alguma vez na sua vida você já foi julgado por uma pessoa que fazia exatamente aquilo que ela estava jogando em você ou às vezes ela fazia até pior veja o caso do juiz de noel sangue nos estados unidos ele era famoso por ser um juiz mão de ferro mão firme contra beber e dirigir dirigir sob o efeito do álcool ele era tão mão firme em relação a isso que ele fazia questão de realizar audiências públicas ele ia até universidades nos auditórios das universidades chamavam os estudantes para eles ficarem de espectadores enquanto ele julgava pessoas que
haviam sido pegas sob efeito do álcool enquanto dirigiam veja que essa história pode fazer você imaginar que esse cara é um cara contra veementemente contra beber e dirigir no entanto o mesmo juiz de noel sam foi pego em 2014 sob o efeito do álcool ele colidiu com o carro dele em um ônibus público e fugiu do local o nome disso nós bem sabemos é a tal da hipocrisia a hipocrisia é efetivamente um fenômeno muito comum todos nós já fomos vítimas da hipocrisia mas temos que ser honestos todos nós já fomos hipócritas em algum momento das
nossas vidas talvez não tão hipócritas no extremo desse juiz mais hipócritas em diversas coisas das nossas vidas e é isso cabe uma pergunta muito interessante porque nós somos hipócritas essa talvez seja uma pergunta fundamental nos dias de internet nas redes sociais onde as pessoas julgam com uma enorme facilidade jogou a vida das outras como se fossem verdadeiros juízes de fato julgam a vida de outras pessoas inclusive antes dos juízes de verdade dos tribunais de justiça efetuarem os seus julgamentos e nesse universo da facilidade dos julgamentos através das redes sociais a hipocrisia talvez nunca tenha sido
tão comum mas o que a ciência tem para dizer sobre isso o que ocorre na mente humana o que as relações entre mente cérebro e comportamento nos permitem entender a respeito da hipocrisia porque no mundo de hoje todos julgam mas ninguém quer ser julgado é sobre isso que nós falaremos hoje para entender científicamente a hipocrisia em primeiro lugar nós precisamos entender científicamente os julgamentos humanos e eu dediquei dois longos vídeos aqui do canal e provoque para explicar no primeiro vídeo o que é um julgamento e no segundo vídeo como o cérebro ea mente humana produzem
os julgamentos pra assistir este vídeo aqui de hoje você não precisa ter assistido os dois anteriores é claro que se você assistir aos dois anteriores você vai entender muito melhor com muito mais profundidade aquilo que será dito aqui hoje mas eu quero começar para que você não tenha que necessariamente voltar aos dois primeiros vídeos eu quero começar com um resumo caso você queira assistir esses dois primeiros vídeos eu deixarei o link pra esses vídeos aí embaixo na descrição pois bem como o cérebro humano efetua julgamentos hoje nós temos evidências científicas muito fortes de que os
julgamentos humanos eles ocorrem em primeiro lugar a partir de emoções inconscientes nós temos intuições emocionais automáticas e inconscientes elas ocorrem imediatamente e depois que nós temos essas intituições emocionais os estudos científicos mostram que entra a nossa consciência às vezes entra até a nossa racionalidade mas é nesse momento depois de uma intuição emocional que surge a deliberação a reflexão ea melhor forma de entender isso é na figura que o grande psicólogo jonathan raid colocou para nós figura que eu expliquei nos nossos vídeos anteriores que a figura do elefante sendo pilotado por um ser humano imagina que
a nossa mente é um elefante sendo pilotado por um ser humano essas intituições automáticas e emocionais são o elefante eo piloto ser humano em cima desse elefante é a nossa capacidade de refletir conscientemente a respeito das coisas porque o jonathan ayite usa a figura de um elefante com o piloto em cima a idéia é bem simples se o elefante quiser ir pra lá não tem o que você faça ele irá pra lá e ponto final não adianta você gritar não adianta você forçar o elefante é grande é forte ele pedroso se a vontade dele para
determinado rumo ele vai isso denota característica da mente humana as nossas emoções elas governam os nossos julgamentos primeiro surgem essas emoções se essas emoções surgem com muita intensidade não há racionalidade que vai convencer esse elefante a mudar de opinião e uma segunda característica dos julgamentos humanos aqui esse piloto do elefante quando o elefante por exemplo tem uma intuição emocional de que algo é ruim de que algo negativo esse piloto do elefante às vezes ele pode ser uma espécie de cientista que vai olhar para o elefante criticar o elefante tentar entender racionalmente que aquele elefante está
produzindo para só então efetuar um julgamento final mas não é isso que acontece na maioria das vezes na maioria das vezes o piloto do elefante ele serve como um advogado criminalista basicamente o que ele faz é buscar justificativas ou seja desculpas pra corroborar aquilo que o elefante jogo de maneira automática e de maneira emocional eu sei que falar desse jeito parece um pouco difícil e para isso usa um exemplo bem prático eu vou colocar pra vocês aqui um trecho de uma palestra minha se você assistiu aos nossos dois primeiros vídeos você já assistiu a esse
trecho dessa palestra então você pode até pular mas eu recomendo que você assista de novo porque como faz muito tempo que a gente não possa vídeo aqui no canal é importante você recuperar da sua memória os detalhes desse exemplo eu vou mostrar para você então o exemplo de um trecho de uma palestra minha onde eu coloco uma decisão pra platéia eu quero que você veja como a platéia toma decisão dentro dos contextos que eu coloquei é isso que o estudo tomadas de decisão e eu quero colocar uma decisão pra vocês agora eu vou colocar um
dilema para vocês e tem apenas uma regra esse dilema uma regra só ea regra é eu sou o vilão do filme de terror imagina que eu sou o vilão do filme de terror que eu vou colocar você nessa situação que eu vou escrever agora exatamente tal e qual eu vou escrever agora você está em frente a um trilho de trem e você olha esse trilho de trem e esse trilho de trem está com pessoas amarradas nele é o vilão do filme de terror coloquei essas pessoas lá você olha essas pessoas amarradas e o que acontece
é que lá longe vem vindo um trem desgovernado só que esse trilho de trem é muito peculiar porque ele é um trilho só mas no final ele divide em dois caminhos e nos dois lados você observa que tem pessoas que deixaram amarrados lá só que de um lado tem cinco pessoas amarradas no trilho e do outro lado tem uma pessoa amarrada no trilho e esse trem que vem desgovernado ele está indo em direção ao caminho que tem cinco pessoas amarradas se nada for feito o trem vai seguir o caminho de matar 5 a 5 não
morrer não adianta você correr para tentar desamarra las porque você está longe de mais mas do seu lado tem uma alavanca se você puxar essa alavanca o trem vai desviar de caminho em vez de ir para o caminho que tem cinco pessoas amarradas ele desvia e vai para o caminho que tem uma essa uma irá morrer se você fizer isso mas com isso você salva a 5 que morreriam se nada fosse feito eis portanto o seu dilema você não faz nada e o trem segue caminho para matar cinco pessoas ou você escolhe puxar a alavanca
o trem desvia do caminho ele mata uma pessoa com isso mas com isso você salva e 5 deu pra entender sim ou não levante a mão pra mim por favor quem puxa alavanca nessa situação levanta bem porque tem gente lá no fundo levanta bem esse fica aí quem está na frente olha pra trás só para você perceber que é 90% de vocês 90% de vocês e agora o seu cérebro começa a refletir porque a decisão foi ou não tomada mas calma calma que agora antes da gente refletir sobre essa decisão eu quero trazer para vocês
uma variação desse dia lembre se eu sou o vilão do filme de terror e agora agora você está em cima de uma ponte você está em cima de uma ponte imagina que aponte esse palco aqui você está em cima da ponte e embaixo dessa ponte passa um trilho de trem lá atrás vem vindo um trem desgovernado se nada for feito o treino a passar embaixo da ponte onde você está a seguir caminho e ele vai atropelar cinco pessoas que estão amarradas lá na frente não adianta você correr para tentar desamarrar porque não vai rolar e
portanto agora a situação é um pouco diferente lá de cima da ponte você observa essa situação o 30 vindo ele vai passar embaixo da ponte ele vai matar cinco pessoas mas do seu lado dessa ponte literalmente do seu lado bem na beiradinha ea pontiac nesse palco ela não tem grade de proteção bem na beiradinha da ponte tem um cara muito grande e esse grandão já está com o corpo meio para fora olhando curioso tudo aquilo que está acontecendo se você ele está do seu lado se você deu um empurrão no grandão e olha com uma
mão só que ele já está meio pra fora você vai gastar você vai gastar um jogo de energia só pra isso a fuji ele vai cair no trilho porque o trio logo embaixo o trem vai atropelar o grandão se você fizer isso só que se o trem atropelou grandão ele freia a tempo de salvar os cinco caras que estão nessa hora sempre alguém que quer mudar meu dilema eu sou vilão então é do jeito que eu tô falando esqueça sempre alguém nessa hora que fala assim pedro e se esse eu pular no trilho se você
pular no trilho você morre os cinco estão amarrados morrem em joga um raio mato grande não só brasileira você tem duas opções fazer nada e 15 morrem ou empurrar o grandão o grandão morre mas com isso você salvou cinco deu pra entender sim ou não levanta a mão por favor quem por grandão olha que interessante inverteu 90% de vocês puxar a alavanca e 90% de vocês não empurrão grandão por quê e essa é uma questão importante para você entender o cérebro humano para você entender a tomada de decisão dos seres humanos eu sei que você
está aí na tua cabeça tentando entender por que essa decisão foi tomada de maneira tão diferente porque existe uma diferença entre um dilema é outro claro que sim senão não teria visto um padrão de comportamento de resposta como esse eu já falei esse dilema para literalmente centenas de milhares de pessoas e esse dilema já foi estudado com centenas de milhares de pessoas pela ciência é um dilema que foi proposto mas na metade ali do século passado por uma antropóloga ele ficou famoso por conta das aulas de direito de um professor de harvard chamado professor sanders
mas não foi o sandero que criou de leme até mais antigo e mais recentemente a psicologia tem estudado esse dilema e mais recentemente ainda as neurociências a ciência que estuda o funcionamento do cérebro o que aconteceu no teu cérebro quando você decidiu puxar a alavanca mas não decidiu empurrar o grandão qual é a diferença entre um dilema é outro vamos primeiro entender do ponto de vista lógico do ponto de vista racional qual é a diferença entre um dilema o outro do ponto de vista racional imagina que eu tenho um robô e que o programa esse
robô com uma ordem a ordem que eu dou para ele uma linha de programação que diz assim salvar o máximo de vidas humanas possível que o robô faria nas duas situações ora ele puxar a alavanca que empurraria o cara porque para o robô é uma conta por que do ponto de vista lógico do ponto de vista racional as duas decisões os dois dilemas envolvem a mesma ideia que é você escolher causar a morte de uma pessoa para ter como conseqüência salvar a vida de 50 no entanto o comportamento humano ele não olha pra ser os
humanos como se fossem números e é isso que eu quero trazer para vocês quando nós pensamos em seres humanos nós não olhamos apenas para números eu digo para você o que aconteceu no seu cérebro porque nós temos estudos de mapeamento cerebral onde os pesquisadores colocaram seres humanos pessoas como nós para responder esse dilema enquanto seu cérebro estavam sendo mapeados e quando você responde o dilema de empurrar o grandão ocorre uma maior ativação no seu cérebro com significância estatística de certas estruturas destas estruturas aqui essas estruturas cerebrais é claro só que não é aula de neuroanatomia
mas o que essas estruturas cerebrais fazem uma série de coisas elas são estruturas cerebrais extremamente complexas mas uma coisa fundamental que essas estruturas cerebrais fazem é carregar as nossas decisões com emoção vou repetir então para que fique claro essas estruturas cerebrais estão envolvidas em carregar as nossas decisões com emoções e o que eu disse pra você que quando você respondeu o dilema de empurrar o grandão essas estruturas cerebrais estavam mais ativas no seu cérebro do que quando você respondeu o puxão na alavanca ou seja emoção a mais emoção envolvida na decisão de empurrar o grandão
do que de puxar uma alavanca por conta de emoção a gente viu aqui um padrão de decisão completamente diferente entre os dois dilemas e eu sei que tem os céticos de vocês que estão falando assim eu pensando não foi por isso que decidi não foi por emoção e o curioso do cérebro é que muito do que o cérebro faz a gente não percebe que ele está fazendo é inconsciente e as emoções são largamente inconscientes mas eu provo pra você não precisa nem de mostrar um estudo científico eu provo pra você em cinco segundos que foi
a emoção que te fez tomar essa decisão volta pra cima da ponte o grandão instalado seu lado só que agora em vez de desconhecidos amarrados lá eu peguei sua família seu filho dos irmãos as pessoas amadas da tua vida eu amarrei no trilho ou você não faz nada e as pessoas amadas da sua vida morrem ou você empurra o grandão ele morre mas com isso você salva as pessoas amadas da sua vida levanta a mão favor que empurra andam 100% senão a voadora nele o que eu fiz aqui o que eu fiz aqui foi mudar
a variável emocional envolvida no dilema eu coloquei emoção que é tua família e você mudou sua decisão de novo então isso demonstra como as emoções elas mudam a nossa tomada de decisão isso é algo sabido desde pelo menos os anos 80 nas neurociências desde os anos 80 nós sabemos que emoções são fundamentais para a tomada de decisão e se é um perfeito exemplo do julgamento humano não é à toa que eu repito ele ao longo desses vídeos sobre o julgamento é muito importante você prestar atenção em todos os detalhes veja que quando eu disse na
primeira vez em que eu disse que você empurra o tal do grandão e imediatamente instantaneamente ao ouvir empurrar a imaginar empurrar o cara já veio algo negativo dentro de você já surgiu uma emoção negativa que disse que aquilo é errado e depois veio a sua consciência para tentar justificar aquela intuição emocional automática e para os teimosos que acham que não é assim eu fiz questão de mudar o dilema e o que eu mudei nesse dilema que eu mudei justamente uma variável emocional que eu foquei no elefante e quando eu foquei no elefante focando portanto nas
emoções colocando a sua família no lugar daquelas pessoas que estavam no trilho o que ocorreu foi uma mudança nesse julgamento muita gente que jogou errado empurrar o grandão na circunstância anterior acho perfeitamente correto você empurra o grandão na circunstância onde está a sua família lá veja então que as nossas decisões e os nossos julgamentos são fortemente influenciados pelo elefante por emoções que surgem automaticamente essas emoções são tão fortes que elas governam a nossa decisão ea nossa racionalidade a nossa deliberação e reflexão consciente ela costuma vir depois e geralmente para arrumar justificativas de porque aquele elefante
estava certo no julgamento que ele fez nesse mesmo exemplo do dilema do trem você enxerga isso quando eu digo empurrar o grandão pra você salvar cinco desconhecidos vem certas justificativas na sua cabeça não vou me meter nisso empurrar ele é algo que é muito direto estarei causando a morte de uma pessoa enfim várias coisas surgem na sua cabeça pra corroborar porque você não empurrar o grandão mas no momento em que eu coloco a tua família lá é isso que o piloto advogado entra em ação também agora começam novas justificativas desta vez para defender porque é
correto você empurra o cara sempre que agora sua família e não estranhos que estão lá amarrados no trilho o resumo da ópera aqui é que os julgamentos humanos são primeiro emocionais e automáticos e depois vem a nossa consciência nossa reflexão que às vezes pode ser racional e pode efetivamente criticar por exemplo um julgamento precipitado do elefante mas na maioria das vezes o que a mente humana faz é é através da deliberação e reflexão consciente apenas buscar justificativas pra corroborar o que o elefante jogou emocionalmente e automaticamente o perfeito exemplo disso é também uma pessoa preconceituosa
se você já conheceu uma pessoa preconceituosa você deve ter visto que ela tem diversas razões entre aspas lógicas pra corroborar o seu julgamento preconceituoso só que perceba também que o preconceituoso ele tem uma habilidade incrível de selecionar apenas informações que corroboram esse seus julgamentos preconceituosos o preconceituoso tende a ignorar sumariamente editar da tomada de decisão do julgamento dele quaisquer informações que contrariem esse julgamento preconceituoso e isso ocorre porque como eu demonstrei no vídeo chamado a psicologia do julgamento o cérebro humano quando ele realiza o julgamento preconceituoso ele faz isso de maneira automática ele faz isso
de maneira inconsciente e ele faz isso de maneira profundamente emocional se você quiser assistir a esse vídeo você pode clicar aqui em cima repito não é necessário para você assistir ao vídeo de hoje mas eu recomendo que depois do vídeo de hoje você assista porque de fato um vídeo muito importante ele vai mostrar como a mente o cérebro humano jogo é fundamental você saber isso pra que você evite na sua própria vida preconceitos julgamentos precipitados enfim empregar pessoas na cruz antes mesmo de entender racionalmente a situação que você está vendo ou vivenciando e último elemento
que é importante pra que a gente recapitulo ele esses dois primeiros vídeos pra que a gente entenda como o cérebro ea mente humana produzem julgamentos é o fato de que o julgamento já que são emocionais e automáticos eles são portanto naturais não significa que eles são bons não significa que eles são maravilhosos também não significa que eles são ruins e ponto final significa apenas que faz parte da natureza humana é natural também que a dimensão mais conscientes da nossa mente na maioria das vezes é feito esse processo de justificativa em vez de um processo de
fato de reflexão crítica mas já que o nosso cérebro julga já que ele julga tão facilmente o tempo inteiro porque esse mesmo o cérebro odeia ser julgado porque as mesmas pessoas que estão julgando ficam pé da vida quando elas são julgadas porque além disso as pessoas têm uma grande dificuldade de olhar no espelho e de enxergar os seus próprios defeitos e apesar dessa dificuldade porque essas mesmas pessoas têm uma facilidade de enxergar os mínimos de efeitos no comportamento dos outros é isso que nós chamamos de hipocrisia ea observação da hipocrisia não é algo presente somente
na nossa sociedade escrituras muito antigas já falavam disso e já apontavam os grandes problemas que derivam dessa hipocrisia veja por exemplo as palavras de buda é fácil ver os defeitos dos outros mas difícil ver os nossos próprios defeitos espalham-se os defeitos dos outros como palha ao vento mas escondem se os próprios defeitos como um jogador trapaceiro esconde os seus dados ou então veja o que diz jesus cristo no livro de mateus na bíblia não julguem para que não sejam julgados porque como julgamento com que julgam serão julgados e com a medida com que tiverem medida
os outros haverão de medir a voz e por que tu repara no cisco que está no olho do seu irmão e não vez o galho que está no teu olho e hipócrita tira primeiro o galho do teu olho então cuidar as que tirar o cisco do olho do teu irmão vejam que em textos sagrados de diferentes matrizes e espirituais muito antigas as duas mas que surgiram em épocas e lugares diferentes em ambos os textos você encontra o mesmo princípio o princípio da hipocrisia e do problema da hipocrisia de como hipocrisia prejudica a vida humana e
as relações humanas e isso nos leva a uma evidente pergunta porque nós somos hipócritas para compreender científicamente a hipocrisia nós precisamos entender um princípio de funcionamento do cérebro e por conseqüência da mente humana que é chamado do princípio da busca por consistência o cérebro humano ea mente humana por consequência sempre estão buscando consistência de informações o tempo inteiro o cérebro ea mente estão buscando informações consistentes isso significa que informações conflitantes quando entram no cérebro como a mente humana processa informações conflitantes isso gera um conflito interno dentro de nós esse conflito interno é desagradável esse conflito
interno ele não produza algo gostoso dentro de nós e por isso ele é sempre evitado o conflito interno do qual estou falando ele tem nome na ciência que a dissonância cognitiva então em outras palavras quando informações conflitantes entre em nosso cérebro quando nossa mente processo informações conflitantes esse conflito gera um conflito interno conflito psicológico dentro de nós esse conflito é desagradável ea todo custo nossa mente quer evitar esse conflito em outras palavras a todo custo nossa mente quer evitar a dissonância cognitiva eu sei que explicado dessa forma a coisa é um pouco complicada então eu
vou colocar isso num exemplo para vocês na verdade uma série de exemplos e com isso você vai entender perfeitamente o que eu estou dizendo imagine a seguinte metáfora imagine que o cérebro humano é como um computador desses computadores que você tem em casa e aqui eu quero fazer uma ressalva tá isso aqui é uma metáfora o cérebro humano não é o lutador como esses que a gente tem em casa ele definitivamente não é então se algum de vocês aí conhece um pouco da computação cerebral talvez quando você ouve o comparando o cérebro humano com um
computador de casa que a gente tem você joga um sapato na tela de raiva de mim mas fica tranquilo eu apenas estou fazendo uma metáfora para que você entenda com ela um pouco a respeito do princípio de funcionamento geral da coisa então imagina que o cérebro humano é como um computador desses que nós temos em casa repito não é mas imagina imagina que tal como o nosso computador o cérebro humano tem pastinhas dentro dele não tentar mas enfim imagina imagina que cada uma dessas pastas com tem um certo paradigma da sua vida por exemplo tem
uma pasta lá que a pasta do trabalho uma pasta das relações pessoais uma pasta do casamento uma pasta da saúde imagina que é mais ou menos assim que o nosso cérebro funciona o que eu estou dizendo aqui é que a mente humana fará de tudo para que a informação dentro de cada uma dessas pastas seja consistente para que não haja conflitos de informação dentro dessas pastas quando esse conflito ocorre isso gera uma dissonância cognitiva isso gera um conflito interno e quando o nosso cérebro detecta esse conflito interno ele imediatamente vai tentar dar um jeito de
recuperar aquela consistência anterior vamos então a um exemplo prático disso e você vai compreender muito bem o que estou dizendo eu sou professor eu tenho alunos que tem 18 anos de idade muitos desses meus alunos quando entra uma faculdade conhecem alguém e se apaixona e eu quero que você que tem mais de 18 anos de idade lembre de quando você tinha 18 anos de idade se apaixonava lembra do que era uma paixão com 18 anos de idade é uma coisa muito poderosa uma coisa muito eufórica nesses meus alunos então perdidamente apaixonados começam a namorar e
aí depois de uns três meses de paixão e aqui o nosso canal no vox em algumas outras participações que eu fiz por aí no youtube eu já falei que a paixão do ponto de vista do cérebro é um estado de demência temporária com duração média de 12 a 24 meses 12 a 18 meses mas o eis que nós temos dois jovens de 18 anos de idade perdidamente apaixonados três meses de namoro e portanto estão lá na crista da onda da demência ou a cidade e nem se eu quero que você imagine a cabeça deles imagina
então é como um computador de casa em várias pastas e que agora acabou de ser criada uma nova pasta que a pasta namoro a pasta namoro que tem três meses ela só tem dentro dela coisas bacanas só tem emoções positivas sensações gostosas memórias afetivas bacanas planos legais para o futuro enfim é uma partida repleta de coisa boa e aí esses meus alunos nas conversas apaixonadas um dia para o outro diz moura você me ama o outro responde amo e aí vem a pergunta pra sempre o que responde a outra pessoa nessa hora respondi imediatamente naturalmente
e com convicção para sempre eu quero que você imagine se a história fosse um pouco diferente imagina que esse meu aluno vira pra pessoa que está com ele e fala amor você me ama e a pessoa responde amo e ele então pergunta pra sempre que a pessoa vira pra ele fala olha eu acho que não eu acho que com base no cálculo da média aritmética simples dos meus últimos relacionamentos o nosso relacionamento ele deve durar aproximadamente nove meses com margem de erro de um e mail eu quero que você perceba o problema nessa situação lembra
que na pasta namoro desse cara só tem coisa positiva só tem coisa boa se você vira pra outra pessoa e você fala que não vai ser para sempre se você vir a pessoa se você lembra pra si mesmo inclusive que um dia vai acabar provavelmente porque sejamos honestos uma pessoa de 18 anos no mundo de hoje no mundo de tinga dificilmente ela vai ficar pra sempre com um namorado com uma namorada que conheceu na faculdade mas então aos três meses ela está um tanto quanto de mente durante a paixão a pasta só tem coisa boa
mas se ela for racional se ela for analisar racionalmente e perceber que um dia provavelmente vai acabar ela vai adicionar uma informação na pastilha namoro lado cérebro que conflitante com todas as coisas boas que já estavam lá isso vai gerar um conflito interno essa dissonância cognitiva será muito agradável o nosso cérebro não gosta dessa dissonância então que a mente humana faz ela produz uma crença a crença de que vai ser pra sempre e essa crença recupera a consistência mantém a consistência e os jovens seguem na demência e na crença de que será de fato pra
sempre sendo que um rápido exame racional seria suficiente para verificar que essa crença de que vai ser pra sempre provavelmente ela é uma ilusão aqui você entende perfeitamente o mecanismo de manutenção e de busca de consistência presente na mente humana e acontece que quanto mais consistente foi o paradigma dentro dessas pastinhas na sua cabeça mais difícil é você mudá lo esse paradigma ele é geralmente defendido pelo nosso elefante veja que quando jovem chega e fala você me ama e pergunta se é pra sempre quando o outro responde é pra sempre essa resposta foi dada pelo
elefante e aí o piloto advogado em cima dele vai buscar as justificativas para corroborar essa conclusão que o elefante já teve de que será para sempre então quanto mais consistente é o paradigma mais difícil será mudá lo e para isso eu te dou um outro exemplo é o exemplo da diferença entre ir para a balada está casado há décadas imagine as moças que estão agora assistindo ao vídeo imagine você é jovem com seus 18 20 e poucos anos de idade imagina que você está solteiro que você vai à balada você chega na balada e você
conhece um cara que te parece interessante era bonito tem um papo legal divertido e depois de uma breve conversa você decide que quer ficar com ele a decisão já está tomada você só está esperando a hora certa pra você se aproximar mais então veja que começou se a criar um paradigma na sua cabeça é o paradigma de ficar com aquele cara bonitão mas saí antes de você poder se aproximar um pouco dele esse mesmo cara que você estava tão afeita ele olhando nos seus olhos ele enfia o dedo no próprio nariz e ele enfia fundo
como se fosse um minerador de petróleo e fica lá cavucando um tempo e depois de um tempo ele continua olhando nos seus olhos ele tinha um negócio do nariz o tamanho de uma azeitona preta e ele guarda no bolso da camisa aqui veja que você havia criado um paradigma na tua cabeça o bonitão com qual você quer ficar e que agora entrou uma informação conflitante o bonitão é nojento o que você faz o que normalmente acontece nessa situação será que você produza uma crença para manter aquele paradigma será que você fala ah não tem problema
essa nojeira eu vou continuar e vou ficar com ele provavelmente não provavelmente nesse caso o que a menina faz é virar pro cara e dizer olha eu vou ali no banheiro e já volto e ela desaparece perceba que ela mudou o paradigma paradigma inicial era de que ela queria ficar com aquele cara eis que surge uma informação conflitante essa informação conflitante em vez de fazer com que ela mantenha o paradigma através de uma crença faz apenas com que ela mude o comportamento e portanto mude o paradigma agora veja a diferença entre essa situação da balada
e uma situação de por exemplo um casamento de 15 anos que tem mais cinco de namoro 20 anos de relacionamento um casal que tem dois filhos o apartamento está no nome dos dois sabe e aí essas pessoas têm um paradigma muito mais sólido da relação das coisas que acontecem dentro da relação foi então que você mulher está casada com o cara 15 anos já tem dois filhos apartamento nome dos dois e você está lá com o maridão no domingo à tarde tomando um lanche no final da tarde nesse lance você estão comendo pães queijos active
a 0 e enfim vocês estão lá comendo coisas pão de queijo etc e aí o maridão ele de repente enfiou o dedo no próprio nariz lá no fundo fica carro quando durante um tempo tinha um negócio do tamanho de uma azeitona preta e limpa na camisa o que você faz você vira pra ele falar então vou ali na padaria comprar cigarro e vai embora e nunca mais volta você levanta vai embora e não volta mais e provavelmente não é isso que você fará provavelmente o que você vai fazer virar porque o marido falou assim ah
e amor vagas e nojento encosta no pão e você continua sua vida e aqui você percebe um elemento muito interessante da mente humana aqui como paradigma é um paradigma muito sólido e eis que entrou informação conflitante claro que o paradigma paradigma da relação do amor da cumplicidade do casamento de tudo que vocês construíram juntos eis que entra uma informação conflitante e isso gera uma dissonância maridão fez uma coisa nojenta mas em vez de você levantar e ir embora e mudar o paradigma abandonar o paradigma e mudar seu comportamento uma vez de fazer isso o que
você faz é alterar uma crença dentro de si você mudou as crenças a respeito do que você tolera e do que você não tolera numa relação quando nós estamos há anos numa relação nós cobramos coisas que nós não toleraremos nos primeiros dias nos primeiros minutos ou nas primeiras horas em que a relação se iniciou na mente humana portanto é tão mais difícil você quebrar um certo paradigma quanto mais sólido e duradouro é esse paradigma dentro de você isso significa que o elefante vai ficando cada vez mais forte conforme o tempo passa o elefante vai ficando
maior e mais forte eo piloto em cima dele vai ficando um advogado cada vez mais especialista em arrumar justificativas para as coisas que o elefante produz isso significa que para evitar as dissonâncias cognitivas a nossa mente sempre tenta manter consistência e que quanto mais consistente for duradouro for um paradigma dentro de você mais difícil é você alterá lo e mudar o seu comportamento portanto e aqui nós podemos começar a entender a hipocrisia porque um dos paradigmas mais presentes e mais marcantes dentro de nós é a imagem que nós construímos de nós mesmos ao longo das
nossas vidas quanto mais essa imagem que nós temos de nós mesmos for consistente e positiva maiores serão as nossas chances de sucesso e lembre se que o sucesso de um ponto de vista biológico é a reprodução genética é conseguir mandar os nossos genes pra frente e nesse sentido pessoas que têm uma imagem de si mesmas que é positiva e consistente elas tendem a ter maior sucesso reprodutivo e do ponto de vista biológico portanto elas são pessoas de maior sucesso isso é uma coisa interessante que se verifica nos estudos típicos pessoas que têm uma visão de
si mesmas muito positiva às vezes até delirante às vezes até distorcida mas pessoas que têm uma visão de si mesmas muito positivas elas tendem a apresentar índices de bem está maiores inclusive elas tendem a ser mais saudáveis do que pessoas que têm visões mais realistas a respeito de si mesmas e isso significa então que o ser humano tem uma tendência claro que existem exceções mas o ser humano tem uma tendência a construir uma imagem consistente e positiva a respeito de si mesmo é importante ressaltar que essa imagem boa parte das vezes não é nada realista
essa imagem é quase um delírio da pessoa mas em geral as pessoas tendem a ter essa imagem consistente positiva de si mesmos por exemplo as pessoas tendem a acreditar que elas têm uma inteligência e uma competência profissional maiores do que a média eu fiz uma rápida pesquisa com os meus seguidores no instagram obtidos cerca de 4 mil respostas e curiosamente nas pessoas que responderam ao questionário houve três vezes mais pessoas que acreditavam que eram acima da média inteligência incompetência profissional houve três vezes mais pessoas que acreditavam que estavam acima da média nesses dois quesitos do
que pessoas que acreditam que estão abaixo da média o dado mais interessante dessa pesquisa que eu fiz foi sobre honestidade a vasta maioria das pessoas acredita que é mais honesta do que a média 70% das pessoas nessa pesquisa que realizei acreditam que estão acima da média no quesito honestidade e somente 2% das pessoas acreditam que estão abaixo da média no quesito honestidade eu fiz essa pesquisa com vocês com as pessoas que me seguem mas isso na verdade algo que já é bem sabido desde os anos 90 na ciência as pessoas tendem a achar que elas
são mais inteligentes que elas são mais profissionalmente competentes que elas são mais honestas do que a média os pais por exemplo tendem a achar que os seus filhos são mais bonitos do que eles de fato são é fácil medir isso basta você perguntar para os pais de zero a dez comunidades eles acham que o filho ou a filha é aí você pega uma foto desse filho ou filha e mostra um monte de gente e pede para essas pessoas dizerem de 0 a 10 qual é a beleza da criança invariavelmente a gente vê que os pais
tendem a achar que o filho ou filha ele é mais bonito ou ela é mais bonita do que de fato a média das outras pessoas acredita que eu vivi isso na pele alguns anos atrás eu fui convidado por uma amiga minha pra jantar na casa dela ela tinha um filho que na época tinha 13 anos de idade eu não tive oportunidade de conhecer a criança antes então fui lá na casa dela jantar com ela o marido eo filho e aí quando eu encontrei a criança eu não sei nem explicar para vocês um ecra muito feio
ele parece um cabrito virado do avesso e eu não sabia o que dizer e aí essa minha amiga ela virou pra mim o amor de mãe gigantesco no coração dela ela olhou pra mim sorrindo ela disse pedro ele é lindo e eu não sabia o que dizer então que eu disse foi a lei é igual ao pai a cara do pai e ela gostou muito da resposta eu saí ileso dessa mas é muito interessante você perceber com um país tendem a ter essa percepção distorcida essa percepção distorcida respeito não só dos filhos mas o casal
tende a ter uma percepção distorcida em relação um ao outro maridos tendem a achar que as esposas são mais bonitas do que de fato são esposas tendem a achar que os maridos são mais bonitos do que de fato são eu poderia continuar aqui com diversos exemplos porque eles são noite a idéia central é que as pessoas têm uma espécie de egos entre smo exacerbado e distorcido elas têm uma forte e consistente imagem positiva de si mesmos e parei pra pensar no seguinte se você olhasse no espelho e se você genuinamente admitir-se para si mesmo coisas
por exemplo como eu sou um canalha desonesto ou então eu sou feio pra caramba ou então eu casei com uma pessoa meia boca eu quero que você perceba que essas informações que você concluir essas informações a respeito de si mesmo que você aceitar essas informações a respeito de si mesmo isso é algo semelhante ao jovem apaixonado aceitar que o relacionado vai acabar um dia que aquele relacionamento apaixonado irá acabar é algo que traz uma informação um consistente com aquilo que existe dentro de nós essa inconsistência gera uma dissonância essa dissonância desagradável e por isso a
nossa mente o nosso cérebro que são verdadeiras máquinas de manter e de recuperar consistência quando a sua consistência é perdida rapidamente o que a nossa mente faz é produzir então uma visão que é distorcida mas que é consistente onde nós somos justos honestos bonitos competentes inteligentes e por aí vai isso tudo essa auto percepção positiva e consistente mantém a nossa consistência psicológica isso evita conflitos internos dissonâncias cognitivas dentro de nós e acontece que isso também está na base da nossa hipocrisia quando alguém chega para nós e critica o nosso elefante essa crítica é inconsistente com
essa imagem positiva que o elefante criou de nós mesmos e que o advogado em cima dele e encheu de justificativas aparentemente racionais quando nós somos criticados quando nós ouvimos que nós estamos errados que nós estamos sendo precipitados cruéis preconceituosos que de alguma maneira o que nós estamos fazendo não é correto tudo isso gera essa desagradável inconsistência esse conflito interno essa dissonância desagradável que a nossa mente faz de tudo para evitar e não se esqueça que nessas horas quando nós somos criticados o piloto do elefante ele é um advogado então ele vai fazer de tudo para
arrumar justificativas para que a gente não aceite a crítica para que a gente seja um capaz de aceitar essas críticas inclusive para que a gente seja um capaz de olhar para nós mesmos enxergar dentro de nós os nossos próprios defeitos porque isso significaria uma inconsistência uma dissonância nós temos então um elefante teimoso que simplesmente se recusa a quebrar essa consistência que ele cria a respeito de nós mesmos em o advogado piloto em cima dele que vai fazer de tudo para arrumar justificativas para corroborar a tudo isso e que portanto mas sempre ficar apontando dedos quando
é criticado e veja que isso é muito comum nas pessoas a pessoa criticada imediatamente ela aponta o dedo pra fora ela diz você não pode falar isso de mim porque você é isso isso ou aquilo ou então quando alguém aponta um problema algo que essa pessoa poderia mudar frequentemente a pessoa disse ora eu não posso mudar porque a culpa não é minha culpa do chefe a culpa da família a culpa do governo a culpa é do contexto enfim o nosso advogado que está em cima do elefante sempre busca culpados para que em vez de você
olhar para si mesmo e enxergar as lacunas os problemas dos defeitos as falhas você simplesmente arrume as justificativas externa sempre que não estão no seu controle para que o elefante continue exatamente como ele sempre esteve e assim nós seguimos as nossas vidas incapazes de enxergar um galho dentro dos nossos olhos porque isso geraria uma inconsistência insuportável dentro de nós e ao mesmo tempo nós andamos com um microscópio capaz de enxergar o menor cisco no olho dos outros afinal nosso cérebro é uma máquina de julgar a automaticamente as coisas através de intuições emocionais que acontecem fora
do nosso controle e que são frequentemente irracionais e com isso você compreende porque todos querem jogar mas ninguém quer ser julgado e além disso tudo isso nos permite ver que não se trata de um fenômeno dos dias atuais não se trata de algo da nossa sociedade digital e moderna como muita gente gosta de acreditar a característica de um cérebro que julga e que é simultaneamente um capaz de enxergar seus próprios defeitos é algo que faz parte da natureza humana não é fruto dos nossos tempos das coisas que nós vivemos hoje em dia lembre-se nessa hora
de buda e jesus que milhares de anos atrás já denunciavam os problemas da hipocrisia e do julgamento lembre se que a figura do fofoqueiro que fala mal dos outros e não enxerga os próprios problemas ela já existia na tragédia os gregos na antiguidade ela já existia nas peças de shakespeare lembre se aliás de casos reais muito tristes e perigosos que muito antes da internet já nos provam que o ser humano realiza julgamentos precipitados e muitas vezes prega na cruz as pessoas antes mesmo de considerar qualquer evidência em qualquer observação crítica um perfeito exemplo disso é
o caso da escola base nos anos 90 em são paulo era uma escola particular em que os proprietários foram acusados de abuso sexual eles foram acusados de abusar sexualmente as crianças e claro a mídia caiu em cima deles eles foram acusados disso pela mídia atrás da mídia veio a opinião pública e eles foram condenados muito antes de qualquer investigação e quando as investigações foram de fato feitas eles foram inocentados das acusações de abuso sexual eram falsas só que quando eles foram inocentados o estrago já havia sido feito a vida deles foi destruída e eles não
conseguiram recuperar o dano que foi causado pelo julgamento precipitado tanto da mídia quanto da sociedade veja que muito antes da internet essas coisas já aconteciam esse é apenas um caso isso acontece frequentemente mas nós não podemos ser ingênuos de fato o julgamento ea hipocrisia o julgamento precipitado e muitas vezes cruel tudo isso faz parte da natureza humana muito antes da internet mas a internet traz algumas variáveis diferentes para essa equação de fato a internet potencializa os julgamentos precipitados afinal de contas a internet torna o julgamento muito mais instantâneo torna se muito mais instantâneo rápido e
fácil as pessoas julgarem imediatamente uma coisa que acontece muitas vezes julgam antes mesmo na justiça os advogados e juízes por exemplo realizar o seu trabalho só que a internet faz outra coisa que muita gente não percebe essa primeira característica da internet todo mundo reconhece ela torna o julgamento mais rápido mais instantâneo mas tem uma segunda característica da internet inicializa os julgamentos precipitados e cruéis que potencializa especialmente a frieza a quase social pat com a frieza que nós encontramos nas redes sociais nos comentários violentos e cruéis e agressivos a internet potencializa isso através de um mecanismo
psicológico que nós de certa forma vimos quando eu mostrei pra vocês o dilema do trem bem no começo do vídeo de hoje lembre se que o dilema do trem as pessoas tendem a puxar a alavanca facilmente mas quando se trata de empurrar o grandão e matar o grandão dessa forma a maioria das pessoas tende a não aceitar de um ponto de vista estritamente racional os dois dilemas são iguais eles tratam de você através de uma escolha sua salvar a vida de cinco pessoas tendo matado uma pessoa só que alavanca o empurrão eles são trabalhados de
maneira diferente dentro da mente humana e para entender isso você precisa entender um conceito que é conhecido como distância psicológica é algo relativamente fácil de compreender quanto maior for a distância que você sente entre você e uma decisão e essa decisão pode ser também um julgamento moral quanto maior for a distância que você percebe entre você e um julgamento ou entre você e uma decisão mais fria tende a ser essa decisão ou esse julgamento ou repetir para que fique claro quanto maior a distância que o indivíduo percebe entre ele e uma situação entre eles por
exemplo em um julgamento moral ou uma decisão mas fria tende a ser essa decisão ou esse julgamento veja aqui no caso do dilema do trem a alavanca ela cria uma distância percebida ela cria uma espécie de intermediário quando você pensa em puxar uma alavanca você pensa que não está cometendo um assassinato diretamente você se distancia um pouco daquele assassinato que está sendo cometido ao contrário quando você imagina empurrar alguém você se sente mais próximo da decisão você se sente mais próximo da decisão de matar aquela pessoa e isso muda o seu julgamento moral no dilema
a distância psicológica esfria as e veja então que celulares e computadores por exemplo eles funcionam como alavancas metafórica tal como no dilema do treino eu pergunto a você o que é mais fácil você terminar o relacionamento de anos que você tem uma pessoa tentando junto com ela e olhando nos olhos dela dizendo ela porque você não quer mais estar com ela ou você simplesmente enviar whatsapp ou aliás você fazer o que muitos jovens fazem hoje em dia e não só jovens muitas pessoas fazem hoje em dia quer dar um perdido que simplesmente desaparecer o que
é mais fácil você flertar com uma pessoa ao vivo e demonstrar o seu interesse por ela ou você instalar um aplicativo como tinga por exemplo onde você está distante onde você sente essa distância e por essa frieza você não sente tanto aquela emoção da ansiedade exatamente por isso você consegue conversar de uma forma um pouco mais calculada de uma forma menos ansiosa veja que o celular eo computador eles produzem essa tal de distância psicológica e quando eles fazem isso eles explicam a situação o que pode ser ótimo por exemplo para pessoas que sofrem de ansiedade
social e conseguem conversar e flertar através de aplicativos mas pode ser bastante prejudicial quando as pessoas entram nas redes sociais e começam a comentar a comentar dentro de um contexto de frieza e você já deve ter percebido que comentários de internet nesses comentários você observa crueldade e agressividade que jamais aquela pessoa teria coragem de demonstrar se ela estivesse cara a cara com aquele ser humano que ela está ofendendo que ela está criticando que pode ser uma celebridade pode ser uma pessoa conhecida mas que através dessa distância psicológica e desse esfriamento ocorre uma desumanização ou então
uma espécie de social batizada a ação que a internet promove pois ela cria distância psicológica entre as pessoas e as outras pessoas que elas muitas vezes agridem que elas muitas vezes criticam de forma absolutamente violenta e repito que jamais fariam se estivessem olho no olho com aquela mesma pessoa que elas estão agredindo criticando isso nos ensina que sempre que nós estivermos nem mete sempre que nós estivemos distantes de qualquer forma de uma pessoa nós devemos ter cuidado redobrado com os nossos julgamentos morais é muito mais fácil nós julgarmos de forma cruel e precipitada uma pessoa
que é percebida por nós como distante e isso aliás tem implicações para as próprias relações que nós temos você deve saber que é muito mais difícil você manter um relacionamento romântico por exemplo a distância é muito mais provável que ocorra por exemplo a traição neste caso vale você perceber que pelo mero fato de você estar distante da pessoa e esfria um pouco a relação e muitas vezes você toma decisão e essa decisão pode gerar um enorme arrependimento quando você encontrar a pessoa no futuro tenha então sempre em mente que a distância psicológica pode levar a
decisões frias que são cruéis precipitadas e potencialmente perigosas e vejam que a situação que eu coloquei pra vocês aqui hoje é a de um elefante teimoso gigante muito forte um advogado sentado em cima dele e você pode se perguntar mas como que a gente faz para mudar esse elefante de certa forma no início do vídeo já falei sobre isso não dá pra você forçar o elefante para que ele vá para o lado que você quer o máximo que você pode fazer é observar o elefante quando ele é teimoso verificar quando o piloto do elefante ou
seja o raciocínio está sendo um mero advogado procurando justificativas para corroborar as suas crenças anteriores e nessa hora tentar substituir o advogado por um cientista ou por um filósofo ou seja tentar colocar em cima do elefante alguém que seja capaz de criticar de fato esse elefante uma das formas que a ciência nos mostra que é das mais eficientes para que a gente reeduque o nosso elefante para que a gente julgue de maneira menos precipitada menos cruel para que a gente seja menos hipócrita uma das melhores formas para isso é justamente nós olhamos no espelho e
nós enxergamos os nossos próprios defeitos por exemplo quando você estiver discutindo com uma pessoa e nessa discussão você acredita que você está certo que essa pessoa está errada um ótimo exercício que você pode fazer olhar para si mesmo e identificar possíveis razões pelas quais você está errado o que os seus argumentos ou na situação pode levar outras pessoas a achar que você está errado escreva de fato uma lista dessas coisas isso vai te ajudar a enxergar um pouco a coisa sob outra perspectiva além disso outra arma pra gente reeducar o nosso elefante é exercitar a
empatia mas acontece que as pessoas têm um conceito errado de empatia as pessoas tendem a achar que a empatia é você se colocar no lugar do outro e como eu venho dizendo em palestras em cursos esse é um equívoco enorme isso não é empatia empatia não é você se colocar no lugar do outro e para isso eu vou colocar aqui pra você um trecho de uma outra palestra mim e você verá um exercício que eu realizo com a platéia o que de fato significa empatia o que é essa empatia que nós devemos exercitar nutre confiança
é muito importante tirou o que há de melhor de nós quando vivemos um ambiente de confiança nós arriscamos porque é bom para o todo nós somos mais criativos mais inovadores do mundo melhor com tudo isso seja a economia seja as empresas seja a tua família e para isso você precisa de empatia só que as pessoas têm uma idéia errada do que a empatia e para isso eu quero fazer um experimento com você eu vou fazer um pedido pra você por favor eu gostaria que você segurar se a mão da pessoa que está do seu lado
por favor pede a mão da pessoa que está do seu lado e eu quero que você observe o que você está sentindo o que você está sentindo o carinho vergonha tesão aí não né eu tenho uma pergunta continua e continua eu tenho uma pergunta e eu quero que você responda pra mim com sim ou não você tá sentindo a mão da pessoa do lado sim ou não não tá você não está sentindo a mão da pessoa do lado você está sentindo a sua mão sendo apertada pela pessoa imagina que eu tenho aqui no meu bolso
um anestésico poderoso e um gesto ele no seu braço do brasil adormecê você vai sentir a mão da pessoa não tem o braço adormeceu por que você sente o teu você nunca vai sentir que outra pessoa sente porque seria necessário para você sentir a mão do outro seria necessário que os nervos do teu cérebro tivessem ligado na mão da pessoa você só sente o teu corpo estiver gostoso pode ficar se não podes dar a mão veja que ideia interessante você nunca vai sentir que outra pessoa sente pra você sentiu que outra pessoa sem que seria
necessário que os teus nervos do cérebro estivessem ligados no corpo dela você só sente o que você mesmo é capaz de sentir isso nos traz algumas lições importantes lição número um lição número um fundamental nós seres humanos às vezes olhamos para outras pessoas nós seres humanos às vezes olhamos para outros seres humanos e tentamos imaginar o que está acontecendo na cabeça deles só que você nunca vai pensar literalmente com a cabeça da outra pessoa porque nós estamos meio que inclua os jurados no nosso corpo a gente só sente o que a gente sente então eu
dou uma dica aqui pra quem é casado quem é casada quando você estiver discutindo com esposa esposa namorado namorada e aí a pessoa vira pra você e fala assim você não sabe como estou me sentindo você já sabe a resposta a resposta é não sei mesmo porque para quem souber seria necessário que as terminações nervosas meu cérebro tivesse ligado no seu corpo e como elas não estão nós não temos que discutir esse tópico [Aplausos] aí você apanha e dorme na rua mas é verdade estrito senso é verdade agora a lição que a gente tira disso
é muito importante porque tem gente que acha que empatia é você se colocar no lugar do outro tá errado se você se colocar no lugar do outro é você no lugar do outro e vai ser portanto a tua cabeça empatia é você entender que o outro é outro que ele tem outra história outras dores outras competências outras fraquezas outras forças outro perfil emocional que aquilo que é dor pra outra pessoa pode não ter sido pra você mas isso não diminui a dor da pessoa porque tem gente que faz isso aí eu passei por isso pra
mim foi tranquilo isso é problema seu você nunca sentiu que aquela pessoa sente pra ela pode ser algo realmente grave a mesma coisa com as alegrias pra que a gente promove a confiança a gente precisa de mais empatia a gente precisa entender essa questão de diversidade num sentido amplo somos diferentes nunca seremos capazes de estar dentro do corpo de outra pessoa e por isso a gente precisa ouvir mais a gente vive em um mundo que só quer falar para pensar no que é o facebook é um monte de gente falando a gente precisa ouvir mais
ouvir que o interesse eu vou às vezes a jantares e eu vejo casais na mesa do lado claramente são casados há muito tempo eles não se falam eles ficam olhando para o celular não perca oportunidade de abrir teu mundo aqui para o mundo de outra pessoa a gente só consegue abrir nosso mundo de outra pessoa se a gente ouve sem julgamento se a gente ouve sem preconceito se a gente entende que aquela pessoa é outra e respeita o fato dela ser outra isso é essencial para que a gente construa um ambiente de confiança veja então
com tudo isso que a empatia não é você se colocar no lugar do outro porque afinal de contas se você colocar o teu elefante no lugar do outro e ele continua sendo o seu elefante o mais importante aqui é você perceber que se você quiser convencer alguém se você quiser trazer alguém para o seu lado se você quiser ter um debate onde de maneira crítica de maneira mais racional você consegue discutir idéias com as pessoas em comum ou pelo menos sem tantos conflitos e sem tantas brigas o que você precisa fazer é apelar o elefante
dela e portanto sempre que você for conversar com alguém não adianta você vomitar em cima da pessoa um monte de dados ou então as idéias que racionalmente fazem pensar assim você deve através da empatia tentar construir uma ponte e afetiva e emocional com essa pessoa ouça ouça de verdade o lado dessa pessoa tente de fato enxergar porque o cérebro o elefante dela junto o mundo daquela forma a partir disso tente compreender pontos onde você consegue ligar a sua lógica e o seu raciocínio ao elefante dessa pessoa para que talvez ele perceba que entre o seu
elefante e o elefante dela existe uma certa semelhança e assim aos pouquinhos apelando ao elefante através da empatia ouvindo mais falando - lendo mais estudando mais comentando - entendendo mais e julgando - como nos disse o grande filósofo espinosa nós talvez conseguiremos construir uma humanidade mais simpática uma humanidade mais harmoniosa empatia é você ensinar ao seu elefante que existem outros elefantes e que esses elefantes todos podem sim conviver no mundo você não precisa necessariamente concordar com outra pessoa mas você pode se esforçar um pouco para respeitar a posição dela nós podemos inclusive não necessariamente às
vezes respeitar uma posição mas no mínimo entender melhor essa posição para que talvez a gente tente convencer as pessoas de que aquela não é a melhor posição de se adotar esse eu acredito que é o caminho para um mundo mais harmonioso um mundo mais respeitoso e para que isso aconteça nós precisamos ter a consciência ea humildade de reconhecer que todos nós somos hipócritas que hipocrisia faz parte da natureza humana nós não temos que fingir que ela não existe o primeiro passo para combatê-la é reconhecer quando ela surge dentro de nós mesmos e é por isso
que eu quero deixar claro pra você depois de ouvir tudo isso que eu falei no vídeo anterior e no vídeo de agora depois de ouvir tudo isso se estiver aí pensando é as outras pessoas são assim mas eu sou diferente saiba que é bem provável que você esteja justamente se enganando você está provavelmente dentro de se auto engano a respeito da sua própria hipocrisia ea lição final eu quero frisar e repetir quando você for falar com outras pessoas fale com o elefante e não com o piloto seja empático estabeleça uma conexão emocional com essa pessoa
ouça o que ela tem a dizer mas ouça de verdade porque nos dias de hoje observo as pessoas o que elas mais fazem é ficar esperando a vez delas falarem em vez de fato ouvir o que a outra pessoa tem para dizer tente enxergar porque essa pessoa acredita que você está errado ea partir daí construa uma ponte entre vocês quem sabe assim o mundo de redes sociais de comparações de julgamentos precipitados e cruéis em um mundo de tanta hipocrisia quem sabe desse jeito a gente consegue construir alguns caminhos possíveis para que o futuro amanhã seja
um pouquinho melhor do que esse mundo em que nós estamos vivendo hoje como sempre aqui no canal neuro vox eu faço questão de dar a vocês todas as referências tanto de artigos científicos de livros de referências filosóficas enfim tudo aquilo que eu usei para construir a narrativa que você ouviu se você se interessar por essas fontes o convido você a ler um texto que eu publiquei no meu perfil no linkedin esse texto que trata justamente da hipocrisia tem ao final dele todas as referências de leitura tanto do próprio texto quanto o vídeo que você assistiu
hoje eu aproveito e convido você a me acompanhar nas demais redes sociais para o linkedin eu costumo postar conteúdos mais sérios artigos por exemplo e também novidades a respeito de eficiência a respeito de comportamento e tudo relacionado geralmente com a vida profissional se você quiser me acompanhar de maneira mais pessoal se você quiser saber que eu lembro que séries eu estou assistindo que filmes eu estou vendo onde eu estou e se tem uma palestra a minha equipa uma voz e na sociedade eu convido você a me acompanhar lá no instagram no instagram também posso pequenas
reflexões pequenas reflexões a respeito da vida cotidiana da vida mais pessoal e se você se interessa por esses temas pelas relações entre mente cérebro comportamento e eu convido você a conhecer o nosso livro em busca de nós mesmos este livro que está aqui eu escrevi um filósofo clóvis de barros filho meu querido amigo e portanto é um diálogo entre as ciências da mente ea filosofia e se você gosta de tudo isso também convido você a conhecer os nossos cursos e você encontra um link pra eles lá embaixo na descrição junto com um link para um
artigo que eu mencionei do linkedin se você gostou do vídeo eu peço a você que você curta e compartilhe isso é muito importante para nós e mais importante ainda para nós é que você se inscreva em nosso canal se você já foi inscrito você pode clicar no cinema em baixo a receber uma notificação sempre que a gente postar um vídeo novo eu prometo a você que eu não vou encher sua caixa postal com mensagens e vídeos a gente costuma postar um vídeo por mês no máximo no vídeo a cada 15 dias eu agradeço a você
por ter ficado comigo até aqui nesse vídeo muito obrigado um abraço e até a próxima [Música] [Música]