Religião - Instituições Sociais | SOCIOLOGIA 05 | salviano

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salviano feitoza
Falar de religião é se preparar para a treta. Neste vídeo trataremos de religiões a partir da perspe...
Video Transcript:
olá neste vídeo vamos tratar de religião religião é uma das instituições sociais que contribuem para a manutenção daquilo que sustenta a vida social pensar a religião é pensar a instituição social que tem uma ambiguidade tremenda e que muitas vezes ao se pensar a religião se recorre a fala do senso comum de que religião não se discute religião se discute sim deve ser discutida sim porque ela tem um papel fundamental na sensação de segurança e de estabilidade que em uma sociedade se processa esse procura reproduzir garantindo assim a manutenção da herança cultural é no meio em
que se vive se eu penso as religiões pelo viés da enche das instituições sociais então eu compreendo que as religiões por estabelecerem normas regras de se comportar em relação as formas de acreditar e vai desde é não apenas a ao fato de se acreditar mas também como se acredita e dentro desse processo do como se acreditar você vai inserir desde a aparência física relativa ao corte de cabelo passando pelas normas de vestuário e até que uma pessoa deve estabelecer os laços no âmbito da família fora dela no que se refere também ao entretenimento e até
as decisões políticas como num país feito o brasil que é caracterizado por eleições diretas em que as religiões cumprir um papel muito importante na hora de definir é quem vai ser escolhido para ocupar um determinado cargo público por todos esses elementos as religiões devem sim ser questionadas questionadas no sentido de problematizados para a compreensão de e onde elas se estendem temos influência na definição daquilo que a gente vai fazer uma vez tendo isso em mente então a gente vai agora entender a partir daqui a gente entende qual é o objeto de estudo da sociologia da
religião a sociologia da religião vai estudar as religiões e as organizações religiosas naquilo que elas criam em termos de critérios os fundamentos para a manutenção da solidariedade social entendendo a solidariedade social como sendo os vínculos que nós construímos em sociedade e que permitem que a sociedade ela consiga ser reproduzir então pensar a a religião é também pensar quem pensou sobre ela ou melhor pensar a partir das ideias desenvolvidas por quem se debruçou para estudar o fenômeno religioso então a primeira coisa que a gente pode pensar é na sociologia nós temos alguns pensadores que são considerados
clássicos o lamenta sociológico isso é um clássico aos poucos deram importantes contribuições para a reflexão sobre a sociedade e que não se podem estudar sociologia sem passar em alguma medida pelas contribuições que eles deram então a gente vai ter o seu time a gente vai ter o max weber e vai ter também ou karl marx se debruçando sobre a religião em alguma medida então vamos começar pela definição de pela maneira como os raios ele desenvolveu a ideia deles sobre a religião do cara para o cara inclusive vou ler para você exatamente como ele definiu religião
ele definiu a religião como sendo um sistema unificado de crenças e práticas ligadas ao sagrado que congrega as pessoas que seguem em uma comunidade então ver observe que do carmo ele junta ele junta a crença e a prática em um sistema ele identifica que não é apenas a crença mas é também aquilo que se com a prática a partir do que se acredita e entendendo o sagrado aí entendendo o sagrado como aquilo pelo qual o indivíduo ele pode ser sacrificar de maneira que geralmente se pensa o sagrado em oposição ao que venha ser profano e
se entende o sagrado como tudo aquilo que tenha a ver com a alguma divindade com uma divindade ou com várias pensar a religião é pensar essas crenças e práticas no âmbito do sagrado porque o sagrado está em todo o lugar para quem é religioso para a pessoa religiosa a organização da vida dela a forma como ela percebe o mundo está incrivelmente relacionada às divindades ou a divindade que ela acredita então para o do carmo as religiões cumpre um papel fundamental na manutenção da ordem social as os e ela consegue se manter esse reproduzir a partir
daquilo que a religião estabelece em termos de crenças e também de atitudes esta com quando ele fala de comunidade ele tá falando é da maneira como as pessoas se organizam em torno da religião sendo a religião muitas vezes aquilo que define como em uma comunidade todas as pessoas vivem você vai ter redes de solidariedade você vai ter diversões é formas de se divertir que são especificamente é atrelados a maneira como aquela religião que a pessoa participa ela definir você vai ter toda uma série de comportamentos e de atitudes nesta comunidade religiosa que vai ser reproduzido
que vai ser mantido e que sanções também serão estabelecidas para quem as diz cumprir nessa perspectiva a partir da ideia de do carmo as religiões elas têm um papel fundamental a continuidade da vida social na definição de certo e errado naquilo que nós construímos muitas vezes é no que se refere a critérios de bem e de mal já para max weber a perspectiva que ele tem das religiões é não é tão conservadora no sentido de conservação da ordem social como o do carmo e propaga como o timer e descreveu ele entendeu para ver as religiões
podem ter uma função conservadora é verdade de manutenção da ordem vigente mas elas também podem contribuir para as transformações sociais e aí ele cita vários exemplos disso aí werber de uma outra contribuição importante que foi atrelar a religião ao desenvolvimento do capitalismo após um extenso estudo que deu origem a um livro livro clássico e nos estudos sobre o capitalismo que a ética protestante e o espírito do capitalismo max weber ele a constrói é só narrativa sociológica a relação entre a ética protestante entre a maneira como a religião protestante especificamente a calvinista contribuiu para o desenvolvimento
do modo de produção capitalista para o max weber a preocupação do maxwell em relação às religiões não estava no que se refere à essência delas mas como elas afetam forma e na mente social seja de maneira a manter a ordem social seja de maneira a transformar lá tendo se destacado por esse estudo original no que se refere ao modo de produção capitalista e a sua vinculação com as religiões protestantes especificamente a calvinista já marx também clássico da sociologia para ele as religiões elas seriam uma espécie de bolha de proteção esse é um tempo que eu
estou utilizando não é ele as religiões no entendimento de março elas serviam como uma espécie de anestésico é uma ilha de conforto diante da situação de exploração e sofrimento que muitos trabalhadores quase todos para não dizer todos os trabalhadores no contexto em que ele desenvolveu aquelas ideias contexto da revolução industrial eles estavam vivenciando então diante de baixos salários diante de uma vida marcada por escassez e por exploração o discurso religioso era uma espécie de bálsamo de um acalanto diante daquela situação de opressão e de violência é nessa perspectiva que o marcos ele afirma que a
religião ela contribui ela pode contribuir para a alienação porque diante do sofrimento que se vivencia no presente diante da do sofrimento de baixo e salários de ter a possibilidade de ser demitido sem nenhum tipo de garantia as religiões contribuem para alienação porque o discurso religioso de uma vida eterna que é diferente o que você tá vivendo agora contribui para a acomodação para o ajustamento em uma ordem social que é o professora daí ele afirmar que a religião é o ópio do povo e essa frase muitas vezes ela é sólida desde considerando que ele escreveu antes
e o que ele escreveu depois de isso aí no texto é o ópio não porque necessariamente aliene mas porque ao produzir o conforto diante dessa dentro da situação de exploração do baixo salário da vida miserável as religiões elas amor tecem o trabalhador e nesse processo de amortecimento é que você vai ter a continuidade de uma ordem exploradora partir daí que a gente pode compreender por que que é de acordo com o mar as religiões elas cumprem um papel ideológico aí porque nesse processo de amortecimento das misérias elas mascaram a realidade levando os e a se
acomodar em diante das situações de exploração por causa da crença de que todo esse sofrimento toda essa situação de empobrecimento de miserabilidade fazem parte de uma espécie de dificuldade que deve ser superada tendo como objetivo ao superar isso a a vida eterna e a vida eterna em boas condições e a vida eterna marcada pela fartura nessa perspectiva é importante considerar e a ideia de marx sobre as religiões não é a única nem é a melhor nem acerta mas é uma dessas ideias se você pegar perspectiva de marx juntamente com as ideias de velha e aquilo
que o do carmo desenvolveu você vai conseguir superar a dicotomia que caracteriza as falas as tentativas de reflexão sobre o fenômeno religioso que o colocam as religiões como sendo o que há demais pô bom na criação humana ou ainda a cara da alienação ou as religiões como agentes da alienação e da exploração do indivíduo existem muito mais zonas cinzas aí do que a gente num primeiro olhar consegue perceber como é que você vai dizer que a religião é de todo o ruim quando a partir do momento que o indivíduo e essa é uma história que
se repete em muitas instâncias quando o indivíduo que padece da doença do alcoolismo consegue a partir do ingresso em uma vida religiosa institucionalizada superar os males que se alcoolismo trás consegue se manter em abstinência de álcool como é que você vai dizer que a religião é daí apenas negativas ela é apenas aleatória como é que você vai dizer para alguém que acabou de perder um filho que como é que cê vai dizer que ela e é notória a fala é de alguém que o conforto no discurso religioso quando perde um ente querido um filho marido
esposa em frente em uma situação dessas que não se consegue dar conta do peso emocional por quê que é importante levar esses elementos em consideração porque a gente a sociologia nos permite a perceber as contradições as ambiguidades que ir à vida social ela vai se caracteriza por ter lidar com essas ambiguidades não quer dizer estabelecer bases de certo e errado pronto acabou tá tudo muito transparente tô entendendo tudo mas é lidar com as ambiguidades na medida em que elas se apresentam entendendo que a vida em sociedade e quando a gente trata especificamente das religiões por
serem fruto da nossa própria existência da nossa busca por sentido e de conforto elas vão carregar essa ambiguidade sim uma coisa que deve chamar a atenção a partir daí entendendo essa esse o elemento ao pensar as religiões na sociedade que nós estamos inseridos é a relação entre religião e política e aí eu trago que já foi mencionado nesse vídeo logo no início que é a fala cotidiana de que religião e política não se discute assim como futebol mas veja religião e política estão inter-relacionadas há muito tempo na história da humanidade então pense numa ordem democrática
burguesa como essa que nós vivenciamos no brasil em outros lugares do mundo nós temos critérios para o exercício da vida pública para se candidatar a um cargo público a partir daí se você tem um indivíduo ou um grupo de pessoas que que cumprir todos esses critérios e consegue uma vaga pública o que é que vai ser utilizado para justificar que esta pessoa que essas pessoas não possam exercer o cargo para o qual elas foram eleitas aí a gente entra numa situação que é muito perigosa que é muito perturbadora por é porque se eu impeço esses
indivíduos de exercer a vida pública por causa da maneira como eles estão propondo as questões deles as questões que estão ligadas à a forma como eles entendem que o mundo deve funcionar isso abre um precedente para qualquer outra expressão religiosa então se eu penso e essa fala ela geralmente é muito direcionada aos grupos neopentecostais que andou ocupando os espaços públicos essa perspectiva também pode ser aplicada ou já foi um bocado de vezes de uma outra maneira a indivíduos que representam as religiões de matriz africana entendem a importância de se olhar sociológico para lidar com essas
contradições com essas ambiguidades então o desafio passa a ser aquilo que implementar aquele que o barão de montesquieu que ele defendeu para se livrar ou para impedir que o exercício do poder se torne tirânico o que é estabelecer meios para que o próprio poder impeça a a tirania de se institucionalizar aplicando essa perspectiva da relação entre religião e política é estabelecer é construir critérios e mecanismos que impeçam o estado de ser utilizado em suas instituições para implementar projetos de exclusão ligados a esses grupos religiosos independente de qual grupo religioso seja então o desafio vai ser
estabelecer ou encontrar mecanismos que impeçam essa exclusão sobre o viés o melhor sobre a falsa máscara da democracia que muitas vezes é utilizada por esses grupos ah mas eu tô no meu direito direito nenhum começa com do outro termina e tal e esses discursos que são incrivelmente rasos e que o entendimento e que o a observação sociológica que o raciocínio e pode nos que nos possibilita a combater uma vez entendendo essa relação entre relação essa relação entre religião e política aí a gente vai pensar um outro mal que é o fundamentalismo religioso entretanto para pensar
o fundamentalismo religioso eu tenho que compreender o que danado vem a ser fundamentalismo primeiro que nem todo fundamentalismo religioso nós lembramos logo aquele maneira imediata de fundamentalismo religioso por causa de um processo histórico que está ligado as religiões do tronco judaico-cristão de e aquelas que se fundamentam em textos sagrados de defender estritamente o que está no texto como sendo a prática que deve ser implementada na vida social o leonardo boff teólogo brasileiro importante representante da teologia da libertação no país ele traz uma definição o que eu vou apresentar aqui para vocês então para ele é
ele traz a ideia de que fundamentalismo abre aspas é uma forma de interpretar e viver a doutrina o fundamentalismo deixe considera a necessidade de interpretar continuamente e atualizar a doutrina pois atribui caráter absoluto ao próprio ponto de vista fecha aspas leonardo boff ao trazer essa definição de fundamentalismo ele traz aí o que ele traz de maneira implícita aí qual é o grande perigo do fundamentalismo o fundamentalismo é tão autocentrado que ele impede qualquer tipo de diálogo mas entendendo aqui o diálogo não como apenas o diálogo entre os indivíduos de grupos religiosos diferentes de religiões diferentes
mas é o diálogo com o próprio mundo é o diálogo com próprio o que se transforma que muda mudam as pessoas mudam as formas de pensar mudam as formas de viver o perigo do fundamentalismo é que ele nega a expressão do diferente a partir da negação do de qualquer tipo de diálogo e aí você vai ter exemplos vários na história da humanidade de como fundamentalismo religioso é elencou o melhor propagou mortes ao redor do planeta mais uma coisa que é importante você considerar nem todo fundamentalismo é fundamentalismo islâmico a fundamentalismo cristão a fundamentalismo islâmico porém
há muitas vezes os meios de comunicação dão muito mais atenção aos fundamentalismos islâmicos do que aos cristãos e católicos principalmente quando você vai a observar na maneira como se trata dessas questões e que se faz questão de dizer que é um grupo fundamentalista islâmico mas não se menciona quando você tem uma atitude de grupos que estão ligados as religiões cristãs veja ao dizer isso eu não tô dizendo que é tática da terra arrasada tem que sair destruindo tudo não é mais uma vez mostrando para você que tá vendo esse vídeo como olhar sociológico é fundamental
para a gente não incorrer na reprodução desse já se os hinos de senso comum que são excludentes e uma outra coisa que é importante você tem em mente quando se trata de fundamentalismo é que não existe apenas o fundamentalismo religioso você tem também fundamentais de um político fundamentalismo econômico mas isso aí é assunto de um outro vídeo baixe a ficha e você provavelmente já tá com ela aí onde a gente chega na análise de caso na análise de caso nós temos as canções que mostram a ambiguidade do fenômeno religioso e como ela é como essa
essa ambiguidade ela se apresenta no nosso cancioneiro você tem a música do raul seixas e marcelo nova é pastor joão ea igreja invisível que mostra ali essa esse processo de mercantilização da fé da venda de objectos sacralizados ou sagrados e de maneira charlatã apresentando isso que você tem um clássico que eu escutei muito minha avó cantar que é diz que você deve segurar nas mãos de deus e vai né diante de todos os aperreios da vida entregar-se a religião entregasse a essa crença no sagrado é uma forma de sobreviver às agruras as dificuldades as fragilidades
que nos tomam então a e do segura nas mãos de deus e vai ela traz essa perspectiva mas a canção do raul seixas e marcelo nova por sua vez trazem essa crítica acumu alguns indivíduos alguns grupos utilizam-se dessa fragilidade dessa inquietação emocional das pessoas para auferir algum tipo de vantagem pensar sociologicamente a religião é pensar de maneira procurar pensado e maneira ampla então este vídeo é para você ter esse primeiro contato a partir do que o exame nacional do ensino médio pode reivindicado e você ou de outros vestibulares espalhe a palavra toque no sininho para
receber as notificações e para você que está resolvendo as questões e tem dúvida na descrição deste vídeo aqui tem um link para um grupo de tira-dúvidas que eu formei no outro telegram é só você é e o aplicativo pegou o link se inscreveu tem todas as orientações lá para tirar as dúvidas do material que também está sendo disponibilizado de maneira gratuita curta compartilhe deixe seu comentário e espalhe a palavra e o mais importante experimento pensar
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