Palestra realizada no dia 03/02/2024 durante a 42ª CONRESPI, em Barretos/SP.
Video Transcript:
bem então uma boa tarde para todos nós que Jesus O querido mestre e amigo de todos os momentos nos abençoe a todos que aqui estamos nesta festa espiritual que nós possamos nos manter nessa mesma sintonia nessa vibração que nos foi aqui proporcionada por essa apresentação tão Sublime que nos faz entender o por a arte elevada sempre esteve tão conectada tão associada à busca do Divino e do transcendente a arte como diz André Luiz né o belo que gera o bem que produz o ser humano bom essa arte que nos faz buscar novos planos que nos abre a sensibilidade ela é mesmo Divina em sua função então que ela se espanda que ela se Espalhe que temos cada vez mais no Mundo artífices da Arte elevada a essas finalidades então a gente agradece pela apresentação que nos antecedeu e esperamos poder manter essa vibração que a proposta é refletirmos sobre o evangelho de Jesus que não foi senão o mais velho mais Sublime dos poemas a mais encantadora das epopeias que já foram declamadas que já foram contadas nesta nossa terra então Que ele abençoe as nossas reflexões que o nosso coração esteja aberto e receptivo para recolher as inspirações que nos chegam do alto na sequência de todo esse processo que vocês vem vivendo ao longo do evento Né desde ontem hoje pela manhã aquilo que nos antecedeu que a gente possa seguir nessa nessa mesma vibração eu não poderia também não não me Recordar aqui de agradecer né pelo convite que nos foi feito pela oportunidade de estarmos mais uma vez aqui em Barretos mais uma vez participando de uma conres É uma honra para nós e o tema que nos Coube dentro dessa sequência de passos que foram propostos um dia ao grande Apóstolo cujo legado ainda hoje reverenciamos cujo legado nos toca nos inspira nos fascina porque nos fala dessa força transformadora do Evangelho porque nos fala das possibilidades de Recomeço de reconstrução de uma vida de um destino à luz da mensagem de Jesus nós vamos buscar aqui seguir nessa imersão a que todos os participantes do evento têm sido convidados essa imersão na jornada do apóstolo Paulo a partir daquelas diretrizes que foram dadas a ele por Abigail por Estevão mas que no fundo certamente vinham do Coração de Jesus não somente a Ele por Óbvio mas a todos nós os discípulos de hoje os discípulos de todos os tempos nós vamos buscar nos conectar com a jornada daquele coração buscando sentir acima de tudo o que foram aquelas palavras no momento de indagações do momento de dúvida no momento de busca depois daquela pergunta Inicial que ele emite lá às portas de Damasco senhor que queres que eu faça ele já havia vivido alguns bons anos de busca de jornada principalmente jornada interior já havia passado pelo Deserto havia passado por Jerusalém encontrado com Pedro depois de todo aqueles acontecimentos né A última vez que havia visto Pedro não havia sido assim uma visita das melhores Mas agora ele chegava em outras condições na condição de um coração que está buscando aprender com a voz da experiência com aquele que largamente havia convivido com Jesus e Pedro então o orienta que buscasse novamente a sua terra natal a figura do seu pai E é aquele reencontro com o pai que ele traz uma tristeza tão profunda ao coração quando percebe que o pai ainda não estaria preparado a compreender o seu novo ideal a sua nova proposta e seguindo os ditames do Evangelho ele percebe que teria que renunciar a alegria de poder contar com o apoio do pai naquele momento mas o seu coração fica muito abalado embora fosse conhecido pela resolução pela firmeza daquele caráter ele sente-se baqueado E então caminhando ali nos arredores de sua cidade natal na região do Monte Tauro ele sente aquele sono aquele torpor tomando conta do seu corpo da sua mente e então parte para o mundo espiritual num processo de desdobramento quando tem aquele encontro então que marcaria Definitivamente não só a vida do apóstolo Paulo porque seria dali por diante um Norte para toda a sua atuação posterior ele teria ainda muitos anos de tarefa né mais de 20 anos ainda pela frente de tarefa e aquelas palavrinhas aquelas orientações seriam sempre balizas muito importantes para a sua caminhada e claro eram ainda mais especiais porque oriundas daqueles corações ele teve a grata alegria de poder ver novamente a noiva amada a e ver aquele que havia sido a sua primeira vítima mas que agora ele via como sendo um benfeitor podia ele agora ter certeza do Perdão de Estevão a seu respeito o que lhe daria imensa força para seguir adiante então vocês já meditaram muito sobre as três diretivas iniciais o ama o trabalha o espera cnos refletir sobre o fecho o perdoa talvez até porque o perdão seja uma das virtudes mais desafiadoras vem ela como sendo esse fecho essa culminância das orientações que foram ali transmitidas a Paulo mas no fundo a todos nós na condição de discípulos do evangelho e o primeiro ponto que nos chama a atenção nessas orientações de abgail é a maneira pela qual ela as apresenta quem lê esse trecho do livro Paulo Estevão vai perceber que cada palavra dessa é no fundo uma resposta a indagações mentais do apóstolo diante daquela visão ele começa a pensar no trabalho nos desafios nos caminhos quais seriam e começa a elucubrar em sua mente algumas perguntas estabelecer AL algumas indagações e é então que ela responde suscintamente aquelas indagações com essas palavras mas o que nos chama atenção é a própria conjugação do verbo porque ela diz ama trabalha espera perdoa no imperativo ela não diz é necessário amar é necessário esperar é necessário trabalhar ela diz de maneira mais direta como que também a transmitir uma mensagem implícita ela diz no imperativo isso é muito importante porque à medida que vamos estudando o evangelho nós vamos percebendo que o próprio mestre também muitas vezes se serviu dessa abordagem utilizando-se dos verbos no imperativo em momentos especiais no evangelho quando ele queria deixar mais claro mais evidente que tínhamos ali uma lei ou antes um imperativo da vida o imperativo da vida a ser descoberto pelo espírito que amadurece o espírito à medida que vai ganhando consciência à medida que vai Despertando para os seus deveres para a sua condição de filho do criador submetido da leis perfeitas indefectíveis que nos regem Os destinos ele vai percebendo que a vida é marcada por uma série de imperativos para os quais antes talvez não estava tão desperto então por exemplo o imperativo conhecido no evangelho sede perfeitos sede imperativo Jesus quer dizer que qualquer espírito que tem aprofundado a experiência de conhecimento de si mesmo e da Lei Divina vai percebendo que é o imperativo seu da sua própria consciência buscar sempre se melhorar estar-se melhorando qualificar-se para ser um melhor Instrumento nas Mãos do Criador para ser mais útil na criação divina ele deixa de ver o aperfeiçoamento como uma força que vem de fora impelindo a fazer isso ahi eu preciso me aperfeiçoar me tornar melhor porque o meu chefe me pediu eu preciso me aperfeiçoar estudar mais para conseguir o emprego para assumir lá determinado cargo na tarefa Espírita ou na casa espírita no movimento federativo antes talvez a criatura visse isso como sendo forças chamamentos de Fora impelindo a a isso mas à medida que amadurece ela percebe que ela não precisaria desses elementos exteriores se Já percebesse por si que esse o imperativo que Brota dentro dela mesma Porque quanto mais ela avança mais ela compreende a dimensão dos seus deveres mais ela consegue saborear o que nos está reservado na medida em que galgar mais elevados degraus na criação e mais ela quer se embeber disso mais Ela Quer alcançar esses outros patamares Então ela própria sem que outros ou outras forças tenham que impelir la isso ela própria busca agora se aperfeiçoar a todo tempo a cada dia sem medir esforços ela deixa de precisar tanto dos aguilhões exteriores da vida para mover-se agora mais por si como espírito consciente que anseia por progredir por comungar com Deus por libertar-se das algemas das amarras das aflições das necessárias que ela ainda cultiva no estágio em que ainda está então Jesus em vários momentos do Evangelho quis nos chamar a atenção para esses imperativos sede perfeitos brilhe a vossa luz convidando-nos a essa tomada de consciência para que não sejamos mais apenas espíritos arrastados pela vida aqueles cujo Progresso vai sendo efetuado a duras penas porque muito Rebeldes muito estacionários ou o progresso é sempre mais lento é sempre mais doloroso quando nós não estamos em movimento quando nós não estamos dispostos mas a o espírito consciente os passos o avanço é mais rápido é o que nós vemos no Livro dos Espíritos ali das questões 117 em diante quando Kardec e os espíritos vão tratar da progressão dos Espíritos tem uma expressão que os espíritos se utilizam na questão 125 e que eu acho muito interessante vez por outra eu rememoro ela porque acho que eles foram muito felizes na imagem que eles transmitiram né Kardec tá falando ali daqueles espíritos às vezes que são muito Rebeldes que escolhem muitos caminhos do mal se eles chegarão à mesma finalidade ao mesmo fim que os outros que fazem melhores escolhas e os espíritos dizem que sim que todos chegarão ao mesmo fim independentemente do quanto percorreram os atalhos Dolorosos aí as Sendas ásperas das paixões e dos vícios mas que para estes cujas escolhas são mais infelizes ou menos felizes para estes as eternidades serão mais longas eternidades mais longas ao espírito que não se ajuda agora o espírito que despertou para ajudar dar a si próprio ajuda-te que o céu te ajudará o processo é menos Moroso ele cria muito menos aflições que não seriam necessárias tormentos voluntários nós não temos isso lá em Evangelho Segundo espiritismo Esse é o espírito consciente então ele não é simplesmente arrastado pela vida pelos aguilhões da vida porque ele já busca fazer o movimento por si é o que Paulo vai tratar em uma das suas cartas primeira primeira carta de Paulo aos Coríntios Capítulo 15 quando ele fala do primeiro Adão que seria um símbolo uma representação do ser humano ainda muito materializado muito rebelde ele diz que o primeiro Adão é alma vivente mas o último Adão que é um símbolo de Jesus o modelo acabado a obra concluída digamos assim o último Adão diz ele é espírito vivificante então alma vivente é aquela alma que vai vivendo vai ser sendo arrastada pela vida agora espírito vivificante é o espírito que cria a vida que molda a vida que já está consciente desperto para esses imperativos da vida então Paulo aqui recebe essas orientações de Abigail nos mesmos moldes em que muitas vezes elas foram apresentadas pelo próprio mestre no Evangelho o que seria para nós até mais um indicativo de que partiram do Coração de Jesus apresentando-nos esses outros imperativos olha para você que está realmente mergulhando numa experiência mais profunda com o evangelho perceba que cada vez mais para você amar será sentido e entendido como imperativo trabalhar Será sentido e entendido como imperativo esperar não esperar inerte Ocioso esperar depois de ter agido ou seja ter paciência saber o processo e o tempo das coisas será cada vez mais entendido e sentido como imperativo e finalmente perdoar também será cada vez mais sentido e entendido por nós como um imperativo da vida a vida para funcionar a evolução para em suas engrenagens em seus mecanismos perfeitos ela [Música] precisa desses imperativos dentre eles o perdão operante o perdão operando Então essa primeira visão sobre o verbo do imperativo entendendo Portanto o perdão como algo que está na base do funcionamento da vida do mecanismo da evolução e da progressão dos seres nos fez Recordar de algumas mensagens de Emmanuel em que ele vai trabalhar Exatamente esse conceito acerca do Perdão uma visão Digamos um pouco diferente do Perdão daquela que geralmente temos nós temos por exemplo uma mensagem de Man no livro mentores e seareiros capítulo de número três chamada perdão e Progresso ou Progresso E perdão em que Manel vai definir assim para nós que o progresso na vida é a vitória do [Música] Perdão já começa com uma frase assim interessantíssima o progresso é na vida no fundo a vitória do perdão e aí para ilustrar para nos auxiliar a compreender o que ele quer dizer ele vai trazer um exemplo dentre tantos que ele traz de maneira similar para ilustrar o evangelho recorrendo a natureza recorrendo a elementos básicos assim do nosso cotidiano para os quais ele nos desperta aí a atenção e nos convida a uma reflexão ele vai dizer assim pensemos numa casa é claro que aqui ele está tratando de elementos inanimados que não tem vontade consciência como nós mas são figuras são como que modelos incipientes do perdão que deverá vigorar enquanto força ativa para nós criaturas conscientes ele diz assim pensemos numa casa para que a casa edificação permaneça de pé seja funcional em seu propósito Primeiro ela começa com o perdão da pedra lá embaixo que suporta toda a pressão do edifício da fundação não fosse o perdão da pedra lá embaixo que dá toda a sustentação os alicerces da edificação nós não teríamos nenhuma edificação em nossa terra Então para que obras como essa pudessem surgir a gente pudesse melhor se abrigar das intempéries do tempo etc começa isso lá na base com o perdão da pedra que serve de alicer e que tá lá oculta esquecida não vista assim como a raiz que nutre toda a árvore mas nunca recebe os Louros geralmente são as flores e os frutos que recebem os Louros são visíveis são belos são aplaudidos né por eles se agradece mas raras vezes se pensa na raiz mas ela perdoa ela releva e mantém-se lá dando sustentação a todas as árvores todas as árvores terão as suas raízes ocultas então ele já traz esse primeiro exemplo bonito para que tenhamos o progresso das construções que temos hoje no mundo construções assim antes jamais imaginadas nós temos edifícios hoje que se aproximam de 1 km de altura imagina o peso lá embaixo e há o perdão nessa base da mesma forma não fosse o perdão da argila a todo o processo de manipulação do Oleiro que a molda que espreme que aperta e também ao forno que depois a dar firmeza nós não teríamos o tijolo que permite a construção das paredes de cada casa então para que tenhamos uma casa um prédio temos além do Perdão das Pedras da fundação também da argila que permitiu-se ser espremida aquecida a temperaturas altíssimas a fim de consolidar-se como esse elemento de sustentação e de proteção do nosso lar assim também o mineral que vai ser submetido ao forno para vir a dar origem ao cimento que será a matériaprima da argamassa que dará Então esse equilíbrio né que dará que propiciará essa firmeza essa sustentação entre cada tijolo para que tenhamos a solidez das paredes a solidez do edifício também esse minério tolerou perdoou esse processo a que foi submetido para dar espaço ao Progresso à utilidade no mundo e assim também a madeira que porventura será utilizada no telhado perdoa o fato de ser tirada lá do Recanto onde nasceu de ter sido submetida ao serrote de ter sido trabalhada Talhada para vir agora cumprir a sua função e servir fazendo parte do telhado Então a partir desses exemplos singelos Emmanuel já nos convida a pensar como que o progresso tanto materialmente falando mas sobretudo espiritualmente falando no mundo é o resultado ou é nutrido alimentado pela Força do Perdão pelos elementos que souberam perdoar que souberam relevar que esqueceram o mal e a dor para se colocarem a serviço da utilidade a serviço do bem a serviço do Progresso se analisarmos a história da humanidade quantos e quantos corações homens e mulheres em todos os tempos não enfrentaram perseguições calúnias difamações incompreensões enfim toda a natureza de provas e de dificuldades visando o benefício da coletividade visando o progresso da humanidade é sobre esses esforços que mais tarde Geralmente se reconhece né nos seus tempos geralmente não foram conhecidos ou reconhecidos mas depois a eles erig imos pedestais seus nomes estão nos Livros mas quando estavam atuando geralmente não contaram com isso no entanto perdoaram não desistiram da humanidade assim por conta disso permaneceram em seus ideais e aí o progresso se fez seja no âmbito da religião os que renovaram o pensamento no âmbito da religião ou da filosofia ou da Ciência da educação das construções da indústria enfim todos aqueles que estiveram à frente do Progresso em seus tempos que trouxeram importantes contribuições tiveram muitas vezes em suas vidas de se utilizar desse recurso perdoar esquecer o mal esquecer os obstáculos esquecer aquilo que estava entre eles e objetivo para focarem o bem para darem vazão à Vida para permitirem que a vida possa fluir porque no fundo das contas no fim das contas né melhor dizendo perdão é isso é sobre deixar a vida fluir é sobre não se deter no mal que nos foi feito no mal que nos cercou no mal que foi criado para nos focarmos no bem que pode nascer que pode se expandir em síntese perdão é sobre isso é não lançar uma Âncora pelo contrário é recolhê-la para seguirmos arando em direção a novos horizontes porque quantas vezes assim não procedemos ante o mal que nos visita ali descemos A Âncora e queremos seguir navegando assim sem olhar para aquilo sem deixar aquilo para trás mas o barco com A Âncora lançada pode no máximo ali ficar andando em círculos em torno de onde A Âncora está fixada lá no fundo se não se dispor a recolhê-la isso será perdoar não será capaz de singrar novos mares de realmente caminhar livre liberto para novos horizontes em busca do progresso por isso que Emmanuel assim define perdão ou Progresso como sendo a vitória do perdão Mas ele também vai nos trazer uma outra perspectiva sobre a natureza para percebermos que sendo o perdão o imperativo da vida como nos ensinou Abigail como nos ensina o próprio mestre Jesus perdoa sendo ele parte da própria lei divina ele está presente em todo o Recanto da criação para onde os nossos olhos apontem se tivermos olhos de ver a natureza portanto será um hino ao perdão e se analisarmos mais detidamente vários elementos da natureza veremos como esses elementos estão sempre nos induzindo a transformar mal em bem a não nos deter no aspecto menos Nobre menos agradável e a buscar extrair algo de bom daquilo visando o progresso visando a continuidade da vida então no livro escultores de alma Capítulo 20 emu tem uma outra mensagem chamada perdoar em que ele vai trazer uma ideia ou vai nos convidar uma reflexão mais ou menos nesses mesmos termos agora chamando-os a analisar a natureza pra gente ver quantos exemplos de perdão todos os dias a natureza nos dá entre as próprias forças e elementos que ali interagem então por exemplo a árvore que perdoa a ventania a tempestade que às vezes lhe arranca alguns Galhos algumas folhas e que logo floresce de novo dando continuidade à vida ou a própria fonte que acolhe a pedra que lhe é lançada e segue levando o seu cântico a sua capacidade de gerar vida e renovação Por onde passa sem se deter por mais pedras atiros a um Regato ele mantém-se da mesma maneira fluindo vida fora com o seu cântico de alegria e de serviço o solo que por vezes recebe o aporte do adubo nem sempre muito agradável ao invés de se fechar aquilo pelo contrário sabe transformar o adubo cujo cheiro não é dos melhores nem mesmo a visão consegue transformá-la em fecundidade imaginemos se nós assim víssemos a nossa relação com os outros aquilo de menos nobre que o outro oferta a nós através de uma palavra menos feliz de uma postura de impaciência Digamos que isso é o adubo dele algo que não é muito agradável mas que chega até nós como oportunidade de sermos mais férteis ainda na lavoura do bem oportunidade sermos mais produtivos então o solo perdoa o adubo desagradável convertendo-o em fertilidade o grão que perdoa a mó que o esmaga transformando-se depois em farinha Alva que virá um dia ser pão a uva que perdoa os pés que amasser convertendo-se no vinho que tinha especialmente aquela época tantas utilidades e assim Outros tantos e tantos elementos que Emmanuel vai listando ali da natureza que vão nos trazendo essa indicação o perdão meus amigos está na base da vida nos fundamentos da vida porque ele diz respeito às relações e as relações elas sempre precisam digamos assim de um elemento de intermediação eu como Engenheiro né sempre gosto de usar essa essa imagem quando você pensa por exemplo num numa máquina num motor em que você tem Peas funcionando ali ao mesmo tempo com movimento com aquela dinâmica peças de metal cujo atrito entre essas peças naturalmente poderia vir a destruir a própria máquina como um todo mas qual a garantia qual um recurso fundamental para que a máquina possa operar adequadamente sem que esse atrito a destrua nós temos o elemento chamado lubrificante que permite então que essas Peas possam interagir entre si no movimento cumprindo a sua função sem que o todo esteja prejudicado digamos portanto que o perdão é como que essa lubrificação da vida no atual estágio em que estamos criaturas ainda tão imperfeitas com tantas limitações é preciso que saibamos permear as nossas relações com essa lubrificação para que assim a vida seja menos áspera as convivências no âmbito do Lar ou mesmo da casa Espírita sejam mais agradáveis mais palatáveis e o todo possa funcionar adequadamente sem que As pequeninas rusgas os pequeninos atritos As pequeninas Quinas né ou arestas não venam a prejudicar o funcionamento da microssociedades por exemplo sempre com essa lubrificação o perdão portanto faz parte da vida a natureza todos os dias dele nos lembra uma simples edificação como essa também é preciso que tenhamos mais olhos de ver para perceber o perdão também sobre esse Prisma porque assim o compreendendo mais fácil virá a ser quando fomos chamados a praticá-lo e todos os dias somos chamados a praticá-lo por isso até Jesus frisou a Pedro 70 ve 7 Vezes como é dizer Você precisará utilizar-se desse recurso muito mais do que você imagina porque é da vida é da dinâmica da Vida em especial no estágio que agora estamos só que perdão enquanto virtude como toda virtude pede construção é processo não é algo que se chega a improvisar algo que se obtém de improviso é algo que a gente vai praticando aos poucos e que vai nos gabaritando a lidar com experiências mais desafiadoras não estaremos prontos para o perdão diante das grandes dores das grandes dificuldades da vida se não começarmos pelos aspectos mais singelos No que diz respeito ao desenvolvimento dessa força por isso Eu me recordo de uma outra mensagem dem Manel agora no livro estudo viva chamada perdão em nós em que o Emanuel essa foi uma mensagem queele recentemente que me marcou muito porque eu achei uma abordagem muito interessante muito original do Emanuel sobre o assunto algo que geralmente não se fala em torno do perdão porque ele diz assim geralmente a gente pensa em perdão quando se falam das grandes dores das grandes ofensas daquilo que é público conhecido de todos etc mas raras vezes Nós pensamos no perdão enquanto um elemento assim mais cotidiano voltado para as coisas mais singelas da vida que seriam em verdade os primeiros e mais fundamentais treinos para o imperativo do Perdão ele diz assim é uma ciência essa a de perdoar tão imprescindível à Vida ao equilíbrio quanto o próprio ar o é para nossa vida física ele diz nessa mensagem a ciência de perdoar é tão indispensável ao equilíbrio quanto o ar é imprescindível à Vida Só que essa ciência na qual um dia estaremos gabaritados aos grandes testemunhos Como Estevão deu diante de Saulo naquele momento culminante às vésperas de morrer perdoando adante perdoando diante de Abigail pra gente se graduar nessa ciência a gente tem que soletrar as primeiras frases Ninguém chega a ser doutor em um determinado assunto ou um sábio conhecedor de uma determinada área sem primeiro passar pelo beabá pelos conceitos fundamentais pelos primeiros exercícios pelas provas mais básicas assim também o perdão não dá pra gente pensar que vamos improvisar perdão diante de uma grande ofensa que vai surgir de no pino a gente tem que começar a enter que nós todos vivendo na terra em família em sociedade estamos todos os dias sujeitos ao curso de perdão dentro dessa ciência do Perdão começando pelas lições mais elementais e aí que o Emanuel nessa mensagem vai listar algumas dessas ocasiões que ele vai chamar de diminutos pesares em que nós somos convidados a treinar o perdão prepar andos um dia para os grandes testemunhos vejamos a listinha aqui dos diminutos pesares que ele nos traz por exemplo a observação maliciosa a referência pejorativa o apelo sem resposta a gentileza recusada o benefício esquecido o gesto áspero a voz agressiva a palavra impensada e ele vai seguindo numa longa sequência de coisas que são muito presentes no dia a dia ah você prestou um benefício a pessoa esqueceu não agradeceu ou porque tava desatento ou porque realmente ainda tá muito dentro do da ingratidão já é um pequeno treino de perdão ali não é aquela ofensa das ofensas mas é um chamado a não se fixar no mal a não lançar uma Âncora ali se prendendo a aquilo pelo contrário recolher Âncora isar velas e seguir adiante vida fora então a pequena ou a diária escola do Perdão nas coisas pequeninas para que diz ele mais adiante o perdão não seja em nossa vida como que um traj de gala destinado só à cerimônias aos dias de grandes dores Morais o perdão não é um traj de gala só para dias assim muito marcantes Sabe aquele dia que você sofreu uma calúnia mesmo dolorosa aí você vai vestir o traje de galo do perdão para conseguir vestir esse traje de gala de um perdão mais habilitado você teve que vestir ali a túnica do Perdão todos os dias na convivência no lar sendo mais Gentil mais paciente mais compreensivo para que o perdão não seja assim uma visita ilustre de vez em quando em nossa vida não dá para pensar nesses termos não é não foi por isso que Jesus disse eh 70 x 7 ele queria justamente dizer Olha perdão vai ter que estar presente por hora com vocês ainda com muita frequência nem sempre esse grande perdão mas os pequenos Perdões de cada dia aí sim a grande escola do Evangelho então em termos de indulgência é o que tá dizendo ao final aqui dessa mensagem não nos iludamos não pensemos em improvisar perdão somente nesses dias saibamos vivê-lo com essa consciência dos pequenos gestos de perdão que no somatório serão depois o coração mais habilitado mais preparado ao perdão diante de situações mais desafiadoras porque no fundo também a nossa capacidade de perdoar estará muito associada a essa trajetória de Educação de nós mesmos que está intimamente ligada a uma jornada uma trajetória de conhecimento de nós mesmos só se habilita a perdoar efetivamente libertando-se de todo mal não prendendo-se para seguir avançando aquele que muito tem se conhecido aquele que tem atentado para os fatos e para as ocasiões em que é chamado a educar-se perdoando convidando o outro também a se educar perdão é portanto um fruto um resultado de uma jornada do Espírito submetido submetendo-se a essa autoeducação diária por meio das pequeninas lições que cada dia nos oferta por isso até que o perdão vem na sequência de bigail ao final porque ele é como que um resultado um somatório dos três ingredientes ou elementos que o antecederam não há perdoa sem ama trabalha e espera não há perdão sem amor porque o coração que ainda não se sensibilizou pelo amor que não foi sensibilizado pelo amor que ainda não percebeu que há um amor maior nós que muito nos Tem amado mesmo que ainda não tenhamos feito tanto por merecer um coração que ainda não percebeu que há um amor que nos ama quando ainda não temos tanto mérito para sermos objeto desse amor um coração que ainda não foi tocado e sensibilizado por isso tão pouco terá sensibilidade antes as fragilidades e as imperfeições do outro perdoar tem base ou na própria etimologia da palavra doação como existir doação onde não há amor se a própria essência do amor é uma essência de doação é uma essência doadora portanto perdão tem dentro de si amor tem um coração sensibilizado pelo amor dos Amores tem um coração que sentiu-se Amado apesar das suas tantas fragilidades e que por isso passa também compreender as fragilidades do outro como também não há perdão sem trabalho porque o trabalho gente na vida na criação é o que nos ensina sobre o valor das coisas sobre o quanto custa a evolução o quanto custa progredir quem está trabalhando em si por si pela sua evolução é que tem consciência do quão desafiador é construir virtude só quando você tem uma medida mais clara do quanto você tá trabalhando suando para construir as suas virtudes é que você vai entender também a dificuldade do outro de construir as dele enquanto eu não tiver la botando aqui para construir o perdão em mim para construir paciência em mim eu não vou compreender em nada a falta de paciência do outro mas depois que eu tô na luta ali entranhada anos desafio para me tornar mais paciente ah a impaciência do outro consigo compreender bem melhor porque o trabalho me ensinou isso o trabalho me ensinou o que evolução custa o que tem valor na vida o que permanece para sempre custa ao espírito e isso nos traz senso de compreensão em relação ao outro Poxa eu sei quando tá lutando aqui quando tá difícil como é que eu vou cobrar tanto do outro como também não há perdão sem espera porque espera é experiência só quem trabalha e espera o tempo das coisas o tempo de Deus o tempo da vida o tempo dos processos da natureza só essa criatura que vai adquirindo experiência na vida que vai entendendo que cada coisa assim como cada ser tem um tempo e que não dá para esperar as coisas antes do tempo como não dá para esperar a laranja antes da época não dá para esperar daquela criatura um fruto para o qual ela ainda não está devidamente preparada isso só entende melhor sente quem tem aprendido a esperar porque é esperando pelos frutos em nós mesmos que às vezes tardam é que a gente vai aprendendo também a esperá-los nos outros fala eu tô esperando tanto em mim e ainda tá assim um frutinho bem mirrado como é que eu vou esperar o fruto cheio dadivoso saboroso no outro a espera também é elemento ingrediente fundamental pra gente chegar ao perdão então a gente nota a sabedoria de Abigail refletindo a do próprio Cristo em deixando o perdão para o final como a dizer olha sem os três elementos anteriores o perdão será sempre incompleto quase que inviável mas à medida em que estios trabalhando os três elementos anteriores o perdão vai surgindo como consequência como fruto como resultado natural de quem ama de quem trabalha e de quem tem aprendido a esperar na escola dos pequenos Perdões diários vamos nos gabaritando para os grandes Perdões a que seremos chamados e isso me fez lembrar de uma historinha contada pelo Chico ISO está registr mostrado num livro de entrevistas um livro que foi organizado pelo Elias Barbosa né grande amigo do Chico lá de Uberaba foi produzido pelo id de Araras o livro chama-se entrevistas e no capítulo quatro nós temos uma entrevista que foi realizada pelo Elias Barbosa e pelo salvador gentil e ao Chico na década de 70 lá em Uberaba quando eles iam lançar o anuário espírita na versão casteliano Eles foram lá falar com o Chico do projeto e tal fizeram algumas perguntas para ele e aí ao final a última pergunta O Elias diz assim pro Chico Chico nesses mais de 40 anos se eu já de mediunidade né década de 70 já tinha mais de 40 anos de mediunidade qual Uma História Assim que te marcou muito profundamente uma história que ficou gravada no seu coração e aí o Chic Então conta uma história que se deu ainda em Pedro Leopoldo nos arredores de Pedro Leopoldo conta ele que certa feita ele foi chamado por uma amiga dona Joaninha Fernandes Se não me falho a memória para visitar a uma viúva que havia perdido recentemente o seu filho que havia sido assassinado né voltando ela para casa um dia encontrou lá o corpo do filho e o assassino não foi encontrado acabou se evadindo e tudo mais e ela estava então entristecida né enlutada e como a condição estava se agravando essa amiga então em comum chamou o Chico para fazer o evangelho culto do Evangelho no Lar na casa dessa pessoa e ali Eles foram então chegaram foram recebidos por ela eh iam começar o evangelho iam fazer a leitura né o Chico tinha aberto no dia a mensagem do Evangelho Segundo espiritismo perdão das ofensas Só que nesse momento na hora que ele iniciar a leitur ura alguém bate a porta ela vai e abre a porta e se tratava de um Andarilho né assim mendigo que solicitava ali um agasalho um prato de comida Então ela para não atrasar o culto pede que ele entre que ele fique ali esperando por um tempo que eles iam fazer o culto depois ela iria providenciar a comida e o agasalho para ele e o Chic então procede a leitura desse item 14 do Capítulo 10 do Evangelho segund do Espiritismo sobre as ofensas né E aí naturalmente por conta do que ela esta vivendo um dos participantes ali do culto perguntou ela como que estava o coração dela se ela havia perdoado o indivíduo que havia feito aquilo com o seu fil Então ela comenta e tal diz olha o evangelho pelo menos nos orienta a perdoar Diz ela e aí o nome do filho havia sido mencionado ali muitas vezes e aí de repente né inesperadamente o indivíduo que estava ali sentado levanta-se assim e pergunta mas você é a mãe do morto e então ela confirma né diz que sim e ele então depois da leitura da mensagem das reflexões cai de joelhos aos seus pés dizendo ser ele o assassino do seu filho e que estava ali passando né mais uma vez e clamando a ela por perdão essa mulher então diante do assassino do seu filho volta-se a ele e diz ô meu filho Não peça perdão a mim que sou uma pobre pecadora vamos nós dois juntos pedir a Deus que nos perdoe a todos e aí depois ela prepara o alimento para ele dá-lhe um agasalho e ele sai dali direto para buscar a justiça terrena para se entregar à justiça o Chico diz que parte com a dona Janinha e no outro dia eles voltam à casa daquela mulher e ela disse que naquela noite Havia sonhado com o filho que o próprio filho havia trazido de volta em espírito aquele indivíduo ali para o lar para que Ele pudesse receber aquele perdão da mãe e assim retificar os seus caminhos e o Chico diz então que essa história nunca mais saiu de sua cabeça de sua memória o que mais me chamou a atenção nessa passagem foi naturalmente a postura da mãe mas especialmente o que ela disse a a posição em que ela se colocou porque o indivíduo que havia se equivocado pede perdão a ela mas ela não se coloca ou ela não se mantém na posição de quem pode doar o perdão ela se coloca ou prefere se ver na condição de alguém que também precisa de perdão isso Faria tanta diferença em nossa visão e em nossa relação para com o perdão se nós ao invés de ficássemos nessa posição em que às vezes queremos estar porque ela de algum modo até nos incha um pouco a vaidade ou o orgulho de quem pode doar o perdão como a dizer assim o seu destino está em mim nas minhas mãos eu que posso decidir se o perdão se eu te dou se eu não te dou ao invés disso ela não quer ficar nessa posição ela diz não peça perdão a mim que sou também uma pobre pecadora voltemos nós dois a Deus E peçamos nós dois perdão a Deus gente essa é uma chave importantíssima que o evangelho nos trouxe para mudar a nossa relação com o perdão existe uma parábola no evangelho Capítulo 18 chamada parábola do credor incompassivo creio que a maioria que conhece e não por acaso ela é contada por Jesus logo depois da passagem dos 70 vez quando Simão Pedro indaga sobre quantas vezes perdoar e resumidamente como é que é a história da parábola tem um indivíduo que devia 10. 000 talentos ao senhor a um rei e ele naturalmente não tinha condições de pagar 10. 000 talentos gente 10.
000 talentos pra época era uma fortuna assim incomensurável era our mais our que não dá para imaginar ele chega não tem condções de pagar então ele apela a Clemência do Senhor e o senhor Clemente o perdoa Saindo dali no entanto ele vê o indivíduo que o devia sem dinheiros algo insignificante diante do montante que ele devia Qual que é a postura que ele adota a Clemência que ele havia acabado de receber não o oposto a inclemência a dureza paga o que me deve será que a gente conseguiu Conectar a mensagem da parábola com tudo isso que a gente viu até aqui agora quando você tá dentro de si olhando paraas suas imperfeições diante do Senhor Diante da consciência você percebe que você deve 10. 000 talentos você percebe que o buraco é mais em baixo porque a gente tem que contar muito mesmo com a paciência com a Clemência do alto que não fosse o perdão e Misericórdia de cima nós não teríamos condições de seguir mas se a gente se desconecta dessa reflexão que é o indivíduo saindo da presença do rei assim que a gente esquece disso a gente vê o outro que nos ofende E aí cria digamos assim um débito de 100 dinheiros conosco e a gente esquece completamente da nossa real condição Eu adotamos a postura de intransigência de inflexibilidade plena e Total com a criatura percebem o que essa mãe fez ela não se esqueceu que ela perante o senhor também era uma devedora e isso foi que deu a ela mais condições e recursos de olhar pro irmão como um necessitado isso que facilitou para ela o perdão ofertado aquele coração porque ela não perdeu de vistas que ela conta todos os dias com a Clemência do Senhor com o perdão do misericórdia divina é isso o que não nos permite é isso que nos ajuda melhor dizendo a não nos esquecermos de que o perdão é o imperativo da vida porque dele nós temos absoluta necessidade é o que Paulo soube compreender muito bem seguindo essa orientação de abigael ao longo de toda a sua vida ele nunca se deixou prender se fixar por todo o mal que o cercou nas tantas perseguições que sofreu nas tantas resistências por quê Porque o perdão foi por ele realmente sentindo como uma necessidade porque ele se via necessitado porque ele se via o primeiro objeto de tamanha misericórdia um dia Lucas vendo quando Paulo se despedia de uma vez por todas ali de Israel para dirigirse a Roma na condição de Prisioneiro né vem aquela multidão para glorificar a Paulo agradecer e tal e Lucas vê tudo aquilo Fala meu Deus como esse homem foi Amado como ele foi querido né anciães mulheres pessoas de todas as partes E aí Lucas fala assim eu nunca vi algo tão emocionante eu vou escrever paraa posteridade Como você foi é amado e aí Paulo fala assim não fale sobre virtudes que eu não tenho Lucas pelo contrário fale sobre todos os erros que cometemos para que as pessoas no futuro tenham uma ideia do tamanho da misericórdia do alto e aí ele tem uma frase que eu acho muito bonita e que muito nos auxilia a tornar o perdão algo mais fluido em nós ele diz assim o Senhor nos dá misericórdia para que a justiça se cumpra o que nós estamos recebendo agora gente não é por merito a possibilidade de servir de atuar a saúde que temos os recursos Ainda não é por mérito nós recebemos da misericórdia para que pelo trabalho a justiça se cumpra e um dia venhamos a ter mérito mas por hora ele nos dá do alto por antecipação por crédito que é a história lá do Rei Ó você tem 10.