Eu sou Ibrahim Traoré, filho de Kera, forjado no sarrel, líder de Burkinafaso. Hoje falo diretamente a você, Luís Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil. O mundo está nos observando e a África não vai mais se calar.
Você quer saber o que está em jogo? Então escute. Porque minhas palavras vão cortar como uma lâmina.
Esta é uma mensagem de verdade, de fogo, de um continente que não se curva. E começa agora. Presidente Lula, eu cresci em uma vila onde o sol queima a pele e a esperança é mais rara que água.
Quera, 1988. Minha mãe vendia milhete no mercado. Meu pai consertava bicicletas com mãos calejadas.
Eles me ensinaram que a dignidade não se negocia, nem por ouro, nem por promessas. Aos 12 anos, eu já sabia que o mundo não dá nada de graça, especialmente para a África. Mas também aprendi que quando você luta, o mundo te respeita.
E é por isso que estou aqui falando com você, de peito aberto, sem medo. Você, Lula, já foi um homem do povo. Eu sei da sua história.
O torneiro mecânico, o sindicalista, o cara que enfrentou ditaduras. Por isso, quando te vejo hoje no comando de um país que poderia ser farol do sul global, eu me pergunto: "Onde está aquele fogo? Onde está o homem que dizia não ao império?
Porque do meu lado do oceano, o que vejo é o Brasil dançando, uma valsa perigosa com os mesmos abutres que sugam a África há séculos. Vamos falar claro. Em 2024, seu governo assinou acordos com multinacionais americanas e europeias, vendendo terras do tamanho de províncias para mineradoras que não dão a mínima para o povo brasileiro.
Você sabe o que essas empresas fazem aqui? Elas chegam com sorrisos falsos, prometendo empregos, mas deixam rios envenenados e comunidades destruídas. Em Burquina Faso, eu nacionalizei nossas minas de ouro, expulsei os parasitas e construí uma refinaria para que nossa riqueza fique com nosso povo.
E você, por que está entregando a Amazônia para os mesmos que nos escravizam? Eu não sou ingênuo, Lula. Sei que governar é jogar xadrez com cobras.
Mas quando você senta à mesa com o ocidente, enquanto eles armam guerras por procuração no meu continente, você escolhe um lado e não é o nosso. Em 2025, enquanto eu falo, drones franceses sobrevoam o sarrel, apoiando insurgentes que matam meu povo. Você acha que é coincidência que logo depois do seu encontro com o presidente dos Estados Unidos, um carregamento de armas desapareceu em águas internacionais só para aparecer nas mãos de rebeldes em Mali?
Eu não acredito em coincidências, presidente, e você não deveria. Quero te contar uma coisa que aconteceu há dois meses, em março de 2025. Eu estava em Oagadouu, planejando nossa próxima ofensiva contra os insurgentes, quando um dos meus homens trouxe uma notícia que me fez gelar.
Um diplomata brasileiro, alguém do seu círculo, foi visto em Bamaco reunindo-se com um conhecido traficante de armas. O nome dele não importa ainda, mas o que ele ofereceu sim tecnologia de drones, supostamente para ajudar na segurança regional. Só que esses drones nunca chegaram às mãos dos governos africanos.
Eles foram para os inimigos do meu povo, os mesmos que queimam vilas e cortam gargantas em nome de uma jrade financiada por mãos estrangeiras. Eu poderia ter ficado quieto, Lula. Poderia ter mandado um telegrama educado, como fazem os covardes.
Mas eu não sou assim. Quando vi aqueles relatórios, senti o sangue ferver. Porque se for verdade e estou dando a você o benefício da dúvida, então alguém no seu governo está jogando sujo.
E se você não sabe disso, está sendo feito de idiota. De qualquer forma, é um problema. E eu não fico de braços cruzados enquanto o meu continente sangra.
Você já ouviu falar do cume de Adis Abeba em fevereiro de 2025? Líderes africanos se reuniram para discutir o futuro do nosso continente. Eu estava lá e sabe o que dissemos?
Chega de sermos peões no tabuleiro alheio. Chega de potências estrangeiras decidindo quem vive e quem morre. Propusemos uma aliança econômica e militar, a Liga do Sahrel para unir Mali, Niger e Burkinafaso contra a ingerência externa.
E sabe o que ouvi sobre o Brasil? que você recusou o nosso convite para apoiar a iniciativa, preferindo neutralidade. Neutralidade, Lula?
Em um mundo onde o silêncio é clicidade, neutralidade é traição. Eu sei que você tem suas razões. O Brasil é grande, suas dívidas são maiores e os gringos sempre têm uma coleira pronta.
Mas escute isto. A África está acordando porque Nafaso está de pé e não vamos nos ajoelhar. Quando assumi o poder em 2022, após o golpe, não foi por ambição, foi porque vi soldados morrerem por falta de botas, enquanto políticos enchiam os bolsos com dinheiro sujo.
Ouvi crianças chorando em vilas destruídas, enquanto os aliados ocidentais nos ofereciam migalhas e decidi que era hora de mudar. Você já sentiu esse fogo, Lula? O fogo de saber que seu povo merece mais.
Então, por que está apagando ele? Por em vez de se juntar a nós, você está deixando o Brasil ser um palco para os jogos dos outros. Eu te respeito como líder, mas respeito não é subserviência.
Se você quer ser um aliado do sul global, prove. Pare de assinar acordos que entregam sua soberania. venha para amar a mesa da África, não como um espectador, mas como um irmão, porque se continuar nesse caminho, não seremos só nós que pagaremos o preço.
Ontem recebi um relatório que me tirou o sono. Um carregamento de urânio vindo do Niger foi interceptado no Atlântico. do destino, um porto brasileiro, o remetente, uma empresa de fachada ligada à mesma rede que financia os insurgentes no SAREL.
Eu não tenho provas de que seu governo está envolvido, mas tenho perguntas. E se não gostar do tom, paciência. Quando meu povo morre, eu não faço diplomacia com luvas de pelica.
Eu poderia parar por aqui, mas tem mais. Há duas semanas, um dos meus conselheiros, um homem que confiava com minha vida, foi encontrado morto em seu quarto. Suicídio, disseram.
Mas eu sei reconhecer um assassinato quando vejo um. Antes de morrer, ele me entregou um pen drive. Dentro havia documentos.
Em português, Lula. Documentos que sugerem que alguém no seu país está fornecendo inteligência para a desestabilização do Sahel. Não vou acusar sem provas, mas estou te dando um aviso.
Descubra quem são os BSTs traidores na sua casa. Ou eu vou descobrir por você. E se eu descobrir, não vai ser bonito, porque Nafaso não é um país qualquer.
Somos o coração da resistência africana, o eco de Thomas Sancara, o grito de um povo que cansou de ser explorado. Eu sei que você entende isso, Lula, porque já foi um rebelde. Mas rebeldes que esquecem suas raízes viram fantoches.
Eu espero do fundo do meu coração que você não seja um deles. Hoje estou te dando uma chance, presidente. Junte-se à luta pela soberania do sul global ou prepare-se para as consequências.
Porque se esses documentos forem verdadeiros, se o Brasil estiver jogando contra a África, então que Deus nos ajude. A próxima mensagem não virá por um microfone. Fiquem ligados, porque essa história está longe de acabar.
Acabar. Eu sou Ibrahim Trauré, líder de Burkinafaso e minha voz é o rugido de um continente que não se rende. Presidente Lula, meu último recado foi um aviso.
Agora é um ultimato. O jogo ficou mais sujo e o sarrel está em chamas. Você quer saber quem está puxando as cordas?
Então ouça, porque o que vem agora não é só uma mensagem, é o começo de uma tempestade que pode engolir nós dois. Vamos lá, Lula. Quando falei com você pela última vez, eu te dei uma chance, te disse para limpar a sujeira na sua casa para descobrir quem no seu governo está jogando contra a África.
Era março de 2025. Eu estava segurando um pen drive com documentos que apontavam para uma traição, papéis em português, Lula, com nomes, datas e rotas de carregamentos que alimentam o caos no Srel. Eu esperei uma resposta.
Esperei um sinal de que você levaria a sério. Mas o que recebi, silêncio. E pior, mais sangue nas minhas terras.
Deixe-me te contar o que aconteceu desde então. Duas semanas depois do meu discurso, em abril de 2025, uma vila no norte de Burkina Faço, chamada Gorom Gorom, foi reduzida a cinzas. Homens armados com drones que nenhum grupo insurgente local poderia pagar.
Mataram 47 pessoas, mulheres, crianças, avós que nunca pegaram numa arma. Eu estive lá, Lula, vi os corpos, senti o cheiro de morte, ouvi os gritos das mães e sabe o que encontrei nos destroços? Um fragmento de metal com uma inscrição fabricado no Brasil.
Você acha que isso é coincidência? Porque eu não, eu não sou homem de ficar chorando mágoas. Sou homem de ação.
Mandei meus melhores investigadores rastrearem aquele drone. E adivinha onde a trilha nos levou? Há uma empresa brasileira, a Taurustech, que, segundo os registros públicos, fornece equipamentos de segurança para o seu governo.
Mas nos bastidores, essa empresa tem contratos com uma organização que se autodenomina consórcio do Atlântico. Soua inofensivo, não é? Só que esse consórcio não é uma ONG de caridade.
É uma rede de traficantes de armas, banqueiros e mercenários que lucram com o sofrimento da África. E Lula, alguém no seu círculo está deixando isso acontecer. Você deve estar se perguntando, Ibrahim, por que não resolve isso com diplomacia?
Porque diplomacia é para quem confia e eu não confio mais. Quando meu conselheiro foi assassinado, aquele que me entregou o pen drive, eu sabia que estava lidando com cobras, mas agora sei que elas têm dentes mais afiados do que imaginava. Em maio de 2025, recebi uma visita inesperada em Oagadouu.
Uma mulher chamada Sofia Mendes se apresentou como ex-agente da inteligência brasileira. Ela desertou, disse, porque não aguentava mais as ordens que recebia. E o que ela trouxe?
provas, um dossiê com e-mails, gravações e transferências, bancárias que ligam a Taurustec a um homem chamado Eduardo Viana, um assessor seu, Lula, um cara que você provavelmente vê todo dia. Sofia não veio por bondade. Ela está fugindo com medo de acabar como meu conselheiro, mas o que ela me contou me fez repensar tudo.
Segundo ela, o consórcio do Atlântico não é só um grupo de gananciosos. Eles têm um plano maior, desestabilizar o sarrel para controlar o urânio, o ouro e o lítio da região. E o Brasil, quer você saiba ou não, é a ponte deles para o Atlântico.
Aquele carregamento de urânio que mencionei no último vídeo não foi um acidente. Era parte de uma operação para financiar uma guerra por procuração que mantém a África de joelhos. E o pior, Lula.
Sofia jura que Viana não age sozinho. Ele responde a alguém mais alto. Alguém que não está no Brasil.
Eu poderia ter explodido de raiva, mas raiva sem estratégia é só barulho. Reuni minha equipe, moça, meu chefe de segurança, que já sobreviveu a três atentados. Aisha, nossa hacker, que invadiu os servidores da Taurusch em 48 horas, e Cof, um griô que decifra os sinais por trás das palavras.
Juntos descobrimos que o consórcio está planejando algo grande. Eles chamam de operação crepúsculo. Não temos todos os detalhes, mas sabemos que envolve um ataque coordenado em três países do Sahel, usando drones e mercenários para derrubar governos como o meu.
E o prazo? Agosto de 2025, 3 meses a partir de agora. Mas eu não estou sozinho nessa luta.
No último mês, fiz algo que o consórcio não esperava. Fui a Adesabeba para o segundo cume da Liga do Sahrel. Lá, Mali, Niger e Chad se juntaram à Burquina Faso, formando uma frente unida.
Chamamos de escudo do Sahrel. Não é só uma aliança militar, é um juramento de sangue. Decidimos que se o consórcio quer guerra, vamos dar a eles uma que nunca esquecerão.
E Lula, é aqui que você entra. Porque se o Brasil está fornecendo as armas, então você é parte do problema. Eu não negocio com quem aponta uma faca para meu povo.
Quero te contar uma história pessoal, porque acho que você entende o que é lutar contra gigantes. Quando eu tinha 20 anos, estudante de geologia em Oagadouu, vi meu melhor amigo Idrissa ser preso por protestar contra a corrupção. Ele morreu na cadeia Lula, espancado até a morte por guardas que serviam aos mesmos interesses que hoje financiam o consórcio.
Naquele dia jurei que nunca me calaria. Quando liderei o golpe em 2022, não foi por poder, foi por Idriissa, pelas crianças de Gorom, Gorom, por cada africano que merece viver sem medo. E agora estou te pedindo, lembre-se de quem você foi.
O Lula que enfrentava ditadores que dizia não aos poderosos. Esse Lula ainda existe. Ontem, enquanto escrevia este discurso, recebi uma ligação.
Era Sofia, escondida em algum lugar na África do Sul. Ela estava apavorada. Disse que o consórcio sabe que ela falou comigo.
Antes de desligar, ela me deu uma última pista. Procure o homem de vidro. Não sei quem ele é, mas a Ixa já está rastreando.
E se esse cara for a chave para desmascarar o consórcio, eu vou encontrá-lo, nem que tenha que virar o mundo de cabeça para baixo. Lula, você tem uma escolha. Pode ser o homem que ajuda a África a se levantar ou o homem que cai com os traidores.
Mas saiba de uma coisa, o escudo do Sahrel está pronto. Se o consórcio atacar, vamos responder com fogo. E se o Brasil estiver no caminho, que Deus tenha piedade.
Eu te dei as provas, te mostrei a verdade. Agora a jogada é a sua. Em duas semanas vou me encontrar com os líderes do escudo do Sahrel.
Vamos decidir nosso próximo passo. E você, Lula, vai ficar do lado certo ou vai deixar seu país ser um peão nesse jogo maldito? O homem de vidro está lá fora e eu estou indo atrás dele.
Se quer saber o que acontece, fiquem ligados, porque o Srel não vai cair sem luta. sem luta.