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salve salve estamos novamente Juntos nesta conexão que envolve o minicurso tratando do declínio da vida em sociedade e o Brasil no início do século XX Muito obrigado por você que se inscreveu são quase 23 colegas amigos estudiosos gestores preocupados interos em conhecer melhor o nosso país especialmente neste primeiro quro do século XX nós tivemos nos encontros anteriores dois encontros Esse é o terceiro encontro que nós estamos tendo a oportunidade de uma visão geral mais Ampla a respeito desse tema do brasil no início do século XX com a participação de dois professores que nos deram entos
que fundamentam a perspectiva que nós estamos tratando no no encontro passado a respeito da questão do subdesenvolvimento eh do nosso país as características do subdesenvolvimento eh dentro de um contexto mundial em que prevalece A Hierarquia entre os países né os países do centro dinâmicos países periféricos e a novidade que estamos assistindo em relação ao deslocamento do centro dinâmico até então no norte Global cada vez mais para o sul Global focado no papel eh da china hoje nós estaremos mais preocupados em focar a a temática que diz respeito à transição para a era digital transição da
era Industrial pela qual o Brasil percorreu especialmente entre as décadas de 1930 a 1980 e a partir dos anos 90 foi transitando para esta nova era digital e que nós aqui a entendemos como uma transição que aprofunda desigualdade portanto uma transição desigual que está em curso no Brasil são novas desigualdades que se acumulam e se associam as desigualdades tradicionais das duas eras anteriores que o Brasil viveu a indústria e anteriormente a era agrária Nós também vamos falar a respeito do Il letramento na era digital letramento como a dificuldade a incapacidade de entender de compreender a
razão pela qual hoje a comunicação e a informação fazem com que ao invés da informação ser poder nós estamos assistindo hoje um para a situação em que a desinformação passa a ser o poder o monopólio desse conhecimento na posição das grandes bigtec n a luta de um país como o Brasil em torno da sua Soberania de dados e por isso vamos terminar esse encontro tratando do tema do papel do estado afinal de contas o setor privado por si só será capaz de recompor a Nacional será recompor capaz de recompor eh o enfrentamento da do subdesenvolvimento
do país ou o estado segue sendo uma parte importante do enfrentamento dos problemas brasileiros bem esse o roteiro pela qual nós vamos seguir e esse encontro agradecendo mais uma vez a tua presença a participação eh neste minicurso que concederá eh Um certificado a cada um dos inscritos desde que tenham participado eh eh em 2is teros em três das das quatro dos quatro encontros E para isso você pode registrar a presença a partir das 19:45 minutos através do chat que estará disponibilizado muito bem registrado essa essas informações importantes nós vamos então Eh dar sequência ao prop
propósito deste encontro que começa justamente tratando da temática da desigualdade né justamente Vista a partir não é da do receituário da ideologia neoliberal é importante talvez ter como referência eh já no no ano de 1997 nós estamos diante do primeiro governo do presidente Fernando Henrique Cardoso em que ele faz uma exposição em São Paulo e registra uma pérola que nosso modo de ver caracteriza a ideia de desigualdade como centralidade no Brasil né A a frase do presidente então Fernando Henrique Cardoso é aquela que identifica que o Brasil não seria mais um país subdesenvolvido apenas e
tão somente um país injusto um país em que eh predominava a desigualdade portanto a preocupação com o desenvolvimento nacional com a expansão Econômica ficaria no segundo plano e nós trataría um país desenvolvido fundamentalmente da questão da desigualdade E desde então é importante dizer que o tema da desigualdade tem sido Central nas agendas governamentais nos debates na produção acadêmica ou seja o problema do Brasil se resumiria fundamentalmente ao ao equilíbrio entre os indivíduos né a injustiça praticada na repartição dos ganhos eh resultantes do excedente econômico né e ou seja o tema da desigualdade estaria cada vez
mais dentro da perspectiva neoliberal vista como um assunto um tema individual um problema individual não é de determinados indivíduos com dificuldade de ter acesso ao mérito pelo mérito pela meritocracia e que portanto o problema que apresentariam especialmente de insuficiência de renda n importante dizer que esse é um conceito que deriva de uma espécie de economicismo ou seja tratar o problema da desigualdade da pobreza como um problema exclusivamente de natureza econômica e que bastaria a redistribuição da renda para permitir que a desigualdade fosse reduzida drasticamente então nós tivemos basicamente eu diria assim dos anos de 1990
para cá não é eh uma nova abordagem do ponto de vista eh da desigualdade tratada fundamentalmente como um problema de natureza individual um problema econômico o que foge da tradição brasileira não é daqueles que trataram do tema da desigualdade da na Perspectiva Educacional por exemplo não é na Perspectiva eh da da própria Miséria da fome da Perspectiva da desigualdade Regional ou seja havia no Brasil uma interpretação de que o problema da desigualdade não se se associaria a uma questão de individos da individualidade mas sim um problema mais amplo coletivo e e nesse sentido é importante
também chamar atenção Para Um clássico eh um autor clássico do ocidente oor francês J ja Rousseau que no século XVI né teve produziu uma uma contribuição da mais importante na definição do que seria desigualdade no seu relatório que virou um livro em 1755 né que trata justamente o livro o título do Liv discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens eh em que ele chama atenção para a situação da desigualdade identificada sobre dois níveis segundo ele a desigualdade entre os indivíduos portanto a desigualdade individual er seria uma desigualdade natural natural Porque
estaria associada a a eh características de natureza humana as diferenças entre sexos a diferença entre idades por exemplo entre raças bem e essa denominação de desigualdade natural se diferenciaria justamente da desigualdade política uma desigualdade Constru pelos próprios seres humanos uma desigualdade que resultaria para ele da existência da propriedade privada vez estabelecida a propriedade ela seria o fundamento pela qual a natureza da desigualdade se constituiria de forma política uma desigualdade portanto construída numa sociedade em que predominaria como central a existência de propriedade e para ele eh antes da existência de propriedade nas sociedades eh chamadas primitivas
né em que não havia propriedade privada não havia portanto uma desigualdade de natureza política pronunciada como se verificou pelo feudalismo pela pelo pelo capitalismo por exemplo né então esse esse argumento me parece importante de colocar não é eh frente a frente a perspectiva neoliberal que olha Eh o problema eh da desigualdade como sendo um problema individual e estritamente de natureza Econômica não política né não coletiva digo isso para que a gente possa então olhar né do ponto de vista panorâmico eh as condições pelas quais a a desigualdade eh se instaura no país e vem evoluindo
com o passar dos anos Especialmente na medida em que o Brasil muda de uma era para outra né vamos dizer assim eh partindo justamente da desigualdade na era agrária quando predominava o agrarismo o modo de vida eh no campo modo de vida natureza que seria justamente aquele modo de vida que predominava no que era o continente americano através né das condições indígenas de vida se nós olharmos aqui no Brasil não é havia um modo eh comunal do ponto de vista indígena em comunidades em que não havia acumulação não havia propriedade privada uma sociedade comunal nesse
sentido isso é rompido profundamente nãoé com a o sistema colonial europeu né que vai vigorar basicamente no século 16 17 e 18 São 300 anos de sistema colonial e que impacta profundamente os povos né as civilizações que existiam aqui ao longo do que se denominou o continente americano desde a chegada de Colombo eh Cristóvão Colombo como sabemos e posteriormente outros Navegantes que passaram a ocupar eh do ponto de vista Colonial o território eh americano no caso do Brasil não é enquanto colônia portuguesa nós vamos ter então ali o estabelecimento de uma ordem de uma ordem
que vai configurar já uma desigualdade entre os proprietários os proprietários de terras e os proprietários de pessoas de escravos então de um lado nós temos os proprietários de terras e de escravos de outro lado os que não são proprietários portanto são os escravos submetidos a trabalho escravo forçado e nós temos com a evolução do tempo quando o Brasil alcança sua independência em 1822 não rompe com a escravidão portanto eh estendendo esta ordem escravista eh basicamente como sabemos até o ano de 1888 quando finaliza o trabalho escravo e se passa a constituir eh um mercado de
trabalho de venda de e compra de força de trabalho que é a base pela qual o capitalismo se instalou no Brasil já no final dos anos de 1880 então e esta ordem escravista passou a ser de alguma forma questionada por uma parte crescente da população que não se adequava à condição de proprietário de terras ou mesmo de escravo e os próprios escravos porque eram homens e mulheres livres vão viver em condições palpérrimo de trabalho constituído então é é um segmento uma uma multidão de brasileiros daquela daquele período que não se enquadram nesta ordem escravista basta
lembrar que o primeiro senso demográfico realizado no Brasil isso ainda quando era um período monárquico Dom João Dom Pedro I em 1872 nós temos o primeiro senso que revela que 15% da população brasileira estaria sob a condição de escravidão portanto 85% não eram escravizados né eram proprietários uma parte pequena e a maior parte essa essa população sobrante desta ordem Então esta ordem eh escravista como sabemos ela é superada com o final da monarquia a queda da Monarquia e o nascimento da República em 18 89 e até 1930 né Nós temos a a passagem da antiga
ordem escravista para uma ordem Liberal Liberal capitalista e esta Nova Ordem consolida eh um a base da desigualdade que não se dá mais entre o proprietário de escravos e o próprio escravo mas agora entre o proprietário eh dos meios de produção proprietários de fábrica de terras né de comércio de bancos e os que não têm propriedade né em geral aqueles que vão conformar a classe trabalhadora o operariado no Brasil então a relação capital trabalho é uma relação entre proprietários que têm capacidade de comprar força de trabalho e aqueles que não tem propriedade a não ser
a sua própria força de trabalho e isso garante nesse sentido a uma desigualdade já eh Fundamental e basilar de a sociedade capitalist como sabemos até a Revolução de 1930 eh esta esta ordem Liberal não é é uma ordem que não consegue absorver a totalidade da população até porque especialmente no na região Centro Sul do país que era a região mais dinâmica ao final do século X país produtor de bens primários Como dizia Osvaldo de Andrade um país que produzia sobremesas ou seja produzia açúcar através da cana de açúcar eh produzia Cacau né Eh produzia café
obviamente produtos importantes para serem exportados mas como sobremesa não é não eram essenciais para o Brasil tudo isso então diz respeito ao fato de que esse complexo de produção para exportação para o exterior ele não tinha a capacidade de absorver a totalidade dos brasileiros o que significava dizer que uma parte importante dos brasileiros ficaram de fora das possibilidades de serem requisitadas por esta ordem Liberal entre proprietários e não proprietários O que significou dizer que havia uma massa inorgânica ao capital e compreendido em geral de de brasileiros que viviam eh no campo né tentando sobreviver eh
ou até mesmo aqueles que eh ousavam viver em cidades O que é que que se pode chamar de cidades até osando de 1930 eh com atividades eh marginais atividades de mendin cân atividades que eh infelizmente não produziam condições minimamente adequadas uma vez que o mercado de trabalho tradicional no centro sul do país foi crescentemente ocupada por imigrantes imigrantes estrangeiros sobretudo europeus então nós temos esta ordem que predomina até aú final da República Velha em 1800 1930 desculpe e entre os as os anos de 1930 e os anos de 1980 nós temos uma nova ordem desenvolvimentista
que é aquela que Avança na industrialização na urbanização nacional constituindo que a gente pode identificar como sendo a era industrial no país agora esta era Industrial como sabemos transcorreu de uma forma é muito conservadora embora fosse modernizante porém conservadora porque o que a gente percebe é que essa esse expansionismo capitalista que foi fundamental para eh reposicionar o Brasil no mundo um país que que produzia e exportava produtos eh de sobremesa Como dizia Osvaldo Andrade para um país que passa a exportar não é automóveis passa a exportar eh produtos manufaturados em maor quantidade ou maior proporção
inclusive que os produtos primários e esse país na verdade não se submeteu a reformas clássicas do capitalismo contemporâneo e portanto esta ordem desenvolvimentista ela foi assentada sobre a desigualdade de proprietários e não proprietários né Eh em primeiro lugar pelo fato do Brasil não ter conseguido eh realizar as chamadas três reformas clássicas do capitalismo contemporâneo que de maneira geral quase todos os países envolvidos realizaram né primeira e mais importante é a própria reforma agrária né reforma na distribuição na democratização do acesso à terra o Brasil Manteve eh como trajetória uma concentração fundiária muito significativa e o
que fez fazer o que que levou na verdade aquela massa sobrante do campo que falávamos anteriormente a se deslocar rápida e crescentemente para o os centros urbanos né constituindo então os grandes cidades no Brasil até mesmo as metrópoles eh com um crescimento populacional significativo de de brasileiros desesperados que recorriam as estradas as e as ao que havia de estrada e sobretudo para chegar nas cidades nas metrópoles imaginando ter uma ocupação de qualidade o que não foi verdade para porque eh como mostra vários autores entre eles Francisco de Oliveira de Oliveira como eh essa força de
trabalho sobrante nas cidades gerou um mercado informal né um autoconsumo autoconstrução eh que de certa maneira garantiria a a prevalência de Salários muito baixos eh no nosso país então ausência de reforma agrária ausência de reforma tributária como sabemos os ricos praticamente não pagam impostos ou relativamente muito pouco ao total de sua renda são os trabalhadores são aqueles que têm renda fixa aposentado previdência etc os menores rendimentos aqueles que estão na base da pirâmide social os que mais sofrem com um sistema tributário profundamente injusto quem recebe não é até três salários mínimos não compromete eh eh
melhor compromete chega a comprometer 40% de sua renda na forma de impostos impostos embustido no preço que a gente nem sabe quanto tá indo para o cofre público quanto que aqueles que eh vivem com pelo menos mais de 20 salários mínimos por mês né não chegam a eh contribuir com nem 16% do seu total da renda disponível então problema sério Central é justamente a ausência de reforma tributária e por fim também mencionar a ausência de reforma social estamos falando da reforma não é que poderia A exemplo de outros países ter constituido um um segmento de
bemestar social não é uma institucionalidade que permitisse ter acesso à saúde educação transporte habitação decente para todos então o país vislumbrou né um ritmo de expansão Econômica significativo entre as década 70 e 80 porém não ele ele Manteve como marca a igualdade as diferenças eh marcantes inclusive pelo fato né de que eh os períodos autoritários né como tivemos seja a própria estado novo entre 1940 1937 1945 seja durante a ditadura militar em 1964 1985 né o autoritarismo como um instrumento obviamente de eh achatamento de rendas de Salários não é de favorecimento a determinados segmentos mais
privilegiados da população bem então com isso nós temos a desigualdade que vai se constituindo e se reproduzindo na sociedade na na era eh eh agrária que se reproduz né E se reconstitui a desigualdade na éa industrial para chegarmos na era digital né da digitalização que nós estamos vivendo o processo de datif cção que faz com que os dados sejam crescentemente importantes e determinantes no novo modelo de negócio né que tem sido eh extraordinário para determinados segmentos que operam eh com base na no processo de digitalização O que é importante chamar atenção que o ingresso na
era digital né quando o Brasil vai procedendo crescentemente não é a a a presença da da internet da comun da informação das conexões e prevalece no Brasil um um receituário neoliberal uma ordem neoliberal que termina na verdade constituindo parte importante do Estado através da privatização n a venda de ativos estatais para o setor privado eh nós nós assistimos na verdade um processo de endividamento do Estado através da ausência de qualquer reforma tributária um endividamento que aprisiona as Finanças Públicas e faz do estado é um elemento de sustentação da própria financeirização da riqueza adequada ao a
ao determinado segmentos muito privilegiados do do Brasil Então nós temos de um lado essa passagem para a área industrial que foi a desmontagem do chamado estado desenvolvimentista que prevaleceu entre as décadas de 1930 e 1980 né estamos diante de um outro estado né que de certa maneira se caracterizou por fazer uma reforma agrária ao às avessas né nós tivemos lembrar aqui que eh até o final dos anos de 1980 a lqua máxima do Imposto de Renda se aproximava de 50% né hoje a LCA máximo imposto de renda de 27 como sabemos então houve uma redução
da tributação para as rendas mais ricas assim como não é eh Foi aprovado a isenção ausência de impostos para eh o o os os benefícios né do lucro para lucros de dividendos né que deix pagava uma taxa de 15% em 94 e a partir de 95 então foram isentos lucros dividendos como sabemos lucros dividendos não é é algo que diz respeito a quem tem propriedade de ativos financeiros por exemplo não é o caso da classe trabalhadora do povo que não tem acesso à propriedade já que a propriedade foi se constituindo em torno dos meios de
produção e e a propriedade dos que não tem propriedade na verdade que não seja a sua força de trabalho paraar trocar na na forma de uma remuneração que permita minimamente eh sobreviver então estamos falando eh eh da era da era digital que que estabeleceu essa nova circunstância de um estado fragilizado n praticamente aprisionado pelos interesses e neoliberais né e bom e ao mesmo tempo o que que nós podemos dizer que esta era digital transcorreu quando o país mudava sua relação com o exterior né constituir uma nova divisão uma nova inserção na divisão internacional do trabalho
não mais como um país produtor de bens manufaturados por exemplo mas cada vez mais um país produtor de bens primários laranja minério eh soja milho entre outros produtos petróleo inclusive ou seja um país exportador de produtos primários que não tem valor agregado acrescido cujos impactos sobre o mercado de trabalho São relativamente constrangidos e portanto e as possibilidades do Brasil crescer rapidamente foram T sido muito contidas eh tornando Justamente a incapacidade do próprio setor público justificar não é investimentos crescentes eh sobretudo investimento público que puxaria o investimento privado ess esse tema né foi ficando eh circunstanciado
a o problema crescente do ajustamento das contas públicas ajustamento eh tributário né Outro ponto importante na éa digital é a visavi a desindustrialização a expansão da sociedade de serviços né os serviços serviços eh de distribuição os serviços pessoais os serviços sociais os serviços eh que dizem respeito não é a essa nova natureza da própria ocupação todavia a oos serviços que mais expandiram no Brasil T sido serviço de baixíssima produtividade né serviços mais vinculados a segmentos tradicionais e não segmentos eh de novo tipo como se imaginava avançar não fosse os problemas que nos levaram a a
postergar inclusive eh no período mais recente não é a própria contratação de novos servidores falávamos do do concurso Nacional Unificado mas de toda maneira o que é importante dizer que esta economia de serviços né criou um eh de forma híbrida né um um um segmento da economia que defende Depende do estado um outro segmento que depende do setor privado os capitalistas tradicionais e um terceiro setor que está cada vez mais associado a uma economia eh de subsistência um economia Popular né uma economia que não Visa lucro necessariamente embora os seus empresários seus Condutores eh demandam
eh algum ganho de renda para poder inclusive suportar as despesas com gastos que apresentam eh atualmente então com isso nós temos eh uma uma visão não é panorâmica a respeito da da questão da desigualdade que tem se apresentado com elementos de natureza nova na era digital né desigualdade que diz respeito inclusive à forma de reconhecimento de trabalho na era agrária eh ah não havia separação entre trabalho de produção e reprodução Já que as pessoas moravam onde trabalhavam no campo e que não havia escolas portanto eh a expectativa de vida era relativamente baixa e o trabalho
era exercido já logo muito cedo porque não haviam escolas não é eh e por isso então nós podemos dizer não é que nessa sociedade agrária que não não se fazia diferença entre eh homens e mulheres não fazia-se diferença entre o trabalho feito fora de casa e o trabalho feito dentro de casa então nós temos aí um espaço novo de desigualdade que vem se aprofundando entre gênero entre aqueles que exercem atividade do Lar né E os que exercem atividade de trabalho em outros centros da instituição bom eh importante talvez agora a gente adentrar no segundo tema
Até que a gente possa ter um debate Aliás era bom dizer esqueci os interessados em fazerem questões considerações manifestações críticas pode utilizar o chat que está disponível para que a gente possa então ao final dessa dess desse encontro podermos ler as questões e tentar respondê-la pelo menos reagi a às questões que porventura venham a ser formuladas bom com isso então nós podemos aí transitar do tema da desigualdade eh para o outro tema muito importante que é a Justamente a questão do tramento na era digital né já vimos então muito rapidamente o quanto a discussão da
desigualdade no Brasil tá prisioneira uma visão individual e geral economicista procuramos oferecer não é uma visão mais Ampla mais totalizadora da temática da desigualdade n é chamando atenção para situações necessárias de serem eh alteradas eh profundamente no Brasil agora nós vamos falar falar do tema do eletr momento na era digital né a ideia de eletr momento ou analfabetismo tem a ver com a passagem da sociedade agrária para a sociedade Urbana sociedade agrária profundamente analfabeta né Eh e a ao mesmo tempo a passagem para a sociedade Industrial exigiu na verdade algum tipo de comunicação e informação
mas que de certa maneira constituía um entrave porque as pessoas tinham dificuldade de aprender o alfabeto a concordância frases etc e rapidamente elas eh ao ser escritas e e passar a frequentar o curso rapidamente com com o passar do tempo as pessoas desistiam não é dessa possibilidade de dar um salto do ponto de vista do seu eh conhecimento então letramento seguinte olha você precisa assinar eh saber assinar seu nome precisa eh entender as questões colocadas né Você precisa ter um um um conjunto de acertos para poder ser passado enfim novos critérios que disseram disseram respeito
ao fato de que é hoje né na era industrial no século XXX as pessoas eh trabalham fora de casa de maneira geral Ou seja é um trabalho eh em atividades reconhecidas como a fábrica o banco ou outro qualquer qualquer local enquanto que aqueles que não trabalham fora em geral mulheres em geral vinculada à economia eh dos cuidados né permanece em casa lavando louça cuidando de criança mas uma rotina aqui mais ou menos cada um aqui sabe eh O que significa eh E e essa eh presença eh do ponto de vista da eh geração de de
uma renda de um de um excedente eh vinculado à era digital eh ele hoje não é ele ele se dá justamente diante do que nós podemos dizer uma espécie de um analfabetismo digital um el letramento digital eh Especialmente porque eh o acesso né à internet eh permitiu que se tomasse conhecimento de diferentes informações sem saber se essas informações seriam ou não verdadeiras seriam ou não inventadas né portanto a mentira eh as notícias falsas ganham com uma velocidade enorme e relevância Especialmente porque a população não se sentiu treinada suficientemente para poder se posicionar diante de mensagens
que vê a todo momento e dos mais diferentes formas então queremos chamar atenção justamente pro fato que não obstante a boa vontade eh do do do do enfim dos eventos que que dizem respeito a a construção do conhecimento n é que permitiria então as pessoas saberem porque que recebem determinadas informações enquanto que outros recebem outro tipo de informação se a gente Colocar diante do papel que tem os algoritmos Inteligência Artificial né num desses desses eh sites de busca eh uma determinado tema ele Possivelmente vai dar um tema diferente que se porventura outra pessoa fizer entrar
e fizer a mesma pergunta a mesma questão porque porque há uma interpretação antes de responder a respeito do nosso perfil né perfil de de leitura perfil de eh eh acesso a diferentes redes sociais etc né então ou seja nós estamos falando aqui de uma sociedade com baixa capacidade de entender de interpretar as mensagens as informações que que recebe é justamente por isso que na União Europeia há um um um um Horizonte de políticas púas voltadas para a superação eh do El letramento né uma proposta que chegue à União Europeia em 2030 com pelo menos 30%
de sua população letrada que sabe sai entender o que que é um uma mentira o que é uma notícia falsa né porque ela conhece as imbricações das redes sociais então é um processo de ensino um processo de aprendizado que nós Infelizmente ainda não temos no Brasil né não apenas essa questão da desigualdade do acesso à informação e ao mesmo tempo a incapacidade de perceber o que que é verdadeiro ou incorreto né Eh se dá também é importante aqui registrar né com os riscos que nós estamos vivendo eh de talvez entrarmos numa era Espero que não
mas numa era equivalente ao que foi a idade média né entre o século 5 e o século XV em que todo o conhecimento existente daquele daquela época sobretudo no ocidente foi deslocado para as chamadas bibliotecas dos monastérios da Igreja Católica n eh e e e esse aprisionamento né em em bibliotecas eh da Igreja Católica foi até muito bem interpretado Pelo menos eu gostei do livro e sobretudo do filme O nome de Rosa né que conta um pouco a história eh da da época medieval né do quanto o conhecimento estava concentrado a é No Poder da
igreja nós estamos falando isso porque e quando a gente olha o poder das grandes corporações não é fica a impressão de que elas também estariam praticando uma espécie de ação própria da Igreja Católica durante a idade média Especialmente porque ela abre condições para que cada um passe então a ter acesso ao conhecimento que a grande empresa privada transnacional nos ofere mce sem critério de verdade e portanto é muito perigoso que o seu sistema de informação de conhecimento que até então tava no concentrado em determinados locais do país e passam cada vez mais a ser deslocados
para a agências internacionais que monopolizam esse conhecimento então o letramento é algo fundamental né pelo menos é visto em países eh europeus né como eh o elemento que vai ajudar a entender melhor o que são as redes sociais o que s o que é a era digital e colocou que já falamos no início o tema da soberania de dados dramático A situação por fim nós vamos falando então a respeito do papel do estado né estamos destacando eh as desigualdades que se pronunciam na na era digital nós nos pronunciamos a respeito do problema do Il letramento
a necessidade do Brasil tem uma política de letramento de não apenas para analfabetos tradicionais mas Especialmente na circunstância que nós temos hoje em que as pessoas sabem apertar botões não é mandar determinados mensageiros respostas mas tem dificuldade de entender um texto de entender eh eh a as contradições né E até a própria mentira que tem sido eh difundido eh pelas redes sociais no nosso país então a questão colocada não é É a respeito do do nosso futuro e o papel do estado em em relação ao enfrentamento desses temas que nos parece eh chaves para Qualquer
mudança de rumo mais profunda eh do Brasil Então a política de letramento digital é algo essencial para enfrentar eh as desigualdades as mazelas ainda que eu saiba que temha sido organizado um um local para recepcionar não é a todos eh o que prevalece eh de maneira geral é eh uma circunstância em que o país vai aprofundando sobre desenvolvimento e sobretudo fica sem acesso a dados que eram tão importantes e foram estão sendo consumidos no próprio processo eh eleitoral com crescente presença das redes sociais e algoritmos eh entre outros elementos constitutivos aí da parte tecnológica quero
ressaltar também que o enfrentamento da desigualdade passa não é pela mudança da presença do Brasil na divisão internacional do trabalho que é aquela que organiza minimamente a presença a participação dos países e esta eh circunstância que se abre do ponto de vista eh do Brasil não é disputar a sua inserção no mundo né não mais como um país somente produtor de bens primários mas um país que Produza como no passado bens industriais abre uma perspectiva diferente eh mas que significa necessariamente a presença do estado para contribuir eh em relação às à à ofertas que são
eh apresentadas e que nós precisamos então reconhecer que o Brasil precisa alterar a sua participação na divisão internacional do trabalho que coloca de um lado os países produtores eh e exportadores de bens e e serviços digitais dos países que são então Eh aqueles que vivem basicamente da da da produção primária e da importação dos bens e serviços digitais isso é um pouco a realidade do Brasil e que nós estamos aqui destacando que para enfrentar desigualdade Tem que voltar a ter um desenvolvimento de alguma forma sustentável e ao mesmo tempo a a garantia eh que eh
esse estado esteja comprometido com eh a soberania nacional com comprometido com o enfrentamento dos temas da Previdência bom então com isso nós avançamos são praticamente 19:45 nós tivemos aqui 40 minutos de aula não quero cansá-lo também até porque nós temos eh eh uma quantidade importante de perguntas queram agradecer a todos que tiveram a oportunidade de eh enviar as suas questões nós vamos aqui reagindo a elas né até porque são questões muito importantes para que tô vendo aqui eu posso começar com a Rosimar Gonçalves eh Que pergunta considerar economicamente a questão da disposição desigual da renda
ao invés de avaliar politicamente A questão não teria como objeto Focar apenas nos efeitos e nunca nas causas a desigualdade é interessante pergunta sim rosmo eu entenderia que sim não é Ou seja é óbvio que há desigualdade individual não é que o próprio Joan JAC russ denominava como desigualdade natural não é eh é acreditar que que basta tirar dinheiro dos ricos e colocar nos pobres porque que nós vamos enfrentar o problema da desigualdade tendo em vista e sem saber não é qual o comportamento da economia qual a sua relação com o exterior o que que
nós exportamos o que nós importamos não é se nós estamos exportando produtos de de de produtividade que não é tão intensa quanto os bens digitais né Nós estamos numa situação em que se se necessariamente se precisa produzir cada vez e exportar mais para poder ter uma receita que pague aquilo que é importado né Eh Então nesse sentido diria assim a desigualdade ela tem uma razão eh de natureza eh social Econômica política não e que precisa ser tratado dentro uma visão mais Ampla que o Brasil a nosso modo de ver pelo menos não é um país
eh desenvolvido é um país com sérias lacunas no seu desenvolvimento bom podemos passar paraa segunda questão que é o Eduardo melander Filho podemos considerar o escravismo brasileiro equivalente ao sistema escrav ocata do império romano eh Em geral os estudiosos os historiadores tendem a identificar né a escravidão processada a partir do século XV especialmente com o ciclo das navegações e consolidação eh do sistema colonial europeu com uma segunda revolução segunda escravidão escravidão moderna nesse sentido para diferenciar justamente das formas de escravidão pregressas especialmente no caso europeu que predominava não é o o feudalismo a servidão que
não é bem a escravidão né mas de toda maneira eu penso que não seria adequado utilizar a visão escravista do Brasil com aquela que pred durou no Império Romano são formas de trabalho forçado mas com natureza distinta até porque no caso brasileiro não é que responde por mais de 1/3 da totalidade dos dos africanos que saíram da daquele daquele país então aí um pouco mais de que 1 terç vieram para o Brasil foram trazidos para o Brasil muitos morreram de forma muito grave do próprio deslocamento do dos navios então Eduardo eh não me parece adequado
fazer a essa equivalência de escravos vamos avançando eh e o João Rocha Pergunta a classe trabalhadora desistiu de lutar contra o lucro máximo no capitalismo paa farg errou em Lutar em lutar pela redução da jornada de trabalho por que a capitulação bom é importante entender do ponto de vista do sindicalismo né como expressão e pelo menos do lado mais econômico da classe trabalhadora é as suas mudanças ao longo do tempo né o sindicalismo olhando o Brasil por exemplo nasce basicamente dos chamados sindicatos de ofício né que eram aqueles sindicatos que incorporavam eh fundamentalmente os trabalhadores
melhores inseridos no capitalismo né eram aqueles que tinham salários em geral melhores né tinham condições de contribuir eh para o fundo sindical e esse fundo sindical ele se transformava eh inclusive numa possibilidade de aposentadoria ele se transformava eh eh como algo eh que deveria contribuir para os direitos sociais e trabalhistas o financiamento desses direitos sociais e trabalhistas eh e esse e essa forma de operação não é ele expressava do ponto de vista sindical um segmento que eram de trabalhadores mais aguerridos em setores econômicos mais dinâmicos agora o grosso da população eh não tinha acesso a
sindicato não é isso só vai mudar não é a partir dos anos 30 com a introdução eh do sindicalismo eh por categoria profissional por base mínima geográfica ao município que é o ainda que mantém até agora né o sindicalismo eh ancorado na CLT na consolidação das leis de trabalho eh e e e nesse sentido então eh a organização da classe trabalhadora que se transforma em operariado industrial e classe média ganhou com muita relevância ao final dos anos 1970 e início dos anos de 1980 né Eh então não entendo assim como necessariamente eh um um erro
não é eh porque no caso do sindicalismo de de ofício não é a visão que eles tinham do capitalismo do patrão era da superação desta relação então defendiam Eh que eh a cogestão seria a melhor forma de condução dos negó negócios né que ao invés do lucro o salário repartido de forma equivalente a a todos os os trabalhadores eh e e o entendimento que o lucro era uma espécie de roubo né o lucro seria parte do excedente gerado pelo trabalhador que não voltaria na forma de salário né Eh e portanto nós tínhamos trabalhos desiguais eh
e pelos quais eh uma parte desses trabalhadores passou a ser atendido benefici eh mas obviamente deixou uma parcela muito grande da população de fora e eh Diferentemente dos dos sindicatos de ofício que olhava o lucro como roubo e portanto não valia a pena fazer negociação coletiva com quem rouba os sindicatos o sindicalismo tradicional corporativo se quisermos sindicalismo entre os anos 30 e 80 é um sindicalismo que entende que o lucro não é roubo e que portanto quanto mais lucro a empresa tiver melhor para repartir os trabalhadores no muito melhor inclusive para garantir o investimento e
dar continuidade à atividade econômica ao longo do tempo uma visão distinta dessa estrutura sindical do o sindicalismo de ofício E hoje nós estamos diante de uma transição para uma nova estrutura sindical certamente porque a a velha ou a tradicional não dá conta não é dessas modificações e fica reproduzindo experiências e políticas que na maior parte das vezes estão desconectadas da própria realidade Nacional o João Rocha já foi Vamos então passar para o Lucas Carvalho a partir das pesquisas mais recentes do ibg e ipea é possível afirmar que o acesso à educação conquistado nos anos 2000
e 2010 teve Impacto limitado no combate às desigualdades devido à reformas trabalhistas e previdenciárias bom tem aí na sua pergunta Lucas Carvalho eh uma visão que nós podemos associar ao capital humano ou seja eh a elevação da escolaridade naturalmente resulta resulta em emprego e salário maior ora isso essa teoria do capital humano foi pensado nos Estados Unidos Praticamente em pleno emprego né essa teoria tem dificuldade de comprovação em países de mercados estruturados como é o caso Brasileiro né Eh por quê porque na verdade a elevação do grau de escolaridade pode ser bom individualmente uma sociedade
mas ele não garante um emprego porque o que garante emprego é o investimento é o consumo é a ampliação da renda então pensar a educação sem considerar a situação mais Geral do país não é nós eh chegaremos portanto a uma situação em que os os jovens brasileiros com mais escolaridade terminam se deslocando para o exterior segundo dados do ministério de relações exteriores revela que em 2012 o Brasil tinha um 1 mil 900.000 brasileiros resindo fora do país a atualidade desses dados hoje chega a cerca de 5 milhões de brasileiros então é já um problema Grosso
né um algo que diz respeito justamente ao fato de que quem são esses esses brasileiros que saem para viver no exterior em geral São trabalhadores muito jovens trabalhadores que talvez não vê Futuro no Brasil e portanto busquem uma alternativa fora do Brasil bem é isso que nós podemos responder né avançamos para a quinta pergunta da Lucimar Siqueira Professor Por que a reforma Urbana não entrou na lista de reformas necessárias importante essa pergunta mas muito obrig obrigado quando você fala de reforma Urbana certamente você tá falando da reforma eh do uso da Terra então nós usamos
o termo reforma agrária embora a ênfase geralmente é para o mas a reforma agrária também diz respeito à terra não ao espaço físico Urbano nas cidades n e é comum nas cidades do nosso país por exemplo né vislumbrar espaços e prédios inabitados praticamente aguardando o momento de uma venda com o capital disponível então a reforma Urbana que você utiliza o tema para mim seria a reforma agrária com implicações tanto no Campo quanto nas cidades avançamos agora estamos diante da pergunta do luí Sérgio canário vivemos a digitalização da desigualdade no Brasil não não me parece que
a desigualdade é digital né O que me parece é que nós temos uma nova desigualdade nesta era digital digitalização da sociedade provoca novas desigualdades que tentamos destacar anteriormente e que por is S necessário é necessário o papel do estado com políticas públicas que enfrente essa desigualdade essa nova desigualdade com algo que dizia respeito a ao letramento né que os brasileiros possam saber o que que estão lendo o que que estão transferindo eh e ao mesmo tempo eh enfrentando aquela desigualdade tradicional a desigualdade já conhecida no Brasil perfeito Aí temos a pergunta número seis do espinela
eh agradecemos o seu trabalho aqui espinela e ele pergunta eh se eu poderia comentar a respeito da jornada de trabalho como uma alternativa para a substituição do tempo de trabalho humano pós trabalhos pelo uso da chamada Inteligência Artificial veja eu entendo que não há razão técnica que justifique o trabalho ou a jornada do trabalho no Brasil né de 44 horas semanais obviamente que o Brasil pelos apesar dos baixos ganhos de produtividade sustentaria uma jornada menor embora essa não seja uma reivindicação amplamente tratado pelos sindicatos pelos partidos políticos Ou seja é uma não questão porque ela
não se coloca nós tivemos uma experiência no início dos anos 80 que foi a defesa da jornada de 40 horas semanais quando ela era de 48 e ocorreu pela constituição de 88 ela reduziu para 44 mas tá faltando mais pressão por uma uma uma jornada de trabalho menor porque obviamente que nós percebemos aqueles que que trabalham diretamente na produção a implicação da digitalização dos dados né então eu diria assim é absolutamente Necessário colocar o tema eh de uma jornada de trabalho menor de uma jornada de trabalho que não precisa ser realizada obviamente não é para
todos os trabalhadores mas realizada somente Então somente no lugar específico é preciso reconhecer que há trabalho em casa de cuidados por exemplo que não são remunerados mas são fundamentais inclusive paraa pessoa pro colega eh dar conta né deste enfrentamento que nós temos eh por decorrência eh de um trabalho estendido né um trabalho que vem acompanhado de doenças profissionais por exemplo né um trabalho que você tem muitas vezes pela somatória de trabalhos parciais 70 80 horas de trabalho a ao longo da semana quando você considera a experiência de Trabalhadores de transporte individual por exemplo que decorrido
10 12 horas de trabalho vão realizar outro tipo de atividade ou seja uma somatória de trabalhos Gerais o que amplia evidentemente a a a escala a jornada de trabalho agora podemos então ir à pergunta da Zilda Araújo o Você acha possível o Brasil se desenvolver com distribuição de riqueza com essa classe dominante com essas classes dominantes com mentalidade de colonizador Não há dúvida que o capitalismo brasileiro nãoé e nós falávamos inclusive do período anteriores ao capitalismo constituído de uma elite profundamente conservadora e defensora dos seus direitos né Sempre que há um movimento mais eh consistente
de questionamento da ordem né Nós temos processos de contrarrevolução né são são golpes preventivos a possibilidade de organização da classe trabalhadora então eu diria não há o que eh se eh discutir em relação a a a o processo de concentração da riqueza da renda não é eh dos dos benefícios eh concedidos a determinados segmentos muito quase que exclusivos da sociedade BR brasileira Então nesse sentido evidentemente que a classe dominante ela é uma das responsáveis por a desigualdade tal como nós temos porque não aceita pagar imposto não é porque não aceita eh a reforma agrária Tem
dificuldades enormes de conviver nãoé com a reforma social agora também é importante dizer que os dominados já que está usando essa temática de classes dominantes e dominadas os dominadas também não se apresentam de forma eh de forma organizada em defesa da pressão social que representaria o movimento deção jornada trabalho então concordo em termos Zilda vamos para a próxima pergunta do Adalberto de Souza não é onde a economia solidária Entre Nesse contexto econômico olha Adalberto evidente que nós temos que pensar olhando o Brasil não é como necessário entender que o Brasil tem uma economia híbrida né
falávamos antes tem uma economia do setor público tem uma economia do setor privado e tem uma economia que tem vem crescendo no Brasil que diz respeito às atividad de subsistência humana as atividades da economia Popular dos pequenos negócios sobrevivência quando nós olhamos né do ponto de vista da perspectiva histórica né nos anos de 1980 para cá o que que a gente percebe é uma redução na capacidade do setor privado do setor tipicamente capitalista né que só funciona eh pela lógica do lucro e Portanto ele não vai contratar mais ninguém se porventura não for associado à
existência de lucro eh então o que que nós estamos percebendo que nos anos 80 o emprego capitalista do setor privado respondia eh por quase 70% total da ocupação hoje o setor capitalistas representa 49% da ocupação no Brasil ou seja a maior parte dos ocupados não estão no setor capitalista estão no estado 11 % ou 40% deles estão na economia de subsistência na economia Popular onde seria o espaço de produção organizada com políticas públicas da economia solidária Então tem um espaço para economia solidária a questão que se coloca é que muitas vezes as políticas públicas implementadas
são políticas muito mais para incentivar mobilizar o setor capitalista do que os demais segmentos Então essa é uma pergunta importante que diz Justamente que há o espaço para economia solidária e que vem sendo inclusive eh estendida em diferentes municípios em diferentes governos de estado inclusive o próprio governo federal que caracteriza também nesse momento uma preocupação com a economia solidária bem e aí chegamos à nossa última pergunta o José Carlos Nogueira de Castro e questiona se a reforma agrária tivesse ocorrido nos anos 19450 teríamos um agronegócio que concorresse com a er com a era da industrialização
e se uma desigualdade financeira e social menor pergunta complicada não é evidentemente se nós tivéssemos feito reforma agrária não é como foram as reivindicações ali já dos anos 40 50 a instalação do estatuto trabalhador rural em 1963 não é a proposta de reforma de base que contemplava a reforma agrária eh à margem das das rodovias no país que era aquela proposta que foi muito questionadora não tenho dúvida que a sociedade brasileira el é diferente porque a reforma agrária no caso é a democratização da propriedade da terra nós temos mais proprietários de terra está certo teria
mais compromisso na produção eh de produtos alimentares né com contribuição para produtos de menor valor eh e custo de vida né Agora a questão do agronegócio é outra forma de atuação eh eh das atividades no campo eh especialmente voltadas para a exportação que é o uma marca da crise da dívida externa em 1981 83 nãoé e da ênfase que tem sido dada pela pela expansionismo da China eh e pela Nova divisão internacional do trabalho de favorecer eh países com baixa tecnologia como é o caso brasileiro operar fundamentalmente eh através da dependência eh eh de de
outros segmentos né não eh vinculado basicamente a uma possibilidade do agronegócio se recompor e enquanto produtor de maior valor agregado né substituindo produtos que vem do exterior então há uma política muito importante e não há dúvida que a O agronegócio é compatível entendo entendeu entendo eu com uma política de industrialização de Neo industrialização Como o governo do presidente Lula vem procurando fazer agora o Brasil se quiser ter desenvolvimento não é ele pressupõe recuperar reconstituir a a o papel então Eh da da industrialização eh Nacional né então penso que as reformas elas a ausência das reformas
né um reformismo nunca ausente agora mais recentemente foram substituídos por reformas neoliberais que T Justamente a ver com as restrições do acesso não é à Previdência Social eh as reduções de acesso ao seguro desemprego e tant outras medidas que foram feitas com a reforma trabalhista própria reforma previdenciária bem com isso nós eh concluímos o nosso tempo né o nosso compromisso em torno de uma de um encontro de 60 minutos né trouxemos aqui eh a tentativa de olhar o Brasil a partir das desigualdades mas os limites que as desigualdades têm numa era digital né Nós trouxemos
o tema do Il letramento que é nos parece um um aspecto muito importante do enfrentamento das das mentiras né das das próprias desigualdades que que se manifestam e por fim reforçamos a importância do papel do estado tão negado pelo receituário neoliberal mas que não há dúvida que ele é o elemento pela qual a solução dos problemas brasileiros possam vir a ocorrer ficamos por aqui espero que você tenha gostado que tenha feito seu registro pelo chat e eh convidá-lo mais uma vez para daqui a uma semana nós podermos completar esse minicurso E permitir o acesso a
Um certificado eh e ao mesmo tempo melhorar ampliar o conhecimento a respeito do Brasil especialmente pela visão que a gente tem procurado fazer oferecer nesse livro declínio da vida em sociedade e o Brasil no início do Século XXI agradeço por fim ao ao Davi eh o nosso colega que permite que o Instituto de Economia eh da Unicamp possa produzir minicursos com essa eh qualidade técnica Fico por aqui então Desejando um bom resto de semana a todos e até a próxima quarta-feira às 19 horas n
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