k [Música] Olá boa noite sejam bem-vindos a mais um encontro da formação continuada nacional para conselheiros tutelares profissionais e estudantes de áreas relacionadas ao sistema de garantia de direitos é uma alegria e Honra estarmos juntos mais uma vez Este é o 15º módulo Lembrando que o tema de hoje é saúde mental da criança e do adolescente Vale ressaltar que a formação iniciou no dia 23 de janeiro e se estende até o dia 28 de Maio tem ocorrido sempre as terças-feiras às 19 horas com exceção daquelas terças-feiras que acabam caindo em um dia que seja feriado
o certificado só será emitido ao final do curso preencham a lista de cada módulo para facilitar e tornar o evento mais inclusivo eu vou fazer minha udi descrição como eu falei eu sou Maria Cristina trabalho no Ministério Público de Alagoas eu sou a mulher parda de cabelos pretos de olhos pretos eu estou usando uma blusa branca de gola azul marinho com detalhes na manga em toda ela de linhas azuis e estou com cabelo solto usando batom rosa tenho um rosto eh um pouquinho magro eu sou uma mulher magra sou uma mulher de estatura mediana e
eu tô sentada numa cadeira aqui de frente para noteb falando com vocês atrás de mim tá uma parede branca e comigo está o Juan que é intérprete intérprete de libra Jass Def e ele vai se áudio descrever para nós boa noite Juan É uma honra e alegria tê-lo conosco tornando este encontro mais Inclusive a gente sempre tem tido aqui a Suzi Elma já tivemos a Patrícia E também tivemos uma outra que eu esqueci o nome agora que ela me perdoe E hoje é a vej O Juan está conosco é com você roan olá tudo bem
meu nome é Juan para quem for surdo Esse é o meu sinal eu vou fazer minha aut descrição eu sou alto tenho 1 m83 sou pardo meus cabelos são pretos né e por trás de mim tem uma parede branca gratidão Juan Pois é Juan hoje você veio no tema que vai falar sobre saúde mental da criança e do adolescente 15º módulo Olhe já percorremos aí um longo caminho e estamos mais próximos do final mas com certeza essa equipe toda de vários ministérios públicos de várias instituições que se reuniram em prol dessa formação continuada vai ofertar
posteriormente outras opções de capacitação informação porque é educando que nós né cada vez mais nos tornamos melhores para desempenhar as funções que Assumimos principalmente essa que é tão importante nesse mês de maio mês que a gente abraça ainda mais evidencia ainda mais a nossa luta contra o abuso e a exploração sexual de crianças e adolescentes quero desde já lembrar que a lista de presença está no topo do chat e na descrição do vídeo Tá certo nós vamos também colocar o material didático na descrição do vídeo aproveitando inscreve-se no canal Proteção Integral e compartilha essa Live
pega lá copia o link compartilha para que outras pessoas possam participar conosco desse momento sempre Fique atento Porque nós não estamos conseguindo disparar as mensagens de WhatsApp com o link do dia nem o e-mail porque ultrapassamos todas as nossas cotas de envios Mas quando for na terça-feira às 19 horas basta acessar o canal Proteção Integral que você vai ver quando nós entramos ao vivo e vai poder participar conosco Ok não esquece de assinar a lista de presença e eu quero destacar que nós recebemos inúmeros e meas pessoas cobrando os certificados o núcleo de defesa da
infância e juventude que é comandado pelo promotor de justiça Cláudio Malta providenciará este envio dos certificados após a conclusão do módulo Então não esquece aí de preencher essa lista de presença e qualquer dúvida O e-mail oficial da formação é formacional p224 @gmail.com formacional p224 gmail.com e hoje para mediar esse tema que é muito importante né nós sabemos emos que uma das grandes causas de adoecimento não apenas no Brasil mas de todo mundo é ligado à questão da Saúde Mental quantas pessoas em depressão com síndromes com transtornos né com ideação suicida cuidar da Saúde Mental é
importante principalmente né essa fase Criança e Adolescente Quem Sou Eu para falar sobre esse tema vou chamar aqueles que têm propriedade para falar sobre esse tema tão importante quem vai mediar hoje esse bate-papo conosco é uma pessoa muito querida e especial que eu costumo dizer que ela faz parte do Ministério Público inclusive contribuiu com MP para lançar um aplicativo que é voltado à proteção de crianças e adolescentes é a querida Rita Hipólito uma pessoa extraordinária uma profissional brilhante eu vou ler o currículo dela mas já quis destacá-la dessa forma ela que possui especialização em psicologia
e do Desenvolvimento Infantil Master em ciências da educação formação de educador pela Universidade de Palermo na Itália tem 30 anos acho que tem um pouquinho mais já né Rita de experiência profissional com a cooperação internacional bilateral e multilateral da Organização das Nações Unidas coordenando projetos e programas na área de direitos humanos de crianças e e adolescentes e educação no Equador Colômbia peru e Brasil ela é a coordenadora Nacional Geral do programa de educação penu da C média Secretaria Municipal de Educação daqui da capital Alagoana Macel Alagoas consultora da Unesco da shion rud Brasil da udim
Observatório da inclusão da UFAL pesquisadora do violes que é da Universidade de Brasília e da Universidade Federal também de Rio do Rio de Janeiro consultora da pesta lose Maceó coordenadora e coautora do guia escolar identificação de sinag de abuso e exploração sex de crianças e adolescentes do Plano Nacional de enfrentamento da violência sexual de crianças e adolescentes organizadoras de várias publicações na área da proteção da Infância e adolescência e do acervo da política educacional da ced do plano Municipal da primeira infância de Maceió pois bem isso é só um pouco do tanto que ela sabe
e a gente sempre aprende com ela Rita que alegria poder tê-la conosco nesta noite nesse 15º módulo com esse tema tão importante seja bem-vinda o áudio da senhora tá desligado Rita foi a emoção Rita sim não mas isso era é parte não desse desse momento online então eu gostaria muito de agradecer muito essa apresentação Sempre me emociono com essa apresentação do Ministério Público com os quais eu conseguir estabelecer uma relação profissional muito importante aqui em maó e na Lagoas mas soo pela relação de afetto de stima de respeto e de orgulho de poder colaborar com
vocês Espero de estar à altura de todo essa momento formativo dos concelhos tutelares falar de quanto é importante o conselho tutelares s uma defens or assim incrível não do papel do Conselho Tutelar que ele precisa sempre mais aprimorar o próprio esse papel porque é fundamental essa relação com as crianças e com os adolescent eh na não somente na tutela mas sobretudo na proteção dessas crianças Então estou muito feliz de estar com vocês Espero que esta noite a gente possa brindar aos conselhos Tutelar momentos de reflexão momentos de aprendizagem e também momento de conseguir Ender quant
é importante poder cuidar bem dessas crianças dessas adolescentes então com esse agradecimento Inicial Eu acho que devo me apresentar também e fazer uma minha descrição Eu sou uma mulher com 30 anos de experiença professional isso na América Latina mas já na Itália já teve Minha experiência Então disse um pouquinho mais da minha idade não sou muito jovem mas acho que sou bastante jovem no aspeto e tenho cabelos ondulados e só Castanha Clara eh de cor e tem um oculus vermelho so branca de pele eh estou no meu na minha sala de travalho aqui em mass
eh tem uma camisa vermelha listrinhas branca eh e tem um um batom com um rosa claro eh para estar bem com todos vocês Essa é a minha descrição eh estou eh espero de poder meu assento não trai um pouco a minha origem eu sou italiana mas moro no Brasil já faz 31 anos este ano bom muito bem Rita eu vou me despedir de vocês vou pros bastidores e a Rita vai estí comandando esse momento de hoje saúde mental da criança e do adolescente o 15º módulo da formação continuada excelente evento Cristina antes que você vai
embora para depois você abrir a minha a minha apresentação é só sim não se preocup Lá embaixo ah ok Você você está no apoio sempre eu vou tá aqui eu só vou sair ass da tela mas eu estou aqui para poder fazer essa parte da tecnologia ajud senora ar Ana luí Aos três tá bom eh a senhora agora vai convidar né os vou convidar s o nossos nossos palestrante de ho vou convidar immediatamente o Dr Aroldo Caetano ele tem algum problemas de horário porque ele está em viagem n está em Brasília então Eh precisa sair
digamos tem um compromisso depois então ele não pode ficar o tempo inteiro então no vamos a iniziare con un dottor Aroldo Caetano volere Un Poco un curriculum do Dr Aroldo che un curriculum Fantastico como como todos os nossos convidad ho e un dottor Aroldo graduato in diretto da PUC di Goiania maestre di Gois disculpe maestre in scien penais da Universidade di Gois dot psicologia pela uf promotor de jí do ministrio público de Goiais vencedor do premio innovar com o programa de atenção integral ao loc infrator pa autor entre outros de insaio sovra pena de prisão
e locos por liberdade direto penal ecura eh a nossa segunda convidada e expositora é a d Ana luissa Serra formada em psicologia neuropsicóloga especialista em gestão Clínica das redes de saúde e em psicologia escolar docente do curso de pós-graduação em suicidologia eh e na pós-graduação em saúde existencial por 13 anos de 2006 a 2019 atuou na coordenação da Saúde de de adolescente e jovens do Ministério de Saúde apoiando a implantação e implementação de política de saúde voltados voltadas para essa população em especial a penari Espero que seja correto o nome eh desde novembro de 2019
passou a compor a equipe como assessora técnica da coordenação do acesso à Equidade da de atenção primária à saúde do Ministério da Saúde seguindo no acompanhamento da implementação e implantação daar será o plano nacional de atenção à saúde deis a d lua nos explicar melhor no Brasil e feita essa apresentação pela pelo problema de orário eu gostaria iniciar com o Dr Aroldo para facilitar um pouco a vida desse trabalho de viagens que a gente sabe quanto é F de goso Em alguns momentos então eh Dr Haroldo a palavra com você pode fazer a sua autodescrição
e iniciar a sua apresentação Obrigado Rita Boa noite Boa noite Ana luí boa noite Juan Boa noite a todas e todos que nos assistem eh é uma satisfação muito grande é é um prazer para mim Eh estar aqui eh quero agradecer também ao Pedro que é coordenador do Centro de Apoio operacional do ministério público na área da infância e juventude que me fez o convite para estar com vocês aqui hoje e é uma satisfação sempre muito grande poder falar no ministério público para o ministério público e também agora para um público eh tão seleto que
é o público principalmente dos Conselheiros tutelares de todo o Brasil eh é com muita satisfação que que compareço aqui e sim num primeiro momento eu gostaria de já me antecipando né Eh infelizmente por conta de de do fato de eu estar em trânsito eu estou em Brasília hoje participei Hoje durante praticamente o dia todo até às 4 horas da tarde de uma audiência pública no senado onde nós Onde nós estamos debatendo onde nós debatemos na verdade dentro da comissão de Segurança Pública a resolução número 4 187 do Conselho Nacional de Justiça que é um importante
documento uma importante decisão do CNJ que determina o fechamento dos manicômios Judiciários pelo Brasil então enfim foi uma audiência um tanto quanto tensa mas muito muito interessante e muito proveitosa também Mas de fato isso consome muito a gente ficar o tempo todo enfim num evento e e coincidiu de de ser exatamente no dia de hoje eu não poderia negar participação nenhhum e nem outro então de de fato estão aqui pra gente poder eh falar com vocês também nessa nesse curso de formação e claro gostaria de fazer minha minha minha descrição para quem não pode nos
eh nos assistir por conta de de de deficiência visual eh eu sou um homem branco 54 anos de idade cabelo liso eh tenho um 1,80 adamente de altura eh tô aqui sentado num quarto de hotel com a camiseta branca e paredes atrás nada de muito ilustrativo e então é isso não é bom para para a gente poder tratar melhor do assunto que me propus a fazer e eu não tenho aqui a pretensão de de forma alguma de me mcir na atenção à saúde mental no campo da atenção à saúde Mental para o qual eh existem
pessoas muito habilitadas inclusive na própria na nessa própria mesa com a professora Ana luí aqui presente eh eu acredito que a minha a minha a minha presença aqui de fato seja e foi esse o objeto o motivo até do convite que me foi formulado de passar um pouco da minha experiência num trabalho que desenvolvemos no Estado de Goiás e que vem repercutindo nacionalmente e que eh de alguma forma vai dialogar ali na frente também com o campo da Infância e da Juventude e esse trabalho eh para quem é da área da saúde mental talvez já
já conheça ele é ele ele ele funciona como uma política pública no Estado de Goiás na Secretaria de Estado da Saúde sob a sigla paili é o programa de atenção integral ao louco infrator é um uma política pública que começa a fun no Estado de Goiás no ano de 2006 Então já foram 18 anos de início de de de funcionamento e de uma prática antimanicomial muito importante aqui que conseguiu com muito esforço de muita de muita gente Envolvida com muita qualidade na ação das pessoas que atuaram e que atuam eh nessa política pública e conseguimos
aqui no Estado de Goiás então erradicar a figura do manicômio judiciário e e e e mas para falar disso né É É difícil da gente falar de algo apenas no plano teórico sem que as pessoas principalmente quem nos assiste que eventualmente seja leigo nessa temática né é importante eu vou US vou fazer uso aqui de algumas imagens e vou começar daqui a pouco a uma uma apresentação dessas imagens para que as pessoas compreendam de fato o que é um Manicômio judiciário e o que lá no limite da ilegalidade no campo da Saúde Mental Digo no
limite da legalidade Porque de fato Há muitas violações de direitos humanos nesse eh nessa figura do manicom No Limite você vai ver que nós temos uma uma situação eh medonha uma situação de tal forma brutal e grotesca que assusta pelas simples imagens e como Aqui nós fizemos um conseguimos fazer valer uma política genuinamente antimanicomial então eu acabei sendo convidado e e tendo E com isso Participei de de de visitas por Praticamente todo o Brasil em quase eu Visitei praticamente todos os estados brasileiros a exceção unicamente do Estado de Roraima onde não estive presencialmente mas os
demais estados brasileiros e o Distrito Federal eh já foram palco de muitos diálogos que tratamos e travamos em defesa da atenção em Saúde Mental em liberdade e nessas viagens nesses diálogos eu acabei conhecendo também o horror presencialmente eu conheci muitos manicômios Judiciários e e eu gostaria então de trazer algumas imagens pra gente poder compreender um pouco melhor peço licença aqui para apresentar o material que eu preparei para vocês bem eh basicamente então nós eh nós nós estamos lidando com a com uma questão que muitas vezes não não hum não é digamos eh mencionada quando falamos
da da da atuação repressiva do Estado isso vale tanto para adulto quanto para infância e juventude para qualquer Campo seja pessoa louca ou não não é o que nós temos eh no funcionamento do sistema punitivo muitas vezes é a resposta ou talvez a principal resposta quando não a única resposta para situações que eh decorrem de de digamos assim de um contexto histórico político social principalmente da desigualdade social que é muito muito muito profunda no nosso país e também com grandes eh demonstrações de do do racismo né o racismo está sempre presente quando tratamos dessa temática
porque quando o aparato repressivo do Estado atua ele atua normalmente contra um grupo previamente escolhido né e basicamente qual grupo é esse é aquele são aqueles grupos que não integram a relação de produção consumo né Eh as pessoas que não têm que não t acesso ao capal digamos assim as pessoas que não TM eh enfim acesso ao Dinheiro gente que não consegue se situar no plano da dessas relações eh sociais pautadas na enfim na na no capitalismo e elas elas elas não são acolhidas nesse nesse sistema na grande maioria das vezes isso isso disso decorre
então uma brutal desigualdade e aliás isso vem de dessa brutal desigualdade e ao mesmo tempo produz no âmbito da política pública uma reação nem sempre adequada ou ou na maioria das vezes nem um pouco adequada por quê quem se insurge contra essa situação de desigualdade acaba se ocupando aquele lugar do delinquente quando na prática a delinquência muitas das vezes se eh Se se evidencia num ambiente eh de fato onde a miséria é uma realidade quando nós falamos de prisões no Brasil qualquer pessoa que já visitou uma prisão seja uma prisão de adultos seja uma prisão
de adolescentes me perdoem aqui eu não vou falar aqui o eufemismo de espaços de sócio educação porque o aprisionamento adolescente é uma realidade no Brasil né o eufemismo muito muito o eufemismo da ideia de uma internação muitas vezes esconde omite que de fato nós fazemos o que fazemos com qualquer pessoa que não não digamos assim não esteja eh contemplada nessa sociedade pautada pelas relações de produção e consumo então adultos ou jovens adolescentes ou adultos eh homens e mulheres que delinquen eh normalmente você quando e quem visita quem visita as prisões seja sejam essas prisões quais
forem eh vai perceber quem está ali são pessoas pobres né e há uma uma uma um recorte muito forte também de raça e você vai perceber então que a maioria dessas pessoas eh São pessoas negras e isso eh já demonstra por si só que nós temos no funcionamento do sistema de Justiça Criminal um lugar eh reservado para essas pessoas é é a prisão é o Manicômio é enfim a exclusão social essas imagens que estão na tela são muito ilustrativas disso eu destaco muito essa imagem do lado esquerdo onde um homem tá sendo colocado dentro do
porta-malas de uma viatura policial né essa imagem é muito naturalizada eh na na televisão enfim nos meios de comunicação de uma forma geral as pessoas quando são presas sejam elas adolescentes adultas elas vão elas são colocadas dentro de porta-malas de viaturas policiais alguém assim imagino muitos já pararam para pensar nisso mas a maioria das pessoas absorvem isso de forma a naturalizar essa experiência essa prática ora pessoas não foram feitas para transportar serem transportadas em porta-malas pessoas não são coisas pessoas não são objetos e o porta-malas o nome diz é para carregar coisas e não exatamente
pessoas e a própria polícia carrega pessoas nesses espaços eh eh eu faço sempre uma comparação até Imaginem você quem é motorista e quase todos nós somos motoristas né Eh Imagine você transportar o seu um parente seu um amigo seu um filho seu dentro do porta-malas do seu carro eh se se você for parado no blits de trânsito o seu carro vai ser apreendido você vai sofrer uma Severa multa Então por que se é proibido legalmente está proibido no código de trânsito por que que a polícia transporta gente no porta-mala aí você percebe que nós desumanizam
através da ação repressiva do estado a figura do delinquente é como se o sujeito que é suspeito de uma prática criminosa Deixa de ser pessoa e aí você tem então tudo funcionando contra eh a aquele que é desumanizado desde o ingresso na viatura no porta-malas da viatura policial Ah até a aos processos de que são muito comuns de higienização eh que tem acontecido principalmente nas capitais onde eh Onde existem as aquelas aqueles agrupamentos humanos eh nas nos lugares que passaram a ser conhecidos como cracolândias né Nós temos aí uma imagem de um homem correndo da
da abordagem da assistência social porque essa abordagem na verdade não é uma abordagem de assistência mas sim de busca de uma de um aprisionamento para para aquele indivíduo E aí embaixo na na ao lado em preto e branco tem uma cena de um hospício mostrando muito bem como é que funciona ou como funcionam e como funcionavam mas ainda funcionam em alguns lugares esses espaços de segregação pelo simples fato da pessoa ter algum tipo de transtorno mental e abaixo prisões que não são segredo para ninguém né as prisões que que estão superlotadas e que o próprio
conselho eh o próprio Supremo Tribunal Federal já reconheceu que funcionam dentro de um estado de coisas inconstitucional ou seja nós atuamos na plena ilegalidade Quando pensamos o aparato repressivo do Estado mas abaixo à direita eh São cenas da chacina da chacina da Candelária que aconteceu já faz bastante tempo mas que representa bem no limite como é que o estado lida eh com a com a com a com as pessoas nessas condições e naquela ocasião eram adolescentes na sua maioria que foram ali assassinados eh pela ação policial então nós temos um aparato repressivo do estado que
eh atua eh de forma violenta e contra a a a a própria Norma legal e como diz o Supremo dentro de um estado de coisas Inc institucional então digamos esse seja o panorama eh onde isso tudo acontece pois bem pensando agora o tema específico da Saúde Mental como ela como ele vem sendo como ele é eh digamos regulamentado no código penal brasileiro eu não vou entrar aqui em minúcias jurídicas até porque o Eu acho que o curso não é exatamente para essa finalidade mas eu gostaria de ressaltar que nós temos um código penal que entrou
em vigor no ano de 1940 e esse código penal teve uma alteração em 1984 eh eh mas enfim essencialmente ele prevê que a pessoa que tem transtorno mental Estamos nos referindo aqui aos adultos a o adulto com transtorno mental o adulto considerado louco e que em razão da sua condição de Saúde Mental é reconhecido como sem respons sem responsabilidade sem responsabilidade penal ele é considerado pela eh lei penal Então como inimputável né ele não tem responsabilidade ele não pode ser condenado nem preso mas o código penal de 1940 passou a prever o que até então
não existia a figura da medida de segurança aplicável a esse indivíduo e que esse indivíduo seria então encaminhado a um Manicômio judiciário esse Manicômio judiciário Então seria o espaço de segregação do indivíduo com transtorno mental que violasse a norma penal isso aconteceu no ano de 1940 e eu faço questão de fazer um registro aqui para dizer que a medida de segurança e o Manicômio judiciário nasceram na legislação penal brasileira durante um regime de exceção durante o estado o estado novo durante a ditadura eh de Getúlio Vargas aqui no Brasil e ele buscou inspiração para criar
as medidas de segurança e o Manicômio judiciário No Brasil onde na Itália do Código Penal italiano de 1930 que é o código penal do fascismo italiano editado sob a ditadura lá de Mussolini então nós temos algo que é genuinamente fascista na nossa legislação penal que são as medidas de segurança e os manicômios Judiciários e Por que então essa contradição 1940 versus 2001 é que em 2001 nós passamos a ter no Brasil por deliberação do congresso nacional a a lei 10.216 que é conhecida como lei antimanicomial pois bem se lá no código penal de 40 a
a pessoa que era considerada louca iria para um Manicômio judiciário e normalmente permanecia naquele lugar pelo resto da vida a a em em 2001 então já já são 23 anos de vigência dessa lei de 2001 eh em 2001 veio uma lei que passou a prever toda a regulamentação da atenção em Saúde Mental no Brasil e essa regulamentação vale para qualquer pessoa em sofrimento psíquico para qualquer pessoa que passa pela experiência da loucura e que tem eh enfim a a sua situação eh digamos relacionada com um um um um ato de violência e passa Então por
um processo penal inclusive essas pessoas são contempladas aí pela lei 10216 então o que que diz essa lei essencialmente lá no parágrafo terceiro eu destaco é vedada parágrafo terceiro do artigo 4º é vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares então o que que isso quer dizer na lei que regula ção em Saúde Mental no Brasil que qualquer pessoa atendida no âmbito da Saúde Mental não poderá ser internada em uma instituição ailar e o que que significava o Manicômio judiciário senão uma internação ailar Perpétua então nós temos aí então
uma contradição normativa temos uma lei nova que passa a regular o assunto plenamente de maneira então que o Manicômio judiciário entra na ilegalidade ali no ano de 2001 que aí e destaquei também no no texto aí lá no artigo 4to no capt né interessante isso né que a internação eh que no código penal era um dispositivo puramente de segurança de segregação aqui na lei antimanicomial passa de fato a assumir uma feição terapêutica né porque a internação em qualquer de suas modalidades é o que diz o artigo 4 só será indicada quando os recursos extr hospitalares
se mostrarem insuficientes então isso significa o quê que a internação é excepcional que a internação quando necessária não poderá ser feita em manicômios basicamente isso é o que vem e diz a lei 10.216 que traz aí sobre a inspiração de Franco basaglia o psiquiatra italiano eh precursor da reforma psiquiátrica naquele país na Itália eh e que traz esse esse lema né da liberdade a liberdade é terapêutica a liberdade éo melhor cuidado e que passa a vigorar no Brasil em 6 de Abril de 2001 então desde 6 de Abril de 2001 nós temos uma proibição legal
expressa da do aprisionamento manicomial e é interessante que essa mesma lei eh estabelece né de forma exemplificativa alguns direitos que devem ser respeitados na atenção ao indivíduo com transtorno mental primeiro é direito de qualquer pessoa com transtorno mental ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde eu tô colocando esse esse destaque agora porque vocês vão ver daqui a pouco o que são os manicômios Judiciários né o o é direito da pessoa com transtorno mental serja tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde o que que isso significa que não
existe a possibilidade da internação por qualquer motivo que não seja o interesse exclusivo do próprio pro indivíduo que passa pelo sofrimento psíquico dentre outras disposições a lei baseia que se baseia na Liberdade como instrumento terapêutico lá no finalzinho aí desse no inciso nove fala que é direito dessa pessoa ser tratada preferencialmente em serviços comunitários de saúde mental E assim se construiu a a a rede de atenção psicossocial no Brasil com base nessa rede Comunitária nessa rede de serviços principalmente com base no no no centro de apoio psicossocial que é o caps também de forma a
complementar os direitos da pessoa com transtorno mental veio também mais recentemente a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência eh que virou lei no Brasil no Estatuto da pessoa com deficiência e que também prevê que aquela aquele indivíduo com limitações ou impedimentos de natureza mental intelectual ou sensorial também eh precisa ser preservado eh em seus direitos dentre os quais não sofrer nenhuma espécie de discriminação é o que diz o artigo quto do estatuto da pessoa com deficiência que toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas Não sofrerá nenhuma
espécie de discriminação e no artigo 5to a pessoa com deficiência será protegida De toda forma de negligência discriminação exploração violência tortura crueldade opressão e tratamento desumano ou degradante então nós temos um eh um Panorama legislativo que prevê que a pessoa com deficiência eh E no caso nós estamos falando aqui da pessoa com transtorno mental que é caracterizada também como pessoa com deficiência tem que ser preservadas nos seus direitos e não serem mantidas feito eh feito coisas em espaços asilares O que é o que na verdade são os manicômios Judiciários brasileiros eu Visitei muitos pelo Brasil
Visitei muitos maricones eu fiz uma pausa aqui para uma água apenas eh no Maranhão Essa foi a realidade com a qual eu me deparei eu Visitei e fotografei muitos não consegui fotografar todos nem sempre era possível produzir imagens mas eu conheci manicômios por todas as regiões do Brasil Esse é o Manicômio judiciário no estado do Maranhão vejam que eh ele é definido na lei como hospital hospital de Custódia e tratamento psiquiátrico e isso aí é o que funciona com essa denominação de hospital no que isso se parece com um hospital aqui estamos em Pernambuco no
manicômio Judiciário de Pernambuco do lado esquerdo da tela Vocês estão vendo aí a uma privada um banheiro né dentro de um Manicômio judiciário banheiro ativo as pessoas estavam utilizando esses espaços aí no momento em que eu fiz eh que eu estava fazendo a visita era um espaço ativo à disposição da população que estava aprisionada nesse lugar Então essas são as condições nas quais são mantidas as pessoas em manicômios pelo Brasil aqui ainda continuamos em Pernambuco do lado esquerdo aí sou eu de costas para para para até para Para comprovar aí essa essa presença porque a
Às vezes a gente fala as pessoas não acreditam que a gente esteve nesses lugares e Conseguiu perceber presencialmente pessoalmente o horror do aprisionamento manicomial no Brasil né interessante essa foto Central porque ela representa o oposto da luz no fim do túnel né E você vê aí um corredor dentro do manicómio Judiciário e que no fim do túnel existe o escuro no fim do túnel não existe luz esse espaço de fato é um espaço assustador e que e que e que acaba produzindo pessoas eh muito piores do que entram evidentemente e esses espaços são definidos como
hospitais e assim são tratadas as pessoas nesses espaços isso são eh condições de se tratar alguém que padece de transtornos mentais evidentemente que não né o que nós temos aqui é pura e simples prisão o pura e simples a pura e simples segregação de homens e aqui no caso das fotos agora de mulheres dentro desses espaços eh Absurdos desses espaços que são muito violentos e violadores dos Direitos Humanos essa essa imagem é de um rapaz que eu conheci lá em Pernambuco na visita que fiz que fiz e o nome dele é Luciano aqui nessa imagem
eh vocês podem observar ele tá com afeição eh digamos assim de susto né ele tá Assustado mas quem passa do lado de fora talvez fique assustado com ele também e ele representa no Imaginário das pessoas de uma forma geral das pessoas que não estão aprisionadas de nós aqui do lado de fora ele passa a ideia daquele homem de fato perigoso que deve ficar aprisionado pelo resto da vida né acontece que Luciano nós vamos falar um pouquinho mais dele daqui a pouco eh Luciano ele tava dentro do manicômio judiciário já alguns anos ali em Pernambuco não
porque praticou um crime ou coisa ou ou algo grave ele incomodava as pessoas na praia de Boa Viagem se envolveu em pequenas infrações e acabou então aprisionado no manicômio judiciário e mas depois dessa visita depois dessa foto e depois de muita conversa de muito diálogo com a rede e com o Sistema de Saúde de Pernambuco e o Luciano teve uma uma mudança importante na sua vida que é uma mudança que todos precisam passar por ela agora que é a transformação eh a partir do fechamento dessa dessa possibilidade manicomial que é o que nós caminhamos para
fazer aqui do lado de fora o Manicômio judiciário de Aracaju não tem imagens internas de Aracaju mas não são muito diferentes das que vimos agora há pouco aqui no Paraná na região Sul eh algumas fotos também do manicómio Judiciário de lá vejam como as pessoas são mantidas dentro de celas apenas com uma uma pequena fresta na na na porta de metal para poder se comunicar com o mundo de Fora e aqui nas Galerias homens amontoados nesses espaços que estão definidos esse espaço que lá na porta é definido como eh complexo médico penal é o que
acontece lá em Curitiba aqui novamente as condições de aprisionamento nesses espaços no Pará eh eu tive eh no ano de 2019 essas imagens aqui são de 2019 Então já houve algumas mudanças evidentemente porque eh e tem havido um processo de desinstitucionalização importante mas essas imagens eu fiz ainda em 2019 do lado de fora essa é a fachada do manicômio e por dentro é assim que ele eh existe né Essa é a estrutura manicomial no Estado do Pará quando eu estive lá Essas eram as condições de funcionamento do manicom e o que você percebe é que
não passam de celas não não existe nenhuma para qualquer presídio que eventualmente você possa visitar os piores presídios né podemos dizer assim e do lado direito dessa imagem aí é interessante que quando eu estive lá eu perguntei o que que são o que que tá acontecendo essa parede aqui aí me responderam que isso são fezes são excrementos humanos as pessoas que estão aprisionadas nessas condições e esse lugar o manicómio judiciário naquela ocasião não tinha sequer um profal de saúde que atendesse naquele lugar havia pessoas sem acesso a medicações básicas e que então encontram diante de
tanta dor de tanta violência que sofrem encontram a forma de expressar esse sofrimento jogando fezas jogando excrementos nas paredes gritando tirando a roupa ficando NS como vocês verão daqui a pouco porque essa é a forma deles gritarem para o mundo um grito que normalmente quase ninguém ou Ninguém escuta aqui são as condições de funcionamento do manicômio judiciário né homens nessas condições no no centro vocês estão vendo um homem completamente nu eh transtornado sem nenhum tipo de de atenção no no âmbito da Saúde Mental e evidentemente com seu quadro cada vez mais cronificado do lado direito
uma imagem que para mim é muito simbólica também que é um homem recostado na parede da cela onde tem uma mancha que já se confunde com o próprio homem né como se aquele fosse o seu lugar e o seu destino aqui mais pessoas nuas expressando com seu corpo ah a dor pelas que passam eh isso é de agora tá gente é de 2000 relativamente recente de 2019 não agora sim porque foi de antes da pandemia depois da durante a pandemia não Visitei mais manicom mas essas imagens são muito recentes relativamente recentes aqui mulheres no mesmo
Manicômio mulheres que estão sorrindo para foto porque eu brincava com elas pedia para fazer uma pos PR fotografia porque a gente ia postar essa foto no Instagram evidentemente que não era Instagram mas que significam essas fotos hoje uma oportunidade da gente trazer essas pessoas que são invisíveis que não tem voz nem vez para participar aqui com vocês deste momento deste curso de formação para denunciarem pelas imagens o todo o horror manicomial pelo qual elas passam todas essas pessoas que que vocês estão vendo dentro de manicômios Judiciários senhoras e senhores todas elas foram absolvidas pelo juiz
criminal todas foram declaradas inocentes quem não é do direito não sabe às vezes não não consegue compreender isso o fato é que a pessoa que vai para o Manicômio judiciário é reconhecida como Inocente em função da loucura Entretanto é um inocente que vai paraa cadeia ess essa cadeia que é o Manicômio para normalmente ficar em prisão perpétua a condição dessa mulher uma condição deplorável em que ela se encontrava no momento em que fez a foto ela tava com aspecto muito ruim não conseguia não conseguia conversar eh havia um macheiro extremo dentro da célula dela e
fazia já semanas que ela não via sequer a luz do sol muito menos algum tipo de atenção em Saúde Mental assim são eh digamos tratadas as pessoas nos Espaços manicomiais pelo Brasil inteiro cada uma dessas pessoas tem uma história para contar tem um nome tem enfim eh tem tem suas dores e seus amores mas que tudo se resume a um a um ato de tudo se resume a um a um silenciamento forçado nesses lugares para onde são levadas essa senhora que tá na tela além da da prisão ilegal dentro do come ela no momento daquela
visita eu fui informada ela estava com câncer um câncer um câncer de de estômago Se não me engano e como lá não havia medicação não havia serviços de saúde no espaço ela também não estava tendo acesso ao serviços do seu tratamento oncológico Então ela tava com câncer isso significava um sofrimento a mais será que você pode imaginar um sofrimento maior do que já está dentro do manicômio judiciário e aqui uma uma uma uma imagem que para mim também é muito eu gosto de fazer referência a ela é que eh a gente pensa nossa mas isso
é coisa do século passado de Fato né do lado esquerdo da tela quem é da área de saúde já deve ter assistido alguma vez o um documentário quem não é eu sugiro porque tá disponível no YouTube documentário se chama em nome da razão é um documentário produzido pelo cineasta eu rapon que filmou o cotidiano do do hospício de Barbacena em Minas Gerais não era bem um manicom judiciário mas em nada se diferenciava de um é o lugar que foi conhecido depois por uma publicação da jornalista Daniel arbex como o o espaço ficou conhecido como holocausto
brasileiro uma história conhecida como holocausto brasileiro porque morreram mais de 60.000 homens e mulheres nesse espaço manicom aí do lado esquerdo essas imagens são de 1979 do Elo raton mas em 2019 estão essas outras imagens que eu produzi que eu capturei nessas visitas aos manicos 40 anos separam essas realidades e o que mudou nessa realidade é uma pergunta que eu faço e já evidentemente sabendo dessa resposta nada mudou não é nada mudou pelo contrário o o Manicômio judiciário continua funcionando com toda a sua cruel em muitos lugares pelo Brasil violentando pessoas retirando delas os seus
direitos mais fundamentais aqui na Bahia eu estive já depois da pandemia no ano no ano passado em 2023 na ocasião eh eu conheci o lugar em que em que a antropóloga Débora Diniz produziu um outro documentário que também tá disponível no YouTube que se chama a Casa dos Mortos a casa dos mortos contam uma história lá no documentário de alguns personagens que habitam eh o Manicômio judiciário de Salvador mas eu tive lá em 2023 numa ocasião interessante que foi ocasião relativamente Festiva eh conheci o espaço evidentemente esse espaço completamente degradado carcomido e que enfim precisa
tá pedindo para para ser derrubado né mas na ocasião tivemos um um um evento um momento muito interessante um momento festivo já em 2023 já com a resolução 487 do CNJ em vigência e já conversávamos ali dentro sobre essa essa onda da liberdade que a resolução 487 traz no seu bojo porque já se prometia ali e já se sabia ali o seu conteúdo para que as pessoas que estavam que estão hoje nos manicômios ganhassem a liberdade então foi um momento interessante foi um congresso que nós fizemos dentro do manicômio judiciário de Salvador congresso promovido pelo
coletivo pela coletiva de mulheres elas existem mulheres encarceradas que é uma coletiva do Rio de Janeiro mas que funciona em mais em mais lugares inclusive em Salvador e que eh foi um evento único né em que as mulheres do manicômio puderam participar conosco ali trocando ideias impressões e histórias eh e muitos ensinamentos naquele momento de de enfim de de de muita reflexão crítica sobre o próprio espaço no qual elas vivem Então mas já foi um momento mais mais interessante a gente já tava de fato pensando na Perspectiva da Liberdade como eu disse para vocês eu
ia voltar ao Luciano Luciano o rapaz que eu conheci em Pernambuco depois daquela fotografia que na ocasião eu levei para um Congresso lá em Recife mesmo e as pessoas se comoveram muito pessoas da do da do setor de saúde da da daquele estado se comoveram bastante com a situação e se incomodaram né Se sentiram provocadas e depois como ele não eh ele não tinha motivo para estar como ninguém tem motivo para estar em manicômio judiciário porque o Manicômio é ilegal mas no caso dele em razão da comoção gerada pela foto pela imagem que eu levei
porque o que que o que que eu quis dizer com essa fotografia do lado esquerdo né é que embora ele represente aquilo que as pessoas temem na Essência eu refiz a leitura dessa imagem dizendo que ele tá com essa imagem de assustado porque tá olhando pro lado de fora e nos vendo vendo a todos nós que passávamos ali na ocasião daquela visita ele via olhava para fora e só havia monstros do lado de fora porque só Monstros seriam capazes de produzir contra Ele o que nós fazemos enquanto sociedade contra ele e contra tantas outras pessoas
em manicos pelo Brasil pois bem depois dessa discussão lá em Recife houve um debruçar sobre o caso do Luciano e passados alguns meses ele foi acolhido na rede de atenção psicossocial então do lado direito é o mesmo Luciano nem parece a mesma pessoa né Por quê Porque é uma pessoa fora do manicômio é claro que ela ainda tá ainda tá ainda passa pela pela necessidade de ter o suporte do serviço público mas não mais aprisionado em manicômio o que o que essa imagem mostra que o Manicômio de fato é insuportável É desnecessário é ilegal é
é odioso e é nojento e nós precisamos fazer com que ele simplesmente acabe e dê lugar a atenção em Saúde Mental sempre em liberdade e só utilizando a internação evidentemente Porque existe a possibilidade da internação existe sim internação é possível qualquer um de nós pode ser internado por razões de saúde mental mas não em Manic né e sim em leitos adequados para atenção e saúde mental dentro daquilo que prevê a política nacional de atenção em Saúde Mental como essa enfim com base eh em todo com base com base evidentemente com base na lei 10216 né
Vamos pensar assim nós falamos agora H pouco né lá no começo da deliberação do Poder Legislativo que editou a lei antimanicomial né lá em 2001 23 anos atrás a gente lembra que a lei antimanicomial teve 12 anos de tramitação no Congresso Nacional o projeto começa no ano de 1989 e leva 12 anos para ser eh para virar lei em 2001 a lei an manicomial vira lei em 2001 mas o poder judiciário só assume que ela vale agora com esta deliberação do Conselho Nacional de Justiça no ano passado o poder judiciário então Digamos que demorou um
pouco mais né Demorou 23 anos 22 anos para reconhecer a ilegalidade do manicômio e agora determina o seu fechamento definitivo com prazo fixado na própria resolução então Aqueles espaços manicomiais que nós viemos agora há pouco ali e tantos outros que não foram fotografados evidentemente que não estão nas imagens que funcionam em todos os em quase todos os estados brasileiros tem que fechar E isso se dá com uma deliberação que não tem nada de novação Legislativa né existe uma lei que é de 2001 o o CNJ apenas agora diz que essa lei é para ser cumprida
e que Demorou né Demorou muito a vir Essa ordem de cumprimento da lei contudo e isso valeu como uma base eh experimental muito importante para o Conselho Nacional de Justiça nós temos em Goiás já algo uma política pública que funciona exatamente como agora precisa funcionar em todo o Brasil e é por isso que eu sou chamado a falar desse tema né porque nós temos lá em Goiás Desde o ano de 2006 o programa de atenção integral ao louco infrator o p nós conseguimos muito eh em muito pouco tempo depois da edição da Lei antimanicomial colocar
colocar em prática a política mais avançada de atenção ao ao louco infrator no Brasil porque erradicou completamente o Manicômio judiciário de forma que aquelas aquelas pessoas que você viu lá nos manicômios em Goiás você não verá Porque elas estão acolhidas na rede de atenção psicossocial que é uma rede que então digamos assim funciona eh para todo mundo inclusive para essas pessoas que outrora permaneciam em espaços manicomiais a construção do PA tem uma história muito bonita muito importante mas que não cabe aqui hoje a gente entrar em muitos detalhes mas o pai ali ele vem e
põe fim ao horror manicomial no Estado de Goiás Isso já faz 18 anos então é uma experiência muito importante já bastante consolidada e é um e é uma política pública que funciona na saúde muito barata com pouca gente atuando e tal uma equipe enxuta mesmo e que vale para dar um suporte a toda a rede de atenção eh psicossocial do Estado de Goiás se articulando com os profissionais da Saúde e também com o sistema de justiça por todo o estado de Goiás no sentido de dar suporte para que o indivíduo que tem transtorno mental seja
acolhido em liberdade seja acolhido na rede sem o sofrimento do manicômio judiciário né sem a violação de direitos que caracteriza o Manicômio judiciário então o o o pili integra eh o usuário com todos os serviços da rede SUS e da rede suas E com isso também permite que a sua família os seus os seus vínculos sócios sócio familiares sejam também contemplados e que haja uma relação amistosa e harmoniosa com o sistema de justiça que também é chamado a estar Ness nesse diálogo permanente do acompanhamento e na atenção em Saúde Mental O que é fundamental em
qualquer caso e não seria diferente com uma pessoa que se envolve em um ato violento e esse programa em Goiás que já funciona 18 anos não não faz uso de manicômios né ele faz uso da rede de atenção psicossocial que que é essa rede né vocês que estão estudando saúde mental vão entend a rede integra todos os equipamentos públicos principalmente da saú também do sistema único de assistência social esses equipamentos que são disponibilizados para que as pessoas recebam o suporte necessário para a sua Integração Social em liberdade Nós não precisamos de construir muros grades eh
e violar os direitos das pessoas pelo contrário é muito mais barato respeitar os direitos das pessoas e isso se dá não com algo novo com algo diferente com algo que vai ser exclusivo para aquele público dos manicômios Judiciários não aquele público é acolhido na mesma rede que atende qualquer pessoa em sofrimento psíquico e aí é que funciona o paili então Eh com trazendo essa essa essa Gama de serviços da rede de atenção psicossocial para atender ao público hum enfim contemplado alcançado pelo programa Ah aqui eu passei rapidamente para não para não Caná com outras informações
que nesse momento não se fazem muito relevantes mas aqui eh eu paro no no no Numa pesquisa quantitativa né no no dado estatístico importante porque em Goiás nós não temos Manicômio judiciário há 18 anos e hoje pelo programa nesse período já passaram 152 pessoas 1552 homens e mulheres Isso é muita gente né então é muita gente que foi recepcionada na rede de atenção psicossocial e que não passou pelo horror do manicômio judiciário hoje são 392 pessoas sendo acompanhadas pelo programa que é uma política de saúde Como dito né Elas são acompanhadas não em um espaço
só não só em um espaço fechado mas são 392 pessoas acompanhadas em todos os municípios os mais de 200 municípios de Goiás então você vê que toda a rede de atenção psicossocial atua de alguma forma eh com esses pacientes com essas com esses usuários dos serviços de forma então que eles são Eh que que é uma uma demanda que é por realizada para toda a rede nunca não sobrecarrega ninguém os casos mais complexos são recepcionados e são também eh acompanhados por essa rede e um dado que as pessoas perguntam mas como assim vocês não têm
Manicômio isso não é perigoso Qual que é a reincidência pois bem aí o índice de reincidência registrado no no no pili não chega a 5% nesses 18 anos n Então o que significa Não mais do que 50 casos de reincidência e desses 50 apenas três casos dá para você contar nos dedos de uma mão apenas três casos graves eh que inclusive tem suas explicações e foram muito bem conhecidos eh os motivos pelos quais aconteceram mas foram três casos de reincidência grave em 18 anos isso do ponto de vista estatístico não chega a ser um dado
relevante portanto Mas enfim essa é uma política pública que eh contempla os adultos em em confronto com a lei no Estado de Goiás aqui eu trago a lei do Sinas para trazer a conversa mais para vocês porque em 2012 a lei 12549 instituiu o Sistema Nacional de atendimento sócio educativo né o siná e lá no artigo 64 o essa lei prevê eh como deve ser como o sistema deve funcionar diante do adolescente com transtorno torno metal n o adolescente lá no artigo 64 né o Adolescente em cumprimento de medida socioeducativa que apresente indício de transtorno
mental de deficiência mental ou associadas deverá ser avaliado por Equipe técnica multidisciplinar e multissetorial e o que mais diz o artigo 64 né Ah ele ele traz uma uma uma regulamentação de como vai se dar a atenção em Saúde Mental desse indivíduo mas eu destaco aqui lá no parágrafo quto desse artigo 64 que excepcionalmente o juiz poderá suspender a execução da medida socioeducativa ouvidos o defensor e o Ministério Público com vistas a incluir o Adolescente em programa de atenção integral à saúde mental que melhor atenda aos objetivos terapêuticos estabelecidos para o seu caso específico eu
destaquei esse parágrafo quarto para dizer para vocês que a lei do sinase já está inspirada em práticas antimanicomiais brasileiras que carregam essa essa terminologia de programa de atenção integral o primeiro veio de Minas Gerais que é o programa de atenção integral ao paciente judiciário e depois o programa de atenção integral ao louco infrator que é o paili de Goiás do qual já falamos eh então a lei dos sinais vem e determina que também os adolescentes sejam contemplados com políticas de inclusão quando eh quando tenham transtorno mental né e isso é uma é uma isso contém
uma contradição muito grande não não a legislação mas a realidade prática a realidade contém uma contradição porque no Estado de Goiás por exemplo nós temos o adulto que é contemplado por por uma política muito avançada ao passo que o adolescente Até hoje ainda não tem em seu benefício uma política de saúde mental eh tão avançada quanto aquela que é destinada ao público adulto mas agora a gente tende inclusive por força da resolução 487 do Conselho Nacional de Justiça A gente tem agora agora tem obrigação inclusive de nos Estados construir essas soluções também para o Adolescente
em conflito com a lei que tenha que apresente transtorno mental é isso eu gostaria de trazer para as senhoras paraos senhores né mais informações vocês sobre o paili se quem quiser é só procurar na internet eh pelo nome do programa vocês vão ter acesso a um a uma cartilha a um PDF com o passo a passo de como funciona essa política pública no Estado de Goiás e do lado direito aí só um marketing pessoal meu é o livro loucos por liberdade que é fruto da Minha tese de doutorado eu fiz o meu doutorado como disse
a professora Rita Hipólito na Universidade Federal Fluminense eh e na ocasião defendi a tese Hum que se baseou nessa experiência de Goiás né na com a qual eu venho trabalhando já há mais de 20 anos há quase 30 anos na verdade e essa tese então trouxe não apenas os dados da política eh pública instituída no Estado de Goiás mas também bases teóricas para o seu funcionamento e esse programa e essa política e essa teoria produzida a partir do próprio paili hoje eh são são uma uma base muito importante nessa nessa resolução número 487 do Conselho
Nacional de Justiça por quê Porque Goiás funcionou como um grande laboratório antimanicomial que agora vale como experiência modelo referência para o restante do Brasil é isso boa noite desculpem de fato eu vou ter que eu poderia ficar agora para algumas algum debate caso exista caso exista a possibilidade de mais perguntas e respostas Logo em seguida mas eu eu infelizmente vou ter que na sequência vou ter que não vou poder infelizmente gente participar do restante do do do evento de hoje infelizmente mas eu fico à disposição pra gente poder conversar pelo menos um pouquinho mais agora
mas uma vez muito obrigado a todas e todos Parabéns pela organização do curso de vocês e espero ter contribuído de alguma forma eh na sua realização abraços a todos e todas Ô Dr Haroldo realmente Essa realidade com a qual nos está aproximando é uma realidade muito dura e que é que realmente todas essas fotos e a condição eh de de reclusão condição subumana não essas fotos realmente parecem foto do primeiro 900 digamos eh muito tempo atrás não eu me sinto realmente um pouco chocada eh eh embora o nosso conhecimento sempre em relação às condições das
prisões brasileiras é esse quadro só que olhar esse quadro por pessoas com problemas mentais é realmente muito triste muito e é muito deprimente Mas tem uma coisa olhando um pouquinho todas as perguntas algumas considerações que estão [Música] paresi quando esenza italiana Italia Italia che una referenza importante storia vol que Pareci já estabilizadas mas tem sempre eh uma necessidade de ir para para trás em lugar de ir paraa frente mas independentemente disso eu acho que a experiência de referência do paí me parece uma experiência importante e podemos um pouco eh provocar não a curiosidade também de
conhecer para os conselhos tutelares que estão presente no nosso debate acho que é muito importante conhecer mais essa experiência e poder e poder ser uma referência e também um pouco de reflexões sobre tudo o que isso significa aqui nas perguntas do chat que eu um pouco tentei acompanhar me parece que uma grande preocupação é sobre a dificuldade das pessoas que não tem familha não como é que el se pode adquirir autonomia não de ter autonomia visto que as redes de proteção e as redes de assistência na saúde na atenção da Saúde Eles são muito fris
em muitos municípios eh Quais são as reflexões em relação a isso Dr Haroldo acho que é um é um tema importante isso para poder responder mas também eu solicito também na D Ana Lua se tem algumas considerações também para poder eh aproveitar desse preciosos momento que a gente tem o Dr Haroldo eu queria só trazer uma contribuição né que o Haroldo trouxe eh a o Sinas né então e Respondendo a sua pergunta Rita paz é a política de atenção integral à saúde do adolescente em atendimento sócio educativo e que eu tenho um prazer de acompanhar
ela desde 2006 no Ministério da Saúde Então eu vi aqui também nos comentários né que ah os o o prisional tem uma equipe multiprofissional lá dentro e eu queria marcar que né e isso vai ficar marcado mais na minha fala mas que quando a gente pensa em adolescência né que são os adolescentes que tão no sócio educativo a gente precisa fortalecer ainda mais essa rede e não criar não deixar as unidades socioeducativas refletirem essa imagem que o Dr Haroldo trouxe né e no sentido de hoje em dia elas são presídios a gente não pode dizer
que é uma unidade socioeducativa com alojamentos como a gente gostaria que fosse mas a gente precisa eh olhar então assim a a pazar ela vem e pensando muito na resolução 487 das equipes de saúde da família das equipes da atenção primária de poderem ser a referência para esse jovem ele precisa sócio educação ele precisa estar né E ela é incompleta ela não tem que est tudo lá dentro como é prisional Então esse adolescente precisa ter o acesso às políticas públicas e as políticas públicas acessarem o sistema socioeducativo então só queria deixar essa contribuição não é
o foco aqui mas aí passar pro Aroldo no que ele quiser trazer né em relação a que a Rita expôs Pois então Eh realmente o Eu lamento muito Rita Ana e todos os que nos assistem de não poder ficar um pouco mais eu eu realmente tô bastante cansado hoje acho que talvez até a os reflexos já não estão lá aquela aquela aquela coca-cola toda pra gente poder ter uma qualidade nesse debate da minha parte aqui realmente eu tô desde cedo né imerso num audiência pública muito tensa eh ali no senado federal com um debate inclusive
com personagens da Extrema direita da política brasileira que se fizeram presente Na audiência pública enfim é um debate que é difícil de de se travar e consome muito da gente né eu gostaria demais de permanecer aqui para ouvir você professora Ana Lua mas infelizmente eu lamento demais realment preciso desse tempo para mim hoje para que eu Descanse um pouco mais mas enfim dialogando um pouco com essas questões que foram trazidas né existe sim Rita muita gente que que que tem transtorno mental que não tem vínculo familiar e não e não necessariamente apenas pessoas que estão
nos manicômios Judiciários tem gente que tá na rua que tá em situação de rua tem gente que tá aprisionada com e tem transtorno mental e tá presa eh e tem de fato aquele que tá no manicômio e que também não tem não tem vínculo familiar isso Isso é uma demanda pro sistema de de de assistência social no Brasil né então a gente a gente tem que pensar é uma rede de atenção psicosocial que é algo para muito além da saúde mental isso envolve política de trabalho trabalho emprego né eh inclusão em habitação em programas de
moradia programas de renda hoje mesmo eu conversava com com João Mendes do Ministério da Saúde e e que ele é desde da área responsável pelo campo da atenção e saúde mental lá eh dentro de uma equipe comandada pela Sônia Barros e e e conversava com ele falei João a gente não poderia pensar aí na ampliação inclusive numa num valor um pouco mais Generoso no programa de volta para casa para que essas pessoas sejam melhor recepcionadas pelas suas famílias eu volto aqui um ponto lá do comecinho da minha palestra antes mesmo de falar de saúde mental
né nó estamos falando aqui de gente muito pobre né nó estamos falando aqui de gente que não tem onde morar de gente que não tem não é que não tem família sua família não ex não tem casa o território dessa pessoa é um território assim que de fato é meio que nômade muitas vezes e isso passa exige necessariamente eh produção de políticas públicas que contemplem essas realidades Então quem não tem família vai ter que ser contemplado quem sabe buscando eh dentro de um processo de um projeto terapêutico singular que é o que que é o
que funciona na atenção e saúde mental a construir uma solução que vá fazer com que esse indivíduo conquiste a sua própria emancipação Ou pelo menos um nível de autonomia que lhe permita eh Viver viver na cidade dentro de alguma de alguma condição para aquelas situações para aquelas pessoas que demandam um pouco um Cuidado um pouco maior gente com limitações um pouco mais severas evidentemente que a política pública precisa também de de buscar essa solução E para isso a a a política nacional prevê dentre outras disposições também o serviço Residencial terapêutico né então uma residência terapêutica
uma casa na cidade onde onde moram seis oito pessoas que vão ter ser AL cuidadas por alguém do sistema de saúde então eh São serviços que podem ser disponibilizados E tem também aquelas pessoas que não voltam paraa família Porque de fato Às vezes o crime a violência aconteceu dentro da família existe um trauma muitas vezes insuperável é claro que existem histórias o estado de Goiás tem histórias assim em que houve a superação inclusive desses traumas e e famílias foram reconstituídas mesmo no caso do filho que matou do menino do jovem que matou a mãe eh
e enfim situações as mais difíceis e problemáticas que se possa imaginar chegam nesse campo e é para esse para esses casos complicados que devemos produzir soluções uma coisa que que é importante também eu acho que que vale mencionar nesse momento porque o mês de maio né o mês da da luta antimanicomial né o mês em que se comemora o dia nacional da luta antimanicomial e também é o mês em que se comem em que se celebra na na na área específica de vocês a o dia nacional de combate ao abuso de criança e e Dia
Nacional de combate ao abuso eh e exploração sexual de crianças e adoles contra crianças e adolescentes e coincidentemente ambas as as comemorações se dão no 18 de Maio né 18 de Maio é o dia em que se Celebra a luta antimanicomial e o dia de combate a exploração sexual contra criança e adolescent é um dia que nos que nos une a todos e eu particularmente com com eh para minha por muita coincidência também comemoro bastante nesse dia porque é o dia do meu aniversário então 18 de Maio significa muito acho que acho que também eh
para para muita gente que se envolve com tantas lutas e e eu acho que eu me perdi aqui no que eu queria dizer mas enfim eh a gente a gente tem que aproveitar esse momento né ah eu me lembrei aqui a gente não pode a pretexto de produzir uma solução no campo digamos da violência contra a criança da violência contra o adolescente a gente a gente não pode cindir os direitos humanos a gente não pode eh eh relativizar os direitos humanos para garantir direitos de um em detrimento dos direitos de direitos fundamentais de outros então
existem situações em que eventualmente acontece um ato de violência em que se em em que a a população reage de forma muito eh muito muito emocionada né vamos dizer assim e é claro que muito às vezes também muita manipulação sensacionalista de mídia mas há uma reação às vezes pedindo pedindo prisão perpétua pedindo pena de morte pedindo enfim Manicômio Ah esse louco tem que ficar o resto da vida no manicômio Então são a gente não pode a pretexto de garantir direitos de um determinado grupo retirar direitos de outro direitos que são S fundamentais né então estou
falando aqui da dignidade de pessoa de outro grupo então a gente tem que estar sempre pensando Direitos Humanos de uma forma digamos mais integral né de forma que a gente não não não não não não Por exemplo quando a gente pensa lá o direito eh enfim o direito das mulheres que são existe Eu particularmente no Estado de Goiás acho que existe uma uma uma uma caçada contra as mulheres em Goiás não sei como é que tá nos outros estados mas o índice de violência contra a mulher no meu estado é uma coisa assustadora né e
e bom a gente tem que lidar com essa realidade a gente tem que enfrentar isso confrontar com confrontar essa realidade e buscar soluções dentro da legalidade e sem sem esquecer que nas respostas a gente precisa também preservar Direitos Humanos porque senão a gente vai eh produz a gente produz eventualmente uma uma solução mas que lá na ponta pode desvirtuar uma questão que é cultural pode pode digamos assim agravar esse quadro de de desconhecimento das pessoas de uma forma geral da importância que é respeitar Direitos Humanos né e a gente precisa falar isso eh o tempo
todo porque não dá para pra gente separar e o ou dizer que os os direitos eh de um são mais importantes que os direitos de outros não Direitos Humanos é aquilo que garante a dignidade das pessoas Isso deve ser preservado sempre desculpa eu acho que eu me confundi um pouco aqui um pouco do cansaço mas enfim é o que a gente pode pensar a gente traz para pensar um pouco mais também sobre tantos tantos assuntos enfim eh que estão postos aí Haroldo eu acho que sua suas colocações são colocações muito importante um esse mote dos
Direitos Humanos de uma forma integral é de não pensar que tem direitos prioritários e direitos secundários nos direitos direitos humanos e acho que é uma mensagem muito importante sobretudo pros conselhos tutelares eh eu penso que eh todas as suas colocações são colocações que nos fazem refletir a todos e sobretudo esse tema que é um tema sempre esquecido não na na ou marginalizado dentro de toda de todos os outros temas é um tema tão importante porque a saúde mental digamos de das pessoas está muito eh fragilizada depois da pandemia aceleraram alguns processos e e as redes
sociais também aceleraram processos de autodestruição de outras mas que isso isso nos faz pensar muito sobretudo eu que trabalho na área de educação ver a quantidade de diagnóstico não de trastornos e de deficiências intelectuais que é deficiências intelectuais que que realmente algo que nos faz pensar e que nos exige um certo Rigor tamb no diagnostico tamb qual do atendimento e da inclusão e eu acho que a gente poderia dar o parabéns para roldo também pelo aniversário para quer juntar esses dois momentos simbólico que é a luta antimanicomial com a o enfrentamento do abuso e exploração
sexual do 18 de Maio que será minha apresentação que vou fazer no final Ana luí para poder dar espacio maior não eu vou vou falar desse tema que é um tema com no qual trabalho já faz algum tempo e acho que essa junção desse dois momentos é uma coisa tão importante que me faz pensar de poder trabalhar um pouco mais esses dois temas juntos muito obrigada roldo e não sei se Ana luí Queria acresentar algumas coisas pode acrescentar Mas parab pelo aniversário parab pelo dia de hoje seg guide muito a roldo porque a gente precisa
de pessoas como vocês e parece aqui dos comentário que temos aqui no chat é incrível não a parte dois três pessoas um pouco eh inconformado com algumas coisas mas a maioria das pessoas estão parabenizando refletindo fazendo comentários muito interessantes sobre essa temática Muito obrigado Eu que agradeço mais uma vez mais uma vez peço desculpas por ter que sair agora no meio do do nosso encontro Muito obrigado um grande abraço e até a próxima que acontecerá certamente Ok todos vocês tchau t tau bom então nós continuamos aqui com Ana Lua já eu fiz uma apresentação do
currículum estou muito ansiosa de de escutar sua e Ana Lua se você gostaria se apresentar se auto apresentar fazer uma autoapresentação e o tempo é todo de você muito obrigada Rita Boa noite a todas as pessoas que acompanham a gente aqui que vão acompanhar né então um bom dia um boa tarde boa noite espero que fique aí para que a gente possa somar bastante e eu queria né fazendo a minha audiodescrição eu vou emendar aqui numa apresentação que eu fiz mas eu sou uma mulher de 44 anos Branca tem os olhos verdes cabelo curto preto
tô vestindo uma blusa rosa rosa forte e tô aqui na minha no meu consultório que eu chamo de cantinho de amor que eu atendo as crianças e os adolescentes e as famílias que eu tenho muito prazer né e muita satisfação de estar aqui então a minha apresentação Essa é a audiodescrição E além disso né eu sou amiga eu tenho um sorriso fácil eu sou alegre eu amo estar em família eu adoro rock samba reg era fã do Bob Marley na minha adolescência mas né Eh eu não me divirto com tudo né apesar de gostar desses
estilos musicais eu vivo com propósito Eu sou mãe de duas meninas lindas uma de 23 anos e uma de 18 e apaixonada pelos sobrinhos né então por que que eu quis trazer essa parte da minha apresentação que ao longo do nosso desenvolvimento a gente vai perdendo né a gente fica só com o psicólogo com a nossa atuação e a gente é muito mais que isso então nessas fotos que o Auro trouxe pra gente quem são essas pessoas Qual é a história dela né Elas são muito mais do que elas são vistas Então esse é um
ponto que eu queria trazer para vocês né para que a gente possa também eh a partir olhar específico paraa criança e paraa adolescência que a gente possa também se olhar de uma outra maneira e não ser resumido apenas cargos e funções e diplomas então a gente é muito mais que isso isso tem a ver com a saúde mental E aí para falar de saúde mental hoje eu trago reflexão eu não tenho respostas prontas a gente tem que construir a todo momento o mundo o mundo tá em constante transformação a minha adolescência é diferente da adolescência
de hoje então a gente precisa ser criativo né então pra gente pensar em Saúde Mental a gente precisa pensar no conceito ampliado de saúde né então a saúde ela é resultante de várias condições alimentação habitação educação meio ambiente trabalho transporte emprego lazer Liberdade né E esse acesso aos Serviços de Saúde e né e a rede intersetorial seja rede de proteção rede de atenção psicossocial quando eu penso infância e adolescência eu acho que é uma rede que deve olhar paraa infância e adolescência de maneira integrada então rede ela é esse alinhavo e vocês né como conselheiros
tutelares né Nós que estamos no sistema de garantia de direitos a gente tem um papel fundamental muitas vezes desse alinhavo né dessa formação da rede Então eu queria deixar aqui para que toda vez porque que que tem me incomodado muito ao longo da minha trajetória né eu no Ministério da Saúde eu atuo com a política do Adolescente em atendimento socioeducativo então a questão da Saúde Mental também bate muito forte né todos trouxeram aqui depois da pandemia a gente tem visto o momento de E aí eu vou trazer aqui sofrimento psíquico não necessariamente é um transtorno
então a gente né da gente poder pensar essa saúde mental de uma forma ampliada aqui eu trago alguns Marcos legais Eu sei que vocês já viram vocês já sabem mas esses Marcos legais eles eles trazem o lugar da Criança e do Adolescente na nossa sociedade né então quando a gente tem lá desde 1927 a 1990 o código do menor né As crianças eram ainda eram vistas como mini adultos né e muitas vezes problema então se ela tava na rua ela é o problema então é aquele direito né um direito entre aspas para quem não recebe
respeito para quem não é olhado no seu devido lugar e associado esses Marcos legais a gente tem que pensar também o caminhar das pesquisas né do conhecimento sobre a infância e adolescência então política pública ela deve ser viva né não deve ser estan a gente tem que a todo momento pensar ess se fazer né a todo momento como eu coloco aqui né a gente tá em 2024 então a gente precisa atualizar o sistema muitas vezes a gente ainda tá lá atrás então veio 1948 ação universal dos direitos humanos né então trouxe né o o Haroldo
trouxe na fala dele né o desumanizar a pessoa então ao longo da nossa história ess As muitas pessoas foram desumanizadas né então precisou de trazer essa declaração né que é importante vários países né assinaram ela e a gente tem que olhar esse ponto né de pera aí criança e adolescente não é porque é criança não é porque adolescente que eu como adulto tenho direito de fazer o que eu quiser com essa pessoa né existem limites existem direitos e principalmente respeito então depois da declaração veio a nossa Constituição Federal E aí Traz o princípio da prioridade
absoluta né para criança e para adolescente aí começa um olhar na nossa legislação diferenciado para criança e para adolescência e foi justamente E aí em 89 1990 vem a convenção dos direitos da criança né só que aqui eu destaco ainda não tem a palavra adolescente Então se a gente não tinha criança sendo vista ela começou a ser vista pela sociedade o adolescente ainda não né então ele ainda era visto muitas vezes como uma mão de obra não se é adolescente já é adulto já tá formado então aqui né Eu sempre brinco quem não é visto
não é lembrado então a gente olha para essa convenção a gente pensa no adolescente mas a gente precisa todo momento marcar o lugar dessa adolescência E aí em 90 veio o Estatuto da Criança do adolescente que aí traz né o Artigo terceiro a questão da Proteção Integral e aí quando a gente pensa na Proteção Integral e que traz aqui facultar o desenvolvimento físico mental moral espiritual e social em condições de liberdade e de dignidade isso aqui é saúde se vocês olharem o conceito ampliado de saúde então o quanto que é important importante esses Marcos legais
da gente poder ver ele reflete toda a história do lugar da Infância e da adolescência então foi justamente em 1990 que começou consolidou né o estudo do funcionamento e né enquanto neuropsicóloga vem do cérebro do Adolescente né que ainda não tá amadurecido que ele ainda Precisa de um cuidado né não é à toa que no eca tem situação peculiar de desenvolvimento então a gente precisa né Eh olhar o lugar dessa infância e aí eu venho nesse atualizar o sistema em função disso né porque muitas vezes que que a gente tem visto Pera aí eu vou
voltar aqui só para eu não perder essa lei aqui eu adicionei essa lei não tava naquele que ela é nova ela é agora de março de 2024 é a lei 14826 ela institui a parentalidade positiva e o direito ao Brincar como estratégia intersetorial de prevenção à violência contra criança e adolescente Então se a gente aqui tá falando né com vocês são os conselheiros tutelares vocês trabalham quando o direito é violado né então trabalham nessa nessa defesa do direito Então essa lei aqui para mim ela é muito simbólica do esse olhar também sobre a família sobre
o estado a nossa sociedade o olhar que a gente precisa ter na educação dessas pessoas pessoas Então seja criança ou adolescente essa parentalidade positiva eu vou trazer um pouquinho mais à frente mas a lei Ela traz o quê manutenção da vida então ações de proteção e manutenção da vida né Eh apoio emocional atendimento adequada à necessidades emocionais da criança estrutura conjunto de equipamentos de uso comum destinadas às práticas culturais lazer garantia do acesso e segurança à população em geral estimulação promoção ações e campanhas que Visa o pleno desenvolvimento das capacidades neurológicas e cognitivas das Crianças
supervisão estímul as ações que visam o desenvolvimento da autonomia da criança esse termo autonomia tão difícil até na adolescência né Eu imagino paraa infância então a gente precisa estimular a autonomia desse sujeito para que ele tenha né possibilidad de escolhas saudáveis educação não violenta e lúdica então ações que promovo o direito ao brincar e ao brincar livre Então essa aqui é uma lei super importante que a gente tem que tá bem antenado Conhecer conhecer sobre o que é a parentalidade positiva tá E aqui eu trago né dessa desse Marco legal que a gente tem com
leis tão avançadas Mas por que que a gente ainda né Tem uma realidade cruel o que que acontece né ainda hoje que há tantos anos a gente não consegue eh fazer acontecer o eca né olhar para esse sujeito de direito e é aqui é um convite pra gente que trabalha com a infância e adolescência a gente precisa mudar esse olhar em relação à infância e adolescência a gente ainda tem eh prevalece muito na nossa sociedade um caráter Educacional punitivo né então é como se o adulto tivesse todo o direito de vou dar uma palmada porque
isso é educação né É na dor que se aprende né então a gente não muda o olhar porque no amor a gente aprende muito mais no amor a gente aprende o pertencimento a gente aprende a nossa importância a gente aprende sobre o pertencimento a gente aprende sobre o respeito no caráter Educacional positiv isso é parentalidade positiva tá gente o caráter Educacional punitivo não né Eh tem que punir para poder aprender e aí eu faço a pergunta para vocês quem que aprende né sofrendo a gente aprende a duras penas e aprende o quê se a gente
pensar que criança e adolescente tá ind em desenvolvimento e que desenvolvimento é esse que a gente tá proporcionando a gente que eu falo enquanto sociedade pros nossos filhos paraas nossas crianças e paraas nossas adolescências então a gente precisa pensar eh nesse Educacional né nesse caráter Educacional punitivo trazer a a parentalidade positiva que eu vou ensinar habilidades de vida então muitos falaram a gente não pode olhar só a infância adolescência a gente precisa olhar a família a família também precisa repensar o seu papel frente ao desenvolvimento dessa criança e desse adolescente a família tem um papel
fundamental ela é o nosso primeiro meio social né então a gente é ali que a gente aprende muitas coisas Muitas habilidades de vida então muitas vezes eh eh é nessa família quando a gente pensa aqui né nessa triste eh realidade que a gente vivencia de tantas violências né como essas crianças têm se desenvolvido então a gente ainda tem falta de acesso às necessidades básicas de sobrevivência Então as famílias estão tentando dar conta as famílias estão tentando olhar para essas crianças e e e e e e conseguir minimamente trabalhar para levar a alimentação né então a
gente precisa sim as políticas públicas né Essa barreira de acesso às políticas públicas ela tem cor ela tem local né então a gente tem as políticas públicas eh eh a gente não tem integração entre essas políticas então quando a gente vê esse acesso né muitas vezes a criança é olhada até os três aninhos de idade ela vai no posto de saúde toma as vacininha vai crescendo chegando na adolescência ela não não chega mais a mãe não leva mais esse adolescente e os profissionais também não vão até ele buscar né então muitas vezes a gente eh
em relação à saúde mental aqui né Desse sujeito que que eu queria trazer firmar bem a gente não pode olhar só o indivíduo a gente tem que olhar esse contexto desse indivíduo né então a gente precisa olhar os determinantes sociais que vão impactar na saúde mental das adolescências Então a gente tem hoje hoje em dia né obviamente a mídia os as telas Mas qual é a conexão que essas crianças e adolescentes estão tendo com a família estão tendo com adultos estão tendo com seus professores estão tendo com vocês conselheiros tutelares Então se a gente não
muda o nosso eh olhar em relação a essa infância e adolescência a gente não avança a gente não vai conseguir a gente vai continuar perpetuando né esse esses esse local onde as pessoas que TM um transtorno E aí é isso é internação é medicalização da Infância e da adolescência do sofrimento psíquico então a gente precisa mudar esse olhar tá E aí eu queria convidar vocês a desligarem o piloto automático como eu falei lá no início da minha apresentação a gente entra no trem da vida e aí a gente nasce estuda e vai indo estuda estuda
estuda e depois não você só vai ser alguém se você passar no vestibular Poxa mas eu não sou ninguém ainda só quando eu passar no vestibular e aí passa no vestibular e aí vem a faculdade e o jovem fala assim ei eu vou viver quando quando é que eu vou Alguém vai me ver de uma outra forma então a gente precisa desligar esse piloto automático a gente precisa olhar que todo o processo né do crescer da maneira que a gente vem vivenciando e ainda mais hoje no mundo conectado rápido que ninguém tem tempo para nada
que tá tudo muito acelerado que tem muita informação e as informações chegam de forma Rasa e com quem esse jovem precisa ter uma informação aprofundar e uma buscar uma proteção ele não encontra Então a gente vai perdendo essa essência do ser né se a gente pensar que a adolescência o adolescer ele é um processo né a criança vem crescendo ali no seio familiar juntinho e aí A família vai abrindo as portas nesse processo de desenvolvimento da autonomia da Criança e quando vem a adolescência todo mundo meu Deus quem é essa pessoinha que tá aqui né
muitas famílias falam não reconheço mais meu filho ele mudou ele mudou mesmo a adolescência chegou ele precisa mudar para ele se entender nesse mundo só que ele precisa mudar e ter condições para isso infelizmente hoje a gente vê uma grande maioria que né né ele Qual que é o par que ele encontra é ali né É É na violência é no tráfico de drogas se a gente parar para pensar o tráfico de drogas é o pertencimento desse jovem é um lugar que ele que ele que ele é visto né E que ele consegue esse ter
que o consumo como o Aroldo colocou a produção o consumo nos impõe e pertencer alguém olhou para ele ninguém jamais tinha olhado ele de outra maneira ele ele agora é o cara né Ele é o João que tá ganhando dinheiro que tem aquele tênis ele impõe respeito então a gente precisa eh pensar que no desenvolvimento humano é como vamos imaginar aqui um rio né então a gente vem a vida é essa água que vai seguindo aqui né então quando a criança nasce os pais são as margens ali então a gente vai margeando essa pessoa e
falando olha né Por aqui não vai ser muito legal vamos por ali que tem uma amplitude maior chega a adolescência é uma queda d'água é um turbilhão é uma potência enorme então a gente precisa pensar que nesse curso da vida a gente não tem etapas estanques eu não posso dizer necessariamente que um adolescente de 12 anos é o mesmo adolescente de de 12 anos daqui do DF da onde eu falo de Brasília é a mesma adolescência no no Norte são adolescências diferentes vivências diferentes Então nesse curso da vida vai impactar muito a forma como a
gente vive hoje se a gente olhar paraa nossa história muitas coisas que a gente carrega hoje medos anseios ou potencialidades também veio da nossa vida não só né pelas questões mais fáceis mas pelas dificuldades também então queria convidar pra gente desligar esse piloto automático eh a gente tá falando de saúde mental Saúde Mental é complexo e para questões complexas a gente precisa de respostas complexas não são respostas simples e o que a gente mais vê é assim Ah chegou tô com adolescente uma criança tem problema de saúde mental é Caps Caps Caps não é Caps
só que vai resolver né a gente precisa pensar é o Cap sentado com a escola sentado com a equipe de saúde da atenção primária sentado com a justiça sentado com vários com né pessoas que trabalham nessa área formando ess rede olhando para essa pessoa e pensando como é que a gente pode fazer porque infância e adolescência a resposta não tá só neles né tá também no ambiente né tá também no sistema que ele habita então é a família é a escola é a sociedade é a comunidade onde ele tá então a gente precisa proporcionar para
essas pessoas possibilidades de mudança e quando a gente pensa em saúde Eita agora que eu vi o meu o meu o meu triângulo aqui virou de cabeça para cima ele era de cabeça para baixo Poxa vida mas tá tudo bem Me Pegou de surpresa mas vai dar para dar o recado aqui da mesma maneira Mas então eh e aí eu queria trazer aqui porque a gente olha só comportamento né muitas vezes é aquele jovem que cometeu um ato fracional ele que é difícil né não tem jeito não pau que nasce torto nunca se endireita e
a gente tá falando gente de processo de desenvolvimento a gente tá falando de pessoas em desenvolvimento com um potencial enorme a gente tem duas grandes janelas de oportunidade que a gente chama na neurociência que tem a ver com as conexões que acontec dentro do nosso cérebro né como eu falo aqui com eles dentro da nossa caixola então várias conexões E aí aqui nessa imagem ele era o contrário porque essa parte pequenininha aqui era o tronco encefálico esse tronco encefálico o que que ele faz é onde a gente ele regula o nosso corpo né então é
a temperatura a gente não fala não manda o coração bater a gente não eh fica pensando ah eu preciso respirar não sei o que Inclusive a gente muitas vezes atualmente a gente tá precisando pensar na nossa respiração para diminuir a ansiedade a gente tá com uma respiração muito rápida então a gente precisa puxar essa respiração mas é nessa parte aqui do cérebro lá dentro Ele é bem aqui embaixo esse aqui é o meu cérebro ó na minha testa aqui ele vem aqui embaixo então ele a gente chama de é o reptiliano se a gente pensar
num calanguinho ele vai se adaptando ali com clima não sei o qu é essa parte depois tem um de encéfalo que ele é responsável pelo quê ativação do Sono ciclo cardiano o apetite é a sede o nosso movimento então ah eu senti sede eu preciso tomar água então Ele ativa esse processo Olha o corpo dela tá precisando de água ela tá com a boca seca mas nada disso aqui nesses dois primeiros eh andares dessa pirâmide ela é consciente tá então o nosso cérebro ele é programado para reagir e sentir antes de raciocinar tá então a
gente primeiro reage e sente Então se a gente tá em perigo a gente vai sentir o nosso coração acelerando a gente vai às vezes fugir sem nem saber por que fugiu mas por quê o nosso corpo viu que tá em perigo então ele foi preparado para isso o nosso cérebro foi preparado na nossa evolução isso foi ficando e o sistema límbico essa parte bem aqui lá dentro do nosso cérebro e o córtex tá aqui esse aqui é o córtex préfrontal e tá aqui toda a eh né a nossa caixa aqui de cima que são os
córtex E aí esse sistema límbico ele conversa todos eles se se conversa no sistema límbico que tá a memória o vínculo as emoções é onde fica gravado ali o hipocampo tá aqui fica gravado as memórias e o córtex tá aqui que é eh a nossa racionalidade digamos assim então é ali que começa as questões mais eh estruturantes então o pensamento a linguagem aquilo que é mais complexo esperança a noção de tempo o que que foi passado o que que é aqui agora o controle inibitório só que esse córtex especialmente préfrontal que é onde a gente
tem um controle inibitório que é o quê eu preciso inibir um comportamento para poder eh porque é errado ou porque eu preciso mudar a rota então só que esse córtex ele só vai ser amadurecido por volta dos 25 anos de idade então a gente por que que eu gosto de trazer isso aqui biologicamente Criança e Adolescente sentem reagem antes de pensar e isso aqui tudo interconectado o cérebro ele vai classificar cada informação que essa pessoa recebe no curso da vida dela né então ela vai classificar ela envia né ela vai enviando para essa parte de
cima lá do córtex eh e pras outras áreas elas vão se integrando e processando as informações e essa integração e esse processamento de de informações ela vai produzir uma versão cada vez mais detalhada e rica de qualquer experiência então Quanto mais a pessoa vivencia uma experiência mais fica marcado no cérebro dessa pessoa e aqui eu chamo do Caminho da Roça porque é aquele caminho que a gente passa sempre no meio do mato e ele fica ali marcadinho é o que acontece no nosso cérebro Então as marcas elas né aquilo que a gente fala o que
o que aconteceu na infância a gente leva pra vida toda porque Fica marcado então Eh essa né Essa essa vivência cotidianamente por exemplo da violência ela marca esse caminho então a pessoa começa a funcionar do que ela vê do que ela sente então geralmente crianças que vivenciam situações de violência abuso sexual violência física ela tem eh essa essa sensação no Corpinho então cortisol cortisol tá lá em cima que é o hormônio do stress ela é uma criança mais ativada mais agitada porque ela tá sempre preparada pro perigo esse caminho da roça feito aqui na cabecinha
dela na caixola dela foi marcado os neurônios falam ó perigo perigo perigo constante Então como é que a gente quer quando a gente pensa em transtorno né em transtorno mental tem tem transtornos que a criança nasce com deficiências né Tem transtornos que a gente adquire ao longo da vida que podem desenvolver mas todos os transtornos transtornos do espectro autista o TDH que é o déficit de atenção e hiperatividade eles podem eles têm um componente genético mas a genética não define só como vai ser o ambiente Tem uma forte influência então geralmente crianças que e e
tem um outro transtorno que ninguém faz fala que é o transtorno do estress pós-traumático ninguém fala desse transtorno para criança para adolescente porque a gente conhece esse transtorno lá do pessoal da Guerra né que vivenciou Nossa parece que tem que ser algo muito eh forte para que se tenha esse transtorno e não ele tem a ver com traumas ele tem a ver com vivências que a gente foi exposto ao longo da nossa vida então eu trago isso aqui porque a gente precisa pensar como ess crianças estão se desenvolvendo e nas adolescências tatuadas Então o que
acontece na vida dessa criança tá marcado na ela tá marcado biologicamente falando né então não tem essa coisa Ah porque hoje é a a adolescência Nutella e adolescência raiz são vivências diferentes são marcas diferentes que a gente vai tendo nesse corpo e cada marca tem uma história cada cada marca vai ter a minha forma de agir e reagir nesse mundo né então por que que eu trago isso pra gente deslocar a questão do transtorno só do indivíduo ele é um processo de marcas ao longo da vida dele não é a gente vê eh muito fácil
falar assim ah ó o problema é que ele tem TDH ele é hiperativo e agressivo o problema tá nele agora crianças onde tem TDH são imperativas tem o Tod que é o o opositor desafiador e Eles encontram um local de acolhimento de cuidado eles não vão ter esse comportamento né diminui muito então quanto que é importante esse meio que eh essa criança e que vai se transformar num adolescente e que leva essas marcas ela vai e que que ela encontra então por isso que eu falo não é só um psicólogo não é só um profissional
da Saúde vai fazer a diferença na vida dessa criança é um é um professor que quando esse adolescente dorme a aula inteira que que acontece com esse adolescente né Então quais são as vulnerabilidades que está na vida dessa pessoa né Conselho Tutelar sistema de garantia de direitos a gente trabalha em cima das vulnerabilidades né mas a gente também eh deixa de pensar como a gente previne isso então eu entendo vocês como conselheiros tutelares um papel muito importante também de prevenção não só de de atuação né então pera aí Vem cá educação Eu preciso da sua
parceria aqui né nessa região aqui onde eu atuo tá tendo muita né Eh absenteísmo né da escola tá tendo muita violência como é que a gente pode trabalhar em parceria tá então a gente precisa pensar eh nessas vulnerabilidades para poder também prevenir E aí a saúde mental é o que eu falei não é só o transtorno e nem só o indivíduo né a saúde mental é ampliada é transpor o transtorno mental é transpor o estigma que eu vou ou o rótulo que eu vou colocar naquela pessoa ser ter eh depressão ter ansiedade não define quem
eu sou define muitas vezes que naquele momento o meu funcionamento está permeado por sinais e sintomas de depressão de ansiedade eu ter um transtorno do déf de atenção hiperatividade não me define ele é um ponto dessa pessoa né então Eh e por isso cada vez mais a gente precisa olhar pro sofrimento psíquico muito de nós tá sofrendo né a gente tem um sofrimento psíquico e esse sofrimento psíquico precisa ser olhado para ele não agravar para ele não eh virar um um transtorno mental e a maioria não é olhado porque a gente acha que quem cuida
de Saúde Mental é só um profissional da saúde e não um sofrimento psíquico pode ser trabalhado em roda de conversa pode ser trabalhado com as práticas integrativas e comunitárias eh de saúde né a gente pode trabalhar com ações na escola com jovens promotores de saúde a gente tem inúmeros pontos para trabalhar a gente pode tornar reunião de pais um em que vai Conselho Tutelar Vai um psicólogo da região buscar a parceria para poder trabalhar a questão da parentalidade Positiva Quais são os reflexos de uma educação punitivista então a gente precisa olhar pro sofrimento psíquico que
não transformar esse sofrimento em transtorno a sociedade na maioria das vezes replica a violência se a gente né pegando o gancho aí que a gente estava falando dos dos adultos né que cometem ato infracional trazendo paraa adolescência Quantas unidades socioeducativas replicam a violência que esse adolescente sofre fora e né se vamos pensar nessa realidade quem sairia melhor de um lugar porque nossa é pela dor que se aprende não senão a gente não teria muitas pessoas saíram sairiam ressocializador diz ó não tem tem mais jeito né não tem jeito de mudar eu não sirvo para nada
inferioriza aquela pessoa coloca ela ainda mais numa situação de desse não olhar que a infância e adolescência traz né a gente tem ainda uma sociedade adultocêntrica que sou eu adulto que sei eu adulto que determino o que que uma criança vai fazer então a gente esquece que respeito é mútuo né então respeito eh eu de mim adulto para uma criança da criança para mim então não é porque ela me bate que eu tenho que bater nela é que ela me bate eu vou falar aqui Ninguém bate em ninguém né a gente não aceita esse tipo
de comportamento em casa eu não vou admitir esse tipo de comportamento pronto eu fui firme amoroso Você tá com raiva nomeei o sentimento dela e coloquei um limite eu não preciso bater então a gente precisa nesse olhar adulto cêntrico e trazendo para adolescente a gente ainda coloca Mas na minha época não era assim a adolescência de hoje tá perdida E aí não é a época mudou a gente tá em 2024 a adolescência não é mais a mesma os relacionamentos as conexões não são mais a mesma ninguém mais fica no orelhão esperando o amigo chamar o
amigo ligar ninguém mais tem a confiança de chegar num lugar e falar meu amigo vai tá lá porque eu não tinha celular para saber ou lidar com a frustração de ninguém furou comigo e que que eu faço aqui agora né mas a certeza de tá lá no telefone então a adolescência né a a vivência da infância da adolescência mudou então a gente precisa considerar os determinantes que causa extremo sofrimento psíquico se a gente pensar no racismo hoje né se a gente pensar a a a a população negra tá sofrendo né Há muitos anos isso passa
né é são as avós são as mães que são eh empregadas domésticas e que falam pro filho não tem jeito meu filha é essa a nossa condição e não vê uma perspectiva de futuro e como um jovem vai ter essa perspectiva de futuro a gente precisa apoiar que ele pode sim mas ele precisa ter condição então a gente precisa pensar que nem todo agressividade nem todo at infracional é em função de um transtorno né nem todo choro uma depressão nem toda a ansiedade normal que o nosso organismo precisa sentir em situação de stress é uma
ansiedade que é um transtorno é um transtorno de ansiedade então a gente precisa olhar de outra forma e eh ter um atendimento e continuidade sim para esses casos graves de transtorno a gente precisa dessa atenção a gente precisa para um adolescente que não tem uma família não tem um suporte a gente precisa desse suporte a gente precisa olhar as nossas unidades de acolhimento e falar Ei como é que a gente prepara esses profissionais para que eles possam lidar com 10 jovens que estão em extremo sofrimento sem o suporte é difícil então a gente precisa est
junto né então a Saúde Mental é um contínuo ela vai além do individual então a gente precisa mudar essa realidade e aí enquanto sistema de garantia de direitos né Para mim é essa essa imagem aqui reflete muito o que nós somos eu falo nós em função da saúde né a gente cada peça desse sistema tem o seu papel fundamental na promoção da atenção à saúde mental Mas se a gente quiser fazer sozinho a gente não roda esse sistema esse sistema não vai girar então mais uma vez a gente precisa est junto né Não adianta rede
fazer eh eu sempre trago muitas vezes eh ah mas não tem nada para fazer então vamos construir um fazer junto né só que ninguém quer ter trabalho a mais né então o o fazer também envolve outras questões macropolíticas né de de de de emprego de sobrevivência de muitos que estão nas políticas públicas então mas é muito importante a gente buscar então muitas vezes saúde mental não é encaminhar pra saúde a saúde não vai resolver tudo sozinha não é só assistência social que vai resolver a violência nas famílias com os creias atendendo é todo mundo junto
né então se eu recebi esse adolescente aqui como é que eu consigo integrar com o cros para que a família também esteja inserida para que a gente possa olhar o todo né que permeia essa infância e essa adolescência e aí a gente tem que pensar né uma vivência desenvolvida na dor muitas vezes né desses jovens então o comportamento tem um psiquiatra que é muito bom gosto muito dos livros dele Deixo até como indicação para você que é o menino criado como um cão eh e ele traz né que comportamentos aparentes desconexos aparentemente desconexos ganham sentido
quando se olha para o que está por trás deles todo o comportamento é uma é é uma forma de comunicação todo comportamento então por exemplo eu aqui senti o meu rosto queimando porque eu fico com vergonha né de falar né a gente sabe o o né tem outras pessoas é uma comunicação né então ah um rosto vermelho comunica vergonha então todo o comportamento mesmo que aparenta desconexo então a gente precisa olhar pras infâncias e adolescências e trocar que que há de errado com essa criança essa primeira pergunta que a gente faz que que essa criança
aprontou que que esse adolescente aprontou mas a gente precisa mudar para o que aconteceu com essa criança que aí a gente vai entender esse histórico pra gente pensar em Saúde Mental não posso olhar só aqui agora Eu também preciso ser um curso da vida eu também preciso olhar a história dela E aí assim a gente pode compreender esse ser humano né a gente pode compreender o que acontece com essa pessoa e aí né mais uma vez e já caminhando pro final a saúde mental das crianças dos Adolescentes perpassa o apoio a seus cuidadores eu coloquei
cuidadores porque nem sempre são os pais né às vezes são os avós os tios o vizinho então saúde mental de criança e adolescente tem precisa ampliar a gente precisa olhar para esses cuidadores então quando a gente pensar Ah e que que eu faço com uma criança que tem eh eh usa né o substância psicoativa tem a questão do uso de drogas primeiro ponto a gente tem que pensar né não a gente olha o quê Tá errado ele usar droga não devia Ok mas a gente nessa mudança que eu falei agora anteriormente o que que aconteceu
na vida desse sujeito o que que acontece que leva ele a usar droga a droga é um sintoma ela não é por si só o vício por que que essa pessoa precisa buscar o prazer uma fuga da realidade com a droga da mesma maneira Por que essa pessoa tá tendo um comportamento autolesivo né então a gente precisa e além do que só a gente vê e aí né para finalizar queria deixar essa frase da Jane nelsen ela é uma eh da disciplina positiva que tem a parentalidade positiva e que é o meu sonho né Então
segue sendo o meu sonho em criar a paz no mundo através da paz nos lares e salas de aula quando tratamos crianças e adolescentes com dignidade e respeito e lhes ensinamos valiosas habilidades de vida para formar um bom cará eles derramarão paz no mundo e aí essa paz no mundo quando a gente pensa em prevenção da violência eh as pesquisas já apontam é desenvolvimento de habilidades de vida e inteligência emocional a gente precisa aprender a lidar com a nossa raiva a gente precisa aprender a lidar com a frustração e a gente precisa saber de que
forma eu posso expressar isso e de que forma eu posso mas isso tudo é aprendizado ninguém nasce sabendo a gente precisa a linguagem perpassa eu né muitas pessoas falam ai que besteira ficar nomeando pra criança o que ela sente ela não sabe ela tá conhecendo aquela emoção no Corpinho dela então a gente precisa ajudar essa criança a compreender e a partir daí o que que ela faz né a partir daí eu posso sentir raiva a raiva não é ruim a gente tem como um sentimento ruim não é ruim ela é importante pra gente mas o
que eu faço com ela a forma como ela me Dom é que eu preciso aprender então a gente precisa ensinar habilidade de vida Muito obrigada B Anna Luisa aqui incrível sua fala tem um um fan Club partecipante é uma fala muito importante muito assim que per passa realmente muitas coas dos do sistema de direito da criança adolescente do cuidado de criança adolescente do cuidado do desenvolvimento dessas crianças tem algumas palavras chave que me chamaram muita atenção começa com o Desligue o piloto automático que foi aqui mencionado muitas vezes no chat eh ao fato de outro
outro outra frase che foi Mita mencionada no chat foi a histria do pensar no sofrimento Positivo sem trasformar in trastorno isso acho que é um pontuação muit importante esattamente per la falta de diagnostico e como leava antes no na educação e ver aquele diagnostico com muita pressa Prado não e já todo mundo com trastorno todo mundo com ddh todo mundo assim sem aqu pza esut crianza esut aquele sofrimento pío e tem pontos que acho que chamaram muita atenção como o conceito também de paridade positiva que se transforma em lei e que muda o de famil
com os quais o conselho tutelares precisam dialogar muito em cima disso então é uma uma provocação n da D Ana luí Mas é uma provocação muito importante para ser estudada para ser refletida ser debatida em momentos importante entre os conselheiros nessa relação diferentes s a familha não não vista como culpados imediatamente e e também eh outro outra estou indo assim com está bastante tarde o nosso tempo está eh Está pouco estamos nos aproximando eu gostaria de pontuar algumas coisas também na minha apresentação mas tem outras coisas que me me me chamaram muita atenção da sua
fala n lua quando você fala da adolesc tatuada ou seja as marca da vida As marca que que marcaron essa essa ess da infância até chegar a ser adolescente que então dig ela é o resultado é resultado de tanta tatuagem nesse corpo dessa crianç que perpassam Tod aquele determinantes sociis que foram mencionado e eu acho que a história da educação a história eh digamos de essa educação disciplinar essa educação positiva a transformação dessa educação que vem na na na educação infantil essa mudança de paradigma Total então conselheiros Tutelar olham paraa educação infantil e olh para
os planos da primeira infância dos municípios porque ele nos ensina n nos orienta muitas coisas que acho que é um pouco isso que é uma mensagem que a Dra Ana Luísa está está nos fazendo n em nessa nessa história então outras coisas que os os conselheiros aqui no chat estão colocando é a dificuldade e a fragilidade da rede de proteção e das redes de atenção não em forma geral nos municípios e da falta da intersetorialidade da dificuldade da intersetorialidade não sei me parece que eu fiz um pouco apanhado não de tudo isso o nosso tempo
está ficando pouco não sei se você gostaria de marcar alguma coisa mais Ana Luísa não tá perfeito Rida obrigada eu deixo assim ten os meus contatos eu não sei como é que vai ser depois podem né socializar a minha apresentação tem os meus contatos e é isso a gente tá aqui somar para fazer essa rede acontecer se você ficar outro pouco para eu fazer uma pequena presentação vou reduzir a minha porque acho que o nosso tempo está Já mas eu não sei como algé pode colocar a minha fala alguém dos bastidores você colocou a sua
an lua Não colocaram para mim foi a Maria Cristina ela te coloca acredito que ela deve tá tentando vou vou colocar aqui no chat para ela Bom enfim eu não sei não não não respondo acho que já tempo fo asess umco tentar con leard então não B eu resumir um pco a minha fala sem o suporte do powerp e gostaria muito falar com todos os conselheiros tutelares que um pouco a minha fala tinha muitos aspectos que foram tratados também para Ana Luísa então eles têm muita conexão á chegou Ótimo então digamos a saúde mental empobrecimento
social a violência a violação dos direito da criança adolescente o cuidado com as famílias a relação com a escola a rede de proteção e intersetorialidade um pouco são temas muito importante e que circulam todo esses tema dentro de um conjunto de pensamento de sentimento À vezes de frustração mas eu penso que nós que trabalhamos com criança adolescente todos e sobre todos vocês conselheiros tutelares precisamos Bat muito nessa nesse trabalho de rede nós não escut escut professionais temos escut as crianas soeto adolesente famig e a par qualific Sens che component per la dott anisa consim realmente
diagnostico cheere un diagnostico superfici de Direito da Criança e do Adolescente e eu pensei muito quando pensei de estruturar essa minha fala sobre os concelhos tutelares ele atu diretamente com as familas com as entidades civil e com os órgãos públicos eles T muito desafio nessa profissão a exposição contínua desses profissionais com situação de violência de abuso com a negligência que exe investimento cognitivo emocional podendo ocasionar muito sofrimento e desgaste psíquico impactando a saúde mental dos mesmos conselheiros então a importância de cuidar dos cuidadores e mas como então vamos ver como é que a gente pode
fazer isso de uma forma de uma forma muito muito aproveitando daquele espaço da rede de proteção porque nesse espaço existem noos professionais que podem ajudar também a aos conselheiros Ness escuta também dos conselheiros e também em orientações partilhadas a formação do dos conselhos de alguna forma é ferramenta importante para garantire que preparado intelectualmente para crianza adolescente tamb preparado e spiritualmente emozione a gente falou muito de inteligência emocional de desenvolvimento de nossa de cuidado de nossas emoções o Conselho Tutelar tem uma longa jornada ele destina a proteção da crianza priorizando dig de forma prioritária a proteção
mas também no fortalecimento à familha e a identificação da fragilidade e da violen ou da violência familiar não é um julgamento da família é identificação dos problemas que aquela famig infrenta por quant essa famig pode ter um abusador um explorador dentro del então é importante oless famiga de outra formula sem sem preconcetto sem sem julgamento mais pensar che importante diagnostico di una forma completa a maioria crianza con consiglio tutelare lidan periferica resid in casa con poca sicuranza con Famiglia monoparentais chefia materna crianza que não tem rendimento esolar provavelmente não tem muito acompanhamento dos Pais por
vrias razões por falta de temp e muitas vezes por analfabetismo também criança criada pelos avós devido a muitas vezes a ausência dos pais adolescente com frequência irregular nas escola dentre outras como por exemplo a violencia Comunitária com tráfico de droga com todos os problemas que a gente já conhece mas os perfi dessa criança que é muito importante 7% das evasões escolares de pessoas entre 14 e 29 anos são vivenciada por jovens negros preto o parto jovens Branco passam em media 10.4 anos na escola em quant os negros passan 8.6 anos ou seja jovenes negro fica
em média 2 anos e meio na escola quando comparado com os jovens brav o racismo e a vulnerabilidade econmica dific educacionais evasão e reprovação as OB di denun per cons Tutelar Marc marcadores M important dentro trab cons tutel cri adolescente que vi contesto di violenza esus socieconomica limit perante su relações com ambiente que frequent e podendo acarretar també comportamento ou de isolamento ou de tristeza mas também de agressividade eh temos várias pesquisas sobre os conselhos tutelares e a necessidade do Conselho Tutelar poder cuidar da própria saúde mental também as características desse trabalho caus emocionais muito
for o contato direto com as violações de crianç de adolescente algo muito intenso eu comprovo ISO de Fat me encontrei com muita essa situações e realmente ele movimenta Uma emoção de raiva de tristeza de melancolia porque frente crian sabe realmente eh Digamos um turbinho de de de Emoções mas nós precisamos conhecer bem tudo isso para poder afrentar como a Luísa falou Anna luí falou antes que é importante que se emoções sejam ela nos fez aquela pirâmide aquela pirâmide importantíssima pra gente entender como é que funciona o fluxo emocionais é o nosso fluxo também criativo para
poder elaboro ecram Nemo consigli tutelare ST con esigenza burocratica M grande morosidade sistema responsabilidade e responsabilidade perante Tom di medidas protettiva e stanno a contatto direttamente con famiglie con deve dare risposta no então isso também é fruto de stress destacam-se como essenciais as habilidades socioeconômica de resiliência presentada pelas eh pelos participantes na promoção do bemestar Então esse esse esse benestar dessa rede de proteção precisa realmente ter habilidade não e socioemocionais e de resiliência que permitem enfrentar eh tudo ISO também nesse processo de escuta ver como a resiliencia também das vítima de violência é representativa para
o nosso trabalho nós vemos pessoas que reagem que a situação mesmo consegue fazer com que essas pessoas se tornam resiliente em num situação conseguem ter essa superação e a criança e adolescente consegue ter uma superação À vezes muito surprendente em relação ao adulto insuficiencia de supporto psicologico E di capacitação disponib aos consig Tutelar é importante eh relevare iso para poder Ender com che os conselhos Tutelar podem incontrar esse supporte eh a infine io penso che R di prot da crianza adolescente una R di prote crianza adolescente e rappresenta una R di prote chi Sta guidando
da crianza adolescente e enfrentando a violação de Direito da crian adolescente entãoo importante considerare di prote non di una forma non forma somente eh setorial mas ver essa rede de proteção como ponto iluminados de protetores da Criança e da adolescente de protetores da vida para pais então é muito significativa quando uma rede de proteção realmente funciona nesse sentido que possa realmente ajudar as pessoas que estão enfrentando essa essas violações de direito como os conselhos tutelares os professores os os mesmos eh Profissionais de Saúde que est enfrentando isso como essa comunicação entre especialista essa comunicação não
somente entre especialistas mas também entre as pessoas né que fazem parte dessa rede como as ones como todas a sociedade civil envolvida ela podem ser uma rede de proteção também asadores algo que eu gostava não vou me prolongar aqui quando a organização da mundial da saúde ela define a violen como uso di fora fsica o di Poter contro si proprio o TR Persona contro un gruppo comunit che risulta o possa risultare in sofrimento e morte enta palabra nua nessa nessa nova definição que é a inclusão da palavra do poder ou seja o uso da Forza
Fisica uso da Forza psicologica a gente quando trab a gente que traba con crianza con adolescente sempre F dessa relação assimétrica do adulto con as crian ma tamb una relação asimmetrica di genero tamb relação di raa tamb relação assimétrica di etnia Então essa desconstrução essa inclusão de palavra poder no D elemento Central muito importante PR gente decodificar aquo che a gente probabilmente apprend in educção tradional o abord medalista pode nos ajudar a entender eh as manifestações de violência entender entender também qual é a reação e por ela aconteceu então o uso de poder também deve
incluir alendo atto de violenza a negligenza e Tod do tipo de abuso fisico sessual psicologico como também o suicídio a autoflagelação o rismo a homofobia entre outros essa definição então cobre uma amplia gama de resultado incluindo a injúria psicológica a privação de liberdade e também no desinvolvimento da crianç e do Adolescente e eu vou um pouco em frente não porque não temos muito tempo e gostaria de finalizar nós temos um quadro aqui eh que é muito importante eito a nível Mundial para entender que tipo de violenza as crianças sofr nas dierentes idades da infancia de
adolescente e nós vemos por exemplo que umrato a criança ele occorre meno de 5 anos occorre à vezes com criança muito pequena Até os 17 anos mais ou menos embora isso ocorrer ao longo da vida o bullying começa mais ou menos a 6 anos até 18 anos a mais a violencia juvenil ela contessa a partir da primeiras do da primeira eh adolescência digamos a partir de 11 12 anos eh até a juventude a violência infringida pelo parceiro íntimo também é ess é a parre da adolescencia a aade adulta a violen sexual Não éa coma começa
a partir quase de meses da idade da criança nós temos casos sempre mais não sei se são agora revelado isso a gente não vai descobrir facilmente Porque nós não temos uma base de dados de muitos anos atrás a nossa base de dados é muito recente digamos tem 20 anos não não mais que ISO eh mas a violencia sexual nós temos violencia com idade bastante precoz de meses até a vida adulta e a a violenza emoziona psicologica é testimoni violenza que també é violenza éa també seg o mesmo percurso da da da violência sexual e aqui
eu fiz o um pouco mas eu não vou eu vou deixar a apresentação para todos vocês para poder olhar gostaria de voltar a falar que a violência é a pior ameaça ao bem-estar da Criança e aquelas marcas aquelas adolescente tatuado que você que a Ana Luísa falou antes na sua presentação eh eh a violência e tem várias manifestações eu aqui eh vo a presentare un Un Poco un un mappa no che contesse con con diamo di qu sono problema di saudo per esempio a partire di violenza a partire di viol e di violenza infanzia adolescenza
trastorno di stress pret traumatico depress ansietà agressividade suicidio mas temos também fisicamente lesões temos também eh na saúde da crianç nos temos também morte a ve morte letal gravidez no planejada e gravidez na adolescência complicações da gravidez temos també consumo abusivo de alcool e droga pratica sessu fura infecção temos infec sexualmente transmitivo e temos também venza non trasm e comportamento di risco temos caso di cancer diabete assidente vascular doen polmonare cronica cardiopatia ma temos tambm obesidade sedentarismo consumo di tabacco Il consumo alcolico Gia Un Poco di sensibilizzare no m cheo sensibilizo tutelare spetro no che
M importante quando una denuncia o una una denuncia di di di di violenza sexual intendere Un Poco di to consequen no Que abuso violenza sexual consider el como espress de violencia Mais Cruel che a crian pode subir eh dific chean poro Que importante escuta proteg come Ai que foi sancionada em 2018 ela muito importante porque eh irritabilidade medo inquietação tdio sensação de solidade alteração nos padrão de sono e alimentação todas essas Essas manifestações ela também não podem ser repetida não a cada momento quando você recebe uma notificação dessas crianças é importante saber escutar a criança
mas é importante também saber perguntar a criança que che tipo di pergunta deve ess fetta sto correndo a importanza d centro di appio centr di appio perché centr di appio Son fundamenta perza orora annalisa F una cosa importante non Son specialista Son pessoas che appo qu gente chama centro di appio non Son C strutt gente gostaria che in to esola tivesse un centro di apoio o seja un grupo di pessoas che poss dare essio Tod scola ten psiclogo por lei ten assistente social a gente pode criar ncleos di apoio essas crianzas mas non somente ncleo
ter una relação con consiglio tutelare come se fosse una rotina una rotina di de perguntas também recíprocas para poder ter uma relação que não seja uma relação funcional somente que não seja uma relação de trabalho mas que seja uma relação humana estamos lidando com crianças e adolescentes então todos os apoio que a gente pode dar com as crianças adolescentes tem que pensar nessa humanidade não nessa sensibilidade é sobretudo pensar o que que é Analú falou antes do Desenvolvimento Infantil que esse desenvolvimento que a criança não fez porque fez ela faz porque está dentro está é
uma consequência também então o que que aconteceu nós temos que saber o que que aconteceu mas não sempre essa pergunta deve ser dirigida diretamente à criança nós temos várias fórmulas para poder ter um diagnóstico mais non per azaia fare di un di un strumento che giunto con un ministerio pubico consimo consimo realizzare non solamente un ministero pubblico ma una Gamma diti insti participar da desse applicativo un applicativo se chama aprendere a proteger ma aprendere a protegere no solamente un applicativo proteg ass como a parentalidade positiva assim como todas essa nova formula diare a crianza a
partire da neuroscienza a partire che crianza ogi nost época na contemporaneidade esse esse esse aprendere a proteger é um programma el somente um strumento a partir desse concetto que nasceu um strumento esse strumento é um canal de ação é um canal de aprendizagem e com eles vamos aender os aspetos da violenza dos IMPA que gerano dia dia de nosra crianza muitas vittima de violenza de abuso de exploração di violenza Fisica psicologica neg ma creativ fantasia também imaginação tamb vida então V aspetto crianza vamos prendere applicativo come identificare osservare scare come guidare aprend che o silcio
e palav [Música] gostaro colocar applicativo aluna formaa a Desu PR a ancestral oo a inf Juventude conhecer e reconhecer os marcadores sociais não podemos esquecer disso porque isso são muito importante para entender que tipo de criança está na nossa frente que tipo de familha está com quem nós estamos dialogando reconhecendo a identificação de sinais de abuso exploração sexual exploração laboral exploração buing tristeza e malestar eendo a escutar aprendendo a resp a privid dessa crian e aprendendo a fortalecer a intersetorialidade e o apoio psicologico dessa crianza tambet con Tod significa contol famili soci perder alguém perder
uma crianç muita crianç que que vive situação de violação a escola perde eles e quando eu falo da escola estou falando de aquele lugar importante que ensina a viver com os outros que a criança adora porque a criança tem amigos naquele lugar Pens durante a a pandemia a tristeza das crianza que nãoa pre-escola che queria Star con os coleginh con os coleg con os amigos entender che o des forto invisib das crianza condição que attinge sobre a crianza indigena quilombola a crianza povere con deficienza e a vittima e vittima di violenza a necessit educativa e
di cuidado muitas vezes não apurada e não aceita na escola se Torn non consider Ann ob e negadas e conu fare con cit Elana BR una giornalista che ST amonia e Che SC un libro bellissimo che si chiama vi che ning Un Poco Aroldo foi Anes o mundo salvo todos os dias por pequenos gestos di minutos invis o mundo salvo pelo avesso da importanza pelo antonimo da evidenzia o salvo per unar que involve e aaga a barca resgata reconhece salva inclui muito obrigadaa eu ao que a gente terminou Ana eu corri muito espero que eh
eu não consegui olhar naturalmente os comentário Não de todo de todas as pessoas que de todos os conselheiros e de todo o público que está nos assistindo Espero que nossas falas possam realmente contribuir eu aprendi muito esta noite não sei se Ana Luísa quer acrescentar algo Seria muito bom paraa gente concluir ah primeiro Parabéns Rita acho que você trouxe uma reflexão importante que o pessoal aqui foi acompanhando né Eh os comentários eu acho que desse dessa importância de cuidado cuidador né então esse ficou bem latente aqui nos comentários eu acho que a gente né pensar
em Saúde Mental a gente precisa Cuidar de quem cuida também então todos nós precisamos ter saúde mental né Para poder trabalhar e assim eu acho que eh a sua ess essa colocação né do mundo é salvo nos pequenos gestos eu acho que reflete e é uma resposta desse trabalho de formiguinha que a gente faz e que os conselheiros estão colocando aqui que tá a gente tenta mas não tem apoio a lei não acontece não tem então assim é um trabalho de formiguinha e uma criança que a gente cuida né 10 já são 10 crianças né
então muitas vezes a gente quer esse grandioso mas a gente precisa somar né a formiguinha o trabalho de formiguinha elas somam né Tem um formigueiro inteiro fazendo junto tem um formigueiro inteiro trabalhando para levar eh o alimento né lá pro formigueira eles estão ali alinhados né se a gente pisa eles ficam perdidinhos então a gente precisa estar junto de mã mãos dadas né e eu acho que é isso né é uma uma formação é um um um primeiro momento pra gente poder ir somando cada vez mais nessa nesse trabalho de formiguinha que a gente vai
se encontrando que esse espaço online possibilita juntar mais formiguinhas então que a gente não precisa se sentir sozinho né mas a gente buscar esse apoio no nos nossos municípios nos nossos territórios Principalmente eu acho que Ministério Público tá né tem o pessoal tão olhando para isso estão também da gente puxar né todo mundo aí todos os parceiros envolvidos e não tentar fazer sozinho Bom eu acho que vamos concluindo Então gostaria muito falar com todo você de baixar o aplicativo no celular qualquer celular você pode baiar é gratuito acho que pode interessante ter no bolso todas
essas orientações vai ter também uma formação continuada tamb no aplicativo que vai ter como tema naturalmente esse tema do abuso e exploração sexual Mas vai ter muito tema sobre a rede de proteção vai ter tema como a primeira infância vai ter vai ter vários temas muito importante então eu acredito que a Cristina paresse que ficos em internet então ela não vai fazer a as considerações finais conclusão eu vou me inventando fazendo uma conclusão aqui acho que foi uma noite muito agradável eh foi muito importante me parece para todos nós Espero realmente que essa formação parece
que tem um público muito animado nos dos conselheiros tutelares Então acho que é cheia de sucesso gostaria de agradecer o Ministério Público por esse convite gostaria de agradecer na pessoa do Dr Cláudio Malta realmente uma pessoa muito importante para esse trabalho aqui no estado de Lagoas mas também que trascende o estado e vai para todo o Brasil acho que o meu companheiro de trabalho nesse momento por via desse aplicativo mas é assim somos todos Ponto de Luz tá conselhos tutelares vocês são os ponto de Lu dessas crianças dess adolescente dessas familas que precisam de apoio
não precisam de punição precisam de responsabilização isso é verdade mas tiramos essa palavra punitiva da nossa é da educação e também dos direitos os direitos humanos são diretos todos não temo que preval no outro como como fo fala anterior não do nosso amigo que teve que sair eh do nosso promotor então eu gostaria me despedir espero que nós reencontremos em outros momentos então boa noite a todo mundo