Luciano Subirá - ANJOS ELEITOS - PARTE 2 | FD#58

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Luciano Subirá
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Video Transcript:
Essa é a parte dois da aula sobre anjos eleitos e o meu conselho é que se você caiu direto nela, mas não ouviu a primeira, que você separe um tempinho para fazer isso antes. Eu acredito que aquilo que vamos compartilhar nessa aula vai fazer bem mais sentido se vier na sequência do que falamos anteriormente. Nessa segunda parte eu quero destacar, falamos anteriormente sobre a origem dos anjos como seres criados, a sua natureza, falamos sobre classificações, mas nessa aula eu quero destacar alguns elementos.
Em primeiro lugar, o caráter dos anjos que ainda é um entendimento complementar daquilo que começamos na aula anterior e depois disso, estender um pouco mais para a esfera de ação. Então eu vou falar do que eu vou chamar de Ministério dos anjos, porque Hebreus 1. 14 diz que eles são espíritos ministradores, eles servem, eles ministram.
Portanto, eles têm um ministério e depois de trazer algumas referências gerais, nós vamos tentar reconhecer um pouquinho mais, em termos de obras e atividades, como é que nós podemos categorizar esse ministério dos anjos de uma maneira um pouco ainda mais específica, um pouco mais clara. Então, em relação ao caráter dos anjos. A Bíblia provê muitas informações, embora não esgote o assunto a respeito do caráter dos anjos.
Eu quero destacar algumas coisas que são bem claras e evidentes. A primeira delas é que eles são obedientes. Nós vemos que Satanás se rebelou isso será assunto de aulas futuras, um terço pode fazer a escolha mas a Bíblia fala a respeito de 2/3 que escolheram permanecer fiéis e obedientes, e essa característica é apresentada e destacada a respeito deles.
O Salmo 103. 20 e 21, por exemplo, diz: "Bendigam o Senhor os seus anjos, valorosos em poder, que executam as suas ordens e lhe obedecem à palavra. Bendigam o Senhor todos os seus exércitos, ministros seus, que fazem a sua vontade.
" Então, seja a expressão do verso 20 "executam suas ordens" obedecem a palavra" ou depois do verso 21 que diz: "fazem a sua vontade", nos mostra que, de fato, eles são obedientes a Deus. A terra tem como modelo perfeito de submissão a Deus o céu. Eu acredito que foi por isso que Jesus, em Mateus, no capítulo seis, no verso dez, nos ensinou a orar e clamar: "Venha o teu reino, seja feita a tua vontade aqui na terra, como é feita nos céus".
Ou seja, os céus são ambiente de um cumprimento irrestrito da vontade de Deus. Isso tem levado alguns a se questionar se os anjos ainda têm livre arbítrio, se Deus não teria tirado isso depois da queda. Eu, particularmente não acredito nisso, porque a Bíblia fala a respeito deles obedecerem.
Se não há espaço para a escolha, nós nem poderíamos classificar isso como obediência, nem tampouco como sujeição, como, por exemplo, em primeira de Pedro, no capítulo três e no verso 22. A Bíblia diz que Jesus, que Cristo, "depois de ir para o céu, está à direita de Deus, ficando-lhe subordinados anjos, potestades e poderes. " Então, essa própria ideia bíblica apresentada de que existe uma subordinação, existe uma sujeição, significa que eles têm a escolha, a capacidade de sustentar sua escolha: "Nós nos submetemos".
Uma segunda característica que podemos apresentar aqui ao enfatizar o caráter dos anjos é que eles são reverentes. Eles não apenas dão a Deus adoração, mas eles não aceitam culto e não aceitam, de forma alguma, que a adoração que é devida somente a Deus, seja entregue a eles. Então, quando olhamos para as Escrituras, por exemplo, nós percebemos alguns desses exemplos bíblicos.
Eu quero citar dois que estão particularmente lá no livro do Apocalipse, que para alguns se trata de dois episódios semelhantes e para outros apenas de duas menções do mesmo episódio. Neles nós vemos que João, depois de receber toda orientação e revelação que Jesus manda por meio do seu anjo, Apocalipse 19. 10, diz: "Prostrei-me diante dos seus pés para adorá-lo.
O anjo, porém, me disse: Não faça isso! Sou um servo de Deus, assim como são você e os seus irmãos que guardam o testemunho de Jesus. Adore a Deus!
Pois o testemunho de Jesus é o Espírito de profecia. " Depois, em Apocalipse 22. 8 e 9, lemos: "Eu, João, sou quem ouviu e viu estas coisas.
E, depois de ter ouvido e visto, prostrei-me diante dos pés do anjo que me mostrou essas coisas, para adorá-lo. Mas ele me disse: Não faça isso! Sou servo de Deus, assim como são você e os seus irmãos, os profetas, e como são os que guardam as palavras desse livro.
" Portanto, nós vemos neles uma grande reverência para com Deus, um forte posicionamento de entender que a adoração que pertence só a Deus não pode ser, de forma alguma, usurpada e, ao olharmos para essas declarações bíblicas, é evidente que, de fato, os anjos podem ser reconhecidos como sendo, de fato, reverentes a Deus. Embora alguns, lá no livro de Colossenses, diz Paulo, "atestavam o culto a anjos" ele estava falando de pessoas que estavam agindo de forma errada, completamente fora do padrão estabelecido por Deus, do seu propósito, daquilo que Ele tem em mente para cada um de nós, seus adoradores. E nós podemos seguir esse exemplo inquestionável, indiscutível dos anjos.
Além desse posicionamento claro de não aceitarem culto, nós vemos vários outros textos que falam deles rendendo o culto a Deus. Independente de alguém estar tentando oferecer culto a eles ou não, eles estão cultuando a Deus. Em Hebreus, no capítulo um, por exemplo, no verso seis, nós lemos: "E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
" Nós podemos comparar e até contrastar esse texto de Hebreus 1. 6 com Lucas, capítulo dois, dos versos dois até o 15, que fala do aparecimento dos anjos aos pastores que estavam no campo para celebrar o nascimento de Cristo. A Escritura diz: "Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam os seus rebanhos durante as vigílias da noite.
Um anjo do Senhor desceu onde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não tenham medo! Estou aqui para lhes trazer boa-nova de grande alegria, que será para todo o povo: é que hoje, na cidade de Davi, lhes nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
E isto servirá a vocês de sinal: vocês encontrarão uma criança envolta em faixas e deitada em uma manjedoura. E, de repente, apareceu com o anjo uma multidão do exército celestial, louvando a Deus e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens, a quem ele quer bem. " O verso 15 conclui o relato dizendo: "Quando os anjos se afastaram deles e voltaram para o céu, os pastores disseram uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer.
" O verso 16 diz que eles vão encontrar Maria e José e a criança deitada na manjedoura. E nós temos aqui o culto sendo oferecido a Deus. Também podemos citar Jó 38.
7, quando Deus faz menção de antes da terra nascer e criada, as estrelas do céu alegremente cantando, os filhos de Deus jubilado e também podemos simplesmente reconhecer aqui, para encerrar essa ideia, já está bem documentada com textos bíblicos, em Neemias, no capítulo nove, no verso seis nós lemos: "Só tu és o Senhor! Fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo o que nela há, os mares e tudo o que há neles. Tu conservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora.
" Para alguns isso é menção de que apenas os céus físicos adoram a Deus. Para outros, o reconhecimento de que, como a Bíblia compara os anjos às estrelas, a menção de "o Exército dos céus te adora" está voltada à atividade angelical e não necessariamente aos astros físicos, que, embora reflitam a glória de Deus, não têm necessariamente essa capacidade pessoal de produzir culto. A Bíblia também apresenta os anjos e eu acredito que isso é algo importante sobre o seu caráter, e eles são chamados tanto em Daniel, no capítulo quatro, no verso 17, como também em Apocalipse 14.
10, de "santos". Já falamos um pouco da natureza de um caráter obediente, mas quando falamos de santos, estamos falando de uma escolha permanente diante de Deus, de se sujeitar a Ele e não pecar, já que em primeiro de João, no capítulo três, no verso quatro, a definição de pecado é transgressão da lei. Os anjos também precisam ser reconhecidos como seres poderosos.
Vemos o poder de Deus manifesto por meio dos atos deles. Então, em Gênesis 19. 11 e depois nos versos 22 a 24, nós vemos que o Senhor envia dois anos para destruir Sodoma e Gomorra.
Em Atos no capítulo 12, de 7 a 10, nós vemos que um anjo entra na prisão, as algemas, as cadeias que prendem Pedro simplesmente caem, o portão da prisão se abre automaticamente. Passam por sentinelas que simplesmente não enxergam absolutamente nada. Podemos ainda citar o texto usado anteriormente para destacar a obediência desses anjos que está lá no Salmo 103, no verso 20, que a Bíblia diz: "Bendigam o Senhor os seus anjos, valorosos em poder".
Eu gosto dessa expressão: "valorosos em poder". Deus os tem revestido de poder e parece, de alguma forma, que o poder de cada um esteja ligado um pouco à sua categoria, sua área de trabalho. Então, por exemplo, em Apocalipse, no capítulo dez, nos versos um e dois, nós temos a menção do que a Bíblia classifica como um anjo forte.
Isso não significa que nenhum outro tipo de anjo necessariamente seja fraco, mas alguns que têm uma expressão de força e poder maior. Então João diz assim: "Vi outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem, com o arco-íris por cima da sua cabeça. O rosto dele era como o sol, as pernas eram como colunas de fogo.
O anjo tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o pé direito sobre o mar e o pé esquerdo sobre a terra e gritou com voz forte". E depois nós temos aqui toda uma descrição do que ele veio fazer, mas ele está falando de um anjo forte que bota um pé na terra, outro no mar.
O rosto brilhando como o sol, pernas como colunas de fogo e a própria descrição de ser chamado de anjo forte. Em Apocalipse, no capítulo 20, dos versos 1 a 3, nós vemos que quando chegar o momento de Satanás ser tirado de circulação, um anjo vai dar cabo disso. A Bíblia não faz menção aqui de que seja Miguel, o arcanjo, mas um único anjo.
Apocalipse 20 de 1 a 3: "Então vi descer do céu um anjo que tinha na sua mão a chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente, que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos. Lançou-o no abismo, fechou-o e pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até que se completasse mil anos.
Depois disso, é necessário que ele seja solto por um pouco de tempo. Então, na hora de tirar Satanás de circulação por mil anos, ainda que depois ele vá fazer um último servicinho para Deus antes ser lançado definitivamente no abismo de fogo, vou falar sobre isso em aula posterior, nós precisamos perceber e reconhecer que um anjo é suficiente para tirá-lo de circulação. Miguel, em outros momentos, parece ser o único a resistir diretamente Satanás em algum tipo de confronto, e estes registros estão em Judas, capítulo único, verso nove e Apocalipse 12, versículos 7 e 8.
Os anjos também são apresentados como seres mansos que não guardam ressentimentos pessoais nem injuriam os seus opositores. Então, uma dessas menções, o próprio livro de Judas, que já temos citado, nos mostra no verso nove a declaração: "Contudo, nem mesmo o arcanjo Miguel, quando entrou em conflito com o diabo e discutia a respeito do corpo de Moisés, ousou pronunciar sentença difamatória contra ele. Pelo contrário, disse: O Senhor repreenda você!
" Ou seja, aquilo que nós chamamos de levar briga para o lado pessoal, isso não acontece. Existe uma mansidão além da nossa capacidade de entendimento e de explicação mesmo na hora de guerra e de confronto, de juízo. Em segunda de Pedro, no capítulo dois, finalzinho do verso dez, a Bíblia se refere a algumas pessoas chamando eles de atrevidos, arrogantes e diz que eles não temem difamar os gloriosos seres celestiais.
E emenda no verso 11 dizendo que: "ao passo que anjos, embora maiores em força e poder, não proferem contra essas autoridades sentença difamatória na presença do Senhor. " Ou seja, da boca deles não sai difamação. E, mesmo havendo um claro confronto, me parece que, de alguma forma, a natureza de mansidão nesses guerreiros é muito bem enfatizada, destacada.
Isso chama muito a minha atenção. Eles também são vistos como sábios. A sagacidade, inteligência e astúcia de Satanás e seus anjos caídos, embora corrompida, é algo impressionante.
Vou falar sobre isso em aula posterior, mas a Bíblia falando sobre Satanás diz que sua sabedoria se corrompeu. Não que ele perdeu, portanto, ele tinha sabedoria, enquanto na condição de anjo eleito antes da queda. Agora, se a sabedoria dele e dos seus seguidores, que é corrompida ainda está lá, a ponto de a Bíblia falar sobre sua astúcia, sobre os seus ardis, a sua inteligência, o que dizer dos anjos cuja sabedoria não se corrompeu?
Segundo Samuel, no capítulo 14, no verso 17, revela que havia em Israel um provérbio. Ele, por sua vez, revela uma crença que existia entre o povo em relação à sabedoria dos anjos. Na hora que alguém vai elogiar, o rei diz: "A sua sabedoria é como a de um anjo.
" Porque, de alguma forma, eles tinham esse entendimento de que os anjos são seres sábios. Embora possuidores de elevada sabedoria, eles não são oniscientes. Nem os anjos eleitos, e nem tão pouco os caídos.
Onisciência é um atributo exclusivo de Deus. Somente o Senhor tem. Em primeiro Reis, no capítulo oito e no verso 39, nós lemos que só Deus conhece todos os corações.
Aliás, o texto bíblico diz assim: "ouve tu nos céus, lugar da tua habitação, perdoa, age e dá a cada um segundo todos os seus caminhos, visto que lhe conheces o coração, porque tu, só tu és conhecedor do coração de todos os filhos dos homens. " Os anjos não conhecem isso. Então, em Mateus 24.
36, Jesus diz que os anjos não conhecem o dia da sua vinda. Isso significa que eles não sabem de todas as coisas. Já vimos também anteriormente em primeira de Pedro 1.
12, que os anjos almejam contemplar aquelas coisas que nós pregamos. Alguns estão dizendo apenas que eles querem participar, outros que eles ainda não compreendem plenamente o mistério da redenção, ou diz: "Não, pera aí! Com esse tanto de sabedoria não podemos dizer que não compreendem.
" Outros dizem: "Não, não compreendem na experiência, porque eles não, diferente da gente, não sabem o que é a gratidão de ser perdoado. " A verdade é que esse texto, eu ainda prefiro apresentá-lo a título de especulação, mas não como algo que estabeleça a doutrina. Um anjo deu a notícia a Abraão e Sara em Gênesis, no capítulo 18, você pode conferir isso depois, nos versículos 10 a 15, mas quem soube que Sara atrás da tenda tinha rido foi o Senhor.
O texto faz questão de distinguir isso, embora no plano espiritual, muitas vezes as pessoas digam: "Olha, às vezes diante de manifestações de anjos, as pessoas pensam e parece que de alguma forma eles podem ter acesso ao pensamento como se fosse uma comunicação. " Eu digo: nós vamos de novo entrar no terreno da especulação. E eu, particularmente não gosto de avaliar experiências das pessoas tentando estabelecer algum padrão de doutrina.
Se a Bíblia fala sobre um capacete da salvação na guerra contra os anjos caídos, isso significa que de alguma forma eles podem ter acesso. Mas esse acesso pode ser apenas ataque, sugestão, não significa que necessariamente seja leitura. Deixa eu destacar aqui rapidamente o ministério dos anjos, em segundo lugar, e depois, em terceiro, suas obras ou atividades que praticamente é um desdobramento da própria ideia e conceito de ministério, ou seja, das suas áreas de serviço a Deus.
Em Hebreus 1. 14, eles são chamados de espíritos ministradores, a serviço dos que hão de herdar a salvação. Então eles não serve só Deus diretamente, mas, indiretamente, servem a Deus quando nos servem.
Há envio de Deus, comissionamento de Deus. Em primeiro Reis no capítulo 19, no verso cinco, a Bíblia mostra um anjo acordando Elias e oferecendo a ele uma comida, um alimento que parecia ser sobrenatural porque a Bíblia diz que com a força daquele alimento ele caminhou 40 dias. Em Mateus, no capítulo quatro e no verso 11, nós temos também uma referência interessante sobre algo que acontece com o Senhor Jesus durante o final, o momento final da sua tentação.
A Bíblia diz que o diabo deixou Jesus e vieram anjos e o serviram. Alguns dizem: "Poxa, ele está com fome. Ele terminou o jejum.
O que é que os anjos vieram fazer? " Alguns especulam e acreditam que ofereceram comida. Outros acreditam que pode ter sido outra forma de serviço.
Mas o que vemos com Elias nos mostra que eles podem servir alimento. Eles ministram conforto. Em Lucas, no capítulo 22, no verso 43, nós temos um detalhe muito interessante sobre o momento em que Jesus está no Getsêmani em agonia, orando.
O texto diz: "Então lhe apareceu um anjo do céu que o confortava" e isso é algo muito importante. Eles podem trazer conforto. Em João, no capítulo cinco, nos versos 3 e 4, mas temos a menção de um anjo que descia e agitava as águas.
O primeiro que entrava era curado. Eles muitas vezes estão envolvidos no ministério de cura e em ministrar ou servir, tocar as pessoas com cura. Eu, particularmente reconheço que há uma discussão em torno do Evangelho de João no capítulo cinco, quando alguns dizem: "Não, toda aquela descrição do anjo agitando a água não está toda lá", mas da parte que está lá, dá para presumir que era exatamente isso que acontecia.
O Salmo 34. 7 diz que "o anjo do Senhor acampa-se ao redor daqueles que o temem e os livram. " Então eles ministram livramento.
Foi o que aconteceu com Pedro em Atos 12, de 7 a 10, quando ele foi tirado da cadeia. Em Daniel, no capítulo seis, no verso 22, a Bíblia atribui a um anjo ter entrado na cova e fechado a boca dos leões. O Salmo 91 nos diz, nos versículos 10 a 12: "Nenhum mal lhe sucederá, praga nenhuma chegará à sua tenda.
" Por que não? Verso 11: "Porque aos seus anjos ele dará ordens a seu respeito, para que guardem você em todos os seus caminhos. Eles o sustentarão nas suas mãos, para que você não tropece em alguma pedra.
" Então, aqui nós vemos o ministério de proteção dos anjos. Podemos ver que isso é uma espécie de desdobramento do conceito de livramento, mas a Bíblia fala a respeito de proteção. Talvez alguns poderiam dizer: "O livramento é quando o problema já se instalou e eles vêm intervir e, a proteção é quando a gente nem toma conhecimento do risco ao qual poderia ter sido exposto, porque nós somos guardados disso.
" Uma pergunta que as pessoas me fazem muito sobre o ministério dos anjos é: Existe o tal do anjo da guarda? Embora a Igreja Romana criou ao longo dos séculos algumas definições e terminologias de coisas que não eram necessariamente bíblicas, não podemos negar que em Mateus 28. 10 Jesus diz assim: "Fiquem atentos, para não desprezarem nenhum desses pequeninos!
Porque eu afirmo a vocês que os anjos deles, lá nos céus, veem incessantemente a face de meu Pai celeste. " Aqui, Jesus, de alguma forma está sinalizando, e a expressão "os anjos deles", como se não apenas tivéssemos proteção e livramento, como já vimos que isso está ligado a atividade dos anjos, mas como se alguns anos assumissem esse trabalho em caráter permanente, a ponto de alguém poder simplesmente olhar e dizer: "Não, esse é o anjo dele". Em Atos, no capítulo 12, no verso 15, nós vemos que a Igreja e agora estamos falando realmente dos cristãos, que já professavam a fé na nova aliança, de gente próxima dos apóstolos, por exemplo, quando Pedro sai da prisão e vai bater na porta da casa onde os irmãos estavam orando, a Bíblia nos mostra que uma criada, a partir do verso 13, chamada Rute, foi ver quem era e reconheceu a voz de Pedro.
Ela ficou tão alegre que em vez de abrir a porta, ela sai contar para todo mundo. Mas a Bíblia diz que quando ela está anunciando que Pedro chegou, o povo que estava orando para Deus livrar Pedro e parecia não acreditar no que Deus fez, começou a dizer: "Você ficou louca! " Como quem diz: "Ele está preso.
" A Bíblia diz que eles estão em incessante oração para que Deus livre Pedro, agora Pedro apareceu lá e estão dizendo para ela: "Você está louca. " O texto diz: "Ela, porém, persiste em afirmar que era verdade. Então disseram: É o anjo dele.
" Por que disseram isso? Porque, de alguma forma, aqueles cristãos não só acreditavam que as pessoas têm o seu anjo encarregado e responsável, mas chegaram até o ponto de dizer: 'Não deve, deve estar falando parecido, porque é o anjo que está relacionado com ele. " Eu não quero aqui criar uma doutrina.
Eu quero simplesmente dizer que às vezes nós temos que ser um pouquinho mais cautelosos antes de tentar estabelecer uma refutação veemente como eu vejo alguns contra o conceito de "não tem o próprio anjo da guarda", quando alguns textos deixam uma possibilidade de que a gente pense no assunto sem que a gente tenha clareza a ponto de determinar todas as coisas a respeito disso. Então, com o devido cuidado, eu acho que nós podemos considerar isso. Terceiro e último lugar detalhando um pouco mais o ministério dos anjos, vamos falar de obras e atividades que aparecem na Escritura.
Bom, em primeiro lugar são mensageiros. Aliás, o significado da palavra anjo é mensageiro. Por meio deles, Deus envia anunciação, como vemos em Mateus no capítulo 1, versos 20 e 21, Lucas 1 de 11 a 20, como o que aconteceu com Maria, vemos Deus também enviando advertências, e aqui podemos citar alguns exemplos.
Um deles está lá em Mateus, no capítulo2, no verso 13 e essas advertências podem envolver, obviamente, a compreensão do plano de Deus para nós; perigos, a Bíblia diz que tão logo os magos foram embora, um anjo do Senhor apareceu a José em sonho. Fala a respeito da intenção de Herodes de procurar o menino para matá-lo. Traz uma advertência, traz orientação para que simplesmente ele possa escapar disso.
Em Hebreus, no capítulo dois, no verso dois, também lemos que uma palavra falada por meio de anjos se tornou firme, e a transgressão ou desobediência recebeu o justo castigo. Então, aqui não é só a palavra no sentido de boa nova, mas também de confronto, como vemos também em Daniel quatro, de 13 a 17 de um anjo que anuncia o julgamento que Nabucodonosor iria passar. Mas eles também trazem instrução, como Mateus 28 de 2 a 6 nos mostra eles não só comunicando a boa nova da ressurreição de Cristo, mas o que é que deveriam fazer.
Isso também aconteceu com Cornélio em Atos no capítulo dez, uma orientação sobre onde Pedro estava, que ele deveria ser chamado para pregar o evangelho. Essa parte deles, como mensageiros, podem também tocar muito a nós, os cristãos, aqueles que hão de herdar a salvação. Mas a atividade angelical, embora eles sejam apresentados como pessoas que ministram os que hão de herdar a salvação, não se limita somente aos santos e aos salvos, mas a Bíblia também os apresenta como executores de juízo.
Então lemos alguns textos como segundo Samuel 24. 16. Ali a Bíblia fala de "o" anjo do Senhor, artigo definido, isso será assunto detalhado em outra aula.
Vemos em Atos 12. 23 que um anjo do Senhor feriu Herodes, que morre comido de bicho. Nós vemos em Apocalipse, no capítulo sete, nos versos 1 a 3 anjos que estão sendo enviados por Deus para liberar juízo na natureza.
E nós vemos em Mateus, no capítulo 13 de 39 a 41, Jesus falando que os anjos, na parábola do trigo e do joio, vão separar o joio do trigo, vão lançá-los para o juízo eterno, e eles estão participando dessa execução de juízo. Já mencionamos anteriormente que eles são reverentes. Já mencionamos que eles não aceitam culto quando falamos da questão da razão, mas não podemos deixar de reconhecer que parte do seu ministério, agora voltado ao Senhor, envolve adoração.
Eles rendem a Deus todo o culto. A Bíblia fala de celebração alegre e festiva, e eu acredito que eu posso terminar aqui destacando que o céu não está em silêncio e parte do barulho desse culto e adoração é atribuído sempre aos anjos. Apocalipse 5.
11 e 12 diz: "Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viventes e dos anciãos, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, proclamando com voz forte: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor. " Então nós reconhecemos, olhando para a Escritura, que parte desse ministério também se dirige a Deus na forma de adoradores. Acredito que com isso, nessas duas aulas, nessas duas partes de uma mesma aula que enfoca os anjos eleitos, nós podemos entender um pouquinho mais quem eles são, o que eles fazem, o que não fazem e compreender, pelo menos aí, esse panorama geral a respeito dos anjos eleitos.
Nas próximas aulas ainda dentro da doutrina dos anjos, na teologia chamamos de angelologia, nós vamos ter que falar a respeito de Satanás, sua queda, seu juízo, os anjos caídos entrando no assunto de demônios. Alguns preferem separar o assunto de anjos caídos chamando de demonologia. Para nós, tudo isso não importa se cria-se ou não uma sub classificação, faz parte da doutrina dos anjos e nós seguiremos falando a respeito disso.
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