🔴GARÇONETE AJUDA MENINO DEFICIENTE SEM SABER QUE SEU PAI É UM MILIONÁRIO E MUDA SEU DESTINO

uma garçonete ajuda menino deficiente em um restaurante sem saber que seu pai é milionário O que começa como um gesto de bondade se torna um vínculo inesperado que desafiará Segredos medos e corações prepare-se porque essa história irá tocar seu coração se inscreva no canal deixe seu gostei nesse vídeo e comente de onde você está assistindo era uma tarde cinzenta daquelas que pesam na alma o céu lá fora parecia chorar as nuvens escuras cobrindo tudo como um cobertor pesado mas dentro do banheiro do restaurante Cantinho do Sabor quem chorava era ela Lívia 28 anos nas costas

mãos calejadas de tanto carregar bandeja pés doendo de ficar em pé o dia todo e um sonho que escorria pelo ralo como a chuva que batia no telhado velho do lugar ela segurava o celular com força os dedos quase brancos o coração apertado como se alguém tivesse esmagado ele com as mãos a voz fria do gerente do banco ainda ecoava na cabeça dela cada palavra cortando o fundo seu pedido de empréstimo foi negado dona Lívia não tem como a senhora não tem condições negado o sonho dela de estudar gastronomia de virar alguém na vida de

sair daquele uniforme suado que cheirava a fritura daquele chão engordurado que ela esfregava toda a noite acabou Mais uma vez ela olhou para espelho rachado do banheiro viu os olhos vermelhos o rosto cansado e sentiu uma vontade enorme de gritar mas não gritou Engoliu o choro enxugou as lágrimas com as costas da mão respirou fundo e disse para si mesma quase como um mantra levanta Lívia a vida não para o povo lá fora não quer saber das suas mágoas Então ela ajeitou o cabelo endireitou os ombros e voltou pro salão Mas o que ela não

sabia nem podia imaginar era que aquele dia aquele exato momento ia virar a vida dela de cabeça para baixo para sempre o restaurante estava quase vazio só Uns poucos clientes comendo em silêncio o barulho dos talheres batendo nos pratos misturado com o som da chuva que Caí lá fora forte insistente Lívia ajeitava o avental tentando disfarçar os olhos vermelhos esfregando o rosto com as mãos para ninguém perceber que ela tinha chorado foi quando a porta abriu devagar com um rangido que fez o coração dela pular e ele entrou um menino 10 anos no máximo Magrinho

cabelo bagunçado molhado pela chuva e uma prótese na perna direita que rangia a cada passo que ele dava ele mancava com dificuldade o corpo pequeno se esforçando para ficar de pé segurando um carrinho de brinquedo todo quebrado nas mãos uma das rodinhas caiu no chão e o barulho seco fez todo mundo virar para olhar mas ninguém mexeu um dedo ninguém os clientes só encaravam alguns com pena nos olhos outros com aquele olhar de quem não quer se meter na vida dos outros alguns até cochichar entre si apontando o menino como se ele fosse um bicho

estranho menos ela Lívia Lívia largou a bandeja na mesma hora sem nem pensar duas vezes e correu pro menino o coração dela estava disparado uma mistura de pena raiva de ver todo mundo só olhando e uma vontade danada de fazer alguma coisa ela se abaixou pegou o carrinho do chão e perguntou com a voz mais doce que conseguiu tirar do peito Oi pequeno tá tudo bem com você o menino olhou para ela os olhos grandes brilhando de um jeito que misturava vergonha e tristeza como se ele tivesse vergonha de estar ali de ser visto ele

murmurou quase não dava para ouvir por causa do barulho da chuva tá quebrado ninguém conserta nada para mim aquelas palavras bateram em Lívia como um soco no peito como se alguém tivesse pegado o ar dela e jogado fora ela sabia o que era se sentir sozinha sabia o que era ter algo quebrado na vida que ninguém liga para consertar ela perdeu os pais cedo perdeu chances perdeu sonhos e ali naquele chão sujo de restaurante vendo aquele menino tão pequeno carregando um peso tão grande ela decidiu aquele menino não ia sair dali sentindo o que ela

sentia não enquanto ela pudesse ajudar Lívia levantou segurou a mão dele com cuidado e levou o menino para uma mesa no canto longe dos olhares curiosos ajudou ele a sentar vendo como a prótese parecia pesada paraas pernas magrinhas dele e correu pra cozinha pegou um pedaço de Arame e fita adesiva que achou jogado numa gaveta bagunçada voltou pra mesa e com as mãos tremendo de emoção Consertou o carrinho não ficou perfeito a rodinha ainda balançava um pouco mas ficou inteiro ela entregou pro menino e disse com um sorriso que tentava esconder as lágrimas pronto pequeno

agora ele vai correr de novo o menino pegou o carrinho apertou contra o peito como se fosse um tesouro e de repente sorriu um sorriso pequeno tímido mas que iluminou o rosto dele como se o sol tivesse aberto no céu Cinzento lá fora e então ele falou com a voz fraquinha quase sumindo ninguém nunca consertou nada para mim antes Obrigado Lívia sentiu um nó na garganta um aperto que subiu pros olhos e fez as lágrimas quase escaparem de novo ela queria abraçar aquele menino apertar ele contra o peito e dizer que tudo ia ficar bem

que ele não tava sozinho mas antes que pudesse fazer qualquer coisa a gerente Dona Clara apareceu do nada Lívia Para de perder tempo com esse menino e pro trabalho agora a voz de Dona Clara cortou o ar como faca alta grossa cheia de raiva os clientes olharam alguns riram baixo outros balançaram a cabeça como se concordassem com a bronca Lívia ficou vermelha o rosto queimando de vergonha mas não abaixou a Cabeça Ela respondeu Firme com a voz tremendo um pouco ele precisava de ajuda Dona Clara não vou deixar ele aqui sozinho a gerente bufou Jogou

as mãos pro alto virou as costas e sumiu na cozinha batendo a porta com força Lívia sabia que aquilo ia ter consequência que podia até perder o emprego mas olhou pro menino de novo e ele estava segurando o carrinho com tanta força como se fosse a coisa mais preciosa do mundo e foi aí que ela decidiu dane-se o emprego dane-se a bronca Ela voltou para cozinha pegou uns restos de pão amanhecido e um pedaço de queijo que sobrou do almoço fez um lanchinho simples e levou para ele come pequeno Você merece um lanche gostoso mas

o que Lívia não viu nem podia imaginar era que do outro lado do restaurante escondido num canto escuro alguém assistia tudo um homem alto de casaco simples óculos escuros cobrindo os olhos tentando passar percebido era Daniel o pai do menino e não era qualquer pai Daniel era rico podre de rico um milionário que mandava em empresas em prédios inteiros em fortunas que Lívia nem sonhava que existiam mas ali naquele momento ele não era nada disso ele era só um homem vendo o filho o filho que ele quase perdeu pra vida ser cuidado por uma estranha

uma garçonete qualquer de avental sujo e olhos cansados e enquanto Lívia abraçava o menino sem nem perceber as lágrimas que escorriam dos próprios olhos Daniel sentiu algo que não sentia há anos o coração dele que estava duro como pedra rachou só um pouquinho mas rachou ele ficou ali parado olhando ela abraçar o filho dele e pensou Quem é essa mulher ela não sabia Lívia não tinha ideia de quem era aquele menino de quem era aquele homem escondido nas sombras ela não sabia que aquele carrinho quebrado aquele lanchinho improvisado aquele abraço simples iam mudar tudo a

vida dela que até ali era só luta dores sonhos jogados fora Tava prestes a virar de cabeça para baixo porque o destino minha gente ele é assim quando você menos espera ele te pega pela mão ou por um carrinho quebrado e te leva para um lugar que você nunca imaginou Mas será que Lívia estava pronta para isso Será que ela ia aguentar o que vinha pela frente porque o que ela fez naquele dia não foi só consertar um brinquedo foi abrir uma porta uma porta que ninguém nem ela nem Daniel nem o menino podia fechar

mais e enquanto a chuva caía lá fora mais forte mais pesado o menino segurava o carrinho consertado e sorria para Lívia ela sorriu de volta enxugando o rosto sem saber que aquele sorriso era o começo de uma tempestade uma tempestade de Lágrimas de luta de amor e quem sabe de esperança o sol mal tinha nascido mas o cantinho do Sabor já cheirava a café fresco e pão amanhecido Lívia esfregava o balcão com força tentando apagar as marcas de um dia que ela queria esquecer a noite tinha sido longa cheia de pensamentos que não a deixavam

dormir aquele menino do carrinho quebrado os olhinhos tristes dele o sorriso que ela conseguiu arrancar tudo ficou girando na cabeça dela Como uma música que não para ela ainda sentia o peso da bronca da Dona Clara a ameaça de perder o emprego pairando como uma nuvem escura Mas acima de tudo ela sentia algoo que não explicava uma mistura de calor no peito e um frio na barriga foi quando a porta do restaurante abriu devagar quase sem barulho e ele entrou um homem alto de casaco simples a voz rouca pedindo um café preto sem açúcar por

favor ele disse quase num sussurro Lívia levantou os olhos e viu ele Daniel mas ela não sabia quem ele era Não ainda só viu Um Estranho de olhos tristes um cansaço que parecia carregar o mundo nas costas ele desviou o olhar rápido como se tivesse medo de ser visto de verdade e sentou numa mesa no canto mas aqueles olhos aqueles olhos guardavam um segredo um segredo que ia mudar tudo Lívia levou o café para ele tentando não encarar muito tá quente cuidado Ela avisou com aquele jeito jeit simples que fazia todo mundo no restaurante gostar

dela ele agradeceu com um aceno mas não disse mais nada ela voltou pro balcão Mas alguma coisa naquele homem a deixou inquieta era como se ele tivesse um peso invisível uma dor que ela conhecia bem mas não sabia de onde enquanto ela limpava uma mancha teimosa no vidro da janela ouviu um barulho leve de Passos arrastados virou o rosto e quase deixou o pano cair era ele de novo o menino o mesmo do dia anterior com a prótese rangendo na perna o cabelo bagunçado e um papel amassado na mão ele veio mancando até ela o

rosto iluminado por um sorriso tímido e esticou o braço é para você ele disse a voz fraquinha mais cheia de orgulho Lívia pegou o papel e abriu era um desenho desajeitado de um carrinho com rabiscos coloridos e uma rodinha tortinha ela sentiu o coração apertar os olhos marejando na hora Nossa que lindo pequeno você fez isso para mim o menino Miguel fez que sim com a cabeça todo feliz Ela guardou o desenho no bolso do avental como se fosse um tesouro um pedacinho de Ouro no meio da vida dura dela do canto do salão Daniel

assistia tudo quieto o café esfriando na mesa ele viu a a conexão entre os dois a forma como o filho dele que mal falava em casa abriu o coração para aquela garçonete isso mexeu com ele de um jeito que ele não esperava o dia foi passando e Daniel Ficou ali tomando o café devagar como se não quisesse ir embora Lívia acabou puxando conversa enquanto limpava uma mesa perto dele seu filho é uma graça ela disse sorrindo vem sempre aqui Daniel hesitou pigarreou antes de responder não é a primeira vez ele ele gostou de você Lívia

riu um riso leve mas com um fundo de tristeza Que bom eu também gostei dele sabe eu sempre quis cozinhar pra gente assim pras pessoas do mundo fazer comida que deixa o dia delas melhor mas ela parou deu de ombros e riu de si mesma Quem Sou Eu para sonhar assim né uma garçonete que mal paga as contas Daniel ficou em silêncio olhando para ela de um jeito que ela não entendeu aquelas palavras bateram fundo nele ele conhecia o peso de sonhos que não se realizam mas por motivos bem diferentes ele tinha dinheiro muito dinheiro

mas não tinha paz não tinha o que Lívia dava pro filho dele sem nem saber um pedaço de esperança Ele abriu a boca para dizer alguma coisa mas fechou de novo mexido por um sentimento que não sabia nomear Será que ela ia entender quem ele era Será que ela ia mudar se soubesse o clima leve quebrou de repente um cliente grandalhão com cara de poucos amigos bateu na mesa dele com força ei garota cadê minha comida tá demorando demais Lívia Correu para lá pedindo desculpas mas o homem não parou Ele olhou pro Miguel que tava

brincando com o carrinho consertado Perto da mesa do pai e deu uma risada feia e esse aí tá mancando por aí atrapalhando o lugar devia ficar em casa esse Aleijadinho o salão ficou em silêncio o ar pesado como chumbo Lívia sentiu o sangue subir pra cabeça o coração disparando de raiva ela largou o bloco de notas no chão e encarou o homem os olhos faiscando Não fala assim dele ele é só uma criança e merece respeito como qualquer um aqui o homem riu mais alto debochando vai defender o Coitadinho é tá querendo o quê um

trocado de pena Lívia deu um passo pra frente a voz tremendo de fúria saia daqui agora ou eu te ponho para fora eu mesma a gerente Dona Clara apareceu gritando do fundo do salão Lívia para com isso tá louca quer perder o emprego mas Lívia não recuou ela ficou ali firme protegendo Miguel que olhava para ela com os olhos arregalados o carrinho parado nas mãos Daniel que estava de pé agora se meteu na confusão sem ninguém perceber ele foi até o caixa pagou a conta do homem com uma nota alta e disse baixo vai embora

agora o cliente resmungou mas pegou o dinheiro e saiu batendo a porta Lívia nem viu quem pagou tava ocupada demais tentando se acalmar o peito subindo e descendo rápido quando o silêncio voltou Miguel se levantou devagar e foi até ela ele segurou a mão dela com as mãozinhas pequenas a prótese fazendo barulho no chão e sussurrou você é minha amiga agora Lívia sentiu as lágrimas vindo de novo mas segurou abaixando para ficar na altura dele e você é o meu pequeno sempre ela deu um sorriso mas por dentro tava um turbilhão Quem era aquele menino

que mexia tanto com ela e aquele homem quieto de olhos tristes que não saía do canto dela ela não sabia que Daniel no carro do lado de fora apertava o volante com tanta força que as mãos doíam ele lutava contra a emoção que ameaçava transbordar um misto de gratidão culpa E algo mais forte que ele não queria nomear Ele olhou pro restaurante pelo retrovisor viu Lívia abraçando Miguel de novo e Pensou ela não sabe não sabe quem eu sou o que eu fiz o que eu deixei de fazer ele respirou fundo os olhos marejando e

ligou o carro mas uma coisa ele sabia ele ia voltar ele precisava voltar porque aquela garçonete com o avental sujo e o coração gigante Tava fazendo o que ele nunca Conseguiu dar pro filho dele um motivo para sorrir Lívia Ficou ali olhando Miguel ir embora de mãos dadas com o pai o desenho dele ainda no bolso ela não sabia que aquele dia era só o começo que aquele estranho de olhos tristes escondia um mundo que ela nem imaginava que a vida dela tão cheia de portas fechadas tava prestes a abrir uma janela que ela nunca

viu antes e enquanto ela voltava pro balcão com Dona Clara gritando alguma coisa ao fundo ela sentiu uma coisa estranha no peito uma faiz pequena mas quente será que era Esperança Será que depois de tanto tempo alguma coisa boa tava vindo para ela ela não sabia mas uma coisa era certa aquele menino e aquele homem iam mudar tudo e ela nem imaginava o quanto o cantinho do Sabor nunca tinha visto dias tão cheios de vida era como se aquele restaurante velho com paredes descascadas e mesas tortas esse ganhado um coração novo tudo por causa dele

Miguel o menino da prótese na perna o carrinho consertado e o sorriso que ninguém esquecia ele e o pai Daniel voltaram ao restaurante dia após dia como se aquele lugar tivesse virado um Porto Seguro para eles Lívia não sabia explicar mas sentia um calor no peito toda vez que a porta abria e ela via o rostinho dele mancando com dificuldade mas com os olhos brilhando de vontade de viver e o pai aquele homem de olhos tristes sempre quieto no canto Tomando café e olhando tudo como quem guarda um segredo mas o que Lívia não sabia

ainda não era que aqueles dois estavam trazendo pra vida dela algo que ela tinha perdido há muito tempo um motivo para acreditar naquele dia o restaurante estava mais calmo o movimento do almoço já tinha passado Lívia limpava o balcão quando Miguel apareceu na porta com um jeitinho esperto que ela já conhecia Lívia posso ajudar na cozinha hoje ele perguntou a voz cheia de animação ela riu um riso que saía fácil com ele por perto Claro pequeno vamos fazer uns biscoitos Que tal Miguel deu um gritinho de alegria e correu pra cozinha a prótese fazendo barulho

no chão Lívia foi atrás pegando farinha açúcar e um pedaço de manteiga que sobrou do dia anterior ela ensinou ele a misturar tudo as mãozinhas dele atrapalhadas mas cheias de vontade olha assim ó ela disse guiando os dedos dele na massa de repente Miguel começou a rir um riso alto puro que encheu a cozinha inteira Lívia parou surpresa sentindo o som daquele riso como um presente que ela não esperava do lado de fora Daniel ouviu também levantou a cabeça do café o corpo todo tenso aquele som ele não ouvia aquilo desde antes do acidente desde

antes de perder a esposa de perder o filho pro silêncio que tomou conta da casa deles ele ficou olhando pro vazio o coração apertado enquanto o riso de Miguel ecoava trazendo de volta lembranças que ele tinha enterrado fundo mais tarde com os Biscoitos assando e o cheiro doce tomando o ar Lívia e Daniel acabaram sentados juntos numa mesa Miguel estava entretido com um pedaço de massa moldando um carrinho torto e eles aproveitaram o momento para conversar ele tá diferente com você Daniel disse a voz rouca quase sumindo Lívia olhou para ele esperando mais ele respirou

fundo os olhos fixos na xícara vazia eu perdi a conexão com ele depois depois de um acidente Faz tempo ele parou de rir parou de falar comigo eu não sei mais como chegar nele ele parou como se doesse demais continuar lvia sentiu um apto no peito uma dor que ela conhecia bem ela abaixou o olhar meendo nas mãos Eu sei como é perder alguém meus pais se foram quando eu era pequena um acidente também sobrou só eu e aprendi a me virar sozinha o silêncio caiu entre eles pesado mas cheio de entendimento eles se olharam

por um instante e ali sem palavras tinha uma ponte uma ponte feita de mágoas que os dois carregavam mas também de uma vontade quieta de curar aquelas feridas será que eles iam conseguir o momento foi quebrado por Dona Clara a gerente que apareceu com o rosto fechado e os braços cruzados Lívia O que é isso tá brincando de cozinhar com cliente agora isso aqui é trabalho não creche a voz dela era afiada cortando o ar Lívia levantou rápido o coração disparando mas não deixou o medo tomar conta não é trabalho Dona Clara é gente ele

é uma criança e eu não vou tratar ele como se fosse um estorvo Clara ficou vermelha de raiva apontando o dedo você você tá abusando da sorte menina quer ir pra rua é isso Lívia ficou firme o queixo erguido mesmo com o medo gritando dentro dela se for para escolher entre meu emprego e fazer o que é certo eu escolho o que é certo Clara bufou virou as costas e saiu resmungando mas a tensão ficou no ar Lívia sabia que o chão estava tremendo debaixo dela que o emprego dela estava por um fio mas quando

ela olhou M que Sorria com a massa nas mãos ela sentiu que valia a pena valia tudo foi aí que aconteceu Miguel todo animado quis mostrar para Lívia como ele conseguia andar mais rápido olha Lívia eu consigo ele gritou dando Passos apressados pela cozinha mas a prótese não aguentou o ritmo e ele tropeçou caindo no chão com um baque que fez o coração de todo mundo pararia correu ele o peito apertado de preocupação calma pequeno você tá bem ela o levantou com cuidado os olhos dele cheios de Lágrimas mas tentando não chorar eu queria te

mostrar ele murmurou a voz falhando Lívia o abraçou forte sentindo o corpinho dele tremendo você não precisa correr Miguel um passo de cada vez tá bem você já é incrível assim ele assentiu enxugando o rosto na manga da camisa e deu um sorriso fraco Daniel assistia tudo da porta o coração partido em mil pedaços ele viu o filho Cair viu Lívia levantar ele com um carinho que ele nunca soube dar e percebeu com uma dor que cortava fundo o quanto tinha falhado com Miguel ele ficou ali parado os olhos marejando sentindo a culpa que carregava

como um peso nas costas será que ainda dava tempo de consertar naquela noite em casa Daniel estava sozinho no quarto a casa grande cheia de coisas caras Parecia um túmulo ele abriu uma gaveta e pegou uma foto antiga da esposa Clara não a gerente mas a mãe de Miguel na foto ela sorria segurando Miguel bebê nos braços antes do acidente que levou ela embora e deixou o menino sem a perna urou a foto com as mãos Tremendo e as lágrimas vieram quentes escorrendo pelo rosto eu falei com ele Clara falei com você ele sussurrou a

voz quebrada mas eu juro eu vou mudar por ele por mim ele apertou a foto contra o peito chorando como não chorava há anos prometendo a si mesmo que ia lutar para ser o pai que Miguel merecia a cena mudou para Lívia sozinha no quartinho dela sentada na na cama com o desenho de Miguel na mão ela olhou pro carrinho rabiscado no papel o sorriso melancólico nos lábios e murmurou o que você tá fazendo comigo pequeno Ela guardou o desenho com cuidado deitou a cabeça no travesseiro e fechou os olhos sentindo aquele calor estranho no

peito de novo era Esperança era medo ela não sabia mas uma coisa ela sentia aqueles dois o menino e o pai de olhos tristes estavam entrando na vida dela como um rio que não para de correr e ela não sabia se queria Nadar ou se afogar era um dia comum no cantinho do Sabor mas o ar tava pesado como se alguma coisa ruim tivesse se escondido nas sombras Lívia varria o chão o pensamento perdido no menino Miguel e no pai dele Daniel que tinham virado parte da rotina dela ela ainda sentia o calor do último

encontro o riso do pequeno enchendo a cozinha mas hoje tinha algo diferente um barulho de motor caro cortou o silêncio da rua e ela viu pela janela um carro preto brilhante estacionar Daniel saiu dele simples como sempre mas com um olhar que carregava o mundo quem viu também foi Jonas o colega de trabalho dela um rapaz de língua afiada e olhos invejosos ele limpava mesas do outro lado do salão mas parou e esfregou as mãos no avental e deu um sorrisinho torto olha só a Lívia arrumou um ricaço ele cochichou para outro garçom apontando o

carro com o queixo a fofoca correu rápido como fogo em Mato Seco e logo o salão tava cheio de murmúrios ela tá dando em cima dele certeza só por isso que aquele alejadinho vem todo dia Lívia ouviu o Brun da vassoura parando no chão ela virou devagar o rosto queimando de raiva e vergonha que que você disse Jonas a voz dela tremia mas estava firme Ele riu debochando tá surda todo mundo vê Lívia você se fazendo de boazinha pro cara rico ela largou a vassoura os olhos faiscando e foi para cima dele repete isso na

minha cara seu covarde mas por dentro ela estava despedaçada Será que era isso que pensavam dela que ela era capaz de usar um menino como Miguel por interesse O clima ficou pior quando Daniel entrou com Miguel trazendo um carrinho novo todo brilhante nas mãos Olha filho trouxe para você ele disse tentando um sorriso Miguel olhou pro brinquedo depois pro pai e Balançou a cabeça não quero prefiro o que a Lívia consertou as palavras saíram simples mas cortaram Daniel como faca ele ficou parado o carrinho na mão sentindo uma pont de rejeição que doeu mais que

ele podia admitir Lívia viu tudo o coração apertado pelo menino e pelo pai que parecia perdido ela se abaixou para Miguel bagunçando o cabelo dele o seu carrinho é especial né feito com carinho Miguel sorriu mas Daniel desviou o olhar o peito pesado ele queria dar tudo pro filho mas não sabia como chegar no coração dele vendo Lívia fazer o que ele não conseguia ele sentiu um vazio que o dinheiro nunca ia preencher Será que ele estava perdendo o filho para sempre mais tarde com o restaurante mais vazio Lívia e Daniel acabaram sentados juntos Miguel

brincava com o carrinho velho no canto e o silêncio entre eles pedia para ser quebrado você já quis alguma coisa tão forte que deu medo quase querer Dani olhou para ela surpreso querer não mas perder Sim ela respirou fundo mexendo nas mãos eu desisti de tantos sonhos por medo de não dar conta de não ser boa ou bastante Às vezes acho que tô vivendo só para sobreviver Daniel sentiu as palavras dela como um espelho ele tinha tudo mas vivia preso na culpa no medo de encarar o passado ele abriu a boca quase contando a verdade

Lívia eu não sou quem você pensa eu tenho mas parou o coração dele disparou E se ela mudasse com ele e se ela ouvisse como Jonas via um ricaço para se aproveitar Ele engoliu as palavras hesitando e disse só você é mais forte do que pensa ela sorriu Fraco mas grata eles estavam tão perto de se entender mas tão longe da Verdade Será que ele ia conseguir esconder Quem era para sempre o dia tomou um rumo doce quando Miguel correu até Lívia com outro desenho Olha você é uma super heroína ele gritou mostrando o papel

era ela com uma capa vermelha segurando a mão dele e do pai Lívia riu os olhos marejando eu uma heroína você que é pequeno Miguel deu um abraço nela e Daniel pegou o desenho das mãos dela olhando Cada traço com as mãos trêmulas ele viu ali o que ele queria mais que tudo uma família não a que ele perdeu mas uma nova Improvável com aquela garçonete de avental sujo e coração gigante ele guardou o desenho no bolso o peito apertado de emoção ele queria aquilo queria ela na vida deles mas como como um homem como

ele cheio de dinheiro e vazio de alma podia fazer parte daquele desenho ele não sabia mas o desejo tava ali queimando crescendo Será que Lívia ia querer também quando soubesse de tudo a paz durou pouco Jonas que tava de olho desde cedo esperou Lívia sozinha no estoque para jogar Veneno tá achando que engana quem hein se vendendo pro cara rico fazendo cena com o menino para ele te dar um trocado todo mundo sabe Lívia virou para ele o rosto vermelho de raiva cala essa boca Jonas você não sabe nada de mim mas ele riu Cruel

Sei sim você é igual às outras só quer subir na vida na custa dos outros aquilo foi demais Lívia sentiu as lágrimas vindo quentes e correu pro fundo do estoque se escondendo entre as caixas de mantimento ela deslizou pro chão abraçando os joelhos e chorou chorou pela dor das palavras pela injustiça pela solidão que ela carregava desde pequena eu não sou assim ela sussurrou para si mesma a voz quebrada Eu só quis ajudar ela não viu mas Daniel tava do outro lado da porta ouvindo tudo ele tinha ido buscar água para Miguel e parou ao

ouvir a voz de Jonas o rosto dele endureceu os punhos cerrados de raiva ele queria entrar entrar ali dar um soco naquele idiota mas ficou parado ouvindo Lívia chorar cada soluço dela era como uma facada nele ele sabia que ela não merecia isso sabia que ela era boa pura tudo que ele não era e ali escondido ele fez um juramento silencioso ninguém vai machucar ela de novo não enquanto eu puder impedir Lívia enxugou o rosto levantou devagar tentando juntar os pedaços dela mesma ela não sabia que Daniel tinha ouvido não sabia da Promessa dele mas

quando voltou pro salão com os olhos vermelhos disfarçados por um sorriso fraco ela sentiu o olhar dele um olhar diferente intenso como se ele visse ela de verdade pela primeira vez ela não entendia ainda mas algo tava mudando as fofocas de Jonas a rejeição de Miguel o desenho do menino Tudo tava puxando eles três para mais como um fio invisível mas esse fio também trazia sombras sombras da Verdade que Daniel escondia sombras da Inveja que crescia ao redor de Lívia ela pegou o desenho no bolso olhou pro carrinho rabiscado E pensou o que tá acontecendo

comigo ela não tinha resposta Mas uma coisa ela sentia aquela história tava só começando e o que vinha pela frente ia testar o coração dela como nunc nunca antes o dia começou como um pesadelo no cantinho do Sabor Lívia estava atrás do balcão servindo café com um sorriso cansado Quando o mundo dela virou de ponta cabeça a porta bateu com força e um homem entrou câmera na mão Flash piscando sem parar Daniel Albuquerque O Herdeiro milionário aqui com o filho aleijado num restaurante de esquina ele gritava a voz alta e debochada and fotos de Daniel

e Miguel que estavam sentados numa mesa no canto Lívia congelou a xícara tremendo na mão o café derramando no chão milionário ela sussurrou para si mesma o coração disparando os clientes viraram para olhar o salão explodindo em cichos Daniel levantou rápido o rosto pálido tentando cobrir Miguel com o casaco para com isso sai daqui ele gritou pro jornalista o homem não parava clicando mais fotos Lívia Ficou ali atônita os olhos arregalados enquanto Daniel pegava a mão dela e dizia baixo vem comigo por favor eu explico ela deixou ele puxar ela para fora o corpo duro

de choque a cabeça girando com uma só pergunta Quem era aquele homem que ela achava que conhecia lá fora no beco atrás do restaurante o ar tava pesado com Cheiro de chuva que vinha vindo Lívia puxou a mão da dele os olhos cheios de Lágrimas o peito apertado de dor e raiva Era tudo mentira Daniel tudo que você me disse tudo que a gente viveu com o Miguel era só um teatro a voz dela saiu tremendo quase quebrando Daniel Balançou a cabeça desesperado as mãos no cabelo como se quisesse arrancar a culpa que carregava não

Lívia não era mentira eu só eu queria proteger você minha vida é um caos cheia de gente querendo um pedaço de mim do meu dinheiro eu não queria te arrastar para isso ele deu um passo para ela mas ela recuou virando as costas as lágrimas escorrendo quentes pelo rosto proteger você me fez de idiota eu abri meu coração para vocês e você tava me escondendo quem você é ela enxugou o rosto com raiva o chão pare vendo sumir debaixo dela tudo que ela tinha sentido o carinho por Miguel os momentos com Daniel parecia uma farça

agora será que ela podia confiar nele de novo Será que aquilo tudo tinha sido real a porta do Beco abriu de repente e Miguel apareceu mancando rápido os olhos arregalados de medo Lívia Por que você tá brava o que eu fiz ele perguntou a voz fraquinha o rostinho confuso Lívia sentiu o coração apertar como se alguém tivesse esmagado ele com as mãos ela se abaixou na hora abraçando o menino com força sentindo o corpinho dele tremendo você não tem culpa de nada pequeno nada eu te amo tá ouvindo ela disse a voz embargada enquanto ele

se agarrava nela chorando Então não vai embora por favor eu não quero que você vá Miguel soluçava o rosto molhado de Lágrimas a prótese rangendo contra ela Lívia segurou ele mais forte as lágrimas dela caindo no cabelo dele o coração partido entre a raiva de Daniel e o amor que ela já tinha por aquele menino Daniel ficou olhando os punhos cerrados a culpa queimando nos olhos ele queria falar mas as palavras estavam presas na garganta quando Miguel se acalmou e pro restaurante com um cliente que o levou para dentro Lívia e Daniel ficaram sozinhos de

novo o silêncio era cortante mas ele tomou coragem Lívia me escuta Por favor ele disse a voz rouca quase um sussurro minha esposa ela morreu no acidente que levou a perna do Miguel um carro uma noite chuvosa eu tava dirigindo eu não vi o caminhão vindo ela se foi e ele ele fou fou assim por minha causa eu me culpo todo dia todo segundo a confissão saiu crua como se ele tivesse arrancado um pedaço da alma para mostrar para ela Lívia virou para ele os olhos arregalados a raiva dando lugar a um choque gelado você

você tava no carro Ela perguntou Quase Sem Ar ele assentiu os olhos marejando eu não sei ser pai dele direito desde então ele me odeia e eu mereço mas com você ele sorri ele vive Eu não queria te perder por causa do que eu sou Lívia ficou parada dividida uma parte dela queria correr fugir daquela dor que não era dela mas que agora parecia dela também outra parte via a verdade nos olhos dele a dor que ele carregava ela hesitou o coração balançando entre perdoar e esquecer Será que ela podia carregar aquele peso com ele

naquela noite em casa Lívia estava sozinha no quartinho dela o silêncio era sufocante Só o barulho da rua lá fora para lembrar que o mundo ainda girava ela pegou o desenho que Miguel tinha feito aquele do carrinho e olhou para ele com os olhos cheios de lágrimas por que hein pequeno Por que você e seu pai tinham que bagunçar minha vida assim ela murmurou a voz quebrada num impulso ela amassou o papel e jogou no lixo o coração doendo como se tivesse jogado um pedaço dela mesma fora mas então parou as lágrimas vieram quentes escorrendo

pelo rosto e ela se abaixou pegando o desenho de volta Ela alisou o papel com cuidado como se pudesse consertar tudo que estava quebrado dentro dela sentou na cama segurando o desenho contra o peito e chorou chorou pela mentira de Daniel pela dor de Miguel pela vida dela que nunca era fácil mas no fundo ela sentia um desejo quieto uma vontade de perdoar de ficar com eles Será que ela ia conseguir Será que ela queria enquanto Lívia chorava o desenho amassado nas mãos a cabeça dela girava com perguntas sem resposta ela não sabia que Daniel

do outro lado da cidade tava olhando pro mesmo céu escuro pensando nela ele segurava o desenho da superh heroína que Miguel tinha feito os dedos Tremendo e murmurava para si mesmo eu não vou desistir de você Lívia não vou a máscara dele tinha caído e agora o jogo estava aberto mas o que vinha pela frente Será que Lívia ia abrir o coração de novo ou ia fechar ele para sempre será que Miguel o menino que unia os dois ia ser o bastante para consertar o que o dinheiro e a culpa tinham quebrado o restaurante aquele

lugar simples onde tudo começou tava prestes a virar palco de uma tempestade maior e Lívia sem saber estava no meio dela com o coração na mão e o destino batendo na porta era um dia comum no cantinho do Sabor até que ela entrou uma mulher alta cabelo grisalho penteado com perfeição o perfume caro enchendo o ar antes mesmo dela abrir a boca Helena a tia de Daniel apareceu como um furacão os olhos frios cortando o salão até encontrarem Lívia atrás do balcão ela caminhou até lá com passos firmes o salto batendo no chão como um

aviso de problema você é a Lívia né a voz dela era seca cheia de desprezo Lívia assentiu confusa limpando as mãos no antes que ela pudesse perguntar qualquer coisa Helena tirou um envelope da bolsa e jogou na frente dela 10 pega e some da vida do meu sobrinho e daquele menino Eles não precisam de alguém como você por perto o salão ficou quieto os clientes olhando o ar pesado como chumbo Lívia sentiu o sangue subir pro rosto a raiva misturada com uma vergonha que queimava você chamando de quê De interesseira ela cuspiu as palavras empurrando

o envelope de volta pega esse dinheiro e enfia onde quiser eu não me vendo por Nada Helena riu um riso frio e virou as costas saindo como se tivesse ganhado mas Lívia Ficou ali Tremendo o Coração Despedaçado Será que era assim que o mundo havia uma pobre Coitada atrás de um trocado naquela noite a chuva caía forte o céu parecendo chorar junto com os pensamentos de Lívia ela tava no restaurante limpando as mesas tentando esquecer a humilhação quando ouviu um barulho na porta virou e viu ele Miguel sozinho mancando a roupa encharcada grudada no corpo

Magrinho a prótese brilhando molhada Sob a Luz fraca Miguel O que você tá fazendo aqui Lívia Correu para ele oa tão disparado ele levantou os olhos o rostinho pálido de frio e murmurou eu fugi não quero ficar sem você as palavras bateram nela como um soco e ela caiu de joelhos na frente dele puxando ele para um abraço a chuva pingava do cabelo dele no rosto dela mas ela não ligou você tá gelado pequeno Por que fez isso ela perguntou a voz tremendo ele se agarrou nela chorando a tia Helena disse que você ia embora

por causa do dinheiro eu não quero que você vá Livia sentiu as lágrimas vindo quentes e apertou ele mais forte eu nunca vou te abandonar Miguel nunca tá ouvindo ela pegou o avental e enxugou o rosto dele o coração doendo por aquele menino que enfrentou a chuva para não perder ela será que ele sabia o quanto ela precisava dele também do outro lado da cidade Daniel tava em casa o peito apertado de preocupação ele tinha procurado Miguel por todo o canto até que a empregada contou ele saiu falando da Lívia Helena apareceu na sala o

olhar duro deixa o menino aprender Daniel essa garçonete não é boa para vocês ele parou o sangue fervendo nas veias e virou para ela com uma raiva que nunca tinha mostrado você não controla minha vida Helena nem a do meu filho você foi lá ofereceu dinheiro para ela achou que ia resolver tudo como sempre faz ele gritou a voz ecoando na Casa Grande Helena recuou surpresa mas tentou falar eu só quero o melhor para não o melhor para mim e pro Miguel é ela não você ele cortou os punhos cerrados era a primeira vez que

ele enfrentava a tia a família que sempre mandou nele com o peso do dinheiro Lívia levou Miguel paraa casa dele o menino agarrado na mão dela ainda tremendo de frio quando chegaram Daniel abriu a porta correndo o rosto pálido de alívio Miguel meu Deus você tá bem ele disse abraçando o filho então olhou para Lívia os olhos cheios de Lágrimas obrigado obrigado por trazê-lo ele hesitou a voz falhando Lívia me dá uma chance de explicar tudo por favor ela ficou parada a chuva pingando do cabelo dela no chão o coração na mão tá bem mas

eu não sei se consigo confiar em você ainda ela respondeu aguarda alta os olhos duros Daniel assentiu grato por ela ficar ele levou Miguel para dentro enrolou Ele num cobertor e sentou com Lívia na sala eu não queria que você soubesse assim minha tia ela acha que dinheiro resolve tudo mas eu não sou assim eu só quero meu filho feliz e você você faz ele feliz Lívia ouviu o peito apertado dividida entre a dor da mentira e o amor que ela sentia por Miguel Será que ela podia dar essa chance naquela noite sozinha Lívia pegou

uma foto antiga dos Pais guardada numa caixinha embaixo da cama era uma foto simples os dois sorrindo num piquinique antes do acidente que levou eles embora ela olhou para aqueles rostos os olhos marejando e murmurou o que vocês fariam hein perdoariam lutariam ela segurou a foto contra o peito sentindo a saudade que nunca ia embora e pensou em Miguel no jeito que ele correu para ela na chuva pensou em Daniel nas lágrimas dele na promessa de mudar ela não tinha resposta mas o coração estava falando mais alto que a cabeça a cena mudou para Daniel

na casa dele sentado ao lado da cama de Miguel o menino dormia o rostinho tranquilo e Daniel se abaixou beijando a testa dele com cuidado eu vou lutar por você filho e por ela ele sussurrou a voz firme os olhos brilhando com uma decisão que ele nunca tinha tomado antes ele levantou olhou pro quarto vazio e sentiu uma força nova Será que ele ia conseguir Lívia guardou a foto deitou na cama e fechou os olhos o barulho da chuva ainda ecoando na janela ela não sabia o que vinha pela frente mas uma coisa ela sentia

Miguel e Daniel estavam virando parte dela como um pedaço que ela nem sabia que faltava Helena tinha tentado comprar ela mas o que ela não entendia era que Lívia não tinha preço e agora com o menino correndo na chuva para encontrar ela com Daniel enfrentando a família a história tava mudando Será que o dinheiro ia vencer ou o amor que estava nascendo entre eles ia ser mais forte Será que Lívia ia encontrar nos dois a família que ela perdeu era um dia de sol tímido no cantinho do Sabor mas para Lívia o céu parecia mais

cinza que nunca ela limpava o balcão com movimentos lentos o coração ainda pesado depois de tudo as fofocas a traição de Daniel O Menino correndo na chuva para não perder ela tudo girava na cabeça dela como um redemoinho foi quando Daniel entrou Miguel de mãos dadas com ele e o ar mudou ele veio direto até ela os olhos cheios de uma mistura de medo e determinação Lívia eu trouxe uma coisa para você ele disse a voz firme puxando um papel da pasta que carregava era um formulário de inscrição para uma bolsa de gastronomia numa escola

chique da cidade eu sei que você sonha com isso não é caridade é por mérito Você merece Lívia pegou o papel as mãos Tremendo e Leu as palavras impressas como se fossem de outro mundo ela levantou os olhos para ele o peito apertado Daniel eu eu não sei parece que você tá me comprando como a sua tia tentou ele Balançou a cabeça quase implorando não é por você pelo que você faz pelo que você é eu acredito em você ela ficou quieta o papel na mão dividida entre o sonho que ela sempre quis e o

medo de ser só mais um favor de um homem rico Será que ela ia agarrar essa chance ou o orgulho ia vencer de novo o dia Ficou mais leve quando Miguel com aquele jeitinho dele puxou a manga do avental dela Lívia faz biscoito comigo de novo por favor ele pediu os olhos brilhando de animação ela não resistiu riu baixo e assentiu tá bem pequeno Vamos fazer um dia especial os três foram pra cozinha Lívia pegando farinha e açúcar Daniel ajudando a tirar coisas das Prateleiras altas era uma cena simples mas cheia de vida Miguel rindo

enquanto amassava massa Lívia corrigindo os erros dele com carinho Daniel olhando tudo com um sorriso que ele nem sabia que ainda tinha eles comeram os Biscoitos ainda quentes sentados numa mesa do canto o sol entrando pela janela e iluminando o rosto deles mas tinha uma tensão no ar um monte de coisas não ditas pairando entre Lívia e Daniel Ela olhava para ele às vezes via a forma como ele cuidava de Miguel e pens será que ele é de verdade ele olhava para ela via o jeito que ela fazia o filho dele feliz e pensava Será

que ela vai me dar uma chance era um dia de esperança mas com um fio de medo que ninguém queria puxar a tranquilidade acabou rápido Jonas o colega invejoso estava de olho desde cedo o rancor crescendo no peito enquanto Lívia preparava um bolo para um cliente ele passou pela cozinha e num gesto rápido jogou um punhado de sal na massa rindo baixo enquanto saía Lívia não viu levou o bolo pro forno e quando o cliente provou cuspiu Na Hora Que porcaria é essa tá salgado ele gritou jogando o prato na mesa Dona Clara apareceu o

rosto vermelho de raiva Lívia o que você fez tá querendo acabar com meu restaurante Lívia ficou sem chão tentando explicar eu não eu fiz tudo direitinho mas Clara não quis ouvir chega você Tá demitida pega suas coisas e sai agora Lívia sentiu as lágrimas vindo o mundo desabando de novo ela correu para fora o avental ainda amarrado e caiu sentada no beco chorando com o rosto nas mãos Miguel que tinha visto tudo mancou até ela o rostinho preocupado não chora Lívia você é a melhor eu sei que é ele se sentou do lado dela abraçando

ela com os bracinhos pequenos e ela chorou mais ainda mas agora com um calor no peito Daniel chegou minutos depois o rosto duro a ver Lívia no chão com Miguel ele entrou no restaurante como um trovão parando na frente de clara e Jonas que ria no canto quem fez isso com ela ele perguntou a voz cortante Jonas deu de ombros debochando ela que não presta chefe Daniel fechou os punhos mas respirou fundo e virou pra Clara esse lugar tá acabando com ela mas eu não vou deixar eu comprei o cantinho do Sabor agora é dela

o salão ficou em silêncio Clara arregalou os olhos Jonas engasgou com o riso Lívia entrou bem na hora ouvindo tudo o coração disparado o quê Daniel você comprou ela perguntou a tôn it Ele virou para ela os olhos brilhando sim porque você merece mais que isso aqui merece um lugar para brilhar ela ficou parada o choque misturado com uma gratidão que ela não sabia explicar Ele tinha virado o jogo enfrentado Tudo Por Ela será que ela podia aceitar esse presente sem se sentir menor naquela noite Lívia tava no quartinho dela o formulário da bolsa na

mão ela respirou fundo pegou uma caneta e assinou o coração batendo forte pegou o telefone e ligou para Daniel eu aceito a bolsa ela disse a voz firme mas escuta bem eu vou conquistar por mim mesma não por isso que você fez eu quero que você me veja como eu sou não como alguém que você salvou do outro lado da linha Daniel ficou quieto por um segundo depois riu baixo um som cheio de e admiração eu já te vejo Lívia e você é incrível ela desligou o rosto quente sentindo um frio na barriga que não

era medo mas algo novo algo bom Daniel na casa dele olhou pro telefone os olhos brilhando com um amor que estava crescendo quieto mas forte ele foi até Miguel que dormia com o carrinho consertado na mão e Sorriu ela vai ficar com a gente filho ele sussurrou o coração leve pela primeira vez em anos Lívia guardou o formulário deitou na cama e fechou os olhos imaginando a cozinha que ela sempre sonhou o cheiro de comida boa o riso de Miguel ela sabia que Jonas e Clara tinham tentado derrubar ela mas Daniel tinha levantado ela de

um jeito que ela nunca esperava o restaurante era dela agora a bolsa era dela mas o que ela queria meso era provar para ela para Daniel pro mundo que ela valia por si mesma e Enquanto Ela sonhava o futuro estava se desenhando cheio de esperança mas com sombras que ainda podiam aparecer Será que ela ia brilhar como Daniel acreditava Será que o amor que tava nascendo ia resistir ao que vinha pela frente o cantinho do Sabor tava mudando e lvia junto com ele era o dia mais Ante da vida de Lívia e ela mal conseguia

segurar os nervos o prédio da escola de gastronomia Parecia um castelo com janelas grandes e o cheiro de temperos caros saindo pela porta ela segurava a bolsa da aula com força o coração batendo tão rápido que parecia querer pular para fora do peito eu consigo eu consigo ela repetia para si mesma subindo as escadas com as pernas Tremendo Tudo que ela tinha passado as broncas da Dona Clara as fofocas de Jonas a traição de Daniel que virou confiança a levou até ali mas quando ela abriu a porta da sala viu ele Miguel mancando com um

pacotinho nas mãos o rostinho iluminado por um sorriso gigante Lívia fiz para você ele gritou entregando um avental pequeno todo torto costurado à mão com linhas coloridas eu e o Tentamos mas eu que fiz a maior parte Lívia caiu de joelhos na frente dele os olhos enchendo de Lágrimas na hora você você costurou isso para mim pequeno Ela perguntou a voz embargada enquanto desdobrava o avental e via o desenho de um carrinho rabiscado com canetinha na frente Miguel ass sentiu orgulhoso e ela puxou ele para um abraço tão forte que Quase derrubou os dois as

lágrimas caíram quentes mas eram de alegria pura você é meu anjo sabia ela sussurrou chorando e rindo ao mesmo tempo o dia ficou ainda mais especial quando Daniel apareceu trazendo Miguel para ver Lívia na aula prática ela tava no fogão mexendo uma panela com um molho que enchia o ar de cheiro bom o avental torto do Miguel amarrado na cintura Daniel ficou na porta quieto segurando a do filho os olhos brilhando de orgulho Miguel não aguentou soltou a mão do pai correu até ela mancando mais rápido e gritou pro salão inteiro ouvir essa é minha

família O Grito ecoou parando todo mundo na cozinha os outros alunos olharam alguns sorriram outros cochicham mas Lívia só sentiu o calor subindo pro peito ela largou a colher se abaixou e abraçou Miguel rindo com os olhos marejados você é minha família também pequeno ela disse baixo só para ele ouvir Daniel ficou parado o coração disparado sentindo aquelas palavras como um presente que ele não merecia mas queria desesperadamente Ele olhou para ela pra forma como ela segurava Miguel e pensou é isso que eu quero para sempre o momento era leve quente como um raio de

sol depois de tant tempestade mas o passado não deixa ninguém em paz tão fácil enquanto Lívia limpava a cozinha depois da aula um vulto conhecido apareceu na porta Jonas o mesmo Jonas que jogou sal no bolo dela que espalhou fofoca que a fez chorar no estoque ele estava ali de cabeça baixa as mãos enfiadas nos bolsos Lívia eu eu vim pedir perdão ele disse a voz fraca ela parou a esponja pingando na mão e encarou ele com um olhar frio que cortava perdão depois de tudo que você fez você me derrubou Jonas por quê Ele

engoliu em seco os olhos no chão eu tava com inveja você tinha ele o ricaço o menino e eu eu não tinha nada me perdoa por favor Lívia respirou fundo sentindo o peso do que ele disse mas também o poder que ela tinha agora ela endireitou os ombros a voz firme eu te perdoo Jonas mas não porque você merece porque eu não quero carregar você no meu coração some da minha frente ele assentiu cabisbaixo e saiu o rabo entre as pernas Lívia Ficou ali o peito leve sabendo que ela não era mais a mesma ela

tinha crescido tinha se tornado mais forte que a mágoa a noite caiu e os três estavam no cantinho do Sabor que agora é dela Lívia e Daniel decidiram cozinhar juntos uma ideia boba que virou uma festa ela jogava farinha nele ele ria tentando acertar ela com um pano e o cheiro de temperos enchia o ar Você já pensou em ser chefe de cozinha Ela perguntou brincando enquanto mexia uma panela só se for para te impressionar Ele respondeu o sorriso aberto o rosto mais leve que nunca ele estavam tão perto o os braços quase se tocando

o calor do fogão misturado com algo mais quente entre eles Daniel pegou a mão dela para mostrar como cortar cebola e por um segundo o mundo parou eles se olharam os olhos travados e ele inclinou o rosto quase encostando os lábios nos dela o coração de Lívia disparou o dela também mas antes que o beijo acontecesse Miguel entrou correndo Olha o biscoito que que eu fiz ele gritou segurando um pedaço queimado e os dois pularam para trás rindo alto Você é o chefe agora hein Lívia disse bagunçando o cabelo dele a interrupção trouxe leveza mas

o quase beijo ficou no ar uma promessa que ninguém falou mas todo mundo sentiu naquela noite em casa Daniel estava sozinho no quarto Ele abriu a gaveta onde guardava a foto da esposa Clara aquela que ele perdeu no acidente Ele olhou para ela o sorriso dela na foto trazendo uma saudade que ainda doía mas agora menos ele pegou a foto passou os dedos no rosto dela e Sorriu um sorriso calmo cheio de paz você ia gostar dela Clara ele disse baixo como se Clara pudesse ouvir ela faz ele feliz como você fazia e eu eu

tô aprendendo a viver de novo ele guardou a foto de volta fechando a gaveta com cuidado como se fechasse um capítulo as lágrimas vieram mas eram suaves um adeus que ele precisava dar para seguir em frente Ele olhou pro quarto vazio depois pra porta onde Miguel dormia e sentiu uma força nova Lívia estava trazendo vida para eles e ele estava pronto para deixar o passado ir será que ele ia conseguir construir algo novo com ela Lívia no quarto dela deitou na cama com o avental de Miguel na mão ela olhou PR os pontos tortos o

carrinho rabiscado e Sorriu os olhos brilhando com um sonho que agora era real ela tava nas aulas tava cozinhando tava com eles Jonas tinha voltado mas ela tinha mostrado quem mandava Daniel tava ali tão perto e ela sentia ele de um jeito que não explicava o cantinho do Sabor era dela mas o que ela queria mesmo era aquele calor que Miguel chamou de família Será que ela ia deixar esse amor entrar de vez será que o passado dos dois ia deixar era uma manhã fria o cé carregado de nuvens escuras mas o verdadeiro temporal estava

dentro da casa de Daniel Ele abriu a porta e viu um homem de terno segurando um envelope com o selo de um escritório de advocacia Daniel Albuquerque você tá sendo notificado sua tia Helena tá pedindo a guarda do seu filho por negligência o homem disse a voz seca como papel Daniel pegou o envelope as mãos Tremendo o coração caindo no peito negligência ele murmurou o rosto pálido ele correu pro quarto de Miguel que tava brincando com o carrinho consertado e o menino levantou os olhos sentindo o medo no pai o que foi papai pai Miguel

perguntou a voz fraquinha os olhos arregalados de pavor Daniel se abaixou tentando esconder o pânico nada filho tá tudo bem mas não tava Miguel Segurou o carrinho com força o rostinho mostrando um medo que cortava a alma Helena com todo o dinheiro e poder dela tava vindo para arrancar o menino dele dias depois o tribunal era um campo de batalha Lívia estava lá sentada atrás de Daniel o estômago embrulhado de nervoso ela tinha sido chamada para testemunhar e quando o juiz pediu para ela falar ela levantou devagar as pernas moles fala a verdade dona Lívia

o advogado de Helena disse com um sorriso torto ela respirou fundo olhou para Daniel depois para Miguel que tava num canto com os olhos cheios de lágrimas e começou eu conheci o Daniel num que ele não sabia quem eu era ele estava perdido sim mas ele mudou ele luta pelo filho dele todo dia ele me deu um lugar para sonhar Mas o que ele dá pro Miguel é amor eu vi esse homem virar pai de novo e ninguém ama aquele menino mais que ele a voz dela tremia as palavras saindo com uma força que ela

nem sabia que tinha o juiz ficou quieto o salão em silêncio e Dani baixou a cabeça os olhos marejando Lívia olhou para ele o coração apertado e terminou ele não é perfeito mas é o pai que o Miguel precisa Ela Sentou as mãos tremendo sentindo o peso do que tinha feito o clima ficou ainda mais pesado quando Miguel foi chamado para falar ele mancou até o juiz a prótese rangendo no chão silencioso o rostinho pequeno enfrentando um mundo grande de Helena tava lá de braços cruzados o olhar frio o juiz perguntou Miguel Onde você quer

ficar o menino respirou fundo olhou pra tia depois pro pai e gritou eu quero meu pai e a Lívia a voz dele ecoou cheia de raiva e amor e ele deu um passo pra frente apontando para Helena você não manda em mim eu não quero você o esforço foi demais a prótese falhou e ele caiu no chão com um baque que fez Todo mundo prender o ar Lívia levantou correndo mas Miguel não ficou no chão ele se apoiou nas mãos levantou devagar o rosto vermelho de esforço e ficou de pé olhando para Helena com os

olhos faiscando eles são meus ele gritou as lágrimas caindo o salão explodiu em suspiros Daniel cobriu o rosto com as mãos chorando quieto e Lívia sentiu as lám escorrendo o peito apertado de Orgulho e dor o juiz pediu silêncio e Daniel levantou o rosto molhado mas firme Helena falou a voz cortante você é um fracasso Daniel não cuida dele direito eu posso dar tudo para ele Daniel encarou ela o peito subindo e descendo rápido tudo menos amor Helena você quer ele para controlar não para cuidar ele virou pro juiz a voz alta decidida eu abro

mão da fortuna de tudo dos negócios do dinheiro da herança só me deixa ficar com meu filho o salão ficou em choque Helena arregalou os olhos o advogado dela gaguejou Daniel foi até Miguel ajoelhou na frente dele e abraçou ele com força Você é meu mundo filho Nada Mais Importa Miguel se agarrou nele chorando alto o carrinho caindo no chão o juiz bateu o martelo a voz firme guarda mantida com o pai Helena virou as costas derrotada mas Daniel Só via o filho o rostinho dele contra o peito dele o alívio tomando conta será que

ele tinha ganhado de volta o que mais importava a chuva caía forte lá fora quando o julgamento acabou Lívia saiu correndo do tribunal o coração disparado procurando eles ela viu Daniel e Miguel na calçada debaixo do temporal o menino agarrado no pai Ela não pensou duas vezes correu até eles a água encharcando a roupa e caiu nos braços dos dois eles se abraçaram os três juntos a chuva misturando as lágrimas deles com o céu vocês são minha família Lívia disse a voz quebrada segurando o rosto de Miguel com uma mão e a mão de Daniel

com a outra Daniel olhou para ela os olhos brilhando de amor e gratidão e você é a nossa ele respondeu puxando ela mais perto Miguel riu entre os soluços a prótese molhada brilhando na luz dos postes e eles ficaram ali abraçados o mundo parando ao redor deles era um clima de Redenção de amor que venceu o dinheiro a culpa o medo Será que essa tempestade tinha finalmente passado Lívia sentiu o calor deles contra ela o peso do que tinham enfrentado caindo dos ombros Daniel tinha aberto mão de tudo por Miguel e ela tinha colocado o

coração na linha por eles Helena tinha perdido o dinheiro tinha perdido e ali na chuva eles tinham ganhado mas o que vinha depois será que esse abraço era o fim da luta ou só o começo de algo maior será que Lívia e Daniel iam transformar esse amor em algo pra vida toda o cantinho do Sabor estava esperando por ela a vida nova estava chamando mas naquele momento tudo que importava era aquele abraço era o grande dia e Lívia mal conseguia respirar de tanta emoção o cantinho do Sabor tava de cara nova as paredes pintadas de

amarelo claro as mesas arrumadas com toalhas simples mas cheias de charme ela passou semanas planejando cozinhando sonhando e agora era real a reabertura do restaurante com o menu todinho dela feito com as mãos e o coração o cheiro de bolo de milho frango com quiabo e uma sobremesa de doce de leite tomava o ar chamando a cidade inteira para ver E eles vieram o salão lotou em minutos gente fazendo fila na porta o barulho de Risadas e talheres enchendo o lugar que antes era só silêncio e luta Lívia tava no meio da cozinha o avental

de Miguel amarrado cintura o rosto suado mas brilhando como nunca mais um prato de frango rápido Ela gritava pros ajudantes rindo enquanto corria de um lado pro outro era o sonho dela vivo respirando e ela tava no comando no meio da correria Miguel apareceu mancando com orgulho um aventalzinho amarrado no peito eu quero ajudar Lívia ele disse os olhos brilhando de animação ela sorriu bagunçando o cabelo dele tá bem pequeno pode levar esses pratos paraa mesa três ele pegou a bandeja com cuidado a prótese rangendo no chão mas agora com uma confiança que ninguém podia

tirar ele andava devagar mas firme entregando os pratos com um sorriso que conquistava todo mundo os clientes olhavam alguns cochichavam mas quando ele terminou alguém bateu Palmas depois outro e mais outro até o inteiro explodir em aplausos que menino valente uma senhora gritou os olhos marejados Miguel ficou vermelho mas levantou o queixo orgulhoso e olhou para Lívia com um sorriso que dizia tudo ela correu até ele abraçando ele na frente de todo mundo você é meu herói sabia ela sussurrou o peito quente de amor ele não era mais o menino que escondia a prótese ele

era o Rei daquele lugar e todo mundo via será que esse pequeno guerreiro tava mostrando pro mundo o que é ser forte de verdade a noite estava no auge quando Daniel apareceu quieto ficando na porta para não atrapalhar Ele olhou paraa Lívia correndo entre as mesas e pro filho servindo pratos como se tivesse nascido para isso e sentiu um calor que ele nunca conheceu antes ele esperou o movimento acalmar então chamou ela pro canto as mãos suadas no bolso Lívia eu eu preciso te dizer uma coisa ele começou a voz rouca de nervoso ela virou

para ele o rosto cansado mas feliz e esperou ele respirou fundo Puxou um anel simples de prata nada de luxo e caiu de joelhos na frente dela eu não preciso de dinheiro nem de nada que ele compra só preciso de você casa comigo namora comigo fica comigo o salão ficou quieto o clientes olhando o ar parado Livia arregalou os olhos as mãos na boca as lágrimas vindo na hora Daniel ela sussurrou o coração disparado sim sim ela caiu nos braços dele rindo e chorando enquanto o restaurante explodia em Gritos e palmas Miguel correu até eles

pulando no meio do abraço agora é de verdade ele gritou e os três riram abraçados o amor deles enchendo o lugar o clima de festa foi quebrado por um vulto na porta Helena ela entrou devagar o rosto duro mas os olhos baixos sem o orgulho de antes o salão ficou tenso Lívia soltou Daniel e encarou ela o coração apertado o que você quer aqui ela perguntou a voz firme mais calma Helena respirou fundo as mãos apertadas na bolsa Eu vim pedir perdão eu eu errei com você com o Daniel com o Miguel eu achei que

dinheiro era tudo mas vocês me mostraram que não a voz dela falhou os olhos marejando e ela parecia menor derrotada Lívia ficou quieta sentindo o peso daquelas palavras ela podia mandar ela embora podia jogar tudo na cara dela mas olhou para Miguel pro sorriso dele e decidiu ser maior entra Helena senta e come com a gente aqui todo mundo tem lugar Helena piscou surpresa as lágrimas caindo e assentiu sentando numa mesa no canto Lívia voltou pra cozinha o peito leve sabendo que o perdão dela tinha mudado alguma coisa a noite terminou com os três Lívia

Daniel e Miguel sentados numa mesa no fundo o restaurante já vazio Lívia pegou uma jarra de limonada serviu três copos e levantou-o dela pela gente pelo que a gente conquistou ela disse a voz cheia de emoção Daniel levantou o copo os olhos brilhando pela família que a gente virou Miguel com o copo pequeno nas mãos gritou pelos biscoitos eles riram alto o som enchendo o lugar e brindaram o tilintar dos copos como um sinal de paz era um alívio doce depois de tanto T Tormenta um momento simples que valia mais que qualquer Fortuna eles beberam

rindo de besteiras Miguel contando como Quase derrubou um prato Lívia zoando Daniel por não saber fritar um ovo era leve era deles era tudo que eles tinham lutado para ter Lívia olhou pros dois o anel simples brilhando no dedo o restaurante dela vivo ao redor e sentiu uma paz que ela nunca conheceu Daniel tinha dito sim para ela Miguel tinha mostrado pro mundo quem ele era e até Helena tinha dobrado o orgulho o cantinho do Sabor não era mais só um lugar era o lar deles o sonho dela o futuro deles mas o que vinha

depois Será que essa vitória era o fim da estrada ou só mais um passo será que o amor que eles construíram ia aguentar o que o destino ainda guardava um ano tinha passado mas parecia uma vida inteira o cantinho do Sabor estava de pé mais forte que nunca e Lívia estava no palco de um salão chique as luzes brilhando nos olhos dela o coração batendo tão forte que ela quase não ouvia a plateia ela segurava um troféu Dourado o prêmio de melhor chefe revelação da cidade e o peso dele nas mãos era mais que metal

era o peso de um sonho que ela nunca deixou morrer o apresentador chamou ela pro microfone e ela respirou fundo o vestido simples Tremendo com ela eu eu não sei nem por onde começar ela disse a voz rouca de emoção esse prêmio não é só meu é do Miguel meu pequeno herói que me ensinou que um passo de cada vez leva a gente longe e do Daniel que acreditou em mim quando eu não acreditava eles são minha força minha família as lágrimas ca ir quentes e ela levantou o troféu pro alto olhando para eles na

primeira fila Miguel acenando com orgulho Daniel com os olhos marejados a plateia aplaudiu de pé o som ecoando como um trovão mas pra Lívia era o som do coração dela gritando eu consegui depois da cerimônia o salão estava cheio de gente parabenizando ela mas Lívia só tinha olhos para Miguel ele veio correndo até ela a nova prótese brilhando na luz os passos firmes e rápidos como ela nunca tinha visto Lívia Olha como eu corro agora ele gritou o rostinho vermelho de alegria e caiu nos braços dela com um abraço que Quase derrubou os dois ela

riu alto segurando ele contra o peito sentindo o calor daquele corpinho que tinha lutado tanto você tá voando pequeno Olha só você ela disse os olhos brilhando de orgulho a prótese nova leve e feita sob medida era o presente de Daniel para ele mas a confiança era toda do Miguel ele deu um passo para trás fez pose como corredor e riu quando a plateia aplaudiu de novo Daniel chegou perto bagunçando o cabelo do filho ele não para mais né ele disse o sorriso aberto Lívia olhou PR os dois o peito apertado de amor sabendo que

ess vitória era deles juntos será que esse menino que já caiu tanto tava mostrando pro mundo como é levantar de verdade a noite ficou ainda mais doce quando Daniel chamou Lívia para um canto o olhar Travesso que ela conhecia bem fecha os olhos ele pediu e ela obedeceu rindo baixo quando abriu ele segurava três passagens de avião o papel tremendo nas mãos dele uma viagem em famía pra praia só nós três a gente merece isso Lívia ela arregalou os olhos as mãos na boca o coração disparado Daniel Sério ela perguntou a voz falhando ele assentiu

puxando ela para um abraço você ganhou o prêmio o Miguel tá correndo e eu eu tô com vocês vamos descansar viver um pouco Miguel pulou entre eles gritando praia eu vou nadar eles riram os três abraçaram e no dia seguinte estavam no aeroporto mochilas nas costas Lívia de mãos dadas com Daniel o avião decolou e ela olhou pela janela o céu azul abrindo para eles sentindo que o mundo pela primeira vez tava do lado dela enquanto o avião voava Lívia fechou os olhos e as lembranças vieram como um filme na cabeça dela ela viu o

dia que Miguel entrou no restaurante o carrinho quebrado caindo no chão os olhos tr del pedindo ajuda viu ela mesma chorando no banheiro o sonho quase perdido e Daniel escondido no canto o coração duro começando a rachar as imagens mudaram Miguel rindo na cozinha os Biscoitos Queimados a briga com Jonas o dia que Daniel comprou o restaurante para ela ela viu a chuva o abraço no tribunal o medo de perder Miguel e o alívio de vencer Helena cada pedaço daqua jornada as lágrimas os sorrisos as quedas costurava uma história que ela nunca imaginou viver ela

abriu os olhos viu Miguel dormindo no ombro de Daniel e segurou a mão dele as lágrimas caindo quietas valeu a pena ela sussurrou e ele apertou a mão dela Sabendo exatamente o que ela queria dizer dias depois eles estavam em casa Miguel estava sentado no chão da sala lápis de cor espalhados ao redor desenhando com cuidado Lívia e Daniel estavam no sofá cansados mas felizes assistindo ele olha aqui Miguel chamou levantando o papel era um desenho deles três como heróis Lívia com uma capa vermelha Daniel com um escudo e ele com a prótese brilhando como

armadura nós somos os melhores ele disse rindo e correu para se jogar entre eles Lívia pegou o desenho os olhos marejados e Daniel passou o braço por ela puxando ela para perto eles ficaram ali de mãos dadas olhando o papel o amor deles enchendo o silêncio o troféu tava na estante a prótese nova tava levando Miguel pra frente e a viagem tinha mostrado que eles eram um time o passado estava lá mas não mandava mais o amor tinha vencido e o futuro brilhava na frente de claro como o Sol que Miguel desenhou no canto do

Papel Lívia deitou a cabeça no ombro de Daniel o desenho nas mãos e sentiu uma paz que ela nunca conheceu Miguel subiu no colo deles rindo e os três ficaram ali quietos o mundo lá fora sumindo ela olhou pro troféu pensou nas aulas no restaurante e no menino que mudou tudo Daniel olhou para ela o anel simples no dedo dela e soube que tinha encontrado o que o dinheiro nunca comprou Miguel desenhou eles como heróis mas para eles o heroísmo tava nas pequenas coisas um passo um prato um abraço o cantinho do Sabor tava firme

a vida dele estava começando e o amor que eles construíram era mais forte que qualquer tempestade o sol entrava tímido pela janela da sala iluminando o desenho de Miguel que agora descansava em uma moldura simples na parede Lívia Acordou cedo o cheiro de café fresco já tomando a casa pequena que eles tinham comprado juntos um lugar modesto mas cheio de vida Ela desceu as escadas descalça o avental de Miguel ainda pendurado no canto da cozinha um lembrete doce de tudo que eles tinham construído Daniel tava lá mexendo uma panela no fugão o rádio tocando baixo

uma música antiga que ele assobiava sem nem perceber Miguel dormia no quarto o cansaço da viagem na praia ainda pesando nos ombros dele Lívia parou na porta olhando para aquele homem que tinha virado o mundo dela de cabeça para baixo e sentiu um calor quieto no peito você já tá cozinhando a essa hora ela perguntou rindo baixo enquanto se aproximava ele virou para ela o sorriso torto que ela adorava brilhando no rosto tô tentando fazer aquele bolo de milho seu acho que Tá horrível mas pelo menos o cheiro tá bom ela riu pegando a colher

da mão dele para provar e os dois ficaram ali juntos como se o tempo tivesse parado mas naquele silêncio leve ela pensou Quem era esse homem Afinal o Milionário que abriu mão de tudo o pai que lutava por Miguel o companheiro que agora dividia a vida com ela e enquanto o bolo assava a história dele começou a se desenhar na cabeça dela pedaço por pedaço Daniel Não Nasceu Rico ele veio de uma família simples um pai mecânico e uma mãe costureira que mal juntavam dinheiro para pagar as contas mas ele tinha fogo nos olhos uma

vontade de vencer que ninguém explicava aos 18 anos começou a trabalhar numa oficina consertando carros com as mãos sujas de graxa mas a cabeça cheia de ideias Foi numa dessas noites mexendo num motor velho que ele inventou uma peça pequena um ajuste simples que fazia os carros gastarem menos combustível ele levou a ideia para uma empresa pequena e eles compraram o dinheiro foi pouco no começo mas o Boca a Boca correu e logo grandes fábricas estavam batendo na porta dele aos 25 ele já tinha uma patente uma empresa própria e um nome que o mundo

dos negócios começou a a respeitar a fortuna cresceu rápido prédios subiram contratos milionários assinaram e Daniel virou o al buquerque das Indústrias um homem que transformava ideias em Ouro mas com o dinheiro veio a solidão o peso de uma vida que ele não sabia dividir com ninguém até Clara a esposa dele entrar na história trazendo Miguel e um amor que ele nunca imaginou perder enquanto Lívia ouvia ele com ar sentado à mesa com uma xícara de café na mão ela viu os olhos dele mudarem eu ajudei muita gente sabe ele disse a voz rouca de

memória comprei empresas quebradas levantei elas do chão dava emprego para quem não tinha construí escolas nas cidades pequenas onde eu montava fábricas mas quando Clara se foi e o Miguel ficou daquele jeito eu perdi o chão o dinheiro não consertava nada ele parou olhando pra xícara e Lívia segurou a mão dele sentindo o peso que ele carregava você consertou Daniel olha pra gente agora ela disse baixo e ele sorriu um sorriso Fraco mas verdadeiro ele tinha aberto mão da Fortuna para ficar com Miguel mas o que Livia não sabia era que ele nunca parou de

trabalhar não do jeito antigo com ternos caros e reuniões em salas grandes mas ali com ela no cantinho do Sabor ele lavava pratos cortava cebola atendia mesas quando o movimento apertava e Fazia tudo com um orgulho que o dinheiro nunca deu Naquela tarde o restaurante abriu as portas como sempre mas tinha algo diferente no ar Lívia tava na cozinha mexendo uma panela de feijão que borbulhava com um cheiro que fazia a barriga roncar enquanto Daniel limpava o balcão o avental amarrado torto na cintura Miguel entrou correndo a prótese nova brilhando segurando um caderno Olha eu

fiz uma lista de coisas para cozinhar ele gritou mostrando rabiscos de biscoito de queijo e suco de laranja Livia riu puxando ele para perto você é meu ajudante oficial agora hein da olhou PR os dois o coração cheio e pensou no caminho que ele tinha percorrido das oficinas sujas paraas salas de reuniões da riqueza solitária para aquele canto simples onde ele finalmente pertencia ele não precisava mais mandar em Empresas Grandes mandar naquele fogão naquela família era o que valia para ele agora o movimento cresceu e logo o cantinho tava cheio de novo os clientes elogiando

o feijão de Lívia os Biscoitos que Miguel ajudava a fazer Daniel foi pras mesas levando pratos com um sorriso que ninguém imaginava vindo de um ex-m milionário uma cliente antiga dona Rosa puxou ele de lado você não é aquele Albuquerque dos jornais o que construiu metade da cidade ela perguntou os olhos curiosos Ele riu baixo limpando as mãos no avental era agora eu sou o é o que serve feijão e lava prato e tô mais feliz assim Dona Rosa sorriu balançando a cabeça e voltou pro prato dela mas Lívia ouviu tudo do Canto da cozinha

o peito apertado de orgulho ele tinha escolhido ela Miguel aquele lugar e isso valia mais que qualquer Império que ele já teve quando o dia acabou os três sentaram no chão da sala o desenho de Miguel na parede olhando para eles Lívia pegou o troféu estante passando os dedos no metal frio e olhou para Daniel você já me contou como ganhou tudo mas por que ficou aqui comigo com a gente Ela perguntou a voz suave ele segurou a mão dela os olhos brilhando porque aqui eu achei o que o dinheiro nunca deu vocês eu construí

empresas mas vocês construíram eu de novo Miguel subiu no colo deles rindo e eu ajudo no restaurante ele gritou e os três caíram na gargalhada o som enchendo a casa como música Lívia olhou para ele pro menino pra vida que eles estavam vivendo e sentiu que o passado de Daniel a graxa as fábricas a fortuna era só o começo de algo maior algo que eles estavam escrevendo juntos um dia de cada vez a noite caiu e eles subiram pro quarto Miguel dormindo entre eles o caderno de receitas agarrado no peito Lívia deitou a cabeça no

ombro de Daniel o anel simples no dedo dela brilhando na luz fraca Você acha que a gente vai ficar assim para sempre Ela perguntou quase um sussurro Ele beijou a testa dela a voz firme enquanto eu tiver vocês sim o cantinho do Sabor tava lá fora esperando o próximo dia mas ali naquela cama o futuro deles já brilhava Daniel tinha conquistado o mundo uma vez mas agora ele conquistava algo mais simples mais forte um lar e Lívia sabia que com ele e Miguel ela nunca ia parar de sonhar era um dia especial o terceiro aniversário

da reabertura e Lívia acordou com o coração pulando no peito Ela desceu pro restaurante antes do sol raiar as mãos já mexendo nas panelas o de Miguel agora um pouco pequeno para ela amarrado com carinho na cintura o cheiro de pão de queijo fresco misturado com café forte tomava o ar e ela sorria sozinha pensando em tudo que tinha acontecido para chegar ali Daniel apareceu logo depois o cabelo bagunçado de sono trazendo Miguel de mãos dadas o menino carregando um caderno novo cheio de desenhos e ideias para receitas hoje vai ser o melhor dia Lívia

Miguel gritou Daniel olhou para ela o sorriso quieto que ela amava e disse você transformou esse lugar sabia e a gente junto ela riu jogando um pano nele nós transformamos Seu bobo e ali entre as panelas e o riso do menino o dia começou com a promessa de algo grande o restaurante abriu as portas e a cidade inteira Parecia ter vindo as lotaram rápido o som de conversas e talheres enchendo o salão enquanto Lívia corria entre a cozinha e as mesas o troféu de culinária brilhando na estante como um farol Miguel servia limonada com um

orgulho que fazia os clientes sorrirem a confiança dele crescendo a cada passo firme da prótese Daniel ajudava como sempre levando pratos limpando mesas rindo com os fregueses como se nunca tivesse sido outra coisa além daquele homem simples de avental mas o que ninguém esperava era a surpresa que ele guardava no bolso no meio do movimento ele bateu numa colher contra um copo pedindo silêncio o salão ficou quieto os olhos virados para ele e Lívia parou na porta da cozinha o coração disparado sem saber porquê minha gente eu tenho uma coisa para dizer ele começou a

voz rouca mais firme Esse lugar é o coração da Lívia e ela é o meu TRS anos atrás eu pedi ela em namoro aqui hoje eu quero mais ele caiu de joelhos puxando uma caixinha do bolso um anel de prata simples brilhando na luz Lívia Casa comigo de verdade o salão explodiu em gritos Miguel pulou gritando Sim sim e Lívia sentiu as pernas moles as lágrimas caindo antes que ela pudesse falar sim Daniel mil vezes sim ela correu para ele caindo nos braços dele e o beijo que veio foi quente doce cheio de tudo que

eles tinham lutado para ter o povo aplaudiu alguns choraram e Miguel se jogou no meio deles rindo alto era o começo do para sempre deles se você gostou dessa história emocionante deixe seu like e se inscreva no can Kan