[Música] bem-vindos à série impressões onde compartilho a experiência de sempre carregar comigo um livro para ler nas brechas do dia a dia hoje Vamos explorar Sociedade do cansaço de biun shuan esse livro compacto mas bem denso foi minha companhia em todos os lugares Por onde passei na última semana apresentarei suas ideias centrais me destaques e Contarei para você como foi a minha experiência de ler esse livro de maneira tão fragmentada Então vamos a impressões [Música] em sociedade do cansaço BM churan descreve a transformação da sociedade moderna que evoluiu de um modelo disciplinar baseado em controle
rígido e punições externas para uma sociedade de desempenho onde a pressão para produzir foi internalizada pelos indivíduos essa internalização ocorre quando as expectativas e normas sociais são assimiladas pelas pessoas de tal maneira que elas começam a se auto impor essas normas Isso significa que a motiva ação para trabalhar duro e ser produtivo não é mais percebida como vindo de fora mas sim de dentro do próprio indivíduo desse modo han argumenta que o antigo autoritarismo foi substituído por uma forma Sutil que impulsiona as pessoas a uma busca incessante por eficiência o controle não é mais exercido
através da repressão Mas pela autogestão contínua dos limites pessoais conduzida para uma crença individual quase inabalável de que devemos sempre alcançar mais essa mudança reflete o abandono da repressão direta característica da sociedade disciplinar descrita por Michel Foucault em favor de um otimismo Implacável que eleva a produtividade a um valor Supremo agora temos o Império da lógica do você pode que não permite descanso sem culpa a pausa é vista como algo injustificável gerando um sentimento de insuficiência constante quando não estamos em ação produzindo algo O resultado é uma vida marcada pela exaustão crônica na qual o
descanso se torna inatingível e o desgaste emocional e físico se intensifica daí que a depressão o Burnout e outras patologias comuns ao momento que vivemos hoje são produtos diretos dessa pressão incessante que sofremos a a partir de nós mesmos porque ao internalizarmos a necessidade de sempre potencializar nosso desempenho nos transformamos em máquinas de produção autodirigidas onde o olhar disciplinador externo caracteristico do século XIX e bem descrito por Foucault torna-se supérfluo pois nessa nova realidade somos nós mesmos os nossos próprios vigias nesse cenário o incentivo constante para realizar mais acaba por nos alienar de nós mesmos
transformando o sucesso não em uma fonte de alívio em razão de nossas realizações de vida mas em uma armadilha de nos incutir que não podemos parar nunca com isso o que Rand desmascara em A Sociedade do cansaço é que essa liberdade aparente que promete autonomia e realização é na verdade uma prisão invisível estamos presos em um ciclo interminável de aut iação onde o cansaço é não apenas tolerado mas muitas vezes celebrado como um sinal de mérito e dedicação han nos convida nessa obra a refletir criticamente sobre como nossas vidas se tornaram submissas a essas exigências
ele nos provoca a questionar a relação entre trabalho vida pessoal e a sociedade em geral e como essa estrutura nos transforma em participantes ativos embora alienados da sociedade do cansaço ao longo de sua obra ele expõe o modo como essa sociedade molda sujeitos hiperativos orientados exclusivamente para o desempenho e para a culpa do descanso pelo descanso não há mais o repouso de deleite O que há Apenas é o descanso para se poder trabalhar precisamos dormir porque amanhã há trabalho a fazer nessa sociedade de desempen onde o sucesso e conquistas são os únicos critos de valor
nos tornamos alienados segundo R de Nosa prpria Essência passamos Def exiv por aquilo que conseguimos realiz e o mundo noso rce inap deer qualer que não este diretamente relacionado a Nosa funcionalidade produtiva [Música] durante a leitura de a sociedade do cansaço destaquei várias passagens mas selecionei sete que Considero as mais significativas para compartilhar com vocês as minhas reflexões Vamos aos destaques e aos comentários o excesso de trabalho e desempenho agudiza numa auto-exploração o explorador é ao mesmo tempo o explorado aqui Ram apresenta um paradoxo fundamental da sociedade do cansaço um indivíduo é simultaneamente o responsável
por suas próprias demandas e o que sofre sobre o peso delas o diferencial da Auto exploração é ausência de um explorador externo isso cria uma dinâmica ainda mais Vera pois o indivíduo acredita estar no controle do seu destino quando na verdade está preso a um ciclo autossustentado de autossuperação consumindo suas próprias forças físicas e mentais esse conceito de auto-exploração é chave na obra de Ran e vai além da exploração tradicional colocando o próprio Sujeito como ag gente e vítima mas deixe-me ir um pouco mais adiante nessas minhas impressões quem são esses oradores externos que segundo
ran estão ficando para trás Diante Do que se desenha hoje como dinâmica social o explorador externo a que han se refere em contraste com a auto exploração pode ser identificado nas figuras tradicionais de autoridade e controle que predominava nas sociedades disciplinares descritas por autores como Michel Foucault esses exploradores externos eram instituições e estruturas de poder que impunham limites e regulavam o comportamento dos indivíduos por meio de vigilância coersão e punição entre eles podemos citar o estado e o governo no modelo disciplina clássico o estado desempenhava o papel de regulador Central impondo regras e leis por
meio de mecanismos repressivos como o sistema penal e a força policial o controle era exercido extern mente através da imposição de sanções e do medo da punição mas ainda a escola como Foucault menciona em vijar e punir o sistema educacional disciplinava os corpos e as mentes dos indivíduos desde cedo as escolas moldavam o comportamento dos Estudantes por meio de uma estrutura rígida de horários tarefas e avaliações Esse controle externo preparava os indivíduos Para o Futuro ambiente de trabalho onde seria novamente disciplinados por suas obrigações também a igreja durante séculos a igreja também desempenhou um papel
fundamental no controle moral e ético dos indivíduos através da imposição de normas de comportamento regras religiosas e doutrinação assim a igreja atuava como um explorador externo que regulava a conduta humana em nome da salvação e da conformidade social o empregador no contexto laboral o empregador ou supervisor representava a figura que controlava diretamente o trabalhador impondo metas limites e supervisionando o desempenho para garantir a produtividade esse explorador externo era assim visível agia por coersão ou ameaça de desemprego e mantinha o trabalhador sob a constante vigilância na sociedade do cansaço descrita por Ban esses expl externos perdem
ou têm diminuída a sua relevância pois o controle e a exploração são internalizados o indivíduo não precisa mais de um patrão Professor ou autoridade religiosa para lhes dizer o que fazer ele próprio se auto impõe metas se vigia e se disciplina o sujeito moderno se explora incessantemente em nome de uma produtividade autoimposta tornando-se ao mesmo tempo explorador e explorado a sociedade de desempenho é uma sociedade de auto exploração o sujeito de desempenho explora a si mesmo até consumir-se completamente Burnout o Burnout é Central na crítica de Ran ele é visto como o ápice do esgotamento
na sociedade contemporânea que valoriza a produtividade acima de tudo han argumenta que o sujeito de desempenho não percebe que a internalizar as exigências de produção está caminhando para a sua própria destruição ao contrário da exploração externa que pode ser resistida essa auto-exploração opera sob a ilusão da Autonomia dificultando ainda mais segundo ran sua identificação e contestação o Burnout assim é o estágio final de uma vida regida pela necessidade incessante de fazer mais de ser mais eficiente sem pausas sem descanso levando o sujeito ao colapso o sujeito de desempenho se destrói na Vitória essa frase de
Ran Explicita a ilusão do sucesso dos dias de hoje o que deveria ser o momento de realização pessoal após atingir metas se transforma em uma sensação de destruição interna a vitória é apenas mais uma etapa em um ciclo interminável de novos objetivos sem tempo para reflexão ou descanso o que deveria trazer alívio se converte em uma armadilha que exige mais trabalho mais auto-exploração transformando o sucesso em uma fonte de desgaste e não de satisfação hoje edifícios de trabalho e salas de estar estão todos misturados com isso torna-se possível haver trabalho em qualquer lugar e a
qualquer hora laptop smartphone formam um campo de trabalho móvel ran aponta para a dissolução das Fronteiras entre trabalho e lazer uma característica marcante da sociedade hiperconectada a tecnologia representada por laptops e smartphones permite que o trabalho se expanda para todos os âmbitos da vida não há mais espaços de respiro o trabalho invade a vida privada eliminando a distinção entre produtividade e descanso é essa fusão de espaços físicos reflete a fusão interna no sujeito de desempenho que não consegue desligar-se de suas obrigações resultando em um estado de exaustão constante han sugere que isso intensifica O esgotamento
crônico na sociedade contemporânea à medida que o campo de trabalho se expande para todas as esferas da vida essas reflexões de Ram penso eu nos levam a questionar o conceito de liberdade na sociedade atual A Promessa de autonomia de ser o dono do seu destino esconde uma forma insidiosa onde um indivíduo se torna Prisioneiro de suas próprias metas e expectativas a sociedade de desempenho longe de oferecer Liberdade impõe uma auto-exploração que torna cada um de nós escravos da produtividade sem espaço para desacelerar ou refletir hoje não descansamos para deleite nosso nós descansamos para trabalhar descansamos
porque precisamos fazer algo no dia seguinte precisamos recuperar nossas energias para sermos mais produtivos a sociedade do cansaço enquanto uma sociedade ativa desdobra-se lentamente Em uma sociedade do doping o excesso de elevação do desempenho leva a um infarto da Alma H observa que a hiper atividade constante necessária para manter o ritmo de produtividade gera uma demanda crescente por doping o que hanan está dizendo é que a manutenção dessa performance desse autodesempenho se torna insustentável sem recursos externos sejam eles drogas que potencializam nossa concentração nossa capacidade mental ou energia para fazer mais a metáfora do doping
penso eu vai além do literal indo-se também a busca por auto-otimização por meio de tecnologias coaching autoajuda e práticas obsessivas que empurram o indivíduo a superar seus limites continuamente para rã o excesso de desempenho não só esgota o corpo mas conduz em suas palavras a um infarto da Alma significa dizer a situação em que o indivíduo perde o contato com sua perde o contato com ele próprio o seu eu é o trabalho não amizade não os afetos não o deleite da vida a falta de relação com o outro provoca acima de tudo uma crise de
gratificação a gratificação como reconhecimento pressupõe a Instância do outro ou do terceiro Hoje em dia as coisas só começam a ter valor quando são vistas quando chamam a atenção aqui Ram critica a superficialidade das interações sociais na era digital a conexão genuína com os outros está cada vez mais escassa substituída por uma busca incessante por validação e visibilidade a crise da gratificação surge quando o reconhecimento não vem do outro de forma autêntica mas do número de visualizações e curtidas que recebe han sugere que em uma sociedade onde o valor está atrelado à exposição o reconhecimento
torna-se superficial contribuindo para uma sensação de vazio e alienação a alegria que se encontra nas redes sociais de relacionamento tem sobretudo a função de elevar o sentimento próprio narcísico ela forma uma massa de aplausos que dá atenção ao ego exposto ao modo de uma mercadoria ran aponta que nossa autoestima e bem-estar emocional tornaram-se dependentes desse reconhecimento digital onde o ego é exibido como uma mercadoria esperando ser validado daí que mesmo alcançando múltiplas metas e recebendo aplausos virtuais ainda podemos nos sentir incompletos ran sugere que essa busca constante por reconhecimento alimenta o narcisismo e em última
análise nos deixa mais insatisfeitos já que a validação nunca é suficiente para preencher o vazio interno que nos [Música] assola Sociedade do cansaço ao longo de uma semana intercalando com minhas diversas atividades foi o livro que levei comigo para todos os lugares com suas 128 páginas não foi difícil terminá-lo nesse período apesar de ter feito mais ou menos umas 60 pausas ler com tantas interrupções Acabou me obrigando a revisar constantemente minhas anotações para não perder o fio da miada em uma escala de um a 10 onde 10 representa o máximo de dificuldade eu classificaria este
livro como um sólido seis embora seja possível levá-lo para ler nos momentos Livres a sensação final é que eu poderia ter tirado maior proveito da leitura por isso eu pretendo ler Sociedade do cansaço em breve com Total atenção porque é um livro que merece Sem dúvida alguma esse comprometimento Obrigado por refletirem comigo até as próximas impressões tchau