sejam muito bem-vindas e bem-vindas ao podcast saúde mental em evidência um podcast que fala sobre comportamento humano psicologia Claro saúde mental e áreas afins hoje em especial tô aqui com o Jean Leonard que é o meu host do podcast que dispensa apresentações E hoje nós vamos falar de um tema muito importante que é sobre como você escolher um psicoterapeuta eh eh adequado que é embasado em ciência principalmente que tenham características a aí que podem te ajudar a resolver os seus problemas e os problemas dos seus familiares Obrigado Joan pela parceria por topar esse desafio aqui
em em mapear e dar orientações pras pras pessoas sobre como é esse terapeuta adequado e bom para atender a demanda das pessoas perfeito Obrigado João Espero que que seja útil aí para as pessoas beleza e eu eu eu eu penso aqui que a gente pode falar de várias coisas eh mas eu tenho uma pergunta fundamental eu quero repeti-la assim de maneira bem clara eh porque uma coisa jan é quando uma pessoa tá procurando um um um terapeuta ou até mesmo um outro profissional da Saúde Geralmente as pessoas pegam algum tipo de indicação né Ah pô
quem é que quem é que pode me ajudar nesse caso por exemplo um médico Ah eu eu tenho aqui uma recomendação de um outro médico generalista eu quero ser atendido por um cardiologista porque eu tenho algum alguma complicação no meu coração ou alguma área afim fica um pouco mais fácil os pacientes definirem em quem buscar na psicoterapia por conta de ser uma atividade quase que pouco compreendida ou até mesmo obscura né O que que realmente um psicólogo faz T vezes fica muito difícil para as pessoas acessarem esse tipo de informação e aqui eu tenho uma
proposta pra gente mapear de como um terapeuta Deva eh trabalhar e como o os pacientes consigam identificar essas características nele por que que eu tô falando isso porque hoje no Brasil nós temos mais ou melhor quase 600.000 psicólogos ativos isso é um dado do próprio Conselho Federal de Psicologia e e praticamente 10.000 psicólogos se formam todos os anos no nosso país Então nesse mar de profissionais quem melhor a gente pode escolher Jean como é que eu escolho um bom profissional para atender a minha demanda aqui relacionando especificamente a um psicólogo Perfeito João é um bom
profissional psicólogo ele vai apresentar muitas características diferentes eh eu vou tentar fazer primeiro um Talvez um voo panorâmico assim mencionando essas características eh e aí a gente vai aprofundando a medida que você quiser a primeira coisa eh É talvez dá dois destaques o primeiro deles quando você falou da Medicina na medicina isso já tá mais Óbvio desde o momento que o paciente começa a procurar um um médico né então Putz ele sei lá caiu bateu o pé tropeçou tá doendo ali um uma um músculo um tendão ele sabe que ele precisa procurar um ortopedista né
se ele tá preocupado com com dor no peito bom ele sabe que ele precisa procurar um cardiologista né e na psicologia isso não é tão Óbvio assim Especialmente porque a grande maioria das pessoas elas acham que existe psicólogo e que eles são mais ou menos todos iguais então primeiro lugar eles não são todos igais eles mais eles mais se diferenciam do que eles se assemelham e tem um complicador aí que é o fato da graduação em psicologia no Brasil ser muito pouco comprometida com ciência né então a gente vê centenas e centenas e centenas de
relatos dos nossos alunos de pessoas que estiveram em palestras muita muita gente dizendo assim [ __ ] eu nunca vi isso eu nunca vi aquilo nem sabia que isso existia tudo conteúdo mais científico assim então olhando paraas características que as pessoas deveriam considerar para escolher um psicólogo ou inclusive para avaliar o seu próprio psicólogo talvez a primeira delas seja a seguinte pergunta o seu psicólogo a sua psicóloga é ativo na sessão Então existe uma compreensão no campo da psicoterapia que o grande e a a grande contribuição que um psicólogo faz é oferecer uma escuta isso
é mentira oferecer uma escuta Talvez seja 5% do trabalho é por isso que existe muita gente de fora da área que diz assim ah que ir no psicólogo que e prefiro falar com meus amigos cara honestamente a depender do psicólogo e a depender do amigo da meio na mesma e eu sou psicólogo tô falando isso sei que é polêmico por quê Porque cara oferecer uma escuta tá você desabafa você tira um peso do peito você é compreendido mas a hora que você sai do consultório a tua vida continua ruim a tua vida continua não dando
certo você continua tendo problema no seu relacionamento você continua não conseguindo desempenhar no trabalho você continua tendo dificuldade para criar teu filho você continua tendo insônia você continua triste etc etc acho que essa é a primeira coisa eh eu já tive muitas pacientes João que primeira segunda sessão dizem assim para mim Nossa mas você fala ti como se eu falo né não porque o meu outro psicólogo eu ficava lá 50 minutos falando de vez em quando ele soltava um Ahã e era isso então como assim né então quando você tá falando em o psicólogo ser
ativo é ele falar durante a sessão isso é ele falar durante a sessão em vários sentidos na investigação eh na entrevista Clínica a gente chama isso de anamnese né Eu Tô levantando ali Quais problemas esse paciente tem o que te traz a terapia O que que te faz sofrer Qual é teu padrão de comportamentos de pensamentos Como que você costuma se sentir então eu tô construindo aqui todo um entendimento de como essa pessoa funciona mas eu não tô fazendo isso com a expectativa de que eu fico quieto e ela necessariamente vai saber falar tudo que
é importante entende então é Imagina assim ó fazendo um paralelo né eu vou lá num médico eh fazer uma quea de uma dor se ele me deixa falar livremente eu vou ficar falando dessa dor dessa dor dessa dor esse médico ele precisa me interromper e dizer assim entendi a sua dor ela é emp contada ela é impressão ela arde ela queima cara eu por livre espontânea à vontade talvez não falasse pro meu médico Ó mas deixa eu te dar uma coisa é importante você saber que a minha dor é impressão viu ela não é em
queimação Cara isso não é minha obrigação de paciente o médico tem que saber me perguntar isso faz parte das competências dele então o paciente ele não vai falar livremente esse profissional da Psicologia um bom psicólogo vai ajudar o paciente no seu relato vai fazer perguntas eventualmente vai se interromper vai saber o momento de ficar em silêncio vai saber o momento de investigar detalhar mais uma coisa Para quê Para que esse paciente consiga definir os seus problemas o que que te faz sofrer por que que você vai gastar uma hora da sua semana comigo por que
que você vai gastar esse esse dinheiro em terapia Qual é o tipo de ajuda que você quer ter então basicamente tô falando aqui dos objetivos que essa pessoa tem com a terapia uhum bom ser ativo então é uma característica do bom psicólogo eh qual seria a próxima a próxima talvez seja a capacidade que esse psicólogo tem de explicar pro paciente eh talvez já na primeira consulta talvez na as primeiras consultas Qual é o meu papel como psicólogo ou seja o que que o que que me me cabe dentro dessa relação que a gente vai seguir
de agora em diante exato exato porque o que acontece eu já tive muitos pacientes talvez você já tenha tido que até pela nossa tradição Histórica de como é terapia essa coisa só oferecer uma escuta e tal acreditar que a terapia a sessão de terapia em si ela vai fazer uma espécie de mudança de chave na cabeça dele vai fazer uma espécie de lavagem cerebral sei lá e ele vai simplesmente mudar e a terapia não é assim a terapia parece mais com aprender a tocar violão Como que você aprende a tocar violão imagina que você é
o meu professor de violão e eu nunca peguei num violão na vida vou lá na primeira aula de violão com você e você começa a me mostrar como as mãos devem estar posicionadas Legal não sabia que eu tinha que apoiar o braço desse jeito e não desse que essa mão não é para ficar torta assim é para ficar alinhada assim você tá me ensinando a posição e você me passa um exercício eu vou pegar aqui as cordas do violão e vou tocar a primeira e a segunda a primeira e a segunda primeira e a segunda
você faz lá comigo 5 minutos desse exercício O que que você fala para mim agora você vai PR casa você pratica esse exercício semana que vem você volta você vai ver como que eu evoluir com esse exercício vai fazer eventualmente um ajuste uma correção e vai me dar novos exercícios E aí eu vou do eh do zero ao concertista e eu pegar no violão somente nas aulas de violão e não pegar nele em casa eu vou levar sei lá 20 anos para aprender a tocar violão e não à toa que tem gente que faz 20
anos de terapia e não tem mudança e não chega a lugar algum chega em lugar nenhum é o que eu gosto de chamar não é um paciente né é um plano de previdência privada se porque tem um risco grande aí porque ele pode se lá melhorar por outras coisas né mas pode se estabilizar manter um padrão muito parecido né não ter melhora ou até mesmo piorar exato recentemente a gente fez um episódio aqui eh com a Juliana Fonseca que é médica psiquiatra e ela falou no durante o episódio sobre os casos não tratados que cronificar
então esse paciente que não está recebendo um tratamento adequado ele Talvez assim tem quem melhora simplesmente com a natureza isso a gente sabe Existe alguma recuperação espontânea em alguns casos ele no no no cenário menos pior ele vai só prolongar sofrimento e no cenário pior ele vai ficar ainda mais comprometido ainda mais disfuncional etc Então esse terapeuta ele vai falar qual é o papel dele qual é o papel do paciente o que que eu espero dele enquanto paciente por exemplo de levar para casa esses exercícios terapêuticos essas tarefas essas ações né Eh eu vou est
totalmente disposto a explicar para ele o que que a gente espera de resultados e importante tá o Conselho Federal de Psicologia é muito claro que é eticamente proibido você fazer uma previsão taxativa de resultados o que isso quer dizer eu não posso virar paciente e falar assim ó você vai fazer 12 sessões comigo e você estará curado isso eu não posso fazer mas o que eu posso dizer é assim ó você tem o problema X as pesquisas com pessoas que têm o problema x que fazem este tratamento dentro de um programa de intervenção que dura
20 sessões 80% deles T remissão completa de sintomas 80% melhoram 10% sei lá 5% no melhor e 5% pioram tô abrindo o jogo aqui com o paciente uma das perguntas que psicólogo mais tem medo de responder sabe qual Qual é mas quanto tempo eu vou fazer ficar em terapia a resposta é assim atípica né Depende veja bem é um processo depende mais de você do que de mim tá tudo isso é verdade mas isso é tipo 10% verdade os outros 90% verdade a gente tem a resposta na literatura científica E se ele me fez uma
pergunta que a literatura científica ainda não respondeu eu vou dizer para ele não sabemos então o que que a gente pode dizer aqui é que o paciente talvez a responsabilidade não seja talvez não com certeza a responsabilidade do paciente não é necessariamente dele de perguntar isso mas pensando do ponto de vista aqui prático o paciente pode chegar e perguntar psicólogo pera aí Diga aí o quant que eu posso melhorar a partir dos dados que você tem da literatura científica que você tem do meu caso quanto tempo a gente vai ficar em terapia ele pode fazer
isso ele pode e ele deve especialmente para avaliar a resposta do terapeuta quando terapeuta Começa a responder isso de uma maneira muito abstrata muito na defensiva isso é um Péssimo sinal o que que eu diria para você que é uma resposta ideal a resposta ideal é assim ó a literatura científica aponta isto na minha experiência Clínica acontece este outro isto e quando não há literatura científica eu vou dizer para ele olha eu não conheço na literatura científica uma previsão Então vou te dar um exemplo tá uma vez eu atendi uma paciente que chegou para mim
Eh eu uso um a gente fala disso depois João mas eu uso um questionário que o paciente preenche toda a sessão né e ele a primeira vez que ele preenche essa sessão eu nunca ouvi ele preenche antes da primeira sessão então quando eu vou atender ele eu já tenho os dados desse questionário e veio cara assim e com a saúde mental maravilhosa assim o questionário né então quando vem assim você tem geralmente duas hipóteses ou essa pessoa tá mentindo ou essa algumas hipóteses na verdade ou essa pessoa tá mentindo ou ela não tem aquilo que
a gente chama de consciência de morbidade tipo ela não faz ideia de Sofrimento que ela tá experienciando certo ou ela não faz ela tá tipo querendo fazer terapia e por talvez não faa sentido você tá em terapia Às vezes pode ser uma coisa que ela tem mas que o instrumento não tá captando tal bom primeira coisa que eu vi foi isso fui avaliar ela na primeira sessão e realmente totalmente correspondente ela tinha uma vida ótima ela tinha um problema que trazia bastante impacto na qualidade de vida dela que era uma relação Horrorosa com a sogra
cara não existe na literatura científica tratamento para quem briga com a sogra descrito pesquisado ensaios clínicos não existe isso né então assim quando eu vou falar para essa paciente mais ou menos o que eu entendo como tempo de duração etc eu vou deixar claro para ela que é quase um achismo barra chute da minha parte com base na minha experiência Clínica mas que eu não tenho nenhuma garantia disso e quando eu apresento por exemplo para um paciente ó Sei lá eu já tive um paciente que veio com transtorno pânico coisa rara né transtorno do pânico
é só não tinha mais muitas outras questões nã cara 80% dos pacientes acontece isso 10 aquilo nã vou fazer de tudo para você tá nos 80% da estatística mas não há garantia né isso aqui são probabilidades é é que nem Previsão do tempo né a previsão do tempo diz assim h 85% de chance de chover aí não chove você diz a previsão Errou não a previsão não errou é uma questão de probabilidade né a probabilidade de um avião cair é de 1,54 milhões mas de vez em quando um avião cai né então você tem e
você tem uma certa liberdade para você optar se vai viajar de avião ou não exato no caso da psicoterapia se o psicólogo se não o psicólogo que deve explicar para o paciente ele dá a liberdade pro paciente decidir se ele quer ou não exato exato eu vou te contar um exemplo eu tive uma paciente que ela ela veio para mim ela tinha um diagnóstico mas ela veio tratar algumas coisas relacionadas a relacionamento com os pais relacionamento com o namorado tava meio na dúvida se abandonava a carreira que ela tinha começava a fazer uma coisa completamente
do zero ou não então era esses temas e cara lá na frente assim já várias depois ela me diz que tava apavorada que tinha passado a noite em claro porque a médica dela pediu para ela fazer exames de sangue ela tinha uma fobia extrema de fazer que ela desmaiava e que o pai tirava sarro dela dar E aí ela perguntou para mim Ah não ela terminou de contar eu falei para ela pô mas você sabe que isso a gente pode tratar aqui tranquilamente né ela é mesmo assim como é que é o tratamento aí eu
expliquei para ela que o tratamento envolvia uma exposição uma aproximação a essas situações tal expliquei passei Acho que uns 20 minutos explicando bonitinho a reação dela foi meio assim você Acabou acabei eu não vou fazer isso nem que a vaca tua nem que você me pagar para fazer eu nunca vou fazer isso né Ela prefere ter o problema do que fazer um tratamento ali aí você vai tentando vendo ó mas veja bem você vai ficar ruim né sofrendo por esse tempo mas você nunca mais vai sofrer disso provavelmente dentro dessas estatísticas tal não não quero
não quero não quero legal e significou que naquele momento ela não queria mas aquele background de informação que você deu pode ser da passa dois meses TR meses um ano ela disse assim Hum mas o j falou que bom pode ser uma vantagem ex vai que sei lá amanhã Sei lá isso faz anos tá vamos supor que agora ela descubra uma doença sei lá x que ela precise fazer exame de sang todo mês talvez ela reconsidere porque lá ela tá fazendo exame de sang uma vez por ano certo mas ela já tem uma quantidade de
informação que ela não tinha antes e que você é responsável do que foi exato exato informou ela então você viu né eu eu eu primeiro eu sou ativo de maneira colaborativa a gente busca os problemas os objetivos os alvos de intervenção a gente faz a explicação dessas coisas das opções de tratamento a gente faz um balanço de O que que a ciência sabe sobre isso o que que a ciência não sabe sobre isso e ele tem a liberdade de escolha legal então a a a ser ativo e explicar são dois componentes importantíssimos aqui e negociáveis
teria mais um algum outro componente vários de características de um bom terapeuta vários Vamos lá outro componente é que um bom terapeuta e eu tô dizendo aqui bom terapeuta meio como sinônimo daquele que se pauta pelo que há de melhor em ciência tá ele vai avaliar os problemas que um paciente tem se baseando em modelos teóricos que atendem alguns critérios eu não vou entrar nessa lista de critérios seria altamente técnico eu tenho uma aula sobre isso lá no instituto de Psicologia baseada em evidência mas basicamente a gente tem modelos explicativos na psicologia que tem mais
validade mais confiabilidade mais sustentação empírica mais coerência mais plausibilidade e modelos que não por exemplo tá eh a gente poderia olhar para uma explicação que é a seguinte Eh toda vez que o meu filho quer uma coisa e eu digo educadamente gentilmente não ele depois grita para pedir a mesma coisa e eu digo não de novo ele continua gritando gritando gritando gritando até que eu fico de saco cheio e eu entrego o que ele quer para ele o que que ele aprendeu aqui ele aprendeu que pedir não dá certo ele não consegue o que ele
quer e quando ele grita da chilique briga etc ele consegue o que ele quer então agora eu consigo entender porque que o padrão dele é esse da birra isso um é plausível isso já foi testado empiricamente isso a base teórica que que os conceitos que sustentam essa explicação já foram testados inclusive antes com animais de laboratório etc então versus o modelo explicativo que não tem nenhum basamento em ciência por exemplo eh mulheres Isso é uma proposta do Sigmund Freud da psicanálise tá mulheres tem uma inveja inconsciente do pênis dos homens porque isso significa de alguma
maneira poder e ela compensa Esta falta colocando algo dentro dela que é um bebê quando ela engravida certo então a plausibilidade disso é baixa e tudo que a gente sabe hoje nos últimos 100 anos que a gente teve de avanço no estudo da psicopatologia no estudo do comportamento no estudo do pensamento no funcionamento das emoções neurociências etc não corrobora isso percebe então a questão é o teu psicólogo a tua psicóloga Quais são os modelos explicativos eles são baseados em ciência que agora tem uma pergunta importante é como é que o o o o cliente o
paciente pode identificar esse se esse modelo é ou não é você deu aqui dois exemplos né um de um modelo mais comportamental né fundamentado em ciência e o modelo psicanalítico lá que tem algumas informações an duvidosas como é que ele poderia identificar ele faz uma pergunta pro terapeuta ó que modelo teórico você usa desse tipo então alguns gostam até de perguntar né tipo qual que é a tua abordagem assim qual que é este modelo Clínico né ah é terapia comportamental dialética terapia cognitivo comportamental é terapia do esquema coisas que tem um pé na ciência ou
vários dos pés na ciência mas ele também pode dizer assim então tá e a ideia aqui não é ficar brig bus entender ess esse jeito de trabalhar é dizer assim Ah entendi então sei lá imagina que você João chega para mim e diz assim ah eu eu gostaria de sei lá ter uma ser promovido no banco que eu trabalho você é meu paciente você é bancário já tem um cargo alto você diz para mim que você quer e você quer muito assim você tá trabalhando de madrugada você tá ralando você tá tendo prejuízo familiar etc
e Eu ofereço uma interpretação disso para você você pode me perguntar entendi qual é o embasamento científico dessa explicação onde que eu encontro isso assim existem evidências de que isso faz sentido né então eu poderia dizer para você como se eu fosse psicanalista que você faz isso porque você tá buscando o reconhecimento de figuras de autoridade porque o seu pai nunca te deu afeto na infância tá é razoavelmente plausível assim né não é algo impossível tá essa proposta ela tem alguma sustentação em pesquisa eh empírica Existe algum tipo de pesquisa observacional de pesquisa experimental que
dê sustentação a isso não existe c e e e se então se o terapeuta ele mandar Sei lá uma ciência não é importante eu não acredito nesse coisa de ciência você tem que acender um alerta a tem que acender um alerta a a a complexidade humana é a ciência é incapaz de captar é a subjetividade humana incapaz de captar né cara assim vamos abrir um parêntese Aqui tá o ser humano Décadas atrás botou pessoas dentro de um foguete esse foguete pousou na lua os caras deram um rolê na lua voltaram pro foguete o Foguete decolou
da lua e os cara caíram aqui de Oceano no no no de paraquedas o foguete foi pro balá e eles os caras voltaram da lua cara a quantidade de variáveis de complexidade de coisas aqui é cara é muito grande uhum o ser humano é extremamente complexo ele é bizarramente complexo assim isso não o torna imune aos métodos da ciência ele não não se torna Eh sei lá não perceptível não incompreensível pela ótica da ciência então qualquer postura de não Não cência não é importante é esse autor que falou etc saiba que você você pode continuar
tua escolha Mas saiba que você tá num tratamento que sob a lógica científica deveria ser chamado de experimental O que quer dizer experimental experimental sim cara é uma coisa que a gente não sabe muito bem né geralmente nas outras áreas da Saúde Quando que a gente faz um tratamento experimental imagina ass imagina que eu tenho um câncer tá eu fui lá pra primeira linha de tratamento né sei lá cirurgia quimioterapia cara não funcionou Eu continuo com o Câncer em desenvolvimento aí tem lá um tratamento sei lá de segunda linha não tem nada de câncer tá
tô inventando aqui aí tem um tratamento de terceira linha cara tipo eu vou morrer daqui três meses o cara lá da Finlândia desenvolver um tratamento que ainda a gente não sabe nada cara eu me submeto a fazer eu não tenho meio que Nada a Perder entendeu certo mas você tem a escolha de de de ou seja tem a a a capacidade de escolher se você vai ou não exato porque você tem informações entes porque o médico no caso aqui no caso de psicoterapia explicou Quais são as vantagens vantagens os riscos que você tem certo exato
E aí tem uma questão que é a seguinte eu acho extremamente problemático do ponto de vista ético o psicólogo Clínico o terapeuta não deixar claro pro paciente desde cedo o quanto que o trabalho dele é embasado em pesquisa C ou não porque uma coisa é o seguinte João uma coisa é assim ó eh imagina que eu quero fazer aromaterapia para curar minha depressão tá beleza minha vizinha falou que a vizinha da mãe dela fez e curou Beleza eu vou lá fazer aromaterapia se o profissional da aromaterapia disser para mim ó eu faço aromaterapia para depressão
adoro fazer isso aqui tenho pacientes que gostam mas não há nenhuma pesquisa científica que comprove eficácia de aromaterapia para depressão se essa pessoa decide fazer cara tá tudo bem não tem nada a ver com isso é liberdade de escolha ela faz o que ela quer né Lembrando que a gente é livre para escolher mas a gente é prisioneira das consequências mas ela é livre para escolher eu não quero te impedir individualmente fazer nada agora a questão é o quanto de informação você tem eu vou dar outro exemplo eh eu fiz vasectomia quando eu procurei o
médico fazer a vasectomia ele falou assim para mim ó vamos lá então você quer fazer por que você quer fazer aí fez aquela investigação né Você tem filho não tem filho não quer ter mais filho beleza fez a investigação básica aqui aí que que ele fez comigo ele abriu um slide e me mostrou o que é vasectomia onde que ia cortar onde que a cortar onde que enfiar o aparelhinho lá câmera sei lá como é que chama aquilo e pronto beleza explicou então é o que a gente é uma psicoeducação digamos assim né E aí
ele me trouxe cer dados que quase mudaram a minha decisão ele falou assim para mim ó negócio é o seguinte um ele falou assim um em 5.000 alguma coisa ass é bem bem pequeno o negócio reconstrói sozinho então daqui 5 anos você pode transar e engravidar a pessoa então isso é uma coisa que pode acontecer uhum isso aí beleza é raríssimo de vez em quando D lá para fazer o exame aí ele falou para mim o seguinte ó eh 5% 5% de todos os homens que fazem essa cirurgia acabam ficando com uma dor crônica na
região escrotal aí eu falei Opa uma dor crônica ou seja ela vai estar ali reso da vida muito tempo Pelo menos pode ser mais pode ser menos Eu me conheço eu sou alguém extremamente sensível à dor uhum né tanto para eu eu acho que eu sinto mais dor que a média das pessoas assim pelo que eu percebo isso me fez fez esa aí Opa acho que eu não quero fazer esse negócio não mas aí o que que eu fiz né hum pros contras 5% Quais são as alternativas decidi fazer você amadureceu pensou lá levou uns
dias pensar exato agora olha só se eu tivesse tido dor crônica pós cirurgia lá eu ia ficar chateado eu ia cara mas eu não ia reclamar do médico Certo entendeu porque ele me informou exato agora se eu tivesse desenvolvido essa dor esse cara não tivesse me falado eu queria matar ele cara Como que você não me fala um negócio desse percebe percebo Então isso é bem bem bem bem importante tá essa informação então nós temos aqui três componentes elementares ser ser um terapeuta ativo explicar aí o que que você vai fazer e você precisa também
avaliar ou seja o paciente precisa considerar que se existe um modelo teórico por trás validado pela ciência qual seria o próximo o próximo Talvez eu tenha já deixado mais ou menos implícito quando eu dei o exemplo do violão né mas é a ideia de que quase sempre vão ter exercícios terapêuticos para fazer em casa né então eu vou est ali com ele treinando uma habilidade desenvolvendo um repertório sugerindo alguma coisa ele vai eh Pô isso em prática né É treinar o violão Lá meia hora por dia e quando ele volta na sessão uma das primeiras
coisas que eu faço talvez a primeira se ele não tiver tido um a catástrofe na vida Onde tiver acontecido uma coisa muito importante é revisar este exercício por quê Porque ele pode ter feito dado certo foi ótimo o que geralmente não é o que acontece de cara E aí eu vou começar a entender o que que deu errado Talvez ele não tenha feito por que que ele não fez ele pode não ter feito porque não lembrou de fazer E aí eh talvez a gente pense em soluções Será que eu põe um alarme ali no celular
dele para ele lembrar de fazer isso ou eu mando uma mensagem ou não esquece hein poderia ser isso talvez ele não tenha feito porque ele entendeu o direito que era para ele fazer e eu vou preciso explicar melhor talvez preciso dar mais exemplos talvez precise Se for possível uma coisa que a gente faz Faz junto ali ensaia na sessão e pode ser que ele até quer fazer mas ele não sabe muito bem Como assim né então isso é é bem comum assim de você ter também eh porque de novo né Muito da terapia acontece fora
da terapia perfeito porque a gente fica geralmente 50 minutos 1 hora com o paciente uma vez por semana então tem mais aí pelo menos uma mais de 160 horas que a gente não fica com o paciente tem coisas acontecendo na vida dele enfim a gente precisa e incentivar que isso aconteça exato beleza exercícios de casa coisas que vão fazer além da a além daquele momento de 50 60 minutos Isso o outro o outro é um que se o seu psicólogo não faz eu vou dizer para você ter um pouco de paciência com ele porque é
algo que ele deveria fazer mas que assim talvez 1% dos psicólogos fazem e eu venho militando muito para que isso mude tá que é fazer uso toda sessão de medidas de mensuração de resultado e de progresso tá eh por quê Porque hoje a gente tem evidências muito Claras e que essas medidas quando chegam para mim terapeuta isso faz eu e adequar eu modular o meu trabalho tá então por exemplo vamos imaginar que você tem uma dificuldade de comunicação com a sua esposa tá ou você engole o sapo e fica quieto e depois fica ruminando ou
você dá patada nela tá então um dos objetivos de terapia é que você consiga se comunicar com ela de maneira Gentil ao mesmo tempo assertiva etc Beleza te passei sei lá algumas estratégias sobre como fazer isso beleza na próxima sessão eu preciso saber você fez com ela você falou com ela desse jeito deu certo Deu errado que eu acabei de falar da lição de casa tá agora eu vou mensurando coisas que podem ser eh paralelas mas diretamente relacionadas por exemplo o teu indicador de tristeza melhorou mas mas aí você tá usando o que aí para
fazer essa medida tem várias formas de fazer Existem algumas e questionários ferramentas padronizadas que existem na literatura científica a depender do caso você cria uma com ele ali individualmente é uma espécie João isso aqui de imagina o seguinte eu vou no ortopedista lá que eu dá uma pancada na perna e o ortopedista fala o que para mim ó faz lá um raio x uma ressonância sei lá o quê se eu vou na consulta sem o raio x sem a ressonância e não tem muito o que fazer assim F Cara eu não sei você precisa de
remédio você eu preciso de fisioterapia se eu preciso de G eu preciso enxergar o que tá acontecendo Cara isso aqui é tipo um raio x porque o que acontece isso vai me dar uma fotografia de o que que tá acontecendo em áreas da vida dessa pessoa né na vida social no trabalho no sono no estrés na tristeza até coisas bem mais sérias né se a pessoa tem ideação Suicidas se ela tá envolv vidinha coisas de violência negligência etc e aí com isto aqui agora imagina o seguinte imagina que você é meu paciente teus indicadores vêm
melhorando certo bom que que eu faço com essa informação e continua fazendo o que você tá fazendo que tá dando certo se os seus indicadores estão piorando eu preciso ou no mínimo você fazer uma boa reflexão se eu tô num bom no caminho certo mas eventualmente eu vou falar assim Hum que que que que eu talvez devesse colocar de diferente né nessa intervenção será que é o caso de encaminhar para um psiquiatra avaliar a medicação caso não seja o caso ou é um já já já faz uso de medicação Será que não é o caso
de ligar para esse psiquiatra e falar ó tá acontecendo isso você acha que essa medicação é por aí mesmo devia mudar você pode reavaliar esse paciente e tal e se tá ali meio estagnado puxa talvez não seja uma emergência mas tá eu tô fazendo a coisa certa tô fazendo a coisa certa Será que eu posso melhorar isso aqui e cara o paciente geralmente adora isso porque a ferramenta que eu uso por exemplo gera gráfico a cada consulta né ele ele responde sempre antes de começar a sessão então ele chega na sessão eu já tenho a
resposta ali daquela semana seria adequado que o terapeuta mostrar esse gráfico para o paciente em alguns casos eu quase sempre mostro ou seja ele pode acompanhar visualmente a melhora ou a estagnação ou até a pior até porque se você não mostra diminui a motivação do paciente em responder ele parece que ele é tipo um sujeito de pesquisa e tá preenchendo Ah que informações são aquelas isso aqui Vale acho que um exemplo já o seguinte imagina que porque isso aqui pode ser tão abstrato para o leigo mas também para Profissionais de Saúde principalmente psicólogos que não
dominam essa área eu acho que psicólogos geralmente como você mesmo falou não domina Então imagina o seguinte você vai ao médico nesse caso aqui num clínico geral você tá sei lá com a temperatura um pouco aumentada né sei lá você tá bota a mão na testa pô Será que eu tô com febre ou não você chega lá o médico ou enfermeiro ou o profissional da Saúde ele vai precisar aferir com a cura ele vai ter que saber se exatamente você tá com febre ou não então ele não pode simplesmente olhar pra sua cara e dizer
assim ah você tá com febre ou pior assim pior não mas menos eficiente você botar a mão na testa e dizer assim não Realmente você tá quente Então você tá com febre não ele vai pegar um termômetro que é uma um instrumento de mensuração vai colocar embaixo do seu braço na sua axila e vai medir a temperatura é e isso que você trouxe é especialmente importante João porque na grande maioria das vezes na terapia a gente tá lidando com coisas bem subjetivas certo e eu vou introduzir um termo técnico aqui porque eu acho que ajuda
que a diferença entre desfecho duro e desfecho mole o que que é o desfecho duro cara é é é inequívoco o resultado paciente morreu paciente sobreviveu certo paciente internou paciente não internou né paciente Eh sei lá quebrou a perna paciente não quebrou a perna né é é é é a não ser que sei lá você falsifique um prontuário modifique um atestado de óbito não tem como você manipular isso certo agora cara e tristeza que eu não pego eu não manipulo eu não cheiro eu não ponho a mão cara como que eu sei você tá triste
você me fala e talvez você vai me falar sei lá de zer a 10 com triste você tá né e as pessoas acham que essas coisas subjetivas é só da psicologia e não é tá por exemplo cara se você tirar o relato subjetivo de dor você mata metade da fisioterapia né o torrino lida com zumbido no ouvido o torrino não enxerga zumbi no ouvido né é o paciente que fala tô com zumbi no ouvido né e ou tô com tontura A não ser que eu entre capengando né dor no peito dor no peito etc então
o que que acontece como o evento subjetivo já é mais difícil de você medir se você não usa a mensuração dessa maneira mais padronizada que já foi amplamente testada em pesquisa etc fica ainda mais difícil fica ainda mais abstrato tá para você ter ideia João eu não sei que peta isso mas eu li um documento da associação canadense de Psicologia de 2018 que era um documento sobre mensuração de resultado e monitoramento de progresso que a associação canadense de Psicologia estava considerando que o terapeuta que não faz uso dessa ferramenta ser considerado uma infração ética eu
acho profundamente justo isso cara porque veja só no exemplo da da febre da al da do aumento de temperatura o quão irresponsável seria um médico ou um profissional outro profissional de saúde um enfermeiro de não medir exato Ou seja eu não sei se esse cara tá com febre ou não tá né então eu preciso usar de um instrumento padronizado para aferir isso tanto é né que por exemplo você vai no pronto socorro dependendo da tua queixa antes de médico antes não sei o que lá os caras já tiram tua pressão né Tem uma enfermeira uma
auxiliar ali tipo já tira a tua pressão perfeito o médico já tem essa informação lá dentro ou por exemplo né na época de covid bastante chegar no prod já meti um oxímetro no teu dedo assim você nem que sabe cader o médico mas deixa eu ver se esse cara tá né então eu tô mensurando alguma coisa e isso no caso da da da temperatura corporal eh que fica aí bem claro e eu fico aqui eh receoso da talvez da profunda irresponsabilidade de um profissional de saúde principalmente aqui nesse caso psicólogos e não medir o se
o paciente tá melhorando tá piorando o que que tá acontecendo com ele porque o paciente pode simplesmente não falar ou dar as adequadas Ótimo ótimo que você falou disso João a gente tem evidências de que as pessoas se abrem muito mais para um questionário para uma escala do que olhando no teu olho Então imagina o seguinte imagina que sei lá é importante você saber você é meu psicólogo é importante você saber se eu já bati na minha esposa isso não sou eu que tô falando isso é dado de pesquisa é mais provável que eu conte
para um pedaço de papel tipo você já bateu na sua esposa sim do que você me perguntar você já bateu na sua esposa e eu falar assim porque tem cara tem esse viés do é algo politicamente incorreto é algo socialmente condenável você tá me olhando aí imagine então que você agora não é um psicólogo você é uma psicóloga mulher [ __ ] eu vou falar para essa mulher que eu bato na minha mulher e e pro pedaço de papel é mais fácil a mesma coisa por exemplo para uso de drogas para pensamento suicida Uhum Então
eh foi ótimo você ter falado isso porque não só isso ajuda organizar o relato de eventos subjetivos como isso também aumenta a probabilidade da pessoa te contar coisas que ela não contaria olhando na tua cara e tem mais uma coisa eh por exemplo imagina o seguinte imagina que chega um paciente para mim que ele tem comportamento de automutilação e deação suicida então ele ele tem características ali tão óbvias de que ele é um potencial uma potencial pessoa tirar sua própria vida que eu vou perguntar isso talvez em 5 minutos de consulta porém eu já vi
acontecer com um colega o seguinte paciente tá lá porque tem um dilema do tipo assim pô eu saio com um monte de mulher adoro sair com um monte de mulher é super legal mas eu sinto muita solidão acho que eu devia casar [ __ ] mas não quero casar porque se eu casar eu vou ter que parar de ser com monte de mulher mas então eu só vou casar se com mulh mais linda do Brasil né e não acha a mulher mais linda do Brasil Ou acha a mulher não quer ele o dilema era esse
e esse cara pensava todos os dias em se matar e A Terapeuta nunca pensou em perguntar isso e cara honestamente eu não perguntaria também não tá claro ali não faz muito sentido você não tem uma pista que isso tem nenhuma pista cara nada do que o cara traz em terapia faz sentido agora o questionário padronizado que eu uso é a pergunta número oito o cara vai ter que responder nunca raramente às vezes então cara às vezes é um paciente que eu nem pensaria o cara vai lá coloca frequentemente eu penso em entendeu é instrumento que
você já usa antes de atender o paciente você Já manda já manda para ele Ele já respondeu se já tem essa informação é geralmente assim o paciente chega para mim ou pelo contato da minha assistente ou às vezes tem o meu o meu próprio telefone chega para mim eu tenho uma mensagem padrão que eu respondo que eu só temo online tal plataforma que eu uso Quanto custa o preço da minha sessão e os horários que eu tenho atualmente disponíveis para fixar legal se a pessoa diz beleza topo agendou tal dia tal hora aí eu vou
pegar alguns dados dessa pessoa e os dados alguns dados eu preciso colocar nesse sistema que eu uso tá E aí nesse sistema que eu uso o que acontece ele me gera um link para eu usar o questionário eh eu mando esse link pro paciente falar assim ó e Geralmente eu mando tipo um dia antes assim porque é melhor por exemplo a consulta é na quinta é melhor eu mandar na quarta ou na Quinta do que eu mandar C dias antes tá porque o relato é mais preciso enfim e aí o que acontece eu vou mandar
para essa pessoa e aí quando eu for olhar para ela Olá meu nome é Jan que que te traz aqui eu já tenho algumas informações por exemplo se eu ten essa informação eu penso em suicídio com frequência Cara eu já tô organizado para atacar isso pessoa não falar porque é o mais importante porque eu não quero que ela corra risco agora quando vem aquela paciente lá que fez uma situação super baixa o problema era com a sogra eu já levanto outras hipóteses uma hipótese que a saúde mental dela tá boa a outra que ela não
tem muita noção que tá acontecendo com ela Hum eu tenho aqui algumas perguntas que eu vou querer entender se é isso mesmo e aí eu vou confirmando ou não o o instrumento a escala ele não é soberano na que ele manda ah se o paciente respondeu na escala que tá tudo bem na sessão ele tá acabado ah não o que importa é o instrumento não são ferramentas que se complementam né Eh que ele ajuda a resumir informações né ajuda a direcionar sua atenção para onde eu vou agora exato E aí eventualmente por exemplo esp de
mapa de calor né F tipo assim tem um ponto quente aqui vamos olhar ah não mas aqui tá mais frio aí tem um item lá que a pessoa diz assim eu não gosto de mim aham é um Esse instrumento que goo tem 45 itens Um item eu não gosto de mim aí ela pode colocar nunca às vezes cara a pessoa que responde frequentemente eu não gosto de mim olha quanta coisa eu já sei que eu tenho que perguntar e investigar ou seja o tempo que você economiza e dinheiro eles não gostam de mim pode ser
porque ela se sente feia pode ser que ela temha uma questão de Pode ser que ela briga direto com não sei quem pode ser que ela se acha burra Pode ser que ela Cara eu tenho um monte de coisa aqui pô mas eu já sei que ela não gosta dela e isso mas ela não colocou zero de suicídio então eu sei que eu não vou precisar atentar para suicídio eu vou precisar poder atentar para isso aqui legal eu tô vendo aqui no ponto de vista inclusive econômico muitoo se eu fosse perguntar tudo aquilo ela gasta
40 minutos pois é e ela responde em cinco em C minutos e eu analiso em um porque o gráfico vem pronto já com destaque nas áreas mais severas genial Então nesse caso agora Calma aí só uma coisa eh Esse instrumento ele não é como é que chama uma coisa que uma coisa que resolve tudo a bala de prata né Por exemplo Esse instrumento ele não pega absolutamente nada de transtorno alimentar por exemplo ele pode pegar sintomas Associados ali uma tristeza né aí imagina que eu tô agora à frente a uma pessoa com trastorno alimentar eu
Provavelmente vou incluir um instrumento de eh eh transtorno alimentar essa pessoa da sogra eu apliquei Esse instrumento um duas três vezes para ver esse mantinho estável e abortei tirei não vai não preciso mais já entendi isso aqui só e pronto Entendeu legal legal olha só então mensuração de fazer um acompanhamento a partir de um instrumento validado ou até mesmo que vocês constroem na na na própria terapia que o terapeuta constrói na na terapia Mas isso é eh aplicado de maneira recorrente aqui pensando pelo menos uma vez por semana ou até todo dia dependendo da situação
é altamente eh melhor é obrigatório que o paciente que o psicólogo faça isso em algum momento mas também que avalie a necessidade a real necessidade e também que explique se não há necessidade ou se há né então ex e tem paciente que fala assim cara eu não vou fazer não vou fazer não vou fazer eu não vou expulsar ele da terapia entendeu [ __ ] eu vou achando alguma maneira Claro certo vou adaptar isso às condições dele então Fique atento quanto a o acompanhamento eh de e o uso de escalas validadas ou até mesmo instrumentos
que possam e e avaliar de como você tá eh internamente tá porque não dá para o psicólogo simplesmente olhar pra sua cara e chegar a uma conclusão de como você tá qual seria o próximo item Então o próximo item é o seguinte Lembra que eu falei que um bom psicólogo é um psicólogo ativo certo um bom psicólogo ele é ativo com você mas especialmente colaborativo para encontrar soluções pros seus problemas e aqui vem um tema polêmico de terapia que é psicólogo não dá con essa frase ela pode estar correta ela pode estar incorreta dependendo de
como você interpreta Então vou te dar um exemplo imagina que você chega no meu consultório e você fuma um maço de cigarro por dia tá cara eu sei que faz mal eu sei que aumenta o risco de câncer Eu sei que um monte de coisa sobre cigarro que talvez você também já saiba o psicólogo não pode não deve dar conselho em que sentido João você tem que parar de fumar percebe João você não pode se vestir assim João você tem que ser fiel a sua esposo esse tipo de conselho o psicólogo não é para dar
de jeito nenhum E se ele dá é um mau sinal agora se você chega para mim e diz assim jan eu fum um má cigarro por dia eu quero parar e não consigo eu vou falar um monte de coisa que você tem que fazer nesse sentido eu vou estar te dando conselhos de certa forma entende a diferença Então os objetivos de terapia são seus com base nos seus valores que podem estar mais claros menos Claros eventualmente eu nem vou precisar fazer uma intervenção para entender teus valores Às vezes sim os objetivos são teus E aí
o que que a gente vai fazer disso ah aí eu tenho as técnicas para te dar eu tenho os exercícios para te passar aí eu tenho para dizer o que eu então às vezes as pessoas diz assim não o psicólogo não pode dizer o que você tem que fazer depende né Uhum então Eh eu não posso como psicólogo ditar como você tem que viver a tua vida né Eu tenho meus valores o paciente tem os dele né E se fosse assim lascou né psicólogo gay não pode atender pessoa hétero psicólogo hétero não pode atender pessoa
gay eu nunca cheirei cocaína não posso atender quem cheira cocaína lascou né eu tipo eu sou um cara careta não posso atender alguém que usa maconha recreativamente tá na terapia por outro motivo ficar brigando com ele para parar de fumar maconha não é assim que funciona né eu tive uma paciente que tinha um diagnóstico de de personalidade de borderline tá era uma menina que é um transtorno grave é mas ela não era ela não tinha ideação suicida ela não tinha automutilação ela tinha os outros lá cinco critérios que não não envolvem esse né era muita
impulsividade relações interpessoais Bem caóticas tal e aí essa paciente inclusive ela amava atender ela assim uma pessoa muito muito muito legal de tá assim e ela fazia muito uso de álcool tá e o que que acontecia eu e não era uma queixa tá uma coisa talvez essa seja uma dica mais para quem é psicólogo do que é do que para quem é não da área que é o seguinte tem um meme que é assim são duas amigas conversando e uma menina diz pra outra assim ai eu tô gorda meu corpo tá horrível preciso emagrecer Aí
a amiga diz assim já pensou em fazer uma dieta aí a outra no na no próxima figurinha ela diz assim nossa eu tô sempre morrendo de sono bocejando Você já pensou em dormir mais cedo eh ah o meu namorado você me trata mal você pensou em conversar com ele até que a menina fala assim para de dar soluções eu só quero reclamar né então toda vez que um paciente conta uma coisa para você você precisa entender se ele só quer desabafar ele quer ser ouvido ele quer acolhimento ou ele quer uma mudança Então ela por
exemplo com frequên dizia para mim coisas assim ela é Ela só bebia quando ela saía só que ela saía quatro vezes por semana tá ela tinha pouquíssimo prejuízo no sentido de que assim ela bebia ficava na festa até 4 da manhã só que cara o8 da manhã ela tava na mesa dela trabalhando então quando eu falava assim ó você tá me falando você bebeu passou mal vomitou ficou com dor de cabeça de manhã você tá me contando isso porque terapia é um lugar que a gente conta sobre o que a gente viveu sobre o que
a gente fez que a gente gente sentiu etc ou você tá me dizendo Jan tô errando na na bebida me ajuda e ela várias vezes eu perguntei isso em sessão ela me respondia não só tô te contando não quero fazer nada com isso E aí o que eu comecei a fazer eu comecei a descrever os prejuízos que ela tinha tá tem gente que acha que isso é coerção Mas isso não é isso é uma descrição de fatos da realidade se eu falar para você assim João Deixa eu te explicar uma coisa se você sair aqui
no meio da rua pelado Você vai pra cadeia é capaz de alguém te colocar na nas redes sociais e acabar tua carreira cara eu não estou ameaçando te prender eu não estou dizendo que eu vou pôr na rede social tô descrevendo coisas que provavelmente podem acontecer né você pode ser preso ela conseguir identificar esses prejuízos alguns sim alguns eu ia ajudando ela por exemplo de manhã ela passava a manhã inteira mal morada medio ressaca e isso trazia problema no trabalho porque ela dava altas patadas em chefe em par ela deixou de ser promovida com feed
que foi Tecnicamente Você é brilhante Inter pessoalmente você é uma criança ou seja ela teve prejuízo econômico de carreira carreira etc e aí sistematicamente eu fazia isso e um dia ela chega na sessão e diz assim para mim e Jan ela conta mas ela conta duas coisas Ela diz que decidiu ir morar sozinha ela morava comos pais decidiu morar sozinha e isso ia mudar bastante a a realidade financeira dela e ela estava reclamando que ela tinha dado uma engordada e para ela era importante tá com um shape e tal e aí eu fiz duas perguntas
para ela você já fez a soma das calorias de quanto álcool Você bebe por semana e a outra pergunta que eu fiz para ela foi você já fez as contas de quanto você gasta de dinheiro com álcool porque faltava tipo sei lá 3000 para fechar as contas delas para ela ir morar sozinha só que ela tinha uma característica ela assim ela bebia quatro vezes por semana mas ela não bebia cerveja barata ela bebia vinho de r$ 2 ela bebia drink de 50 conto E aí que que aconteceu faltava r$ 3.000 para as contas dela darem
certo para ela demorar sozinha ela gastava 7.000 meses de álcool 7.000 por mês é caramba e ela não sabia disso provavelmente cara ela tinha um chute assim mas aí eu fiz ela registrar certo Pedi para ela vamos anotar quanto você gasta quanto você não gasta quanto você bebe as calorias E aí e ela falou Jan agora eu quero ajuda para parar de para não parar de beber para diminuir o quanto eu bebo porque a diferença de financeira é importante e eu preciso emagrecer eu quero emagrecer então percebe assim ó eu não tô dando um conselho
assim mas você precisa parar de beber mas você precisa parar de beber mas de novo você tá bebendo mas que não é isso mas eu fui descrevendo fui analisando fui mostrando fui explicando e perguntando Óbvio que não era toda sessão de vez em quando você acha que tá na você quer incluir o álcool como objetivo de terapia não e era não até que chegou um momento que ela falou [ __ ] você acha que é entendi e talvez ela nunca chegasse Fala Não não quero não quero não quero e tudo bem Eu não soubre eu
não sou fiscalização da moral o juiz do certo e errado né não tô ali para ajudar ela nos alvos dela o que eu achei curioso é que você eh Apesar assim eu eu eu pelo menos no no no seu relato não ficou Claro Quais eram os objetivos exatos da psicoterapia né mas parece que esses objetivos foram se clarificando ao longo das sessões é É que na verdade ela começou com alguns aham alguns a gente atingiu alguns a gente só conseguiria atingir com essa mudança de álcool porque por exemplo ela queria ser vista como alguém como
nas palavras dela que tinha Inteligência Emocional uhum o que que era Inteligência Emocional aqui era não brigar com o chefe Mas ela não tinha controle so brigar com chefe Porque ela tava morrendo de dor de cabeça de enxaqueca ali né do álcool do dia seguinte dormiu 3 horas tal então era um meio para um fim Certo certo e aí atingiu os objetivos terapia Acabou acabou acabou certo certo perfeito e aí acho que já que você falou isso assim Acho que terapia acabar um paciente ter alta de terapia não quer dizer que um ele nunca mais
vai precisar certo e especialmente não quer dizer que ele nunca mais vai sofrer ele nunca mais vai ter problema A ideia é agora ele tem as habilidades as competências as ferramentas o repertório para independer do terapeuta então é mais ou menos assim ó lembra do exemplo do violão fiz aula de violão fiz aula de violão fiz aula de violão cara agora eu já sei tocar as músicas que eu queria saber tocar agora eu já consigo aprender sozinha a música que eu queria aprender eu não preciso mais do professor de violão bota mais um vídeo no
YouTube tenta d de lá é agora eu meio que me viro entendeu só que vamos imaginar agora que eu sabia tocar sei lá violão assim mas agora eu quero tocar uma Bossa Nova negócio mais refinado talvez eu precise voltar no professor de violão falou ó tô querendo aprofundar umas coisas pode ser que esse paciente volte pra terapia Pode ser que ele não volte nunca mais porque aquilo é suficiente para ele entendeu E ele pode voltar simplesmente para atingir aqueles objetivos tá muito claro isso aqui é uma coisa bem importante é porque eu acho que a
assim muito profissional Não realmente não estabelece a clareza Quais são os objetivos porque os objetivos eles não são necessariamente O cara chega o paciente chega na primeira sessão e já vai dizer ó não o meu objetivo é a b c e d o o o terapeuta segundo a postura ativa que a gente falou no início vai ter que considerar isso então vamos fazer boas perguntas pro exato E aí cara tem duas coisas que eu queria falar com base no que você falou a primeira é eh existe uma coisa eu vou explicar isso pro público não
para você obviamente existe uma coisa em psicoterapia que chama supervisão né O que que é supervisão é quando um psicólogo ou menos experiente ou tendo dificuldades Num caso ou eh contrata paga uma hora ali de um psicólogo mais experiente ou mais especialista naquilo para discutir o caso receber algumas orientações então tem acho que duas coisas que eu queria falar a primeira é 90% mais ou menos tá não ten esse número mas acho que 90% das pessoas dos psicólogos que me procuram para fazer supervisão o problema tá aqui os objetivos não estão claros ou seja ele
sequer sabe os objetivos ou seja se o psicólogo não sabe imagina o paciente exato né então fica uma coisa aí eu não sei se a terapia tá andando não tem como saber é é mais ou menos o seguinte imagina que você pega o seu carro e sai dirigindo aleatoriamente eu falo para você João você tá chegando ou você tá longe do teu destino você não tem como me responder você não sabe qual é teu destino entendeu É você sair dirigindo na direção de alguma coisa e a e a segunda coisa é eu vejo muito psicólogo
cometendo um erro que é o seguinte Ah mas o paciente não relatou Ah o paciente não falou cara Cabe a você fazer as perguntas e investigar né então por exemplo tem paciente cara que chega para mim assim ele economizou umas seis sessões já ele chega assim ó eu tenho esse esse esse problema eu quero resolver isso isso isso aqui eu já tentei isso isso isso e não deu certo me ajuda com isso aqui uhum tipo o cara tá clareza dos objetivo cara tem o paciente que chega e fala assim tô mal tá mal como tô
mal mas o que que acontece assim tô zoada asso tô zoado Nossa tô mal viu cara daqui até você conseguir chegar no que está acontecendo na vida dele o que que ele precisa mudar Quais são os objetivos pode levar seis sessões percebe só que se eu não tiver a competência de fazer as perguntas de fazer uma boa entrevista de fazer uma boa análise etc de ir lá estruturando o caso cara talvez a gente fique nisso aqui ele começa a falar algumas coisas e aí cara vira uma conversa meio de louco com maluco entendeu não tem
muito porque tá fazendo isso assim eu lembro de uma vez quando eu cheguei numa loja e eu cheguei numa loja perguntei assim ó você tem esse essa roupa aqui acho que é uma roupa um um tênis assim e E aí tinha uma pessoa lá dentro que não não conseguia identificar muito bem aí eu perguntei para ela assim tá mas onde é que tá onde é que eu consigo mais informações sobre eu não sei eu só trabalho aqui é meio que foi isso sabe eu não sei a pessoa poder talvez ela não fosse a Pessoa adequada
para fazer isso mas sei lá me direciona para algum lugar me coloca em conexão com uma pessoa que sabe responder né então me marcou isso me parece que às vezes os profissionais ficam meio boiando nesse cenário sabe Ah é eu só trabalho aqui mas é a responsabilidade parece que é do paciente mas não é cara é tua velho e aí acho que tem uma coisa que é interessante ver né nesses exemplos o quanto que um bom terapeuta vai encorajando o paciente a ser independente certo eh para mim a a o sucesso do meu trabalho é
quando eu e o paciente chegamos à conclusão que ele não precisa mais de mim perfeito tipo a minha meta é fazer o paciente se livrar de mim existe uma preocupação em algumas pessoas que fazem assim bom mas pera aí eh eu pago a sessão de terapia pro psicólogo ele ganha por sessão Por que que o psicólogo e contribuiria Para eu terminar a terapia porque eu sou ganh pão dele Uhum E aí tem algumas coisas cara primeiro que assim se ele te enrola por isso Isso é uma infração ética gravíssima isso é a primeira coisa a
segunda coisa É que geralmente o bom psicólogo que trabalha desse jeito ele começa a ser bem cedido o que que acontece cara hoje se você é meu paciente eu te dou alta depois de amanhã eu ocupei teu horário tem alguém ali pronto para ocupar teu horário tipo cara se vou at financeiramente se eu vou atender você o Fulano a clan tu faz entendeu Tipo eu não preciso segurar paciente para ganhar dinheiro eh então é importante ver o quanto que para quem tá assistindo a gente né o quanto que essa terapia tá de fato indo na
direção de você conseguir andar com as suas próprias pernas Óbvio vão ter casos que pode levar um tempão para andar com as próprias pernas a pessoa tem muitos destes né Tem muitas dificuldades e tal outras não mas a ideia é ter isso na mira ent legal é é é basicamente tornar o paciente é psicólogo dele mesmo né É claro que ele não tem habilidade o domínio de todo profissional mas a ideia é ele usar essas ferramentas a favor delean a gente falou aqui aqui de desse aconselhamento né Desse direcionamento em relação a ao ao caso
eh existe mais algum algum outro outros tópicos que a gente poderia abordar assim para ajudar o o o a pessoa que tá ouvindo a gente vendo a gente a tomar essa decisão para encontrar esse bom psicólogo ótimo acho que tem duas coisas talvez que seja uma só não sei uma delas é que um bom psicólogo geralmente ele não fica na defensiva quando o paciente tem uma reclamação da terap Ah legal entendeu então por exemplo eh já aconteceu comigo de eu atrasar sei lá meia hora para atender um paciente é isso raríssimo de acontecer isso tem
a ver com o feedback isso a outra coisa que eu falei que era a outra er feedback então por exemplo é muito muito muito raro eu atrasar uma sessão eu sou bem noiado com horário assim mas teve um paciente que eu atrasei meia hora de certa forma não foi muito culpa minha assim deu um pau na internet aí eu resolvi a internet deu um pau no computador tal e era uma sessão bem que tipo o cara tava precisando muito tin acabar de acontecer um negócio horroroso na vida tal n nã e o cara ficou totalmente
puto comigo assim tá o PS que que é ficar na defensiva pô mas também não é assim deixa te explicar minha internet pifou eu posso até explicar para ele depois entendeu Mas qual é a coisa que cara você tem razão de est puto comigo eu sei que essa sessão era muito importante para você você tem um compromisso depois que você não consegue atrasar eh né E talvez assim assim mais pra frente eu posso até me explicar tal depois que as coisas se acalmarem mas primeiro eu t falando cara você tem razão de tá puto e
eventualmente Eu particularmente Jan gosto de fazer isso que é inclusive além do pedido de desculpa dar uma compensação concreta então por exemplo tipo a próxima sessão é por minha conta você não precisa pagar entendeu c e coisas do tipo assim e então junto com não ter essa postura defensiva Às vezes o paciente fala para miman não tô melhorando e geralmente cara a postura sensível é o quê Ah mas veja bem A análise é um longo processo Porque n ou eu tento te convencer que você tá melhorando sim né Qual é a boa postura aqui cara
vamos tentar entender o que que não tá melhorando né certo é eu já tive muito o que que não tá melhorando Por que que você acha que não tá melhorando tem alguma coisa que você acha que a gente podia fazer diferente que tem a ver com pedir feedback né É comum que por exemplo na terceira sessão mais ou menos eu falo pro meu paciente cara era mais ou menos isso que você tava esperando a gente tá indo na direção que tinha pensado né outro exemplo eu já aconteceu várias vezes comigo de paciente contar na primeira
segunda sessão assim cara eu peguei ódio do meu terapeuta porque o cara fez isso o cara falou aquilo n nã e eu já falo pro cara vamos combinar um negócio eu não me ofendo com essas coisas se eu fizer um negócio aqui que você achar horrível pode me falar cara você achar que eu sei lá tô te sugerindo uma estratégia que não tem nada a ver pode me falar Uhum eu não vou me ofender e às vezes tem uma coisa que muitas vezes nem é na da Estratégia a forma como a gente se posiciona o
tom de voz sei lá né po o áudio do microfone etc co Exatamente exatamente por exemplo eu eu atendo agora só online eh e e eu faço anotações num num documento de Word do né Eu tenho um documento de Word para cada paciente e tal tem paciente que [ __ ] eles se incomoda mais você às vezes dá umas digitada maior eu eu né Eu eu não faço né rel de São tão de São mas eu faço algumas anotações tal eh tem gente que Putz né Ah eu queria que você me Ouvisse mais e não
ficasse tão preocupado não Beleza então isso aconteceu comigo uma vez só mas enfim acho que vale o exemplo eu acho que tem duas coisas aí eu eu geralmente eu assim quando atendia né eu eu eu perguntava pra pessoa se a pessoa se incomodava em fazer algum tipo de anotação nunca ouviu não porque faz parte do nosso trabalho e e e tem e tem essas coisas né esses detalhes que muitas vezes não ficam e Claros e eu acho que o uma pergunta Talvez possa ajudar bastante né já é perguntar PR as pessoas o que que você
espera da terapia qual é a tua expectativa sobre isso né você tá aqui onde você quer chegar muitas vezes a resposta muda ao longo do tempo e tá tudo certo tudo bem mas aquele início ali ajuda muito a direcionar a nossa atenção para onde a gente vai exato até Cara isso tem a ver com mais uma característica que é um bom profissional cara ele tá muito aberto a te mandar para um profissional que sabe fazer algo melhor do que você então por exemplo é eu eu por muitos anos ainda tenho bastante mas já atendi assim
mais a demanda de Pessoas com Transtorno da personalidade de borderline Então eu tinha um tinha um psiquiatra lá em São Paulo que ele via um paciente de borderline ele encaminhava para mim aí na primeira sessão tô lá com o paciente eu já tô preparadíssimo ali né estudei muito disso trabalhei muito com isso tal cara deu 15 20 minutos de sessão era uma paciente mulher que me disse que uma das coisas que hoje arrasava a vida dela era um negócio que trazia muito sofrimento é que ela sofria de vaginismo que é uma condição né ali da
do campo da sexualidade e tal Cara eu não sei trabalhar com isso Eu nunca estudei intervenção disso aí eu olhei para ISO falei não sei fazer né cara o que que eu fiz neste momento eh eu continuei avaliando continuei empatizando continuei fazendo e no final eu expliquei pro paciente na mesma sessão na mesma foi a primeira sessão só fez essa certo paciente cheg P fe eu falei para ela ó Deixa eu te explicar uma coisa provavelmente esse psiquiatra te encaminhou para mim porque ele sabe que eu sou especialista em borderline Mas você tá me dizendo
que você tem um problema que hoje é Seríssimo na sua vida que é a questão do vaginismo e sendo 100% honesto com você eu não sei tratar isso cara eu não vou dar uma desculpa eu não vou Cara eu não sei tratar isso cara não sei não sou obrigado a saber né Eu acho legal na ortopedia que os caras estão indo pra Ultra especialização né o cara do joelho o cara do quadril o cara do dedo não sei o que né Car tipo eu não sei tratar isso que que eu fiz tinha uma psicóloga que
eu conhecia que tinha uma especialização em questões de sexualidade especialização pós-graduação e que tinha aprendido tratamento de borderline comigo eu caminhei para ela entende perfeito então Putz cara entendeu não e aí o que acontece eu sei que para quem é psicólogo especialmente começo de carreira precisa ter paciente porque precisa ganhar dinheiro tal mas cara quanto mais você se preocupar com a qualidade do teu serviço no curto prazo no Médio prazo no longo prazo mais retorno você vai ter em todos os sentidos profissional financeiro satisfação pessoal paz consigo mesmo grana percebe porque Cara você sabe o
que você tá fazendo legal entende a hora que eu vi eu falei não vou prô a mão no que eu não sei e qual foi a resposta dela ela agradeceu horrores assim olha só a primeiro primeiro porque ela viu que tipo cara o cara tem a humildade de falar não sei certo segundo que o cara tipo topou perder uma paciente eh que ele podia ganhar dinheiro comigo né terceiro que a minha aluna cobrava metade do que eu então para ela também T foi gostoso Isso legal e e cara E aí o que acontece né é
eu nisso eu primeiro e mais importante do que qualquer coisa durmo em paz à noite e is é mais importante mas eu tenho vários ganhos aqui né tipo essa paciente talvez fique tão satisfeita com isso que ela talvez me encaminhe um paciente no futuro Talvez o psiquiatra que me encaminhou fique satisfeito comigo porque viu que eu tomei uma conduta melhor para paciente então todo mundo ganha todo mundo ganha Eu acho que isso é muito é um nome que assim não me sai da cabeça é responsabilidade responsabilidade responsabilidade Ô Jean pelo menos a gente já tem
aqui oito itens pelo menos 1 2 3 4 5 6 o itens né E a gente tem mais algum Cara eu acho que para para quem não é profissional da Saúde acho que é isso né porque dentro desses itens vai ter a competência técnica dominar as ferramentas mas aí é uma coisa bem do psicólogo mesmo coisas que eu ensino bem passo a passo um por um lá nos cursos do inbe tá perfeito perfeito Então você tem aqui vários componentes que os pacientes podem ficar aham principalmente pacientes que já estão em terapia ou que estão procurando
um psicólogo né Eu acho que tem um uma coisa importante assim e que é dá também um pouco de tempo também profissional né é difícil a gente saber isso de cara antecipando essas informações todas facade deveria ensinar e não ensina né exatamente então tem talvez fazer uma duas três sessões ali iniciais para se não tiver isso aqui que você resumiu Fique Alerta procure outro profissional né É talvez dê pra gente pensar assim né se o cara faz os oito pontos nota 10 se o cara faz sete pontos nota nove se o cara faz seis pontos
nota Sei lá o qu né seria faz zero pontos a nota zero né maravilha maravilha Ô jan eu quero parmente te agradecer a a a espap eu acho que isso elucida muito informação pro público geral que a gente tanto quer levar conhecimento eh científico principalmente relacionado à psicologia saúde mental e mas eu acho que isso ajuda também a nortear muitos profissionais de saúde né Principalmente aqui os psicólogos né para fazer uma breve reflexão Talvez uma profunda reflexão pera aí eu tô fazendo isso daqui né então eu acho que ajuda muito a a a a levar
um pouco mais elevar mais um nível de consciência sobre eh esse tema que particularmente é muito complexo mas a gente tenta aí e tornar isso mais acessível PR as pessoas quer dar um recado final quer dar uma cara Acho que eu daria dicas Ah boa para encontrar um terapeuta assim né entendi mas como é que eu acho essa pessoa n perfeito eu acho que a primeira dicaa eh se esse psicólogo essa psicóloga de alguma maneira tiver ali alguma relação com expressões como prática baseada em evidências psicologia baseada em evidências psicoterapia baseada em evidências Isso já
é um bom sinal eh Muitas pessoas não vão usar isso tá tipo sei lá tem um monte de médico por exemplo que trabalha sobre a ótica da medicina baseada em evidências e não vai colocar lá a medicina baseada em evidência tá então talvez se a pessoa não usa nada nessa direção você pode ver se ela tem algum curso nisso você pode perguntar para ela você trabalha sobre a ótica da prática baseada em evidências alguma coisa assim Eh caso contrário talvez perguntar um pouco sobre eh os modelos de terapia que ela usa ou modelos de terapia
que ela usa Então isso é meio bom meio ruim vou explicar porquê eh a gente tem alguns modelos de psicoterapia que tem compromisso com ciência e que tem já evidências para alguns problemas clínicos então por exemplo terapia cognitivo comportamental terapia de aceitação e compromisso terapia comportamental dialética terapia de ativação comportamental eh e aí enfim tem subcategorias e tal só que isso é isso é tipo bom qual que é a parte ruim a gente vive uma doença no Brasil que é a seguinte o cara vai lá e faz uma formação em terapia de aceitação e compromisso
e aí ele quer usar terapia de aceitação e compromisso para todos os problemas clnicos que existem só que a terapia de aceitação e compromisso ela tem exelentes evidências um problema a e não tem pro CF então tando um paralelo um pouquinho forado mas ainda assim um paralelo imagina o seguinte imagina que eu tenho um antibiótico certo antibiótico é um excelente remédio para infecção bacteriana mas ele é um péssimo remédio para tendinite certo ele é um péssimo remédio para 300.000 condições clínicas Agora imagina um médico que dá antibiótico para qualquer problema de saúde né quando ele
der a sorte de pegar o a infecção bacteriana vai ser ótimo mas todo o resto ele tá no mínimo sendo inócuo e muito provavelmente tá e trazendo prejuízo para aquela pessoa então essa coisa desses modelos é uma boa pista Tá mas não é Talvez uma pista tão tão tão tão assim Acho que outra dica tá um pouco dentro do que a gente foi falando mas é pedir explicação mesmo Como é que é o teu trabalho né E vê se ele fala coisas como essas que a gente falou esses oito itens aí que esses oito itens
né Ele trabalha com objetivos Claros ele e mensura resultados acompanha Progresso semanalmente dá exercício de car cas e n é de novo né aquelas perguntas do tipo esse modelo é baseado em evidências compromisso de ciência Às vezes você dá uma olhadinha no Instagram do profissional você já vê que ele é um cara anticiência perfeito Então corre desse cara é acho que não é o o melhor cenário mas fazer uma duas consultas né entende porque assim agora olhando pro outro lado da moeda assim né Eu já tive paciente que quis marcar uma consulta comigo para entender
como eu trabalho e não pagar pela consulta Ah tá porque isso faz parte do meu trabalho meu trabalho inclusive é eu já por exemplo atendi uma mulher uma vez de uns 60 anos de idade que ela me procurou para fazer terapia ela relatou as queixas eu falei hum isso é neurologista isso não sou eu porque ela tava com coisas de déf de memória umas coisas assim que talvez fosse uma coisa mais demência eu falei cara não é comigo certo só que assim eu escutei ela por 50 minutos eu tive o nohal de separar isso aqui
não é terapia isso aqui é neurologista né eu trabalhei você fez uma avaliação fez uma avaliação eu trabalhei né então se a pessoa quer vi trazer os problemas clínicos dela entender como esse psicólogo trabalha Quais são as ferramentas etc provavelmente vai ter que pagar uma duas consultas E aí você fala ô legal mas aí você também não vai agendar a cega você já vai ter feito esses passos que eu disse antes né e vai e vai resumir isso tudo no final para pro profissional ou melhor pro paciente pegar essas informações e e procurar um outro
profissional ou você vai ajudar ele a encontrar um novo profissional exato exato né Eh então já vai ter aquelas primeiras dicas né Fala em em terapia baseada em evidências fala em prática baseada em evidências fala de alguma maneira de ciência Como que essa pessoa te explicou ali mais ou menos o processo terapêutico dela né Eh então já umas coisas algumas dicas assim eh hoje a gente vê muito psicólogo TCC né terapia cognitiva comportamental Isso é uma garantia de alguma coisa cara isso é um ótimo indicador mas não é garantia de nada porque o que que
acontece e primeiro assim que eh esse é um mal que os médicos que prescrevem remédio não sofrem porque a hora que o médico prescreve estalo pran o estalo pran que eu tomo em São Paulo que eu tomo em Salvador ou que eu tomo em Tókio são asos mesmas miligramas dos mesmos estalo pran que passou por controle de qualidade de indria farmacêutica no caso do Brasil fiscalização da Anvisa então é sempre igual a hora que você vai fazer terapia cognitivo comportamental não você pode ter uma pessoa que do terapia cognitivo comportamental de altíssima competência uma pessoa
que é tosca né do mesmo jeito você pode ter dois médicos psiquiatras um excelente um ruim você pode ter dois arquitetos um excelente um ruim né aí todos os meios do caminho eh Então não é garantia agora ainda que este profissional seja extremamente competente terapia cognitivo comportamental vai depender do problema clínico trazido certo por exemplo hoje a gente tem que o tratamento de primeira linha para transtorno de personalidade borderline é uma terapia que chama terapia comportamental dialética que até hoje se debate internamente entre os psicólogos se ela é uma terapia cognitiva comportamental ou não se
ela é mais um é então assim se o cara Faz terapia cognitiva comportamental que a gente chama de clássica e vai te atender você sendo borderline hum talvez não talvez seja uma péssima ideia Agora você tem depressão parece já é uma boa ideia você tem uma ansiedade generalizada então precisa entender um pouco disso certo e também não adianta o cara simplesmente dizer que domina algum grau de de de dbt né que ATV dialética mas o cara não manda mal o cara não saber o que tá fazendo vai dar um estrago grande estrago Né tem por
exemplo recentemente eu vi uma situação né uma pessoa que eh acabou de se formar que é entusiasta da prática baseada em evidências e e se divulga ali na nas mídias tal como não é especialista palavra é grande referência grande referência ou super especial Pô você você faz um mês que você a faculdade não tem como você ser super especialista né Tipo você H grande referência tipo quanto tempo de treinamento para se tornar um especialista já João Isso depende muito Cara depende muito eu falo uma coisa que as pessoas acham polêmica Tá mas eu vou falar
aqui também entra um terapeuta que tem 30 anos de experiência Clínica trabalhando com modelos sem ser baseados em ciência e uma pessoa que tem 2 anos de formado e é e fez uma especialização em prática baseada em evidência psicologia Clínica eu mil vezes prefiro esse com do anos certo ou seja porque o cara ficou 30 anos fazendo mais ou menos a mesma coisa ali é porque a experiência Clínica Ela é essencial necessária fundamental para você se desenvolver como um Brom profissional mas experiência Clínica não rivaliza com evidência científica elas se complementam certo agora quando eu
acumulo experiência Clínica e eu ignoro evidência científica eu posso acabar construindo vários algoritmos mapas mentais processos de tomad de decisão que são completamente problemáticos e equivocados para que experiência Clínica sozinha presta atenção sozinha sem evidência científica acoplada fosse suficiente o cérebro humano precisaria ser eh um tabulador de dados perfeito ele precisaria ser capaz de rodar estatísticas categorizações eh saber identificar em todos os casos que eu atendi em 30 anos isso funciona dessa forma e não é assim que funciona a gente tenta fazer isso via método científico e e quando eu digo a gente tenta porque
a gente consegue vários os avanços mas ainda dada da complexidade ainda é limitado você imagina então se nem né se a gente não chega à completude do conhecimento com método científico que é super rigoroso imagina no improviso na de forma sistemática segue aquela ideia de eu olhar pro meu paciente lá no hospital e achar que ele tá com febre é mais ou menos isso assim é achar porque a Minha experiência é soberana sobre isso então eu não já vi 1000 pacientes com febre Então logo eu dou olhando pra cara dele eu já chega uma conclusão
que é e cara assim tem umas coisas nesse nível assim cara eu sei que o teu exemplo ele é didático mas cara no campo da Psicologia existe essas bizarrias Cara eu já testemunhei ninguém me contou eu já testemunhei entrar uma pessoa numa clínica uma menina de cabelo rosa e piercing no nariz e colega dizer certeza que é borderline cara porque a minina tem o cabelo rosa e prec no nariz entende assim cara é entendeu Alguém já parou para pensar que Primeiro ela cabelo rosa não é exclusivo de borderline todo borderline não tem cabelo rosa que
uma coisa tipo pode ser só uma expressão artística e que ela pode ser borderline tem o cabelo rosa e as coisas não tem nada a ver uma coisa com a outra sabe assim então cara a gente tem uns estereótipos bizarros assim n intuição é importante né mas ela guarde para você e assim você precisa de dados para você chegar a uma conclusão você precisa de informação intuição ela é baseada em alguma coisa né ninguém intui Vozes da cabeça né então quando você por exemplo Eh sei lá o exemplo que me veio aqui na cabeça imagina
que eu fiz uma pergunta delicada pro meu paciente tá e eu vejo que a pontinha do olho dele começou a brilhar e eu intuo que ele Talvez chore e que talvez esse seja um assunto difícil cara isso aqui percebe que tem uma baita base de conhecimento por trás saber que certos temas emocionam pessoas que quando uma pessoa tá perto de se emocionar o olho começa a ficar mais brilhoso que então assim não é que eu inventei na minha cabeça eu tenho essa intuição vem de algum lugar certo e e uma conclusão muito específica sobre um
contexto específico você não vai tirar uma conclusão de Ah esse cara tem uma depressão por conta disso n então o cuidado eu acho João assim insuma assim porque se eu ficar aqui eu vou falar até amanhã eu adoro falar mas acho que insuma cara você começou o episódio falando lá de que pelo menos no momento da gravação desse Episódio a gente tem quase 600.000 psicólogos no Brasil né cara eu acho assim assustador de de perder o sono saber que a grande maioria deles não se baseia em ciência cara a gente tá falando de saúde mental
a gente tá falando de uma pessoa que está sofrendo que não está conseguindo fazer as coisas que ela gosta que não está se rel iando que tá tendo todo tipo de prejuízo e essa pessoa ela é o amor de alguém cara ela é o filho de alguém é a mãe de alguém é o cônjuge de alguém sabe e e a gente não pode deixar de usar talvez a principal coisa que a civilização ocidental e oriental desenvolveu que é a ciência perfeito perfeito o para não ficar tão você falou assim mais da metade eu vou dar
um dado tá se que você gosta de dados eu acho que importante diferenciar 600.000 psicólogos tem um levantamento do próprio Conselho Federal de Psicologia que mostrou que aproximadamente 50% 50% dos psicólogos brasileiros então ISO significa que a partir da amostra que eles coletaram e tudo mais a gente pode inferir que aproximadamente 300.000 psicólogos no Brasil utilizam algum tipo de literatura de 1890 a 1920 mais ou menos então isso já já já diz claramente que bom temos um baita problema aí principalmente na qualificação dessas pessoas e principalmente e é um dado oficial do próprio conselho e
que isso é para mim muito perigoso assim se você utiliza uma técnica um conhecimento que tá profundamente ultrapassado você tá colocando as pessoas o próprio paciente as pessoas em volta desse paciente a família em si em algum grau de risco algum grau de riso que você tá oferecendo um tratamento você sequer sabe se funciona né e cara quando você fala 50% é bizarro né é pensar que eu jogo uma moeda se der cara eu cair com psicólogo que trabalha com referências de 100 anos atrás e que não sabe direito que é Ciência exatamente e nada
também garante que os outros 50 tenho aí um uma fundamentação é que a gente sabe que bom isso aqui para mim para mim esse 50% é inaceitável o resto a gente pode discutir e conversar e pensar coisas diferentes e mais mais recentes Jan mais algum só te agradecer pela conversa Espero que quem tiver assistindo goste a gente conversa muito no privado eu e você né João foi uma delícia conversar aqui de maneira mais pública Valeu legal legal eu eu adorei eh e você que tá em casa e que gostou desse Episódio por favor compartilhe isso
com seus a sua família as pessoas que você gosta porque isso pode ajudar muito a tomada de decisão eh na hora de escolher um um psicólogo eh e e e lembre-se que a gente também tem outros episódios né então Toda vez que você vê um um episódio aqui do do podcast saúde mental em evidência compartilha isso eu acho que é importante a gente levar essa informação adiante e além de compartilhar também você você você pode dar uma ajuda aqui também que é você você clicar no no like né d o like você eh eh eh
fazer algum tipo de comentário alguma pergunta ali porque o algoritmo do próprio eh sistema da própria plataforma ajuda a a divulgar essas informações para mais pessoas tá quem quiser inclusive conhecer o o Instituto de Psicologia baseado em evidência você pode acessar em pb.com e ter mais informações referente a ao nosso curso de especialização e outros que a gente tem lá tá bom muito obrigado e até breve