[Música] está começando o MF cast podcast do MF Rural hoje teremos aqui a presença ilustre do sor xiro nichimura que todo mundo conhece ele pela jato mas também é um grande pecuarista tudo bom sor chiro Bom dia a todos tá tudo bom mas grande pecuarista é um erro É eu sou um pecuarista aposentado Então na verdade eu não sou grande pecuarista eu sou um aposentado que tem uma pecuária tá certo e aqui ao meu lado também Walter celan tudo bom Walter tudo bom E hoje nós vamos falar de um assunto bom que é tema da
maioria das Mesas brasileiras que é carne e qualidade de carne com gado nosso É isso aí mas eu falei grande no sentido de qualidade que você tá fazendo uma Mas é isso vamos lá Senor xiro eu queria começar lá do começo fala um pouquinho do xiro nichimura quem é o xiro desde pequenininho pra gente dar uma entrada aqui pro pessoal conhecer mais o Senhor Bom na verdade eu sou de uma família grande eh de imigrante meu pai é migrante japonês minha mãe também eh no fim acabaram se conhecendo aqui em São Paulo casaram e 1938
se eu não me engano ele pegou o trem lá em São Paulo e falou eu queria ir na última estação de trem na Paulista era Pompeia E aí o Pai desceu em Pompeia então a história toda começou aí num final da ferrovia onde tava em Constru eh o pai falava para nós Olha eu cheguei na estação uma mala uma caixa de ferramenta dinheiro para comprar um saco de arroz ponto ele não tinha dinheiro para mais nada esse é o início da vida do seu nichimura em Pompeia então começamos assim quando eu me lembro de criança
nós já vamos falar assim considerava uma classe média né tinha uma casa tinha um jipinho tinha geladeira tinha uma classe média né e e eu acho que eu me lembro disso e eu não lembro se eu tinha 8 anos 9 anos por aí Ah eu acordava cedo eh fazia o meu fazia o meu não fazia o chá porque papai não tomava café ele tomava chá preto eu fazia o chá preto e era para ele meu pai meu irmão giro e eu e mas antes disso eu tinha uma obrigação pai tinha uma gaiolinha lá no quintal
com 20 galinha poedeira então a minha obrigação com essa idade era dar ração PR as galinha cortar verdura velha lá para dar PR as galinha e tinha um acho que uma quirera de ostra que a gente punha pai falava põe essa quirera pra casca do ovo não ficar muito mole aí Tinha que pôr isso aí recolhi os ovos e aí eu perguntava no Pro café da manhã Que jeito você quer o ovo então nós tinha pão e ovo era só isso que tinha em casa não usava mante então era pão com ovo Essa é a
minha infância de criança então nós começamos lá do nada viu é basicamente assim que começamos a vida que bom e o senhor começou então quer dizer com 8 anos senhor já tinha responsabilidade já tinha e o senhor fazia o ovo do café da manhã sim fazia o ovo pro meu pai pro meu irmão e para mim E aí meu lanchinho para ir Naquele tempo era grupo não era era o grupo aí eh eu levava pão com ovo Então cara você passa um dia dois dias uma semana meses anos comendo pão com ovo pão chega uma
hora que enjoa cara eu eu eu cheguei uma hora que eu não aguentava ma cheiro daquela gema aí eu eu comecei a querer inventar alguma coisa porque eu tava enjoado do cheiro e eu fazia a compra da família Então mamãe dava duas sacolas para mim uma lista de compra e eu ia no armazém que era de um japonês aí catava as coisas e tal de vez em quando faltava alguma coisa que não tinha no armazém aí eu ia no outro Armazém pegar e e passava no açogue também um dia eu olhei assim e falei assim
o que que é esse negócio aí pendurado Olha isso aí é bacon hum e para que serve Uai você corta um pedacinho dele bem picadinho põe na frigideira e faz um ovo em cima vai ficar uma delícia tô eu lá com pedacinho de bacon no outro dia cedo fazendo meu bacon lá com a frigideira e tal minha mãe acordou que que você tá fazendo moleque eu falei uai moça me ensinou que cortar o bac bem pequenininho fritar o ovo o ovo fica muito gostoso não isso faz mal pra saúde é muita gordura pode parar pode
parar joga fora acabou o meu barato né O que ia dar o saborzinho acabou barato é aprendeu direitinho eu be sen vai mudar o gosto do meu lanche é mas e aí eu eu ouvi dizer que eu ouv sobre o senhor um pouquinho que logo depois disso lá pros 14 anos o senhor tinha o sonho já de ser pecuarista é isso mesmo não não conversa não é assim não conversa é outra vamos lá ah o pai chegou para mim um dia e falou assim é Era bom que tivesse um médico na família eu falei bom
vai saber que que é médico bom para saber o que é médico Eu vou no hospital fui na Santa Casa Tinha uns amigo do meu irmão lá e aí passei o dia inteiro na santa casa cheguei de tarde falei assim ô Isso não é lugar para mim não ou entra chorando sai rindo tá rindo que nasceu um neném sai chorando como morreu alguém falei você tá louco rapaz se não é lugar para mim não não quero ser médico aí Ah podia ser não sei o que e tal e aí eu fiquei repensando na vida o
que que é que o que que me agradava fazer porque na na verdade você com 14 anos você não tem mínima ideia das coisas Verdade mas uma coisa era certa Eh meu pai tinha comprado do terreno ali onde há jato hoje hum e ali era um sítio mas o pai só queria um pedacinho para fazer um barracão E aí o o o dono do terreno falou assim eu vendo tudo não vou vender só o pedacinho aí o pai resolveu comprar tudo mas tudo ali é uma pirambeira né pompé Cheio de de morro e mas no
fim ele acabou comprando é era 19 vque de pirambeira E aí eu falei ó acho que eu tô gostando de fazer algumas coisas aqui né E aí começamos a tirar leite eh criar porco Uhum eu criei coelho eh plantei minduim plantei batatinha plantei cebola plantava morango e ia fazendo as coisas né E aí eu um dia eu falei ah ah negócio meu acho que vai ser boi e aí falei ó eu vou ser pecuarista agora vem cá 14 anos não tem uma vaca pai não tem Fazenda eh vai ser pecuarista mas era um sonho e
eu comecei minha vida pensando nesse sonho de ser pecuarista depois eu fui para terminei o colegial fui fazer vestibular aí já direcionei para e Agronomia eu entrei no vestibular lá em Jabuticabal UNESP de Jabuticabal fui fazer agronomia lá e e é por que que eu fui para lá lá tinha estação experimental de do Instituto zootecnia de Sertãozinho do lado e muitos dos pesquisadores foram professores na faculdade de Jabuticabal e eu tive aula com eles então foi muito bom eu ter ido para Jabuticabal e foi muito bom eu ter tido professores tão bons na época do
Instituto zootecnia Então acho que o encaminhamento foi por aí eh Esse é o lado Educacional não é Uhum mas quando você vai pensar em lado de trabalho eu formei na faculdade e nessa época o meu irmão giro já era superintendente da jato e ele aplicava reduções do Imposto de Renda num projeto ah lá no Pará tá Conceição da isso aí ninguém vai lembrar mais só os cabelo branco lembra era superintendência do desenvolvimento da Amazônia chama Sudan e e e era acho que um projeto dos militar na época era e e e como a gente tinha
Imposto de Renda a pagar 25% do imposto de renda da empresa poderia ser destinada a um projeto de desenvolvimento na área da Amazônia como meu irmão aplicava isso num projeto chegou uma hora que o cara falou ó vocês já tem 51% do projeto projeto é de vocês e o cara que começou Falou vocês quiser comprar os 49 eu vendo e e sai fora do negócio foi feito assim e eu comecei minha vida de pecuarista indo lá em Conceição do Araguaia para derrubar mato e fazer fazenda então eu fui enfrentar uma coisa que poucos companheiros meus
de faculdade teria coragem de enfrentar eu fui a 2000 km da minha casa não tinha telefone não tinha celular não tinha carro com ar condicionado minha condução eraa uma Toyota Bandeirante se vocês lembrar Toyota parece Toyota hoje é um carrão ar condicionado naquele tempo cara era um Gipão era um burro bravo né era um Gipão um trem ol que lá era um absurdo mas eu ia para lá porque eu tinha um sonho de ser pecuarista e eu agarrei aquilo com unhas e dentes porque era a chance de eu capitalizar e e me tornar um pecuarista
Então minha vida começou e sabe que ano eu tô falando hum 1974 Nossa Senhora Acho que vocês não eram nascidos Não já já eu já tava grandinho eu ainda não Então essa é a história que começou lá atrás aí a aí nesse nesse ponto não eu tenho uma curiosidade Eu quero uma co o senhor falou que lá em Pompeia hora que seu pai comprou as piramba lá o senhor começou a criar porco aí já pôde colocar no ovo o bonzinho já colocou é não o porco era para vender né para fazer fazer dinheiro era era
pouca coisa eu comecei acho que era seis ou oito porcas por que que eu desisti de fazer isso aí chegou um dia apareceu lá a festa dos vendedor da jato final de ano e não sei o que e tal aí o meu irmão falou assim ó vai lá e pega dois leit ão lá do xiro aí tal tudo bem né fazer Leitão tal fazer com a festa com os cara da da fábrica da dos vendedores da fábrica e tal e eu fiquei olhando aqui falei assim legal né e eu trabalho aqui meu irmão faz festa
lá dinheiro que é bom Acabei com os porcos aí não tinha mais porco para pedir ainda tinha que dar o porco é muito bom ficar essas histórias é interessante né porque a gente mas nessa nesse ponto que o senhor falou lá em Conceição do Araguaia Foi aí que deu então o start realmente pro pro chiro pecuarista é começou por ali né mas eh só um parêntese aqui mas eu eu sei que eu tinha uma história que eu lembro que o senhor tava em Rondonópolis não era não não é a história é o seguinte lá em
Conceição do Araguaia eu era acho acho que eu era o único japonês lá lá da cidade e tinha um bispo eh Holandês que e eu acho que ele era da pastoral da terra hum na época e chegou um dia na rádio ele ficava falando a terra de Deus vocês tem que não sei o quê e todas as terras ao redor da minha fazenda foram tomadas eh pelo sem terra eu não deixei entrar na minha mas isso Com muito sacrifício eu acho você querer garantir a direito de de de posse do que você tem direito de
propriedade e sem a ajuda de ninguém e aí o Bispo instigando a turma para entrar É acho que o Bispo aquele dia tinha tomado umas e outras viu ele chegou na rádio que ele tinha uma rádio ele tinha um programa na rádio tá aí ele chegou assim falou assim Ah vocês não tem onde morar toma a casa do Japonês cara só tinha eu de japonês sério né era então um negócio assim muito agressivo para uma pessoa que tinha recém-formado na faculdade querendo vencer na vida trabalhando duro a a aí a coisa ficou chato então uma
hora eu falei ó não tá bom o trem lá aí o pai falou ó cai fora daquilo mas falei Pai o senhor pôs dinheiro lá para nós sair de lá não dá o dá a fazenda pro Bispo eu falei uai u é o senhor tá pondo dinheiro lá e vou dar de graça pro Bispo não é correto isso Eh aí eu falei eu não queria dar prejuízo pro senhor ele falou não não tua vida vale mais fica tranquilo aí eu falei bom se o senhor admitir prejuízo vender barato eu consigo E aí deu certo que
nós vendemos e Saímos de lá compramos outro projeto aqui no no Mato Grosso Isso foi em 79 certo daí e eu comecei a a frequentar o Mato Grosso em 81 eu mudei para Rondonópolis com a minha família eu minha minha minha mulher e as meninas que eu tenho quatro filhas né certo naquela época só tinha duas porque duas nasceram lá e eu morei quase 10 anos lá em Rondonópolis e foram muito bons anos vamos falar assim Para efeito de família Para efeito de negócio para efeito de eu est dentro da sociedade eh eu me eu
me senti muito bem acolhido lá em Rondonópolis então Eh eu falo que foram anos muito muito bacana na minha vida e lá nós crescemos e a parte de criação de gado aumentamos bastante eh eu eu as minhas fazendas eram longe não tinha estrada na época direito não é então se eu engordasse o boi lá na minha fazenda quando quando chegasse frigorífico frigorífico ia acabar com o boi porque tanta hematoma no transporte de gado em estrada ruim então para evitar isso eu eu e criava recriava e trazia o o boi mais para perto da estrada do
asfalto e arrendavam a fazenda para acabar de chegar a boiada e naquela época quem comprava boi nosso na na na região era Sadia hum que depois virou Sadia Perdigão sei lá mas era Sadia que comprava eu matava Lá em lá em Cuiabá foram anos muito muito bons na minha vida até que veio a doutora doutora não eu não posso chamar ela de doutora Dona Zélia Cardoso de Melo hã confiscando se os cabelo branco vou lembrar é color de Melo né aí ele confiscou o dinheiro que tava no banco de todo mundo quando eu fiquei sabendo
essa história já tinha se passar dois dias do Confisco eu cheguei da Fazenda meu contador falou assim R você tem 50 na conta falei como é que é tem 50 na conf é e o dinheiro que tava lá não congelou confiscou tudo aí eu falei bom E aí como é que a gente vai fazer Ah não sei aí liguei pro cara comprador de boi da Sadia falei mazoco e você vai comprar boi não sei e mas se você for comprar os 23 boi que primeiro que entrar dentro do frigorífico que sejam os meus porque eu
tenho umas contas para pagar aqui em Rondonopolis e é conta de posto de gasolina é da agropecuária é salário de peão é coisas corriqueiras eu sempre tinha dinheiro para dois meses de custeio eu sempre fiz isso Uhum E e aí ele falou tá bom e o preço japonês eu falei uai eu não sei você que vai ver o preço e o prazo japonês falei não sei uai você que vai ver o dia que você puder me pagar tá tudo certo tá tudo bem E com isso eu basicamente botei minha cabeça em ordem e falei bom
liga pros fornecedor nosso fala que nós somos safados sem vergonha não temos dinheiro para pagar Oí no dia que vier o dinheiro a gente paga avisa turma peguei os 50 e vim para pompeio cara a coisa a coisa aqui tava diferente na época eu tava com 13.000 cabeças de gado não 230 cabeça para mim era nada sim pagar as conta e acabou agora quando eu cheguei aqui no meu pai ele tinha 1300 funcionário na jato ele tinha 50 na conta eu falei pai sen vai quebrar como é que vai fazer esse negócio ele falou eu
não sei falei eu também não sei mas o senhor vai quebrar essa é a afirmação que eu tô falando pro senhor então ah como é que vai fazer como é que não vai fazer aí eu falei ó pai é melhor eu quebrar do que o senhor quebrar mas se eu quebrar tá tudo certo a única coisa que eu quero do senhor é eu eu tenho a condição de viver eu minha mulher e educação para minhas filhas não isso aí você acha que eu ia deixar de fazer falei tá bom tá combinado tudo certo vende tudo
que o Senhor tem no Mato Grosso porque o senhor vai precisar de dinheiro e essa foi a decisão que eu tomei junto com meu pai isso lá no final de 90 não foi 91 foi logo no começo de 91 e e e assim nós fizemos mas faz essa atitude um pouco emocional e ela tem as consequência também porque na verdade ninguém tinha dinheiro você vai vender para quem então tudo que eu vendi na época vendi abaixo do preço mas tudo que entrou para dentro do caixa da compania foi bom nós nós fomos diminuindo a companhia
que ela tava com 13 empregado no final da Ópera Ali era nós estava com 700 empregados metade diminuiu o custo fixo da do grupo e e as coisas foram ah tomando forma na época a gente tinha um pouco de exportação então o matéria prima que tinha pronta a mão de obra que tava parado usamos isso para produzir exportação e e a gente recebia uma letra de em dólares né uhum a gente ia no Banco do Brasil e falava olha desconta para nós que a gente vende exportação com 180 dia e aí o banco descontava isso
para nós e com isso a gente começava a pagar os funcionários então com isso Começou devagarinho a voltar à normalidade da jata mas foi Foi um momento muito negro da minha vida e foi foi muito muito difícil eu saí de chiro o xiro do Mato Grosso para de 13.000 cabeça né e e eu virei um Jão um Jão ninguém aqui na jato então Eh eu falo que só faltou lavar banheiro que o resto eu fiz tudo então e foi um momento assim de transição eh muito chato muito ruim eh tanto para mim para minha família
minha família eu minha mulher minha mulher teve depressão minha filha brigou comigo virou um negócio doido e nós irmãos na na na condução da jato foi uma brigaiada daquelas fenomenal então eu aconselho a vocês não fazer isso não porque foi muito ruim n faz parte da vida mas isso é uma interess an que o senhor pegou tudo que o senhor tinha e foi lá para ajudar seu pai para reerguer o negócio dele que nem você falou larguei tudo fui lá conversei com meu pai meu pai me falou não garantia estudo das meninas educação e minha
família e eu largo tudo porque é melhor eu quebrar e deixar o senhor e continuar com a empresa com o seu legado isso é uma coisa é um desprendimento muito grande que é não é qualquer um que faz um safo Esse é um sacrifício que eu e quando você tá num processo desse você tem que fazer opção e a minha opção nesse processo todo foi pela família e não pelo meu negócio se eu tivesse sido vamos falar assim não é orgulhoso egoísta eu falava vocês se viram aí porque eu tenho 13.000 cabeças de gado eu
vou viver minha vida ah poderia ter sido assim mas eh eu com a minha formação dentro da minha casa pelos exemplos do meu pai eh eu optei em falar assim vamos ficar junto e vamos resolver esse negócio junto e tentar organizar a vida do meu pai então basicamente é olhando foco família então eu acho que Esso foi um um negócio meio duro para mim mas eu tive que desmanchar meu sonho não é E isso não você quebrar desmanchar um sonho que você eh batalhou tanto na vida e de repente virar um virar pó é é
dolorido mas fez parte da minha vida eu não arrependo por ter feito isso não e nós sabemos o resultado final disso né que foi sucesso depois mas no no momento senhor fala tem a família Só que nesse momento o senhor tinha duas entre aspas duas famílias né a família de origem de origem seu pai seus irmãos e a sua família que nem o senhor disse Senhor corrigiu essa família mas essa daqui não foi fácil eu imagino porque é uma decisão que o senhor falou teve conflitos internos com o senhor né que o senhor colocou em
risco essa outra sua família né mas eh quando você tá no meio de um um ambiente ruim aonde tem brigada todo dia eh eu sou um cara muito sensível assim emocionalmente e e quando você tá num ambiente desse você chega em casa você traz carregando toda essa esse conflito para dentro de casa e algumas vezes minha mulher olhou para mim e falou assim é hoje e não dá para conversar com o japonês né eu falei não dá não eu tava tão tenso tão im Eh vamos falar assim transtornado não é transtornado é você tá com
pepino você não sabe como resolver e você não tá preparado para resolver porque eu não eu não sou psicólogo Eu não eu não não tive nemuma preparação dessa então ah a vida ficou muito ruim e e eu f ficava no meu tentando remoer isso para ver se achava alguma saída então Eh isso isso fez parte do do da da minha preparação como gente eu acho que eh foi muito duro eu acho que paraa minha família foi muito duro mas hoje nós já superamos ISO tudo já tá tudo certo minhas filhas estão encaminhado eu na época
eu eu eu já falava para ela eu eu tenho quatro filhas então eu falei olha eu já trabalhei dentro da jato trabalhei duro eh eu acho que vocês meninas voltar para trabalhar na jato Acho que vocês não vão ser feliz então o que é que eu procurei fazer como pai nós fomos procurar o teste vocacional para saber o que cada filha tinha eh facilidade de aprendizado aonde ela se sentiria bem e eu falei cada um cuida da sua vida e vai procurar a sua educação o seu trabalho a sua vida e eu não tô querendo
Que vocês voltem a ser executivo então Eh isso aconteceu na minha família e cada um tomou o seu rumo e olhando hoje eh eu acho que foi uma decisão acertada que nós fizemos lá atrás quando fizemos vocacional cada um que tá na profissão tá feliz na profissão tá sendo produtivo pra sociedade e e e e tá tá contribuindo Eu acho que o o mais importante é o que você tá fazendo Tá tá melhorando a vida de alguém ou tá fazendo alguma coisa para alguém isso tá bem paraa tua família e então em função disso eu
eu eu falo que a decisão que eu tomei foi correta sem dúvida e e e a gente já sabe da história e realmente foi correta mesmo né hoje né Mas voltando um pouquinho só para eu nós somos eu também tenho o MF Rural é uma empresa familiar e eu sei que a gente tem irmãos e as ideias às vezes não bate e todos São donos e todo mundo quer dar sua opinião e são opiniões fortes né e o senhor teve lá atrás também eu eu lembro da história dos seus irmãos e o seu pai acho
que tinha um amigo japonês que veio para como é que Conta essa história pra gente para conciliar né e e então o coler de Melo começou 91 final de 90 91 essa história aí do Japonês foi 93 tá meu pai viu que o pau ia quebrar a briga entre os irmãos estava num ponto insuportável E aí ele chamou um amigo dele esse cara era executivo de uma empresa lá no Japão e era amigo do pai e ele chamou esse senhor para vir aqui tentar apaziguar a família e esse cara veio e ficou eu não sei
quantos dias ele ficou aí duas semanas três semanas ele pegava cada filho e ia falando e falando e falando e falando enquanto ele não eh receber um sim de cada filho falando que não ia separar ele não foi embora não é existe uma foto lá no museu em que todos os irmãos estão com a mão empilhada assim e esse senhor tá lá junto essa história foi uma coisa que é muito forte porque eh quando você tá na briga é é complicado a briga é complicado É eu sei eu faço eu deixo co chuto eh e
aí eu falo para vocês o quando o eu aflora o nós vai sumindo se você quer continuar empresa o nós tem que subir e o eu tem que abaixar senão não dá certo nada dá certo então esse senhor falou vocês vão jurar para mim que vocês não vão separar Isso foi uma coisa que meu pai deu de encomenda para ele falando ó enquanto você não fizer isso aí não vai dar certo então existe essa foto histórica e essa foto histórica era um juramento entre nós irmãos e o pai junto e esse senhor junto falando nós
não vamos separar pode brigar mas não pode separar na na verdade foi o lado certo de tudo isso mas para sair da onde nós estávamos para criar um ambiente nós demorou hein e nós não demos conta sozinho a família em si querendo resolver o problema achando que o problema era da nossa família nós só aumentava a brigalhada aumentava me deu úsa né Gente eu eu úlcera é nervosa então eh a que nível Nós estava de tensão Era um negócio muito muito maluco então nós chegamos a conclusão que só nós não ia dar conta de arrumar
a casa então começamos a procurar fomos procurar uma consultoria lá em São Paulo que era o top do Top nós fomos lá de terno gravato os irmãos e tal aí o cara falou assim ó po arrumar tem que fazer assim assim assim assim assim assim nós saímos da sala falamos Não é esse cara que vai ajeitar aí o giro Meu irmão tinha um cara que era amigo dele e aí chamou esse cara E aí nós começamos conversar falou uá o Renato vai dar certo ó Então vamos Então vamos começar o trabalho com o Renato fo
foi um ano e meio um dia por mês aqui no San Vale nós fechava numa sala e começamos a escrever o acordo de acionista mas o Renato era tão sábio mas tão sábio que ele ia ah despressurizado a brigaiada porque nós estava focado escrever algumas coisas e chegava no nível assim não essa palavra não tá certo põe a outra ah Esso aqui a vírgula tem que ser para lá ah não sei o que para cá e sabe o que que nós esta fazendo o dia inteiro nós esta conversando e o Renato provocou isso de e
e e essa história de conversar foi despressurizado a panela de pressão Nós estava para quebrar quebrar o pau e aí com essas reuniões nós fomos diminuindo as tensões E aí começamos a escrever escrevemos seis páginas do acordo de acionista quando eu mostrei essas seis páginas para a terceira geração deixa eu explicar que é geração vai seu nichimura fundador Prime primeira geração os filhos do fundador somos nós segunda geração e hoje existe a terceira geração que são netos do meu pai quando eu mostrei o acordo da segunda geração para a terceira geração eles deram risada mas
isso aqui não não eu falei você olhou e você não gostou terceira geração você olhou e você não gostou mas esse acordo de seis páginas Valeu pra nossa sociedade 20 anos 20 anos nós nunca furamos nenhuma vírgula do acordo então se você você olhar pro lado do advogado Ah isso é um papel de padaria se você olhar pro lado da moral aí sim isso tem valor nós não pulamos uma palavra uma vírgula portanto Esse foi o acordo da segunda g o acordo da terceira G que era meus minhas filhas meus sobrinhos eles demoraram 2 anos
e meio qualquer coisa assim aí quantas páginas deu 45 então muito mais detalhamento muito mais não sei o qu mas eu diria que o que nós fizemos para nós irmãos e tinham um efeito acho que é moral né é moral ética é é era uma coisa que era era um acordo um uma coisa que nós respeitamos aquilo Valeu então não interessa como é que você vai fazer teu acordo desde que ele tenha o fio do Bigode ali tá tudo certo é isso que acho que cada cada um tem que fazer com relação a esse negócio
da da briga Tem um ditado que o senhor fala como é que é casa ah é casa que falta pão todo mundo briga ninguém tem razão isso aí é é é líquido e certo mas eh tem que tomar cuidado tem que tomar cuidado e agora só para terminar essa historinha daqui que eu uma vocês vocês irmãos um dia estavam em reunião decidindo quando se aposent se aposentaram conta isso daí pra gente Essa é boa o Renato eh falou assim olha Eh agora que vocês já estão em paz eh era bom também que e e vocês
são todos executivos Era bom que a gente estabelecesse quando aposentar e como aposentar uma das coisas que nós fizemos lá atrás eh quando fosse aposentar tivesse não aposentadoria do INSS né hoje eu nem sei É isso mesmo eu eu paguei durante 20 anos 20 anos não 35 anos eu eu pessoa física paguei relativo a 20 salário [Música] mínimo nas últimas contas que eu fiz eu tava recebendo não sei se era três se era seis salário mínimo mas eu paguei 35 anos se eu paguei 35 anos 20 salário mínimo correspondente a quando eu aposentasse se a
coisa fosse séria eu deveria receber 20 salário mínimo só que não meu meu rendimento foi reduzido e então se eu quisesse manter o meu padrão de vida em cima dos da minha aposentadoria hoje negócio ia ser difícil então eh nós procuramos Bradesco na época e fizemos a previdência privada para nós irmãos aposentar Então hoje eu tenho minha aposentadoria pelo I SSS e é complementado pelo Bradesco então eu hoje eu se eu trabalhar bem se eu não trabalhar Amém eu vivo do mesmo jeito então Eh Esso aí foi foi uma história de 20 anos né daqui
20 anos quando você aposentar como é que você faz isso aí aconteceu na nossa família então todo mundo tem o os seus proventos mensais tá tudo tranquilo não tem problema a história de a gente aposentar 72 anos não existe na história 72 anos caiu da onde esse negócio um dia nós estava com o Renato conversando como é que é a história de aposentadoria E aí o pai entrou na sala Ô o que vocês conversando aí ô pai eh nós vamos fazer o acordo quando quando que a gente tem que sair da gestão e e o
acordo nosso era 65 anos Qualquer um diretor da empresa da família nimu ura tem que aposentar Sai fora da gestão e quando fizer 70 anos Sai fora do Conselho aí O pai olhou assim ô você estudo vagabundo aí caramba como é que é esse negócio agora e aí um Olha pra cara do outro fala assim ah um Pou mais de 2 anos então justificativa para 72 anos foi isso mas não tem justificativa né Isso é é muito boa essa Ah Põe mais dois anos ele tá p mais dois anos aí mas eu tenho que ri
sobre um outro fato meu pai começou o sonho dele da fundação suj n chimura com 70 anos então ele tinha um sonho de criar Fundação e em cima dessa Fundação Ele viveu mais 30 anos e foram os melhores 30 anos da vida do meu pai então falar assim ô vagabundo ele tava começando o sonho dele vocês querendo aposentar né parar Justamente na hora que eu tô começando então é esse esse é o é o ambiente que tá quando nós falamos da aposentadoria mas meu pai tinha esse sonho e Ele viveu o sonho e foi um
sonho bonito esse sonho foi uma certa gratidão com o Brasil né ô é é porque ele falou assim em nenhum país do mundo eh um emigrante eh pobre igual ele chegou faria o que ele fez ele tava muito agradecido ao Brasil porque o os brasileiros apoiaram a ideia do Imigrante ajudaram eu eu lembro de ah teve tem uma máquina lá no museu lá que é tem um nome Castelo Branco aqui lá foi uma concessão que o governo federal fez porque meu pai queria comprar um importar uma máquina alemã e na época existia uma regra se
você quer importar essa máquina você tem que depositar o valor dessa máquina no banco central meu pai não tinha dinheiro para duas máquin aí foi lá falar o Presidente Castelo Branco que ele precisava da máquina e aí foi justificar por ele queria importar a máquina Castelo Branco tinha origem de eu não sei se o pai dele tinha Fazenda se tinha sítio mas ele é do Meio Rural a infância dele na hora que ele entendeu que a tecnologia que meu pai ia trazer era plástico e que plástico não tinha corrosão com o produto químico que usava
na lavoura E com isso protegia o agricultor Celo Branco assinou na hora então ele fala assim aonde em qual país do mundo que um imigrante tem chance de falar com o presidente da república e ganhar uma concessão nessa magnitude ele falou assim isso não existe em lugar nenhum no mundo então meu pai era muito grato com isso quando foi fazer cedeiro de café tinha um secretário da Agricultura que era amicíssimo do meu pai falou o senhor vai fazer a colhedeira falou mas eu não tenho recurso não mas o senhor vai fazer a colhedeira e o
Governo do Estado de São Paulo já tava num projeto pensando na colhedeira E aí Ele trouxe esse grupo para dentro da jato e trouxe financiamento para dentro da jato E aí permitiu a jato trabalhar para produzir uma colhedeira de café demoraram quase 20 anos não como é que é não 7 anos o projeto ora qualquer indústria que vai fazer um negócio que demorar 7 anos ele desiste uhum não dá para ficar investindo assim você investe investe investe não vê retorno mas não meu pai foi persistente porque tinha que atender o pedido do secretário da agricultura
do Estado de São Paulo a pedido de ele fazer uma coisa que o Brasil seria diferente na na produção de café café no mundo inteiro é colhido à mão aqui no Brasil é colhido à máquina o custo de produção do café no Brasil por causa da colhedeira é bem melhor do que os países que colhe a mão tem diferença tem Ah o cara que colhe lá na Colômbia lá não sei o que e tal mas é manual ele não consegue no preço a preço no mercado internacional brigar com a gente então esse trabalho do pai
fazer mas o governo ajudar ele falou em qualquer país do mundo isso não acontece não não não tem fundamento então meu pai sempre foi muito grato a o povo brasileiro porque o povo brasileiro é composto majoritariamente de gente boa é esse é o fundamento quando ele quis fazer a fundação ele falou eu tenho que devolver um pouco do muito que eu ganhei e foram os 30 anos da vida do meu pai que ele investiu na Fundação qual era a moral da história ele falou assim eu tenho que devolver pro cultor o pegar o filho dele
preparar ele e devolver para ele ajudar o pai ele fala assim japonês fez tudo errado aqui na nossa região pompé Marilha Bastos Qual é a função do Japonês aqui era japonês verdureiro filho Doutor quanto sacrifício que foi feito pelo agricultor japonês aqui na nossa região para estudar o filho para ele ser médico para ele ser engenheiro para ele ser advogado para ele ser qualquer outra coisa mas não para voltar a ajudar o pai o pai enxergou isso como um defeito ele falou tem que corrigir então quando ele fez a fundação ele tentou trazer pra Fundação
filhos de agricultores de tal forma que ele preparar esse cara para voltar pra fazenda ajudar o pai Esse era o Obrigado Brasil que meu pai desenhou com a fundação suj nichimura que fantástica história é fantástico a maneira de pensar que ele não tava pensando só em um processo educativo não é Na continuidade de uma atividade pelos filhos é é isso que eu achei mais importante que ajuda muito nessa questão de hoje o jovem querer sair do campo e ir pra cidade né para permanecer o jovem no campo né Essa hoje hoje o cara para voltar
para a gente chama para roça cara a tecnologia tá tão alta tão alta que não dá para o cara não estudar se ele não estudou ele não consegue usar a tecnologia aplicada paraa agricultura ou para pecuária P qualquer coisa hoje eu tô entendendo que o cara quer voltar pra roça vai estudar e estudar muito é isso aí é inverter o processo então se ele quer ser bom continuar no negócio se o pai dele tem um patrimônio ele tem obrigação dele se preparar para quando voltar a ajudar o pai seja um cara competente eficiente produtivo é
isso E falando em tecnologia agora nós vamos falar um pouquinho de carne da Carne nelon a tecnologia o ultrassom que que o que que o senhor vê com ultrassom a tecnologia ultrassom na carne ela é uma tecnologia hoje indispensável eh 10 ou 10 a 11 anos atrás Um amigo meu que chama Irineu Gonçalves filho que era juiz da AB ele falou chiro você precisa conhecer dout Liliane dout Liliane é lá de prudente e o Irineu também é de Presidente Prudente E aí eu entrei em contato e a dout Liliane foi lá na minha fazenda e
e ela usa um Sabe aquele aparelho que você leva sua mulher grávida para saber o sexo do filho aquele Ultra é ultrassom aquilo uhum o aparelho que nós usamos na vaca é o mesmo só que o o leitor vamos falar assim eh é diferente de olhar sexo de criança com uma vaca Então a as os instrumento de observação são maiores e tal mas o aparelho é o mesmo e nós conseguimos identificar via ultrassonografia algumas qualidades dos animais Hoje nós estamos muito focado em AOL vai falar a não não vai entender a o seguinte ó quando
você corta uma bisteca aquele aquele redondo que tem dentro de uma bisteca Aquilo é AOL Aquilo é o contrafilé é do animal é uma medida que usamos com ultrassonografia é você faz a ultrassonografia da vaca e você vê isso aí depois você vê aquela cobertura de gordura da da bisteca por a gordura de fora ah mais exemplo mais típico quando você come picanha aquela gordura por cima da picanha aquilo a gente chama de egs e e é a gordurinha por cima da Carne Qual é a função da gordurinha por cima da carne e quando o
frigorífico abate o animal Ela joga dentro de uma câmara fria para esfriar a carcaça rapidamente se você tem essa cobertura de gordura a carne não se contrai rapidamente e aí e você melhora a qualidade da carne se não tiver a gordurinha O frio vai chegar tão rápido na carne que ela contrai quando ela contrai a carne fica dura então tem esse então é AOL que nós falamos que era o tamanho do contrafilé o egs e o marmoreio é uns filetinho branco que tecnicamente são adipócitos que fica no meio da Carne por exemplo do contrafilé Então
quando você pegar um contrafilé do jeito que nós estamos falando você vai ver ela cheia de pequenas linhas brancas dentro da carne Quando nós estamos falando Carne de qualidade nós estamos falando tudo isso não é só marmoreio tem que ter a o egs marmoreio se você tiver tudo isso organizado equilibrado quando você fizer o teu churrasco aquela gordurinha entremeada ela permite você você sentir a maciez da Carne porque aquela gordurinha derrete então a carne fica mais macia para comer outra coisa aquela gordurinha entremeada ela não faz mal pra saúde ela é ômega3 então quando você
põe na churrasqueira ela derrete e você vai comer e vai fazer bem pra tua saúde o que não é para comer é aquela capa da capa da Picanha né ali ali a coisa é mais complicadinha Então tira capa da Picanha mas Carne de qualidade é necessário também ter esse entremeado essas AD depostos Ah para a gente falar em qualidade de carne eu tô nesse projeto faz 11 anos e e Considero que eu já tô na terceira geração de de animais então cada 3 anos 3 anos e meio vamos falar uma geração de Eh vamos falar
avó mãe Neto né filhos né Então vem Três Gerações em Três Gerações eu já cheguei ao nível de melhoramento em questão de ao GS marmoreio a d Liliane fez a última avaliação agora esse mês de março e nós nós tivemos um avanço eh a não ser o peso o peso não foi o peso foi 40% mais mas o restante de a egs marmoreio basicamente nós aumentamos 80% Nossa então Eh dá para fazer melhoramento genético dá dá para medir dá eu acho que tem muita gente fazendo melhoramento genético de outras formas principalmente estatísticas e e eu
uso também a estatística mas a estatística não manda no meu acasalamento quem manda no meu acasalamento é ultrassonografia porque eu procuro correção nesses três itens que aparecem da minha ah análise de ultrassom é a medição na medição aonde eu tenho que melhorar eu vou procurar um animal exacerbado nisso e eu tento acasalar com ele para ir subindo a régua e isso tem sido muito bom e o a consequência disso tudo é que meu gado tá mais produtivo o que eu falo meu gado mais produtivo é o seguinte o cara que comprar meu touro comprar sê
do meu touro ele vai ter um bezerro mais produtivo quando você fala em AOL AOL é o seguinte se você tiver a grande no teu boi de abate quando você pesar o animal na fazenda e depois no gancho do frigorífico normalmente Hoje os cara 54% 55 coisa desse tipo então cada 100 kg 54 kg é carcaça do boi que tá passando na balança ou 55 quando é ótimo do meu gado isso eu tô falando do meu gado é quem usa da minha genética eu já tive comprovação de 58% de rendimento de carcaça no frigorífico que
tem uma fama danada de faca 3% a mais de rendimento de carcaça é muita coisa é muito dinheiro e nós estamos falando que nós vamos perseguir isso e nós vamos conseguir outro dia um amigo meu matou uma novilha novilha é 50% ele tava com 61 O que que tem diferença do 50% 61 genética genética não tem outra coisa e essa genética já é presente hoje só que pouca gente se atende a a a a entender o que é que fez essa diferença então eu falo a novamente a egs e marmoreio equilibrados mais altos eu eu
subo a régua todo ano para para chegar no que tem que chegar falando em 58% é bom bom mas e os americano 63% nós temos que melhorar o nosso nelor mais 5% é um trabalho desgraçado gente eu demorei 10 anos para chegar na onde eu cheguei e ainda nós temos mais 5% para melhorar então Eh eu não tô fugindo da raia dá para fazer Uhum se eu vou tá vivo não sei mas que dá para fazer dá a metodologia já existe o instrumento de fazer isso é a ultrassonografia de carcaça e já tá disponível o
mercado é possível de fazer Estamos fazendo outra coisa nós estamos procurando animais com maciez de carne o marmoreio ajuda mas não é o único tem um negócio de fibras os americanos já descobriram isso calamento né exatamente e é onde nós estamos começando a nova pesquisa então na pesquisa paraa frente nós já sabemos tem que aumentar o AOL já tá bom tá bom mas dá para melhorar com com responsabilidade de maciez ainda nós estamos engatinhando mas nós já sabemos que existe laboratório para fazer eh a história do calamento para saber quantos sei lá quilograma para para
fazer o o corte da Carne isso já existe nós Já começamos a procurar nós já sabemos algumas linhagens do Nelore que já dá isso mas ainda estamos engatando gente não dá para falar muito tem muita variável né seu chiro quer não é só essa força de cisalhamento aí que é a força que você faz para romper a fibra né para poder é a mordida né é a mordida que o sujeito tá para poder ter quanto menos resistência mais uma coisa que eu tava conversando uma vez com Sérgio fler lá em Campinas ele é um especialista
na área e ele falando que o tempo de maturação da Carne também interfere muito na maciez que alguns dias a mais podem ou não dar mais maciez a carne então é muito interessante é e é muita variável né seu xiro não dá para não é de uma hora pra outra né Não mas Estamos descobrindo Estamos descobrindo eu acho que como o projeto tá tá encaminhando legal projeto é o Confraria da carcaça né do Nelore do Nelore e e e esse o que uma coisa assim todo mundo fala ah maciez qualidade de carne hoje ah tem
que cruzar para fazer isso o nelor tem uma coisa que é um pouco você vai conseguir chegar numa Carne Legal do Nelore só que ele tem uma coisa diferente que é o é é tipo o terro da carne que nem diz o Barcelos fala isso Barcelo falo Barcelos Roberto Barcelos é um cara que é meu amigo mora em Botucatu e esse cara é um dos experte em carne eh e e ele fala que a carne do Nelore tem um terroá e outro dia nós estava lá em Sinope e ele pegou uns pedaços de carne de
outras raças que não n lóri e nós fomos para churrascaria e pedimos por cara da churrascaria preparar a carne para nós comer a carne em si estava boa macia mas faltava aquele gostinho do Nelore Nelore tem um o sabor que eu falo que que aroma alguma coisa assim ele é diferente o Nelore tem isso essa qualidade nós queremos preservar ela no Nelore porque o Nelore come capim o que o Barcelos fala é que o sabor selvagem da Carne vem do Capim se nós for estudar o capim que nós usamos no Brasil não é do Brasil
é da África é braquiara veio da África colonhão veio da África o o Jaraguá veio da África então nós estamos importando gramíneas popularizando aqui no Brasil porque deu muito certo e nós estamos tendo um resultado que é uma consequência da alimentação que nós estamos dando pro gado que tá dando sabor na carne do nelor isso aí é fato meu primo japonês veio aqui e lá no Mato Grosso nós servimos para ele um pacu peixe ele começou a comer falou assim Hum eu vi que ele não gostou e raru O que foi teu peixe fé fé
de Barro ah a gente não percebe isso a delicadeza doade o paladar do japonês para peixe é um negócio doido então eu falei então pera aí deixa eu eu tinha eu tinha feito a a outra a regra B né É aí eu eu tinha posto uma picanha lá no deixei meio alto no na churrasqueira aí trouxe a painha e tirei uma fatia e pus no prato dele aí ele falou assim chiro faz favor tiro o prato talher me traz tudo nov Tá bom então pôs um prato Limpo talher Limpo traz a carne era uma picanha
nem tinha Aquela capa de gordura nada era uma novilha que quebrou lá na fazenda Hum eu não escolhia novilha não ela quebrou foi um acidente Eu aproveitei ela e trouxe PR casa a picanha tinha 1 kgo e pouquinho servia carne para esse meu primo cara era ele e o outro japonês comeram 1 kg de picanha e eu falei ó Gostou hein passaram uns TRS anos eu fui pro Japão aí o Haru me levou na churrascaria lá em Osaka aí estamos lá na churrascaria mas Churrascaria japonês é já viio né Aí ele falava assim e aí
gostou rapaz se eu falasse que eu não gostei e eu seria mal educado no Japão você não pode falar isso eu falei é diferente raru É eu sei você não gostou agora vou te dar um peixe bom para compensar aí aí a conclusão seguinte ele falou assim ele era diretor da televisão japonesa estatal n não sei o qu sei lá é é é uma televisão estatal ela é um monstro e esse cara éa diretor lá dentro e aí ele falou ó já fui paraos Estados Unidos já fui pra Europa já fui pra África do Sul
já fui para Austrália mas picanha igual aquela da tua casa ó não tem não até hoje eu sinto o cheiro O daquela carne inigualável ora isso é o depoimento de um primo meu mas ele não é Brasileiro é japonês cara e um cara graduado ele sabe comer bem um cara diretor da da da televisão japonesa lá ele deve ser aquele cara Gourmet né negócio assim coisa chique e um crítico honesto né porque ele falou do peixe foi bem honesto quando falou que não gostou e quando Gostou né tem que levar em consideração né E esse
Então deve ser o esse sabor que ele tá falando deve ser o terroá que o Roberto Marcelos tá falando Provavelmente porque o cara igual ele que roda o mundo e e falar assim uma coisa que o Roberto fala para nós o sabor não retrocede você não volta para trás você vai paraa frente se ele tem guardado o sabor da minha picanha é porque aquilo emocionou ele aquilo foi uma coisa que foi agradável pros sentidos dele ficou gravado no cérebro você não ficou gravado em lugar nenhum é na na cabeça então eu acredito que isso é
uma coisa que nós temos e nós temos que aprender a saber explorar isso que nós temos então no meu entendimento o trabalho que eu tô fazendo junto à Confraria é exatamente a entender o processo e transferir esse processo pro criador de gado normal nós somos criador de po aí eu quero o cara que é criador de gado para fazer bezerro esse meu amigo que fez essa última degustação ele é ele usa toda a genética da da da minha fazenda ele abateu 40 novilhas e nós fomos fazer a degustação de partes dessas novilhas Maravilha Conclusão o
que nós estamos fazendo reproduzido ao campo tá dando certo e o final da Ópera o consumidor vai ficar feliz então mais do que tudo que nós estamos fazendo é dentro da Confraria era produzir a melhor carne possível para deixar o nosso consumidor feliz esse é o é o é o propósito da Confraria e nós estamos trabalhando duro nisso E aí eu posso estar enganado mas isso aí pode ser não e deve ser um grande mercado pro Brasil por ninguém vai ter competição com o Brasil de criar o nelor no pasto que é o capim o
o gosto selvagem que nós estamos falando ninguém vai ser competitivo né com o Brasil e se a gente conseguir mostrar isso esse sabor para Esses pessoal que Óbvio a maciez é importante mas se eles conhecer esse Sabor da Carne brasileira criada no pasto nós vamos ter um mercado que é único é único né Olha eu já andei bastante lugar do mundo na Europa eu fui lá lá uma vez eu falei eu queria numa fazenda de vaca aí fui numa fazenda de vaca cheguei lá negócio pequeno tinha um barracão entramos lá dentro do Barracão tinha 30
vaca e uma senhora lá cuidando das vacas eu falei ué mas essa é fazenda de vaca é 30 vaca 30 vacas para nós é uma Chacrinha hum aqui para você ser pecuarista você não se não tiver umas 200 300 vacas você não vive dela então na Na verdade acho que ninguém tem a a largueza do país igual o nosso aonde eu falei eu não sei quantos quilômetros eu andei Mas eu andei de aviãozinho eu falei para você era 10 horas 10 horas e30 é de aviãozinho a 300 km/h não e tudo isso cabe Nelore em
tudo isso se eu fizer essa viagem na Europa eu teria saído de Portugal eu não sei se eu tinha chegado em kieve mas tava pertinho É verdade não é certo é certíssimo então o Ultimamente eu Eu Tenho pensado na vida o que nós somos não é e o que nós somos como o Brasil é que nós somos um continente lá é Portugal pequenininho Espanha pequenininho Itália pequenininho tá tudo pequenininho tudo um monte de pequenininho E aí esses pequeninin vão competir com a gente não vai tem como eles não tem chance não é você tá vendo
isso no café o cara não tem chance de brigar com o brasileiro no preço do café aí de repente você fala assim ah e o açúcar ora açúcar nós temos aqui também a mecanização completa Você tem o custo de produção nosso Imbatível eu tive em Cuba o cara produzia 30 Tonel de cana por hectare se o cara produzir 90 Tonel de cana por hectare ele tá aqui quase no break even 30 Tonel não já era morreu vai chupar a canana né então então nós temos a largueza do país nós temos sol o ano inteiro outros
lugar tem neve nós não temos Neve a não ser lá no sul para turista para turista e e e e esse negócio de falar assim mecanização o brasileiro é muito criativo Então tá tendo essa chance de fazer as coisas então quando a gente tem esse país do jeito que é na largueza do do que é hum gente falar em soja o americano já tá chorando porque nós estamos brigando com ele no milho Nós já estamos chegando lá não é aí esses dias eu tô olhando bastante a turma do algodão Nós já estamos lá chegando lá
com a tecnologia absurdamente alta o agricultor brasileiro é muito bom ele aprende as coisas com rapidez ele absorve a tecnologia com rapidez e tem outra não tem preguiça para trabalhar Brasil é bom Brasil é bom por causa disso tem terra e tem gente e tem clima então tudo isso faz parte de um de um projeto que nós temos pela frente que que que eu vejo que nós vamos ser imbatível lá na frente não tem como dar errado né Tem tem é só errar a gente não erra a gente eu acho que a a a a
Preparatória de próximos agricultores ele tem que ser um cara bom ele tem que ser um cara estudado ele tem que ser um cara aberto à tecnologia isso o que tem que ser mas isso tudo já existe aqui no Brasil então a única forma de fazer as coisas é deixar a turma desenvolver eh eu tive em país comunista é muito chato é muito ruim eh um país dirigido eu Eu não eu sou contra isso deixa a criatividade rolar deixa a ambição do cara porque o cara que foi pro Mato Grosso que eu conheço os cabelo branco
lá chegaram igual eu na Toyota Bandeirante num num tratorzinho 265 e não sei o que e tal e hoje eles são o que são eu falo isso tem tudo a ver tem ambição tem o cara saiu lá do Rio Grande do Sul tinha 20 ha el se ele tem 20.000 ha hoje e é em razão ao trabalho próprio oportunidade que apareceu na vida e ele e ele se beneficiou disso então Brasil é muito bom tem gente que quer fazer e faz e faz acontecer tudo isso faz parte do que nós queremos pro Brasil paraa frente
o que vocês estão vendo hoje dentro da Fundação sun nichimura é a preparação da de gente do Futuro nós estamos falando gente do Futuro nós temos o curso com a Fatec lá que é mecanização de agricultura de imprecisão depois Big Data do agronegócio isso é preparação para o futuro nós estamos falando o cara agricultor vai ter que ser bom nisso ele tem lugar para estudar vem aqui tá aqui em Pompeia quando nós estamos pensando na jato nós estamos pensando na jato futuro a fundação nós começamos fazer o convênio com Senai a razão de buscar o
SENAI é o seguinte eu tava estudando Coreia do Sul por que que Coreia do Sul saiu da posição de acho que era igual nós 30 anos atrás e virou potência mundial dentro do orçamento Federal da Coreia do Sul 19% do orçamento era educação olhando o orçamento nacional brasileiro é quatro quatro e pouquinho nós estamos muito longe da 19 Então o que é que nós pensamos vamos fazer pelo menos pro lado micro microrregião e trouxemos o SENAI para dentro da Fundação para preparar jovens para trabalhar dentro da indústria com isso nós estamos falando nós vamos equiparar
o trabalhador brasileiro com o trabalhador internacional elevar o nível né elevar o nível de educação assim a gente vai construir uma empresa competitiva globalmente então no fundo no fundo tudo isso faz a gente pensar como é que como é que nós vamos fazer o Brasil do futuro eu acho que o que nós estamos fazendo é tudo micro é tudo pequenininho aqui Pompeia 20.000 habitantes é um negócio pequenininho mas nós estamos com a visão do do mundo e trazendo a visão do mundo nós estamos falando precisa fazer algumas coisas e essas algumas coisas nós estamos dedicando
parte do lucro da nossa empresa para a Fundação Para nós pensar como é que nós vamos ser no futuro basicamente é isso é uma coisa seu seu chir falou uma coisa muito importante hoje porque antigamente as famílias mais abastadas Ah tinha um dinheiro e tinha um um um filho que não não era muito aplicado nas outras cois Ah mandei pra fazenda Ele toma conta lá na realidade tava só hoje não que o senhor falou você quer ir pra fazenda você vai ter que tá preparado para poder enfrentar é tecnificado é entendendo de tecnologia que cabe
tudo na Fazenda hoje hoje você põe uma máquina de TRS 4 milhões na mão você não pode botar na mão do analfabeto é isso né e ele ganha melhor por causa disso então é uma coisa que o Agro tá n outro nível que o pessoal precisa entender é eu acho nós estamos chegando aqui no finalzinho esse papo aqui ia demorar podia levar umas Du 3 horas né Valter podia fazer alguns Capítulos isso aí ficava muito interessante mas eh seu xiro assim e eu particularmente para mim é uma honra muito grande de est aqui com o
senhor porque eu sou daqui de Marilha e sempre cresci ouvindo o jato ouvindo as histórias né e e uma empresa familiar E aí a gente também tem uma empresa familiar então a gente eh procura se espelhar em coisas que deram certo pra gente trazer esses essas coisas para dentro da nossa empresa também e eu queria nós estamos terminando queria que você falasse um pouquinho do seguinte Qual que é a o quanto é valoroso a gente ter princípios e valores na nossa vida para que as coisas nossas empresas e quem quer empreender dê certo na vida
bom valores eh eu acho que o nosso veio veio pelo seu nichimura e dona tico nós os valores da jato hoje elas foram ensinadas no berço é em casa quem tiver a felicidade de ter um lar Aonde se ensina valores você é um Felizardo hoje na minha visão essa desestruturada de família ela tá pecando no lado de valores Então eu não sei como que faz isso mas família é uma fonte de educação para valores muito forte eu acredito que isso foi uma coisa que eh nós guardamos como princípio e E é isso que permitiu a
gente eh estar junto Ah nós tivemos também um uma parte da religião que foi muito importante para nós então Eh se você pensar em religião eh se você abrir lá a Bíblia você vai encontrar Coríntios 13 né todo mundo Lê isso no casamento o padre vai lá e vai falar sobre amor e e fala amor é benigno amor é paciente amor é bondoso amor é não sei o qu e vai vai desfiando né é outra coisa também importante dentro do projeto então eu falo valores da família ela tem que ser preservado porque é isso que
nos trouxe até agora é a firmeza de que quando você vai tomar decisão você respeitou tudo isso e o outro lado é o amor amor tem que amor de família também tem que ele ele ele é forte então nós passamos por apuros grandes né turbulências grandes mas no fundo no fundo quem segurou tudo isso foi o amor não o amor de meu Zem meu benzinho meu não sei o que amor de juventude Não é nada disso não amor amor mesmo esse é amor de doação então Eh Esso é importante é e olhando para para esse
tudo que o senhor que construiu levando lá desde o início do seu pai do seu pai e da sua mãe que que o senhor enxerga é esse é exatamente o legado que o senhor enxerga do seu pai e da sua mãe Ah agora você me apertou não sei mas eh valores é uma coisa que foi muito forte na família então isso aí é é personificação do velho nimu e dona TCO né então acho que o legado que nós queremos deixar para gurizada nova terceira geração é respeito os valores não é mais do que respeitar ame
os valores acho que isso é o mais importante disso tudo dinheiro a gente ganha dinheiro a gente perde é a vida mas você não pode pode perder os princípios [Música] Então o que vale é o que fica muito bonito agora eu preciso fazer uma pergunta pro senu xiro no final Senor xiro o senhor ainda come pão com [Risadas] ovo com bacon né hoje ele faz um hom ai ai muito bom sen xiro eu queria agradecer demais a presença do Senhor eu sei que o tempo do Senhor É corrido O senhor desprendeu de tempo para vir
aqui dar essa entrevista aqui para nós que não tem palavras para agradecer Eu queria agradecer demais viu aí eu que eu que agradeço acho que eu não conhecia vocês e de repente nós estamos numa conversa de quase de compadre aqui né e Mas isso faz parte do da nossa história eu já tô velho então eu posso contar assim olhando retrovisor eu posso contar muita coisa então se isso serve para ajudar alguém beleza tá tudo certo Eu que agradeço obrigado quer falar alguma coisa só eu só agradeço eu tive o prazer de poder falar com seu
chiro já tô satisfeito é isso esse foi o MF cast podcast do MF [Música] Rural