade do país numa cidade que tem uma grande oferta de cinema que tem muita sala de cinema eu tenho muitas eu moro no centro então assim eu tenho muitas opções de sala de cinema então eu tô num numa posição muito privilegiada de de um par de exibição então assim eu não tô no interior do Brasil onde
realmente não passa nada e tal então assim eu eu tenho a condição eu posso eu meu trabalho é flexível tenho uma horada flexível assim gente cara quarta-feira 3 horas da tarde eu tô em reunião cara eu não vou assistir um filme quarta-feira 3 horas da tarde Agora imagina isso no nessas salas do interior do Brasil não precisa nem sair muito do desses eixos urbanos vai vezes Minas Gerais sabe você vai tipo de São Paulo para Campinas Já não tem você vai no cinema só tem filme de superherois só tem filme de de animação da só
tem filme da Disney é ess os dados da da Ancine de 2016 mostram que 1/33 das salas do Brasil se concentra em São Paulo 1/3 das salas do Brasil o segundo lugar é o Rio de Janeiro que tem 1/3 do número de salas de São Paulo então assim é é bizarra des dentro desse dessa lógica de acesso que eu tenho porque eu moro numa maior cidade do Brasil eu ainda não consegui ver esse filme Ness momento tive que esperar chegou na Netflix sim aí eu assisti tá na Netflix inclusive quem quiser assistir o tirou Netflix
aí sim eu fui assistir e eu queria ver no cinema eu queria ver no cinema sim não mas é isso e e até discutir uma uma questão de cota de telas né Mateus é o Tiago é é partir dessa desse pressuposto também porque a galera tem uma tem uma noção de que assim eh a gente luta por cota de telas então a gente quer qualquer cota de telas não que cota de telas a gente quer né porque essa cota de telas que permite que o cinema brasileiro esteja em cartaz mas ele só tá na segunda-feira
2 horas da tarde não é a ca porque esse filme não vai ser assistido esse filme só vai ser colocado em qualquer lugar ali na sala cinema porque o exibidor ele vai priorizar não é o dinheiro ele vai priorizar o Lobby estrangeiro porque essas empresas estrangeiras que detém por o monopólio de de de de produção eles comandam o mercado exibidor sobretudo brasileiro sobretudo do Sul global é porque se o cara quiser passar o Deadpool evolver que vai passar daqui a dois meses ele vai ter que passar agora divertidamente sabe sim é isso E aí existe
a gente falou sobre at sobre a freira 2 na no passado né Eh freira 2 também dominou as salas de cinema brasileiro aí você vi a quantidade de salas para freira do e tu fala assim existe demanda para esse filme pra quantidade de sala que tá sendo não tem só que que qual é a parada que esses mercados monopolizados fazem constrói demanda pela oferta Uhum Então você oferta muito você cria na no espectador a ideia de que ele precisa daquilo porque se tá sendo ofertado naquela naquela escala ele tem que assistir aquele produto porque é
o produto que a indústria tá mostrando para ele cria uma ideia de pertencimento em grupo porque todo mundo vai est assistindo aquilo ali se eu não assistir eu tô por fora e você cria portanto essa essa demanda pela oferta e cinema brasileiro tá lá 2 horas da tarde na segunda-feira como é que você cria essa demanda colocando esse filme nesse lugar então que cota de telas a gente quer então a gente quer a cota de telas majoritária que 50% 51% das salas estejam disponíveis para cinema brasileiro mas que desses 50% de salas e disponíveis pro
cinema brasileiro exista também uma limitação de salas para um único filme para que não haja um monopólio da Globo filmes por exemplo no mercado idor brasileiro porque se você separa 50% das salas do cinema brasileiro essas 50% das salas vai ser dominada pela monopólio nacional que é Globo Filmes então que você e crie uma dinâmica de diversidade também no cinema brasileiro para que cinema independente seja eh distribuído para que o cinema eh os cinemas regionais sejam distribuídos para que cinemas de minorias sejam distribuídos e quando a gente diz isso É uma questão muito importante que
a gente precisa sempre dizer não é todo filme que tem que bater bilhão né primeo assim bater bilhão a lógica americana mas assim e a galera tem a noção de que pô um filme que bateu que custou r$ 1.000 e e bateu 600.000 de Bilheteria olha só tá vendo cinema brasileiro não é assistido [ __ ] 100.000 600.000 [ __ ] sabe não é porque ele não lucrou mais que Madame teia por exemplo sabe po não é porque ele rodou o mundo que ele fez isso não ele ele teve ali a sua a sua o
seu mercado ele conseguiu construir público não é todo filme que tem que ser recorde de Bilheteria ele um filme que custou 100.000 ganhou 600 é isso que a gente precisa também sabe eh só que o que eu tava falando lá no início é a gente ter ess percepção de que a galera tem um um um um certo desgosto imediato pela comédia brasileira sim né eh ah brasileiro é pastelão é é só que a grande questão é essa a gente precisa desse tipo de produto e a gente precisa desse produto para que o cinema independente aconteça
também né E tem público tem público tem não tem público para caramba e eu a gente tava até até eh aquele o aquela reportagem que saiu no Globo falando que a galera do tiktok tá descobrindo o filme brasileiro porque tá aparecendo lá no tiktok e o tiktok É meio terra de ninguém em relação a a propriedade intelectual e não sei o qu então a galera fica postando coisa lá a gente po posta o filme inteiro tá lá parte um S sim então gala asso no rolar automático né só galera tá assistindo coisa lá descobrindo que
o filme existe aí vendo aqueles edites lá descobrindo um monte de coisa que existe E aí eu fiz um um vídeo sobre isso falando tipo ó então p se tem a pessoa quer assistir tipo se tem a oferta a pessoa vai vai querer assistir E aí tinha uns comentários muito interessantes nesse vídeo que eu postei eram as pessoas falando assim como que é natural para ela esse interesse pelo cinema da brasileiro pelo cinema brasileiro ele é natural Porque pô já é um filme na minha língua é um filme que se passa num lugar que é
parecido com o queem eu moro são experiências que são parecidas com a minha é um senso de humor que é parecido com o da minha família então assim o interesse pelo pelo cinema brasileiro ele é uma coisa já é natural o o que o que não é natural o que é provocado é o desinteresse é o desprezo para poder a pessoa desprezar que é ideológico para pessoa para poder essa grande massa de pessoas não sei se é uma grande uma massa tão grande assim mas para poder ter uma uma quantidade considerável de pessoas desprezando a
produção nacional isso precisa ser construído não é possível cara que a pessoa olha para um filme falado em português que fala sobre questões nossas que tem a ver com a gente que tem o ator que ela conhece que tem todo esse aparato que tá a favor da pessoa ter um interesse natural para gostar você querer assistir um filme da Sessão da Tarde que passa num bairro de Subúrbio americano que não tem nada a ver com a minha vida isso era uma questão que eu tinha quando eu era criança assim que eu assisti a sessão da
tarde e eu ficava incomodado não é que eu ficava incomodado não era não era uma criança iluminada mas era uma coisa que eu ficava assim pô por que que por que que todo mundo usa tênis dentro de casa tipo eu não uso tênis dentro de casa e aí eu ficava assim de repente Talvez eu devesse usar tên dentro de casa porque é o cinema hollywoodiano constrói uma suposta universalidade dos temas né então e a ideologia e é por isso que o cinema Ele sempre foi historicamente pelos Estados Unidos usado como mercadoria como mercadoria de troca
Então você você exporta ideologia estilo de vida que é é um desejo tipo você quer não você quer ter isso aqui você quer viver desse jeito você quer viver essa vida você quer morar nesse bairro Você quer morar nesse Subúrbio Você quer morar numa rua assim você quer ter uma casinha com a cerquinha você quer ter essa vida e aí é é tá lá todo dia na Sessão da Tarde na temperatura máxima não sei o qu tudo tá sendo ali mostrando para você que aquilo ali que você deseja uma hora você acredita uma hora você
acredita que deseja assim e e é muito interessante assim eu lembro que eu tinha uma eu tenho uma sisma muito engraçada com os flst e os JS é um é é é uma coisa de que você tem lá os flinston o uma família pré-histórica no 10.000 Anos Antes de Cristo vivendo vivendo no capitalismo uma família burguesa capitalista né o cara trabalha numa Pedreira a mulher dona de casa família nuclear pai e mãe dois filhos e um cas era um filho e um dinossauro que parece um cachorro E aí você tem os Jetsons que é a
família burguesa no futuro capitalista Eh pai mãe do filhos e um robô E aí você tem é por universalização do modelo de vida deles né é uma Você tem uma uma mensagem muito clara sendo dito aqui o mundo muda não é mais pedra agora eles vivem lá lá em cima mas o que fica Universal é a família não só a família mas a família burguesa A família americana família de margarina ó mudou ó mudou tudo aqui o mundo é o outro mas ainda é Você ainda trabalha 185 você ainda a mulher a esposa tá lá
é a dona de casa ainda no futuro e no passado n no futuro e no passado é universal assim você você constrói uma ideia de que de que o mundo de de que a sociedade sempre foi assim eliz e é bizarro que na verdade é é coisa assim de menos de 100 anos que você tem essa essa configuração de Família o o próprio a própria hegemonia dos Estados Unidos enquanto hegemonia global é recente não é uma coisa e é uma coisa que se que data ali da segunda guerra mundial Então não é uma parada que
tipo os Estados Unidos é hegemônico no mundo há 500 anos não é E aí quando você olha paraa e a é isso que eu tava discutindo assim essa coisa de naturalidade isso aqui a a a família essa família ela é tão antinatural que ela você precisa dessa dessa imposição né porque é uma imposição ideológica pós Segunda Guerra porque os caras estavam lá na guerra as mulheres tinham que cuidar da casa e trabalhar e tudo mais é o soldado volta da Guerra Não agora mulher tem que voltar para dentro de casa então você tem ali anos
50 toda essa coisa que é esse essa coisa que eles romantizam hoje a Extrema direita romantiza esse ano 50 que tipo cara é um período tão curto na história humana história dos Estados Unidos onde as famílias eram assim sabe Deus se eram mesmo assim que é uma coisa totalmente artificial e a própria tipificação da da fem Fatal também do do cinema no ar o cinema no ar gente é é essa para entender o cinema americano da década de 40 50 é estudar o cinema no ar porque é isso é um cinema que é o nome
é dado pelos pelos franceses e portanto é a compreensão de que os Estados Unidos entra massivamente na Europa IDE logicamente é compreender a tipificação esse tropo narrativo feminino que é fem fatal que nada mais é do que essa personagem feminina forte que é justamente essa tipificação do pós Segunda Guerra Mundial né o homem vai pra guerra a mulher fica e ela vai ser provedora do Lar e ela sendo provedora do Lar ela ela precisa se e empoderar digamos assim esse homem quando volta ele descobre essa mulher fortalecida só que o que que o cinema noar
faz ele constrói essa essa personagem essa mulher forte como Aquela figura que vai levar o personagem masculino à perdição Então ela sempre ela é um risco pro ela é um risco ela é um perigo pro personagem central e ela é um perigo para essa configuração social ela é um perigo pra família burguesa ela é um perigo pra estrutura o tecido social né E qual o resultado da fem fatala fem fatala ela vai ser sempre e redimida ou punida Mas redimida ou punida aos olhos de quem do homem vi dessa reestabelecimento que MM passa nessa fase
tipo é meio que uma um estudo de como era uma grande Face Esse modelo sabe acho que você I go su primeira temporada gostei né mas acho que você ia gostar eu é uma coisa que eu tô devendo assim para mim mesmo assistir mas é é é muito interessante essa construção de naturalidade mesmo ass a gente pensar como que o que a gente entende como natural e não nem como a fem Fatale fosse um trumpo narrativo isso é importante não é um trumpo narrativo do cinema no ar é histórico é a filme fatal sempre foi
usada comoel né Sempre foi usado como troco narrativo de restabelecimento de uma ordem social masculina e a gente vai no passado a gente vai pra Bíblia tá lá Sansão e Dalila Dalila tira os cabelos de Sansão e e tira dele a força e leva os sanção aos Fist teus a gente tinha lá medusa a gente tinha Pandora Pandora abre a caixa eh a Caixa de Pandora e traz ao mundo a a a perversão só deixa a esperança né enfim então sempre tem essa figura feminina que representa de certa forma um restabelecimento de uma ordem social
e esse restabelecimento só se dá na medida em que ela se subjulgação eu não sei eu tenho eu sei que você gosta muito de de filmes e pelo menos de livros ou pós-apocalípticos né de coisa meio ficção centi eu gosto eu mas eu é é eu eu gosto eu gosto bastante eh mas Eu acho que eu é uma coisa mais ligada à literatura não tanto pro cinema eu gosto de livro de ficção científica mas eu gosto muito de muitos filmes de ficção científica mas acho que no cinema acho que os filmes que mais me me
pegaram são aqueles filmes que a gente vê jovem assim né então eu tenho uma relação muito próxima com Cidade dos Sonhos do David Lynch porque acho que foi o primeiro filme esquisito que eu assisti na minha vida assim acho que é meio filme esquisito o Hook nefo fala todo mundo sabe como onde quando viu Primeira Vez Cidade dos Sonhos sabe para mim é isso Espaço Itaú trá de Botafogo algum dia meio de semana mas pior que sabe sabia que eu sou um ponto fora da curva nessa teoria do mas eu concordo Eu só fui um
ponto fora da curva porque a primeira vez que eu assisti Eu talvez e eu não curti tanto na primeira vez e eu quando reassisti eu fiquei [ __ ] isso aqui é brilhante mas na primeira primo grande do lint fácil fáil e assim eu e eu preciso dizer assim eu não sou um grand fã de David lych as outras obras dele assim ó cai o corte tá aí já sabe o título Car Leão falou que Nola é melhor que lint [ __ ] [ __ ] calma muita calma nessa hora cai muita hora nessa calma
e mas assim eu eu gosto mas nos filmes dele assim no geral nunca são aqueles filmes cinco estrelas para mim sabe eu gosto gosto aqui gosto ali eu odeio Razer head por exemplo odeio muit nos é odeio o Razer head mas cidade sonhos é esse filme que [ __ ] esse é brilhante para mim esse Me Pega De um jeito muito forte eu eu eu Nossa eu eu tenho essa lembrança mesmo assim eu assisti na casa de uma amiga assim tipo Domingo de noite ela fal ah eu tô eu assisti esse filme aqui eu tô
meio obsecada por ele a galera tá lembrando aqui de EVA só EVA também é mais um desses fem fatal na Bíblia e eu queria tu já assistiu eu não ah vamos assistir eu não tava esperando nada não faz não sabia o que esperar até porque não tem como você esperar não tem como você esperar alguma coisa você não não tem o que você esperar você vai lá e assiste assim e aí acabou o filme e eu lembro muito disso assim a gente era muito novinho assim eu e ela e ela muito obsecada querendo me mostrar
eu fic assim eu não entendi nada não entendi nada e ela começou a me dar umas pistas assim e aí depois eu fui pra casa e fiquei olhando na internet assim ah eu acho que isso aqui era um símbolo disso é a busca pela interpretação Que el eu fiquei muito nessa pira de quer a necessidade de interpretar as coisas de querer construir o filme linear porque ele é todo ah o final e o começo tá então a o começo a primeira cena na verdade cronológica é essa aqui e aí Isso aqui na verdade é um
sonho isso aqui aí depois de muitos anos e assim amando e tudo mais achando todo esse exercício de procurar de ler na internet nos anos 2000 você ir na internet procurar as teorias das pessoas era muito legal fazer isso aconteceu muito com Bruxa de Blair né Bruxa de Blair E aí era muito legal fazer isso esses sites de terror que tinha lá no início dos anos 2000 aterrorizante assustador era bom demais a internet era divertida menino do Corredor do hospital um dia foi [ __ ] não e e as fotos do suposto acidente dos mônios
de assassina fot real a do também era real Infelizmente era real sim infelizmente era real eu vi com sei lá oit no anos de idade Caral Nossa Senhora não e Era essas paradas que rolava assim e o bruxa de BL cresceu muito Nessa onda aí também foi era o marketing do filme Era isso né eles fizeram aquele site lá depois muito o próprio Nolan foi fez no Batman né O Cavaleiro das Trevas ele fez tinha um site que era Wi series.com que nossa mas foi foi do [ __ ] a Mar desse filme eu lembro
foi foi foi que era era isso PR Eu lembro que Lost foi o cavaleiro da stref foi o primeiro depois de muitos anos que bateu bilhão de novo né porque foi o Titanic foi o Titanic lá e depois o acho que foi foi um dos primeiros que bateu bilhão depois de muito tempo mas lot foi o lot criou uma cultura tinha esse marketing de e tinha um marketing eles colocavam eh eles chamavam de se eu não me engano era isso eu posso est lembrando errado mas tinha era Mob zó que era OB zó para você
ver no celular a Olha que coisa inovadora Olha que coisa inovadora Então tinha que era uns episódios curtinhos era aquelas aquelas chamadas da Dharma que apareciam no no filme aí tinha você podia assistir uma versão lá que era só pro celular aí você baixava lá EA assistia no celular tinha marketing de de internet assim e essas coisas dos anos 2000 cloverfield fez muito isso também cloverfield muito bom que era você não sabia o que era o monstro você e se você assistir o filme você também meio que não sabe também termina meio que sem explicar
muita coisa que é esse terror do do 11 de setembro e tudo mais é E aí acaba E aí você você ia na internet pegar um eu acho que tem muito essa coisa do que é essa coisa do do 11 de setembro das pessoas usarem aquelas câmeras manuais e tinha aquelas imagens tremidas granuladas mas que eram as pessoas na rua filmando e isso vira uma quebra de paradigma do audiovisual no mundo inteo o cinema incorpora isso né o o professor and conversou com a gente sobre isso quando a gentea quando ele tava aqui né Essa
perspectiva de que o 11 de setembro foi o primeiro grande primeira grande catástrofe filmada em câmera subjetiva e é justamente essas câmeras digitais amadoras e não s foi o primeiro televisionada né porque o segundo avião tá todo mundo ao vivo mostrando o prédio em Chamas aí bate segundo bate o segundo E aí você tem aquele Guerra dos Mundos que ele é todo filmado assim ele é todo aquela câmera sacudindo e aí tem aqueles zooms meio grotescos assim né de de de câmera manual E aí você vê que é uma uma marca Histórica no no na
linguagem no cinema né que o cinema vai incorporando e tem até um vídeo muito interessante da lind que ela faz uma comparação entre Independence Day e Guerra dos Mundos ela pega esses dois filmes e coloca o o 11 de setembro no meio e é tipo jamais poderia existir um filme como como Independence Day depois do 11 de setembro porque o Independence Day é tipo é uma tragédia e tudo mais mas assim é uma coisa meio engraçada é divertida é aquele filme de de de Blockbuster você tá vendo a a Casa Branca sendo destruída mas aquilo
ali é muito legal assim de ver tipo nossa jamais ia ter uma cena como essa depois de Setembro tro existe existe um inimigo que vem de fora que é uma tipificação da narrativa hollywoodiana é ideológico ide super Mas é uma coisa que é meio que um fortalecimento da ideologia norte-americana Triunfante é Triunfante a o Estados Unidos sai Triunfante como a a nação que Ena pós no pós 11 de setembro os filmes começam a carregar um um sentimento de trauma mesmo do do evento o cloverfield é isso cloverfield é a cidade toda destruída e tudo mais
e o Monstro não tem rosto é a tal da guerra do terror e tudo mais e eu tenho uma brisa muito eu acho que os ches da Marvel assim também não mas 100% 100% Prime vingad muito mal O Primeiro Vingador e aí não só o primeiro Vingadores ele ele é isso mas assim o que vem de fora que é o Capitão América Soldado Invernal eles estão lidando é é exatamente o que aconteceu ele o O Soldado Invernal é o Depois dessa dessa tragédia em Nova York a gente implementou um esquema de segurança que vai vigiar
a sociedade inteira e aí é o Capitão América olhando para isso e fala assim que [ __ ] é essa E aí ele fica desconfortável com aquilo só que aí tem o plot Twist da história que é ah não mas quem tá fazendo isso na verdade é porque os nazistas se infiltraram no governo americano que se a gente sabe um pouquinho de História na verdade a gente sabe que na verdade não é uma infiltração exatamente assimilação Mas é por is Eu gosto do Homem de Ferro três porque o filme que começa nesse trauma o Tony
Stark tá meio marcado pelo acidente do primeiros Vingadores E aí tem o vilão que é um terrorista árabe só que aí quando ele vai ver o vilão na verdade el é só um fantoche de um empresário americano armamentista sabe [ __ ] muito [ __ ] é óbvio que nós chamaram no C shanny Black para dirir film superherois E aí eu acho tem um tem um umas discussões interessante sobre a forma como esse universo Marvel incorpora o 11 de setembro e até uns códigos assim interessantes de tipo de de olhar para essa trajédia de Nova
York como um grande trauma e uma série de decisões vão sendo tomadas do Governo e da da forma como esses heróis lidam com qual que é a missão qual que é a minha missão nesse planeta e qual que é a minha missão enquanto herói para o que que eu tô Protegendo o que que merece ser o que que é digno de proteção tipo Parece que tem uma hora que tá quase indo para um lugar interessante mas sempre tem uma coisa que que Opa brincadeira Vamos fazer outra coisa aqui agora é no final é muito conciliador
sempre por exemplo Pantera Negra metade do filme eu gosto para [ __ ] aí no final é tipo pô vamos fazer amizade com os americanos é não vamos vamos construir uma ONG Vamos Construir uma [ __ ] ti é o revolucionário se torna um para para ser exterminado e é isso sabe é o vilão é é o Na verdade o eu eu tenho uma opinião bem complexa assim sobre sobre Pantera Negra nesse sentido eu acho que tem isso com certeza não não não discordo de você mas tem uma série de outras questões ali que eu
acho interessantes Eu acho que eu me lembro que me impactou muito mu coa a frase final do do que o monger me impactou muito dele falar assim eu prefiro morrer eh como os meus antecipados porque eu prefiro a morte do a corrente eu acho isso muito eu acho isso muito forte eu acho muito legal um filme desse sabe um filme que tá inserido nessa indústria ter espaço para colocar essa frase que é o diretor não eu quero colocar essa frase aqui e é tipo Pô você conseguiu colocar essa frase foi muito [ __ ] e
eu acho que tem uma discussão sobre gênero especific sobre gênero e Raça nesse filme que eu acho muito muito sofisticada que é o que o monger ele é ele é afro-americano né então ele é criado dentro da ele o a wakanda é é uma sociedade que floresceu fora da lógica do colonialismo fora da lógica do capitalismo Talvez assim talvez você possa falar isso não sei como é que é dentro dessa desse universo mas assim a wakanda é uma sociedade afrofuturista que existe dentro fora da lógica do colonialismo o konger é um cara negro que foi
cresceu nos Estados Unidos na hegemonia do capitalismo e tudo mais e aí tem uma diferença muito clara que o diretor e roteirista escreveu assim que a forma como ele lida com mulheres Uhum Então dentro de wakanda as mulheres estão em posição de poder as mulheres estão em posição de liderança elas estão elas são pares né dos homens assim elas não são menor a irmã dele é uma cientista [ __ ] cientista não tem uma hierarquia de gênero nos moldes né da do do que a gente chama de ocidente e o k o mong ele cresceu
dentro dessa sociedade que é capitalista que é racista que é machista que é misógina Então a primeira coisa que ele faz quando ele chega lá primeiro ele destrói a natureza né então ele tem um uma ele queima um negócio lá ele tem completo desprezo pela natureza e ele tem um desprezo por mulher então ele ele ele mata mulheres assim sem ele mata a namorada dele namoradinha dele no começo sem a menor cerimônia ele tem um completo desprezo por mulheres então tem uma diferença assim tem um comentário e ideológico interessante sobre isso claro dentro das limitações
dentro do sei o qu Mas são coisas que eu que quando eu assisti me pegaram muito você olha que que que no interessante aqui dentro de um filme que tá numa lógica super não por um dos giles mais lembrados da da franquia toda por causa disso porque ele tem uma complexidade ali sabe ele P personagens vilões da Marvel que tipo você você não concorda mas você entende de onde tá vindo as coisas que ele fala sabe ele é muito produto de lugar esse lugar dos Estados Unidos é E aí eu pô eu eu eu então
eu eu passo um pouquinho de pano assim mas mas eu mas eu concordo eu concordo muito com você é um dos filmes que eu mais gosto assim da da Marvel e eu concordo muito porque isso não é e a gente olha para esses filmes como eles não tão isolados né Isso é são vários filmes que tratam essas figuras evolucionários como vilanescos é sempre o o revolucionário que que vai longe demais ah ele foi longe demais ele matou uma pessoa então tá sempre nesse lugar e aí a a discussão não vira a injustiça ou a ou
ou as questões estruturais que causaram aquela aquela injustiça aquela a discussão gira em torno do do extremismo olha essa linha que ele passou você não pode jamais ultrapassar essa linha puja pra pauta moral também puja pra pauta moral é caminha sempre vai ser essa tipificação da da pauta moral Isso vai ser interessante agora uma um assunto eu queria já voltar para pra questão lá que a gente discutiu da cota de telas mas na verdade não falar sobre cota de telas especificamente mas eu não sei se você viu E aí vamos lá não sei se você
viu recentemente a fala do nosso querido Presidente na na comemoração do dia brasileiro Ai cara o cinema brasileiro que que você tem para me dizer sobre essa virou essa virou uma uma pauta muito muito cara minha sim que é essa discussão essa moralização né do do essa ideia de que o cinema que a arte ela tem que ela tá ali para moralizar a sociedade que existe uma arte de verdade que combate isso tudo né para quem não sabe o Lula no dia do aniversário do cinema brasileiro ele fez um discurso no mesmo dia iria se
assinar o o projeto de lei da cota de telas e tudo mais eh e ele falou algo do tipo que a gente quer arte que não seja [ __ ] eh que a gente vai falar vai fazer arte para ensinar as crianças é basicamente ele acenou pro público evangélico s é porque ele tá ele tá pegando uma uma fala que é um um argumento muito usado para vilanizar o cinema brasileiro que é o cinema brasileiro é só [ __ ] que é o que você falou uma vez assim tem um vídeo seu que você falou
muito claro que é tipo todos os ataques ao cinema brasileiro todas esses principais argumentos que depõem contra o cinema brasileiro supostamente depõe são ataques a movimentos específicos do cinema brasileiro então é o ataque a comédia tem a chanchada então o ataque A [ __ ] é a porno chanchada então ahe cinema de sociólogo é o cinema novo e aí então ele tá claramente acenando eu não sei o quanto de clareza ele tem ali porque el tá falando de um senhor de 78 anos mas assim eu não sei o quanto de clareza que tem ali ou
se realmente uma uma moral mesmo que ele tem na cabeça dele e tal enfim não importa muito não analidade autoral aqui a gente não vai discutir sobre isso mas é é horrível assim a gente discutir nesses termos assim são termos que não não leva a discussão para lugar nenhum assim é fazer o jogo da direita né basicamente é fazer o jogo da direita ess esse esse discurso moralizante esse discurso que é utilitarista e é um discurso nazista cara porque você vai ver o o nazista estavam lá fazendo arte degenerada dizendo qual que é arte que
é boa que é leva a moral da sociedade e qual que é a arte que degenera a quem que esse tipo de discurso ofende a quem que esse tipo de discurso agride agride ao público LGBT agride as mulheres agride a população negra porque sempre que a gente coloca esse tipo de discurso moralizante a gente vai est criando mais uma camada de violência a populações que já são violentadas diariamente então o que que é moralizante o que que é puro é porque todo esse discurso moral ele é conduzido por uma por uma discussão hegemônica Então existe
um grupo hegemônico que detém esse essa esse domínio eh sobre a ideologia e que portanto comanda essa moral esses hábitos esses esses costumes certo que é errado é a discussão da família burguesa como essa coisa pura que merece ser protegida que é ancestral que existe desde a Idade das Trevas Igual nos flinstons E aí em um dado momento ela corre o risco de ser corrompida então é teoria da degeneração é teoria racial é é um monte de coisa assim então se o que que significa proteger as nossas crianças nesse sentido sabe é proteger a é
o King Kong entendeu é o King Kong que tá lá o monstro preto que vem da África roubar a mulher loira e que precisa ser destruído por pelo exército pelo pelo o pelo homem branco armado sabe então assim que moral é essa que tá sendo protegida que discussão é essa assim esse tipo de discurso ele tá sempre pendendo pro fascismo sempre sempre pende pro fascismo Então porque ele vai nessa direção da de uma ideia de uma imaginação de um passado glorioso onde a gente valorizava de verdade a arte então o que que a gente precisa
fazer para voltar a esses tempos gloriosos e tudo mais então aí ele vai nessa direção da construção de um Imaginário do que é a verdadeira arte né Então nós não vamos fazer mais esse cinema que é [ __ ] nós vamos fazer arte e ele vai fala arte e quem não quem não quer saber o que é arte que se dane nós vamos fazer arte assim o que que é isso sabe é um é um discurso que é conduzido por uma ideologia dominante hegemônica né só que assim eh eu acho que já não dá mais
para ser com descendente com isso sabe porque não eu não tenho já não é mais a primeira vez que ele fala isso e a gente a última vez foi com videogame não sei se você lembra desse cas foi eu lembro é verdade ver qual foi videogame não lembro dessa que ele foi aquele velho discurso de sempre de que jogo de tiro faz pessoas jogo de tiro faz pessoas violentas porque a violência Olha a violência que tá no mundo a gente precisa que os jogos de videogame e ele fala até sobre produtos de arte e tudo
mais com todo ensinem coisas boas para as crianças para que não tenhamos tenhamos mais mundo violento e tudo mais e [ __ ] pelo amor de Deus a culpa da violência na sociedade é do videogame do cinema esse mesmo discurso acontece tá falando do cara do líder de um partido de um governo que sancionou a lei de drogas sabe assim então assim você vai a gente quer discutir violência a origem da violência no no Brasil a gente quer discutir isso aqui agora vamos discutir de verdade vamos Porque assim vai vai criar espantalho e aí é
complicado cara aí é é eh a gente tá no num num lugar onde a gente escolhe um monte de de de espantalho para provento de verdade então é o videogame atacar o qual é a palavra desculpa você ataca o sintoma ataca o sintoma é isso é a questão e tem uma coisa meio picme eu chamo de pikme que é uma coisa assim que eu vejo dentro do de de alguns lugares do movimento LGBT por exemplo de algumas figuras que às vezes aparecem aí nas internet falando que eh É principalmente em época de parada LGBT assim
ai porque apareceu os gay lá estavam pelado estavam mostrando a bunda na parada LGBT isso aí tá ferindo o movimento tiro e aí você vai lá e fala cara você tá você acha que se você se comportar se você for um bom menino você vai ser Aceito o status qu vai vai te respeitar ou você acha o o que que você acha que vai acontecer Entendeu é um processo de individualização que é o que é a prática dessa você individualiza os problemas em um em um e centraliza num personagem mais do que isso mais do
que isso é é uma é uma coisa meio se eu me comportar bem eu vou ser aceito Então não é não é uma postura de enfrentamento do problema é uma postura de eu vou me comportar bem você também tem que se comportar Então vira um policiamento dentro da própria comunidade E isso acontece em várias outras comunidades né então em outros movimentos também isso acontece inclusive dentro dessa ideia de esquerda que a gente tem se a esquerda for boazinha uhum a gente vai conseguir o que a gente precisa a gente vai se o o o Kong
o Kong não pode ser o o comandar oanda tem que tem que ser o o panteira negro porque ele vai fazer a ONG lá nos Estados Unidos então a gente tem que ser uma esquerda boazinha porque aí a gente vai ganhar um um docinho Um chocolatinho do do sistema Entendeu perfeito perfeito e a esquerda Bin sempre é centro direita Na verdade né Hã a esquerda boazinha vira centro direita só puxando puxando puxando sempre é o o a social democracia ela vai ter ela vai ser sempre assimilada por essa direita quando não entrar no Poder Além
disso eu vou traz essa discussão assim sobre [ __ ] assim então é uma discussão sobre domesticação de corpo sim PR Caral então é e eu trabalho assim a meu na minha questão de movimento LGBT eh em especial movimento LGBT Mas isso não é um argumento que é restrito ao movimento LGBT mas a gente pegar pela Perspectiva da desobediência então assim a gente que é gay LG at trvesti a gente tá desobedecendo uma Norma vigente então a norma vivente que diz que você pelo seu corpo pelo jeito que seu corpo é pelo jeito que você
nasceu por essa ideia biológica que a gente tem de o que que o que que é um corpo o que que é o quê você deve cumprir um papel na sociedade então você ou você reproduz Ou você trabalha sim então aí eu eu eu acredito que a gente não combate assim a gente incorporando esse esse padrão siset normativa por exemplo esse padrão de Ah não eu quero ter uma família eh burguesa só que LGBT então é uma uma uma ideia de assimilação se a gente assimilar esses esses valores e a gente lutar para ser para
que os nossos valores sejam assimilados então é casamento esse tipo de coisa então a gente vai conseguir e não vai cara porque não vai porque não é a lógica do a lógica do sistema não é essa a lógica do sistema é eu concordo muito com um cara que chama Maro miell que ele escreveu um livro nos anos 70 que chama por um comunismo transexual que essa ideia de que para que a gente esteja no para que a gente seja entre nessa sociedade capitalista para que a gente seja absorvido pelo capitalismo explorado plenamente por esse sistema
tem que abolir o Heros a gente temir não tem que sublimar o Heros a sublimação do Heros é essencial para que a gente entre na lógica nas lógicas exploratórias do capitalismo é o gamento na direção da produ ficação a gente abre mão do prazer a gente abre mão da nossa do da subjetividade a gente abre mão da de uma vida plena de prazer de alegria de festa de dança de ritmo de sensualidade su usa santag assim por uma lógica produtiva então ou você trabalha ou você reproduz a mulher tem que cuidar da casa a mulher
não pode então você fazer tá transando por aí e não tá fazendo filho não tá fazendo trabalhador Então meu filho você não serve você tá desobedecendo você vai ser punido você tá fora disso aqui então assim então tanto é que a gente vê o as primeiras queimas de livro do Partido Nazista é o Instituto de o Instituto de sexologia estava fazendo pesquisa para de transição de gênero principal Instituto de sexologia da Alemanha um os primeiros a ser queimados na Por quê Por quê Porque sim porque é a lógica do Capital assim o fascismo como cão
de guarda do do capitalismo sim é é o é a Extrema do do sistema então então quando a gente olha assim para essas ideias de de de essas ideias moralizantes elas estão condicionando o nosso corpo a ao capital é simples assim cara é simples assim então a gente eu eu vejo a luta do a luta por diversidade a luta LGBT como uma luta inerentemente radical sim é uma luta que tá lado a lado não é um uma cortina de fumaça sim junto com a luta por aborto junto com a luta por direitos reprodutivos paraa luta
das emancipação das mulheres de todas as mulheres é é é a lógica radical Então esse tipo de ideia esse tipo de de de argumento assim que o Lula tá fazendo lá é um argumento extremamente errado e extremamente prejudicial conservador não reacionário é é é reacionário cara então a gente tem que combater esse tipo de ideia Ah mas não sei o que isso vai atrapalhar a vai atrapalhar o não sei o que o vai vai vai só fazer o jogo da direita se a gente fazer isso assim então a gente não faz nada a gente não
faz nada fica quieta chega já chega de dizer que vai vai jogar o jogo da direita porque Lula é neoliberal ponto acabou não é não vai nessa não não cai nessa Chega dessa parada p foi o governo que enriqueceu banco pelo amor de Deus monopólio da educação é é assim é é porque a gente existe uma confusão assim na galera que assim a gente precisava eleger Lula né gente precisava das três vezes três vezes esper aqui na quarta também ali espera não precisava porque existia um um um mal maior digamos assim né que era o
fascismo ponto não tem como não tem outro nome para se dar né Mas isso não significa que o Lula é a Vitória sabe o Lula é uma sobrevivência Talvez sim é a batalha que foi vencida mas não é Vitória então ponto sabe e e quando a gente vê esse tipo de discurso a gente vê o completo alinhamento do do Lula a essas pautas conservadoras eh eu não sei se eu se eu vou se eu atribuo isso à idade dele ou alguma coisa desse tipo Porque de fato é já não é a primeira vez que ele
faz isso já teve assessor assessoria que veio no no no ouvido dele falar sobre esse tipo de coisa e esse e esse discurso ele se replica se repete essa ideia de que o o jovem vai ser violento por causa do videogame pelo amor de Deus ele que é um cara que historicamente discursa na direção do combate as desigualdades e tudo mais [ __ ] como é que ele vai me dizer que a violência ela parte do videogame da Indústria a cultura porque teve um joguinho um filminho de tiro pelo amor de Deus para mim isso
é claramente um diálogo dele com o n pentecostal com extremista evangélico para mim é isso mas é um diálogo torto entendeu assim assim além da além do argumento errado e tudo mais assim mas é uma Man se assim se se é se essa a estratégia seguida é uma péssima estratégia ele não vai falar com ele do jeito que ele quer e vai perder gente do lado de cá é tentar dialogar com a galera que é a favor da cota de telas que era o evento de certa forma para isso e tentar dialogar com uma galera
que olha só é importante fazer isso sabe Mas sabe arte de verdade sabe e assim e vale dizer Ô Tiago eh que assim ao contrário do que euv muita gente falando sobre essa fala do Lula eh porque isso vai muito na direção também da do da função do estado com relação à arte né qual seria a função do estado com a arte e existe um discurso que eu acho de certa forma perigoso também da ideia de que enfim o artista ele é um ser livre uhum só que ess essa liberdade irrestrita ela pressupõe a pior
das ditaduras porque enfim alguns têm mais liberdade que outros porque o domínio sobre os meios de disseminação da linguagem e da comunicação pressupõe que alguns T mais liberdade que outros de de dizer de falar de expressar se sua sua arte digamos assim né então assim o estado Tem sim um papel com a arte e que não é só o fomento Não é só isso aqui é muito importante porque não basta só o o o estado falar assim olha toma esse dinheiro aqui artista faça sua arte isso não acontece em lugar nenhum do mundo ex É
lógico que o estado ele deve fomentar artistas e dar liberdade para esses artistas mas é o mais perfeitamente comum que o estado tenha diretrizes que dentro desses financiamentos esses editais existam editais por exemplo para cinema negro que existem Edit para cinema LGBT que existam diretrizes para que esses diretores produzam conteúdos direcionados até mesmo para um pr presunção de um cinema educativo sim que não seja só isso porque o cinema ele não deve educar mas ele pode ele pode ser usado como ferramenta educativa eu não acho que o cinema deve ser feito Como o Lula falou
o cinema é a arte é feita para educar as crianças cheg de [ __ ] não não é isso mas o estado Deve sim e pressupondo a sua função enquanto estado financiar produto que tenha izes que vão na direção dos interesses da classe trabalhadora inclusive por exemplo a existência de um canal de televisão grande estatal Uhum que nós não temos aqui nossa comunicação é dominada por cinco grandes famílias que ditam o rumo da comunicação no Brasil e portanto e ditam o domínio ideológico que nós temos aqui e aí essas Cinco Famílias grupos privados portanto vão
comunicar para Essa sociedade para essa classe trabalhadora os seus interesses o que lhes interessa então o Estado ele tem sim que ser um estado fomentador e porventura ter diretrizes que vão na direção de de Educar a classe trabalhadora a a um determinado caminho que seja interessante a ela a nós e não ao mercado privado e eu acho interessante é é assim porque só rapidamente thgo quando eu digo isso eu não tô falando que essa é a função do cinema mas o estado deve ter essa função de de direcionar o dar liberdade também é artista mas
ter diretrizes na sua no seu financiamento qualquer lugar no mundo não se financia assim T aí artista faz o que você quiser não é assim que funciona que a discussão às vezes é vulgarizada no sentido de a gente discutir o papel do estado no no cinema como apenas ou é ou o Estado está no cinema ou o estado não está no cinema então é E aí não é isso cara é de que maneira o estado de que maneira o Estado está no cinema de que maneira o Estado está fomentando enfim educando ou utilizando essa ferramenta
não é Ou Está ou não está tudo nessa lógica Liberal acaba passando por isso sabe de é isso ou aquilo é ou é isso ou é aquilo a gente só tem essas duas opções a gente não pode tipo ir por aqui e a gente discutir maneiras de a gente implementar isso complexificar o debate né mas é é porque o A ideologia dominante portanto a ideologia burguesa o Marx ia dizer pra gente né e a ideologia dominante de um tempo é a ideologia da classe dominante e a ideologia dominante de um tempo ela pressupõe esse senso
comum né o senso comum é a ideologia dominante ela ele parte dessa ideologia dominante né e as pessoas sentem o senso comum como fato como verdade uhum e essa galera joga portanto com regulamento debaixo do braço que já já tá no senso comum já se discute enquanto fato a gente tem que ficar sempre correndo atrás dando respostas para aquelas coisas que estão acontecendo tentando explicar porque que aquilo não é verdade mas eles têm a resp é aquilo que a gente sempre fala Liberal fala as merda que quiser na internet não precisa de fonte só fala
porque é senso comum a gente precisa estar sempre dando a fonte Por que é isso que que é porque que a gente tá falando aquilo Porque que é Nossa porque o que a gente tá falando é verdade tem que est explicando por menores não tô falando que isso é errado não a gente tem que fazer isso mesmo só que eles não precisam porque o regulamento tá debaixo do braço né E eles estão é isso assim a gente tá no no um debate vulgarizado porque a gente pensa assim ah o estado ele vai para um lugar
de tipo se o estado entrar no cinema vai ser uma ditadura do estado vai ser um vai ser censura Então vai a gente vai entrar num estado totalitário e não sei o quê e a gente não discute justamente de em que que medidas o estado deve complementar porque que nem você falou ah não o estado não deve entrar a deve dar liberdade PR as pessoas criarem do jeito que elas quiserem mas as pessoas não estão criando do jeito que elas que elas querem criar elas estão criando dentro de um sistema que é dominado por essas
essas cinco empresas essas Cinco Famílias um sistema que é que favorece quem já tem então quando a gente pensa numa lei ran da vida que a gente vai lá e coloca e que é vulgarizada lá para dizer que que é o estado dando dinheiro pra Maria Betânia fazer um blog lembra dessa história a Maria Betânia tem um blog financiada pela E aí você tem esse tipo de de de discussão como se a lei ranet fosse o Lula pegou o dinheiro dos impostos e deu pra pessoa fazer um filme e na verdade é uma lei que
coloca na mão da privada é uma lei que a gente que é de esquerda historicamente a gente costuma criticar ação fiscal é uma lei neoliberal é uma lei que coloca o filme quem decide o filme que vai ser feito o filme que não vai ser feito é um mercado privado é assim que a gente quer que que o cinema seja fomentado eu eu gostaria que não eu gostaria que fosse de uma outra forma a gente tá estudando direto né a gente tá discutindo de que outras formas a gente pode fazer para que sei lá esse
financiamento não seja atrelado por exemplo sei lá vamos supor que o governo bolsonaro tivesse criado uma lei de fomento que ele fosse aumentar a produção da da Extrema direita grupo de extrema direita para fazer filme evangélico ISO aconteceu né Hum então assim muito financiamento a uma certa produtora aí que não vou falar nomes faz muito assédio judicial então De que maneiras a gente pode usar o próprio aparado estatal para impedir que esse tipo de coisa aconteça que esse tipo de fomento ideológico vamos dizer assim vamos usar essa palavra de um jeito meio meio pobre mas
é isso assim que maneiras a gente pode fazer para que tenha medidas que mitiguem né esse essa influência ideológica na hora de de fomentar o dinheiro porque se a gente coloca na mão da da iniciativa privada quer dizer que não vai ter ideologia [ __ ] oposto né É então assim só que é aquela questão né é a ideologia dominante não parece que é propaganda não isso é sem ideologia porque é só a verdade como ela é é sem ideologia mercado se autorregula gente a ideologia do mercado é é não é ideologia é sentida como
não teologia essa que é a grande parada esse que é é o grande perigo né De certa forma agora uma coisa que é interessante que eu já vi que você fez um vídeo que de certa forma discutir isso que essa fala do Lula também nos traz é tanto pela Perspectiva da fala dele sobre cinema brasileiro eh quando ele fala da questão da [ __ ] e tudo mais que precisa educar os jovens Quando da fala dele lá no passado que ele fala sobre videogame que o videogame tá trazendo pessoas violentas etc e tal a gente
discutir também de uma maneira mais complexa eh como uma sociedade em telas eh modifica nossa realidade material também né como essa sociedade em telas ela não não deve ser discutida também sobre uma perspectiva de que enfim eh é só uma sociedade em tela a gente tá vivendo no mundo e e as telas não não influenciam muito a nossa vida você fez um vídeo foi o vídeo inclusive que você fez sobre aquele filme da Sandra não Sandra bu não eu sempre confundo a Sandra bulak com a mulher Julia Robert J Robert Nossa eu esqueci desse vídeo
até o fim do mundo não é isso é eu esqueci o nome desse filme O Mundo depois de nós mundo depois de nós ISO ISO Ah é familar mas não lembro desse filme enfim é é um filme Netflix né Ah então por is net o o o plot do filme é interessante sabe é mas é um filme Netflix é um filme indústria então ele apaga todas as questões que poderiam ser polí tem um livro né ele é baseado no livro O livro é mais interessante aí eu eu vi esse filme aí eu fui atrás do
livro E aí tem umas diferenças bem fundamentais assim bem bem pontuais assim entre o livro e o filme e eu achei mais interessante o livro do que o filme no livro também tem a questão com Friends ou não ou é outra coisa Friends quase não aparece tem uma menção no perto do final do filme tem uma menção a Friends mas o o filme viram Friends vira é uma grande coisa né é um uma grande questão eu não sei se eu você já falou chegi falar é um mundo que eh vai ser construído um mundo que
vai ser imediatamente pós-apocalíptico então é o momento do processo da construção desse mundo po apocalíptico então nós vivemos um mundo em telas um mundo completamente digital O que aconteceria se alguém simplesmente hackee o mundo de certa forma esse mundo digital e aí Enfim no filme os aviões começam a cair o mundo as pessoas não conseguem acessar mais nada então o que seria de nós se nós não tivéssemos mais as telas se não tivéssemos mais a internet se não tivessem mais nada e Friends vira grande questão porque a menininha começa o filme querendo ver o último
Episódio de Friends só que determinado momento a internet cai completamente e ela não consegue terminar o Último Episódio e o que tudo que ela queria até o fim do filme é terminar o último Episódio de Friends o mundo tá acabando mas ela só queria ver o último Episódio de Friends e assim spoiler Pode tira aí o som rapidinho se você não quiser ouvir isso mas enfim é um filme da Netflix Gente pelo amor de Deus eh no final do filme Ela acha um Bunker que tem os DVDs de Friends Então existe até uma discussão do
digital com com a mídia física e tudo mais ela pode finalmente ver o último Episódio de Friends ali e tudo mais mas essa sociedade em telas e essa discussão com sociedade em telas eu acho interessante porque assim eh é evidente que o videogame as telas não criam seres violentos em larga escala evidente que isso não acontece mas a gente pensar também em como as telas influenciam esses indivíduos de alguma forma numa escala psicológica de Fato né Eh eu tava conversando com a galera esses dias na Live sobre isso porque ã a gente pensa que enfim
o cinema é uma arte o cinema o videogame de certa forma ele constrói Um Mundo Ideal um mundo construído na tela o mundo onde eu escapo para ele de alguma forma um espelho do ideal do que sou né a galera da teoria dos espelhos no cinema fala justamente isso a partir da da ideia de Lacan da fase do Desenvolvimento Infantil das fases espírit desento anti onde a criança passa a reconhecer no outro o ideal de si e aí de certa forma o cinema e o videogame eles constróem no mundo do filme no mundo do jogo
o ideal do que sou e é a grande questão é essa no mundo onde as contradições capitalistas eles elas são cada vez mais acentuadas cada vez mais perigosas para essa criança não só para essa criança mas para esse indivíduo eh que essa criança encontra no seu seio familiar uma família desestruturada pais divor ados na escola essa criança é bolinada a escola reflexo desse sistema capitalista de reprodução de e fordista de passar em vestibular para passar isso e aquilo essa reprodução eudo mais ela encontra no videogame o lugar onde ela pode ser boa tá ligado um
mundo onde ela pode ser ela diferente do que ela encontra no mundo o mundo é é um mundo de desencantamento e o videogame é o mundo de encantamento Ona pode de fato se encantar com aquilo né Não sei se as telas também tem a questão tipo até pro chandro que ele falou que Ah eu vi a Sessão da Tarde pô os caras usam tênis em casa Será que eu deveria usar tênis em casa só que você viu o filme e depois sei lá viu uma novela via o futebol na TV Jornal você andava na rua
e conhecia as pessoas na rua agora tem muita criança que ela cresce o tempo inteiro com a tela na mão porque ela tá o tempo inteiro sendo bombardeada de Cultura estrangeira tipo as pessoas consum de consumo consumo exacerbado né de informação do que ela deve ser né é e é muito americanizado todo esse conteúdo questão é que na internet no videogame ele pode ser aquilo uhum quando ele sai dali ele não é mais não é aquilo ele se desencanta tem uma libido também não é exatamente isso que você tá falando mas tem uma discussão que
eu acho interessante que é do apocalipse zumbi que tanto no videogame quanto no cinema que o apocalipse zumbi ele costuma ser um mundo desencantado ele é um mundo onde não existe esperança e é um mundo extremamente desconfiado onde você desconfia do outro é sempre uma ameaça e sempre um potencial zumbi Então você acreditar no que a outra pessoa diz é visto como uma fraqueza então tipo se você tá na sua casa no meio de Apocalipse e alguém chega e pede ajuda você tipo você pensa duas três quatro cinco vezes antes de você aceitar porque essa
pessoa pode virar um zumbi depois ela pode ter sido mordida e pode virar um zumbi depois então é um mundo desencantado é um mundo que e que que recompensa muito o individualismo e recompensa muito essa decisão violenta baseada nesse esse instinto de de desconfiança e de violência então é tipo você dar um tiro antes de pensar duas vezes é a decisão mais acertada dentro do universo de do do apocalipse zumbi então é um mundo que desperta uma albido onde você tudo bem em tese eu não queria viver num apocalipse zumbi sim mas talvez eu meio
que queira porque eu posso exercer esse lado meu de de essa libido de violência essa libido de sem ordem social para restr Essa ordem social que é hiper masculinizada também então é uma decisão não é que é uma decisão inerentemente masculina Mas é uma decisão que é associada a um imaginário de masculinidade de você dar um tiro antes de pensar duas vezes é uma decisão que premia que recompensa essa eh esse tipo de decisão e que pune qualquer tipo de de decisão relacionada à empatia e cuidado que são símbolos mais ligados à feminilidade maternais e
tudo mais assim é isso novamente não é não é uma questão natural é essa Associação que a gente const associado o e Walking Dead lida com isso muito bem Posso dar spoiler pode pode porque no final eles aprendem a lidar com os zumbis e vem em comunidade e tá tudo bem Tipo chega momento que eles não podem nem mais matar os zumbis porque é uma coisa que existe ali mas não é mais um perigo sabe e é muito bonito porque é uma jornada toda do Rick que é o protagonista da série também é tentando ensinar
os manter os valores humanos pro filho diante do fim do mundo e no final do quadrinho o Rick morre mas o filho segue adiante os valores dele sabe é um negócio é bem bonitinho final do jbi bem melhor que da série ah da série A Série não vai para esse lugar a série mata o filho dele que era o personag de mais importante aí não tem nem sentido é compliado outra parada é muito ruim então é dentro dessa discussão sobre esse desencantamento é uma é uma é uma desconfiança e uma certa preguiça que eu tenho
às vezes com algumas dessas narrativas pós-apocalípticas como esse filme que propõe esse mundo desencantado onde não tem nada mais que você pode fazer e você não constrói um um uma uma relação coletiva com as pessoas então todo toda forma de cuidado ela é vista como uma grande besteira sim e tá mas e aí sabe então esse filme tem eu acho que ele passa por esse lugar também onde desse desencantamento e dessa dessa perspectiva onde essa visão distópica da realidade onde não não tem mais jeito parece que é a é é a visão mais racional e
qualquer tipo de pensamento minimamente positivo minimamente propositivo é visto como besteira é o conflito da Utopia com a distopia a distopia parece que é mais real porque ela é pior então então você imaginar uma possibilidade menos pior mesmo que você se se condicione a não a idealizar o mundo melhor mas a tipo E se a gente construir uma coisa que é um pouquinho melhor o que que a gente pode que que a gente precisa fazer para ser um pouquinho melhor sim não não adianta não não adianta não é melhor já já desencantar meio eu acho
que estada da fúria lida bem com isso a gente falou dele a primeira primira fala é o Max apresentando ele fala ah sou um homem reduzido a um único instinto sobreviver e tem tudo essa jornada e chega no lugar verde o lugar verde não existe mais aut não existe ela ter que lidar com a realidade de voltar e libertar os escravos que estão lá e fazer uma coisa nova é Pô maneiro Car E aí eu penso em Utopia desse jeito sabe uma Utopia tipo Putz eu tenho isso aqui que eu preciso lidar e eu preciso
tipo fazer algo ter uma vida que é um pouco melhor do que isso o que que eu faço Qual é a estratégia que eu faço como que eu construo Isso isso para mim é utopia isso para mim é não é uma ideia de socialismo utópico né que tem aqueles Roman eu tava fiz um vídeo sobre isso agora vai sair semana que vem mas é que tem um um livro que é tipo o primeiro livro de viagem do tempo da história que chama olhando para olhando para trás é looking backward e é é o autor desse
livro que é o Edward belam ele era socialista mas ele era socialista utópico e ele constrói essa esse mundo ele é a história de um cara que dorme acorda no futuro e ele acorda no futuro e ele vê os Estados Unidos num mundo socialista justo a sociedade é linda e maravilhosa Então tinha essa perspectiva desses romances do tópico de tipo assim vamos levar as pessoas pro futuro para mostrar como vai ser porque vai ser sim e vai ser independente de qualquer coisa É é assim que é o caminho natural é ser sim então não é
uma coisa assim não é uma coisa que tá em disputa é a naturalidade né É então não é utopia então era um romance utópico assim que aí depois cai em em cai em desuso eu falo assim tipo porque E aí porque aí vem Marx assim o Marxismo se consolida como como realmente a perspectiva socialista e Comunista de materialismo histórico e tal não o futuro tá em disputa a gente disputa O Futuro e a gente constrói baseado na realidade material não é uma coisa dada então a Utopia para mim é justamente esse processo de construção tipo
a tudo bem É a disputa e tudo mais mas como quais estratégias O que que a gente precisa fazer como que eu imagino isso E aí quando a gente coloca nessa disputa de é o mercado ou nada a gente aniquila o pensamento que a ideia do é mais fácil imaginar o fim do mundo o capitalismo né que é a ideia de que enfim toda ideia óp Tod toda a ideia antic capitalismo se transforma em utópica né é o filme wol Qual wolly é wol é ele ele fala do do do wolly né no no nesse
livro assim que é o o mundo foi destruído pelo capitalismo vamos levar o capitalismo pro espaço é isso é mais ou menos is mas o Mad Max hisória história da fúria é um pouco contra contracorrente nesse sentido eu acho porque é o que o Mateus disse é um filme muito linear uhum Você tá no ponto A distopia A Furiosa ela quer levar as mulheres pro ponto b Utopia só que quando ela chega no ponto b a Utopia não existe ela precisa voltar pro ponto a onde era o lugar distópico mas para quê para lutar por
esse espaço para lutar por essa por essa sociedade e construir a sociedade materialmente possível então é um filme que é a b b a sim é bem reto eu tô eu tô revendo todos os Mad Max aí eu vi os três primeiros E aí eu agora vou ver o o o rever rever já tinha visto o segundo é bom demais né O segundo é bom demais cara eu gostei de todos tipo o terceiro eu eu entendo porque as pessoas não gostam mas eu me diverti tanto assistindo eu achei tão eu achei tão bonitinho aquela coisa
das crianças e ela o jeito como elas se relacionam com o próprio passado como elas querem construir uma memória e elas querem perpetuar aquela memória para continuar contando história eu achei aquilo muito bonito mas eu entendo porque que as pessoas não gostam e tudo mais assim é bem diferente mas eu eu eu gosto assim eu gostei dos três Assim o dois é um absurdo eu gosto muito do primeiro também go que o primeiro é muito homoerótico tu acha pensando n é uma brisa de ele é ele tem ali a família dele que é toda bonitinha
e tudo mais e o mundo tá começando a entrar no Apocalipse né E todos os vilões do Med Max são meio que que codificados queer né então no segundo tem muito isso no primeiro tem muito eles vivem eles são esses moto que vivem uma vida desregrada e aí é uma coisa meio homoerótica mesmo é uma coisa eh eu vi um tweet esses dias que assim nossa você fez um você dobrou tanto aposta na misoginia que virou homoeroticism tem uma coisa meio assim uma discussão sobre masculinidade Então existe uma masculinidade existem esses afetos que ali na
década de 70 e 80 tava muito em discussão né E aí ele ele ele o próprio Max fala né pro chefe de polícia assim eu tô vou pedir demissão porque eu não quero mais viver essa vida eu tô enlouquecendo e tudo mais e ele fala eu não eu se eu continuar nessa vida eu vou querer ser um desses caras então eh ele tá com medo de perder a família de perder essa vida da de família burguesa mas ele meio que quer perder essa vida ele quer se se se corromper ele quer ser corrompido então tem
uma tem um desejo ali que não é é é homoerótico é uma livre interpretação de de de homoerótico Mas é homoerótico ele ele quer ele tem tem um desejo ali de querer ele não tá ele tomou Eu lembro que tem uma hora que ele tomou uma decisão meio burra quando a a a esposa dele morre spoiler de um filme da década de 70 ele tomou uma decisão meio burra então tipo cara por que que você fez isso cara você é um policial Por que que você deixou a sua esposa sozinha lá e e foi fazer
outra coisa assim e aí tem e eu acho que é bem deliberado isso de dess de discutir esse desejo porque tá na fala dele que ele fala se eu continuar aqui se eu continuar fazendo isso eu vou sucumbir eu vou ficar louco e aí é o Mad Max né que ele que é os últimos minutos do filme assim eu gosto muito dessa coisa do do Apocalipse chegando porque a gente associa Mad Max a o dois né a imagem que a gente tem do Mad Max dele lá com aquela roupa de couro é o dois o
segundo tipo é é Nem chega nem nem nem tem nada disso né é o o primeiro o primeiro já é o segundo já é pós fim do mundo e tal toda aquela discussão da da gasolina que tem que era né todas as discussões sobre petróleo no mundo ali na década de 70 aois ua a crise do petróleo e tudo mais que que se que é e depois agora no quatro tem a tem a água o o o mundo do da arma né o tiro e o é a fábrica da bala a fábrica da da gasolina
mas a água que é o grande recurso mesmo que é o que mor fica jogando lá pros escravos mas no fim das contas vocês gostaram do fosa a gente fez um programa aqui que a gente falou quase inteiro só sobre Med Max E Furiosa assim não gostei não eu gostei Mas gostei com muita ressalva assim é bem diferente que assim é que a gente discutiu bastante lá né E hoje a a sala de cinema e o estúdio Ele tá em crise e os estúdios estão em crise em crise justamente no pós pandemia e tudo mais
eles estão tentando encontrar o novo padrão qual vai ser a próxima saga o próximo produto e tudo mais então a gente sentiu isso tanto em Furiosa quanto no Planeta dos Macacos por exemplo são dois produtos que acenam ainda mais para uma tentativa de de se serializar aham e portanto se tornar um pouco estéril a sua comar o mundo franquia né de tudo vira uma franquia exatamente E aí você meio que esvazia as coisas tá ai Bira o juice aí aí Sagas que nunca vão acabar né um monte de filme agora dos anos 80 vão confirmaram
hoje Shrek 5 e um spinoff do do burro pô Shrek spinoff do burro Shrek assim então tá é uma tendência a a tudo virar franquia mas é meio estranho porque não me parece dá para ver assim dá para ver que tem ali a mão do George Miller Dá para ver que existe um diretor Dá para ver que tá ali sim mas ao mesmo tempo que dá para ver que tá ali se sente que há um esvaziamento das práticas anteriormente apresentad mas meu maior problema não é nem esse meu maior problema é que tipo por exemplo
o dois que para mim talvez seja o melhor o que eu acho mais [ __ ] no dois é que é uma ação que vai crescendo muito mas tem uns momentos que para e mostra a cara do menininho olhando o Max então é a formação do mito do Max ele é [ __ ] é muito bem feito é é chave tipo tipo sei lá ele olha um relógio uma bolsa são coisas que é um remito que remete à humanidade que ainda existe ali de alguma forma sabe então é mito humano da furiosa é muito acelera
o tempo todo sabe nesses momentos isso me irrita muito tipo quando ela tá na dúvida se ela vai voltar ou não para salvar o amigo dela não tem momento que ela para e pensa ela só só a o estada da fúria ele já é um filme bem bem mas é mas ele consegue parar porque el consegue parar porque tem muitos momentos que par tem muit porque eles tem que parar e discutir que que a gente faz Max Hum E se a gente fizer isso ah eu acho que até esses esses momentos em Med Max 4
eles são curtos eh porque aquilo que eu disse para você no no no programa né Eu acho que o Med Max 4 ele consegue construir o drama durante a ação O que é muito difícil eu acho que no Furiosa Eu acho que é o contrário eu acho que no Furiosa ele precisa eh construir a ação e a ação é muito genérica sim e aí ele precisa pausar para construir o drama é tanto é que a própria cena da primeira perseguição dela com o companheiro dela que já viu o filme né não o tô vendo tudo
para ver o furios ela tá numa perseguição junto com um cara que vira o amigo dela aí Tipo poderia construir muito bem a relação deles ali Mas em vez disso tem a cena seguinte que ela narra o que tá acontecendo aí eles já se abraçam e tal e tipo o filme não consegue fazer vou citar um filme muito ruim agora mas e Vocês já viram aquam Man eu vi o primeiro tem até uma Não não vi só vi o primeiro também só vi o primeiro também é que virou uma virou uma piada do aqu que
é o tanto que todas as conversas são interrompidas por uma explosão não sei se vocês lembram disso eu saí desse filme pensando muito nisso E aí depois eu fiquei muito feliz que isso virou uma piada então no tiktok as pessoas fazem montagens tipo todas as cenas de dial O filme é muito ansioso ele filme muito cheio de estímulo o tempo inteiro como Só que eu acho que eu eu acho que ele dobra muito aposta nisso sabe de de ser muito estimulante né ainda mais comparado a um filme de super-herói E aí toda hora que tem
uma uma conva toda todas as cenas de de diálogo são interrompidas por uma explosão todas eles fic assim quando chega na terceira vez ficou assim ah tá bom Gente pelo amor Deus é Aquela falsa sensação de que a conversa foi interrompida né porque já terminou tudo que tinha para ser dito mas aí é exato porque aí é um estímulo sim é um estímulo E aí é muito engraçado pensar nisso porque quando eu tô escrevendo Claro que é uma proporção menor mas quando eu tô escrevendo roteiro justamente Vivemos num sociedade ansiosa onde a gente as pessoas
TM muita dificuldade eh tem mais dificuldade em consumir um conteúdo que é mais longo e tudo mais então eu tô escrevendo vídeo eu vejo que o vídeo tá longo eu fiz não eu vou colocar um mon MTE de estímulo aqui por tô muito tempo aqui falando sem fazer nenhuma piada deixa eu colocar uma um susto aqui para dar nas pessoas que estão assistindo E aí é isso cara a gente vive nesse mundo assim só que tem essas maneiras muito vulgares né nesse tipo de filme assim É muito vulgar assim eu odeio usar essa palavra mas
é eu não consigo pensar em outra no filme Como aqu amé assim eu fiquei assim cara você tá me parece que você tá dando murro na minha cara eu não tô sentindo que é uma experiência interessante igual vocês falaram do do do hisada da fúria constrói esses momentos que são importantes pra história andar dentro da ação Então você tem uma coisa mais harmônica que é conduzida então então é um é ansioso é ansioso mas tem um uma sofisticação ali na hora de de de colocar o negócio e não é tipo ah tem que ter um
diálogo agora aqui né mas tá muito tempo de diálogo toma um uma explosão aí na sua cara é que nem o Star Wars no toda hora morre alguém e a pessoa volta só para te dar um SUS tip chore chore chore mas não PR chorar não tá vivo é o tubaca é o c3p c3p é o robô Dourado lá é o é a r é o Ky todo mundo morre e volta no filme Sim sim e aí A grande questão do Mad Max 4 é isso porque ele ele tem essa sofisticação essa complexificação do drama
durante ação no Furiosa parece que a ação não tem drama a ação é só gratuito assim meio nada né mon Esse negócio esse negócio meio Marvel tipo tipo eu ia falar isso filme da Marvel aquele aquele terceiro ato do filme da Marvel que é um monte de de coisa um feixe de luz sim e aquele vale dizer assim quando a gente fala comparação de furiosa com máv não significa que Furiosa é mal filmado igual eh a Marvel é e as cenas de ação de Furiosa são bem filmadas só que não tem drama cont não tem
inão né É meio que porque acho que o negócio é do da Marvel assim já que a gente tá falando dessa coisa de vulgarização é a grande questão é é é que é tudo inconsequente né então você não tá o que será que vai acontecer até porque tem esse negócio de você não sente o peso da ação dos personagens não sente você não sente tem poucos filmes assim eu lembro do do Capitão América Soldado Invernal que eu é o que foi Acho que eu achei um dos filmes que eu achei mais próximo assim na época
que eu assisti não sei se faz muito tempo que eu não assisto não sei se assistindo hoje eu sentiria isso assim que as coisas TM peso eu lembro de tinha um negócio que eles fazem nesse filme que é o o escudo do Capitão América ele tem um peso ele tem uma quando ele bate em um lugar você sente que ele bateu em algum lugar sabe que eu acho que isso aí é uma coisa minimamente sofisticada quando num comparado com o filme da Mava mas que você não sente tin praticamente nenhum outro filme assim é só
tipo luz explosão e ah BR você percebe que o cara tá no estúdio fazendo assim sem nada na mão sabe é sim é existe uma razão PR as coisas estarem acontecendo né de alguma forma Acho que é essa que é a grande parada aqui uma comparação injusta né compar pegar o filme do do Mad Max com o filme da Marvel assim assim é mais no no sentido de enfim da gente olhar para essa como que as coisas são ação se esvaziou em Furiosa mas não significa que ela seja mal filmada ainda tem uma habilidade técnica
ali que é muito clara porque é o George Miller filmando então assim ele sabe fazer só que parece muito claro pra gente pelo menos ou pelo menos para mim que é isso a indústria tá tentando buscar o seu novo padrão qual vai ser o próximo sucesso e aí nessa direção ela vai meio esvaziando as pautas desses e os dramas e tudo mais para construir meio que um universo meio estéreo e vamos ver qual que vai dar certo a partir de agora muita gente diz ah mas não é indústria o George Miller já queria fazer isso
fazendo parte do projeto da indústria então Car quem é quem é que deu dinheiro para ele para ele fazer o filme gente porque assim o o m Max mesmo o m Max 4 ele já não foi um sucesso comercial Uhum é assim é aquele negócio não deu bilhão masão Interessante foi uma bilheteria de 450 milhões mas foi um filme de 200 milhões então assim uhum foi um filme é um filme arriscado digamos assim pra indústria né E eles fizeram flopou filme tá mal para caramba das pernas eh Capaz de sair muito em breve dos cinema
já tem data para para stream já já tem data para stream é isso janela de exibição é curtíssima sai do cinema vai direto para stream então a galera ele se pagou tipo ontem eu acho [ __ ] isso porque não conta o marketing o orçamento né então a sala do cinema tá tentando encontrar qual vai ser a solução porque é isso o o capitalismo ele constrói suas próprias ele constrói suas próprias contradições e suas próprias crises então assim eles Qual qual é a parada da janela de exibição eles perceberam assim Eh vamos lançar os filmes
eh em cartaz ganha todo dinheiro em cartaz e depois a gente completa tudo com com o streaming Uhum Então a gente faz logo lançarem streaming pra gente ganhar logo esse dinheiro só que aí a galera começou a perceber aqui ó vai lançar stream não precisa de cinema ali o Cap constrói suas eu lembro daquela Qual foi o ano que o Tom Cruise lançou Missão Impossível que concorreu ao Oscar do é foi dois anos atrás foi ano passado no caso 23 é que teve Avatar e ah o Top Gun é Top Gun e Avatar Ah sim
e aí eu lembro muito dessa discussão na época que de que essa essa essa especificamente essa lista de indicados no Oscar era muito representativa desse desse momento de crise de Hollywood de busca tipo qual que vai ser o espectador Qual é a experiência como que a gente convence as pessoas a irem no cinema a gente faz um Avatar dois paraa pessoa ter uma experiência completamente Blockbuster 3D ou Top Gun que é também é uma coisa muito uma experiência de Espetáculo pipoca mesmo ou uma experiência meio a24 Onde você tá indo uma coisa menor mas que
é uma experiencia que vai te dar vai te dar o retorno no final de contas Mas é isso é 10 milhões 6 a 24 filme de terror né esse tipo de esse tipo de experência que são experências menores mas que pelo menos tem a possibilidade de você ver diferentes coisas de você ver é é o a24 fazendo o filme mais caro da história da dela mas um filme mais caro 60 milhões que foi o Guerra Civil Agora sim que foi bem noas É foi bem PR caramba acho que foi o terceiro ou quarto filme mais
lucrativo delas sim é e aí e aí me parece assim que realmente o caminho é uma coisa meio Avatar dois Sim e mais sequência e mais franquia e mais essa experiência Blockbuster mesmo e não que é uma pena né porque enfim sim mas vai falir vai dar esse retorno todo é também não acho que vai eu acho que as pessoas estão cansadas acho vai meter numa crise maior ainda é eu acho que a princípio Pelo menos eu acho que existe um caminho aí interessante porque eu acho que eh a princípio e porque eu digo a
princípio porque eu acho que os interesses são antagônicos aqui eh A princípio eu acho que a indústria vai descobrir Ah uma revalorização do autor no Blockbuster Uhum E assim como aconteceu lá na nova Hollywood então por exemplo os grandes sucessos comerciais que nós tivemos agora no pós pandemia foi Avatar com James Cameron uhum foi e duna duna do com foi Barb com a foi o Nolan com openheimer foi e assim para além de dizer se são bons ou maus autores são autores né então e são vendidos como filmes de autores assim o público os V
assim então os o próprio John Wick que são filmes que no início era um pouco os orçamentos eram baixos mas fori crescendo o orçamento e foi ganhando um sucesso comercial bem acentuado e que tem uma dinâmica bastante autoral ali no na forma como o filme é transmitido Então eu acho que existe pelo menos a princípio um caminho onde a indústria vai descobrir no autor uma possibilidade pelo menos nesses autores uma possibilidade de de de Formação desse padrão mas eu acho que é o tempo é curto de qualquer forma porque são interesses antagônicos interesses do autor
o interesse do mercado são antagônicos como aconteceu lá porque se você olha PR essa coisa do divertidamente dois né que domina todas as salas Então dentro dessa lógica onde esses grandes filmes de Blockbuster eles são filmes muito caros então eles precisam ter esse retorno muito imediato então precisa dominar todas as salas de cinema enquanto se você vai ter uma lógica um pouco um pouco mais autoral você tem que investir ter uma diversidade maior para você tipo para a pessoa que vai numa sala de cinema ela sentir a sensação de que ela pode ter múltiplas experiências
nessa sala de cinema que é uma coisa que a gente não tá tendo pelo menos aqui no Brasil tendo tá tendo tipo você vai divertidamente dois você vai é se você mora num Grande centro Urbano Você ainda tem uma coisa ou outra at até tem assim isso é interessante é uma discussão que a gente teve aqui também até você vê no cenário pós pandemia uma diversidade maior do cenário pré-pandemia porque no cenário pré-pandemia nós tínhamos um mercado monopolizado na Marvel então assim era tudo Marvel s é Hoje existe uma uma tentativa de construção de padrão
mas para buscar esse padrão você oferta mais diversidade o que não significa diversidade de fato sim né continua sendo o cinema americano que tá lá mas você você vai no no mês passado dois meses atrás Você entrava na nos cinemas aqui no no Rio de Janeiro e você via três filmes brasileiro em cartaz O que era impensável no cinema per pandemia você via lá o filme da Sandy Júnior né que os dois são a mesma coisa né você via o filme da 100 de Jú você via lá o filme da da Rádio eh de rock
lá que eu esqueci o nome agora teve os farofeiros recentemente farofeiros minha irmã e eu nosso lar dois sim todos com um certo sucesso comercial então a indústria tá encontrando padrão e no momento que ela tá tentando encontrar padrão ela tende a ofertar é para buscar o padrão não significa que ela tá tipo sou boazinha vou ofertar mais sim é mais ou menos como como foi com Netflix né quando foi vai testando diferentes formatos ai vamos ver o que que as pessoas querem ver vai dar certo vamos ver o que que vai dar certo eles
estão testando um monte de produção sul-coreana agora para ver que que vai dar certo e depois eles vão reduzir muito o investimento que sim só que o caso detidamente dois é um caso interessante a gente tá na janela das férias uhum e escolares Americanas tudo mais então é uma janela que a gente é uma vai ser é um estudo de caso mesmo Será que o cinema infantil as animações vão roubar as sala de cinema vão pegar as sala de cinema de fato nesse momento e tudo mais mas é uma possibilidade real porque além de cim
tá muito bem a previsão já é que o mavado Favorito 4 já vai estrear superando Sim ainda é isso então tem uma Favorito tem o divertidamente e a gente pensar que eu falei eu falei que eu acho a indústria pode ir nessa direção do cinema de autor eu falei de openheimer Barbie etc e tal mas lembrar que um dos maiores sucessos comerciais do pós pandemia foi máo verade foi maior do que Barbie maior que openheimer no an Nossa foi um foi um grande um grande tinha esquecido já disso ol vi até hoje a animação pode
ser um mais um desses caminhos para aspas aqui salvar o cinema dessa crise digamos assim é Shrek 5 confirmado isso Nicolas Ferreira é o burro do Shrek gente perdão não resisti Vie no Twitter tive quear muito bom muito bom Vamos ler as perguntas Vamos ler as ah antes eu queria mandar um abraço para um para um um cara que assiste a gente meu amigo Marcos falou que Lucas Sanchez gosta muito da gente então beijo Lucas Sanchez é isso Beijo Vamos lá bom vamos vamos ler agora aqui os Live Pixel eu vi durante aqui que não
estava funcionando super chat infelizmente mas tudo bem porque teve o Live né mas deixe o seu Live pix agora porque a gente vai lendo todos depois a gente dá um F5 de repente ainda dá para ler o seu Tá bom eu vou ler para vocês aqui o primeiro mandou R 100 ou aprofundo aliás um beijo para aprofundo aprofundo é um é um criador de conteúdo na internet ele fala sobre e televisão e tudo mais não sei se você conhece o aundo cono o trabalho dele é bem legal legal e enfim ele fala sobre televisão e
passado na televisão é bastante interessante o trabalho dele eh um beijo quero você aqui cola aqui para conversar com a gente ele enviou Sou fã dos três Tiago é uma das minhas inspirações pro meu canal teu trampo é lindo demais vida longa que legal Nossa obrigado Nossa fiquei feliz agora agora eu quero ver você ir lá deixar os R 100 para ele também pô o Júlio Rocha enviou Boa noite tem um filme sul-coreano chamado meu nome é low One provavelmente T lendo errado que a premissa é atacar a Coreia do Norte 95% do tempo ataca
o capitalismo interessante interessante ele ataca a Coreia do Norte uma crítica né é uma crítica é uma crítica n é o sul-coreano que tenta atacar a Coreia do Norte mas acaba atacando o capitalismo tá não é mas isso é é a tipificação normal assim é a velha questão tentou criticar o comunismo atacou o capitalismo é é sempre assim é que nem aquela imagem daquele daquele condomínio que tem em São Paulo que tem uma favela do lado aí tipo como é o capital Como é o comunismo não amigo os dois são capitalismo é o capitalismo é
é Velha História falou tentou falar mal do comunismo falou mal do capitalismo o Marcelo enviou acho interessante que as sensibilidades mudam em grupos específicos filmes como a forma da água ou Hora do Pesadelo dois são amados pela cinefilia G lbt é então Acho interessante como as sensibilidades mudam em grupos específicos ah sim ah tá Tá mas eu eu amo a hora do pedo dois eu amo é são ícones né o Fred gruger é um ícone LGBT Mas isso é bom para caramba o bom é justamente esse tipo as pessoas não existe uma verdade de um
filme e cada pessoa vai ver de acordo com as vivências dela e por isso que é tão legal sabe tipo mas ele é um um ícone LGBT tem existe existe eu não eu não vou saber falar muito bem sobre isso mas existe essa existe essa questão porque tem essa coisa do Desejo do sonho do mas é Curioso o que eu eu quero dizer que é curioso porque é um filme que surge Nesse contexto do cem slasher o cinema slasher tem essa tipificação da da aides e tudo mais e a culpabilização da da mulher eh como
a a responsável por restabelecer a ordem social com a final girl e tudo mais sim o o o terror de uma forma geral dialoga muito com a questão LGBT porque tem essa coisa do Pânico do sexo e tal então É uma experiência que é uma experiência sensorial que dialoga muito com a vivência LGBT Então muitos tipo babad Duque virou um ícone LGBT sabe então tenho tem umas coisas meio meio absurdas Mas é interessante assim eu lembro muito disso essa questão do do do Hora do Pesadelo de eu já ter visto alguns vídeos no tiktok alguns
textos por aí assim mas não é eu assim eu amo Hora do Pesadelo e e ele tem muito essa essa pegada queer mesmo ã o Johnny Deck no hora do pzd um é total queer ele veste aqueles aquelas roupas de futebol americano em cropede eh e tudo mais o hora pesadelo dois é a mesma coisa delo trê [ __ ] que pariu filme maravilhoso e que tem uma pegada meio de é é os guerreiro dos sonhos é é um dos que é mais adorado pela galera sim falar de um filme que eu sei que você
gosta muito que é Garota Infernal Néa que aí dialoga muito com esse comentário aí que é é um filme que foi destruído pelo Market porque eles estavam Mirando numa galera que não é a galera er é tipo colocaram a Megan Fox lá com a roupa com a saia curta e não sei o quê sendo que o eu lembro na época assim todas as minhas amigas patão todo mundo tava enlouquecido por esse filme Era esse público sabe que queria ver esse filme é mas eu acho que Além disso existe um um um motivo fracasso de garoto
Infernal naquele contexto justamente pelo por esse contexto de um surgimento de um Realismo estéril no cinema uhum existe começa a existir um fortalecimento desse Realismo no cinema que vai se intensificar com a trilogia borne com e com o Nolan que faz com que toda essa fantasia no cinema vai se apagando pouco a pouco sim o processo da sexualização da Megan Fox ali em Transformers é isso que i falar que ela nega Transformers para fazer porque ela virou um dos maiores ícones sexuais dos homens naquela época e [ __ ] a galera [ __ ] vou
ver o filme novo da gostosa da Megan Fox aí chega tipo é um filme queir tipo que [ __ ] é essa gostei é um filme queer e é um filme de fantasia né e aí enfim é um filme de fantasia de uma mulher que engole homens que come os homens literalmente né e que tem a final Girl que é a personagem da Amanda seinfield que eh que ela ela luta ela tem o combate o embate final com com com o monstro né que é que é a tipificação da final Girl lá nos cinemas Slash
né Tem sempre o embate final só que aqui o embate é justamente dela eh relutando transformar-se naquilo que a amiga é e ela se transforma né isso isso é muito legal né Como existe uma um direcionamento nesse lugar onde a o monstro primeiro o monstro é uma mulher uhum diferente do slasher que é sempre um homem que tá ali para ser uma figura moral onde ninguém pode fazer sexo e aqui é uma mulher que na verdade mata porque quer fazer sexo sim é o contrário né é isso é muito interessante e a relação das Duas
né a relação do que é o desejo ali então o monstro meio que o monstro é o desejo também tem essa coisa do e é muito legal que tem uma relação delas ali de coisas não comunicadas sabe de olhar mesmo isso é muito legal você não penetra tanto na relação delas Esse filme é muito legal esse filme é muito [ __ ] eu adoro adoro é um tal de Tales envia que encontro maravilhoso no desencontros pergunta por que é comum não porque o comum é tudo sobre o bem e o mal como é fugir dos
conceitos como é possível fugir dos conceitos de moralidade Universal eu tenho uma resposta complicada sobre isso aí sabia eu já fiz um vídeo sobre isso eu comecei a ver hoje Esse vídeo é que um vídeo meio velho eu tenho um pouco de vergonha nesse vídeo porque el muito velho mas eh mas ele é tem um argumento interessante assim pelo menos eu acho interessante que é a gente vai ter umas histórias eh populares eh histórias populares né que circulam que são contadas através de tradição moral Uhum que são histórias que refletem a cultura de um povo
são histórias caóticas e tudo mais lá no dado momento em da quando começa a se formar esses estados modernos eurus Sim essas histórias passam a se tornar símbolos desse nacionalismo desses países então elas passam a significar os valores desse país então e para construir o que sou preciso construir quem não sou aí você cria a ideade bem mal né então exato Então quando você vai ter por exemplo um dos casos um dos exemplos mais interessantes é do Robin Hood Robin Wood é primeiro que o Robin Wood ele é Originalmente ele é francês e aí as
histórias circulavam Ali pela região da França depois ele vai pr pra região onde hoje é Inglaterra e as histórias eram sobre ele ele e os cara da floresta Então tinha as histórias dele brincando na floresta sei lá o quê E aí quando vem a Revolução Francesa E aí tem um movimento na Inglaterra que tenta replicar a Revolução Francesa da Inglaterra e eles começam a usar as histórias do Robin Hood para eh mobilizar as pessoas politicamente e moralmente para para derrubar essa monarquia inglesa e tudo mais então eles começam a colocar os vilões da história como
cara que cobra os impostos o vilão é o rei então o Robin Hood é aquele cara independente que def defende o povo e que representa os valores do povo e o Vilão é o rei é um momento de uma ascensão de uma nova classe social a classe burguesa industrial e tudo mais que vai lutar justamente contra esses princípios monarquistas etc anteriores então várias dessas histórias populares começam a ser e recontadas sobre esse Prisma do bem contra o mal porque aí é o valor burguês contra o valor o valor dessa nação o que que é essa
nação como é que você diferencia como é que você cria uma linha imaginária na terra e você diz quem mora aqui é uma coisa quem mora do outro lado do outro lado dessa linha é outra coisa pela lin você você tem um estado dizendo isso você tem uma língua você tem as histórias que são representam a moralidade de um povo então Eh em cada país que você tem tem tem essas histórias representativas em todos esses países então na alemanha tem os irmãos Green na na Itália tem o Pinóquio são processos mais tardios né Itália e
Alemanha são processos mais tardios mas tem o PIN que é não é uma história Popular Mas é uma história que que tá ligada à unificação da Itália e que depois é apropriada pelo fascismo Quando começa quando vira uma história sobre obediência eh eles vão deturpar a história do Pinóquio para virar uma história sobre sobre obediência sobre para promover a obediência e aí mas na verdade a história original na verdade ela promove a desobediência então que é mais ou menos que faz até a a a adaptação da Disney também uma questão da Obediência sobre que como
o bom menino o bom menino é o soldado é o menino que vai virar soldado Então vai e aí se cria é um paradigma tão forte que vira o nosso parâmetro de contar história ponto toda história tem que ter um herói e um vilão sim que o vilão é o bom é o a moral boa e o Vilão é a moral ruim mas se você volta pra sociedade pra cultura pré-moderna não tem esse paradigma tipo conflitos e sei lá a Helena de Troia esse tipo de história não tem um vilão que representa todos os Morais
ruins e um herói que represent que era muito comum na histórias gregas os deuses se dividirem tipo metade tá de um lado metade tá de outro e não tem exatamente tipo o Adis não é uma figura essencialmente negativa sabe não a resolução da da das das tragédias inclusive se se comportam no dilema mesmo e o dilema que que viveu o personagem para além do bem e do mal assim mesmo né Uhum eh mas eu além da da do Iluminismo que você trouxe tem um outro processo muito importante também até mesmo na formação desses estados nacionais
que é o romantismo né que é um movimento que é antagônico ao iluminismo nessa nesse que o Iluminismo ele traz esse processo de racionalização o Iluminismo Traz esse processo de uma de maneira bastante Rasa dessa dessa hipervalorização das emoções digamos assim né Eh essa busca de de o homem que o artista que sente o romper com a ditadura da razão e eh hipervalorizado as emoções né é o sofrimento ISO do jovem verter né enfim a as as emoções desse homem sobrepõe qualquer tipo de racionalidade enfim e é o melodrama surgindo Nesse contexto também e nesse
lugar essa individualização das dores do mundo no personagem central e E aí Ele carrega consigo todas as dores do mundo o mundo é uma é uma merda mas a gente sende sente a merda do mundo no personagem central e esse personagem Central el luta contra alguma coisa uhum contra o mal E aí a gente vai ver essa tipificação o triunfo desse cara sim o triunfo dele é o triunfo do mundo aham né E aí enfim H A gente vai ver isso acontecendo a gente vai ver o melodrama como uma como uma uma ferramenta narrativa hiper
adaptativa ao longo da história sobretudo a partir do do Romantismo a gente vai ver por exemplo no na até na narrativa eh cinematográfica contemporânea Harry Potter por exemplo né e Harry Potter é esse esse filme sobre o Men que mora debaixo da escada o menino [ __ ] que descobre que ele é bruxo e na verdade todo mundo do filme é sobre ele e ele enquanto menino debaixo da escada ele deve resolver os problemas do mundo todo mundo ajuda ele mas o mundo deve resolvido por ele então é aquela tipificação de e resiliência o mundo
só se resolve se você fizer as coisas é uma tipificação burguesa de Fato né que se inicia que se intensifica melhor dizendo com o romantismo como um um movimento que surge Nesse contexto de ascensão de uma classe social a classe burguesa Industrial daquele contexto iluminismo e e romantismo mesmo sendo antagônicos representando de alguma forma essa ideologia burguesa daquele daquele momento não só Harry Potter mas outros filmes que buscam essa essa jornada onde o herói centraliza todas as dores do mundo e ele precisa mesmo que ele fosse um [ __ ] no início é sobre ele
a história né sim sim já Vaz Vaz sim no geral assim eu você Harry Potter porque é mais eu sei que você odeio Harry Potter é é é muito didático né nesse sentido né de do dele ser ele é literalmente o escolhido né universo da história ele é liter escolido da profecia que sobreviveu essa ideia o Gustavo bizoni pergunta qual a opinião dos participantes sobre os remakes live action da Disney ess eu conheço ai ai ai Jesus eu acho que varia muito tem filmes e filmes tipo eu gosto do Dumbo do Tim Burton você gosta
eu acho que eu não revejo desde o mas eu gosto primeiro porque ele tira as coisas mais problemáticas do original tipo Ok mas eu acho que ele lida muito com essa questão da tentar de você tentar domesticar a magia sabe eu acho que tem uma coisa nisso no filme que é legal não um filmaço mas assim gosto mas assim o rão é uma merda o rão é o National Geographic sem emoção dis mais indefensável assim é é o pior mesmo realmente acho que tem o o tem alguns ali que você ainda encontra alguma coisa uma
tentativa de fazer algo não é Bel F horrível assim tem tem o o do mogly é interessante o que é do meso diretor do tem vários mogly né do na época foram dois que aí um é com benedit cumber bat eu sei que um É com John favr e o o John fav dirige o da Disney da Disney out da Netflix não é e outro eu acho que é da Netflix aí esse da Disney Ele é legal eu não vi o mogl é uma história meio meio escrota também mas mas é é é legal porque
ele é ele é um pouco diferente do do da animação ele não tenta ele não é uma réplica exata da animação igual o Rei Leão tipo uma répa sem alma sim igual o Rei Leão e ele tem de fato um menino de verdade ali atuando né porque o O Rei Leão é um é eles vendiam como depois eles live action que live action é o live action eu lembro muito disso porque tipo quando começou a sair na na imprensa as notícias era live action ah aí começou a pegar muito mal né chamado live action a
aí começou a é porque o filme ele ele é feito com captura de movimento então ah captura de movimento então é live action é diferente de planos macacos por exemplo que tem os macacos mas tem os humanos e tudo mais Ah mas é isso assim você tá vendo um negócio lá que é que é 3D cara não tem nada real ali m do filme é 3D o mundo do filme é 3des não foram nem enfim é é é um negócio sem alma e é um negócio assim uma coisa que me incomoda né já sofisticando um
pouquinho a a resposta é essa coisa meio do live action para consertar então a Bel a Fera tem uma principalmente a belia a Fera tem muito o Aladin também tem um pouco isso o Aladin tem que é não essa aqui não é ela não é empoderada o suficiente Então a gente vai empoderar ela então cria uma coisa meio de obsolescência programada você coloca o original como uma coisa obsoleta porque agora sim ela é empoderada não e a cena é horrível tipo ela cantando sobre liberdade show machista aí o cara desintegra sabe tipo cara gente que
é isso gente Que é isso empoderou alguém eles botaram uma música só para isso né é de colocar E aí é um Eu lembro que no no no em Aladin tem um negócio que ela canta uma música sobre como ela não vai a música eu não vou eu não vou me calar a personagem fala Eu Não Vou Me Calar como se fosse um grande um grande momento ela f a partir de agora eu não vou me calar mas assim a Jasmin ela nunca se calou em nenhum momento da histó na animação el personagem ela nunca
se calou ela nunca se calou ela ela é uma grande Ela é uma grande agente da história da da história mais do que várias outras personagens contemporâneas e de e de outras ações assim então é é uma coisa meio parece que é para gerar é para gerar um Buzz num momento ali de de de um feminismo bus feed assim é produ ficação do identitarismo etc e tal já Pou um remake live action de porca rontas a merda que ia dar Ah deve acontecer não não é possível não porca rontas ele a dig tem meio que
vergonha tem um pouquinho de vergonha mas aí não vai vai empoderar ag mas não tem como empoderar de história tem como gente é homem em branco que ele tem que matar os e a história original ela é uma criança ainda tem essa assim é um cara o cara a história de a história de pok em si É original é horrível porque é o cara velho que escreveu depois tipo a história dizendo que era um romance sendo que era um cara de 50 anos e umom de 13 anos indígena então assim eles não vão revisitar essa
história eles T até eles eles até dificuldade de de incorporar a porca rontas no no no panteão de princesa por causa disso porque é uma princesa problemática então é meio assim como é que a gente lida com isso aqui ah Coloca ela ali no cantinho só pra gente ter menos loira assim é é é um aí tem a pelo menos agora agora ele tinha a Moana que aí pode ser a princessa indígena e e a Tiana também não que tem a indígena então assim a poc runta seria a única indígena mas a agora é aí
agora tem a tem a Moana que bom já que tem a Moana não precisa lembrar muito que que poca rontas existe não a Moana tá tá melhor assim tá tá o e eu não sei se vocês já viram o pocon é em algum dia assim recentemente é tenso viu não eu vi o primeiro e o segundo Mas deve ter uns 10 anos já fiquei chocado e assim eu era adolescente ainda é um negóci porque tem um negócio do tem uma um tem uma música que é os dois os colonizadores e o povos indígenas um chamando
o outro de Bárbaro aham bárbaros bárbaros bárbaros e assim cara é é muito é os caras que estão ali de boa os cara que estão ali PR terminar ele gente não são é E aí é muito ai os dois lados são não sei o qu é é é muito vergonhoso assim é muito muit é tipo aquele meme que tem na internet tipo ah esquerda e direitos são iguais à esquerda eu quero direitos civis à direita eu quero exterminar ele tipo são iguais não sei o que fazer meu Deus é muito meu Deus eu não sei
o que fazer eles parecem Tão Iguais o HB escreve era uma vez na América é um dos filmes favoritos do Mat queria saber se acham problemáticas as cenas de estupo há uma forma correta de mostrar cenas assim acho problemáticas para [ __ ] Sérgio Leoni vítima do homem que ele era na época homem branco italiano e e eu acho que sim tem uma forma de fazer isso tem um filme que eu gosto muito que é o era uma vez em Nova York do James Grey você viu era uma vez em Nova York com a Marion
ctil não ela é uma Imigrante polonesa que vem para Nova York durante a guerra e ela acaba sendo adotada pelo roin phenix só que ele é um monstro no filme e tem uma cena que ele abusa dela só que tipo é horrível usar o estupor no filme mas ele consegue fazer isso de uma forma respeitosa por é só a personagem deitada e a mão dele cobre o rosto dela e você corta ele corta a imagem você entendeu o que aconteceu sabe tipo se você eu acho que hoje em dia a gente não precisa mais usar
cena de estupra já deu né gente mas se você for usar é assim sabe é não humilhando explorando o sofrimento da personagem para mim é o exemplo isso é a galera gosta existe um existe uma onda no cinema contemporâneo né thgo que é que essa onda do choque pelo choque a gente já conversou algumas vezes essa que eu acho que é muito é muito influenciada pelo modernismo essa ideia de que a arte é feita para chocar sabe só que a arte não é galinha tá ligado para precisar chocar em nada e aí e quando você
cria essa condicionante de que a arte boa é a arte que choca você cria no artista a necessidade de chocar Ah porque se ele não chocar ele precisa não é arte de verdade ver então assim existe uma um alguns artistas contemporâneos que vai muito Nessa onda né o Gaspar Noé o larzon trier e assim para para além de dizer se eles não têm ou t filmes bons Pode ser que eles até TM alguns filmes bons Gaspar mas o Ron tri até tem alguma coisa interessante ti o dançando no escuro é legal gosto melancolia é legal
melancolia é legal mas definitivamente são autores nesse sentido e a e a Nova Onda do cinema grego o Qual Da onde saiu o senhor yorgos ltimos né mas ele você gosta você gosta o qu do Lun eu gosto go mas assim o LM É o que menos vai nessa onda do choque pelo choque porque essa onda do novo cinema grego é uma onda choque pelo choque mesmo tem um filme chamado Miss Violence que quando lançou a galera amou esse filme só que o filme é literalmente um filme de explorar hum ele explora estupo assim legal
só que é claro que aquela velha questão do conteúdo é forma o conteúdo do filme de certa forma tá criticando só que a forma como ele exibe é é bem é bem dentro dessa dessa dessa discussão mesmo né o filme começa de uma maneira muito interessante Tiago porque é assim e o filme ele começa quase como é num é espoa porque são uns 5 minutos minutos iniciais do filme ele começa como um um comercial de margarina Uhum é uma família é feliz dançando toca a toca uma música animada aí é um aniversário você vê que
eh você ele bota o aniversário lá o a velhinha de 13 anos o um e o três ali então uma das meninas da família tá fazendo 13 anos é uma família com três ou quatro meninas a mais nova tá fazendo 13 anos naquele momento e determinado momento nessa alegria essa menina vai até a sacada do da do apartamento sobe sobre a sacada olha pra câmera dá um sorrisinho e se joga uh E aí o filme todo é sobre Por que essa menina se jogou Uhum E a gente vai descobrindo Corpo Que Cai tudo é sobre
Corpo Que Cai fechar a pergunta queria voltar no er vez na América é Acho interessante levantar também você viu esse filme já sgon é muito bom mas tem essas cenas de estupro mas é muito porque é um personagem que ele cresce com os amigos eles viram uma gang e tal só que ele acaba sendo preso porque eles mataram o policial ele fica metade dele na cadeia Então eu acho que o estupra é muito porque ele é um personagem que ele aprende a fazer as coisas a partir da violência ele só foi criado a partir da
violência é a única referência que de atitude que ele teve é violência sabe então eu acho que é também isso é a parte da construção do personagem e o a última mensagem é do Júlio Rocha ele ele diz fala pro Tiago que eu acho os roteiros dele muito [ __ ] Pergunta se ele pretende escrever um um livro algum dia Que chique ah obrigado eu gostaria muito de um dia escrever um livro assim eu tenho alguns projetos que estão e na minha gaveta assim na minha assim um dia isso aqui vai virar alguma coisa só
falta o capitalismo deixar eu eu ter tempo livre PR lança pela Harper Colin tem contatos lá te apresentar é Ah legal pô beleza vamos falar depois então é e terminamos por aí é isso então é isso a gente vai falar do próximo convidado agora ou a gente fala depois vamos falar sobre o próximo convidado segunda-feira nós temos uma convidada aqui com a gente a Ana Paula da narrativa feminina vai estar aqui com a gente a gente vai conversar bastante sobre cinema feminista sobre enfim diversidade sobre todas essas algumas das coisas que a gente conversou aqui
também só que partindo para uma outra lógica e também falo sobre cinema como um todo evidentemente né evidentemente então espero vocês todos na segunda-feira que vem para nosso próximo programa com convidados mas estaremos aqui de volta também na quinta-feira o nosso programa que comigo e com Mateus nós dois sozinhos falando sobre cinema como um todo e pautas sugeridas por vocês membros Então seja membro aí do canal para sugerir as pautas que nós vamos conversar na quinta-feira que vem e quinta-feira as pautas são nossa pauta Central gente não fechou fechou não paa Central que eu quero
dizer noss que paa central filmes para começar na cena infeliz ah é verdade perdão esqueci é que a gente teve aquela discussão com os membros hojeo P falem desse filme aqui ah eu não vi eu não vi não é verdade é verdade PR começar na cinefilia então assim você que é uma pessoa que está se inserindo na cinefilia Ou você já tá inserido mas quer se aprofundar um pouco mais esse vai ser o programa para você esteja aqui na quinta-feira pra gente começar no mesmo horário 7 horas da noite e a gente vai começar sobre
isso C Isso um grande abraço a todos vocês muito obrigado Thiago pela presença gente Eu que agradeço foi uma delícia estar com vocês então volte voltarei V vou pegar meu ônibus e venho aqui semana que vem estarei aqui de novo pode estar pode estar quando quiser Muito obrigado pela presença de todos vocês até quinta tchau tchau m