ANÁLISE DO POEMA "AO DESCONCERTO DO MUNDO" - LUÍS VAZ DE CAMÕES - OBRAS DO PAS 1 DA UnB

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Literatos Capital
Neste vídeo, o professor Fernando Fidelix Nunes analisa o poema "Ao Desconcerto do Mundo", de Luís V...
Video Transcript:
Olá a todos meu nome é Fernando fidelix Nunes Neste vídeo eu vou falar com vocês sobre o poema ao desconcerto do mundo de Luís Vaz de Camões que é uma obra para o pais 1 da UnB antes de fazer eu gostaria de pedir que você se inscreva no canal e deixe um like no vídeo Pois isso vai nos ajudar muito neste projeto de difusão de arte cultura e conhecimento aqui no YouTube também quero destacar para vocês que se vocês quiserem conhecer mais sobre o renascimento e sobre a obra poética de Luiz Vaz de Camões é
muito importante que vocês assistam ao vídeo que eu gravei sobre o poema muda os seus tempos mudam-se as vontades que também é uma obra para o paizão da UnB o link para esta aula está logo abaixo na descrição do vídeo então aqui eu vou falar mais detalhadamente apenas do poema no outro vídeo vocês vão ter as informações sobre a obra do Camões e as características gerais do renascimento além obviamente da análise sobre o poema mudam seus tempos mudam-se as vontades Vamos focar aqui então só no Altos concerto do mundo vamos a leitura do poema ao
desconcerto do mundo os bons vi sempre passar no mundo graves tormentos e para mais me espantar os maus de sempre nadar em Mar de contentamentos cuidando alcançar assim o bem tão mal ordenado foi mal mas foi castigado assim que só para mim Anda o mundo consertado Luiz de Camões vamos para análise do poema primeiramente é importante destacar o debate sobre o que o debate sobre o desconcerto do mundo é um dos grandes temas de Camões é muito importante que vocês tenham e semente ao ler esse poema poema também faz parte da obra lírica de Camões
e todos os seus versos possuem sete sílabas poéticas ou seja o poema foi escrito em redondilha maior redondilha maior é quando os versos possuem sete sílabas poéticas vamos ver aqui um exemplo no segundo verso por exemplo no é a primeira sílaba poética do verso Moon é a segunda sílaba poética do verso do é a terceira sílaba aquática do verso gra quarta sílaba poética do verso vs quinta sílaba poética do verso tô sexta sílaba poética do verso Men sétima sílaba poética do verso e a gente para de contar em mim porque é a sílaba tônica da
última palavra do verso tormentos então tornem dos a sílaba tônica é Man então por isso que a gente para de contar em mim que a sétima sílaba poética do poema tá bom gente então aqui mas é para vocês entenderem como o poema foi escrito em redondilha maior e isso é importante ser destacado porque o Camões não escreveu apenas versos decassílabos a pessoas que conhecem a obra do Camões só pelo seu sonetos e pela sua poesia época em Os Lusíadas que acreditam que ele escrevia só versus decassílabos e como vocês podem ver aqui neste poema isso
não é verdade também escreveu redondilha em redondilha maior com sete sílabas poéticas aqui é o uso conotativo da linguagem né os maus vem sempre nadar em Mar de contentamentos aquele usa o sentido conotativo da linguagem por meio da metáfora né mar de contentamentos para mostrar como os maus estão em uma situação confortável no mundo o que indica Justamente esse desconcerto essa desarmonia do Mundo desse concerto aqui lembrando a vocês que é uma referência a desarmonia do mundo há também o uso constante de antíteses antíteses durante o poema Por exemplo bons e maus é um exemplo
de antítese que é construída dentro do poema continuando aqui análise temos que na primeira na primeira metade do poema o eu lírico identifica a existência do desconcerto do mundo também a gente pode chamar a desordem a desarmonia do mundo diante da inversão de valores já que os bons passam por tormentos e os maus não Ou seja aí uma inversão de valores a esse desconcerto do mundo na segunda metade o eu lírico conclui que o mundo está consertado em harmonia só para ele pois ele foi castigado por ser mal ou seja ele vai repara ele vai
buscando entender o mundo e aí ele nesse entendimento ele vê tanto tantas pessoas más passando por situações tranquilas ficando muito longe dos tormentos não passando por tormentos e os bons passando por tormentos só que quando ele é mau ele percebe que ele foi castigado E aí ele chega à conclusão de que o mundo só anda consertado para ele E aí é importante destacar aqui um trecho corretivo de um artigo sobre esse poema que vai falar o seguinte o poema revela que o eu lírico necessariamente tem que lidar com o poder arbitrário que é o mundo
rege sem poder compreendê-lo pelo poder da razão essa é uma observação muito interessante sobre o poema também Finalmente como a Espanha pode cair no país pode pode haver itens exigindo a interpretação do poema como todo de um fragmento dele também solicitando análise morfossintática do poema especialmente do período simples e nesse caso é muito importante vocês notarem aqui a identificação do sujeito dos verbos por exemplo no último verso aqui do poema anda o mundo anda o mundo consertado o sujeito do verbo anda é o mundo e o núcleo do sujeito é apenas a palavra mundo aqui
há um caso em que não vemos com tanta frequência do português que usamos Hoje em dia a ordem direta do português costuma colocar o sujeito ordem direta coloca o sujeito antes do verbo então para nós no português atual por exemplo ficaria muito mais Evidente essa relação se o verso tivesse escrito da seguinte forma o mundo anda consertado aí aí a gente conseguir identificar com mais facilidade só que o sujeito de anda apesar do de vir depois do verbo é o mundo também o mundo é o sujeito de anda e muitas pessoas têm dificuldades na leitura
dos textos do Camões por exemplo e de outros poetas É principalmente do renascimento do arcadismo do barroco de identificar o sujeito dos verbos porque muitas vezes esse sujeitos estão depois dos verbos então aqui no caso temos um sujeito após o verbo e isso pode ser cobrado na prova de vocês do pais que o sujeito de anda de anda é o mundo e o núcleo do sujeito é apenas a palavra mundo tá bom do verbo andar então só reforçando mais uma vez o sujeito do verbo andar aqui na última estrofe é no último verso perdão sujeito
do verbo andar no último verso é o mundo e o núcleo desse sujeito é apenas a palavra muito tá bom também preciso destacar que o poema pode cair associado a injustiças que acontecem no mundo já que esse é um dos temas do poema essa desarmonia do mundo também pode ser tema a obra também pode dialogar com outras obras do pai que discutam o desconcerto do mundo e por fim na prova de redação destaque o poema pode ser um texto motivador para ser discutir a desarmonia do mundo é isso gente espero que tenham gostado da aula
caso tenha qualquer dúvida é só deixarem a pergunta de vocês nos comentários abaixo do vídeo Tá bom tchau e até a próxima
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