A evolução ainda acontece | Nerdologia Ensina 08

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Nerdologia
No Nerdologia Ensina de hoje, vamos ver a evolução que acontece na nossa frente. E a importância que...
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[Música] sejam bem vindos à e cinesiologia ensina eu sou átila biólogo pesquisador em cheio de bactérias evoluindo dentro do corpo no oitavo episódio desta série a gente vai ver a evolução que acontece na nossa frente é importância que isso pode ter para a nossa saúde até aqui na série falando sobre os grandes passos na evolução na escala de milhões ou até bilhões de anos conforme a gente olhava para minerais funções biológicas importantes que apareceram espécies de fósseis surgindo e recriamos o passado e outras mudanças importantes para entender como a gente chegou até aqui falamos de
evolução como uma coisa que aconteceu no passado mas a gente não falou sobre a evolução acontecendo agora no nosso tempo não falamos se podemos ver a evolução acontecendo em tempo real isso tem vários motivos um deles é que a evolução é um processo gradual como da viola se propuseram a seleção natural atua sobre quem se reproduz e depende das mudanças que acontecem aos poucos em cada geração ou seja um processo que toma tempo por isso a gente depende do registro fóssil e cobre muito tempo e muitas formas de vida para poder ver a evolução acontecer
em tempo real as mudanças que ela causa a gente precisa de algum tipo de organismo que tem uma geração curta e grandes populações que passe pelo processo de seleção natural muito mais intensamente do que nós mamíferos passamos e nada atende mais essas condições do que o mundo dos microorganismos então vamos dar o pulo de onde a revolução deu passos importantes para a vida na terra pra gente poder ver onde ela dá passos importantes e até letais para a nossa vida vivemos em uma época bastante única em relação à nossa saúde hoje uma garganta inflamada não
é a preocupação que já foi no passado porque a gente tem remédios como antibióticos mais durante boa parte da nossa história uma simples garganta inflamada podia ser o fim da linha até quando as pessoas estavam intencionalmente tentado matar umas às outras na maioria das guerras até o começo do século 20 mais gente morreu de doenças infecciosas do que em batalha pelo deslocamento de pessoas pela falta de comida urgência de higiene entre outras complicações as guerras sempre foram propícias para a circulação de doenças infecciosas na guerra civil americana por exemplo entre os confederados separatistas do sul
e as forças da união do norte entre 1861 65 duas vezes mais soldados morreram vítimas de infecções que eles pegaram durante a guerra ou no acampamento ou com ferimentos do que por tiros de rifle e canhões parece muito pois já foi pior como nas guerras napoleônicas onde morreram oito vezes mais soldados britânicos por conta de doenças infecciosas do que no combate ao gol na parte já no século 20 as guerras se tornavam cada vez mais mortais para os soldados com o aperfeiçoamento das armas e das munições mas a proporção de fatalidades causadas pelas bactérias caiu
muito graças a vacinas ea um remédio quase milagroso os antibióticos como a gente falou lá no primeiro episódio a nossa relação com as infecções mudou conforme as idéias do pasteur de que microrganismos estavam por trás de vários fenômenos biológicos incluindo a noção de que as doenças seriam causadas por germes foi se espalhando quem também fez muito para mudar essa condição foi o médico húngaro ignaz semmelweis quem introduziu os padrões de desinfecção das mãos e dos instrumentos no trato com pacientes hospitalizados vulgo descobriu que lavar as mãos antes de colocar elas um amiguinho impedir o espalhamento
de micróbios mas o grande avanço aconteceu com a descoberta acidental de um antibiótico em 1928 o cientista escocês alexander fleming deixou uma cultura de bactérias moffa contaminada por fumo do gênero pn sírio na área em volta de onde esse bolo cresceu as bactérias que cresciam no resto da placa simplesmente não apareceram e transformando o acidente uma descoberta descobriram que aquele fogo liberava um composto que matava as bactérias a penicilina que foi extraída e purificada e transformada em remédio a partir da década de 40 à penicilina passou a ser usada para tratar de pacientes com infecções
bacterianas e pacientes que antes teriam morte certa passaram a se recuperar em poucos dias tudo isso com remédio com pouco efeito adverso em quem tomava o que valeu o apelido pra penicilina de droga milagrosa a penicilina foi tão importante tão preciosa no começo da segunda guerra que enquanto a gente não sabia produzir em larga escala era reaproveitada da urina de pacientes tratados para tratar mais gente e seguindo a sua descoberta produzimos outros antibióticos depois estreptomicina cloranfenicol tetraciclinas vancomicina ampicilina cefalosporinas linezolida ao ponto que por volta da década de 1960 chegamos a pensar que as doenças
bacterianas seriam extintas e esse até podia ser o caso se a evolução não fosse implacável se a gente não tivesse um fenômeno emotivo se tornando cada vez mais comum a resistência das bactérias antibiótico é o nome que a gente dá pra compostos orgânicos feitos por micro organismos que causam a morte da célula o fim da divisão das bactérias e são produzidos naturalmente ou extraídos da natureza e modificados em laboratório na maioria dos casos eles atacam a parede celular bacteriana e membranas das bactérias ou os ribossomos delas estruturas que a gente não tem nas nossas células
ou são muito diferentes das nossas por isso elas fazem tão pouco é feito no nosso corpo em geral agora se esses são compostos naturais porque bactérias ou fungos vão produzir um composto que mata outras bactérias na natureza em parte porque a função biológica de algumas dessas moléculas é outra alguns antibióticos são moléculas de sinalização que as bactérias produzem em concentrações muito menores para poder conversar entre elas mas na dose que a gente usa elas acabam sendo letais como a diferença entre tomar um cafezinho ou comer meio quilo de café em pó a primeira dose de
acorda ea segunda faz você dormir para sempre em outra parte porque micróbios estão constantemente em guerra e guerras bem mais sangrentas do que as nossas ou pelo menos mais fatais principalmente no solo as bactérias produzem antibióticos para poder eliminar concorrência para matar as bactérias de outros tipos que estão ao seu redor os fungos também fazem isso e as formigas fazendeiros como as saúvas inclusive aproveitam essa habilidade para matar fungos e bactérias que não contaminar os formigueiros e pra quem faz o antibiótico sobreviver ele esses organismos geralmente também produzem algo que dá resistência ao antibiótico seja
de quebra ele ou até uma proteína que jogam antibiótico para fora da célula onde é problema dos outros ambos os genes de produção de antibióticos de resistência eles acontecem na natureza e evoluem há bilhões de anos nós só nos metemos nessa briga que já acontece há tanto tempo quando anunciamos o fim das infecções na década de 60 a gente não sabia mas a volta delas já tava acontecendo ainda na década de 40 quando começamos a usar penicilina algumas infecções já resistiu ao tratamento mas a descoberta dos novos antibióticos prometia salvação como outros próximos da penicilina
que foram descobertos na década de 60 ainda mas logo em seguida começar a aparecer bactérias resistentes a esses antibióticos também à vancomicina que foi desenvolvido em 1958 seria a saída para os casos de múltipla resistência já que a resistência à vancomicina é difícil aparecer no laboratório mas de novo bactérias resistentes começaram a aparecer ao redor do mundo em 1980 como casos de tuberculose multirresistente o caminho da resistência sempre se repete conforme o antibiótico é desenvolvido e passa a ser mais usado um outra linhagem de uma bactéria como streptococcus pneumoniae com resistência encontrada passados alguns anos
três a dez por cento das bactérias da espécie encontradas são resistentes mais uma década ou duas e um terço e metade ou até mais delação e um antibiótico perde a função ao ponto que a maior parte da nossa flora intestinal normal já é resistente até ter disciplina por exemplo o mecanismo que geneticamente garante que a gente vai encontrar resistência é a evolução quando a gente usa antibióticos a gente está eliminando as bactérias sensíveis uma forte pressão seletiva em alguns casos se tornar resistente pode ser o caso simplesmente da bactéria parar de reconhecer o antibiótico como
sinal biológico que ele tinha antes como se a cafeína pode ser feito pra gente em outros graças ao sexo com a troca de plasmídeos que a gente já falou no quinto episódio os genes de resistência podem se espalhar bem mais rapidamente na verdade graças a propensão das bactérias de capturar dna do ambiente mesmo que de outros organismos elas não dependem nem dos genes de resistência acontecerem por acaso bactérias que causam nossas infecções podem capturar os genes diretamente dos produtores de antibiótico no solo ou em outros locais quando a gente usa um composto que impede o
organismo até uma população de se reproduzir estamos aplicando uma pressão seletiva seja composto antibióticos e se despera em casa o herbicida numa plantação quanto mais eficiente ele for maior é o valor de uma mutação de resistência um plasmídeo em contrabalancear ele ou seja essa pressão seletiva tem que ser reservado para os momentos onde é mais essencial se o uso desse composto for constante comum suficiente a gente está criando várias oportunidades para uma bactéria que não responde o antibiótico continuar se replicando se reproduzido aumentando a proporção de bactérias resistentes exatamente como previsto pela teoria evolutiva do
darwin e wallace mas também podemos contar com a evolução do nosso favor se a gente levar em conta como a vida evolui ea relação entre os organismos podemos procurar por bactérias ou fungos próximos daqueles que a gente já sabe que produzem antibióticos e têm uma boa forma de encontrar novos compostos com uma ação parecida e continua na corrida de desenvolver novos compostos para a nossa saúde e quando a gente usar esses novos antibióticos também temos que levar em conta como as bactérias podem evoluir rápido e reagir a novas situações e usar isso em nosso favor
por exemplo o cinto de segurança o fio dental as cordas de violão e as cordas de escalada e até as cerdas das escovas de dentes são feitos de nylon 6 que o plástico sintético feito com moléculas com seis átomos de carbono daí o nome esse plástico foi desenvolvido em 1935 e nunca tinha aparecido na natureza antes parte do que faz ele muitos outros plásticos serem extremamente duráveis acontece porque como nunca existiram na natureza nenhum organismo tinha sido selecionado com a capacidade de gerir esse tipo de molécula tinha sido porque recentemente foi em 1975 pesquisadores japoneses
descobriram bactérias de solo chamadas a troba cter que conseguiram digerir rejeito de nylon e menos de 40 anos a seleção natural já tinha escolhido bactérias capazes de explorar uma nova fonte de energia bactérias que nós poderíamos cultivar para ajudar a processar o nylon descartado e reduzir muito impacto ambiental do que a gente faz e joga fora a evolução é um processo espontâneo e implacável e o melhor que a gente pode fazer não é tentar impedir ela de acontecer mas sim aproveitar que era invariavelmente vai acontecer essa é a capacidade dos microorganismos de reagir a mudanças
ambientais sejam essas mudanças novos usos para as moléculas que os micróbios já usavam na guerra entre eles há bilhões de anos ou novos polímeros sintéticos que nós criamos há menos de um século então entulhando planeta nessa frente contra as superbactérias ou contra a poluição a guerra não é ganha bala só poderá ser vencida consciência e talvez com uma ajudinha do darwin dólares o próximo passo é a gente vê quando essa guerra evolutiva acontece dentro do nosso corpo contra as nossas células o que acontece quando as células trapaceiras trai o grupo e seguem o caminho evolutivo
egoísta do câncer
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