olá olá olá pessoal bem-vindos ao nosso vídeo podcast um novo formato de passar informações valiosas com convidados ultramed especiais selecionados aqui por nós Aveiro a e hoje com ele Doutor Rodrigo Silveira psiquiatra infantil Flávia luz professora de educação infantil diretora de escola e por quem nós temos uma imensa admiração porque ela tem uma abordagem tem metodologias tem filosofias que embasam a prática escolar dela do do espaço que ela atua eu sigo ela no Instagram porque já há algum tempo eu gosto muito de ouvir o que ela tem para nos dizer e ela trabalha com abordagem
pickles que é vou pedir para explicar que eu não sei muito bem você falou é parecida com a mão pessoa ele tem alguma coisa viu mas eu não sei explicar muito bem queria que a Flávia é trouxesse para gente informações sobre isso e também Contasse um pouco da atuação Contasse para gente como é que é que uma escola como é que é ter crianças tão neuro diversas como é que é para a direção da escola pelos professores como é que é isso Flávia a Esse é um desafio é um grande enorme desafio mas também é
um grande enorme prazer assim para todos nós assim na escola né pensando ali na primeira infância que é o momento da de muitas transições das Crianças em que as crianças estão se constituindo então pensar um espaço que acolhesse a diversidade é é Um Desafio pensar nessa singularidades dentro do espaço coletivo pensando que para muitas crianças é a primeira vez que elas estão saindo de uma referência a família ar e indo para o espaço coletivo então quando a gente pensa assim né na neurodiversidade que hoje é um tema aqui tá em Pauta né gente estava até
conversando antes um pouco sobre essa questão né acho que a gente passou por um momento em que inclusão deveríamos e incluir e isso foi entendido agora devemos e com qualidade e essa daí é uma questão nova que tá surgindo e acho que paralelamente a isso vem surgindo uma questão que a pandemia trouxe E assim a flor O que é que escola é essa para essas crianças que nasceram hoje agora que não são crianças de 20 anos atrás né que o que que a gente está pensar para colher essa neurodiversidade que de que forma as singularidades
podem existir no espaço coletivo que é esse momento Então eu acho que pensar outras metodologias pensar outras formas de organização das salas do Espaço das pequenas transições da formação dos professores se faz muito necessário nesse momento eu acho que você falou uma coisa muito importante a singularidade né tudo tudo que eu faço como o singular meu primeiro livro foi o mundo singular Nossa nosso Instituto chama Instituto singular que a gente realmente acredito exatamente nisso na singularidade do sujeito na singularidade de cada criança então para você né a gente ter uma noção assim o autismo todo
mundo quando eu falei autismo Pensa em um tipo em um estereótipo e a gente tem centenas de tipos de autismo de autismo os diferentes e cada tipo de autismo com seus genes combinados tem um espectro imenso de variação de que varia de muito grave a muito leve então isso faz realmente com que a gente pense que não dá para tratar todo mundo no mesmo jeito nem enquanto crianças muito menos enquanto autistas muito menos enquanto crianças que precisam de uma atenção de uma necessidade especial como é Oi hoje Doutor Rodrigo Querido Meu amor meu marido como
é que fica hoje se a questão de Diagnósticos porque o que que acontece eu fico pensando né o difícil hoje é a gente tem uma criança padrão o que que é patrão porque a gente tem tantos tipos de défice de atenção de hiperatividade de dislexia de transtorno do espectro autista de ansiedade uma criança não tem nada Nenhum de Nós não tem nada como é que essa questão de Diagnóstico como é que você pensa um pouco a inclusão acho brilhante que você falou Achei lindo e é a frase assim do dia né não basta incluir tem
que incluir com qualidade como ser essa inclusão como é que você pensa um pouco isso olha eu até vamos vamos falar sobre isso mas eu gostaria de estendermos que eu fiquei curioso numa questão assim com o passar do tempo Há quanto tempo da aula já a Flávia que tipo a minha curiosidade e as crianças que tu viu pequenininho assim que tu viu esses coletivos de pessoas de crianças na primeira infância com que idade já estão essas crianças que tu consegue rever de novo tá há 18 anos isso não porque mas porque cedo quando a gente
recebe fotinho de pacientes olha olha aqui se se formar olha aqui alguns que eu comecei dar já eram mais velhas estão assim com oito Hoje os meus pacientes fazendo a barba sozinhos independente olha como ele tá independente autônomo eu no bar ele ficou mas é que isso me deixa me deixa curioso assim ó porque minha perspectiva depois que eu virei pai mudou né então Quanto tu é só muito enquanto é só profissional só terapeuta tu recebe crianças dentro de um contexto Clínico de uma certa forma né agora depois que o nosso filho nasceu eu tenho
a oportunidade de a ver com amiguinhos dele deverá turminha e entender que essa questão da diversidade ela é muito mais intensa do que a gente tende a querer acreditar porque assim ó existe um o existe um problema muito grave das pessoas não procurarem ajuda para crianças que estão com atraso no desenvolvimento e isso talvez uma das coisas mais importantes que move o nosso trabalho por essa questão que tu falou assim né do desenvolvimento na primeira infância essa construção toda da arquitetura neuronal onde tudo Tá se formando então um momento muito rico muito oportuno então não
levar a criança para o atendimento nesse momento é algo muito problemático mas existe uma questão também que o desenvolvimento das crianças ele é muito diferente entre as crianças né então tem criança que demora mais para caminhar tem criança que demora mais a falar e isso que eu fico curioso de poder ver o desdobramento eu sou longo aí dos anos né assim é muito interessante ver algumas crianças que a gente em um determinado momento no meio também diagnosticou e falou não e grandes eram outra coisa assim sabe o acontece mas o que eu percebo é que
ali na primeira infância existem sinais muito claros de a necessidade de algumas intervenções e eu acho assim as intervenções elas podem ir desde a levar um neuropediatra levar na folha até intervenções na organização familiar não acho muito importante você tá falando o quê que seria os sinais de necessidade de intervenção a gente tem de assinar a escola a observar a primeira um sinal muito importante a criança está em sofrimento eu sei lá tá feliz nisso ela o estarem sofrimento às vezes aí ele vai falar no tempo dele ela tudo bem ele até pode falar mas
não falaram numa determinada a idade quando todo mundo está falando é um sofrimento tá causando isso gera agradam isso gera sabe a criança fica muito ansiosa porque ela tá sem os pais que entendem aqueles comandos dela com muita facilidade Então ela tá na escola ela precisa comunicar coisas desde eu não gosto de banana não não não é uma coisa grande odor Fico pensando e preocupado é só vai ficar com alguma sensação ruim se ela precisa de ajuda Isabela hashtag fica nessa fale tentando descobrir isso gera uma angústia ou ela quer negociar alguma coisa com uma
criança e e pensa que já é verbal e ela não isso já era então a isso vai da Isa das questões motoras até em geral assim o o primeiro sinal essa criança lá é funcionar ou ali naquele espaço não é às vezes a gente tem já ouvir funcional como uma coisa mas temos que ser todos produtivos e iguais não não é nesse não é nesse sentido no sentido de ela é uma criança que está se beneficiando tá aproveitando daquilo que tá encontrando caminhos de pesquisa de investigação que não precisa ser iguais aos Nossa todo mundo
fazer a mesma coisa né Mas ela tem que estar caminhando a gente tem que estar vendo que existe um avanço constante que aquela acrescentar estagnada não tá Dias chorando então é por isso por exemplo falando um pouco ali da abordagem pikler a documenta muitas crianças gente registra tudo que essa criança tá fazendo e põe data porque às vezes a gente acredita na memória não mas depois eu vou lembrar que ele falou isso que ele andou ou então fazendo uma criança tá ficando em pé a gente tá com bebê agora que está em vias de caminhar
então a gente fotografa todo esse avanço postural dele né ele agachar as primeiras ficar fica em pé tempo que esse bebê fica em pé porque se SUS paralisar a a gente tem um sinal ali que na pode ter alguma coisa né não não vai ser o carro ali mas tenho essa documentação esse acompanhamento até para o professor do próximo ano ele recebe daquela criança Vai vendo ali nas fotografias nas conversas aí que ele já falar ele já E aí você consegue ver se esse desenvolvimento São Paulo correndo né eu me lembrei aqui do partograma vem
aqui quando quando o tá acontecendo parto a pessoa vai anotando num gráfico as movimentações conectando dilatação aqui no longo do tempo e aí quando tu consegue olhar o gráfico depois tu consegue ter uma noção se aquilo tá fluindo se não está fluindo e se tu vai contar só com a tua memória e conto não vai conseguir ter essa imagem e isso e isso para a questão do tratamento de crianças com desenvolvimento atípico a questão da documentação aí ela é necessária demais assim né ele tá falando de pastor é porque a gente passou recentemente por essa
experiência ainda 30 horas em trabalho de parto ele e não consegui no final não consegui ter parto normal que era meu grande sonho era uma coisa que eu queria música me preparar é psicológica e fisicamente durante toda a gestação e infine e o que foi determinante para a gente decidir por uma intervenção cirúrgica foi realmente o gráfico que mostrava que a evolução não era constante eu tinha algumas evoluções em dilatação mas elas eram muito mais espaçadas do que deveriam ser e muito menores do que deveriam ser um programa padrão que foi uma boa comparação sujeito
pelo que a desenvolvimento e isso não é trás por uma coisa isso assim da particularidade da singularidade lá porque não é igual né que a gente vai pegar um monte de partograma seus relatórios parar e falar não então aqui tinha que tá exatamente aqui mas quando eu percebo que não tenho uma evolução uma mudança muito brusca de comportamento que não era esperado numa de terminalidade porque algumas coisas a gente espera em determinada cidade o que que vão surgir né enfrentamento maior Ou uma agressividade está a gente sabe que isso vai acontecer tanto que as respostas
dos adultos vão mudando né uma resposta de um adulto e uma criança agressiva com um ano é uma com dois a outra com três é outra e com cinco é outra sim mas se a gente não faz esse acompanhamento e assim manda as coisa que eu gosto muito da abordagem pickler é porque foi uma abordagem desenvolvida em orfanato a conta um pouco eu adoro então quando ela foi desenvolvido ali no pós-guerra com crianças órfãos ela recebeu muitos bebês com 20 dias de vida então é um acompanhamento de um número Grande São 275 crianças acompanhadas em
seu desenvolvimento motor mais diferente um pouco do que a gente faz a gente costuma acompanhar os Marcos né se assentou engatinhando ela fez todo um traçado dos movimentos transicionais Entre esses movimentos justamente para entender se existir essa evolução do movimento essa criança tava caminhando tá não é para isso aí pensou muito sobre esse ambiente em que esse bebê tem que estar no sentido de confiar nela o que é muito bonito e os vídeos quem quiser depois olhar assim como é que eu levo para a gente acertar tenho um documentário que só tem espanhol mas que
chama loxe que é o lugar aonde é esse abrigo hoje é uma escola de educação infantil na Hungria mas é um lugar para se crescer e aí tem foi um tá descoberto por psicanalistas na França as trabalho e isso ganhou já tá chegando ainda no Brasil chegou tá engatinhando embora já se chama né super antigo aqui no Brasil Ainda tá chegando a gente tenha um a rede pikler Brasil onde tem muitas coisas e ela pensou Então assim nesses ambientes que a gente pensa em crianças hora então assim ela pensou em uma coisa que pensar à
maternagem profissional e parece às vezes uma loucura mas vai substituir o lugar da mãe mas não vai substituir o lugar da mãe vai dar coerência esse bebê a essa criança que sai desse ambiente familiar por exemplo pensando na escola e precisa seguir uma coerência né então objetos já pego precisa ter um adulto de referência e pensando nisso para crianças atípicas ainda mais bom então é porque eu posso dizer que uma criança típica numa situação não tão favorável às vezes vai se adaptar agora uma criança lá típica isso vai gerar Então vou ver se a gente
sempre pensa individualmente cada criança e daí pensa lá no grupo então organiza mesas para comer todos os dias as mesmas crianças Correm com as aquele Quarteto come junto acompanhada daquele professor todos os dias ai lá mas não faltou a sua como interessa isso mantém regularidade mantém a criança dentro de uma uma expectativa do que vai acontecer e só ajuda essa criança nasce para se organizar essa coerência EA previsibilidade para ela fala tanto na questão da previsibilidade para acalmar as crianças e sempre fala e essa questão que quando a criança tendo um comportamento disruptivo a gente
tem que tentar entender antecipar e ver o que que tá acontecendo que tá levando a criança para aquele lugar né então o que é muito mais importante a gente Dessa capacidade de observação da criança das necessidades dela dessa coerência e entender que nós adultos às vezes funcionando uma maneira muito mais caótica e que a criança não tem essa esse neurodesenvolvimento ainda né claro que então com crianças atípicas essa estrutura neuronal cê vai demorar muito mais a vir né E quando a gente fala aí de inclusão quando a gente fala dessa necessidade de incluir com qualidade
né a gente precisa levar em consideração que é um atraso do desenvolvimento e que essas ferramentas de comunicação de entender o que o outro quer dizer de com se expressar estão muito defasadas né E aí [Música]