e hoje eu queria falar com vocês sobre uma tela uma tela em especial essa tela se chama redenção de cam e foi criada pelo artista espanhol modesto brocos modesto brocos mudou-se para o brasil acabou sendo professor da escola imperial de belas artes que depois da república com a república do escola de belas-artes e ele produziu essa tela que depois seria utilizada por joão batista lacerda que era então diretor do museu nacional e foi a participar do congresso universal das raças já no século 20 no começo do século 20 com uma peça chamada sobre os mestiços
o que joão batista lacerda pretendia mostrar é que no espaço de três gerações o brasil seria branco quem sabe grego mas eu queria falar primeiro da tela o vincula com contexto que ela foi usada a tela chama-se redenção de cam né diferente da passagem bíblica que fala da maldição de cam aqui se trata de redenção de vitória qual é a passagem bíblica é que os filhos de noé teriam visto a noé no completamente no queriam rindo né da situação de mulher que tava ruim tudo indica estava não só no como o bêbado e um especial
rio rio muito que foi campeã e não é o amaldiçoou amaldiçoou para que ele passasse a percorrer andar para sempre numa vida nômade né não numa vida sedentária nesse caso na passagem bíblica e se trata de uma maldição né nesse caso da tela se trata de uma redenção uma vitória qual seria a vitória a vitória é porque os negros passaram a ser brancos a tela falam muito do brasil que das teorias de branqueamento no o oposto do brasil de quem enriquece ou faz sucesso vira branco essa é uma situação que ainda bem os movimentos negros
movimentos feministas negros modificaram mas imaginem vocês que no final do século 19 corri o oposto vamos falar da tela é esse eu gostaria que vocês agora lessem a imagem do lado esquerdo está provavelmente uma avó muito negra parece uma escultura de eva no porque nós não conseguimos nem ao menos ver muito bem as suas expressões e essa mulher muito nele levanta as mãos aos céus como se estivesse acontecido um milagre ou seja mais uma vez não há maldição mas a redenção ela traz um lenço na cabeça ou seja uma série de vestuários que denotam a
sua simplicidade e a sua servidão mas a direita está um homem um homem branco e olha orgulhoso para criança ao centro e esse homem a dica é um português com imigrante português o pai da criança ao senhor ele parece português tem um chinelo e ele se sustenta na entrada da casa mas no fundo nós vamos uma casa eu te falo a pique mas a direita uma série de roupas penduradas uma palmeira mas ao canto indicando que se tá todo o brasil esse pai parece muito orgulhoso da família que ele vai criando bem no meio existem
as duas figuras centrais a mãe que tem os seus traços como se dizia na época mais embelezados como se eu dizia mais clareados ela tem um dedo que indica para o futuro ou seja no futuro melhor seria no futuro branco ela tem o cabelo preso tem a roupa totalmente fechada mas uma tentativa de se contrapor as imagens utilizadas das mulheres e ela tem ao colo aquele que é o objeto central da atenção dessa tela chamada a redenção de cam um menino muito branco de cabelos lisos olhos azuis acho que vocês não conseguem ver e uma
maçã na sua mão desculpa é uma laranja numa outra referência aos registro registro bíblico que ao invés da maçã de eva a que se trata de uma laranja é uma área dos trópicos uma laranja que mostra o futuro do brasil não à toa essa tela vai ser utilizada no congresso universal das raças que ocorrem no começo do século 20 em londres o brasil foi o único país convidado a participar dessa desse encontro e até de joão batista lacerda como já disse vocês a vocês previa que em três gerações o brasil seria branco se vocês não
se convenceram eu gostaria que vocês olhassem no chão o homem à direita aquele que deve ser o pai da família oi isa por sobre um chão que está de alguma maneira é um chão tratado não é o chão bruto é o som da tua casa já avó mas a esquerda pisa no chão no chão de terra e se vocês olharem bem enquanto todos os demais estão calçados só a vó não tem sapato portal é um sapato muitas vezes no brasil no brasil da escravidão da escravidão perversa cortar um sapato era sinal de liberdade há notícias
de que depois do treze de maio de 1888 vários escravizados libertos compraram sapatos e tentaram calçados mas como é tava muito machucado pela lida e por andar sempre no chão de terra sapatos apertaram fizeram bolhas e mesmo assim esses escravizadas levaram seus sapatos a tiracolo de joão há muitas maneiras e muitos símbolos da liberdade e também existem muitas maneiras para o pintor mostrar o contrário também a liberdade de uns a falta de liberdade dos outros a tela redenção de cam teve um impacto muito grande e seu contexto e continua sendo uma tela muito preconceituosa muito
cheio de racismo racismo que foram criados pelas populações brancas pelas populações coloniais para introduzir o mundo de hierarquia e um monte de muita subjetividade e de muita perversão muito obrigado a