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Video Transcript:
Olá, meus caros, muito boa noite! Sejam bem-vindos! Dia 3 de fevereiro de 2025, dia em que a Igreja celebra São Brás, bispo e mártir. São Brás de Sebaste é um dos 14 Santos Auxiliares da Igreja Romana, venerados nas Igrejas do Oriente. São Brás de Sebaste é invocado contra os males da garganta. Então, que São Brás nos guarde a nossa voz e nos ajude, sobretudo, a usar a nossa voz para louvar e bendizer a Deus, para proclamar as suas maravilhas, para cantar as glórias de sua mãe santíssima. São Brás, nos ajude! Que a nossa voz
seja para Deus, que a nossa vida seja para Deus. Muito boa noite para você que está chegando aqui e para você que já conhece o Lente Católica. Seja bem-vindo! A casa é sua. Para você que não conhece o Lente Católica e está entrando hoje aqui, esse é um programa semanal da Comunidade Pantocrator, sempre às 21:30. Eu sou o professor Rafael Tonom, sou professor de Filosofia, de História, membro consagrado aqui da Comunidade Pantocrator. Toda segunda-feira, nós temos esse momento de conversa sobre a nossa fé e procuramos fazer desse momento um tempo de edificação, meus caros. Então,
é nessa intenção que hoje estamos aqui. Hoje, o nosso tema é o livro do Apocalipse de São João. A gente ouve falar muita coisa a respeito do livro do Apocalipse, inclusive algumas interpretações que entendem o livro do Apocalipse pura e exclusivamente numa perspectiva futurista e sempre numa visão de tragédia, desgraça. Mas será que é esse mesmo sentido que o autor sagrado quis dar ao texto? Será que é esse o sentido que o Espírito Santo, que inspirou o livro do Apocalipse, quis dar a ele? Nós vamos ver que não. E quem é que nos dá o
critério correto para ler o livro do Apocalipse? A Igreja! Os livros do Novo Testamento foram produzidos por quem? Pela Igreja! E eles devem ser lidos, explicados e ensinados por quem? Pela Igreja! Então, dentro desta perspectiva de leitura e de entendimento, nós falaremos na noite de hoje a respeito do livro do Apocalipse. Já gostaria de convidar todos vocês que nos acompanham para que coloquem as suas intenções. Vamos fazer a nossa oração nesta noite em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o vosso nome; venha a
nós o vosso reino; seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido; e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém. O Senhor Todo-Poderoso nos abençoe, nos guarde, nos livre de todo o mal. Nossa Senhora, Sede da Sabedoria, rogai por nós. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém. Muito bem, meus caros! Então, na noite de hoje, vamos fazer esse estudo do Apocalipse. Já até deixei aqui
meu bloco de notas aberto. Eu trouxe uma colinha hoje, porque, para falar do livro do Apocalipse, é necessário que a gente faça uma divisão dos capítulos do Apocalipse para que possamos entender bem essa divisão do livro do Apocalipse, como São João pensou, estruturou esse livro, para que a gente possa ter um alcance um pouco mais profundo e possa obter um fruto maior da leitura desse livro que é tão importante. Mas, muito bem! Antes de falarmos do tema da noite de hoje, eu queria mostrar para vocês uma novidade. É uma novidade que acabou de sair do
forno! Está aqui na minha mão: o livro "A Alegria da Misericórdia". Vejam vocês que este livro tem o selo aqui da Comunidade Pantocrator. É o segundo livro publicado pelas Edições Pantocrator. Tem o livrinho do amor poderoso e agora temos aqui este lançamento. Está na minha mão, saiu do forno! Este aqui está no plástico ainda! Nós nem abrimos este exemplar aqui. "A Alegria da Misericórdia", na capa, não poderia trazer uma estampa mais expressiva do que essa, né? É a reprodução da pintura do pai misericordioso e o filho pródigo de Rembrandt, que ilustra aqui a nossa capa.
E quem é o autor desta obra "A Alegria da Misericórdia"? O autor é nada mais, nada menos que o Frei Maria Eugênio, Beato Frei Maria Eugênio do Menino Jesus. O Frei Maria Eugênio do Menino Jesus é um carmelita descalço francês, homem de uma mente brilhante. Ele foi um grande estudioso da vida e da obra de Santa Terezinha do Menino Jesus, Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz. Foi o Frei Maria Eugênio que, ao estudar a espiritualidade de Santa Terezinha do Menino Jesus, percebeu que havia ali uma doutrina sólida, grande demais para que ficasse
restrita a uma região ou a um país. E o Frei Maria Eugênio, na sua época, já começou a postular a defesa da ideia de que Santa Terezinha do Menino Jesus deveria ser proclamada Doutora da Igreja. Frei Maria Eugênio morreu na década de 60; Santa Terezinha foi proclamada Doutora da Igreja no dia 18 de outubro de 1997, no ano do seu centenário de morte. Ela foi reconhecida como Doutora da Igreja. Então, o Frei Maria Eugênio não viu esse doutorado aqui na terra, mas certamente celebrou lá no céu este doutorado. Então, por que eu estou falando isso?
Para que a gente entenda quem é o autor. E, infelizmente, aqui no Brasil, nós ainda temos pouca coisa do Frei Maria Eugênio publicada em português. A maior obra dele publicada em português é a obra "Quero Ver a Deus", e agora a Comunidade Pantocrator traduziu o livro "A Alegria da Misericórdia". Comunidade Pantocrator é uma obra publicada pelo selo Edições Pantocrator. Como é lançamento, nós estamos com a nossa promoção de lançamento. Se você clicar no link da nossa livraria, na tela está aparecendo aí para você as informações a respeito desse nosso lançamento especial. Se você clicar e
entrar na nossa livraria, você vai ver que, lá na nossa livraria, esta obra está com 15% de desconto no lançamento. Mas, para você que está assistindo ao Lente Católica agora, tem um cupom de desconto. Então, você pode usar os 15% do lançamento e aplicar o cupom de desconto para ganhar mais 10%. Vai ficar 25% off o valor do livro para você que comprar hoje até meia-noite. Insira o link da promoção aí. Quem comprar amanhã, tudo bem, pode comprar amanhã, mas aí comprará no valor de 15% apenas. Comprando hoje, você garante 25% de desconto. O link
da livraria está fixado no chat. É só você olhar as conversas da nossa live aqui ao vivo e já encontrar o link, conseguir clicar nele e adquirir o seu livro. "A Alegria da Misericórdia" é um lançamento das Edições Pantocrator. Fica aqui a minha recomendação, meu conselho: aproveitem os escritos do Frei Maria Eugênio. Isso aqui é um verdadeiro tesouro, agora traduzido para a língua portuguesa. É um livrinho pequenininho, ó, ele não é grande, tem uma leitura fluida, é muito bom. Eu garanto, vocês não vão se decepcionar. Muito bem, meus caros, vamos então ao nosso tema: o
Apocalipse de São João. Quando nós falamos do Apocalipse, quais são as imagens que vêm à nossa cabeça? A gente já pensa em fim do mundo, catástrofes, guerras, etc. E muito disso vem na nossa cabeça por dois motivos: ou por uma leitura equivocada do livro do Apocalipse, e aí as pessoas começam a elaborar uma teoria do que seria de fato o Apocalipse, que geralmente não tem nada a ver com a realidade; ou também pode ser que o nosso imaginário se sinta, de alguma maneira, afetado pelos filmes, pela literatura, por aquilo que a gente assiste, por aquilo
que a gente ouve, aquilo que a gente lê. E aí a gente começa a formular uma ideia de Apocalipse que é mais imaginativa, cinematográfica, do que a realidade daquilo que está anunciado neste livro da Sagrada Escritura. Então, em primeiro lugar, vamos entender o texto. O Apocalipse é um livro escrito por São João Evangelista. São João Evangelista foi o último apóstolo de Jesus a morrer. Ele foi a última testemunha que viu o ressuscitado e era do grupo dos 12. Quando São João morreu, a revelação pública acabou. Tudo que Deus tinha para dizer à humanidade, Ele disse
enquanto durou a vida de João. Quando João morreu, a revelação pública cessou. Ah, Rafael, mas e as aparições? As aparições de Nossa Senhora, as aparições de Jesus, as aparições dos Santos? Elas não são revelações; são revelações, mas revelações privadas, são revelações menores. A Revelação (com "R" maiúsculo") não é um conjunto de coisas que foram mostradas à humanidade. A Revelação é uma pessoa: Cristo, nosso Senhor Jesus Cristo, é a revelação viva daquilo que Deus tinha para dizer à humanidade. O que Deus tinha para ensinar, Ele já ensinou; o que Ele tinha para dizer, Ele já diz.
E as aparições, a Igreja Católica nem sequer obriga os fiéis a acreditar nelas. Por quê? Porque são revelações privadas; você pode acreditar ou não, acolher ou não. E se um católico, porventura, disser: "Ah, eu não acredito em tal aparição de Nossa Senhora", eu sei que tem gente que fica horrorizada e fala: "Nossa, mas Fulano não acredita em tal aparição!" Tudo bem, a Igreja não obriga a acreditar. Se a Igreja não obriga, por que você vai querer obrigar o outro a acreditar numa aparição, seja ela qual for? Até mesmo as aparições aprovadas pela Igreja, a Igreja
não obriga a acreditar nelas. Por quê? Porque o que nós precisamos para nossa salvação está contido na revelação pública, ou seja, aquilo que Jesus nos mostrou com a sua vida e seu ensinamento, e aquilo que foi perpetuado pelos apóstolos até a morte do último apóstolo. Com a morte de São João, a revelação pública cessou. É claro, é óbvio que não é prudente — isso é uma opinião pessoal minha — não é prudente você simplesmente recusar uma aparição sem estudá-la. Agora, para que serve uma aparição se Deus já falou tudo o que tinha para falar? Para
uma única coisa: para despertar a nossa fé, para nos ajudar a viver melhor, para nos exortar, animar. É para isso. "Ah, mas eu sou obrigado?" Não, não é obrigado. Basta a palavra de Deus, basta a tradição da Igreja, basta o magistério da Igreja, acabou. Aliás, um dos critérios que a Igreja usa para avaliar se uma aparição é verdadeira ou não é justamente esse: se a aparição estiver de acordo com a Escritura, com a tradição, com o magistério da Igreja, ela é verdadeira, porque Deus não é incoerente. Agora, se uma aparição acrescenta alguma coisa àquilo que
a palavra de Deus disse, "corrige" (entre aspas) alguma coisa que a palavra de Deus disse, revela algo diferente e não leva a pessoa à conversão, não leva a pessoa à comunhão e à obediência à Igreja, essa aparição é falsa. Porque Cristo, quando subiu aos céus de volta para o Pai, Ele não deixou aqui no mundo uma lei de que as aparições ditaram o que os fiéis deveriam crer. Cristo deixou a Igreja. Aliás, Cristo não deixou nem Bíblia; Cristo não deixou Bíblia, Cristo não deixou aparição, Cristo não deixou fenômenos, Cristo não deixou nada disso. O que
Cristo deixou? A Igreja. Agora, é claro que as aparições ocorrem; elas são verdadeiras e são várias. As devoções, os fenômenos, tudo isso é muito bom, mas nós devemos saber que isto não é a norma da fé. A norma da fé está na Escritura, na tradição e no magistério. Isso Jesus deixou muito claro, muito bem estabelecido. Se Jesus é a cabeça e nós somos os membros do seu corpo, que é a Igreja, quem governa o corpo é a cabeça. Não podemos fazer algo que Cristo não fez, não podemos autorizar algo que Cristo não autorizou. Então, nós
vamos onde Cristo vai, fazemos o que Cristo faz. E por que estou dizendo isso? Para a gente entender que, quando falamos do Apocalipse, sobretudo hoje em dia, há uma mistura de ideias, de teorias e de coisas que não são sadias. Se queremos ler não só o Apocalipse, mas qualquer livro da Igreja, nós temos que ler esse livro em consonância, em concordância com tudo aquilo que foi ensinado, com tudo aquilo que foi dito e foi feito antes de nós pela tradição, por aquilo que os Papas ensinaram e os bispos em comunhão com eles. É assim, não
dá para fazer de outro jeito. Então, nós temos que entender o contexto: João foi o último apóstolo a morrer, morreu por volta do ano 105 depois de Cristo, morreu bem idoso e foi o único apóstolo a não ser martirizado. Ele foi martirizado, mas o martírio não causou dano nenhum a São João. Conta a história que, na época do Imperador Domiciano, São João foi preso e recebeu a sentença de ser atirado em um tacho de azeite fervendo. Ele foi jogado e o azeite não o queimou. Impressionado com isso, o Imperador mandou soltá-lo e exilá-lo na ilha
de Pátmos, na Grécia. Foi na ilha de Pátmos que São João escreveu o Apocalipse. É por isso que o Apocalipse foi colocado pela Igreja como sendo o último livro da Sagrada Escritura, porque, depois de João, a revelação pública de Deus acabou-se; ela se encerrou. Então, como podemos entender este livro do Apocalipse? Vamos lá, vamos ver aqui: no capítulo 1 do Apocalipse, São João começa assim: "Revelação de Jesus Cristo, que lhe foi confiada por Deus, para manifestar aos seus servos o que deve acontecer em breve." Ele, Cristo, por sua vez, por intermédio de seu anjo, comunicou
ao seu servo João, o qual atesta como palavra de Deus o testemunho de Jesus Cristo e tudo o que viu. Feliz o leitor e os ouvintes se observarem as coisas neles escritas, porque o tempo está próximo. João às sete Igrejas que estão na Ásia: "A vós, graça e paz da parte daquele que é, que era e que vem, da parte dos sete Espíritos que estão diante do seu trono, e da parte de Jesus Cristo, testemunha fiel, primogênito dentre os mortos e soberano dos Reis da Terra. Aquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados
no seu sangue e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus, seu Pai. Glória e poder pelos séculos dos séculos. Amém." "E o que vem com as nuvens; todos os olhos o verão, mesmo aquele que transpassaram; por sua causa hão de lamentar-se todas as raças da Terra." Sim, Amém. "Eu sou o Alfa e o Ômega," diz o Senhor Deus, "aquele que é, que era e que vem, o Dominador." É assim que começa, né, em tom muito solene, o Apocalipse de São João. O Apocalipse de São João, então, foi escrito nesse contexto do exílio
de São João. E aí nós vamos entender o que significa o livro, né? Apocalipse, a palavra Apocalipse é Revelação. O que é revelar? É você mostrar algo que estava encoberto com o véu. Quando nós falamos na teologia, falamos na doutrina católica do Mistério. Deus é um mistério; a Santíssima Trindade é um mistério de fé. O que é o mistério no campo da fé? O mistério é uma realidade sobre a qual nós, pobres pecadores humanos, não podemos saber tudo. Não dá para saber tudo, mas podemos saber algo. Então, o mistério não é uma coisa oculta, escondida,
quase uma gnose, né, que são um grupo de eleitos que conhecem determinados códigos e são capazes de alcançar. Não; a revelação de Deus, ela é para todos os seus filhos, todos os homens de boa vontade, todos os que o amam, todos os que admitem Jesus como seu único salvador. É para esses a mensagem da boa nova do Evangelho. Então, o que é essa revelação? Deus não nos mostrará tudo porque nós não somos capazes de abarcar tudo na nossa pobreza, no nosso pecado. Nós não somos capazes, mas também não significa que a gente não seja capaz
de nada. Nós não podemos saber tudo, mas podemos saber alguma coisa. É o que Santo Agostinho dizia: o homem é capaz de Deus. Nós somos capazes de Deus, nós podemos entender muita coisa a respeito de Deus. Isso é perfeitamente plenamente possível, somos capazes de Deus. E aí, então, este livro da Revelação de São João começa nesse tom solene, dizendo que é um livro onde ele revelará, exporá aquilo que Cristo lhe mostrou. Então, é um livro que tem um tom profético, um tom profético. A linguagem do livro é profética. Então, a primeira coisa que nós temos
que entender é como funciona essa linguagem profética. E o livro do Apocalipse, ele não é só um livro em linguagem profética, mas ele é também uma obra que possui um acento, possui uma característica escatológica muito grande. O que é escatologia? Escatologia são aquelas realidades que estão presentes no fim, no fim da nossa existência: morte, juízo, inferno, paraíso, a escatologia, o purgatório, o inferno, todas as situações pelas quais nós vamos passar ali, da morte, o juízo particular, a sentença de Deus. A escatologia, ou Apocalipse, tem uma linguagem escatológica. Só que, quando falamos de escatologia, precisamos nos
lembrar de algo que nem sempre é fácil: a gente se lembrar e fazer o exercício para entender como Deus pensa, como Deus vive, como Deus age. Deus vive, age, existe e opera dentro do tempo e fora do tempo, porque Deus habita a eternidade. Deus entra no tempo, mas Deus é eterno; e, sendo eterno, a eternidade não tem começo, não tem meio, não tem fim. A eternidade sempre existiu. Deus é eterno; para nós, a eternidade já começou a partir do momento em que fomos criados. Já começa essa vida e não acaba. Nós entramos na eternidade; Deus
já vive na eternidade. Então, para Deus, tudo é agora. Para Deus, não existe ontem, para Deus, não existe amanhã. Então, a linguagem escatológica é a linguagem de Deus, só que a linguagem de Deus é traduzida para nós, homens, que estamos presos no tempo e no espaço. Nós somos limitados por essas duas coisas, por isso que, quando usamos a linguagem escatológica, nos deparamos com uma dupla realidade: a realidade do já e do ainda não. Por exemplo, São João fala aqui da salvação de Cristo. Cristo já nos salvou, mas esta salvação ainda não se manifestou na sua
plenitude nas nossas vidas. Por que não? Nós não somos batizados, não somos crismados. Como que essa salvação não se manifestou em toda a sua plenitude? Não se manifestou em toda a sua plenitude porque, em primeiro lugar, nós somos pecadores e precisamos nos arrepender mais e colaborar mais com a graça de Deus. Nós podemos ir mais longe, podemos nos tornar grandes santos. Já nos salvou, mas essa glória ainda não se manifestou. Para se manifestar, ela exige a minha colaboração. A fé sem obras é morta. Eu creio, mas, se eu não viver como quem crê, a minha
fé é morta, é estéril, não vale nada. Isso é o que São Tiago nos diz na sua carta, Tiago, capítulo 2, versículo 17. Então, é o já e o ainda não. Cristo já está na glória, já abriu as portas dos céus para todos os seres humanos de boa vontade, aqueles que quiserem, que desejam crer nele. Muito bem, já! Mas ainda não completou o número dos eleitos no céu. Por quê? Porque ainda tem muita gente viva, tem muita gente para nascer. Já e ainda não. Cristo já venceu a morte, o pecado e o demônio, mas ainda
não manifestou isso por completo. Quando isso vai ser manifesto por completo? No juízo final, quando ele vier em sua glória para julgar vivos e mortos, aprisionar Satanás, dar o prêmio aos bons e o castigo definitivo aos maus. Aí será o fim da história. Já e ainda não. Isso é a linguagem escatológica. O livro do Apocalipse está cheio disso, né? Ele tem uma visão profética do fim dos tempos, da luta entre o bem e o mal, da vitória final de Cristo. E ele tem também muitos símbolos. O livro do Apocalipse é repleto de simbologia, de elementos
que têm um significado muito mais profundo. E, às vezes, a leitura do livro do Apocalipse, sem o conhecimento adequado desses símbolos, pode levar a suposições estapafúrdias que nada têm a ver com a tradição da Igreja e com a interpretação correta do livro. Também o Apocalipse é cheio de imagens que representam realidades espirituais muito mais profundas. Então, por exemplo, o Apocalipse, quando fala do Cordeiro, São João fala: “Eu, João, vi o Cordeiro sentado no seu trono.” Para alguém desavisado, vai ficar imaginando: “Mas como assim um Cordeiro sentado no seu trono?” Para nós, católicos, que já estamos
familiarizados e rezamos em toda a missa a oração do Cordeiro de Deus, nós já sabemos, até uma criancinha de catequese sabe que o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo é Jesus. Na Antiga Aliança, havia os cordeiros que eram sacrificados no templo, mas agora nós temos o Cordeiro de Deus, que é o Cordeiro definitivo. Não é necessário mais matar nenhum animal, porque o próprio Filho de Deus, Deus e homem, desceu do céu, veio à terra, se fez homem, se vestiu de carne e mereceu para nós a salvação. Ele é o Cordeiro de Deus
puro, sem mancha. É um simbolismo! Mas, se eu não tenho esta noção... E veja bem o que eu vou falar aqui: não é exagero! A Bíblia, ela foi escrita, o Novo Testamento, por católicos e para católicos. Ah, Rafael, mas aí você está excluindo todas as outras denominações cristãs! Não, até porque elas nem existiam quando a Sagrada Escritura, no Novo Testamento, foi escrita. O que existia no Novo Testamento era a Igreja Católica. As outras denominações foram frutos da divisão posterior, no decorrer da história da Igreja. Então, a Bíblia foi escrita por católicos e para católicos. Por
isso, só é possível ler a Bíblia adequadamente tendo como lente a lente católica para ler a Sagrada Escritura. Sem esta visão da Igreja, não é possível ler corretamente. Então, quando a gente começa a olhar para esses elementos da tradição, dos Padres da Igreja, a gente vai conseguindo entender, por exemplo, essa leitura que eu citei. Fala do Cordeiro sentado no trono e, em seguida, fala que São João viu quatro seres viventes que assistiam ao Cordeiro diante do seu trono: um como um homem, outro era um leão, outro um boi e outro uma águia. E estes seres
vivos adoravam ao Cordeiro. E esses seres vivos falavam do Cordeiro para os outros. Aí, quando a gente olha para isso, fala: “Nossa, mas o que seria uma figura humana, um boi, um leão, uma águia? O que isso significaria?” Para nós, católicos, é bastante claro, né? O significado desses quatro seres viventes se coloca diante do Trono do Cordeiro. Nada mais são do que os quatro Evangelistas. Vocês já devem ter visto aí na iconografia, nas pinturas em igrejas mais antigas, essas figuras do boi, do leão, de uma criancinha e de uma águia. O que que eles representam?
Os quatro Evangelistas. A figura humana representa São Mateus; é o Evangelho de São Mateus porque Mateus escreve o seu Evangelho para judeus. Ele quer provar para os judeus que Jesus é o Messias. Então, Mateus começa o Evangelho dele de que maneira? Fazendo a genealogia de Jesus. Quando pegamos aqui o Evangelho de Mateus, olha que interessante como é o começo do Evangelho de São Mateus. Opa, tá aqui: ele começa falando da genealogia. Começa assim: "Genealogia de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão. Abraão gerou Isaque, Isaque gerou Jacó, Jacó gerou Judá e seus irmãos. Judá
gerou Tamar, Farés e Zara. Farés gerou Esrom, Esrom gerou Arão, Arão gerou Aminadab…" E aí vai... E aí, muita gente lê isso aqui e fala assim: "Nossa, né? Mas por que tanta gente ali?" Porque Mateus quer provar que, ao longo de 40 gerações, Deus preparou a salvação que Ele prometeu lá no Jardim do Éden, quando Ele disse que, por inimizade entre a serpente e a mulher, a descendência da serpente seria vencida pela descendência da mulher. Quem é essa mulher cuja descendência vence o mal, o demônio, vence o inferno e o pecado? Nosso Senhor Jesus Cristo,
o Filho de Maria. Então, São Mateus escreve para uma comunidade de judeus, para provar que Jesus é o Messias prometido, é o Messias predito nas Escrituras. E é interessante que, a cada coisa que ele vai falando, né, ele vai sempre citando profecias do Antigo Testamento: "E Jesus fez tal coisa para se cumprir o que está dito no profeta..." Aí vem lá a citação da profecia. Mateus está falando da humanidade de Jesus. Está mostrando que Jesus é o homem, Deus, o Messias, é aquele que veio para comunicar a vontade do Pai. A figura humana representa Mateus;
é aquela figura humana que adorava diante do Trono do Cordeiro. Depois vem a figura do leão. O leão, nas profecias antigas, o Messias era predito como sendo o Leão de Judá. Ele é o Cordeiro de Deus, mas ele é também o Leão de Judá. Ele se deixa matar e crucificar, mas ele também toma os chicotes de corda e espatifa com todos aqueles que estão fazendo do templo uma casa de comércio. É Cordeiro, mas é leão. E São Marcos representa o leão porque, no Evangelho de Marcos, nós vemos as grandes curas de Jesus, o poder do
Filho de Deus que ordena aos demônios que saiam e eles saem, que ordena à tempestade que se acalme e a tempestade se acalma. Aquele que tem poder sobre as coisas criadas, que tem poder sobre os anjos e os homens, é o Evangelho de Marcos; é o Evangelho do Quê? O Querigma. Então, o leão. A outra figura diante do Trono do Cordeiro era o boi. O boi é forte; o boi puxa os carros e cargas. O boi representa o Evangelho de São Lucas, o evangelista São Lucas. São Lucas coloca no seu Evangelho os grandes relatos dos
ensinamentos de Cristo. Cristo é aquele que fala com autoridade; a força da autoridade. Cristo é aquele que prega, é aquele que anuncia a verdade sem medo, como nós vemos no capítulo 4 de Lucas, que Jesus, estando num dia de sábado na cidade de Nazaré, entrou na sinagoga, tomou o rolo da Escritura e leu o profeta Isaías: "O Espírito do Senhor está sobre mim porque ele me ungiu, e ele me enviou para evangelizar os pobres, para anunciar um ano de graça e de libertação, para perdoar as dívidas, para restituir a capacidade de andar aos coxos e
a vista aos cegos." E Jesus, depois, vai dizer: "Meus irmãos, hoje esta profecia se realizou." E queriam matá-lo. É o boi. São Lucas representa o boi; ele mostra Cristo na sua força, na sua potência como mestre. E, por fim, João relata que vê a figura de uma águia. A águia representa o próprio João. A águia tem uma visão aguda, ela enxerga ao longe. Ela pode estar nas alturas, mas enxerga lá embaixo. João foi o discípulo amado, aquele que amou mais; ele se levava mais. É como a águia que voa nas alturas porque quem ama mais
se eleva mais. Quem ama mais contempla mais. João é a alma contemplativa, é o discípulo amado; é aquele que se recostou no peito do Mestre. Ele muito amou, por isso ele é como a águia. Ele enxerga longe e, de fato, o Evangelho de São João é o Evangelho que tem a teologia mais profunda, mais bonita. As cartas de São João, o livro do Apocalipse mesmo, é de uma profundidade, de uma beleza sem igual dos textos do Novo Testamento. Agora, isso aqui é opinião minha, né? De todos os textos do Novo Testamento, o texto que eu
acho mais bonito é o prólogo do Evangelho de São João, o capítulo 1 do Evangelho de João: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava em Deus e o Verbo era Deus." Então, é um resumo de toda a cristologia. Por isso que São João é a águia. Nós vemos isso no Evangelho de João; ele é a águia. O prólogo do Evangelho de São João vai dizer assim: "No princípio era o Verbo e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele
e sem ele nada foi feito." Havia vida, e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. Houve um homem enviado por Deus, que se chamava João. Este veio como testemunha para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Não era ele a luz, mas veio para dar testemunho da Luz. O Verbo era a verdadeira luz, que vindo ao mundo ilumina todo o homem. Ele estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. Veio para
o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que creem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. João dá testemunho dele e exclama: "Eis aquele de quem eu disse: o que vem depois de
mim é maior do que eu, porque existia antes de mim." Todos nós recebemos da sua plenitude, graça sobre graça. Pois a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Ninguém jamais viu Deus; o Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou. A profundidade deste prólogo do Evangelho de São João é coisa para a gente rezar, rezar, rezar, falar, falar disso, e não vai se esgotar tão facilmente. Entendeu? É por isso que João é a águia. Olhando para o livro do Apocalipse, a hora já está adiantada.
Aqui, olhando para o livro do Apocalipse, eu vou falar agora da estrutura do livro, né? Para que depois vocês possam estudar isso, né? Depois anotem aí o que eu vou falar aqui na live; depois vocês estudem a partir daquilo que eu vou falar, tá bom? Inclusive, se você já quiser ir elaborando aí as suas perguntas enquanto eu vou concluindo aqui, já pode mandando aí que eu vou tentar responder algumas. Mas eu vou aproveitar, como hoje é dia de lançamento do livro "Alegria da Misericórdia", eu vou fazer a propaganda aqui mais uma vez. Ó, estamos aqui
com o lançamento do livro "A Alegria da Misericórdia", um livro do Beato Maria Eugênio do Menino Jesus, carmelita, obra traduzida pela Comunidade Pantocrator e publicada com o selo das Edições Pantocrator no dia de hoje. Adquirindo pela nossa loja, você obtém um desconto de 15%, mas pode usar o nosso cupom, o cupom do Lente Católica, que está aí na tela para vocês. O nosso cupom é Lente 10. Na hora de fazer sua compra na livraria da comunidade, você pode colocar Lente 10. Já tem 15% de desconto lá no site. Mais 10 aqui do Lente, você fica
com 25% de desconto. Vale até meia-noite de hoje; amanhã é só 15%, mas comprar hoje é 25%. Então deem uma olhadinha aí no chat, que está o link da livraria fixado. Voltando aqui à temática do Apocalipse, qual é a estrutura do livro do Apocalipse? Ele está dividido em quatro partes, quatro grandes blocos. Então, o primeiro bloco, que é do capítulo 1 ao capítulo 3 do livro do Apocalipse, nós vemos uma introdução e uma carta de São João às sete igrejas da Ásia, às quais ele dedica o livro do Apocalipse. Nesses primeiros três capítulos, Jesus aparece
glorificado a João e ordena que ele escreva as cartas às sete igrejas da Ásia Menor. E o que Jesus faz nesses três primeiros capítulos? Repreensões, exortações e conselhos para fortalecer essas comunidades. Então, João se coloca ali como profeta mesmo; ele diz que fala aquilo que Cristo o manda falar, o manda dizer. Depois, nós temos o segundo bloco, que é do capítulo 4 ao capítulo 11 do Apocalipse. Nesse bloco, nós vemos ali o Trono de Deus, a questão de como é o Trono de Deus, a glória de Deus, e também fala-se da abertura dos selos do
livro, a abertura de cada um dos selos. Então, do capítulo 4 ao 11, João vê o Trono de Deus, vê o Cordeiro de Deus que abre os sete selos, desencadeando uma série de juízos sobre o mundo. É Cristo como Rei do Universo, governando; é uma linguagem profética que fala de acontecimentos que tinham ficado para trás, no passado, de acontecimentos que eram atuais no tempo de João, que hoje já é passado, mas isso também se aplica ao futuro. Ah, Rafael, então qual é a melhor leitura do livro do Apocalipse? Uma leitura futurista, como se tudo fosse
acontecer, ou uma leitura preterista, como se tudo já tivesse acontecido? O melhor é fazer o que Santo Agostinho, São Jerônimo e outros santos fizeram: uma leitura temperada, uma leitura que entende que muita coisa que está no Apocalipse já aconteceu, mesmo já aconteceu. Então, nós não podemos ter uma leitura 100% futurista, não: tudo vai acontecer. Não, muita coisa já foi. Mas também não podemos ter uma leitura preterista, como se tudo já tivesse sido concluído e hoje a gente só lê como uma memória. Também não é isso; muitos fatos de fato já ocorreram, outros fatos irão ocorrer.
Então, qual é a leitura justa, a leitura correta? Nós devemos entender o que esses símbolos do Apocalipse significavam naquela época, e a gente encaixa a nossa realidade de hoje nisso. Então, quer dizer, o Apocalipse também se refere ao futuro, mas não somente ao futuro, e o Apocalipse não é um livro de desastres e desgraças. É um livro de esperança que mostra que Cristo reina e governa o mundo; ele reina, governa e mantém. Muito bem, depois nós temos o terceiro bloco, que é do capítulo 12... Até o 19 é a batalha cósmica entre o bem e
o mal. Aí, do capítulo 12 ao 19, nós temos a visão do Dragão, da Besta, da grande prostituta chamada de Babilônia e da Luta Final de Cristo. Então, aqui aparecem já vários símbolos. O dragão, né? O próprio livro do Apocalipse explica quem é o dragão: é a antiga serpente do Jardim do Éden. É uma referência muito clara ao demônio. Depois fala da besta, depois fala da grande prostituta, a Babilônia. A grande prostituta é uma figura curiosa porque São João fala de uma besta, um animal monstruoso, e numa das visões, São João fala da prostituta assentada
sobre a besta. O que seria isso, né? Bom, basta a gente pensar que o continente onde ficava o maior império daquela época, que era o Império Romano, era o continente europeu. O nome do continente Europa é o nome de uma deusa pagã, cuja imagem é o quê? Uma besta, uma espécie de tigre e uma mulher seminua sentada sobre esse tigre. É a prostituta sentada sobre a besta: a Europa, a Babilônia. Né? Por que Babilônia? Babilônia, na linguagem bíblica, é sinônimo de confusão, perversão. Então, São João identifica a questão da prostituta e da besta na época
com o Império Romano, mas isso hoje poderia ser aplicado a qualquer sistema político-econômico que tente coibir o anúncio do Evangelho. Se uma ideologia política, se um grupo de pessoas, se uma instituição tenta, de alguma maneira, prejudicar a Igreja, travar o anúncio do Evangelho, perseguir os seguidores de Cristo, nós temos aí a materialização, hoje, da besta e da grande prostituta. Então, são alguns símbolos que vão aparecendo. E depois, o quarto bloco, que é do capítulo 20 ao 22, nós temos a vitória final de Cristo sobre o mal e a Nova Jerusalém. O que vemos nesse bloco
do capítulo 20 ao 22? O Julgamento Final, a derrota definitiva de Satanás e a chegada de um novo Céu e uma nova Terra. Entendeu? Então, é o que vemos. E aí, depois, nós temos vários símbolos no meio da leitura desses blocos do livro do Apocalipse. Por exemplo, o cordeiro é um dos principais símbolos do Apocalipse. Né? Em Apocalipse, capítulo 5, até anotei aqui, capítulo 5, versículo 6, nós temos lá a figura do cordeiro. Quem é o cordeiro de Deus? O que representa o cordeiro de Deus? É Cristo crucificado e ressuscitado, aquele que venceu pelo sacrifício
e tem autoridade sobre a história. Ele mereceu diante de Deus aquilo que a humanidade inteira não poderia merecer. E por que ele mereceu? Porque ele mesmo é Deus. Ele é a segunda pessoa da Trindade, ele nada devia à justiça de Deus e ele pagou, sem dever. Por isso, a ele a glória, o poder e a majestade pelos séculos. Amém. É o que São João vai dizer no Apocalipse. Então, é o cordeiro. O cordeiro é um animal que se deixa matar. Cristo é o cordeiro de Deus porque ele se deixou matar; foi manso, como os cordeiros
são mansos. Depois, por exemplo, nós temos os sete selos no Apocalipse, capítulo 6. O que são esses sete selos, né? Cada selo aberto pelo cordeiro, que é Cristo, traz um evento escatológico. Então, São João está falando de eventos, coisas que vão ocorrer com a humanidade ao longo da história. Então, São João fala da peste, da fome, da guerra, do martírio. Mas, no fim, ele fala do quê? Da vinda de Cristo, a vinda de Cristo triunfante. São João deixa muito claro que, na sua primeira vinda, Jesus veio discreto, quase despercebido; as pessoas não sabiam que o
Messias estava ali. Mas, na segunda vinda, não será assim: ele virá em poder e glória para julgar vivos e mortos. Depois, no Apocalipse 6, ainda Apocalipse 6, versículos de 1 a 8, nós temos lá os quatro cavaleiros do Apocalipse. É uma outra coisa que as pessoas ficam muito em dúvida, né? O que são esses quatro cavaleiros? Bom, o cavalo branco representa o quê? A conquista, né? A conquista. Cristo pode usar, é o que São João diz no Apocalipse, pode usar de governos, de governantes, de reis ou até de pessoas poderosas para conquistar, para fazer a
sua vontade acontecer sobre o mundo. Cristo pode lançar mão destes poderes mundanos para preparar o caminho para a sua glória definitiva, para o seu triunfo final. Mas o cavalo branco, né? Ele pode ser também, pode representar, né, o cavaleiro no cavalo branco, o próprio Cristo, que governa a história e rege os tempos. O cavalo vermelho representa a guerra. O cavaleiro do Apocalipse sobre o cavalo vermelho é a guerra, o sangue, a destruição. O cavalo preto e o cavaleiro, né, sobre o cavalo preto, representa a fome, a crise econômica, a pobreza, a exploração. E, por fim,
o cavalo amarelo, esverdeado, representa a morte ou a peste, né? As epidemias, as doenças. Então, esse é o significado que está ali. E depois, no capítulo 12, nós temos uma outra figura emblemática que pode ser interpretada de duas maneiras. No Apocalipse 12, nós temos a figura da mulher vestida de sol e coroada com 12 estrelas, tendo a lua debaixo dos pés. A mulher do Apocalipse 12 representa duplamente Maria Santíssima, porque é a mulher que dá à luz um filho que o dragão queria devorar. De fato, se olharmos para a história de Jesus, nós vemos que
Jesus nasceu e Herodes, sabendo que o Messias tinha nascido, manda matar os Santos Inocentes. É o dragão que, no tempo de Jesus menino, devorou as vidas daqueles inocentes. Mas a mulher foi levada para um lugar distante, no Apocalipse 12, para o deserto, para que o seu filho e ela ficassem sãos e salvos. Nossa Senhora, São José e o menino Jesus fogem para o Egito. Então, de fato, tem uma ligação com a Virgem Maria. É a mulher vestida de sol, coroada de estrelas, com a luz debaixo dos pés; mas é também a Igreja, é a Igreja
que gera, que forma filhos para Deus. Esses filhos que nascem pelo batismo, né? Então, a mãe que foge para o deserto é também a Igreja Perseguida, do mesmo jeito que a Sagrada Família foi perseguida. Nossa Senhora foi perseguida e, para salvar o menino Jesus, fugiu. A Igreja Católica é perseguida pelos inimigos de Deus; ela é perseguida porque a Igreja é o próprio Cristo. Cristo é a cabeça; a Igreja é o seu corpo: atacar a Igreja é atacar a Cristo. A Igreja continua sendo perseguida. Depois, nós temos, no capítulo 13, a besta do mar e a
besta da terra. São João fala de duas bestas, né? A besta do mar simboliza um governo tirânico, um governo perseguidor na época de São João. Quem era esse governo perseguidor? A besta do mar é Roma, é o governo de Roma. E então, né? Isso já era concreto ali, e hoje, qualquer sistema ideológico, qualquer governo, qualquer grupo que persiga a Igreja, combata a Igreja, é a besta do mar. Hoje em dia, nós temos aí as grandes empresas, as grandes fundações, por exemplo, que financiam não só campanhas contra a Igreja, mas contra a vida, a favor da
morte de bebês no ventre de sua mãe. O que é isso? É a besta do mar, né? Então, na época de São João tinha esse caráter, mas hoje outras tantas coisas podem se encaixar nisso. E a besta da terra, no Apocalipse, no capítulo 13, realiza falsos milagres. Então, o que ela significa? O falso profeta. Então, antes da vinda do anticristo, o Apocalipse fala da vinda de um falso profeta que vai realizar falsos milagres e que vai encantar, ou por milagres ou por ideologias. Então, pode ser tanto um falso profeta quanto uma doutrina enganosa. Outro símbolo
do Apocalipse, no Apocalipse, capítulo 13, versículo 18, é o número 666. É um número imperfeito e é sempre associado, no Apocalipse, a um governante maligno ou à plenitude do mal. Pode ser entendido como o número do anticristo. O anticristo pode ser uma pessoa, né, que se oponha a Cristo, que se apresente como um salvador humano em oposição a Cristo, que é o Salvador humano-divino. Ou pode ser também, como muitos interpretam, uma referência de São João ao governante tirânico daquela época, que era Nero. Por que o pessoal associa Nero? Em latim, as letras na língua latina
têm um correspondente numérico. E, se somarmos o valor das letras do nome "Nero Augustus", o nome de Nero, imperador romano crudelíssimo que mandou executar São Pedro e São Paulo e perseguiu São João, se pegarmos o nome "Nero Augustus" e somarmos o valor das letras, dá 666. Então, ontem era Nero, hoje os inimigos da Igreja têm outros nomes. Os perseguidores da Igreja têm outros nomes. Os tempos mudaram, mas a perseguição permanece. Os tempos mudaram, mas esta permanência deste ódio do mundo às coisas de Deus permanece. Então, muito bem, aqui é um ponto. Depois, em Apocalipse 17,
capítulo 17, versículo 18, temos lá a Babilônia, a grande prostituta, que representa o quê? O império mundano corrupto, possivelmente Roma na época de São João, mas também qualquer sistema depravado que se oponha a Deus. Qualquer sistema depravado, qualquer sistema imoral, qualquer sistema que combata aquilo que é caro ao coração de Deus é a grande prostituta e, provavelmente, São João associa a grande prostituta mesmo à Roma, que era o grande império europeu, né, naquela época. Depois, em Apocalipse, capítulo 20, versículo 22, nós temos lá o juízo final e a Nova Jerusalém. Cristo retorna como juiz, os
mortos ressuscitam, Satanás é derrotado definitivamente. E aí surge a Nova Jerusalém, uma cidade de ouro e de paz eterna, onde Deus habita com os homens. Então, o livro do Apocalipse tem uma mensagem central. Qual é a mensagem central? Cristo governa sempre e Cristo vence sempre. O mal pode fazer muito barulho, o mal pode fazer até algum estrago, mas Cristo vencerá no final. Muito bem, meus caros, nós já estamos aqui com um tempo bem avançado. Eu vou dar uns recadinhos e já vou para as perguntas. Aqui, então, de novo reforçando o recadinho do nosso lançamento de
hoje: a Alegria da Misericórdia, o livro do Beato Maria Eugênio. O link está aí no chat para vocês, né? Adquiram o presente com desconto no dia de hoje, tá joia? Usem o nosso cupom LENTE, tudo letra maiúscula, LENTE10, e vocês ganham 10% de desconto, tá bom? Estamos começando a nossa campanha de evangelização digital. Nesse mês, atingimos 4% por enquanto, estamos no dia 3 ainda, né? Comecinho do mês, 4% da campanha já atingimos. Então, se você considera colaborar com a comunidade, os meios para colaboração estão aí na tela. Se você ainda não me segue nas minhas
redes sociais, me siga lá: @rafaelponon no Instagram. E no YouTube também tem o meu canal. Tem aqui o canal da Lente Católica, que é o canal da comunidade Pantocrator, mas tem o meu canal pessoal, Rafael Tonon, onde todos os dias eu faço as meditações diárias. Este ano, a partir dos textos de Santa Teresa de Jesus, estamos fazendo a leitura e o estudo do livro "O Caminho de Perfeição" de Santa Teresa de Jesus. Se você quiser se aprofundar na sua vida de oração, me acompanhe todo dia de manhã, às 6 horas da manhã, ao vivo. Se
não quiser ou não puder acompanhar ao vivo, o vídeo fica gravado lá durante o dia e aí você pode assistir essas meditações de Santa Teresa durante, né, o seu dia. E realmente não é porque sou eu que estou fazendo as meditações, não, mas... Realmente, é um material que eu estudei há muitos anos atrás e estudo até hoje. Gosto muito dos escritos de Santa Teresa; cada vez que eu leio, eu tiro mais coisas dali. É um material precioso, um estudo gratuito que está disponível lá no meu canal do YouTube. Então, faço o convite para que você
participe, assista e beba dessa fonte da espiritualidade teresiana, e que isso seja um bem para sua vida. Divulgue também para outras pessoas! Tá joia, muito bem, é isso. Vamos às algumas perguntinhas. O Domingos está perguntando: "Professor, e as duas testemunhas do Apocalipse, quem são?" Seria Elias e Moisés? Muitos intérpretes do Apocalipse identificam como sendo Elias e Moisés, né? E outros, porque Elias e Moisés aparecem, inclusive, na transfiguração do Senhor. Mas existem, por exemplo, alguns teólogos que falam de Elias e Eliseu, né? Os dois profetas lá do Antigo Testamento. Eu fico com a interpretação de que
deve ser Elias e deve ser Moisés, porque eles apareceram, um de cada lado, né, de Jesus na transfiguração. Eu acredito que já é um prenúncio, né, daquilo que será o fim, essas duas testemunhas. A Roberta pergunta: "Professor, qual a diferença entre o fim dos tempos e o fim do mundo?" Há muita diferença e o pessoal confunde bastante. Por exemplo, o fim dos tempos, quando a gente começa a ver que algumas profecias bíblicas, algumas coisas já estão acontecendo, isso é o fim dos tempos. Sabe desde quando estamos nos fins dos tempos? Desde quando Jesus veio! Porque,
quando Jesus se encarnou há 2000 anos atrás, foi a plenitude dos tempos. Deus mandou seu Filho para se encarnar aqui neste mundo; a partir dali já começou a espera da Igreja pela segunda vinda de Cristo. O próprio São João vai colocar no Apocalipse, dizendo: "E o Esposo olha para a Esposa e a Esposa diz: 'Vem, Senhor!'" Né, Maranata! "Vem, Senhor Jesus!" É aclamação da Igreja para Jesus: "Vem, Senhor Jesus!" Então, desde a vinda de Cristo, nós já entramos no fim dos tempos. Acontece que Deus é eterno, né? Então, para Deus, um dia é como mil
anos e mil anos como um dia. Então, 2000 anos para Deus não é nada. Nós já estamos no fim dos tempos. Agora, o fim do mundo, aí é outra coisa, bem diferente. O fim do mundo, só Deus sabe quando vai ser. Pode ser longo ou pode não ser tão rápido assim. Jesus, ele deixa bem claro que antes do juízo final – aliás, é um dos sinais da aproximação do juízo final – só que essa aproximação também é relativa, porque é o tempo de Deus. Essa aproximação pode acontecer, o fato predito por Jesus, e passar vários
séculos até que tudo se conclua. Mas uma das coisas que Jesus anuncia, que é um sinal da sua segunda vinda, é a conversão dos judeus. Os judeus irão se converter e admitir que nosso Senhor Jesus Cristo é o Messias prometido e predito pelas Sagradas Escrituras e pelos profetas do Antigo Testamento. Um dos sinais é a conversão dos judeus. Então, fim dos tempos, nós já estamos nele. Agora, fim do mundo é outra coisa bem diferente, e ninguém sabe quando vai acontecer. Certo? O Anderson pergunta: "Boa noite, Professor! O arrebatamento falado por protestantes é verdade ou mito?"
Sou de Araucária, Paraná. É uma interpretação totalmente equivocada, essa coisa de arrebatamento, que não tem base bíblica suficiente. Quem é católico, corra desse tipo de coisa! Ouviu falar em arrebatamento? Você já sabe que isso não é católico. Essa não é a interpretação da Igreja. Os Padres da Igreja, como São Jerônimo, que traduziu a Bíblia, Santo Agostinho, São João Crisóstomo, São João Damasceno, né? Todos esses grandes santos que foram intérpretes nos primeiros séculos do cristianismo, Santo Irineu de Lyon, São Clemente de Roma, ninguém fala de arrebatamento. Se os homens da Igreja dos primeiros séculos, como dizia
São Clemente Romano, "A voz dos Apóstolos ainda ecoa em nossos ouvidos." São Clemente Romano conheceu São Pedro e conheceu São Paulo, e nenhum deles menciona nada de arrebatamento. Quer dizer, se estes homens que estavam presentes na primeira hora da fundação da Igreja não interpretam assim, nós seríamos autorizados a interpretar? Então, corra disso! Não é uma interpretação católica, esqueça disso. O que você tem que pensar é que você tem que estar preparado, estar com a missão em dia, estar sempre rezando, e praticando a caridade. Esses são os meios de salvação, né? Esse negócio de arrebatamento, esqueça
disso, né? É uma interpretação protestante e equivocada. Vamos ver aqui, o Wesley pergunta: "Professor, como saber o que pode ser considerado no Apocalipse uma metáfora ou uma literalidade?" O que acontece? A melhor forma de ler o Apocalipse é a partir da leitura que a Igreja faz do Apocalipse. Então, como fazer uma leitura adequada? Procure, por exemplo, os Sermões de Santo Agostinho, onde ele fala do Apocalipse. Santo Agostinho, quando fala no seu livro "Cidade de Deus" e "Cidade dos Homens", ele comenta vários trechos do Apocalipse, falando sobre o que é literal e o que é metáfora.
Então, nós temos que pegar o que os Santos Padres, o que os Padres da Igreja, os Pais da Igreja falaram, e aí a gente consegue ter uma visão correta, justa. Depois, outra questão aqui: o apóstolo João teria sido poupado de uma morte brutal, como tiveram os outros apóstolos, justamente porque estaria destinado a escrever o Apocalipse ou porque foi o apóstolo que Cristo mais amou. Jesus, aliás, profetiza que João não ia morrer como os outros, e Jesus fala até para os apóstolos: "E o que importa a vocês, se este não experimentará da mesma morte?" Aí correu
até entre os apóstolos o boato de... Que João não morreria não é isso que Jesus estava falando. Jesus estava dizendo que ele não morreria da mesma morte que os outros. Os outros tiveram de dar o testemunho da sua fé derramando o seu sangue. João foi para o martírio, só que o martírio não teve efeito nenhum sobre ele. E aí ele foi exilado e morreu idoso, né? Mas é aquele que mais amou Jesus, de fato, né? Mais uma questão: já ouvi dizer que, em contrapartida à conversão dos judeus, haverá uma grande apostasia de cristãos. É verdade,
é verdade, né? Nós já estamos vendo isso, né? Já estamos nessa época, né? Quanta gente é cristão nominal! Santo Agostinho dizia assim: "Tem muitos cristãos que a Igreja tem, mas Cristo não tem; e tem muitos cristãos que Cristo tem, mas a Igreja não tem." O que Santo Agostinho queria dizer com isso, né? Que tem muita gente que, juridicamente, tá dentro da Igreja, é católico, vai à missa, mas vive como um pagão, desobedece a doutrina da Igreja, pisoteia naquilo que o magistério da Igreja fala, né? Desobedece a doutrina da Igreja, faz um self-service que escolhe o
que quer: "Isso eu gosto da doutrina, eu vivo isso; eu não gosto, eu varro para baixo do tapete." É isso. Nós já estamos nesse tempo, já estamos num tempo em que o pessoal celebra liturgia de qualquer jeito, onde até os ministros sagrados, às vezes, acham que são donos da liturgia. Celebra a missa de qualquer jeito, celebra os sacramentos de qualquer jeito. A Igreja sempre disse: Lex orandi, lex credendi. Do jeito que você reza, você acredita. Se você reza mal, você acredita mal. Se você acredita mal, você vai rezar mal. Aí se torna o quê? Um
círculo vicioso, né? Ao invés de ser um círculo virtuoso. Então, nós já estamos vivendo esse problema hoje de uma certa confusão. De um lado, você tem um renascimento, uma melhoria na qualidade da fé dos católicos. Isso é verdade, é uma coisa de uns 10, 15 anos para cá. A qualidade de leitura, de conhecimento, de entendimento de alguns católicos em relação à sua fé melhorou muito, isso é verdade, é inegável, e as redes sociais ajudaram muito nisso. Agora, também é inegável que tem muita gente vivendo dentro da Igreja, mas como se fosse um pagão. É o
que Santo Agostinho fala: são aqueles cristãos que a Igreja tem, mas Cristo não tem. Porque juridicamente, o sujeito tá dentro da Igreja, mas vive como um pagão, tem uma vida toda atrapalhada, não obedece nada, se orienta pela própria cabeça e acha que tá certo. Então, a Igreja tem, mas Cristo não tem; o coração tá longe de Deus. Agora, existem aqueles que, às vezes pela circunstância, pela ignorância, por alguma situação, não estão dentro da Igreja, mas têm uma mente reta, têm um desejo de Deus, têm uma busca. Pode ser que esse sujeito se salve e pode
ser que o outro se perca, né? É o que Santo Agostinho está falando aí. Então, nós temos esse problema entre aqueles que deveriam viver a fé, mas nós temos, por outro lado, também a promessa de Cristo de que as portas do inferno não vão prevalecer e de que os judeus vão se converter. Então, são sinais, e esses sinais também não vão certamente se manifestar de uma vez só. Então, esses sinais vão começando a se manifestar no tempo, né? E talvez a gente nem veja isso. Aliás, é uma coisa que nós não devemos nos preocupar, né?
Se a gente vai ver isso ou não. Por quê? Porque, se estivermos na graça de Deus, cumprindo os nossos deveres (quem é casado, como casado; quem é padre, como padre; quem é religioso, como religioso), e Deus nos achar assim, nós seremos salvos, né? Nós seremos alcançados. Tá certo, vamos chegando ao fim. A hora já vai avançada! Deus abençoe muito vocês. Semana que vem nós estamos aqui. Permaneça até o final, eu vou encerrar aqui, mas permaneça aí porque você já será direcionado para o link da nossa live na semana que vem. Aí você já pode curtir
lá o nosso conteúdo da semana que vem e já mandar para os seus contatos. Deus abençoe! Tchau tchau, até a semana que vem!
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