Confie no líder que chora: a emoção faz bem às empresas? | João Carlos Correia | TEDxFaculdadeEnsine

eu não sei se vocês sabem mas Homem Não Chora eu escutei essa frase do meu pai durante toda a minha infância e a minha adolescência meu pai é um Imigrante português vindo a lavoura com pouco instrução que veio tentar A vida lá no Rio de Janeiro e como todo o Imigrante Na verdade é um sobrevivente e traz algumas expectativas em cima dos seus filhos isso é normal quem tem pai Imigrantes sabe disso meu pai tinha algumas expectativas do meu desempenho futuro né primeiramente ele queria que eu fosse Engenheiro porque ele chamava de profissão raiz que

até hoje eu não sei o que significa isso mas enfim é que eu entrasse no serviço público e com isso teria estabilidade e garantiria minha aposentadoria ele queria que eu jogasse futebol no time do coração dele que é o Vasco da Gama né E que na verdade eu nunca demonstrasse a minha emoção para ninguém porque demonstrar emoção para alguém esse nome de fragilidade e eu jamais teria Respeito as pessoas quando eu me mostrasse frágil para elas Bom eu não sei se atendi muito bem as expectativas do meu pai mas de qualquer maneira eu fiz psicologia

fiz teatro fiz dança fiz música e ao invés de jogar futebol Eu patinava na praia do Rio de Janeiro e era criança mais emocional de toda minha galera bom de qualquer maneira a única coisa que eu consegui foi ser vascaíno né Eu já comecei lá atrás já vi que a minha vida não ia ser tão fácil assim né mas enfim aos 21 anos me formei e Entrei numa empresa privada e a minha primeira experiência com o chefe foi absolutamente desastrosa ele me chamou um dia e me pediu para eu preparar um programa para líderes cara

eu achei a ideia é incrível porque eu teria oportunidade de compartilhar minhas crenças com a liderança da companhia né Eu estudei e estudei estudei me preparei elogia apresentei numa reunião especial no primeiro slide era uma proposta que eu fazia para eles e eu vou transformar vocês em pessoas mais emocionais mais encaixadoras como a narrativa inspiracional para criar vínculos de confiança com as suas pessoas bom eu não parceria naquele slide que o meu chefe me interrompeu e me chamou de moleque e disse que essa tinha sido a pior sugestão que ele tinha escutado em todos os

anos de carreira dele bom ele chamava isso de PDP técnica da desqualificação profissional e o maluco acreditava que é o desqualificar alguém essa pessoa no futuro e ia tentar superar e ia conseguir ser melhor do que ele apresentou no passado enfim eu te confesso que naquele momento eu fiquei meio com as pernas tremendo né E aquele eu engoli o choro né Pensei melhor e orientei que ele enfiasse o feedback num lugar mais apropriado que não seria ali no alto da minha juventude eu entendi claramente a diferença entre coragem e suicídio e fui demitido em plena

sala de reunião bom vida que segue continuei minha caminha no meu caminho e resolvi mudar um pouco a minha vida profissional resolvi entrar para a área de treinamento de vendas e uma multinacional mas detalhe aqui eu nunca tinha sido vendedor na minha vida mas como ela sempre contador de histórias achei que podia ir e de verdade foi e foi bem bacana porque nessa empresa líderes que comungavam da mesma percepção que a minha o foco em pessoas a humanização a empatia E lá eu fui muito feliz nessa empresa extremamente feliz e tudo ia muito bem até

que um dia nos chamaram e nos falaram o seguinte Olha uma outra empresa que tem valores um pouco diferente dos nossos mais pragmáticos mais objetivos mais Racionais vai se juntar a nós e nós vamos ficar só com 20% de todas as vagas existentes da cultura inglesa para quem não conhece isso se chama fusão para quem nunca viveu a fusão é como um casamento arrumado né que as pessoas conseguem para você e você não tem o que fazia a única coisa que te resta é torcer para que tudo dê certo e no meu caso particularmente não

deu eu rebaixar no meu cargo retirar os benefícios né obrigaram todos nós que trabalhavamos de camisa polo a botar térmica e gravata um calor de 40 graus do Rio de Janeiro parecia uma coisa meio surda conflita das empresas discussão foto de autonomia falta de confiança ou seja acabou Amor acabou a paixão não dava mais E quando eu tava quase saindo da empresa indo para uma outra empresa me chamaram para eu assumir a gerência de marketing da unidade que restou com os funcionários da minha antiga empresa né e eu fui cara e lá realmente eu vou

ter ser muito feliz eram uns 30 pessoas feliz e produtivas no universo de duas mil que estava agonizando cara e não dá para ser feliz quando duas mil pessoas te pedem ajuda de verdade não dá e a gente fez um pacto a gente vai humanizar essa empresa a gente vai transformar a cultura dessa organização a gente vai conseguir que essa empresa seja mais humana e esse virou Nosso propósito essa virou a nossa crença qual era o único desafio transformar a cultura de mais de 100 anos Isso não era fácil mas a gente sabia que o

único caminho era através das pessoas a gente fazia com as pessoas sentissem incríveis que a gente celebrasse reconhecer se festejasse dar a eras um senso de pertencimento como se fosse uma tribo entende dar a ela a segurança psicológica para assumir a coragem de mudar a empresa junto com a gente e correr os riscos que eventualmente poderia acontecer começou uma onda emocional silenciosa dentro da empresa as pessoas não sabiam muito bem que estava acontecendo mas gostavam do que sentiam começou uma revolução debaixo para cima mas a gente também sabia que a gente tinha que ir até

os líderes seriam peças fundamentais em todo esse processo então a gente ia até eles com duas perguntas clássicas A primeira é como as suas pessoas se sentem e a segunda é o que que você tá fazendo por elas o objetivo é mostrar para eles que é verdade o líder tem que ser a pessoa tem que ser admirada não tolerada que as pessoas mudam é de chefe não de empresa e que é eles cabia esse processo de inclusão de todas as pessoas à medida que eles começava a praticar e escoumaçavam a perceber que o feedback das

pessoas das semente positivo que eles estavam vivendo o índice felicidade começou a crescer e o índice de performance começou a crescer o que temos é claramente que a emoção pode estar totalmente acompanhada por uma performance elevada a revolução começou silenciosa lá atrás começou a fazer mais barulho na empresa sabe porque não era um só nós que queríamos eram muito de nós agora e depois cinco anos da fusão aconteceu que a gente sempre quis acontecesse a empresa se rendeu e passou a incluir na sua no Pilar da sua cultura a humanização o foco em pessoas e

alguns de nós que era uma dessa unidade fomos transferidos ou promovidos para outras unidades para o processo de disseminação e consolidação da nova cultura a gente viu claramente que a emocionalidade venceu naquela empresa e assim será com todas as empresas que devem espaço essas pessoas de viver as suas emocionalidades as suas virtudes sabe e os seus problemas toda empresa que permitir que seu funcionário seja o pareça ser aquilo que ele realmente quer ser vai ter um ganho de felicidade produtividade enorme nessa companhia é assim que é E são essas pessoas que no auge da sua

Plenitude em ser o ser humano que desejam ser consegue transformar as organizações e deixar de ter organizações com o ambiente tóxico e essa mesma transformação tá acontecendo agora com meu pai meu pai tem 89 anos se transformou numa pessoa mais emocional o meu pai hoje ele não tem vergonha de chorar e isso fazendo muito bem a ele e eu como um líder emocional que me intitulo eu tenho muito orgulho de poder chorar o que eu não tenho orgulho é de ver líderes que não usa sua vulnerabilidade para se apresentar para se mostrar entende e acham

que emoção não caminha junto com liderança Muito obrigado [Aplausos]